P www.revistaopetroleo.net A no I N ° 1

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MINISTÉRIO DOS PETRÓLEOS II FORUM DOS QUADROS ANGOLANOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE PETROLÍFERA NACIONAL "Olhar o passado e o presente e perspectivar o futuro"

De 29 de Maío a 01 de Junho de 2007 Malanje O Petróleo ANO I - N. 1 Abril/Maio/Junho - 2007

rarifcm jhi.re caoa Campo Dália contribuí para o aumento da produ^áo petrolífera

10 plataforma OPEP saúda

Nomeados Quadros Seniores para OPEP

13

Eng°. Syanga Abílio fala do projeto ALNG

H 1 5 S S H H Í J 0 Desenvolvimento do Sector Petrolífero e Suas Perspectivas

m recursos O Que é o Petróleo

A Protec^áo do Ambiente e a Actividade Petrolífera Angola e Guiné-Equatorial, cooperado nos petróleos EftiEEnaErera W l U m M i A Nova Lei das Actividades Petrolíferas Sonangol 31 Anos Depois

economía Jacqueline Yolanda Pinheiro da Silva Luemba, Presos do Petróleo Bruto Secretária do Ministro dos Petróleos

SOMOIL SOCIEDADE PETROLÍFERA ANGOLANA, S.A.R.L.

Actividades Principáis: Consultoria Participagóes Petrolíferas Comercializagáo Interna (postos de abastecimentos) Tel: 222 397917 - 222 339065 - Fax: 222 338213 E-mail: [email protected] / C.P. N° 1945345 Implementagáo de Energía Solar e Eólica Rúa dos Coqueiros n° 6 - ■rastraran

Angola é um país próspero onde o petróleo continua a ser a mola im- pulsionadora do crescimento económico do País. Tal como outros sectores, incluindo o dos diamantes, tem dado um contributo valioso para o cres­ cimento do Produto Interno Bruto (PIB) e na receita fiscal.

Á medida que o sector cresce emprega um número considerável de angolanos na industria, dando assim corpo ao chamado processo de angolaniza^áo no sector petrolífero.

Os desafíos sao grandes, perspectivando-se bons resul­ tados urna vez que estao em curso projectos gigantescos, como é o caso da implementa9áo do projecto Angola LNG e o da construyo da nova Refinada na cidade do Lobito, provincia de Benguela, cujos investimentos estao estimados em vários bilioes de dólares.

Nos dias que correm, assiste-se urna maior competiti- vidade no sector, quer a nivel interno (maior participado nacional) quer a nivel internacional (maior participa9ao de companhias internacionais). Neste último, Angola ganha cada vez mais prestigio ao tornar-se membro de Pleno Direito, da Organizado dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), onde doravante terá urna palavra a dizer.

Como resultado desta adesáo, dois Quadros Seniores do sector petrolífero nacional foram, recentemente, nomeados para exercerem cargos de respon- sabilidade na OPEP.

Com urna produjo actual de cerca de 1.500.000 barris/dia, Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África Subsahariana, atrás da Nigeria, prevendo-se urna produjo de 1.850.000 b/d, até fináis do corrente ano.

A nivel interno, com a inaugura9áo do Campo Dália, no Bloco 17, no dia 29 de Mar^o de 2007, Angola torna-se hoje urna referencia mundial do offshore profundo.

A Revista O Petróleo nao se restringirá na abordagem de temas do sector, estendendo-se a outras áreas que nele intervém como sao os casos de empresas operadoras, de prestacao de servidos, bancos, seguradoras, entre outras.

2 - O Petróleo n r n t m m

Industria petrolífera absorverá USD 50 bilioes Urna boa nova para o sector. A industria petrolífera vai absorver 50 bilioes de dólares entre 2007 e 2013, com vista a assegurar urna produqáo diaria na ordem dos dois milhóes de barris. O valor destina-se ainda ao aumento progressivo da produqáo. A informacao foi avanqada, em Luanda, pelo Presidente do Conselho de Administrado da SONANGOL, , quando dissertava sobre "Angolanizaqao no Sector Petrolífero", promovido pelo Centro de Estudos Estratégicos, no qual o Ministro dos Petróleos, Desidério Costa foi convidado a moderar o referido tema.

Somoil ganha concurso internacional Comissáo do Golfo da Guiñé instala-se no País A Somoil (Sociedade Petrolífera Privada Angolana) ganhou, recentemente, um concurso internacional 0 Governo angolano entregou formalmen­ para participar na pesquisa, desenvolvimento e produqáo te á Comissáo do Golfo da Guiñé, o acordo - de petróleo e gás no Brasil. sede que vai reger as relagóes entre Angola e aquela organizagáo regional vocacionada á Segundo urna fonte da empresa, citada pela imprensa cooperagáo e prevengáo de conflitos no dominio internacional, a Somoil fica com 50 por cento da concessáo dos petróleos. do Bloco BT-REC-18, na Bacia do Recóncavo, no Estado O acordo, subscrito pelo ministro angolano brasileiro da Bahia, tendo como operadora a Sociedade das Relagóes Exteriores, Joáo Miranda, e pelo Secretário-Executivo daquela organizagáo, Brasileira Starfish Oil & Gás, que detém igual quota Carlos Alberto Braganga, formaliza a entrada em de participadlo. funcionamento, no País, da Comissáo do Golfo Este é o primeiro caso de in tern ación al iza^áo da Guiñé, criada na Cimeira dos Chefes de Estado dos países desta regiáo, realizada em de urna empresa petrolífera privada angolana, facto Outubro de 2006, em Libreville, Gabáo. que, segundo a fonte, demonstra bem a capacidade técnico-económica e a seriedade da Somoil.

AAA investe USD 12 milhóes em centro de sinistros A seguradora AAA (Angola, Agora e Amanhá) investiu cerca de 12 milhóes de dólares na construido de um centro especializado em sinistros, inaugurado Üií recentemente pelo Ministro dos Petróleos, v ¡A l s t r < Desidério Costa. Com capacidade para assistir 5 mil viaturas por ano (25 por dia), o novo empreendimento, localizado na Avenida 21 de Janeiro (próximo a rotunda do Gamek) no Morro Bento, em Luanda, tem como finalidade reparar automóveis segurados pela AAA e controlar os custos com sinistros de seguros automóvel.

O Petróleo - 3 Luanda acolhe fórum sobre petróleo O "Institute for Internacional Research" (IIR) de realizará, nos dias cinco e seis de Junho de 2007, em Luanda, o primeiro Fórum sobre o Mercado de Explorado Petrolífera em Angola e as oportunidades de investimiento. Os organizadores do evento acham neces- sário debater o assunto, devido a importáncia crescente de Angola no mercado mundial de pe­ tróleo, a sua recente entrada na OPEP e as previ- sóes de crescimento económico para os próximos anos. Durante o fórum, os participantes abordaráo temas como "Os Desafios da Exploragáo em On e Offshore", "O Enquadramento Legal, Contratual e Fiscal das Joint Ventures", "O Potencial do Petróleo e as Oportunidades de Investimento em Angola" e " Os Factores de Sucesso das Novas Malanje reúne quadros Concessóes a Empresas de Capital Nacional". do sector Sob o lema “Olhar o passado e o presente e perspectivar o futuro”, terá lugar na cidade de Malanje, de 29 de Maio a 1 de Junho de 2007, o II Fórum Nacional de Quadros dos Petróleos. Neste encontro será feito, entre outros, o balando do primeiro fórum realizado de 24 a 2 6 de Julho de 2003, na vila petrolífera do Soyo, provincia do Zaire.

Campo petrolífero Rosa Novo Director da DNC do MINPET opera este ano O Ministro dos Petróleos, Desidério Costa, em despacho exa­ O campo petrolífero "Rosa", a ser rado em fináis do més de Abril de 2007, nomeou Manuel Albino desenvolvido pela companhia Total E&P Ferreira, para, em comissáo de serviqo, exercer o cargo de Direc­ Angola e seus parceiros, no Bloco 17, tor Nacional de Comercializaqáo do Ministério dos Petróleos. em águas profundas, entra em operagáo Num outro despacho, o titular da pasta dos Petróleos dá por no segundo semestre de 2007, finda a comissáo de serviqo do cargo de Chefe de Departamento num Investimento de mais de mil milhóes de Comercializaqáo Interna da Direcqáo Nacional de Comer­ de dólares, segundo anunciou o Director cializaqáo para o qual, Manuel Albino Ferreira, havia sido nomeado Geral Executivo do grupo Total, pelo Despacho N° 10/2000, de 7 de Julho. Christophe de Margerie. Albino Ferreira, ex-mllitar da extinta Forqas Armadas O Rosa é um campo satélite que está Populares de Libertaqáo de Angola (FAPLA), formou-se em a ser ligado ao FPSO Girassol, o primeiro Engenharia Mecánica, em 1985, no Instituto Politécnico da Bielor- pólo de desenvolvimento do Bloco 17 rússia, ex-Uniáo Soviética. Em Julho de 1994 ingressa na Sonangol que compreende os campos Girassol e em Maio de 2000 é chamado para o Ministério dos Petróleos. e Jasmim, já em produgáo.

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Por: Mateus Cavumbo *

Ministro Desidério Costa corta a fita no FPSO Dalia.

Campo Dália, inaugurado a 29 de Mar^o de 2007, pelo prováveis recuperáveis. Aliás, constituí o Ministro dos Petróleos, Desidério Costa, vai produzir 240 segundo polo de desenvolvimento do refe­ mil barris/dia, contribuindo deste modo, para o aumento rido Bloco. Oda produqáo do crude em Angola. Actualmente, o País produz O FPSO Dália envolve um sistema sub­ cerca de 1 milháo e 500 mil barris por dia, com urna previsao marino de 71 pochos equipados com Christ- de atingir 1 milháo e 850 mil barris/dia, até fináis deste ano. mas Trees horizontais ligados a 9 colectores Descoberto em Setembro de 1997, cujo ¡andamento do que alimentam 4 anéis de producto. Tem projecto anconteceu em 2003, é desenvolvido pela Sonangol, ainda 8 condutas flexíveis que asseguram a na qualidade de concessionária, e pela Total E&P Angola como subida do fluido até á superficie; 4 linhas operadora, e seus associados. de injec^ao de água e 2 de gás. O investimento feito ao Floating Production, Storage and Dália está localizada a 135 quilómetros Offloading (FPSO) Dália atingiu mais de 300 bilioes de kwan- da costa angolana numa profundidade de zas (4 bilioes de dólares norte-americanos). água que varia entre 1.200 e os 1.500 metros. O empreendimento petrolífero situa-se ñas águas profundas O petróleo do Dália, ácido e pesado, do Bloco 17 com um vasto jazigo que abrange urna superficie combinando a baixa temperatura do reser- de 230 quilómetros quadrados. Além disso, o projecto contém vatório, demonstra a complexidade do sis­ um potencial de cerca de mil milhóes de barris de reservas tema de producto.

6 - O Petróleo Acima, FPSO Dalia efectúa paragem de trabalho em Cape Town, África do Sui.

Ministro dos Petróleos, Administradores da Sonangol e da Total descerram a placa comemorativa.

Como parte da sua estrategia, os par- ceiros desenvolverán! um plano ambicioso Características do FPSO DALIA de actividade industrial em Angola, tendo FPSO resultado na cria^ao de novas actividades Dimensóes do Casco: 300 m x 60 m x 32 m industriáis, através dos várias contratos de Capacidade de armazenamento de óleo: 2 milhóes de barris construyo do projecto Dália. Capacidade de processamento de óleo: 240 000 barris/dia A Sociedade Nacional de Combustíveis Capacidade de ¡njecgáo de água: 405 000 barris/dia de Angola (Sonangol) é a concessionária do Capacidade de processamento da água: 265 000 barris/dia Capacidade de compressao de gás: 8 milhóes de m^/dia Bloco 17, a Total E&P Angola, operadora do Poténcia total instalada: 66 MW Bloco, detém urna participado de 40%, Esso Peso dos topsides: 29 400 toneladas (l-tubos incluidos) Exploration Angola (20%), BP (16,67%), Capacidade de acolhimento da secgáo de habitagáo: Statoil (13,33%) e Norsk Hydro (10%). 120 pessoas, até 190 pessoas durante os periodos de paragem. Concebido para urna duragáo de 20 anos. * Jomalista

O Petróleo - 7 QUANTO MAIORES FOREM AS NECESSIDADES MAIS SE NECESSITA DE UM PARCEIRO DE CONFIANQA No papel de quarta maior empresa mundial de petróleo e gás, e fabricante de químicos de classe mundial, com 95.000 empregados em 130 países, a Total está a levar a inovagáo através da cadeia energética. Somos o maior produtor de petróleo e de gás em África, o segundo maior no Médio Oriente, líder europeu na refinagáo e detemos urna rede de 17.000 estagóes de servígo. Para que a nossa energía seja a sua energía, www.total.com

Para si, a nossa energía é inesgotável w m k \ M i ¿ i h \ Na 144 a sessao ordinaria realizada em Margo O P E P saúda Angola

Por: Miguel da Conceiqáo

Em cima (da esquerda para direita) Miguel da Conceiqao, Luís Neves, Amadeu Azevedo, José Paiva e Félix Ferreira. Em baixo (na mesma ordem): Fidelino Figueiredo, Desidério Costa e Manuel Vicente.

Os países membros da OPEP possuem 78% das reservas mundiais de petróleo. Suprem 40% da pro- dudo mundial e metade das exporta­ re s mundiais. A Conferencia de Viena destacou, por outro lado, a presenta dos repre­ Delegaqáo de Angola na Sede da OPEP em Viena () sentantes do Egipto, México, Omán e Rússia, países observadores, cuja Organizado dos Países Exportadores de Petróleo participado na reuniao demonstrou o apoio que esses (OPEP) reunida na sua 144a sessáo ordinária reali­ países produtores de petróleo tém dado para os esforgos zada em Viena (Austria), em Margo de 2007, que a Organizado tem feito com vista á estabilizado do Asaudou calorosamente o Ministro dos Petróleos e chefe mercado petrolífero mundial. da delegado de Angola, Desidério Costa, que, pela A Conferencia analisou, de igual modo, o relatório primeira vez, participou na reuniao como membro de do Secretário-geral, da comissáo económica e do sub- pleno direito da Organizado, após mais de 15 anos com comité ministerial de monitorizado cujos membros o estatuto de observador. foram louvados pelos esforgos desenvolvidos para a Angola foi admitida na OPEP como 12° membro da realizado das suas tarefas. Organizado, no dia 14 de Dezembro de 2006, numa Neste evento, Angola participou com urna delegad0 reuniao extraordinária efectuada em Abuja (Nigéria). que integrou o Presidente do Conselho de Administra­ Ao analisar as perspectivas do mercado petrolífero, a d o da Sonangol, Manuel Vicente, o Director Nacional conferencia constatou que a performance da economía dos Petróleos, Amadeu Azevedo, o Director Nacional de mundial, em 2007, continuará relativamente firme, Comercializado, Manuel Albino, o Delegado da So­ embora ligeiramente baixa comparativamente ao ano nangol Londres, José Paiva e o Embaixador de Angola de 2006. na Austria, Fidelino Figueiredo. Integrou também a Deste modo, a Conferencia notou que, apesar dos delegado, o Governador de Angola na OPEP, Félix vários indicadores mostrarem que o mercado continua Manuel Ferreira e o representante angolano na Comis­ bem abastecido em matéria do crude, alguma volati- sáo Económica deste importante organismo, Luís Neves. lidade no mercado continua a ser registado. A próxima reuniao ordinária terá lugar novamente Por causa desta volatilidade, a Conferencia decidiu em Viena, no dia 11 de Setembro de 2007. Sáo continuar a monitorar os desenvolvimentos do merca­ membros da OPEP, a Arábia Saudita, Argélia, Angola, do, perspectivando atingir-se a sua estabilidade, de modo Iraque, Iráo, Koweit, Emirados Arabes Unidos, Qatar, a que o crescimento económico global seja sustentado. Libia, Nigéria, e a Indonesia.

10 - O Petróleo lili H HiHhI H Nomeados Quadros Seniores para OPEP

Representantes de Angola

m ^ ois quadros seniores da Sonangol foram nomea- váo defender as políticas t M dos para a Organizado dos Países Exportadores trabadas pelo Governo A de Petróleo (OPEP), em despachos assinados angola no na Organizaqáo. pelo Ministro dos Petróleos, Desiderio Costa. Tratam-se de Félix Manuel Ferreira nomeado para exercer o cargo de Governador por parte de Angola no Conselho de Governadores da OPEP e Luís Correia Neves, para exercer as fun^óes de Representante Nacional na Comissáo Económica da OPEP. Luís Neves A nom eado destes dois quadros seniores sucedeu-se Luís Correia Ne­ em fundo de urna solicitadlo da OPEP para que Ango­ ves, graduado em la, urna vez membro, indicasse um governador e um Gestáo de Negocios representante á Comissáo Económica, de acordo com pela Universidade In­ os seus estatutos. ternacional de Lisboa, Portugal, ingressou na Sonangol, em 1998, Félix Ferreira como Analista Júnior Félix Manuel Ferreira, de Mercado. Traba­ de 57 anos, Mestre em Ciencias de Economía, in- lhou na Direcdo de gressou nos quadros da Marketing Internacional no Departamento de Polí­ Sonangol em Agosto de ticas de Mercado e Análise, posteriormente foi 1977 como Chefe do De­ promovido a Analista Sénior, tendo assumido a res- partamento de Produtos ponsabilidade da comercializad0 de petróleo bruto e Refinados e de Gás da Direcdáo de Comerciali­ análise financeira. zado. Na empresa foi tam- No seu curriculum consta ainda que efectuou um bém responsável pela nego­ curso de tres anos no Instituto Superior de Gestáo ciado e execu^áo de contra­ (ISG), em Lisboa, cujo principal foco foi em Finanzas tos de exportado de LPG e Fuel Óleo bem como de produtos de importadlo refinados destinados a cobrir o Colectivas, Contabilidade, Gestáo de Recursos de défice de produ^áo da refinaria de Luanda. Negocios, Planeamento Estratégico, Seguro e Inglés Trabalhou igualmente na área de exportado de para Negocios. petróleo bruto da Sonangol, como Adjunto do Chefe O actual representante Nacional na Comissáo de Opera$óes de Comercializado Externa. Económica da OPEP assistiu a vários cursos avan­ Em Mar90 de 1989 foi nomeado Director da Direc- zados, relativos a gestáo do petróleo bruto e comer­ 5áo de Comercializado Externa. cializado, tendo-lhe sido atribuido um certificado do Actualmente, é quadro sénior da Sonangol Londres. Programa Internacional de Gestáo em Boston (EUA).

0 Petróleo - 71 ■3e!e!e!sfiE!®ISl Angola e Guiné-Equatorial, Cooperaqao nos Petróleos

Visita do Presidente visita do Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, da República efectuada em Fevereiro de 2007 a Guiné-Equatorial veio confirmar o reforgo da cooperagáo entre os dois países, a Guiné-Equatorial essencialmente no dominio dos Petróleos. abre nova página Angola e a Guiné-Equatorial mantém urna relagáo estreita e de na cooperando bilateral. amizade, daí que o Presidente da República ter enfatizado durante a visita que “os dois países tém o petróleo como um dos motores essenciais do seu progresso”. “Esta circunstancia facilita a troca de pontos de vista e de expe­ riencias, como propósito de aplicar os rendimentos que este bem gera em programas e projectos para a erradicadlo da fome, da pobreza e das grandes endemias e de impulsionar o desenvolvimento económico e social sustentado”, realgo u o Estadista angolano. José Eduardo dos Santos, ladeado pelo seu homologo Teodoro Obiang Nguema Mbasogo recor- dou que Angola e a Guiné- Equatorial fazem parte do grupo de países cujas economías tém os índices mais elevados de cresci- mento económico do mundo. Nesta linha de pensamento enfatizou que “esta é a melhor forma de dar resposta a todos aqueles que, de forma pessimista, consideram que os países africanos nao podem sair do ma­ rasmo provocado por centenas de anos de exploracáo colonial e pela José Eduardo dos passividade de alguns dos seus anteriores responsáveis e quadros”. Santos, Presidente Para o Chefe de Estadó angolano, a Guiné-Equatorial é, hoje, por de Angola, e Teodoro Obiang Nguema isso, um elemento activo na p rom o gao da paz e do progresso no Golfo Mbasogo, Presidente da Guiñé e o foco de atengao da comunidade internacional. da Guiné-Equatorial. Angola mantém um acordo de cooperagáo no dominio dos petróleos com a Guiné-Equatorial, em fungáo de urna resposta favo- rável apresentada pelo Ministério Equato-Guineense da Energía e Minas, em 2006.

12-0 Petróleo Solugóes de Poupanga & Investimento

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Para frente é o caminho. E esta a conclusao mais vezes utilizada para espelhar a marcha imparável da Sonangol, 31 anos depois da sua constituigao, no já longínquo 25 de Fevereiro de 1976. Urna caminhada inteligente exemplar que o tempo, a historia, já se encarregou de registar de gloriosa.

Por: Joáo Rosa Santos *

ouco menos de qua- buido, Gás Natural, Shipping, Participa- tro meses após a pro­ cóes Sociais, Telecomun ¡calóes, Aviado e P clamado da Inde­ de formacio profissional, todas no País, pendencia Nacional o Go- enquanto que, no estrangeiro, unidade de verno de Angola, decidiu traiding, em Londres, em Singapura e nos criar a Sociedade Nacional EUA, sinonimiza a sua internacionalizad0 de Combustíveis de Ango­ que igualmente marca presenta em mais de la (Sonangol), urna deriva­ 25 empresas participadas. d o da nacionalizado da Angol e da necessidade de se apostar E, é esta mesma Sonangol que conheceu numa marca mais Nacional. e conhece no seu percurso líderes de ele­ Desde entáo, passo a passo, a Sonangol, imbuida de elevado vada competencia como, Percis Freeden- espirito patriótico e de um profissionalismo crescente, alicenpa e ttal, Desidério Costa, Herminio Escórcio, edifica urna verdadeira obra de petróleo, cuja dimensáo Albina Assis, Sousa Santos, Joaquim David ultrapassou já as fronteiras nacionais e, em África e no mundo, e Manuel Vicente, que hoje, 31 anos depois é já urna referencia obrigatória. procura retemperar as energías, implantar Esta cada vez mais fascinante trajectória, leva a assinatura de projectos de grande impacto, e fazer crescer pouco mais de 7.000 entusiasmados colaboradores, entre ainda mais a empresa que orgulha todos operários, técnicos e gestores, cuja genialidade contagia, renova bons angolanos. e múltipla as energías. Os desafíos nao sao de brincadeira, táo A Sonangol de hoje, já nao é a mesma de ontem. Em 1976 pouco sao impossíveis de realizar. Tal como era, apenas e táo somente, urna pequeña unidade económica por várias vezes referiu o presidente da estratégica. Actualmente, fruto de um digno e respeitável companhia, Manuel Vicente, o que é pre­ crescimento é o mais importante grupo empresarial em Angola ciso agora e sempre, é nao adormecer a e quid> em África. sombra da bananeira. Atestando o facto, está a Sonangol EP e suas Subsidiárias, nomeadamente, a Pesquisa & Producáo, Logística, Distri­ * Jornalista

14-0 Petróleo rjiffliTSffilEW Pre?°do Petróleo Bruto

O petróleo bruto nao tem nenhum valor ou significado intrínseco senáo através dos seus produtos que deles podem ser tirados proveito. O valor do petróleo bruto ao refinador depende da qualidade da rama, da sua localizaqáo, do tipo de refinaria que recebe o óleo, das diferenqas sazonais entre os mercados a ser abastecidos.

Por: Kupessa Daniel *

m geral, as ramas leves tém maior valorizado que as Porém, os presos dos produtos mudam pesadas; portanto, as primeiras possuem mais gasolina e de acordo com a actuado dos distintos E outros produtos de maior valor. mercados. Os presos da maior parte do Outra característica relevante prende-se com o conteúdo óleo internacionalmente comercializado de enxofre e a conveniencia do petróleo bruto quanto sao fixados com relado a determinadas á form ado de stock para uma especificidade dos produtos tais ramas de referencia que, por meio das suas como os lubrificantes ou betumes. As vezes, o seu grau API cota£Óes, sao fixados os presos do petróleo (American Institute - gravidade do óleo) bruto para venda num determinado muito elevado nao pode ser posto de lado. mercado. Os mercados dos derivados de petróleo bruto sao variados e O Brent Blend (petróleo do Mar do operam independentemente um do outro. O pre$o do com- Norte) é a referencia para a maior parte das bustível pesado é determinado em competido com o do carvao ramas da Europa, da Africa e parte das e do gás como energia alternativa. E obvio que, a gasolina ramas do Médio Oriente. O W TI (West nunca fez parte da referida competido, bem como nao pode, Texas Intermedíate) é a referencia para as de ánimo leve, ser imediatamente substituido. Mas, a bio-fuel ramas dos EUA, da América do Sul, cometa a preocupar o mercado de gasolina. parcialmente da África Ocidental, do Mar

0 Petróleo -75 ■E3S!S!S!fi!fi!

do Norte, Extremo e Médio Orientes. O ANS (Alaskan North conseguir vendé-los num espago de tempo Slope) para as ramas dos EUA, da América do Sul e parcial­ relativamente curto; sabendo que podiam mente do Médio-Oriente. O DUBAI ou DUBAI/OMAN para comprar, mais tarde, o petróleo bruto do Mar vendas das ramas do Médio-Oriente, de alto teor de enxofre no do Norte. A proximidade á maior regiáo con­ Extremo-Oriente e o TAPIS como referencia para vendas das sumidora da Europa e as boas infra-estruturas ramas do baixo teor de enxofre no Extremo-Oriente igualmente. dos campos Sullon Voe eram outros factores Essas cinco (5) ramas de referencia sao utilizadas para fixar que deram azo ao desenvolvimento do mer­ os presos de cerca de 27 milhóes b/d de óleo, equivalente a mais cado no Mar do Norte. do que 80 % de petróleo bruto comercializado. A fórmula Inicialmente, o termo “Mercado Brent” refe- utilizada para fixar o prego duma rama qualquer contra a outra ria-se as transacgóes “spot” e livre envolvendo o de referencia e um assunto de negociagáo entre o comprador e Brent Blend (blend=mistura). Hoje, inclui os o vendedor e, que nao é necessariamente do conhecimento contratos do mercado futuro IPE - Interna­ público. E, geralmente simples; considerando o prego do Brent tional Petroleum Exchange (bolsa de Londres), mais ou menos um diferencial, obtemos o prego de venda da as opgóes a este tipo de contrato e “Swaps” rama por barril. Por exemplo, (24.00 ± 0.15) USD/bbl. Ás (trocas), sendo todas elas transacgóes puramente vezes, pode ser mais complexo quando consideramos as taxas financeiras vinculadas ao prego do Brent. de frete, a sua posigáo geográfica, as diferengas em termos O primeiro mercado a termo estritamente de qualidade e diferengas em períodos de entrega ou arranjos de baseado no comércio livre do petróleo bruto crédito, seguro, etc... foi o Brent de 15 dias, que surgiu nos tur­ O Mercado do Brent joga um papel fundamental na forma- bulentos mercados nos principios dos anos gao dos pregos das ramas, tendo, a fixagáo do prego anexado ao 1980. A disponibilidade dos carregamentos Brent, tomado uma proporgáo significativa no comércio mun­ alocados mensalmente por cada produtor era dial do petróleo. O Mercado desenvolveu-se durante os anos anunciada na quinzena do mes antes do seu 1980 em paralelo com o crescimento da produgáo petrolífera carregamento. Obviamente, o vendedor avisa- no Mar do Norte. Se bem que, inicialmente, houve um número va atempadamente ao comprador, afim de que de vendas a prazo aliado ao prego oficial de venda do Governo este último disponibilizasse o navio petroleiro británico; este comportamento tornou-se imediatamente para levantar o petróleo bruto sem sobres- uma norma. saltos. O ouro negro era depois negociado na A liquidez do mercado a termo por meio do qual os carrega­ base do Brent Datado. mentos de 600.000 barris (mais tarde de 500.000 barris) de Enquanto os produtores precisavam de Brent de 15 dias foram comprados e vendidos em seis (6) vender o óleo, os refinadores tinham sempre a meses, antes da sua entrega, deu confianga aos compradores e pretengáo de o comprar depois de feita a nego- vendedores em escolher o prego do Brent como referencia ciagáo numa perspectiva sem data. O mes do quando os pregos oficiáis de venda desapareceram em 1986. carregamento era especificado, mas a sua data Como as ramas do Mar do Norte sáo de maior valor, os seus concreta ficava ao critério do vendedor. produtores, sendo igualmente refinadores locáis, vendiam-nas Contudo, o comprador precisava de um tempo e, posteriormente compravam ramas de menor qualidade a um suficiente para fretar o navio. Logo, uma infor- prego baixo, para sustentar as actividades das suas refinarias. magáo completa de disponibilidade do petro­ Eram produzidas (as ramas) pelas companhias petrolíferas leiro tinha que ser dada atempadamente ao privadas dispostas a vendé-las numa base “spot” ( i.é. venda de comprador. Esta notificagáo passou a ser desig­ uma carga feita ocasionalmente). nada como 15 (quinze) dias, daí o nome de Os “traders”, dispondo dos carregamentos “spot” de “Brent de 15 dias”. petróleo “long haul” (i.é. óleo de transporte de longa distáncia

entre a área de produgáo, por ex. Médio-Oriente e a área de * Técnico superior da Directo Nacional de Comer­ consumo, por ex. Os EUA) a pregos fixos), eram capazes de cializando do MINPET.

16-0 Petróleo RJiTOsWHísB Eng.° Syanga Ábílio fala do projecto A LN G :

“Nós temos uma visao estratégica sobre a recuperando do gás "

Por: Mateus Cavumbo Fotos de Quintiliano dos Santos

om o seu característico “back- ground”, o Administrador da Sonangol E.P e igualmente Cpresidente do Conselho de Ad­ ministrado do consorcio Angola LNG -Limited, Eng.° Syanga Abí- lio, narrou á Revista “O Petróleo”, os ganhos económicos e sociais do projecto de aproveitamento de gás natural, que vai ser executado a Oeste da cidade do Soyo, entre o rio Zaire e a Base do Kwanda, numa área aproximada de 240 hectares. Para já, Syanga Abílio diz que a Sonangol tem urna visáo estratégica sobre a recuperafáo do produto, uma justificadlo resumida na entrevista que se segue:

OP- Eng.° fala-se muito do pro­ jecto Angola LNG, para elucidar os nossos leitores, gostaria que nos trocasse em miúdos esta materia. SA: Quando falamos do projecto “Angola LNG”, ou se preferir, projecto LNG, transformado para um estado líquido, em fungió estamos a falar de um projecto, que consiste em disso, facilita a sua exportado para um mercado já recolher todo gás queimado actualmente nos campos identificado, neste caso o dos Estados Unidos. Em petrolíferos, e através de conduta que leva este gás até relagáo a esse projecto, nós, Sonangol, temos uma visáo a uma unidade de liquefacto. Após esse passo, é estratégica que consiste em duas vertentes: Primeiro,

O Petróleo -17 KISHEI

" No sector petrolífero nós queremos acabar com a queima do gás. Por outro lado queremos responder positivamente aquilo a que designamos de preservando do meio ambiente, dando resposta positiva, perante a Lei e perante a orientando do Governo. "

pensamos que, com a recuperado deste gás, estaremos a Numa primeira fase, quantos nacionais váo beneficiar encontrar urna soluto no desenvolvimento dos de emprego? campos petrolíferos que se situam ñas águas profundas. Na fase de constrmjáo, o projecto vai empregar di­ Urna outra vertente tem a ver com a de gás - energía. recta e indirectamente cerca de tres mil trabalhadores. Durante muitos anos, o gás associado foi considerado um sub - projecto (sem um valor acrescentado), mas a Que passos foram já dados com vista ao arranque partir de agora, vamos recolher esse gás e valorizá - lo, das obras? passando a ser urna fonte de receita para o Estado e ao Neste momento, tudo está pronto para o arranque mesmo tempo resolver um problema social. Desta for­ da construdo, urna vez que foram já assinados os ma estaremos a contribuir também para o desenvolvi­ contratos de engenharia e Procurment, e tudo indica mento nacional. que, até 2010 ou mais tardar em 2011, podemos entáo ter o primeiro produto a ser exportado. Quais os beneficios que o projecto vai trazer em parti­

cular para o sector petrolífero e, para as populares, Os estudos complementares de protecd° ambiental em geral? para o projecto estáo salvaguardados? Os beneficios sao vários. No sector petrolífero nós Sim. Os estudos foram feitos e já fomos autorizados queremos acabar com a queima de gás. Por outro lado pelo Ministério do Urbanismo e Ambiente. Temos em queremos responder positivamente áquilo a que desig­ posse o certificado que nos autoriza a construir a namos de preservado do meio ambiente, dando unidade de liquefacfáo de gás no Soyo. Na fase de resposta positiva, perante a Lei e perante a orientado do estudo, tivemos de mudar duas vezes de local, por se ter Governo. Além dos aspectos ambientáis, haverá outros constatado em algumas localidades, um problema beneficios económicos. Como já me referi, o gás passa a relacionado com os mangais. Para nao causar danos ao ser urna fonte de receita para o beneficio dos meio ambiente, tivemos que escolher urna outra área investidores e do Estado angolano bem como criará reclamado ao rio. novos postos de trabalho. Para além disso, seráo disponibilizados para o Governo angolano cerca de 125 Porqué que só agora é que o projecto tem pernas milhóes de pés cúbicos, e essa quantidade de gás vai para andar? servir, tanto para gerado de energía como para o Este tipo de projecto é bastante complexo, devido as desenvolvimento da industria petroquímica. etapas que compreendem as fases de estudos de viabi-

18 - O Petróleo lidade, estudos ambientáis e de mercado. Só depois de se realizarem essas etapas todas, passamos por uma fase de Quem é Syanga Abílio? decisao final do investimento. Esta fase é necessária, porque os investidores que estao connosco no projecto Syanga K. Samuel Abílio nasceu em Klbocolo solicitaram á aprovagao de alguns documentos legáis e (Uíje) aos 2 de Julho de 1956 e é Engenhelro contratuais, o que aconteceu em Janeiro deste ano (2007) Geólogo de petróleo, formado na Argelia, na numa das sessóes do Conselho de Ministros. Acho que os Universidade INH Boumerdes. documentos legáis aprovados em Margo pela Assembleia No seu passatempo, Syanga Abílio, pratlca desporto e aprecia músicas africanas quando pode. Nacional váo permitir o arranque de facto das obras. Gosta, preferencialmente, de peixe grelhado com legumes, mas nao perde nenhuma Quando a fábrica de liquefacgáo comegar a produzir oportunidade quando Ihe apetecesse um prato de gás, quais os níveis previstos? funji com qualquer molho acompanhado de Essa fábrica de liquefacgáo de gás vai ter uma capa­ Quizaca. cidade anual de cerca de 5 milhóes de toneladas. Dos vários cursos de especializagáo efectuados, destacam-se os de engenharia de petróleos nos Eng° porqué que o volume de investimento da fábrica, Estados Unidos (Colorado e Texas) e Inglaterra. elevou-se de 3 bilioes de dólares, para um valor acima Também estudou gestáo de petróleos no IFP em ou próximo dos 4 bilioes de dólares? Paris (Franga) e finangas na universidade de Nos últimos tempos, na industria petrolífera temos SMU/Dallas- Texas, Estados Unidos de América. assistido uma certa inflagáo, causado por oscilagóes do Como experiencia profesional, iniciou a sua prego do barril e pela subida dos servigos, do ago e de actividade em 1976 na companhia Congeral, trabalhando como técnico no laboratório químico. outros materiais de suporte ao projecto. Quer dizer que Em 1981, após a sua formagáo na Argélia, integra muitos aspectos influenciaram, daí essa alteragáo. o quadro de pessoal da empresa francesa Total como geólogo de sondagem com permanencia Eng° corrobora na ideia de que Angola poderá ser frequente no offshore angolano. Em 1982, ingressa auto-suficiente em termos de gás daqui a 30 anos? na Sonangol U.E.E, como geólogo de petróleos, Nós temos actualmente em termos de reservas com responsabilidade de avaliar as diagrafias e qualquer coisa como 11 trilióes de pés cúbicos, e essa síntese regional. nao sao reservas fixas, porque continuamos a avahar e a Em 1986 é requisitado pelo Ministério dos procurar mais reservas. De acordo com os cálculos, Petróleos, onde funcionou no Departamento de podemos dizer que, nos próximos tempos, haverá outras Exploragáo e Produgáo, como Chefe do sector de descobertas de gás. Aliás, hoje o mundo está a virar para exploragáo. a pesquisa desta fonte de energia, e nós, internamente, Um ano depois, isto em 1987, regressa á tivemos que criar a nivel da Sonangol, uma subsidiária Sonangol, onde é nomeado director de prospecgáo e pesquisa, desempenhando ao mesmo tempo, as específicamente para explorar e produzir o gás, que aqui fungóes de presidente das comissóes de operagóes entre nós chamamos de Sonagás- Sonangol Gás Natural. das concessóes de Cabinda (Chevron), da Texaco e Isso significa dizer que as perspectivas sao animadoras. Total no Soyo. Em 1990, exerce interinamente as fungóes de Para terminar, gostaria que nos dissesse dos incentivos Director-Geral Adjunto da Sonangol para que o Governo angolano tem dado para viabilidade hidrocarbonetos. Em 1992 coordena o núcleo de desse ambicioso projecto? implementagáo da Sonangol Pesquisa & Produgáo e A participagáo do Governo tem sido excelente, aliás, um ano mais tarde é nomeado Director-Geral dessa é um projecto que o próprio Governo abragou e que empresa do Grupo Sonangol E.P. Actualmente é tem estado apoiar. Houve incentivos concedidos ao Administrador da Sonangol E.P, cargo que exerce projecto, porque explorar e produzir gás nao é a mesma desde 1999. coisa que explorar petróleo.

O Petróleo - 19 A luta contra o HIV/SIDA conta com a Unitel. E a Unitel conta contigo.

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A margem Continental Angolana compreende tres grandes badas sedimentares com diferentes historias de explorando e estágios de maturidade. Elas sao: Bacia do Baixo Congo, a norte, Bacia do Kwanza, no centro e a Bacia do Namibe, a sul. Elas pertencem a grande Bacia Salífera da Africa Ocidental que é urna das maiores provincias petrolíferas no mundo. O Sistema Petrolífero está provado ñas Badas do Baixo Congo e do Kwanza e, apenas, identificado na Bacia do Namibe.

Por: D.N.P *

O Petróleo - 27 ttMRIIMfSlIlBl

ara efeitos de licenciamento, o offshore de Angola está Uma bomba de combustível dividido em 51 blocos de concessáo, distribuidos da se- na zona baixa da cidade de Luanda. guinte forma: 14 em águas rasas, 17 em águas profundas e P 9 em águas ultra e ultra -profundas oeste. Actualmente, estáo já adjudicados 20 blocos encontrando-se em aberto os restantes. Em descoberta comercial de petróleo designada 2006, foram adjudicados os Blocos 1/06, 5/06, 6/06, 8 e 23 e as por Plutlo ocorreu na Bacia do Baixo Congo áreas remanescentes dos Blocos 15/06, 17/06 e 18/06. em 2002. A produfáo petrolífera de Angola cresceu a partir de uma produgio nao muito significativa de 173.000 b/d antes da Exploraqáo em Onshore independencia para o marco de 1 milhao de b/d em 2004. Espera­ O clima de paz que se vive em Angola se atingir a produjo de 1.850.000 b/d até fináis de 2007. permitirá nlo só o reatar das actividades de A construyo de uma nova Refinaria com uma capacidade de exploradlo em térra ñas áreas das Bacías do processamento de 200,000 barris/dia com o propósito de abastecer Baixo Congo e do Kwanza, assim como o es­ nao só o mercado nacional como também outros com produtos tender dessas actividades as Bacias Interiores. refinados é um dos objectivos imediatos do nosso Governo. Bacías Interiores Explorado As Bacias Interiores do Kassanje, Oka- A historia da exploradlo dos hidrocarbonetos em Angola teve o wango e Etosha encontram-se, presentemen­ seu inicio em 1910. No entanto, somente 45 anos mais tarde os te, em fase de reconhecimento. Em 2006, foi esfor9os de explorado resultaram na primeira descoberta comer­ concluido um total de 100,888 km de aqui- cial de petróleo designada por Benfica na parte terrestre da Bacia sidlo aero-gravimétrica/magnética para a ava­ do Kwanza. Em 1966, o campo Limba traduziu-se na primeira lladlo do potencial petrolífero dessas bacias. A descoberta comercial em águas rasas da Bacia do Baixo Congo. interpretadlo e integradlo com os dados A explora^áo em águas profundas corne^ou em 1993 e tres geológicos e geofísicos existentes revelaram o anos mais tarde aconteceu a primeira descoberta comercial de limite das bacias, a espessura dos sedimentos, a petróleo denominada Girassol na Bacia do Baixo Congo. Em 1999 profundidade do embasamento e a reladlo teve inicio a exploradlo em águas ultra-profundas e a primeira espacial entre as bacias.

22 - O Petróleo Exploragáo em Offshore ano (cerca de 2.000 barris/dia) de petróleo Bacía do Baixo Congo bruto. Foi a partir dessa pequeña instalagáo A exploragáo em aguas profundas da Bada do Baixo Congo que se atingiu a actual capacidade de comegou em 1994 e no período de 1996 a 2006, foram processamento de ±2.300.000 toneladas protagonizadas cerca de 60 descobertas comerciáis, revelando-se métricas/dia isto é cerca de 45.000 barris/dia. como uma área de baixo risco geológico. Existe aínda em Cabinda, concretamente Em 2001 teve inicio a perfuragáo de exploragáo em águas ultra- no Malongo uma pequeña refinaria com ca­ profundas da Bacia do Baixo Congo, tendo resultado, até a data pacidade de ±730.000 toneladas métricas/ano. presente, em 23 descobertas comerciáis, nomeadamente nos Náo obstante as várias melhorias submeti- Blocos 31, 32 e 33. A fase de exploragáo permanece em curso nos das á refinaria de Luanda, a sua produgáo con­ Blocos 31 e 32. tinua a náo satisfazer a procura interna de alguns produtos como GPL (LPG), gasolina, Desenvolvimento gasoleo e jet Al (combustível para aviagáo), Como corolário de várias descobertas comerciáis realizadas nos tornando-se necessário recorrer as importagóes. últimos 10 anos, várias actividades de desenvolvimento estáo em Por este motivo e pelo facto do nosso país curso na Bacia do Baixo Congo. ser, na regiáo o principal produtor de No Bloco 18, o projecto Great Plutonio - irá, inicialmente, matérias primas (petróleo e gás) necessárias desenvolver os campos Plutonio, Cobalto, Gálio, Crómio e Paládio para o desenvolvimento da industria de — Um desenvolvimento agrupado com pogos submarinos ligados a refinagáo, o sector dos petróleos tem vindo a um FPSO está em curso. A produgáo máxima está estimada em estudar há já algum tempo a evolugáo do 240.000 b/d com a primeira produgáo prevista para Julho de consumo em Angola e na regiáo essen- 2007. O campo Platina será conectado em 2011/12 táo logo haja cialmente e tem trabalhado num projecto capacidade disponível para tal. para a construgáo de uma nova refinaria com No Bloco 17, o destaque vai para o campo Rosa cujo inicio de capacidade de processamento de 200.000 produgáo deverá ocorrer no 2o semestre de 2007. Os campos barris/dia na Provincia de Benguela. Cravo/Lírio seráo desenvolvidos como independentes, separados das infra-estruturas do Girassol, de modo a permitir a ligagáo posterior * Direcfáo Nacional de Petróleos. do Orquídea/Violeta. Esta opgáo está em estudo. O desenvolvimento dos campos Plutáo, Satur­ no, Vénus e Marte (PSVM), localizados na porgáo PRODUgÁO DE REFINADOS (TM) norte do Bloco 31, marca o inicio desta actividade DA REFINARIA DE LUANDA em águas ultra-profundas. A produgáo máxima está estimada em 125.000 b/d e a primeira produ­ PRODUTOS 2005 2006 gáo deverá ocorrer em 2009/10. Plutáo e Saturno GPL 23.916 27.283 seráo os primeiros a serem postos em produgáo NAFTA 79.312 154.703 seguidos de Marte e Vénus. O conceito de desen­ GASOLINA 134.344 83.707 volvimento recomendado consiste em pogos submarinos ligados a um FPSO. JET B 58.094 45.164 JET A1 232.066 268.110 Produgáo de Petróleo PETRÓLEO 31.477 30.492 A produgáo actual de petróleo proveniente de 460.787 7 (sete) blocos (offshore) e 2 (duas) Associagóes ILUMINANTE 481.860 (FS/FST; onshore) é de cerca de 1.500.000 b/d. GASÓLEO 38.538 15.933 ORDOIL 606.944 586.741 Outros Projectos FUEL ÓLEO EXPORT. 0 Actividade de Refinagáo em Angola 0 A actividade de refinagáo em Angola teve o seu BUNKER C 74.117 68.268 inicio em 1958, com a entrada em funcio- EXTRA HEAVY 658 20.465 namento da refinaria de Luanda, propriedade na CUT BACK RC2 6.914 1.263 altura da Fina Petróleos de Angola, tratando ASFALTO 80/100 inicialmente 100.000 toneladas métricas/

O Petróleo - 23 ■ EH H S5S O que é o P ^ fy ¿ l^ Q

Antes de passar ao foco principal deste artigo, gostaria de comeqar por definir de forma suscinta "O que é o Petróleo": Etimológicamente a palavra petróleo provém do latin petrus = pedra e óleum = óleo o que significa pedra oleosa.

Por: Nunes Ringote *

o aglutinarem-se essas duas Do ponto de vista químico, o petróleo é uma palavras em portugués deram substancia oleosa, inflamável, menos densa que a origem ao que designou-se água, com cheiro característico e com uma colora­ como sendo o petróleo. No seu sen­ A d o que varia de preto a castanho escuro ou claro. tido mais rescrito o petróleo inclui Muito embora o petróleo tenha sido objecto de somente o crude, entretanto por for^a inúmeras discussóes concernentes á sua origem, de uso, no seu sentido mais lato, o hoje já nao restam dúvidas de que é de origem petróleo inclui ambas substancias - o crude e o gás natural. orgánica. Deduz-se mesmo que essa origem esteja Os elementos predominantes por peso na composi^ao relacionada com a decomposiaio das substancias orgánicas química quer seja do crude assim como do gás natural sao: (plantas e animais mortos) que compóem o plancton, ou seja, organismos em suspensao ñas águas doces ou salgadas Crude gás natural tais como, protozoários, celenterados e outros, portanto, Cabono 84 - 87 % 65 - 80 % decomposicáo essa que por sua vez é causada pela pouca H idrogénio 11 - 14 % 1 - 25 % oxigénelo e pela ac£áo das bactérias. Su lfato 0.06 - 2 % 0 - 0.2 % Esses seres decompostos foram, ao longo de milhóes de N itro gén io 0.1 - 2 % 1 - 1 5 % anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, O xigén io 0.1 - 2 % 0.0 % sendo pressionados pelos movimentos tectónicos da térra durante o período da sua formacáo e que acabaram por se Fica claro assim, que os dois elementos mais im­ transformar na substancia oleosa a que nós hoje chamamos portantes tanto no crude como no gás natural sao o petróleo. Carbono e o Hidrogénio. E por esta razáo que o crude e Apraz-me abrir aqui um paréntesis, para aprimorar o o gás natural sao chamados de hidrocarbonetos. A termo “petróleo” enquanto profissional da área. Pois é diferen£a entre eles consiste no tamanho das moléculas de importante nao confundirmos o petróleo que geralmente hidrocarbono. usamos ñas nossas casas com o petróleo extraído direc­ Nesta conformidade, o petróleo é uma mistura de tamente do subsolo (também chamado de petróleo bruto). hidrocarbonetos que se forma na natureza com a mistura O que nós usamos em casa é uma fracfáo do petróleo de hidrogénio e carbono. bruto que obtem-se através de um processo complexo de Geológicamente o petróleo é uma rocha que se encon- separado dos seus componentes numa refinaria. Por uma tra na natureza com características físicas e químicas questáo de clarificado os profissionais do ramo chamam próprias que a diferenciam das outras. ao petróleo bruto = crude ou hidrocarboneto e ao petróleo Físicamente o petróleo encontra-se no estado líquido, caseiro = petróleo luminante. Neste artigo, é de hidrocar­ daí nao ter forma própria mas possuir volume constante. boneto que vamos tratar.

24 - 0 Petróleo Ao contrário do que muitos pensam, o hidrocarboneto Exemplo de um reservatório de gás nao permanece na rocha onde foi gerado ( a chamada rocha máe), ele migra (horizontal ou verticalmente) através dos capilares das rochas porosas e/ou pelas fissuras, até encontrar um terreno apropriado para se concentrar. A título de exemplo, na bacia de Williston em Montana U.SA. o hidrocarboneto migrou horizontalmente para mais de 320 km da área em que foi gerado.

Por outras palavras diria que, para que se forme o Figura 1 hidrocarboneto e seus acumulados é necessário que existam pelo menos as seguintes condi^oes: Exemplo de um reservatório de crude sem cabera de gás • Rocha máe que albergue a matéria orgánica. • Migracáo através das rochas porosas e permeáveis ou pelas fissuras. • Acumulado de sedimentos com considerável espessura. • Condi^óes de pressáo e temperatura. • Armadilhas para contengo do hidrocarboneto limitadas por:

• Rochas de cobertura. Figura la • Di fe rencas de anomalías de amplitude sísmica. • Falhas de crescimento causadas pelos movimentos tectónicos. • Variadlo litológica lateral. • Ou ainda por descontinuidade da camada que contém o acumulado de hidrocarbonetos. Fecho aqui o parénte­ sis aberto acima. Esses terrenos onde o hidrocarboneto se acumula, sao denominados bacias sedimentares (de que falaremos com mais detalhes numa próxima ocasiáo). As bacias sao for­ madas por camadas ou len^ois porosos de areias, arenitos ou calcários. É ali onde ele se acumula ocupando os poros da rocha formando jazidas ou armadilhas. maior probabilidade de um acumulado de hidrocarboneto é O hidrocarboneto pode ser encontrado desde a escas- resultante das cinergias entre várias ciencias tais como: a sos metros da superficie terrestre até mais ou menos 4-5 Geología, a Geofísica e a Geoquímica onde a Geo-Enge- kilómetros de profundidade. Como é obvio, a extensáo das nharia de Reservatórios desempenha um papel de grande bacias e dos seus reservatórios varia em conformidade com relevancia. Por isso, só após a aplicado de forma combinada a quantidade volumétrica de hidrocarboneto acumulado. dos métodos de pesquisa acima referidos e interpretados os Nessas jazidas é comum encontrar embora náo seja por dados obtidos é que se selecionam os prospéctos onde se via de regra, o gás natural, o crude e a água numa coexis­ identificou eventualmente alguma estrutura que supóe-se tencia pacífica, pois embora vivendo na mesma jazida essas comportar os outros factores críticos, para ser sugestiva á substancias náo se misturam e os seus relativos posicio- sondagem, isto é, para que se possa considerar a possibi- namentos sao definidos pela d i fe re n 9a das suas densida­ lidade da construyo de um po^o. Pensó neste parágrafo ter des. Assim, sendo a água mais densa que o crude fica em dado um cheirinho no que toca a localizado das áreas que baixo e sendo o gás menos denso que o crude acaba fican- conteém as bacias sedimentares, seus campos e reservatórios. do por cima deste. Eis ao lado, exemplos de alguns tipos Fácilmente pode-se depreender quáo complexo é o de reservatórios. trabalho de pesquisa e prospecdáo de jazigos de hidro­ A reconstruyo da historia geológica de uma área, através carbonetos pois este servido envolve meios bastante da observado de rochas e formajes rochosas, determina a sofisticados, tecnología de ponta, técnicos altamente probabilidade da ocorréncia de rochas reservatório. aprumados e outros recursos ultra-caros para a sua A utilizado de medigóes gravimétricas, magnéticas e efectivadáo. É ai onde tudo comeda. De referir que este é sísmicas e outros métodos como a aerofotogrametria feita o primeiro passo e talvez um dos mais importantes da a partir de avióes ou satélites equipados para o efeito, per- história da industria petrolífera. mitem o mapeamento das estruturas rochosas e deter­ minar composiijóes do subsolo. A definidlo do local de * Geólogo

O Petróleo - 25 PETROMAR LDA é urna compañía criada pelos accionistas Delong Hersent Lda fuma subsidiaria da Saipem) com 70% e Sonangol com 3®%* © Istaíeir© de Constru^áo da PETROMAR vio Soy© está localizado na ilha do Kwanda no Soyo» noroeste de Angola.

Desde 1984 a !PÉ!TR©IM

¡1F - i‘I W t Á 1 Wj | re ______ETfilSftSRnS A Protecgáo do Ambiente e a Actividade Petrolífera

A produgáo de petróleo em Angola tem sofrido um aumento significativo ano pós ano e com isso as preocupagoes com o ambiente.

Por: Manuel Xavier *

evido as características na própria actividade, o Ministério dos Petróleos tem dedicado grande atengáo as questóes ambientáis, dando alta prio- D ridade as acgóes de preven gao e controlo da poluigáovertente ambiental, económica e social em todos os resultante das actividades petrolíferas e que podem grandes projectos quer públicos quer privados. apresentar riscos para a saúde e ambiente. Embora náo Durante cerca de quatro anos, a competencia para existisse ainda um Órgáo do Governo responsável pelo a avaliagáo de estudos de impacto ambiental dos Ambiente, este já havia incorporado na primeira Leí projectos do sector petrolífero estiveram sob a das Actividades Petrolíferas (Lei 13/78), vários artigos responsabilidade do Ministério dos Petróleos (de sobre a protecgáo do ambiente, seguranga e saúde e acordo com Decreto 39/00, artigo 6o), mas após a recuperagao paisagística. aprovagáo do Decreto 51/04, sobre a "Avaliagáo de Após a aprovagáo da Lei de Bases do Ambiente (Lei Impacte Ambiental", essa competencia passou a ser 5/98), pela Assembleia Nacional, o Conselho de Mi­ exercida pelo Ministério do Urbanismo e Ambiente. nistros, aprovou um Decreto Especí­ fico que regula a protecgáo do Am­ biente no decurso das actividades petrolíferas, (Decreto 39/00, de 10 de Outubro). O objecto desse decreto é o de assegurar que a concessionária e as associadas, através do operador e as outras empresas petrolíferas imple- mentem os instrumentos da gestáo da protecgáo do ambiente com vista a prevenir danos ao mesmo. De entre esses instrumentos, a avaliagáo de impacto ambiental cons­ tituí sem sombra de dúvidas aquele de maior abrangéncia, e complexi- dade, pelo envolvimento directo da ■EiraaiEfing

Devido a própria dinámica do sector, essa mudanza ram aprovados em Janeiro de 2005, por Decretos Exe- trouxe algumas preocupares, sobretudo por causa do cutivos de Sua Excia Senhor Ministro dos Petróleos. reduzido período de tempo atribuido á aprovagio dos Muitas tarefas e desafios nos esperam para o futuro, estudos. Contudo, es forros conjugados estáo sendo pois apesar de termos ganho ao longo desses anos, bas­ feitos no sentido de se maximizar as competencias das tante experiencia e conhecimento ainda temos de en­ duas institu¡95es, quer no dominio técnico-científico, contrar a melhor metodologia para trabalhar em quer jurídico ou administrativo. conjunto com todas as partes envolvidas na protecgáo Em paralelo, o Ministério dos Petróleos está a desen­ do ambiente (Instituigóes e organizares públicas, volver o Plano Nacional de Contingencia Contra Der­ privadas e internacionais, ONG's, outras), no sentido rames de Petróleo no Mar com a colaborarlo de empre­ de maximizarmos os esforgos e recursos, para que os sas do sector e de instituigóes governamentais. Espera-se mesmos possam ser aplicados de forma eficiente em prol que o mesmo venha a ser apresentado brevemente ao de um mesmo objectivo que é o de alcanzar o desenvol- Conselho de Ministros para aprovagío. vimento sustentável. Dando cumprimento aos pressupostos do Decreto Assim os principáis desafios ambientáis do sector no 39/00, o Ministério dos Petróleos constituiu um Grupo futuro deveráo passar por uma maior capacitado de Técnico coordenado pela Direcgáo Nacional de Petró­ quadros e no uso de ferramentas mais modernas na pre- leos, cuja tarefa era o de elaborar regulamentos técnicos vengáo, controlo e monitorizagáo ambiental da activi- para aumentar o grau de exigencia desse diploma, tendo dade, bem como o reforgo da colaborarlo institucional, o Grupo produzido tres Regulamentos sobre Gestáo, quer a nivel nacional, regional e/ou internacional. Remo^áo e Depósito de Desperdicios, Procedimentos de Notificagáo de Ocorréncias de Derrames e Gestáo de * Chefe de Departamento de Protecgao do Ambiente do Descargas Operacionais. Os referidos regulamentos fo- MINPET

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As actividades petrolíferas de prospeccáo, pesquisa, avaliqáo, desenvolvimento e produqao em Angola, sao reguladas pela Lei n° 10/04, de 12 de Novembro - Lei das Actividades Petrolíferas. A sua abordagem obedecerá ao enquadramento a que se segue:

Por : Carlos Liumba * A nova lei das actividades petrolíferas

emonta a 1910 a donaram-nas invocando, para o efeito primeira licenga de motivos de “for^a maior”. pesquisa de hidro­ Quer a Petrangol quer a Cabinda carbonetos, em Angola, Gulf Oil Company celebraram com o concedida a Canha §For- Governo Portugués contratos de con- mial numa extensáo de cessáo dos quais se tornaram con- 114.000 Km2, entre o cessionárias com o direito de pesquisa Rio Zaire e a entáo cidade e produgáo, em regime exclusivo, das de Novo Redondo, hoje áreas atribuidas. Sumbe. Com a intensificado das opera­ A perfura^áo do pri- r e s petrolíferas e o advento de novas meiro p0£0 ocorreu no companhias petrolíferas, como me Dande em 1915 sendo a primeira descoberta referí atrás, foram celebrados novos Contratos em que comercial, embora de propor^óes modestas feita no a Concessionária se associou, em regime de “joint ven- Campo do Benfica, em 1955, pela Petrangol, ture” (associat^áo em participad0) a essas companhias. seguindo-se outras na Bacia do Kwanza. Um dos exemplos é o Contrato de associa^áo entre a A descoberta de petróleo e a consequente produ

O Petróleo - 29 IfsItltífcWsM

A Lei das Actividades Petrolíferas (Lei n° 13/78, de 26 de Razóes da revisáo da lei n° 13/78: Agosto). Verificou-se, ñas últimas décadas, uma profunda evo- E a primeira a regular a política nacional sobre os hi­ ludo n°s aspectos técnico e económico do sector petro­ drocarbonetos, definida pelo Estado angolano, assente no lífero mundial, permitindo fazer a explorado em grandes principio constitucionalmente consagrado de que “o profundidades de água, o que teve o seu reflexo na Lei e petróleo bem como os demais recursos naturais sao pro- nos modelos contratuais, que tiveram de ser actualizados; priedades do povo angolano”. O sector petrolífero angolano também evoluiu, adqui- Angola que optou pela via de desenvolvimento socia­ riu experiencia e colmatou lacunas existentes nos primeiros lista, reputou de importancia estratégica o sector dos documentos legáis e contratuais das concessóes petrolíferas; petróleos e definiu-o como um dos pilares do arranque da As lacunas da Lei, em muitos casos foram preenchidas sua economía. com recurso regulad0 das mesmas nos diplomas de con- Os principios que enformam a nova estrutura legal e cessáo el ou contratos concernentes; institucional dos petróleos assentam no seguinte: Cada concessáo petrolífera tinha seus próprios regimes - Reafirmado de que todos os jazigos de hidrocar­ fiscal, cambial e aduaneiro especiáis, pelo que se considerou bonetos líquidos e gasosos existentes no subsolo e plata­ oportuno proceder á uniformizado dos mesmos em diplo­ forma continental sao propriedades do Povo angolano; mas próprios e gerais, tornando, deste modo, mais transpa­ - Atribuido exclusiva dos Direitos Mineiros para a rente e justo o sistema jurídico aplicável ao sector petrolífero; pesquisa e produ^ao dos hidrocarbonetos líquidos e gaso­ Lei Reguladora das Actividades Petrolíferas, Lei n° 10/04, sos a empresa pública, Sonangol, cabendo-lhe a gestáo de 12 de Novembro. destes recursos e a direc^áo das operacóes petrolíferas; Todos os factores atrás apontados, conduziram á que se Com a sua criad0 todas as concessóes anteriores pas- iniciasse um processo de revisáo da Lei Geral das Activi­ saram automáticamente para a titularidade da Sonangol. dades Petrolíferas (Lei n° 13/78, de 26 de Agosto) que - A reafirmado e o reconhecimento das sociedades es- apesar da sua qualidade deveria ser melhorada, actualizada trangeiras com capacidade financeira e técnica de se asso- e complementada com novos materiais já constantes dos ciarem á Sonangol para a explorad0 dos recursos diplomas de concessáo. petrolíferos; Esta Lei é uma consolidad0 da Lei n° 13/78, na me­ - A introducáo das modalidades contratuais: dida em que incorpora alguns principios normativos rele­ - Partilha de Produd°; vantes deste diploma como se poderá constatar. - Prestad0 de servidos; Aspectos mais importantes da Lei: - O reconhecimento do direito das sociedades ou enti­ - Reafirmado do principio constitucional da proprie- dades estrangeiras á recuperad0 das despesas realizadas e dade do Estado dos recursos petrolíferos; aos lucros resultantes da aplicad0 dos seus capitais; - Principio da Concessionária Exclusiva e da obrigato- - A definido do risco obrigatório, segundo o qual náo riedade associativa; é permitida as Sociedades Estrangeiras a recuperad0 dos - Principio do risco obrigatório; capitais investidos no caso de náo haver descoberta - Principio da direcd° das operacóes petrolíferas; comercial. - Licenca de Prospecd0 (figura que vem substituir o Ao longo dos anos da sua vigencia, todas as situares Alvará Precário de Prospecd0); vividas na indústria petrolífera e os casos de direito - Sistema da obrigatoriedade do Concurso Público e ocorridos merceram solud° legal adequada, ajustada aos regime da Negociad0 Directa; interesses das partes devidamente, principalmente na - Estabelecimento das regras e conceitos técnicos mais interpretado e a aplicado correcta dos principios e dis- importantes das opera£Óes petrolíferas; posÍ£Óes que a estruturam. - Supervisáo das operacóes petrolíferas - o papel do Como efeito disto, ganhou grande impulso o desen­ Minpet e da Sonangol; volvimento da explorad0 de hidrocarbonetos líquidos e - Principio da responsabilidade; gasosos com a descoberta de grandes campos petrolíferos; - Direito ao uso de instala$6es de terceiros; o ingresso das maiores companhias petrolíferas operadoras - Protecd0 das empresas nacionais; e de prestad0 de servidos do mundo e contribuiu - Penalidades. substancialmente para a melhoria da gestáo dos recursos petrolíferos no país. * Director do Gabinete Jurídico do M INPET

30 - O Petróleo O Petróleo - 31 ■•MiW dtlsUsLfcl Gente da Casa: Jacqueline Luemba

K acqueline (como é mais Religiáo: Igreja Evangélica de Angola M conhecida) está no Minis- Comida: Bacalhau com natas ^ x tério dos Petróleos desde Bebida: Dry Gin 1996, é casada e máe de Já alguma vez foi aliciada? Nunca dois filhos. A secretária do E enganada? Sim Ministro Desidério Costa, que Como reagiu? Mal, porque nao engano sonha um día ser médica é a ninguém e náo gosto de ser enganada convidada desta rubrica. Pessoa que mais admira: Meu pai Nome Completo: Jacqueline Yolanda Pinheiro da Silva Luemba O dia da semana mais stressante: Todos os Ocupagáo: Secretária do Ministro dos Petróleos, Eng.° dias, excepto o “dia off” (que nao tenho Desidério Costa. nada por fazer!) Desde quando? Há quatro anos Cor: Verde Data de admissáo no Minpet: 08/04/96 Signo: Leao Area: Secretariado (na altura) do Vice — Ministro, actual Ministro País onde passa férias: Portugal Que nivel tinha quando ingressou no sector: 9a classe Cidade: Lisboa Actualmente (H abilitares Literárias): 12a classe (Curso Médio Filme: De guerra e de ficgáo de Enfermagem) Clube: Sport Lisboa e Benfica Sonho: Ser médica Tarefas aos fins-de-semana: Aproveito orga­ Idolo: Nenhum nizar a minha casa, participar em activida­ Estado Civil: Casada des da minha Igreja, e de quando em vez Filhos: Dois dar um passeio com as crianzas e nunca dis­ Data de Nascimento: 25/07/59 penso festas Virtude: Sinceridade Data mais marcante: 11/07/ 84 É ciumenta? Sim Porqué? Porque foi nesta data em que Porqué?: Porque náo gosto de dividir (luto por aquilo que me morreu a minha máe. interessa) O que acha da violencia feminina: É horrível. Músico Preferido: Paulo Flores e Yola Araújo Que cargo desejaria que ocupasse no apare- Calgado: 37 e 38 lho de Estado? Nenhum

O Petróleo

Propriedade Conselho Editorial Fotografia O Petróleo é uma publicagáo Ministério dos Petróleos Amadeu Azevedo Quintiliano dos Santos trimestral, Propriedade do Minis­ de Angola. Manuela Coelho Divaldo Gregório tério dos Petróleos. Os artigos José Manuel assinados reflectem a opiniáo dos Ediqáo Catarina Travessa Projecto Gráfico e Produjo autores e náo, necessariamente, CDI Eurobrape Angola o da Revista "O Petróleo". Toda Colaborado www.eurobrape.com a transcrigáo ou reprodugáo, Director Mateus Cavumbo parcial ou total, é autorizada Miguel da Concelgáo Nunes Ringote Publicidade desde que citada a fonte. [email protected] Kupessa Daniel Andreia Francelina Joáo Rosa Santos R edacto Carlos Liumba Tiragem Av. 4 de Fevereiro, 105 R/C. Manuel Xavier 3000 exemplares Luanda/Angola

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