FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO

Lariane Lourdes Da Rosa

Qualificação Frente de água para a comunidade de Sede Independência Marau/RS

Passo Fundo 2016

Lariane Lourdes Da Rosa

Qualificação Frente de água para a comunidade de Sede Independência Marau/RS

Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar do Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação do professor Me. Laércio Stolfo Maculan.

Passo Fundo 2016

Lariane Lourdes Da Rosa

Qualificação Frente de água para a comunidade de Sede Independência Marau/RS

Banca Examinadora:

Profª. Me. Laércio StolfoMaculan – Orientador

Profª. Me. Renata Postay - Integrante

Passo Fundo 2016

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por sempre me iluminar, me proteger e me guiar durante essa caminhada. Aos meus pais, por não medirem esforços para tornar o meu sonho realidade, pelo apoio e pelo amor incondicional. Ao meu namorado Terlei, pelas noites me ajudando nos projetos, pelos ensinamentos, pelo carinho e pelo amor. A minha Avó Angelina e ao meu Avô Lari, por sempre estarem ao meu lado, me apoiarem e me ensinarem. Ao meu orientador, pelos ensinamentos não somente na faculdade, mas também no escritório. A professora Renata, pelos ensinamentos, pela atenção e por sua dedicação. Aos meus colegas de curso, pelo companheirismo, amizade e pelas horas de discussões encima de projetos e trabalhos. E por fim a todos que de uma forma ou de outra me ajudaram a chegar até aqui.

Resumo

A falta de espaços de lazer qualificados está presente no dia a dia da comunidade de Sede Independência – RS, esta pertence à cidade de Passo Fundo, entretanto o Rio Capingui, presente na comunidade serve como divisor da cidade de Passo Fundo e Marau. Este rio é um dos elementos mais marcantes dessa comunidade, contudo ele não é explorado como forma de lazer. No entanto o presente estudo desenvolve a proposta, de uma qualificação frente de água, que além de ter atividades voltadas a água em sua edificação e nos espaços abertos desta, também irá explorar o rio com atividades de ecoturismo e contemplação a paisagem. A proposta também tem como objetivo fazer o resgate da importância que o rio tinha no passado. Esta será implantada em um terreno nas proximidades da ERS-324, por conta desta ser a principal ligação entre os municípios vizinhos. Para dar base a este estudo foram analisados três estudos de caso, sendo eles dois internacionais e um nacional, além da realização de uma visita técnica em uma terma, para entender questões como funcionamento e disposição dos espaços. Além disso, foi realizado o levantamento da área e do entorno de implantação. Todo este embasamento proporcionou como resultado o estudo preliminar do uma qualificação frente de água, que visa resgatar a importância do rio na comunidade, além de fortalecer o turismo local.

Palavras-chave: Qualificação, Frentes de água, Espaços abertos.

Abstract

The lack of qualified leisure facilities is present on the Independence Day Headquarters community - RS, it belongs to the city of Passo Fundo, Rio Capingui however, this community serves as a divisor of the city of Passo Fundo and Marau. This river is one of the most striking elements of this community, yet it is not exploited as a form of leisure. However this study develops the proposal, a front qualifying water, which in addition to activities related to water in its construction and in the open spaces this will also explore the river with ecotourism and contemplating the landscape activities. The proposal also aims to make the rescue of the importance that the river had in the past. This will be implemented on a plot near the ERS-324, due to this being the main link between neighboring municipalities. To provide the basis for this study were analyzed three case studies, they are two international and one national, in addition to performing a technical visit on a therm, to understand issues such as operation and arrangement of spaces. Moreover, the survey of the area and the deployment environment was conducted. All this foundation provided as a result of the preliminary study of one front qualification of water, which aims to restore the importance of the river in the community, and to strengthen local tourism.

Keywords: Qualification, water fronts, open spaces.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa rota das Salamarias...... 11 Figura 2 - Território com ERS-324...... 13 Figura 3 - SESC Belenzinho...... 18 Figura 4 - Roskilde Waterscape...... 19 Figura 5 - Regent Park Aquatic Centre...... 19 Figura 6 - Termas de ...... 26 Figura 7 - Localização regional...... 27 Figura 8 - Território e área de implantação...... 28 Figura 9 - Localização do terreno em relação aos Municípios vizinhos...... 28 Figura 10- Localização do Lote...... 29 Figura 11- Mapas esquemáticos cheios e vazios...... 30 Figura 12 - Mapa de usos...... 30 Figura 13 - Gráfico Uso do Solo...... 31 Figura 14 - Mapa esquemático das alturas...... 31 Figura 15 - Gráfico número de pavimentos...... 32 Figura 16 - Mapa esquemático do sistema viário...... 32 Figura 17 - Corte esquemático via em frente ao terreno...... 33 Figura 18 - Mapa Esquemático das redes...... 34 Figura 19 - Levantamento das dimensões do lote...... 35 Figura 20 - Levantamento do terreno...... 36 Figura 21 - Mapa esquemático levantamento fotográfico...... 37 Figura 22- Levantamento fotográfico um...... 37 Figura 23 - Levantamento fotográfico dois...... 37 Figura 24 - Levantamento fotográfico três...... 37 Figura 25 - Esquema do conceito...... 40 Figura 26 - Esquema dos Principais clientes...... 41 Figura 27 - Diretrizes para o conceito...... 41 Figura 28 - Visuais a explorar...... 42 Figura 29 - Diretrizes para os espaços abertos...... 43 Figura 30 - Proposta de fluxograma para o projeto...... 48 Figura 31 - Evolução de zoneamento 1...... 49 Figura 32 - Evolução de zoneamento 2...... 49 Figura 33 - Evolução de zoneamento final...... 50

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Implantação...... 20 Tabela 2 - Zoneamento de planta ...... 21 Tabela 3 - Organização em planta...... 23 Tabela 4 - Composição Formal...... 24 Tabela 5 - Marcação de Acesso...... 24 Tabela 6 - Analise das técnicas e materiais que tornaram as edificações habitáveis...... 25 Tabela 7- Materiais utilizados nos edifícios...... 25 Tabela 8 - Diretrizes urbanas, pavimentação...... 44 Tabela 9 - Diretrizes urbanas, mobiliário urbano...... 44 Tabela 10 - Diretrizes urbanas, redes verdes...... 44 Tabela 11 - Diretrizes urbanas, alargamento de via...... 45 Tabela 12 - Potencialidade, rio...... 45 Tabela 13 - Programa de Necessidades e pré-dimensionamento...... 46

Sumário Lista de Figuras ...... 5 Lista de Tabelas ...... 6 1 INTRODUÇÃO ...... 9 1.1 Justificativa ...... 10 1.2 Objetivos ...... 12 1.2.1 Objetivo Geral...... 12 1.2.2 Objetivos Específicos ...... 12 1.3 Delimitação do tema ...... 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...... 14 2.1 Turismo Rural ...... 14 2.2 Projetos e espaços abertos em frentes de água ...... 14 2.3 Edificações em frentes de água ...... 15 2.4 Diretrizes projetuais em territórios frentes de água ...... 16 2.5 Sustentabilidade na arquitetura ...... 17 2.6 Estudos de caso ...... 18 3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ...... 27 3.1 Contextualização Regional ...... 27 3.2 Contextualização do território ...... 27 3.3 Diagnóstico da área de implantação...... 29 3.3.1 Análise de cheios e vazios ...... 29 3.3.2 Sistema Viário ...... 32 3.3.3 Infra estrutura do Território estudado ...... 33 3.3.4 Transporte ...... 34 3.4 Levantamento do terreno ...... 34 3.4.1 Levantamento Fotográfico ...... 36 3.4.2 Síntese da legislação geral e específica do tema...... 37 3.4.3 Plano Diretor, Lei nº N° 2.967...... 37 3.4.4 Código de Obras, Lei nº 3.322...... 38 3.4.5 Outras leis e normas ...... 38 4 PARTIDO GERAL ...... 40 4.1 Conceito em arquitetura ...... 40 4.2 Diretrizes Urbanas ...... 43 5 DEFINIÇÕES DO PROGRAMA DE NECESSIDADES ...... 46 5.1 Programa de necessidades e pré-dimensionamento...... 46 5.2 Fluxograma ...... 48 6 PARTIDO GERAL ...... 49

6.1 Zoneamento ...... 49 7 CONCLUSÕES ...... 52 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 53 9 ANEXOS ...... 57

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1 INTRODUÇÃO

A urbanização acelerada e problemas no desenho das cidades afetam gradativamente a população em geral, tornando um caos a qualidade de vida. Grandes melhorias sociais, econômicas, ambientais e culturais, especialmente em cidades ou comunidades, tendem a ser antecipadas para poder identificar riscos e oportunidades. Pode-se apontar como o maior desafio deste projeto a busca pela conexão, promoção e o resgate da vivência da comunidade para com o rio, pois a ligação que a comunidade tinha era ainda na época que a cidade de Marau era 5° Distrito de Passo Fundo e hoje em dia como apontado na pesquisa desenvolvida neste estudo, este laço não é mais tão importante. O trabalho irá apontar diretrizes projetuais para o território e irá projetar um espaço frente de água utilizando equipamentos, voltados para a demanda da comunidade e conexão ao turismo rural. Fortalecendo assim a relação da comunidade com o rio, além de proporcionar a inserção do turismo rural para a comunidade de Sede Independência. Os espaços abertos serão tratados de tal forma que a sociedade em geral contemple, tenha relação com a água e com a natureza. O território atualmente não possui nenhum espaço aberto de contemplação, no qual as diretrizes apontaram e o projeto frente de água fara uso. Sede Independência é uma subprefeitura da cidade de Passo Fundo, e está situada a cerca de 280 km da capital , tendo como divisor de cidades o Rio Capingui denominado pelos moradores locais de Rio Taquari, o mesmo serve como divisor entre a cidade de Passo Fundo e Marau. O trabalho tem como objetivo projetar um espaço para frente de água, do rio Capingui que proporcione a apropriação e o desenvolvimento da comunidade de Sede Independência.

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1.1 Justificativa

Um dos principais argumentos que justificam a implantação de um projeto frente de água é que a urbanização acelerada e problemas no desenho urbano estão permitindo o caos na qualidade de vida das pessoas. Para a comunidade de Sede Independência atualmente tem sua subsistência principalmente das lavouras de soja, milho, entre outros. Porém o seu desenvolvimento econômico deixa de lado às demandas e consequentemente acaba não satisfazendo as necessidades básicas de espaços públicos e equipamentos para fortalecer o desenvolvimento a partir das rotas de turismo locais. Consoante com Rossi (1995), as cidades crescem em volta de um centro ordenado ou não, ou em volta de um fato especifico. A escolha do local de implantação, foi pensado em um território que possuísse um dos elementos fonte de vida que é a água e ainda assim fosse um local de importância não somente nos dias de hoje, mas também no passado. Analisando a cidade e lendo a obra História de Marau, Bernardi (1992), notou-se que a comunidade de Sede Independência, desde o ano de 1918 é a principal ligação entre a cidade de Marau e Passo Fundo. Observando a necessidade de equipamentos que atendam às necessidades da comunidade e o turismo local, o presente estudo tem como objetivo desenvolver diretrizes que conectem e resgatem a vivência da comunidade para com o rio, para isso será utilizado no projeto um mix de equipamentos, voltados para a demanda da comunidade e conexão ao turismo rural. A proposta terá enorme importância, pois resolverá problemas como a desmemoria da importância do rio, o crescimento da comunidade e o desenvolvimento do turismo. A intenção do projeto é abranger um local para a prática de esportes aquáticos, lazer, diversão e descanso em meio à natureza, primeiramente voltado a comunidade e devido ao desenvolvimento da rota turística voltada também ao público em geral que esteja buscando determinada prática sem distinção de idade, cultura ou escolaridade. 11

A Rota das Salamarias, é uma rota turística rural, presente no entorno do projeto e segundo Federizzi (2015), esta foi criada em junho de 2008, e contam com diversas atividades turísticas tais como, gastronomia, trilhas ecológicas, degustação de vinhos, cachaças, entre outros (Figura 1).

Figura 1 - Mapa rota das Salamarias. Fonte: Rota das Salamarias (2016), adaptado pela autora, 2016.

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1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Através de diretrizes projetuais territoriais, projetar um espaço para frente de água, que proporcione a apropriação do rio Capingui e o desenvolvimento da comunidade de Sede Independência.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Propor meios que possibilitem a conexão, promoção e o resgate da vivência da comunidade para com o rio Capingui.  Projetar espaços abertos que proporcionem a relação com a água, com a natureza e com a comunidade.  Indicar um mix de equipamentos, voltados aos usos e as demandas da comunidade e em sintonia com as rotas turísticas existentes.  Implantar no projeto questões sociais, ambientais e econômicas.

1.3 Delimitação do tema

O presente estudo trata da delimitação do tema para a implantação de um projeto frente de água. O mesmo será implantado na região da produção, na comunidade de Sede Independência, entre os municípios de Marau e Passo Fundo em uma área rural cortada pela a RS-324, o território estudado conta com a Barragem do Rio Capingui.

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Figura 2 – Território com ERS-324. Fonte: A autora, 2016.

Na Figura 2, é possível verificar a presença da ERS-324, a rodovia faz a ligação do COREDE Produção ao COREDE Serra, para Daer (2015, apud Damiani, 2015) a Rodovia possui fluxo de 6,5 mil carros por dia. O traçado viário e a ocupação do território de acordo com Bernardi (1992) iniciam ainda quando a cidade de Marau era 5° Distrito de Passo Fundo, nesta época havia muitas dificuldades uma delas era na questão de locomoção, pois as poucas estradas que existiam eram bem precárias, para ser feita a passagem de um lado a outro do rio, não existiam pontes, está travessia se dava através de balsas sem motores.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente capítulo trata da fundamentação teórica para o desenvolvimento de uma proposta de Qualificação no território de Sede Independência, ao qual englobará os seguintes assuntos: turismo rural, projetos e espaços abertos em frentes de água, edificações em frentes de água, sustentabilidade na arquitetura e diretrizes projetuais em territórios frentes de água.

2.1 Turismo Rural

Existem muitos conceitos de espaço rural, será usado no presente estudo, o que Marques (2002) fala sobre o espaço rural, de que este é o que não é urbano, definido por suas carências e não por características. Segundo o Ministério do Turismo (2010), existem inúmeras hipóteses sobre o surgimento do turismo rural, porém acredita-se que se inicia no século XX, na Europa. Ainda segundo o Ministério do Turismo (2010), no Brasil, o turismo rural aconteceu nos anos 80. Além disso, este mesmo estudo indica que são inúmeros os benefícios do turismo rural, podendo ser citado: a conexão das propriedades com a comunidade, conservação do patrimônio e de recursos naturais. Na prática do turismo rural podem ser apontadas preocupações ou pontos a serem melhorados, pois também existem desvantagens nesta atividade, para Verde e Nunes (2010) uma desvantagem é destruição da flora por queimas.

2.2 Projetos e espaços abertos em frentes de água

Projetos e espaços abertos em frentes de água estão inseridos em espaços importantes, pois de acordo com Zulian (2015), a cidade que nasce ao longo de um rio acaba apresentando forte dependência deste, pois se cria um limite estabelecido. 15

Um dos maiores desafios para os espaços abertos públicos é deixá-los em segurança principalmente nos períodos noturnos, em um trabalho realizado por Fontes e Murata (2004), os entrevistados justificaram o não uso do espaço público à noite por conta de ausência de segurança, os mesmos autores afirmam que durante o período do dia, os espaços públicos possuem uso intenso, onde são usados para descanso, encontros e local de passagem, e afirmam ainda que esses espaços são claramente importantes para os usuários. Um bom exemplo de projeto em frentes de água foi desenvolvido pelo escritório Atelier Cite nas Margens do rio Meurthe no ano de 2012, publicado na Archdaily (2013), por manter a proteção do patrimônio e através desta proteção dar uma nova forma para a paisagem, se preocupando com o lazer, turismo, desenvolvimento e segurança. Além de propor espaços para relaxar, para prática de esportes, piscinas, hortas, locais para pescas e caminhadas.

2.3 Edificações em frentes de água

São inúmeras as tipologias de projetos em frentes de água. Entretanto se nota a exploração destes espaços como espaços de lazer. Esta frente de água também pode ser explorada como um espaço de lazer, por conta da comunidade e da região ter carência destes espaços. Sobretudo percebe-se a ausência de projetos qualificados como parques aquáticos, que englobe neste também outros espaços. Através desta conclui-se que a edificação frente de água será um parque aquático que englobara também outros espaços. O uso de frentes aquáticas e os parques aquáticos apresentam diferentes configurações e são temas decorrentes ao longo da história. Em um contexto mundial, os parques temáticos originaram-se na Europa Medieval, quando surgiram os primeiros ‘’ jardim do prazer’’, (ASTHON, 1999, p 69). Já em um contexto nacional, o primeiro parque aquático inaugurado no Brasil, foi Beach Park no ano de 1985 no estado do Ceará (RODRIGUES, 2004). De acordo com Rizzo (2014), no Brasil não existem muitos complexos 16

aquáticos, o que mais aparece em nosso país com um conceito não muito diferente destes, são os clubes e os centros esportivos. Com relação às estratégias projetuais quanto ao conforto térmico, conforme Cortez e Júnior (2002), em piscinas esportivas, a temperatura deve permanecer em torno de 22º, já para piscinas recreativas, a temperatura deve permanecer em torno de 29º. O programa de necessidades de um parque aquático, segundo Rizzo (2014) é atual e curto, o autor afirma que neste programa há espaços que devem ser valorizados como, os espaços abertos, pois estes são espaços que irão valorizar o projeto e irão contemplar a paisagem urbana, porém também deve ser dado uma importância para as piscinas. Quanto ao dimensionamento de piscinas, Baptista et al. (2009), afirmam que piscinas infantis não devem ter altura superior a 0,45 cm, piscinas desportivas não podem ter altura abaixo de 1,0 m, já piscinas utilizadas para diversão devem ter altura inferior a 1,35 m. O mesmo autor aponta que conforme suas lotações, as piscinas cobertas devem ser consideradas um banhista a cada 2m² e em piscinas ao ar livre deve ser considerado um banhista por cada m².

2.4 Diretrizes projetuais em territórios frentes de água

Pela importância do tema, todas as cidades e comunidades em geral deveriam ter diretrizes que refletisse principalmente nos eixos estruturadores, as prioridades e características destes territórios. Segundo trabalho publicado em Archdaily (2014), realizado para o Centro Histórico da Cidade de Salvador – BA, pelos arquitetos Carlos Leite e Adriana Levisky foram estruturados os seguintes eixos: mobilidade, repovoamento e sustentabilidade. Segundo estudo realizado por Vaz (2008), o masterplan desenvolvido para as docas Leste, na cidade de Amsterdã na Holanda, a qual apresentava um processo de desertificação. O escritório holandês propôs as seguintes ações: aumentar a densidade para 100 habitações por hectare, uso diferenciados de solo (edifícios multifuncionais, conjuntos habitacionais com fins sociais, pequenos loteamentos, edifícios residenciais junto a orla, praças públicas e canais) e diferentes escritórios de arquitetura de renome para 17

projetar em diferentes parcelas. Ainda a autora aponta a importância: trabalhar em duas escalas a regional e local e a busca por unidades multiplicadas e particulares, para evitar os erros dos projetos urbanos modernistas. Em algumas cidades do exterior as margens de rios são utilizadas como áreas de urbanizações, explorando esses espaços, porém no Brasil essas margens são Áreas de Preservação Permanente (APP), estabelecidas pelo Código Florestal Brasileiro, conforme a largura do rio, estas variam entre 30m a 500m (LEI Nº 12.651, 2012). Consoante com Zulian (2015), de que a água é essencial e por conta disso, frentes de água são atrativas aos olhos dos seres humanos, pois claramente todos precisam deste componente para sobrevivência. Sendo assim a área de implantação do projeto terá consequências positivas, pois será resgatada esta importância.

2.5 Sustentabilidade na arquitetura

Atualmente a sustentabilidade tem se tornado presente nas inúmeras discussões sobre o futuro de nosso planeta. Entretanto muitos acreditam que é dever somente do arquiteto a busca por um ambiente sustentável, para Villela (2007), não é somente o arquiteto o único responsável pela sustentabilidade. A busca por um ambiente sustentável é dever de toda a população mundial. Sustentabilidade na arquitetura para Villela (2007) é a relação entre questões, sociais, econômicas, ambientais e culturais. Seguindo esta linha de raciocínio, para Silva et. al. (2013) a importância de inserir ações sustentáveis, obtém a diminuição dos impactos ambientais, resultando em maiores ganhos econômicos, ambientais e sociais. No projeto, será buscada a implantação de questões, sociais, econômicas, ambientais e culturais, para o mesmo contribuir de forma harmoniosa não somente com o seu entorno, mas também com o mundo. Além disso, serão aplicadas outras práticas sustentáveis tais como: aproveitamento das condições locais, análise do entorno, qualidade ambiental externa e interna e o uso de materiais encontrados na região. 18

Algumas cidades tendem a ter impactos ambientais elevados comparados a outras, para Costa e Scocuglia (2008) as cidades em desenvolvimento e com potencial turístico, tendem a ter impactos ambientais maiores, sendo assim a aplicação da sustentabilidade se torna ainda mais relevante.

2.6 Estudos de caso

A etapa de estudo de caso, é um utensílio essencial para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico. Neste estudo, optou-se pela apreciação de três projetos, destes, um nacional e dois internacionais, sendo eles: SESC Belenzinho, Roskilde Waterscape e Regent Park Aquatic Centre.

SESC Belenzinho: Desenvolvido pelo arquiteto Ricardo Chahin o projeto está localizado na cidade de São Paulo, no estado de São Paulo/ Brasil, possui 50.000m² de área construída em um terreno de 31.451,00m² o mesmo foi construído no ano 2010, (Figura 3).

Figura 3 - SESC Belenzinho. Fonte: Veja 2016.

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Roskilde Waterscape: Desenvolvido pelos escritórios de arquitetura Creo arquitetos e Jaja arquitetos, o projeto está localizado em Roskilde na Dinamarca, possui 6.128m² de área construída e será finalizado no ano de 2017, (Figura 4).

Figura 4 - Roskilde Waterscape. Fonte - Archdaily, 2016.

Regent Park Aquatic Centre: Desenvolvido pelo escritório de arquitetura MacLennan Jaunkalns Miller, o projeto está localizado em Toronto no Canadá, possui 2.6000m² de área construída e foi realizado no ano de 2012, (Figura 5).

Figura 5 - Regent Park Aquatic Centre. Fonte - Archdaily, 2016.

Conforme pode ser analisado na tabela 1, SESC Belenzinho, Roskilde Waterscape e Regent Park Aquatic Centre, são estudos bem distintos, pois, 20

os mesmos apresentam os mais diversificados públicos. Também se nota o quanto as edificações se diferem nas implantações.

Tabela 1 - Implantação. Analise de Implantação

SESC Belenzinho Roskilde Waterscape Regent Park Aquatic Centre

Conectado com malha Conectado a malha urbana, Conectado a malha urbana, o SESC está este está inserido em uma urbana, este está inserido inserido ao lado de um área de condomínios em uma área de cemitério e de um terminal fechados. habitações de interesse do metro. social.

Espaços abertos A maior parte do setor O projeto possui poucos O projeto está localizado aquático do SESC está espaços abertos e estes na esquina, o mesmo inserida nos espaços estão inseridos no centro da apresenta uma praça a abertos deste, este possui edificação, causando assim leste, relacionando se pouca vegetação. Os uma desconexão com a assim com a paisagem. espaços abertos estão paisagem. inseridos a norte. Fonte - A autora, 2016.

Conforme observado na tabela 2, existem questões importantes que irão contribuir de forma positiva no desenvolvimento do projeto no item de setorização do Parque Aquático:  Ambos os projetos possuem tratamento de suas áreas verdes.  Regent Park Aquatic Centre apresenta acessibilidade através de rampas em ambas as piscinas.  Regent Park Aquatic e Roskilde Waterscape Centre possuem suas piscinas internas voltadas para o exterior, com o uso de intensa iluminação natural.  Regent Park Aquatic e Roskilde Waterscape possuem seus setores administrativos perto dos acessos.  SESC Belenzinho e Roskilde Waterscape possuem suas lanchonetes perto das piscinas. 21

Tabela 2 - Zoneamento de planta Setores comuns analisados

Setores: Administrativo, social e serviço.

Programa de Necessidades: Administrativo, wcs

depósito de quadras, vestiários, pista de corrida, convenções, plenário, café, cozinha, estar,

Sesc Belenzinho auditório, saguão, refeitório, exposições, lanchonete, serviços, ginásio de esportes.

Setores: Administrativo, social e serviço.

Programa de Necessidades: Sala de reunião, escritório, wcs,

Roskilde Waterscape lavanderia, vestiários, saunas, sala de tratamento de pele, bar, cozinha, piscinas, deposito, casa da salva vidas e café. 22

Setores: Administrativo, social e serviço.

Programa de Necessidades: Piscinas, vestiários, depósitos, casa de

RegentPark Aquatic Centre maquinas, wcs, escritório, casa do salvo vidas, sala de reunião.

Fonte - A autora, 2016.

Através da análise de zoneamento de plantas, pode-se constatar que dentre os três projetos analisados os compartimentos que são comuns nos três estudos são: piscina, administrativo e vestiários. Ambos os projetos possuem mais de um pavimento, o único projeto destes três que possuía as demais plantas foi o SESC Belenzinho, porém pelo fato dos demais não apresentarem as plantas ficou estabelecido a analise somente da planta de pavimento térreo no quais ambos os estudos apresentavam. A análise quanto à organização de planta pode ser observada na tabela 3, onde se pode constatar que os três projetos analisados, possuem organizados de forma aglomerada. Segundo Ching (1998), a organização aglomerada nada mais é do que ambientes agrupados pela proximidade ou por possuírem uma característica ou relação visual.

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Tabela 3 - Organização em planta. Análise da organização de plantas

SESC Belenzinho Roskilde Waterscape Regent Park Aquatic Centre

Ambos os projetos possuem suas organizações de plantas representadas por aglomeração. Fonte - A autora, 2016.

A tabela 4 apresenta as diferentes estratégias empregadas quanto à composição formal. Através da análise da composição formal, pode-se constatar que dentre os três projetos analisados, dois são assimétricos e o outro possui peso na composição. Quanto a compatibilidade formal um possui simplicidade já os demais possuem contraste. Os elementos arquitetônicos que mais apareceram nos três projetos foram prolongamento de pisos, prolongamento de telhados e aberturas diferenciadas. Segundo Reis (2002), simetria é quando através do eixo central da edificação os dois lados desse eixo são iguais, balanço assimétrico é quando um lado não é igual ao outro já peso na composição é quando um elemento se destaca em relação aos demais. Ainda segundo Reis simplicidade é o mínimo de elementos diferentes já contraste é quando uma característica especifica foge dos demais elementos arquitetônicos.

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Tabela 4 – Composição Formal. Análise da composição formal

SESC Belenzinho Roskilde Waterscape Regent Park Aquatic Centre

SESC Belenzinho exibe Roskilde Waterscape exibe Regent Park Aquatic Centre, peso na composição. assimetria. Quanto à exibe assimetria. Quanto a Quanto a compatibilidade, compatibilidade a edificação compatibilidade, a a edificação apresenta apresenta simplicidade. A edificação apresenta contraste, pois o edifício obra é marcada pela contraste, pois apresenta antigo contrasta com o presença de elementos materiais muito distintos. A edifício novo. A obra é arquitetônicos como obra é marcada pela marcada pela presença aberturas diferenciadas e presença de elementos de elementos, como telhado diferenciado. arquitetônicos como aberturas diferenciadas e aberturas diferenciadas, prolongamento de piso. pisos estendidos e telhado diferenciado. Fonte - A autora, 2016.

A tabela 5 apresenta a marcação de acesso dos três estudos de casos analisados. Através da análise de marcação de acesso, pode-se constatar que dois projetos possuem forte marcação de acesso, enquanto que o outro não possui marcação de acesso. Marcação de acesso é quando se usa de materiais diferenciados ou de algum elemento arquitetônico para marcar o acesso a edificação.

Tabela 5- Marcação de Acesso. Análise de marcação de acesso aos edifícios.

SESC Belenzinho Roskilde Waterscape Regent Park Aquatic Centre

O SESC Belenzinho, não Roskilde Waterscape possui Regent Park Aquatic possui marcação de acesso, forte marcação de acesso Centre, possui marcação pois o acesso tanto de pelo recuo da obra e pela de acesso pelo uso de pedestre quanto de carros, cobertura diferenciada em pisos estendidos e do se dão ao lado da edificação seu acesso. prolongamento da antiga e não há nenhum marquise. elemento arquitetônico que destaque a estrada. Fonte - A autora, 2016. 25

Ao analisar as técnicas utilizadas para tornarem as edificações habitáveis, a tabela 6 apresenta as soluções adotadas, tais como, iluminação natural, claraboias e uso de áreas verdes.

Tabela 6- Analise das técnicas e materiais que tornaram as edificações habitáveis. Habitabilidade

SESC Belenzinho Roskilde Waterscape Regent Park Aquatic Centre

Foi utilizado de iluminação Utilizaram jardins no interior Foram utilizadas natural e ventilação cruzada. da edificação, claraboias e claraboias e iluminação natural. iluminação natural.

Fonte - A autora, 2016.

A tabela 7 apresenta o emprego dos diferentes materiais, onde os três estudos apresentam os mais variados materiais. Porém, através desta análise, pode-se constatar que a questão que mais aparece nos três projetos é o uso extenso de vidro para poder assim ter conexão interno/externo.

Tabela 7- Materiais utilizados nos edifícios. Tecnologia e Materiais

SESC Belenzinho Roskilde Waterscape Regent Park Aquatic Centre

Foi utilizado uso intenso de Foi utilizado uso intenso Foram utilizados materiais vidro e texturas marcantes. de vidro e madeira. como vidro, madeira e o zinco.

Fonte - A autora, 2016.

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Além dos três estudos de casos mostrados acima, foi feito uma visita in loco, nas Termas de Machadinho, no estado do , na cidade de Machadinho, (Figura 6). A Terma de Machadinho possui 98.000m² de terreno onde aproximadamente 35% desta área é área verde, que serve para descanso e confraternização. Neste projeto percebesse a exploração principalmente de espaços abertos. O mesmo não foi apresentado como estudo de caso acima, pela ausência de plantas baixas.

Figura 6 - Termas de Machadinho. Fonte - A autora, 2016.

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3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

3.1 Contextualização Regional

Marau é um município da Mesorregião do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, está localizado na Microrregião de Passo Fundo, Bona (2014). O município possui 650 km² e está situado à cerca 269 km da capital Porto Alegre e a 28 km de Passo Fundo, é a principal cidade da microrregião, conforme a (Figura 7). Segundo dados do IBGE (2010), o município de Marau possuía uma população de 36.364 habitantes. A economia de Marau decorre especialmente das indústrias, setor alimentício, agricultura e comércio.

Figura 7 – Localização regional. Fonte – A autora, 2016.

3.2 Contextualização do território

A comunidade de Sede Independência, segundo a lei N° 2733, foi elevada como distrito em cinco de janeiro de 1990, já segundo a Prefeitura de Passo Fundo (2016), esta possui 1.200 habitantes em uma área territorial de 2.863,88 hectares (Figura 8). Ainda segundo a Prefeitura de Passo Fundo (2016), as principais atividades desenvolvidas no distrito, são a produção de 28

soja, trigo, cevada, aveia e milho. Já segundo dados do IBGE (2015), Passo Fundo possui 196.739 habitantes e uma área territorial de 783,421 km², enquanto que Marau possui 40.174 habitantes e uma área territorial de 649,300km².

Figura 8 - Território e área de implantação. Fonte: A autora 2016.

Durante a escolha do terreno, um dos critérios de escolha foi à facilidade de conexão, por conta deste fator optou-se por um terreno nas proximidades da ERS 324. A ERS 324 serve como principal ligação aos municípios vizinhos de Passo Fundo e Marau conforme a (Figura 9).

Figura 9 - Localização do terreno em relação aos Municípios vizinhos. Fonte: A autora 2016. 29

Uma característica do município de Marau é a existência de vazios urbanos, localizados principalmente em suas bordas. Além disso, a cidade possui pontos importantes, principalmente no que diz respeito ao turismo, já que este apresenta duas rotas turísticas: a Rota das Salamarias e o Caminho das águas e sabores.

3.3 Diagnóstico da área de implantação

O terreno escolhido para implantação do projeto está localizado em uma área rural do município de Marau, nas proximidades da ERS-324, na comunidade de Sede Independência, conforme a Figura 10.

Figura 10- Localização do Lote. Fonte - A autora, 2016.

Na parte plana do rio, no entorno do projeto que vai do Reservatório Capingui de Captação ao Reservatório Capingui Auxiliar não há ocupação na borda do rio. A partir disso pode-se concluir de que a comunidade respeita a APP dos 50 m.

3.3.1 Análise de cheios e vazios

A área de implantação do projeto apresenta grandes vazios, por se tratar de uma área rural, como pode ser visto no mapa esquemático na 30

Figura 11. O povoado aconteceu à esquerda do rio Capingui, e a direita do rio observa-se a ocorrência de implantação característica da região com a residência próxima da via.

Figura 11- Mapas esquemáticos cheios e vazios. Fonte - A autora, 2016. Análise do Uso do solo

Quanto ao estudo de usos, pode ser analisada na Figura 12, a intensa predominância de uso residencial. A área de estudo possui duas igrejas um salão comunitário, além disso, possui uma escola de ensino médio, um uso misto referente à moradia e comércio, um comércio, a subprefeitura, um uso serviço e o cemitério.

Figura 12 - Mapa de usos. Fonte - A autora, 2016. 31

A Figura 13 confirma de modo visual a predominância de usos residencial, com 90%.

Usos

Misto

Serviço

Residencial 0 20 40 60 80 100

Residencial Comércio Serviço Templo Misto Educação

Figura 13 - Gráfico Uso do Solo. Fonte - A autora, 2016.

O estudo do gabarito das edificações pode ser analisado na Figura 14, onde através deste estudo pode-se concluir a intensa predominância de edificações com um pavimento.

Figura 14 - Mapa esquemático das alturas. Fonte - A autora, 2016.

A Figura 15 confirma de modo visual a predominância de edificações com um pavimento, com 82%.

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Dois Pavimentos

Um Pavimento

0 20 40 60 80 100

Um Pavimento Dois Pavimentos

Figura 15- Gráfico número de pavimentos. Fonte - A autora, 2016.

3.3.2 Sistema Viário

A área de implantação é composta por dois tipos de vias sendo elas via local e rodovia, conforme Figura 16. A rodovia é a ERS-324 que como citado acima possui fluxo de 6,5 mil carros por dia (DAER, 2015, apud DAMIANI, 2015). As ruas do entorno por estarem em uma área rural não apresentam nomes, entretanto foram nomeadas com letras. A única via do entorno asfaltada é a ERS-324, a Rua L possui em uma pequena parcela de pavimentação por paralelepípedos, sendo essa a rua da subprefeitura, já as demais não recebem nenhum tipo de tratamento. Quanto ao estado de conservação, ambas apresentam estado ruim. Existe falta de sinalização e pouca iluminação nas vias locais, o que dificulta a visibilidade noturna.

Figura 16- Mapa esquemático do sistema viário. Fonte - A autora, 2016. 33

A Figura 17 representa um corte esquemático da via em frente ao terreno, a qual apresenta 6,50m de largura, a mesma não apresenta passeio público, iluminação e não é pavimentada, estando em estado de conservação ruim.

Figura 17 - Corte esquemático via em frente ao terreno. Fonte - A autora, 2016.

3.3.3 Infra estrutura do Território estudado

A infra estrutura que possui no entorno pode ser vista na (Figura 18), apresentada por rede de água, energia e intensa rede verde. A rede de água é feita através de um poço da comunidade que fica nas proximidades da usina, também há uma caixa de água que serve como reserva que fica atrás do cemitério. Já quanto à energia elétrica a RGE é a empresa responsável pela energia da comunidade. Quanto à rede verde, esta permanece presente de forma intensa no entorno por conta do rio e também pela área ser uma área rural. Não há nenhuma rede de esgoto, sendo o tratamento de forma individual, por meio do sistema tradicional de fossa séptica, filtro e sumidouro.

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Figura 18 - Mapa Esquemático das redes. Fonte - A autora, 2016.

3.3.4 Transporte

As únicas linhas de transportes no entorno do projeto, são a linha escolar que passa na ERS-324 e nas proximidades de cada propriedade rural e também as linhas da UNISUL que passam na ERS-324, tendo como ponto de parada em frente à igreja Nossa Senhora dos Navegantes.

3.4 Levantamento do terreno

O lote escolhido para a implantação do projeto possui 159.993,71m² não é um lote regular, pois se trata de um lote de beira de rio e sanga (Figura 19). 35

Figura 19- Levantamento das dimensões do lote. Fonte - A autora, 2016.

O mesmo apresenta uma APP no entorno do rio de 50 m e outra APP no entorno da sanga de 30m. Exibe intensa área verde, onde a vegetação no centro não poderá ser alterada, pois se trata de uma mata fechada, ainda existe um pequeno açude no lote, como pode ser visto na (Figura 20). O rio Capingui, pertence à Bacia do Rio Taquari-Antas, no entorno do projeto o mesmo apresenta largura média de 12m e altura média de 3,50m. O mesmo possui inúmeros pontos de acesso. Segundo o Plano de usos da CEEE (2011), a Usina foi construída em duas fases, a primeira fase em 1933 e outra fase em 1956 por conta da falta de energia que tinha em Passo Fundo. 36

Figura 20 - Levantamento do terreno. Fonte - A autora, 2016.

Segundo o estudo planialtimétrico do lote o mesmo possui 9 m de desnível em relação à Rua A, é um terreno em declive, como visto na figura acima. Já segundo o estudo de sombras o terreno irá apresentar sombra por conta das árvores existentes. Os ventos predominantes são nordeste e sudoeste, sendo que ambos são barrados pela vegetação.

3.4.1 Levantamento Fotográfico

O levantamento fotográfico foi feito através de três fotos panorâmicas. As visuais são possíveis potenciais para o projeto, estas são perante o rio e a ERS-324.

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Figura 22- Levantamento fotográfico um. Fonte – A autora, 2016.

Figura 21 -Mapa esquemático levantamento fotográfico. Fonte - A autora, 2016.

Figura 23 - Levantamento fotográfico dois. Fonte - A autora, 2016.

Figura 24– Levantamento fotográfico três. Fonte – A autora, 2016.

3.4.2 Síntese da legislação geral e específica do tema

Consultaram-se as legislações específicas para o município de Marau- Rs sendo estas o Plano Diretor e Código de Obras. Ainda foram consultadas as seguintes normas e leis: NBR 9050, NBR 9077, NBR 10339, NBR 9818 e LEI Nº 12.651.

3.4.3 Plano Diretor, Lei nº N° 2.967.

Por se tratar de uma área rural do município de Marau-Rs, está não possui plano diretor, o plano diretor deste município abrange somente o perímetro urbano e a área de expansão urbana. Entretanto serão utilizados os mesmo índices da Zona Residencial (ZR) deste, sendo os índices construtivos dessa zona, o Índice de Aproveitamento (IA): 2,1 e a Taxa de Ocupação (TO): 70%. 38

Nas Áreas de Preservação Permanente, como margens de rios, será respeitada a faixa marginal com largura de 50 m. Já nas margens dos arroios será respeitada a faixa marginal com largura de 30m. Quanto à quantidade de vagas de estacionamento o plano diretor não aborda a quantidade de vagas para determinada pratica, entretanto será utilizado 49 vagas na capacidade de lotação máxima.

3.4.4 Código de Obras, Lei nº 3.322.

Observou-se especialmente a abordagem sobre os seguintes itens: 1. Sede de Associações Recreativas, Desportivas, Culturais e Congêneres: Conforme o Art. 226 estas edificações deverão ser construídas de alvenaria. Ter instalação sanitária de uso público, com fácil acesso, nas seguintes proporções, nas quais “L” representa a metade da lotação: Homens – Vasos, L/ 200, lavatórios, L/ 150 e mictórios L/ 100. Mulheres – Vasos, L/ 100 e Lavatórios L/ 150. Por conta do Art. 226 não apresentar um parâmetro referente ao número de chuveiros será utilizado o Art. 225 que nos dá um embasamento referente a este mobiliário onde que:

Homens – 5 lavatórios, 5 mictórios, 5 vasos e 10 chuveiros. Mulheres – 5 lavatórios, 10 vasos e 10 chuveiros.

2. Piscinas em geral: conforme o Art.229 - Deverão ter as paredes e o fundo revestidos com azulejos, ter aparelhamento para tratamento e renovação d’água. 3. Instalações sanitárias: Conforme o Art. 277 – É imprescindível, fossa séptica para tratamento de esgoto, contudo se for o caso de não existir no local uma rede de coleta, sendo esse complementado em dois casos: se houver rede pluvial, o tratamento deverá passar por filtro de brita graduada antes de ser enviado para essa rede; se a edificação não poderá ser ligada a uma rede pluvial, o efluente será direcionado para um poço de absorção.

3.4.5 Outras leis e normas

Ainda foram consultadas as seguintes normas e leis: 39

- NBR 9050: Acessibilidade, analisada para dimensionamento de itens de acessibilidade universal. - NBR 9077: Saídas de emergência, analisada para dimensionamento de elevadores, escadas e os demais elementos de saídas de emergência. - NBR 10339: Sistema de recirculação e tratamento de piscinas, consultada para os sistemas de recirculação e tratamento de água, para atender às exigências técnicas de conforto dos usuários, higiene e segurança. - NBR 9818: Projeto e execução de piscinas, consultada para analisar as exigências quanto à modo e aos critérios pelos quais devem ser projetadas as piscinas, para assim acatar às requisições técnicas mínimas de segurança, conforto e higiene dos usuários. - LEI Nº 12.651: Novo código florestal, consultada para analisar proteção da vegetação e áreas de Preservação Permanente. 40

4 PARTIDO GERAL

4.1 Conceito em arquitetura

A presente proposta tem como conceito as relações com o entorno, com o terreno escolhido e com a natureza, a partir da arquitetura orgânica. Dentre as relações, o principal objetivo é resgatar a importância do rio, além de trazer componentes presentes no entorno, sempre abrindo os visuais para o rio. O esquema do conceito pode ser analisado na (Figura 25).

Figura 25 - Esquema do conceito. Fonte - A autora 2016.

A proposta atenderá as demandas da comunidade de Sede Independência e do turismo local, criando uma edificação atrativa, tendo em vista que os principiais clientes viram a partir da ERS-324, do turismo e da comunidade, (Figura 26).

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Figura 26-Esquema dos Principais clientes. Fonte - A autora 2016.

O projeto irá buscar relações com o entorno, com a natureza e com o terreno escolhido, (Figura 27).

Figura 27 - Diretrizes para o conceito. Fonte - A autora 2016.

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É importante a valorização do rio, através dos esportes, da contemplação, do resgate da passagem, conexão, da sustentabilidade cultural e dos espaços abertos. O projeto terá dois eixos ordenadores: os visuais para a ERS e para a comunidade, abrindo os caminhos em alguns momentos, para explorar estes, (Figura 28). Além de ter espaços de contemplação pra valorização da paisagem.

Figura 28 – Visuais a explorar. Fonte - A autora 2016.

A intenção de ter um dos eixos à comunidade se deu por conta de resgatar a travessia do rio que era feita na antiguidade através de balsas. Ainda se tem como intenção projetual ter acessos independentes para cada setor da edificação, além de trazer a acessibilidade universal para todos os setores, promovendo assim a orientação dos usuários. Quanto aos espaços abertos, estes serão explorados ao máximo, criando caminhos contemplativos, piscinas atrativas e outras atividades interessantes, causando assim a intensão dos usuários de permanecer mais nestas áreas, (Figura 29).

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Figura 29- Diretrizes para os espaços abertos. Fonte - A autora 2016.

Buscar desenvolver, uma edificação com efetiva ventilação, iluminação natural, acessibilidade universal, e com materiais encontrados na região, buscando ao máximo os princípios sustentáveis. Marau e os turistas precisam e buscam lugares atrativos e diferenciados, com um mix de atividades diversas, para satisfazer suas demandas. Através deste mix de atividades será previsto fatores como segurança aos usuários, ruídos entre outros. O principal uso será voltado para a comunidade, através das diretrizes urbanas, dos espaços abertos e do rio. Entretanto terá o uso voltado também ao turista através do projeto.

4.2 Diretrizes Urbanas

As diretrizes urbanas são fundamentais para uma cidade, neste projeto foram consideradas questões urbanas que tornem o projeto ainda mais importante. Dentre as diretrizes, primeiramente as ruas no entorno do projeto não possuem pavimentação, ausência de mobiliário urbano, ausência corredor verde e ausência de ciclovia.

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Tabela 8- Diretrizes urbanas, pavimentação. IMAGEM PROBLEMA DIRETRIZ ESTRATÉGIA Falta de Permitir um fluxo Propor pavimentação. ideal para a área pavimentação do projeto. permeável, obtendo-se assim acessibilidade e fluxo ideal.

Fonte - A autora, 2016.

A proposta de pavimentação permeável auxiliará na mobilidade urbana. Será proposta uma via com duas mãos estas em sentidos opostos,

também será proposto passeio público.

Tabela 9- Diretrizes urbanas, mobiliário urbano. IMAGEM PROBLEMA DIRETRIZ ESTRATÉGIA

Falta de Permitir conforto, Propor mobiliário urbano. segurança e mobiliário apropriação dos acessível e usuários. qualificado para o local.

Fonte - A autora, 2016.

A proposta de mobiliário urbano como, paradas de ônibus, iluminação pública, proporcionaram, conforto, segurança e apropriação dos usuários, além da valorização do território.

Tabela 10- Diretrizes urbanas, redes verdes. IMAGEM PROBLEMA DIRETRIZ ESTRATÉGIA Falta de redes Permitir o fluxo Propor redes verdes conectadas. ecológico, melhorar verdes, ao longo a qualidade do ar e do rio e das vias a sua umidade. conectando essas com áreas verdes,

Fonte - A autora, 2016. 45

A proposta de redes verdes proporcionará aos usuários melhor qualidade do ar. Será proposto o plantio das mais diversas espécies de árvores.

Tabela 11 - Diretrizes urbanas, alargamento de via. IMAGEM PROBLEMA DIRETRIZ ESTRATÉGIA Via muito estreita. Permitir o fluxo de Propor veículos da melhor alargamento da forma possível. via.

Fonte: A autora 2016.

A proposta de alargamento da via proporcionará aos usuários um melhor fluxo de veículos além de proporcionar vagas de estacionamento. Dentre as potencialidades pode se destacar, o rio e a fácil localização.

Tabela 12- Potencialidade, rio. IMAGEM POTENCIALIDADE DIRETRIZ ESTRATÉGIA Rio Promover Permitir a integração da integração e o comunidade historicismo. com o rio.

Fácil localização, Promover a Permitir acessos perante ERS-324. facilidade aos rápidos. acessos do projeto.

Fonte -A autora, 2016.

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5 DEFINIÇÕES DO PROGRAMA DE NECESSIDADES

5.1 Programa de necessidades e pré-dimensionamento

O programa de necessidades pode ser analisado na Tabela 13, esta descreve os setores com seus compartimentos. Para a conclusão do programa de necessidades a etapa de estudo de caso e a visita in loco, foi essencial para a conclusão do mesmo.

Tabela 13 - Programa de Necessidades e pré-dimensionamento. Setor Nome do Compartimento Mobiliário Área útil mínima em m² Loja Prateleiras 35 m² WCs restaurante ------10 m² Salão do restaurante Mesas e cadeiras 225 m² Vestiários nos Bares ------25 m² Espaço de convívio dos Mesas e cadeiras 30 m² bares Bares com cozinha/ Geladeira, balcão 30 m² Depósito de de atendimento, bebidas/Alimentos/DML fogão e pia. Consultório Médico Maca, mesa e 10 m² cadeira. Hall ------70 m²

Vestiário Masculino Vasos, lavatórios, 50 m²

SOCIAL chuveiros e mictórios. Vestiário Feminino Vasos, lavatórios, 50 m² chuveiros. Bar molhado/Depósito de Geladeiras, pias e 20 m² bebidas/Depósito de lixo. mesas. Espaços para churrasco Churrasqueira pia, 20 m² mesa e cadeiras. Espaço para limpar peixes Pia e containers. 10 m² Deck para contemplação ------12 m² SUBTOTAL 597 m² Piscina recreativa coberta ------200 m² Piscina recreativa coberta ------200 m² infantil Piscinas recreativas ------200 m² externas

Piscina recreativa externa ------200 m² infantil Quadra de Futebol ------1.056 m²

Quadra de Vôlei ------240 m² Açude para pesca ------692 m² esportiva

LAZER Espaço para caminhada ------47

Academia ao ar livre 50 m² Playground Brinquedos. 200 m² Trilhas ------SUBTOTAL 3.038 m² Financeiro Mesa e Cadeiras 9 m² Sala de Reunião Mesa e cadeiras. 10 m² WCS Vasos, lavatórios 2.50 m² e mictórios. Copa Geladeira, mesa, 3 m² pia. Recepção Mesa e cadeiras. 10 m² Sala de vigilância ------5 m²

ADMINISTRAÇÃO SUBTOTAL 39,50m² Depósito de cadeiras Cadeiras. 5 m² Depósito geral ------5 m² Depósito de bebidas ------5 m² Depósito de Alimentação ------5 m² Copa/ Estar Geladeira, sofá, 5 m² pia mesa e cadeiras. Vestiário Masculino Vasos, lavatórios, 15 m² chuveiros e mictórios. Vestiário Feminino Vasos, lavatórios, 15 m² chuveiros. Depósito de equipamentos ------50 m² para esportes no rio Deposito de peças ------5 m² Manutenção de ------30 m²

equipamentos do rio Depósito das quadras ------5 m²

DML Prateleiras e 3 m²

SERVIÇO tanques Central de lixo Containers. 5 m² Central de Gás Botijões de gás. 10 m² Central da limpeza Armários e 15 m² máquina de lavar. Casa de Maquinas ------10 m² Guarita Mesa e cadeira 5 m² Reservatórios ------50 m² Hall de serviço 3 m² Quarto para vigilante Cama, guarda- 10 m² roupas, tv. Cozinha do Restaurante/ Mesas, 100m² câmera fria/ Des. Seca/ geladeiras, pias, DML/ Dep. Lixo/ Pré- fogões e preparo/ Pré- Higienização/ armários. Higienização de Utensílios SUBTOTAL 356 m² Estacionamento geral ------200 m² Estacionamento Bicicleta Rio ------50 m² SUBTOTAL 250 m² TOTAL 4.280,00 m² Fonte - A autora, 2016.

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5.2 Fluxograma

A partir do programa de necessidades e da análise de fluxos nos estudos de caso e na visita in loco, foi elaborado o fluxograma para a presente proposta, levando em conta os visuais e acessibilidade. O mesmo pode ser analisado na Figura 30.

Figura 30 - Proposta de fluxograma para o projeto. Fonte- A autora, 2016. 49

6 PARTIDO GERAL

6.1 Zoneamento

Observando o terreno e o entorno, se propõem dois eixos fortes, sendo eles a ERS-324 e a comunidade. Através destes eixos surgiu à disposição do programa. Entretanto teve duas evoluções de zoneamento, até chegar à proposta final, estes dois zoneamentos iniciais podem ser analisados nas Figuras 31 e 32.

Figura 31– Evolução de zoneamento 1. Figura 32– Evolução de zoneamento 2. Fonte- A autora, 2016. Fonte- A autora, 2016.

No decorrer das análises de zoneamento, algumas questões tornaram- se mais claras chegando a uma ideia final como pode ser analisado na (Figura 33). Onde na intersecção dos dois eixos centrais optou-se por espaços para a comunidade, devido este ser o principal o objetivo do projeto. Quanto ao acesso, contara com setores de serviço administrativo e o restaurante. Em relação a topografia esse bloco será visto da ERS-324 e será explorado por conta dos visuais, como já apresentado no conceito anteriormente. 50

Figura 33– Evolução de zoneamento final. Fonte- A autora, 2016.

Quanto a capacidade de lotação máxima, todos os vestiários, piscinas e demais usos, foram calculados de tal forma que sua lotação máxima, fosse de 2.000 pessoas. Já quanto a sustentabilidade foram utilizados aspectos:  Econômicos: Quanto ao aspecto econômico algumas atividades como pesca esportiva, uso das piscinas, quadras, pedalinhos e remos, serão cobrados para gerar fluxo financeiro e este ser utilizado na manutenção do parque.  Sociais: Quanto ao aspecto social, foi proposto usos para a comunidade, como academia ao ar livre, espaços de contemplação, playground e espaços de convívio, facilitando assim a interação do usuário.  Ambientais: Por conta do projeto fazer uso de grande quantidade de água por conta de suas piscinas, está água antes de entrar para as piscinas será tratada, esta será retirada 50% 51

em um intervalo de tempo de dois dias e totalmente nos demais dias no período noturno. Logo após a retirada está será tratada, uma parcela será destinada a paisagismo e limpeza geral e o restante será devolvido ao Rio. Também foi respeitada a grande área de app no entorno do rio e da sanga.

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7 CONCLUSÕES

Este estudo apresentou a proposta de implantação de um Projeto de qualificação frente de água, para a comunidade de Sede Independência /RS, visando atender as demandas da comunidade e do turismo local. O projeto busca relações com o entorno, com a comunidade, com o rio e com a natureza em geral. Serão explorados os visuais para a ERS 324 e para a comunidade por conta destes serem eixos ordenadores de projeto. Foram ponderadas técnicas que tenham controle quanto à insolação, iluminação e ventilação natural, acessibilidade assim atendendo princípios sustentáveis. A proposta teve como fator determinante em sua escolha de terreno, um lote nas proximidades da ERS 324 e que ainda assim tivesse um dos elementos fontes de vida que é a água. Sendo assim conclui-se que o projeto é viável e de extrema importância para a comunidade de Sede Independência, tendo em vista de que esta não possui nenhum espaço de contemplação frente de água. 53

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9 ANEXOS

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