Sistemas Aquíferos de Continental

SISTEMA AQUÍFERO: FERRAGUDO – (M4)

Figura M4.1 – Enquadramento litoestratigráfico do sistema aquífero Ferragudo-Albufeira

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 466 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental

Identificação

Unidade Hidrogeológica: Orla Meridional Bacia Hidrográfica: Ribeiras do Sotavento e Arade Distrito: Faro Concelhos: Albufeira, Lagoa e Silves

Enquadramento Cartográfico

Folhas 594, 595, 603, 604 e 605 da Carta Topográfica na escala 1:25 000 do IGeoE Folhas 49-C, 49-D, 52-A e 52-B do Mapa Corográfico de Portugal na escala 1:50 000 do IPCC Folhas 52-A e 52-B da Carta Geológica de Portugal na escala 1:50 000 do IGM

SILVES 49D LOULÉ 49C PORTIMÃO 595 596 594

LAGOA LAGOS

ALBUFEIRA 603 604 605 52A 52B

Figura M4.2 – Enquadramento geográfico do sistema aquífero Ferragudo-Albufeira

Enquadramento Geológico

Estratigrafia e Litologia

As formações aquíferas dominantes são os Arenitos de Sobral (Cretácico), os Calcários e Margas com Palorbitolina (Cretácico), a Formação Carbonatada de Lagos-Portimão (Miocénico) e as Areias e Cascalheiras de Faro-Quarteira (Quaternário). Os Arenitos de Sobral, do Berriasiano, são constituídos por bancadas de arenitos siliciosos com calhaus de quartzo e por siltes ocres a violáceos, com cerca de 30 metros de espessura (Rey, 1983). Os Calcários e Margas com Palorbitolina são constituídos por alternâncias de margas amarelas e acastanhadas com nódulos calcários, calcários esparíticos com calciclastos e oólitos, e algumas bancadas dolomíticas ou finamente quartzosas, do Aptiano (Rey, 1983).

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 467 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental

A Formação Carbonatada de Lagos-Portimão é, nesta região, constituída, da base para o topo, por (Antunes, 1983, in Rocha et al., 1983): · biocalcarenitos com moldes de moluscos e fósseis de pectinídeos e turritelídeos, calcários mais finos, com briozoários, biocalcarenitos com moldes de moluscos e valvas de ostras, com espessura da ordem dos 40 a 45 metros; · bancada carbonatada com briozoários, algas e equinídeos; · arenitos e conglomerados de cimento calcário, pobres de fósseis. Esta formação tem sido considerada de idade essencialmente burdigaliana, embora os termos inferiores possam atingir o Aquitaniano e o topo pareça atingir o Langhiano (Antunes e Pais, 1992, 1993). Todavia, Cachão (1995) considera-a do Serravaliano. A formação das Areias e Cascalheiras de Faro-Quarteira é constituída por areias feldspáticas rubeficadas e arenitos grosseiros, argilosos, acastanhados, passando a cascalheiras e conglomerados. Anteriormente consideradas pliocénicas ou do Plio- Quaternário, foram recentemente incluídas no Plistocénico (Pais, 1992). A espessura máxima é, segundo Moura e Boski (1994), de 30 metros.

Tectónica

Os extensos afloramentos da Formação de Lagos-Portimão e das Areias e Cascalheiras de Faro-Quarteira que se lhes sobrepõem, estendem-se para norte e para sul da linha de flexura Querença-Algoz-Portimão-Sagres (Ribeiro et al., 1979), que tem, neste sector, direcção próxima de ENE-WSW. Ocultam, assim, os acidentes gerados no substrato mesozóico que cobrem. A estrutura destas formações pode considerar-se, no geral, como um monoclinal com pendor para sul e sudeste. Nas arribas verifica-se que apresentam dobras e pequenas falhas inversas com direcção ENE (Terrinha, 1998). As formações cretácicas dos Arenitos de Sobral e dos Calcários e Margas com Palorbitolina estão basculadas para nordeste e apresentam falhas com direcção NNW-SSE a NW-SE. A oeste de Albufeira uma falha NW-SE provocou a subida do bloco miocénico nordeste sobre as Areias e Cascalheiras de Faro-Quarteira.

Hidrogeologia

Características Gerais

O sistema aquífero de Ferragudo-Albufeira é limitado a Oeste pelo rio Arade e a Este pelos afloramentos cretácicos e jurássicos de Albufeira. A norte, o contacto é intraformacional, separando este sistema do de Querença-Silves, tendo sido estabelecido o limite com base no prolongamento do afloramento sul das formações jurássicas. A área é de 117 km2. É um sistema multiaquífero, sendo as formações aquíferas mais importantes do cretácico e do miocénico. Os calcários cretácicos, "Calcários com Palorbitolina", suportam um pequeno aquífero cársico que, geralmente, apresenta melhores produtividades e qualidade de água. No

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 468 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental entanto, dispõe de recursos limitados devido a sua pequena área de recarga, sendo essa feita por recarga directa nestas formações. Os depósitos detríticos quaternários e os arenitos cretácicos suportam pequenos aquíferos freáticos. O aquífero miocénico recebe recarga directa e, provavelmente, a partir dos calcários jurássicos e cretácicos. Eventualmente, poderá receber recarga por drenância a partir de depósitos detríticos que o cobrem, por exemplo a sudoeste de Porches, embora a diferença de potenciais hidráulicos entre o aquífero miocénico e o aquífero freático existente nesses depósitos pareça indicar uma independência entre os dois. Não são conhecidas descargas naturais do aquífero miocénico, excepto uma pequena nascente situada no litoral mas de caudal muito fraco.

Parâmetros Hidráulicos e Produtividade

A produtividade do sistema pode ser avaliada a partir do Quadro M4.1 (estatísticas calculadas a partir de 120 dados de caudais de exploração, expressos em litros por segundo):

Média Desvio Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo Padrão 7,2 7,1 0,0 3,0 5,0 8,3 40 Quadro M4.1 – Principais estatísticas dos caudais

Figura M4.3 - Distribuição cumulativa dos caudais

As transmissividades dos calcários cretácicos, estimadas através de ensaios de bombagem, situam-se entre 200 e 600 m2/dia (Silva, 1988). As transmissividades das formações miocénicas, estimadas a partir de caudais específicos, situam-se entre 30 e 750 m2/dia (ibidem).

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 469 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental Análise Espaço-temporal da Piezometria

O número de pontos com medidas de nível piezométrico não é suficiente para esboçar um mapa da superfície piezométrica, embora permita caracterizar, em traços gerais, as principais tendências. Em primeiro lugar verifica-se que existe uma independência entre os diversos aquíferos, dadas as grandes diferenças de nível entre eles. No sector ocidental do aquífero miocénico o fluxo parece dirigir-se quer para NW, na direcção do rio Arade, quer para sul, na direcção do mar. No referido sector os níveis no aquífero Miocénico situam-se, em termos médios, pouco acima de 0 m, apresentando valores um pouco mais altos perto do limite leste. Nesta região, o fluxo parece convergir para a ribeira de , que constituiria assim um eixo de drenagem (Silva, 1988). Dispõe-se de 5 locais com observações piezométricas, com início dos registos em 1983 e fim, quer em 1996, quer em 1999. Quase todas as curvas apresentam algumas variações bruscas que complicam a apreciação da evolução temporal dos níveis, mas os valores médios mostram um comportamento semelhante entre si. As amplitudes máximas de variação situam- -se entre 3 a cinco metros, com oscilações interanuais de 2 a 3 m. Os níveis máximos registaram-se em 1990 e 1996 e os mínimos em 1984 ou 1995. O comportamento do sistema, quanto à evolução temporal dos níveis poderá ser devido, por um lado, a poder regulador elevado e, por outro, a uma utilização reduzida devido à má qualidade das águas. Nas figuras seguintes pode observar-se a evolução dos níveis piezométricos em 4 piezómetros que se encontram a monitorizar este sistema aquífero.

604/085 12 10 8 6 4 2 0 Nível Piezométrico (m) -2 Aug-83 Aug-84 Aug-85 Aug-86 Aug-87 Aug-88 Aug-89 Aug-90 Aug-91 Aug-92 Aug-93 Aug-94 Aug-95 Aug-96 Aug-97 Aug-98 Aug-99

Figura M4.4 – Evolução do Nível Piezométrico no Piezómetro 604/085

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 470 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental

604/106 22 20 18 16 14

12

Nível Piezométrico (m) 10 Aug-83 Feb-84 Aug-84 Feb-85 Aug-85 Feb-86 Aug-86 Feb-87 Aug-87 Feb-88 Aug-88 Feb-89 Aug-89 Feb-90 Aug-90 Feb-91 Aug-91 Feb-92 Aug-92 Feb-93 Aug-93 Feb-94 Aug-94 Feb-95 Aug-95 Feb-96

Figura M4.5 – Evolução do Nível Piezométrico no Piezómetro 604/106

604/118 4 3 2 1 0 -1 -2 Nível Piezométrico (m) -3 Aug-83 Feb-84 Aug-84 Feb-85 Aug-85 Feb-86 Aug-86 Feb-87 Aug-87 Feb-88 Aug-88 Feb-89 Aug-89 Feb-90 Aug-90 Feb-91 Aug-91 Feb-92 Aug-92 Feb-93 Aug-93 Feb-94 Aug-94 Feb-95 Aug-95 Feb-96

Figura M4.6 - Evolução do Nível Piezométrico no Piezómetro 604/118

604/023 5 4 3 2 1 0 -1 Nível Piezométrico (m) -2 Aug-83 Feb-84 Aug-84 Feb-85 Aug-85 Feb-86 Aug-86 Feb-87 Aug-87 Feb-88 Aug-88 Feb-89 Aug-89 Feb-90 Aug-90 Feb-91 Aug-91 Feb-92 Aug-92 Feb-93 Aug-93 Feb-94 Aug-94 Feb-95 Aug-95 Feb-96

Figura M4.7 - Evolução do Nível Piezométrico no Piezómetro 604/23

Na Figura M4.8 pode observar-se a distribuição de alguns dos piezómetros que estão a monitorizar os níveis piezométricos do sistema aquífero, assim como a localização das principais captações de abastecimento público.

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 471 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental

Figura M4.8 – Localização de piezómetros e captações de abastecimento público

Balanço Hídrico

Para estimar a recarga anual média consideramos uma taxa uniforme de 15%, representando as condições médias, já que existem áreas em que aquela taxa será bastante superior e outras em que poderá ser menor. Assim, tendo a conta a área do sistema, 117 km2, e uma precipitação média de 450 mm, obtêm-se uns recursos médios renováveis da ordem dos 8 hm3/ano. As extracções para abastecimento público em 1994 foram de 1,5 hm3, de acordo com o Inventário de Saneamento Básico. As extracções para rega são difíceis de estimar dado que o inventário da DRAOT, para este sistema, está bastante incompleto, pois apenas indica dados de extracção para cerca de 10% das captações particulares. O total contabilizado para aquela parcela foi de cerca de 0,3 hm3, pelo que, extrapolando para o total, se poderão estimar os gastos em cerca de 3 hm3/ano. No entanto, se tivermos em conta a área do sistema, 117 km2, admitindo uma percentagem de área regada de 10% e uma dotação de rega de 6000 m3/ano.ha, obtém-se um total de cerca de 7 hm3/ano. Qualidade

Considerações Gerais

As águas deste sistema apresentam uma qualidade muito deficiente, quer para abastecimento, quer para regadio. De facto, os VMR estabelecidos para água para consumo humano são ultrapassados na maioria dos iões maiores (cloretos, sulfatos, cálcio, magnésio e sódio) condutividade e dureza. Por outro lado, verifica-se elevada frequência de violações dos VMA referentes ao magnésio, dureza e sódio. Quanto à qualidade para rega, os VMR relativos aos cloretos e condutividade são ultrapassados na maioria das análises. As fácies dominantes deste sistema são do tipo cloretadas sódicas, bicarbonatada cálcicas e mistas, como o indica a figura seguinte.

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 472 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental

Figura M4.9 - Diagrama de Piper relativo às águas do sistema de Ferragudo-Albufeira

Uma análise realizada à tendência evolutiva dos cloretos registados para este sistema aquífero e em alguns pontos monitorizados pela DRAOT , mostra que num ponto (605/268) se verificam flutuações muito elevadas, da ordem dos 2000 mg/L, nos teores registados até 1989, mas a partir dessa data verifica-se uma maior estabilidade e valores tendencialmente mais baixos. As estatísticas referentes às análises consideradas são apresentadas no Quadro M4.2.

n Média Desvio Mínimo Q1 Mediana Q3 Máximo Padrão Condutividade 77 2228 1535 560 1200 1650 2870 9000 (µS/cm) pH 140 7,5 0,4 6,7 7,2 7,4 7,7 8,8 Bicarbonato (mg/L) 85 350 90 49 293 365 403 598 Cloreto (mg/L) 134 492 586 59 168 279 634 4900 Sulfato (mg/L) 88 96 82 7 46 69 124 507 Nitrato (mg/L) 88 48 54 0 16 30 60 301 Dureza Total (mg/L) 87 735 748 168 405 560 776 4630 Sódio (mg/L) 124 240 313 28 86 134 261 2580 Potássio (mg/L) 119 8,4 11 1,0 3,6 5,0 9,1 96 Cálcio (mg/L) 80 153 59 54 109 145 182 334 Magnésio (mg/L) 79 50 45 8 24 37 63 334 Quadro M4.2 - Estatísticas principais dos parâmetros físico-químicos do sistema Ferragudo-Albufeira

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 473 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental Qualidade para Consumo Humano

Para caracterizar este aspecto da qualidade química das águas deste sistema foram utilizadas análises anteriores a 1995, para a maior parte dos parâmetros, não se tendo usado mais do que uma análise por ponto de água. As análises mais recentes de sódio e potássio datam de 1992 e de cálcio e magnésio de 1993. No caso do ferro, nitritos, azoto amoniacal, fosfatos, oxidabilidade e manganês foram usadas análises recentes incluindo mais do que uma análise por captação. A apreciação da qualidade face aos valores normativos consta do quadro seguinte.

Anexo VI Anexo I -Categoria A1 Parâmetro VMR >VMA VMR >VMA pH 100 0 0 100 0 Condutividade 0 100 17 83 Cloretos 0 100 37 63 Dureza total 38 62 Sulfatos 8 92 7 85 15 7 Cálcio 20 80 Magnésio 36 64 34 Sódio 0 100 41 Potássio 77 23 15 Nitratos 40 60 27 40 60 27 Nitritos 0 Azoto amoniacal 100 0 0 100 0 Oxidabilidade 95 5 5 Ferro 83 17 17 86 14 14 Manganês 100 0 0 100 0 Fosfatos 100 0 0 100 0 Quadro M4.3 – Apreciação da qualidade da água face aos valores normativos

Uso Agrícola

A maior parte das águas apresenta valores de condutividade e SAR elevados pelo que são de fraca qualidade para rega. A classe mais representada é C3S1 (58%), pelo que representam um perigo de salinização dos solos alto e de alcalinização baixo (ver Figura M4.10). As restantes águas distribuem-se pelas classes C2S1 (3%), C3S2 (3%), C4S1 (3%) e C4S2 (14%), C4S3 (8%) e C4S4 (10%). Os cloretos e condutividade ultrapassam o VMR na maioria das análises (98% e 84%, respectivamente) e o parâmetro SAR ultrapassa aquele limite em 16% das análises.

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 474 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental

Figura M4.10 - Diagrama de classificação da qualidade para uso agrícola

Bibliografia

Antunes, M. T. e Pais, J. (1992) - The Neogene and Quaternary of Algarve. Ciências da Terra (UNL), número especial II, pp. 57-66. Antunes, M. T. e Pais, J. (1993) - The Neogene of Portugal. Ciências da Terra (UNL), número 12, pp. 7-22. Cachão, M. (1995) - Utilização de Nanofósseis Calcários em Biostratigrafia, Paleoceanografia e Paleoecologia. Dissertação para obtenção do grau de Doutor, Universidade de Lisboa. 356 pág. Costa, F. E., Brites, J. A., Pedrosa, M. Y., Silva, A. V. (1985) - Carta Hidrogeológica da Orla Algarvia, esc. 1:100 000. Notícia Explicativa. Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa. Manuppella, G., Oliveira, J. T., Pais, J., Dias, R. P. (1992) – Carta Geológica da Região do Algarve na Escala 1:100 000 e Notícia Explicativa. Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. 15 pág. Moura, D. e Boski, T. (1994) - Ludo Formation - a New Lithostratigraphic Unit in Quaternary of Central Algarve. Gaia, Lisboa, 9: pp. 95-98.

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 475 Sistemas Aquíferos de Portugal Continental

Pais, J. (1992) - Cenozóico, in Manuppella, G. (ccord.), 1992. Nota Explicativa da Carta Geológica da Região do Algarve, escala 1/100 000, pp. 8-9. Rey, J. (1983) - Le Crétacé de l'Algarve: éssai de synthèse. Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa, 69 (1), pp. 87-101 Ribeiro, A., Antunes, M. T., Ferreira, M. P., Rocha, R. B., Soares, A. F., Zbyszewski, G., Almeida, F. M., Carvalho, D., Monteiro, J. H. (1979) - Introduction à la Géologie Générale du Portugal, Serviços Geológicos de Portugal. Lisboa. Rocha, R. B., Ramalho, M. M., Antunes, M. T., Coelho, A. P. (1983) - Carta Geológica de Portugal na Escala 1:50 000, Notícia Explicativa da Folha 52-A, PORTIMÃO. Serviços Geológicos de Portugal, 57 pág. Silva, M. L. (1988) - Hidrogeologia do Miocénico do Algarve. Dissertação para a Obtenção do Grau de Doutor em Geologia. Departamento de Geologia da FCUL, 377 pág. Terrinha, P. (1998) - Structural Geology and Tectonic Evolution of the Algarve Basin, South Portugal. Thesis submitted for the Degree of Doctor of Philosophy at the University of London, 430 pág.

Sistema Aquífero: Ferragudo-Albufeira (M4) 476