www.revistaopetroleo.net Petró Ano II N°5

í'jJJj jis t é íü o d o s p s íh o SEGURANDO O FUTURO

PROTEGENDO A ACTIVIDADE PETROLIFERA...

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i t m i i í d M

E K s m jm m s m Opep saúda Ministro Angolano dos Petróleos

Homenagem merecida á Desidério Costa

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i H m H i Desafíos, Oportunidades e Ameagas Companhias Petrolíferas e Sua Contribuido Fiscal

H a r a i n a s g Joao Freire, Director da Área de Corporate do BPC Conferencia Internacional de Biocombustíveis

» ■ ? anoram B T a n í a » ? A crise Financeira Global e o Mercado Petrolífero Rosa Van - Dúnem

SOMOH SOCIEDADE PETROLIFERA ANGOLANA, S.A

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O Ministerio dos Petróleos tem um novo titular nomeado a 1 de Outu- bro de 2008 através de Despacho Presidencial. Trata-se do Eng.° José María Botelho de Vasconcelos, que antes da sua indicado era Ministro da Energía e Aguas.

Quadro Antigo do sector, o Ministro sente-se bem por ter regressado á casa e, inclusive, voltar a conviver de perto com a familia petrolífera.

Na apresenta^áo do novo Ministro, no dia 10 de Outubro de 2008, em Luanda, houve um momento especial reservado á homenagem ao ex -Minis­ tro Eng.° Desidério da Graga Veríssimo e Costa.

Por causa da instabilidade do prefo do petró­ leo no mercado, a 1502 reuniáo extraordinária da Conferencia de Ministros da Organizado dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da qual Angola é membro efectivo, decidiu a 24 de Outubro de 2008, em Viena (), reduzir a produfáo em 1,5 milhóes de barris/dia com efeitos a partir do dia 1 Novembro de 2008.

Desse modo, e acatando a medida da OPEP, Angola reduziu 99 mil barris/dia da sua quota de produfáo actual de 1, 9 milhóes de barris/ dia.

Homenagem d Desidério Costa Analistas consideram que se a crise perdurar, a estabilidade da oferta pode vir a ser danificada, já que, os produtores poderáo nao ter incenti­ vos para investir em projectos que visem aumentos adicionáis na produ^áo.

A Cidade de Sao Paulo (Brasil) albergou de 17 a 21 de Novembro de 2008, a 1.a Conferencia Internacional de Biocombustíveis, assunto hoje em voga.

Angola tem potencialidades para poder figurar como produtor de bio­ combustíveis de forma sustentável, enquanto fonte renovável e alternativa ao petróleo.

2 - O Petróleo B S iS Z eB R * Minpet ganha especialistas em Direito do Petróleo e Gás

É cada vez mais frequente quadros do Ministerio dos Petróleos participarem em vários ciclos de for- magáo, quer no país quer no estrangeiro. Desta vez, dois juristas afectos ao Gabinete Jurídico do Minpet frequentaram com sucesso o curso de Pós - Gradua- gáo em Direito do Petróleo e Gás, promovido pela Fa- culdade de Direito da Universidade Agostinho Neto (UAN), com apoio da companhia petrolífera BP. Trata-se de Hersília Gourgel e António Izata, que obtiveram 13 e 15 pontos, respectivamente, nos re­ sultados fináis do primeiro curso que encerrou em Setembro de 2008. O curso teve urna duragáo de 10 meses (iniciou em Abril de 2007), divididos em dois semestres com um intervalo de um mes. Os graduados defenderam os trabalhos versados em Contratos Internacionais, este apresentado por Hersília Gourgel e Ética Empresarial e Responsabili- dade Social, dissertado por António Izata. Dr. Antonio Izata Dra. Hersília Gourgel

Ministro visita empresas do sector

Com objectivo de constatar a realidade das empresas Distribuidora, Logística, Sonagás, Sonashiping, Mstelcom, do Sector, o Ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, Refinaria de Luanda e a Essa. a frente de urna delegando composta por membros da A visita as empresas do sector constituí um novofigurino Direcfdo do Minpet visitón durante os meses de Novembro e que se pretende empreender no ámbito do Programa do Dezembro, a Sonangol-EP, Pesquisa & Prodigio, SonAir, Govemo para os próximos quatro anos.

Foto de familia após visita á Sonangol Pesquisa & Produqáo.

O Petróleo - 3 Dr. Massamba Cardoso Dr. Domingos Francisco

Movimentaqóes de quadros no Minpet

O Ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Num outro despacho datado de 2 de Dezembro de 2008, Vasconcelos, procedeu a algumas movimentagóes de quadros a o titular da pasta dos Petróleos nomeou Joáo da Silva Ramos nivel interno. Júnior para exercer o cargo de Consultor do Vice-Ministro dos Assim, foi nomeado Massamba Cardoso, para o cargo de Petróleos, José Gualter dos Remédios Inocencio. Director do Gabinete do Ministro, em substituigáo de Filipe Cruz Por outro lado, em despacho conjunto dos ministros de Redolfo Lima que é agora Consultor do Ministro para as dos Petróleos e da Educagáo, António Burity da Silva Neto, áreas de Transporte, Distribuigáo e Comercializagáo de produtos foi nomeado Domingos Francisco, para o cargo de Director Petrolíferos e Logística. do Instituto Nacional dos Petróleos (INP), vaga deixada pelo Foi também nomeado Pedro António Filipe para o cargo de falecimento do seu entáo Director Manuel da Silva Palhares. Consultor do Vice -Ministro dos Petróleos, Aníbal Silva. Pedro Até altura da sua nomeagáo Domingos Francisco Filipe antes exerceu a fungáo de Consultor do Ministro. era Director Pedagógico da Instituigáo.

Dr. Pedro Felipe Sr. Felipe Redolfo Lima

4-0 Petróleo Mmm m. a n g o la

ITÓJÜAÍ CERTA DK5423753

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Diz-se que dinheiro náo traz felicidade.

BPC O seu banco, mesmo!! ■K3£H£HSI7iiEl OPEP saúda ministro angolano^0S p efr ¿ leos

OPEP (Organizado dos cáo, e homenageou o seu anteces­ Países Exportadores de sor, Zambrano Chiriboga. - ¿ L . JKL. Petróleo) na 150a reuniáo Foi nesta reuniáo que a Confe­ (Extraordinária) da sua Conferencia rencia decidiu diminuir 1,5 mi- Ministerial realizada a 24 de Outu- lhóes de barris/dia do limite máxi­ bro de 2008, em Viena (Austria), mo de 28.808 milhóes de barris/ saudou calorosamente o Ministro dia da OPEP, a partir do dia 1 de angolano dos Petróleos, José Maria Novembro de 2008, tendo cabido Botelho de Vasconcelos, que partici­ a Angola reduzir a sua producáo para na reuniáo da Organiza<;áo pela de petróleo em 99.000 barris/dia. primeira vez desde a sua nomeacáo, Angola, a exemplo de outros como titular da pasta dos Petróleos, países membros, engajou-se forte- e prestou homenagem ao seu ante­ mente no sentido do cumprimen- cessor no cargo, Desidério da Gra^a to escrupuloso da decisáo da Veríssimo e Costa. OPEP, na data prevista, e fé-lo, A OPEP saudou também, calorosamente, o Ministro dos Pe­ por forma a manter o equilibrio entre a pro­ tróleos e Minas do Equador, Derlis Palácios Guerrero, que á se- cura e a oferta e, consequentemente, contri­ melhancpa do governante angolano, participara na reuniáo do buir para a estabilizado do mercado petro­ Cartel pela primeira vez desde que fora nomeado para esta fun- lífero mundial.

6 - 0 Petróleo

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Homenagem l\/lerecidaá

esidério K*osta

O dia 10 de Outubro de 2008 ñcará marcado para a posteridade por nesta data se ter homenageado merecidamente pelos funcionarios do Ministério dos Petróleos, altos responsáveis da Sonangol e de algumas empresas do sector, aquele que durante 31 anos se dedicou de corpo e alma para que o sector hoje fosse o que é: estável e com perspectivas animadoras para o seu continuo contributo ao desenvolvimento da economía nacional.

Por: Miguel da Conceiqáo

Homenageado cortando o bolo.

■ O Petróleo htbiU ihi+ iM 'hm

t esidério da Graca Veríssimo e Costa, de Outu- Ao agradecer o gesto de carinho e amizade, Desidério I m bro de 1977 a Outubro de 2008 serviu o sector Costa pediu aos funcionários do Minpet que continuassem ^ ^ petrolífero nacional. Primeiro como Director a dar o mesmo apoio ao novo titular que náo é um ilustre Geral Adjunto da Sonangol (de 1977 a 1982), Director desconhecido, é um filho que regressa a sua casa máe. Nacional da Industria Petrolífera e Petroquímica (de Por sua vez, Botelho de Vasconcelos recordou que 1982 a 1984), Vice-Ministro dos Petróleos (de 1984 a apesar de ter estado seis anos fora do sector, sente-se bem 2002) e Ministro dos Petróleos (de 2002 a 2008). por ter regressado a casa e, inclusive, voltar a conviver de Urna trajectória a todos os títulos marcante. Porém, perto com a familia petrolífera. “Vamos todos juntos tra- acredito, nem tudo foi um mar de rosas, com certeza balhar”, enfatizou o Ministro. encontrou pelo caminho muitos obstáculos, muitas incertezas mas a vontade de querer vencer motivou-o a caminhar firme, fazendo de si hoje um homem respeitado no sector e fora dele, em Angola e no Mundo. Na hora daquele reencontró da familia petrolífera, na conhecida Casa 70, numa tarde de sexta-feira, 10 de Outubro de 2008, um grupo de homens e mulheres do Minpet organizados em grupo coral náo qui- seram passar despercebidos e de viva Grupo coral do Minpet durante a sua actuaqao. voz evocaram “Para os Montes Altos Olharei”. Foi um gesto de gratidáo para aquele Amigo, Conselheiro e Com- panheiro de todas as lutas. “Para os Montes Olharei, donde me vem a Salva^áo, meu socorro vem de Deus, o senhor da Criafáo...”, evocava o coro que ainda exaltava “O Senhor é quem de guarda, guardará de todo o mal, tua entrada e saída, desde agora e até ao final”. Foi um dos momentos altos da

homenagem que emocionou os pre­ Ministro dos Petróleos ladeado por altos responsáveis do Minpet e da sentes, ante a presenta do Novo Ti­ Sonangol-EP tular da pasta dos Petróleos, Eng° José Maria Botelho de Vasconcelos, filho pródigo da casa, Já ao som da boa música angolana, os presentes fize- recém- nomeado na altura ram gosto ao pé que ao esvaziar da tarde e pela noite A homenagem foi marcada com a boa comida da tér­ adentro, testemunharam a cerimónia que será inesquecí- ra e náo só, ao som da boa música proporcionada pela vel para todos quanto puderam se deslocar á Casa 70, e Banda Maravilha e as várias interven

O Petróleo - 9 QUANTO MAIORES FOREM AS NECESSIDADES MAiS SE NECESSITA DE UM PARCEIRO DE CONFIANQA No papel de quarta maior empresa mundial de petróleo e gás, e fabricante de químicos de classe mundial, com 95.000 empregados em 130 países, a Total está a levar a inovagáo através da cadeia energética. Somos o maior produtor de petróleo e de gás em África, o segundo maior no Médio Oriente, líder europeu na refinagáo e detemos urna rede de 17.000 estacóes de servido. Para que a nossa energía seja a sua energía, www.total.com

Para si, a nossa energía é inesgotável Desafios, oportunidades e ameagas num processo de mudanza

Para grande parte das pessoas, te. O momento actual é caracteri­ a palavra “Mudanza” é sinónimo zado de crítico segundo alguns de “Ameaga”. Este é o principal analistas. As empresas sáo pressionadas a desafio das organizagóes que optam mudar de postura e posicionamen- por mudanga. Como garantir entao to quanto aos seus negocios para que os trabalhadores encarem a poderem suportar a dinámica da concorréncia e assegurar o desen­ mudanga como urna oportunidade, volvimento e crescimento sustentá- um desafio e nao um problema vel dos seus negocios. A gestáo do ou urna ameaga? topo é aconselhada a optar por novos métodos de gestáo participativa, aos principios de boa governagáo, transpa­ rencia e responsabilizado. As exigencias quanto a preser­ Por: Euclides Moráis de Brito * vado e protecgáo do ambiente sáo maiores e o negocio de crédito de emissóes vem crescendo. Os resultados de curto prazo com base em decisóes ' m ’ ime has come for change”. Estas palavras per- precipitadas ou de emergencia, deixaram de ter relevan­ m tencem ao presidente eleito dos EUA, Barack cia e comecou-se a dar maior énfase na definido de polí­ Obama, ex- Senador de Illinois, que foi candi­ ticas e estratégias de desenvolvimento e crescimento com dato afro-americano á Casa Branca, com sérias hipóteses sustentado de longo prazo, a políticas de planeamento de mudar a percepcáo e o curso na política internacional. integrado. Sáo novos os ventos de mudanza. As causas sáo várias, Outro posicionamento a destacar é a gestáo dos acti­ o processo de globalizacáo, o desenvolvimento acelerado vos. Os activos intangíveis tais como o capital humano, das tecnologias de informado e comunicacáo, urna nova tecnologias de informado e comunicado, assim como postura e cultura de negocios, maior exigencia dos mer­ os processos, passaram a jogar um papel importante na cados, o rápido crescimento da economía dos BRICS nova abordagem empresarial. A preocupado pelo cliente (Brasil, Rússia, India, ), o receio á recessáo econó­ passou a estar no centro das aten^óes dos negocios e foi mica na América, a sua recente crise imobiliária, a queda desenvolvido o conceito “foco ao cliente”. vertiginosa do dólar Americano em relacáo ao Euro e náo Ao mesmo tempo, muitas empresas no ámbito da sua só. Estes e outros fenómenos tém influenciado o curso da reorganizado e reestruturacáo empresarial, levaram a política económica internacional. cabo varios processos de mudanza comportamental com Quais entáo as consequéncias? Muitos negocios estáo o objectivo de definirem um conjunto de valores que co- a falir. E necessário repensar as estratégias empresariais e locam o comportamento humano como elemento nucle­ a componente de risco torna-se cada vez mais importan­ ar nos processos de mudanza.

12-0 Petróleo ESHE1I

e, em resultado disso, criam-se blocos de resisténcia ao processo. Algumas pessoas tém maior capacidade de lidar com a incerteza e a mudanza, porque estáo mais sujeitos ao risco e tém um longo percurso a percorrer. O mesmo náo se passa com outras que por terem conquistado autorida- de e poder, receiam que estes elementos possam estar amea^ados. Muitos trabalhadores pensam que já atingiram o pico Eng.° Euclides de Brito durante urna dissertaqáo pública da carreira e que com a mudanca, váo perder autoridade e poder. Esta situacáo leva ao stress, falta de auto-con- QUAIS SÁO ENTÁO OS GRANDES fianfa e resisténcia á mudanza como forma de lidar com DESAFIOS? a nova situa9áo. Os grandes desafios e m otivares na base de qualquer E importante que os gestores do topo compreendam processo de mudanza tém a ver com a necessidade de se que, quanto mais se pressiona o individuo que resiste, melhorarem as estratégias de produtividade e de cresci- mais difícil ele corresponderá. O importante é usar mé­ mento com o objectivo final de criar valor acrescentado todos inteligentes e uma abordagem aberta para esclare­ para o accionista, cliente e empregados. cer e convencer os propósitos da mudanza, os seus bene­ Algumas empresas preocupam-se com a reduipáo e ficios, oportunidades e desafios. contengo de custos, com a melhoria da eficiencia e pro­ dutividade e com o desenvolvimento e crescimento sus- FASES BÁSICAS DE UM PROCESSO DE MUDANZA tentável dos seus negocios. Entretanto, para alcanzar resultados com alguma sus- As mudanzas estáo sempre associadas a quatro tem­ tentabilidade, as empresas tém que apostar fortemente pos ou fases. Estas fases sao as seguintes: no capital humano, na mudanza da cultura comporta- Negacáo — recusa em reconhecer que as mudan cas sáo mental e no estabelecimento de urna cultura de trabalho necessárias. A negacáo está ligada ao cepticismo, a hesita- em equipa. 9áo e as incertezas que surgem no inicio do processo de Esta mudanza na atitude empresarial leva a que mui- mudanza; tas empresas alinhem os seus activos intangíveis aos tan- Resisténcia - oposicáo activa á mudanza por parte de gíveis e criem mais valia, implementando assim os nobres alguns trabalhadores que receiam perder algo; ensinamentos de Norton e Kaplan sobre o Balanced Sco- Explorado - fase em que sáo testados vários aspectos recards - Mapas Estratégicos. da mudanca e onde cometa a haver compreensáo e acei­ tado sobre o processo de mudanza; O COMPORTAMENTO HUMANO Compromisso — nesta fase já existe maior compreen­ Á M UDANgA sáo dos beneficios da mudanza, comecam a surgir as As pessoas estáo á altura do desafio da mudanza quan- compensacóes e os trabalhadores aderem ao principio de do sao consultadas e se sentem valorizadas. Elas nao gos- sentimento de realizacáo e propriedade ou perten^a “ow- tam de ser mudadas por uma directiva, por urna gestáo nership”. que nao se preocupa e que está apenas interessada nos Os líderes deveráo adoptar uma postura e atitude de números fináis em termos financeiros. continuo optimismo e incentivo enquanto se combatem A reac^áo da forca laboral á mudanza é natural, as os inevitáveis contratempos e deveráo ter consciéncia de pessoas acreditam mais no que véem do que naquilo que que todo processo de mudanza requer paciencia, devido ouvem. Quando um valor fica comprometido devido ao a hesitacáo, incerteza, rejei^áo, negacáo e intriga que nor­ processo de mudanza, as pessoas tornam-se desconfiadas malmente surgem no inicio do processo.

0 Petróleo - 13 ■35HE1I

A mudanqa normalmente é urna ameaqa ao status quo. Para que a mesma se efective, é preciso possuir determinaqao, coragem, integridade, capacidade de ouvir, prontidáo para assumir erros e riscos, confianqa e consistencia e estar preparado para lidar com as quebras inesperadas do processo, especialmente no inicio.

A anatomía da inova^áo 73 Um mapa da energía organizacional durante qualquer grande programa de transido Ñ‘) n0 O QJZ5 0)' 3 c a QJ 3

CREN^AS E VALORES mos com a mudanza estamos a confrontar-nos com a A chave para influenciar as pessoas é operar a nivel da questáo de crengas e isso afecta a identidade das pessoas, identidade, crengas e valores, em vez de apenas tentar mu­ porque a mudanga muitas vezes colide com os valores e dar comportamentos ou criar um ambiente diferente. Na interesses das pessoas. realidade, a verdadeira mudanza eficaz surge quando todos Dos casos de estudo de sucesso consultados, as estra­ estes níveis estáo alinhados, o que significa que, em termos tégias adoptadas para mitigar estas influencias, incidi- organizacionais, os gestores de topo tém que prestar aten- ram-se fundamentalmente sobre a necessidade de se esta- gáo ao ambiente, comportamento, cultura, capacidade, belecer maior diálogo e comunicado interna através de cretinas, valores e identidade, tudo ao mesmo tempo. seminários de gestáo, Workshops, accóes de “brainstor- ming”, oportunidades de formado e capacitado, envol- AMEA^AS NUM PROCESSO DE M UDANgA vimento de todos os trabalhadores e em particular do engajamento e lideranga dos gestores do topo. Qualquer processo de mudanga é crítico. Normal­ mente há fugas de informado e surgem rumores que dáo O PAPEL DOS GESTORES DO TOPO lugar a especulagóes, ideias erradas, percepcóes incorrec­ Os gestores do topo tém um papel importante a jogar tas e por ai em diante. neste processo, pois sáo eles que conseguem estimular a A gestáo da fase do inicio do processo é a chave para confianza dos seus colaboradores através de um diálogo o sucesso da mudanza. Se o processo de mudanza come­ aberto. Sáo também elementos considerados fundamen­ ta conturbado, náo haverá aceitacáo e o mesmo estará táis em qualquer processo de mudanga, a delegagáo de po­ sujeito ao fracasso. Muitas pessoas comegam por encon­ deres, o planeamento de sucessáo, o reconhecimento, por­ trar defeitos e só defeitos para convencer a rejeicáo do que eles garantem o envolvimento e entrega de todos. processo de mudanza com a justificado de falta de pre­ parado e náo ser a altura ideal para a sua ¡mplementagáo *Director do Gabinete de Planeamento Empresarial e Coor­ ou porque faltam recursos. denador do Processo de Reestruturacáo Interna da E N E Entretanto, é preciso reconhecer que quando lida- (Empresa Nacional de Electricidade).

14-0 Petróleo Rig Positioning Acoustic Positioning USBLTLBLyHAIN Pipeline Installation Surveys Template Orientation Metrology Surveys Deep water Construction Surve;

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Jodo Freire, Director da área do Corporate do BPC O nosso banco é um dos principáis impulsionadores do crescimento económico do país //

Por: Domingos Golombole

Banco de Poupanga e Crédito (BPC), o maior produtos. Sáo exemplo disso, a criacáo dos Centros de banco do mercado financeiro angolano, tem Empresas, Centro de negocio e da Direcgáo de Micro O vindo a introduzir melhorias nos seus servidos, Finanzas, promovendo o atendimento mais personalizado por via Em entrevista á revista “O Petróleo”, o Director da da segmentagáo do seu negocio e a introdugáo de novos área de Corporate do BPC, Joáo António Freire, afirma

16-0 Petróleo m n z m s m que a inten^áo do banco a curto prazo visa elevar o nú­ Creio que estamos nos níveis aceitáveis, até porque a mero de pontos de atendimento pará 165 a nivel do ter­ maior parte dos clientes do BPC, já tem consciéncia da ritorio nacional. responsabilidade que assume perante a nossa Institui­ Metódico ñas suas respostas, o entrevistado fala dos d o . desafios do banco tendo em conta a dinamizacáo da eco­ nomía nacional. OP- Acredita que em Angola já existe uma cultura ban- cária? Revista O Petróleo - Quais sáo as principáis tarefas da Os sinais que temos comprovam esse aumento da cul­ direc^áo de corporate ? tura bancária, em virtude de se assistir a uma adesáo cada Joáo Freire - Antes de responder directamente á sua vez maior aos servidos e produtos bancários, ñas suas questáo queria dar-lhe uma visáo de como está subdividi- mais diversas vertentes, com énfase para a procura do da a área comercial do ban­ crédito. Além disso, as em­ co. A aludida área está re­ “0 aumento de capital, quer presas estáo a aderir á ban- partida em quatro segmen­ carizado dos salários dos tos fundamentáis: o seg­ por vía de incorporagao seus trabalhadores. A taxa mento de particulares, de de um novo accionista, quer por de bancarizado já ultrapas- micro - finanzas, de peque­ sa os 6 %. ñas e médias empresas e de aumento da participagao do que já corporate. Na verdade, este existe, é um sinal de que o banco OP- Qual é a previsáo do último segmento tem como banco em relad® a expan- missáo fundamental aten­ está com bom desempenho. ” sáo da sua rede de balcóes? der as grandes empresas, O BPC tem um progra­ tanto públicas como privadas, e também os clientes Ins- ma de expansáo da sua rede de distribuido, que tem vin­ titucionais, nomeadamente os Ministérios e os diversos do a implementar gradualmente para fazer face á pressáo organismos da Administrado Pública. da procura, e responder ao imperativo de ir ao encontro do cliente onde quer que ele esteja. Com efeito, o Banco OP- Que aten^áo o BPC tem dado aos seus clientes ins- pretende estar representado em todos os municipios e co­ titucionais, já que os bancos hoje estáo mais preocupa­ munas. dos com o segmento das grandes empresas... O facto de termos segmentado a nossa rede, é justa­ OP- Que solu^óes o banco está a encontrar para desanu- mente um factor que indicia a atencáo privilegiada que viar as enchentes que se verificam ñas suas dependen­ queremos dar a cada um dos segmentos (Clientes). Além cias? disso, o BPC tem vindo a estruturar e a melhorar os pro- As mudancas organizacionais que estáo a ocorrer no cessos internos de modo a aumentar o dinamismo, a efi- BPC, o programa de expansáo da rede de distribuido, o cácia e a melhorar a prestado do servido por parte do rejuvenescimento gradual do efectivo, sáo sinais do esfor- colectivo de trabalhadores. O Banco tem vindo também 90 que temos realizado para desanuviar as enchentes. Pa­ a recrutar novos quadros técnicos. Achamos que já é visi- ralelamente a isso, temos vindo a abrir pontos de atendi- vel em algumas nossas dependencias. mentos próximo ou mesmo dentro de determinados es- tabelecimentos públicos. OP- Quais sáo os índices de cobranza do crédito conce­ dido? OP- Entáo existe um exercício muito grande para dimi­ Os índices de cobrabilidade sáo bastante elevados. nuir o aglomerado de clientes nos balcóes? Hoje, temos uma carteira de crédito em mora que ainda Com certeza. E convém náo dissociar esta questáo da respeita áquilo que sáo as normas do Banco Central. propensáo que existe na economia em manusear o di-

0 Petróleo - 17 o banco tem estado a fazer no que diz respeito á expansáo da sua rede, a modernizado da ins- tituigáo e investimento em tec­ nologias de informagáo; Se to- marmos em conta que esses in- vestimentos estáo a ser feitos com os recursos da nossa insti­ tuido, obviamente, que esta­ mos satisfeitos com o desempe- nho do banco em 2007.

OP - Esses factores estiveram na base do aumento do capital social? É evidente que o banco está com bom desempenho e os par- ceiros confiam na nossa Institui- gáo. A regra do negocio é sim­ nheiro. Ou seja, a prática do pagamento dos diversos ser- ples: quem faz investimento espera sempre pelo retorno vigos e bens em numerário ainda é muito acentuada na do capital. Por isso, o aumento de capital, quer por via de nossa economia. Contudo, va­ incorporagáo de um novo accio­ mos continuar o exercício de, á “O BPC tem um programa nista, quer por aumento da par- medida que se expande a nossa ticipagáo do que já existe, é um rede de balcóes, instalarmos as de expansáo da sua rede sinal de que o banco está com Caixas Automáticas, urna vez de distribuido, que tem vindo bom desempenho. que representam um instrumen­

to muito valioso para diminuir o a implementar gradualmente OP- Que comentário se Ihe ofe- aglomerado de clientes nos bal­ para fazer face a pressao rece fazer sobre o recente estu- cóes, bem como instruir o pró- do da Delloitte publicado em da procura. ” prio cliente no sentido de me- Luanda em relagáo ao cresci­ lhorar o seu relacionamento com mento da banca angolana? as instituigóes bancárias. Os estudos sáo sempre o reflexo de uma atengáo que o sector bancário tem merecido por parte de vários ana­ OP- Para quando o langamento dos balcóes movéis? listas. Sem qualquer receio, o sector bancário tem sido o Nós criamos as condigóes necessárias e os balcóes já se promotor do crescimento económico do país. encontram no país. Este novo canal de atendimento mó- vel vai funcionar pontualmente em locáis específicos. Ti- OP - Nesta avaliagáo, a Deloitte dizia que o BPC náo vemos essa experiencia na Feira do Bancário realizada, havia melhorado o seu rácio de transformagáo... recentemente, em Luanda. Eu pensó que o estudo da Deloitte peca num aspecto: foi publicado num período em que o BPC nem sequer OP- Os resultados líquidos alcangados em 2007 satisfa- tinha publicado as suas contas. Se está lembrado, as con­ zem o banco? tas do BPC foram publicadas apenas no més de Agosto e Se nós tivermos em conta o nivel de investimento que o estudo foi publicado antes.

18 - O Petróleo de cedéncia temporária, no Instituto de Forma- gáo Bancária de Angola (IFBA), onde exerceu cumulativamente a fungáo de formador e de Coordenador Pedagógico. De 1999 a 2001, exerceu a fungáo de Economista Nacional no PNUD. De 1991 a 2005 dedicou-se também, em re- gime de colaboragáo, á docencia Universitária ñas Universidades Agostinho Neto, inicialmente como m onitor e depois como professor Assis- Quem é Joao Freire tente, e na Lusíada de Angola (2002-2005). Depois de ter estado ocupado com outras ta- Joáo Antonio Freire, funcionário do Banco de refas fora do BPC, em 2001, regressou ao Banco Poupanga e Crédito (BPC) desde 1992, é licen­ tendo sido inicialmente técnico na Direcgáo Fi- ciado em Economía pela Universidade Agostinho nanceira e, posteriormente, (Fevereiro de 2002) Neto (UAN). Possui urna Pós - graduagáo em foi nomeado Sub - director da referida Direcgáo. Análise de Políticas Macro - económicas, o curso Também foi coordenador do projecto de rees- Avangado de Fínangas e o de Gestáo Bancária truturagáo dos servigos de contabilidade do ban­ para Executívos, pela Universidade Católica de co e, em Dezembro de 2002, foi nomeado Di­ . rector da Contabilidade, tendo permanecido na Iniciou a sua carreira como estagiário na área referida área até 2007. Antes de exercer as actu- comercial, mais concretamente no balcáo. Foi ais fungóes dirigía a Direcgáo de Operagóes. Ac­ analista de crédito e sub-gerente. Em 1995 fez tualmente, é Director da Direcgáo de Corporate, um interregno para prestar servigo, em regime cargo que exerce desde Margo de 2008.

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Banco de Negócios Internacional Os melhores profissionais, os melhores negócios m b i i w rama A crise financeira global e o mercado petrolífero

É ponto assente que a actual crise financeira global teve a sua génese nos EUAe alguns críticos apontam mesmo o dedo aos problemas relacionados com a faléncia do "subprime"1 e as posiqóes demasiado arriscadas de "short-selling"2 no mercado bolsista naquele país.

Por: Luís Neves (*)

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orventura devido á globalizagáo, as “ondas de choque” Os BR1C e outros países em desenvolvimen­ foram sentidas um pouco por todo o lado: o prototipo da to reclamam, por seu turno, que o velho velha máxima de que, quando a América espirra, o resto sistema financeiro global, concebido pelos P do mundo apanha um resfriado! países ricos, nos idos anos 40, falhou redon­ Quase ninguém escapou incólume. Assistiu-se a urna inter­ damente na previsáo da actual crise e, rein- vengo desenfreada, quase patética até, dos governos, ditos libe­ vindicam agora, maior protagonismo nos ráis, que antes, arrogantemente advogavam os cánones do capi­ fóruns mundiais onde a mesma é debatida. talismo puro e duro como o estágio supremo do desenvolvimen­ É a crise total, diz-se! Alguns comparam- to económico, com o mercado a ditar o livre arbitrio da sobrevi- na em dimensáo e abrangéncia, á Grande véncia das corporagóes e das nacóes, outrora eficientes e infalí- Depressáo de 1929. Hipérboles e metáforas veis. Hoje, os mesmos governos, de forma quase agonizante gi- á parte, o cepticismo continua a fazer mora­ zam verdadeiros “planos de salvamento”, pasme-se!, de matiz da. O sobredito “bailout” parece, contudo, marcadamente socialista, os agora famosos “bailout”, termo que náo fazer “milagres”. Nos EUA, Europa e passou também a fazer parte do léxico lusófono. Os EUA, injectaram liquidez na sua economía sob a forma de 1 Crédito imobiliário de alto risco. $700 bilióes e projectam um plano de $100 bilióes, de rebati­ 2 Práticas segundo as quais os investidores negoceiam mento ñas taxas, para salvar a banca empobrecida. A China, ac^óes entre si, das quais náo sáo titulares, vendendo- as, na expectativa de urna queda do mercado de capi- anunciou um inusitado pacote económico de $586 bilióes até tais, comprando-as, de seguida, a presos mais módi­ 2010, para estimular a sua economía em franco abrandamento e cos e, retornando-as, finalmente, aos titulares origináis, trazer urna “lufada de ar fresco” á economía mundial, augura-se. obviamente, com um “prémio” associado.

O Petróleo - 2 1 Ufenititsmisl

noutros lugares do mundo, as linhas de crédito e a confianza petróleo e refinados está “encolhida”, os cra­ necessárias para frenar a crise, qual “bolha de oxigénio”, esfuma- ck spreads' seráo igualmente afectados, os ram e continuam por se restabelecer. stocks da OCDE poderáo permanecer á um Interrogamo-nos se, na extensáo da “aldeia” global, os “quin­ nivel confortável ou mesmo aumentar forte- táis” menos abastados náo seráo igualmente “varridos” pelo tur- mente e, os presos, enfraquecer ainda mais. bilháo da crise? As dúvidas adensam-se, embora pareja que, pelo Perante o possível cenário de petróleo mais menos por ora, a Africa-Subsariana, por exemplo, terá evitado o “barato”, as energías alternativas bem po- “contágio”. No entanto, a queda do petróleo nos mercados mun- dem esperar “pacientemente” a sua vez na diais poderá atingir os produtores da regiáo, com a Nigéria e “equacáo” energética global! Angola á cabera, cujas economias estáo TAXAS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO: 2008 - 2009 (%) hoje nítidamente em franca expansáo e, Mundo OCDE EUA Japao Euro-Zona China india se calhar, menos dependentes das expor­ 2008 3.7 1.5 1.5 0.5 1.1 9.8 7.3 tares dessa commodity, grabas, entre ou- 2009 2.9 0.5 0.3 -0.2 0.2 8.8 7.2 ■ O lo Ó Variaqáo -0.8 -1.0 -1.2 b -0.1 tras medidas, á políticas macroeconómi- Fonte: Estimativas da OPEP, Novembro de 2008. cas sustentáveis. Com a crise financeira instalada, assistimos agora a urna que­ A crise sente-se já na regiáo do Golfo da vertiginosa dos presos do petróleo, que se desvaiórizaram em Pérsico também. A saudita Saudi Aramco, mais de 60%, desde os níveis recorde de meados de Julho (ver maior produtora petrolífera mundial, que gráfico, Brent Datado, abaixo). Na altura, as preocupares resi- planeava investir cerca de $129 bilióes em diam sobretudo do lado dos consumidores, porque os presos, expansáo energética, está agora a rever al- históricamente os mais altos de sempre, tornaram-se incompor- guns dos seus projectos de longo prazo, em­ táveis e inibiram a expansáo da procura. bora náo tenha tornado claro se isso impli­ Os efeitos da crise repercurtem-se já negativamente na eco­ cará o atraso, o cancelamento, ou simples- nomía real, personificados pela desacelera^áo na OCDE e nos 1 Margens de refinado, ou diferencia entre os presos do mercados emergentes (ver tabela, abaixo). A procura mundial de petróleo bruto e dos produtos refinados.

USD/BBL BRENT DATADO - 3o TRIM/2008

158.0 _= MARGENS DE GASÓLEO MAIS FORTE 154.0 = REFINADO 150.0 "= FRACAS AUMENTO DOS 146.0 STOCKS NOS EUA RECEIOS DO 142.0 f GASÓLEO FRACO FURACÁO "GUSTAV" 138.0 134.0 TENSÁO RÚSSIA/EUA CRISE 130.0 DÓLAR FRACO. f o r <;a m a io r DÓLAR FRACO FINANCEIRA 126.0 IEA PREVÉ NO OLEODUTO PROCURA/ DO AZERI MAIOR OFERTA DE 122.0 OFERTA CARREGAMENTOS 118.0 EQUILIBRADA DO MAR DO NORTE 114.0 PREOCUPALES MARGENS DE VAZAMENTO DE 110.0 EM RELA^ÁO REFIN ADO GÁS NO CAMPO 106.0 AOS MÍSSEIS NEGATIVAS AZERI IRANIANOS (ÑAS REFINARIAS 102.0 SIMPLES) EXCESSO DE MERCADO 98.0 CARREGAMENTOS FÍSICO DO MAR DO 94.0 MERCADO FRACO FRACO NOS EUA NORTE FURACÁO 90.0 "GUSTAV" Ó LAR MAIS 86.0 DIMINUI FRACO CRISE BANCÁRIA 82.0 I I» I I I lr3°

DATAS BRENT DATADO I

22 - O Petróleo mente, a renegociagáo dos termos contratuais com as compa- momento, que poderáo, por sua vez, impli­ nhias de servigos. car o atraso ou mesmo o adiamento de mui- Os projectos, com a finalidade de expandir a sua capacidade tos projectos. de produgáo de óleo e gás, avaliados e julgados exequíveis com De acordo com a IEA (Agencia Interna­ base em pregos na ordem mínima dos $80 - $ 100/barril, com os cional de Energía), em 2007 foram investi­ pregos correntes rondando os $46-$60/barril, precisam de ser dos cerca de $390 bilióes em projectos de reavaliados, atendendo as actuais circunstancias económicas. exploragáo e produgáo de petróleo e gás no Essas medidas surgiram apenas 4 meses após a Arabia Saudita mundo, ainda assim, bastante longe dos cer­ ter afirmado em Julho, em Jeddah, numa conferencia que reuniu ca de $450 bilióes necessários. produtores e consumidores, que iria aumentar, se necessário, a Noutras regióes produtoras, a fraqueza sua capacidade adicional em cerca de 2.5 milhóes de barris, da do petróleo e a escassez de crédito também sua capacidade de produgáo total estimada de 12.5 milhóes de estáo a prejudicar demasiado as possibilida- barris/dia. A referida conferencia, foi organizada na sequéncia de des de novas produgóes compensarem o de- intensas pressóes no sentido do aumento da produgáo por parte créscimo nalguns campos, com taxas de de- do Ocidente, na tentativa de frenar o aumento dos pregos, que clínio aproximadas de 6.7% ao ano, princi­ se vivia na altura. palmente no M ar do Norte e Alasca, segun­ Entretanto, os pregos caíram, para os níveis mais baixos dos do a mesma EIA - dados entretanto refuta­ últimos 22 meses, e as previsóes indiciam urna diminuigáo da dos e considerados alarmistas pela OPEP. O procura na OCDE em 2009 (ver gráfico, abaixo). Por causa Cazaquistáo, por exempplo, anunciou o disso, a OPEP teve de reunir-se de emergencia no dia 24 de adiamento, sine die, dos investimentos no Outubro, em Viena (Austria), resultando no corte de 1.5 mi­ seu campo de Karachaganak, um dos maio- lhóes de barris/dia e tornando evidente que as preocupagóes es- res de petróleo e gás do mundo, pelos mes- táo agora do lado dos produtores, que langaram projectos para mos motivos. Um total de cerca de 20-100 aumentar as suas capacidades de produgáo e estáo a sofrer com o plataformas de perfuragáo em águas profun­ agravamento dos custos, provocado pelas rígidas condigóes do das, que custam cerca de $800 milhóes cada,

CRESCIMENTO DA PROCURA: 4°T/08 vs 1°T/09

-0.7 -0.6 -0.6 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 mbd - r - r — i------1 -i------1- China América Latina Ásia Médio Oriente Ex URSS África OCDE Pacífico Europa de Leste j — OCDE Europa ------OCDE América do Norte

Fonte: Estimativas da Pearl Oil, Outubro de 2008.

O Petróleo - 23 muitas délas encomendadas oportunisticamente por pequeñas timativas do prefo médio do petróleo para companhias, hoje, em grave situa^áo financeira, correm o risco 2009, de $95/barril, para $50/barril. de ser canceladas. Em resumo, fica evidente que, afinal, Com presos abaixo dos $60/barril, projectos em águas pro­ prefos de petróleo baixos preocupam bas­ fundas no Golfo Pérsico, Brasil e África Ocidental, podem tor- tante tanto países produtores como as gran­ nar-se inviáveis, com os custos de aluguer das ditas plataformas des petrolíferas internacionais, que também avahados em cerca de $650.000/dia, enquanto as areias betumi­ contribuem sobremaneira no fortalecimento das economías dos países desenvolvi­ dos, de onde, aliás, elas sáo originárias. A inter-complemen- taridade de factores e de agentes econó­ micos fica cada vez mais comprovada, de tal sorte que, de modo possivelmente paradoxal, presos al­ tos, talvez sirvam também os interes- ses dos países consu­ midores. Um dualis­ mo perfeito! Se a crise perdu­ rar, a estabilidade da oferta poderá dani- nosas do Canadá para serem viáveis necessitam de um pre^o mí­ ficar-se, já que, os produtores poderáo náo nimo de $80/barril. O entusiasmo inicial para o rápido desen- ter incentivos para projectos que visem au­ volvimento das novas descobertas gigantescas em águas ultra- mentos na producáo, que, dado a sua dí- profundas no Brasil, gerado com a recente alta de presos do pe­ mensáo, requerem investimentos colossais tróleo, desvaneceu, e a Petrobrás já anunciou uma diminuicáo imediatos e prometem apenas retornos a de cerca de 500.000 barris diários na sua produfáo, contrarian­ médio/longo prazo. Com a combinafáo da do previsóes anteriores. queda dos prefos de petróleo, o declínio da Embora as grandes petrolíferas internacionais, em regra, ro­ procura, a indisponibilidade de crédito e os bustamente financiadas, tenham tornado público as intencóes de receios de uma recessáo global, “condimen­ honrar os compromissos já assumidos contratualmente, elas estáo tos” que prefiguram a actual crise financeira, agora a tornar-se crescentemente relutantes em abracar novos é quase seguro afirmar-se que, muitos pro­ projectos, sobretudo aqueles cujos términos estavam aprazados jectos no upstream e downstream seráo adia­ para após 2012, até que a actual situaipáo melhore. Sintomático! dos ou mesmo cancelados, com repercursóes Se os presos voltarem a caír significativamente, as receitas dos futuras incalculáveis. países produtores poderáo ser afectadas e, os respectivos orna­ mentos e projectos teráo de ser revistos, provavelmente em bai- * Trader de Petróleo Bruto xa. Aliás, foi o que já fez a Rússia, que teve que rever as suas es­ Representante Nacional de Angola na OPEP

24 - O Petróleo AGORA JÁ PODES VER E FALAR AO MESMO TEMPO ATRAVÉS DA VÍDEOCHAMADA Agora, com a vídeochamada, já podes realizar com unicares telefónicas com imagem e voz em simultáneo e assim podes ser visto ou mostrar o que estás a ver. A vida fica mais fácil com o Viva 3G da Unitel.

n° apoio ao diente ir LTHTGl 19 192 O próximo mais próximo. www.unitel.co.ao L3HMÍMIIHS1 Companhias Petrolíferas e sua contribuido fiscal

O presente tópico constituí urna sequéncia do capítulo "Evolu^áo da Tributario Específica sobre o Petróleo de Angola" da ediqao N° 4, e reporta de forma conclusiva a localizagáo e contribuiqáo das companhias estrangeiras e nacionais operadoras e associadas da produqáo de petróleo bruto comercial em Angola.

Por: André Goma (*)

unca é demais recordar que o contributo exem- volvimento e produqáo actual do petróleo bruto e gás plar das companhias operadoras e associadas da natural, Angola conta com dezoito companhias sendo N-* WL CCconcessáo angolana deve-se pela boa interpre­ cinco (05) operadoras e treze (13) associadas as activida­ tado da letra e conteúdo do Decreto n°. 41357, de 11 des operacionais conforme ilustra o quadro seguinte. de Novembro de 1957 que em COMPANHIA NACIONALIDADE FUNGÁO BLOCO LOCALIDADE tempo foi ajustado em fungáo Sonangol P&P Angolana Operadora 2, 3 e Onshore Zaire do dinamismo patenteado no ChevronTexaco Americana Oe 14 Cabinda 11 mundo petrolífero e culminado Esso “ 15 Zaire Bp Británica ■ 18 Zaire com a criafáo e publicafáo da TotalFinaElf Francesa " 3/80 e 17 Zaire Lei n°. 10/04 (Lei das Activida­ Ajoco e Ajex Japonesa Associada 3 Italiana n des Petrolíferas) e Lei n°. 13/04 En¡ Angola 0, 3, 14 e 15 Galp energía Portuguesa " 14 (Lei da Tributario sobre as Acti­ Inanafta Jugoslava 0 3 vidades Petrolíferas). Naftagas Croata m 3 Norks Hydro Noroeguesa ■■ 17 1. Localizagáo Statoil * “ 15 e 17 Petrobras Brasileira " 2 das Companhias Svenska Sueca " 3 Petrolíferas Sinopec Intern. Angolana (parceria) » 18 Somoil Angolana “ 2 e 3 Para as actividades de desen- SSI Angolana (parceria) " 3

26-0 Petróleo KMtilMIIJFsi

1.1 - Companhias Estrangeiras as respectivas rubricas de receitas e despesas Tanto o Decreto colonial portugués sobre as actividades pe­ expressam claramente a importancia do sec­ trolíferas como a Legislacáo vigente no país servem de instru­ tor petrolífero no crescimento económico e mentos fundamentáis visando a criagáo de incentivos comerciáis desenvolvimento industrial do país. e constituirem fontes motoras e motivadoras para a fluencia das Os modelos financeiros previamente companhias internacionais de petróleo e gás na expío ragáo e de­ concebidos pelo Ministério das Finangas, senvolvimento da Concessáo Angolana. neste caso, constituem documentos funda­ Para isso, temos a destacar a presenta na década de sessenta mentáis para o acompanhamento da previ- da Cabinda Gulf Oil Company (Cabgoc, Ltd) no onshore e sáo e realizagáo fiscal das companhias petro­ offshore de Cabinda, Total, Texaco e Shell no onshore e offsho- líferas em actividade operacional no país. re do Soyo (Provincia do Zaire). Exceptuando as companhias ainda em fase de exploracáo e 2.1 - Companhias Internacionais pesquisa dos novos campos e blocos adjudicados, as inovagóes fiscais do país propiciaram a descoberta de campos altamente O quadro seguinte expresso em Milhóes produtivos em águas profundas e ultra-profundas através da Bri- de Dólares Americanos demonstra a evolu- tish Petroleum (BP), Esso, ChevronTexaco e a TotalFinaElf em gáo das contribuigóes fiscais das companhias companhia com as associadas listadas no quadro acima. estrangeiras durante o período de 2002 a 2007. A ChevronTexaco operando nos Blo­ 1.2 - Companhias Nacionais cos 0 e 14 continua até ao momento a com­ Fruto dos esforgos do Governo Angolano na actualizado da panhia que mais contribuí na arrecadagáo de Lei das Actividades Petrolíferas e a implementacáo do Programa receitas para o Tesouro Nacional de Angola, sobre o Conteúdo Local, verifica-se a emergencia de muitas em­ seguido da TotalFinaElf e Esso que operam presas nacionais no sector dos petróleos. Presentemente, pode­ nos blocos 17 e 15, respectivamente. mos considerar aceitável a presenta

de companhias nacionais ñas opera- COMPANHIAS 2002 2003 2004 2005 2006 2007 góes de desenvolvimento e produgáo ChevronTexaco 828,9 1.007,4 1.285,1 1.848,8 2.785,2 2.742,3 451,4 647,5 891,6 1.068,5 1.627,4 de petróleo e gás. Neste caso, desta­ TotalFinaElf 398,5 Eni Angola 229,2 213,9 423,5 703,8 1.298,3 910,6 camos o enquadramento da Sonan- Esso 51,8 88,1 240,6 611,2 1.473,8 1.051,5 gol P&P (Sonangol Pesquisa & Pro­ Statoil 0 52,5 126,9 237,3 516,0 538,5 dugáo) na lista das companhias ope­ Bp Angola 0 65,7 148,8 407,4 989,5 904,4 radoras cuja experiencia baseou-se NorskHydro 17,6 36,9 55,2 65,5 86,9 251,4 3,3 dos campos marginais (campos sem Svenska 1,7 1,8 1,8 1,8 2,1 Ajoco/Ajex 0 11,6 15,1 19,2 16,5 21,2 grandes proporgóes de petróleo co­ Ina/Naftagas 0 4,5 11,4 15,1 6,6 14,4 mercial), bem como a integragáo da Galp Eenergia 7,9 5,5 7,2 8,7 18,9 55,6 Somoil, ChinaSonangol, e Sinopec Petrobras 0,00 7,3 11,2 13,7 7,8 6,3 Internacional na lista das companhias Total 1.535,5 1.946,8 2.974,3 4.825,5 8.269,7 8.125,7 associadas de petróleo.

2. Contribuido Fiscal das Companhias A apresentagáo gráfica parece-nos ser Petrolíferas mais ilustrativa urna vez que demonstra o A contribuigáo financeira das companhias operadoras e asso­ declive segundo as contribuigóes baseadas ciadas da produgáo de petróleo constituí até ao momento a prin­ pelo regime contractual, produtividade dos cipal fonte de receitas cambiais do Estado e concomitantemente blocos em produgáo e a proporgáo dos blo­ do Orgamento Geral do Estado Angolano. O OGE para 2008 e cos pelos quais obtém a sua participagáo.

O Petróleo - 27 Us d Milhóes CONTRIBUIDO FISCAL DAS COMPANHIAS ESTRANHEIRAS/2007

2.2 - Companhias Nacionais de petróleo para o relanfamento da econo­ Falando do capítulo de receitas específicas arrecadadas pelo mía nacional. Estado através das companhias nacionais de petróleo, náo nos referimos apenas das con- COMPANHIAS 2002 2003 2004 2005 2006 2007 tribuifóes da Sonangol, mas sim de todas Somoil 0,00 6,3 12,6 enquanto companhias associadas ñas activi­ ChinaSonangol 0,00 33,6 20,0 dades de upstream da Concessáo Angolana Sinopec Int 0,00 0 29,6 Sonangol de Petróleo. Com a exclusáo da Concessio- 671,6 807,9 1.048,2 1.794,5 2.193,9 2.274,0 Conc. Nacional 867,1 nária Nacional enquanto detentora de direi- 715,5 1.859,0 3.525,0 6.816,1 11.748,1 Total 1.538,7 1.523,4 tos mineiros nos termos da Lei das Activida­ 2.907,2 5.319,5 9.049,8 14.084,2 des Petrolíferas cujas receitas provém de to­ dos os blocos recaídos sobre os contratos de partilha de produ­ A apresenta^áo gráfica parece-nos ser cto, a Sonangol como operadora e associada lidera a lista dos mais ilustrativa uma vez que demonstra o maiores contribuintes nacionais das receitas fiscais específicas de declive segundo as contribuicóes baseadas petróleo. pelo regime contractual, produtividade dos O quadro seguinte expresso em Milhóes de Dólares America­ blocos em produ9áo e a propor^áo dos blo­ nos, indica o quanto é a contribuido das companhias nacionais cos pelos quais obtém a sua participafáo.

CONTRIBUIDO FISCAL DAS COMPANHIAS NACIONAIS/2007 Us d Milhóes ...... 11.748,1 12.000 10.000 ...... _ . .... ~..... 8.000 ...... |h 6.000 ...... ~...... “ | • L 4.000 2.274,0 ' h - 2.000 12,6 20,0 29,6 0 I '

o// S ° n ^ Q n l C ° n C N<* c ,\ 9 o / °na,

* Analista Económico do Minpet

28-0 Petróleo f m m m Conferéncia Internacional de biocombustíveis

A Cidade de Sao Paulo (Brasil) albergou de 17 a 21 de Novembro de 2008, a I a Conferéncia Internacional de Biocombustíveis que decorreu sob o lema "Os Biocombustíveis como Vector do Desenvolvimento Sustentável" , tendo Angola participado no evento com urna delegaqáo multisectorial, chefiada pelo Ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, juntando-se aos outros membros do Governo de 90 países e á representantes de 30 Organismos Internacionais e especialistas ligados á energía e desenvolvimento sustentável.

Por: Miguel da Conceiqao

t sta Conferéncia contribuiu para a m f discussáo internacional sobre os de- ^ * safios e oportunidades apresentados pelos biocombustíveis, e foi urna importante ocasiáo para a abordagem objectiva de temas relacionados á estes assuntos, como seguranza energética, produ<;áo e uso sustentáveis, agri­ cultura, processamento industrial, além de questóes ligadas á especificacóes e padróes téc­ nicos, comércio internacional, mudanca do clima e o futuro dos biocombustíveis. Representantes de 30 Organismos Interna- Delegaqáo Angolana no evento. cionais ao pronunciarem-se sobre o tema, em discussáo, sublinharam que existe um “vácuo” de m an­ Ao diagnosticarem o problema, em sessáo especial, os dato internacional para o tratamento multilateral do Organismos Internacionais consideraram que a falta de tema sobre os biocombustíveis, problema que se estende, unidade e coeréncia no debate internacional sobre os em grande medida, a toda a área de energía. biocombustíveis deve-se á trés razóes principáis, nomea- Como resultado, o assunto tem sido tratado interna­ damente a crescente complexidade e diversidade de as­ cionalmente de maneira fragmentada, sem uma visáo pectos com que o tema se apresenta, á inexistencia de um integrada das suas consequéncias para as demais agendas mecanismo multilateral único e dedicado ao tratamento multilaterais. do assunto e á diversidade de interesses e pontos-de-vista

O Petróleo - 29 ■ E s n re s s i

entre os países e no interior destes, o que se reflecte na quanto fonte renovável e alternativa ao petróleo. sua actuagáo ñas diferentes instituigóes internacionais. O Ministro dos Petróleos enfatizou que Angola é fa­ Por esse motivo, consideram que há a necessidade de vorecida com urna excelente base de recursos naturais mais coordenagáo internacional no tratamento desse para a produgáo agrícola, pecuária e silvícola. tema e que a Organizagáo das Nagóes Unidas é o fórum As condigóes climáticas variam amplamente desde as apropriado. Ficou registado que qualquer mecanismo florestas semi-equatoriais húmidas no Norte e no Nordes­ multilateral efectivo requererá um mandato internacio­ te, até as térras altas, secas e temperadas no Planalto C en­ nal claro e inequívoco. tral e zonas desérticas na fronteira Sul com a Namibia. Os actuais mandatos dos organismos internacionais Ante a atengáo dos participantes, Botelho de Vasconce­ existentes náo lhes concedem o poder necessário para los disse que o Governo de Angola, no seu abnegado esfor- que o tema “biocombustíveis” seja tratado com a profun- go de Reconstrugáo Nacional, está a direccionar, entre didade e amplitude devidas. Um mandato para tal deve- outras medidas em curso, grandes investimentos na agri­ ria ser claro ao indicar um Fórum específico para tratar cultura e na agro - industria, estando reservado particular do assunto, assim como definir os termos de referéncia atengáo á cana de agúcar, como principal matéria prima a de um processo multilateral que busque a construgáo de ser utilizada na produgáo de biocombustíveis/etanol e á um consenso internacional na área de biocombustíveis. outras plantas, potenciáis produtores de bio diesel. Quando o Ministro angolano dos Petróleos, Botelho Os trabalhos da 1a Conferéncia Internacional de Bio­ de Vasconcelos, interveio na Conferencia deu a conhecer combustíveis terminaram com o discurso de encerra- que Angola tem potencialidades para poder figurar como mento do Presidente da República Federativa do Brasil, produtor de biocombustíveis de forma sustentável, en- Luiz Inácio Lula da Silva.

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"... o meu sonho é ser atleta, competir e conquistar a medalha de ouro nos jogos olímpicos."

BPC apadrinha os talentos de Angola. ■TH SIElSEraSi Gente da Casa: Rosa Van-Dúnem (T ia R o sa )

ia Rosa, é assim que os co­ Calcado: 39 legas e os mais próximos a Religiáo: Igreja Metodista Unida chamam. É uma senhora Comida: Caril de Gambas r de trato fácil, amiga dos seus amigos Bebida: Sumo de abacaxi com hortelá e, acima de tudo, máe. Tem 28 anos Já alguma vez foi aliciada? Nao de casa, daí que a escolha tenha reca­ E enganada? Sim ído a ela, nesse caso, Rosa Joaquina ▼% Como reagiu? Fiquei zangada e decepcionada v r dos Santos Van — Dúnem, o seu O dia da semana mais stressante: Sexta-feira nome de identidade. A nossa Gente da Casa, Chefe do DGAP Porqué? Tem sempre um último trabalho para em exercício, gosta de praticar ténis ñas horas livres e aos fins-de- terminar antes do fim — de - semana semana almófar fora de casa com a familia. Cor: Verde País onde passa férias: Angola Nome Completo: Rosa Joaquina dos Santos Van-Dúnem Cidade: Luanda Ocupa5áo: Chefe do DG AP em exercício Filme: E tudo o vento levou Desde quando? Desde 2002 Desporto: Ténis de Campo Data de admissáo: 01.07.80 O que faz aos fins-de-semana: Almogo com a Area actual: GRH familia Sonho: Ver os filhos formados Data mais marcante: 1997 ídolo: Meu pai Porqué? Faleceu alguém muito querido Estado civil: Casada O que acha da violéncia feminina? Odeio Filhos: 8 todo o tipo de violéncia porque é a pior cobardía Naturalidade: Bengo que existe na face da térra Data de Nascimento: 26/12/44 O que desejaria que fosse: Ministra da Fa­ Virtude: Querer o bem das pessoas, ou seja, amar o próximo milia e da Promof áo da Mulher ou Deputa- E ciumenta: Nao da? Deputada Porqué? Porque o ciúme é um sentimento de inseguranga Porqué? Porque teria a vantagem depropor leis Músico Preferido: D avid Zé que favorecessem a mulher

O Petróleo

Propriedade Conselho Editorial Fotografia O Petróleo é uma publlcagáo Ministério dos Petróleos Amadeu Azevedo Eurobrape Angola trimestral, Propriedade do Minis­ Manuela Coelho Vigas da Purificado tério dos Petróleos. Os artigos Ediqáo José Manuel assinados reflecterm a opiniáo dos CDI Catarina Travessa Projecto Gráfico e Produjo autores e nao, necessariamente, o Eurobrape Angola da Revista "O Petróleo". Toda a Director C o la b o ra d o wvwv.eurobrape.com transcribo ou reprodujo, parcial Miguel da Conceigáo Domingos Golombole ou total, é autorizada desde que [email protected] Lufs Neves Publicidade citada a fonte. Euclides Moráis de Brito Acyr dos Anjos André Goma Redacqáo Tiragem Av. 4 de Feverelro, 105 R/C. 3000 exemplares Luanda - Angola

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