19 Jun 2018 Remix 19:30 Sala Suggia Ensemble Casa da Música

Coro Comunitário*

Pedro Neves direcção musical José Alberto Gomes (Digitópia Collective) electrónica Raquel Couto representação

1ª PARTE Oscar Bianchi Orango, para ensemble e público (2017-18; c.30min)

2ª PARTE Philip Venables The Gender Agenda, para apresentador de concurso, ensemble, coro falado e público (2017; c.45min)

Estreias em Portugal; encomendas da Art Mentor Foundation Lucerne.

*Participações especiais: Balleteatro Escola Profissional Coro Sénior da Fundação Manuel António da Mota Grupo Psiquê – Grupo de Teatro do Hospital de Magalhães Lemos

APOIO Entrevista ao compositor Oscar Bianchi.

https://vimeo.com/275594100

Entrevista ao compositor Philip Venables.

https://vimeo.com/275604491

APOIO

A CASA DA MÚSICA É MEMBRO DE CONNECT O Público como Artista

No Outono de 2015, a Art Mentor Founda‑ Para a segunda edição do projecto, foram tion Lucerne lançou o projecto de dimen‑ encomendadas duas obras a compositores são europeia CONNECT. Em colaboração premiados­ – o britânico Philip Venables e o com quatro importantes ensembles de Nova italo­‑suíço Oscar Bianchi – que incluem a parti‑ Música – Sinfonietta, Asko|Schönberg cipação do público e de amadores, através de de Amesterdão, Ensemble Modern de Frank‑ um coro comunitário. Enquanto Philip Venables furt e Remix Ensemble Casa da Música –, este transforma o público em concorrentes de um projecto pretende explorar a relação entre o concurso televisivo e contraria papéis tradi‑ público e o artista, seja ele o compositor ou cionais de género com a sua peça carregada o músico, bem como desafiar os papéis que de sentido político, na obra de Oscar Bianchi lhes são convencionalmente atribuídos. Para o público é, ele próprio, criador de sons que a cumprir este objectivo, são encomendadas integram. The Gender Agenda de Philip Vena‑ novas composições e espectáculos que lidem bles foi estreado em Londres, pela London especificamente com esta questão, tanto musi‑ Sinfonietta, a 12 de Abril de 2018; Orago de calmente como conceptualmente. O público Oscar Bianchi foi estreado em Frankfurt, pelo envolve­‑se na criação da obra musical e na Ensemble Modern, a 22 de Abril de 2018. sua interpretação, o que leva a que também os papéis do compositor e dos músicos se alterem, tornando­‑se estes parte do próprio público. Ao longo deste processo, as obras passam por um desenvolvimento contínuo de modo que cada apresentação pode ser consi‑ derada uma estreia. No primeiro ciclo do programa CONNECT, duas novas obras foram compostas: In the Midst of the Sonorous Islands de Christian Mason e The Sonic Great Wall de Huang Ruo, ambas apresentadas em várias cidades euro‑ peias no final de 2016. Na Casa da Música, o concerto do Remix Ensemble associado a este programa incluiu a obra de Mason e uma enco‑ menda a Daniel Moreira, Do Desconcerto do Mundo, que juntava ao ensemble instrumental dois coros amadores com diferentes níveis de formação musical.

3 Oscar Bianchi Philip Venables MILÃO, 1975 CHESTER, 1979

A música de Bianchi é orientada por questões A música de Philip Venables tem frequente‑ dramatúrgicas e formais. A qualidade vocal, mente como tema a violência e a política e faz presente até nas obras puramente instru‑ uso do texto falado em contexto da música mentais, é uma das suas características mais de concerto e da ópera. A sua obra tem sido marcantes. Os contrastes inesperados entre o descrita como “brutalmente eficiente” (Times) virtuosismo volúvel e a estase contemplativa e “divertida e ocasionalmente perturbadora” são a força motriz do seu instinto para o gesto (Guardian). Interpretado e gravado interna‑ dramático. A sua música é marcada por uma cionalmente, recebe encomendas de institui‑ violência rejubilante, mas pode subitamente ções como , Filarmónica repousar numa oração, como se atingida por e Sinfónica da BBC, Sinfónica de Londres, um raio de luz do meio­‑dia. Wigmore Hall, London Contemporary Opera, A sua primeira ópera, Thanks to My Eyes, Endymion & EXAUDI, Ensemble 10­‑10, Rambert encomendada pelo Festival d’Aix­‑en­‑Provence Dance Company, Teatro HAU de Berlim, Festi‑ com libreto e encenação de Joel Pommerat, val de Verão Kampnagel em Hamburgo e Teatro recebeu a aclamação da crítica e do público. da Basileia. Em 2016, estreou‑se­ na Royal Opera Tem sido interpretado por formações prestigia‑ com 4.48 Psychosis, uma colaboração com o das tais como Orquestra da Gewandhaus de encenador Ted Huffman e a primeira adapta‑ Leipzig, Filarmónica da Radio France, Sinfónica ção autorizada de textos de Sarah Kane, que Alemã, Ensemble Modern, Klangforum, Ictus, ganhou um UK Theatre Award (Achievement in Les Percussions de Strasbourg, ICE, Remix Opera). Colaborou com o vencedor do Prémio Ensemble, Ensemble Contrechamps, JACK ou Turner, Douglas Gordon, e a cantora Ruth Diotima. Novas obras de Bianchi estão actual‑ Rosenfeld em Bound to Hurt. O seu primeiro mente programadas por agrupamentos como disco de música de câmara com palavras é Sinfónica da Rádio da Baviera, Orchestra della lançado pela editora NMC em 2018. Svizzera Italiana, Ensemble Modern, London Philip Venables estudou na Royal Academy Sinfonietta, Asko|Schönberg, Remix Ensem‑ of Music em Londres, com Philip Cashian e ble, JACK e Collegium Novum Zürich. Entre os David Sawer, onde foi premiado com o diploma prémios conquistados destaca­‑se o 1º Prémio DipRAM e o Manson Fellowship em Composi‑ no Gaudeamus, o Grand Prix SACEM, o Prémio ção; e na Universidade de Cambridge. Recebeu do International Rostrum of Composers e o uma bolsa do Arts and Humanities Research Prémio da Crítica Discográfica Alemã. Council para um doutoramento sobre discurso, Depois de estudar no Conservatório de violência e música na Royal Academy of Milão, Bianchi prosseguiu a sua formação no Music (2012­‑13), e foi Soundhub Associate da IRCAM () e na Universidade de Columbia Sinfónica de Londres (2012­‑13). De 2013 a 2016, (Nova Iorque). Foi artista residente do DAAD no âmbito do seu doutoramento, foi residente Kunstlerprogramm e dos programas Pro­ na Royal Opera House e na Guildhall School of ‑Helvetia de Varsóvia e Joanesburgo. Music & Drama.

4 Sete perguntas a Philip Venables e Oscar Bianchi

“O público como artista” é o mote deste projecto, que esbate as fronteiras entre artista e ouvinte. O que significa isto no que respeita ao papel do compositor? Que elementos do projecto vos interessaram e como abordaram esta encomenda?

Venables: A minha abordagem foi pensar na Bianchi: Trabalhei recentemente, entre ideia de “o público como sujeito” em vez de outros projectos, em teatro musical que incluía “artista”. Há muito que sou fã de teatro cola‑ também intérpretes não profissionais (baila‑ borativo que interage com o público, fazendo rinos e actores). Neste caso foi­‑me exposta a dos seus membros personagens do enredo. necessidade de incluir ‘não profissionais’ para Também me interesso bastante pela música produzir som e conteúdo musical que teria de e o teatro politicamente comprometidos, pelo ser simultaneamente valioso (de acordo com que, nesta peça, junto os elementos das duas os meus próprios padrões enquanto compo‑ áreas. Quero saber o que o público pensa sobre sitor contemporâneo) e dramaturgicamente a questão do género na sociedade de hoje, brin‑ digno. Assim, o projecto CONNECT surgiu car com isso, envolver as pessoas e fazer uma exactamente no momento em que eu queria peça interactiva a partir desse tema. continuar a explorar e a redefinir o meu papel enquanto compositor (…).

Além de serem vários ensembles a interpretar estas peças, o principal foco é a comunicação e a interacção com o público. De que forma o público é envolvido na acção musical?

V: The Gender Agenda é basicamente um B: Para evitar que o público tenha uma função concurso televisivo ou talk show. Por isso meramente ornamental, decidi fazer da plateia vamos convidar pessoas do público para parti‑ o elemento central da performance. Tanto o cipar nas actividades, questionários ou entre‑ conteúdo como a estrutura musical são, por vistas no palco. Podemos ainda ter momentos vezes, da responsabilidade do público. A estru‑ de voxpop com o público nos seus lugares. tura dos intérpretes é, assim, formada pelos Também incluí um coro comunitário de volun‑ músicos e pela plateia, e ambos se articulam tários, que vai desempenhar um papel muito em diferentes momentos da peça. Resulta que especial para chegar ao público e incentivá­ estas duas instâncias (músicos e público) vão ‑lo a participar. partilhar o mesmo universo, tanto através da capacidade de ‘desencadear’ material musical como articulando­‑o, por si só ou em conjunto.

5 Como preparam o público?

V: Antes do concerto realizam­‑se workshops B: Com os workshops antes do concerto, o com o coro comunitário para ensaiar a parte público vai aprender e ensaiar algumas formas musical. Para além disso vamos fazer ensaios de fazer música com o ensemble: desde usar a para alguns membros de forma a recrutar voz (não apenas no sentido vocal) a tocar com voluntários do público para as várias activida‑ objectos do quotidiano ou brincar com cabeças des do concurso. Há também um ‘aquecimento’ de flauta. Além de praticar e preparar a peça, com o apresentador, uma espécie de prepa‑ vamos poder partilhar com o público que fazer ração do ambiente para um concurso televi‑ música, de facto, é muito mais do que manipu‑ sivo de estúdio. lar alturas e dinâmicas. É um acto performativo, uma dimensão da vida que ocasionalmente se move da experiência táctil para dimensões ‘interiores’, envolvendo força, enraizamento, bem como humor ou leveza.

De que forma o público pode influenciar a peça [antes e durante a performance]? Qual é o rácio entre os elementos pré­‑determinados e aqueles que o público pode influenciar?

V: Isso funciona também como num concurso B: Estou a trabalhar com um modelo formal e televisivo, ou seja, a ‘grelha’ da peça/concurso composicional que tem como objectivo envol‑ já está pré­‑determinada mas o conteúdo – o ver e celebrar todos os protagonistas: público e que é discutido, as opiniões que emergem, etc. ensemble. Numa performance quase contínua, – vem maioritariamente do público. O mate‑ o ensemble faz parte do público ao executar rial musical é relativamente fixo, durante o algo que este solicita, enquanto se emancipa concurso, mas utilizamos vídeos em tempo pontualmente para um momento mais instru‑ real que mostram o público que está na sala – mental e/ou uma parte individual. Desta forma, de novo, como num concurso televisivo. o material sonoro, que surge frequentemente do que o público faz, e o mecanismo formal será organicamente entrelaçado com o jogo instru‑ mental e o desempenho do ensemble.

6 Como lidam com o desconhecido – a imprevisibilidade do público – na composição?

V: Julgo que o desconhecido é a parte mais B: A imprevisibilidade e a definição padrão de estimulante. Nunca sabemos como é que um uma partitura musical formam uma espécie elemento específico do público vai reagir a de antítese. Estou portanto a trabalhar num uma determinada questão ou tarefa: às vezes sistema de notação que tem isso em conside‑ a reacção pode não ser assim tão interessante, ração. Algumas partes estão escritas como se às vezes pode ser bem­‑humorada ou surpreen‑ se tratasse de um argumento para uma peça dente. A parte interessante é que é algo vivo, teatral, por exemplo. desconhecido, e toda a gente que vê sabe isso. E realmente aumenta a tensão e a expectativa no público durante a interpretação da peça, o que é muito interessante de ver.

As vossas peças são apresentadas sucessivamente em quatro cidades europeias. Imaginam que a diversidade de contextos culturais e relações com a música leve os públicos a agir e reagir de formas diferentes?

V: Sim, espero que sim, até certo ponto. Julgo B: Absolutamente. Julgo que o que num país que depende das questões ou tarefas que colo‑ pode ser considerado hilariante, noutro pode camos ao público. Depende também do apre‑ ser percepcionado como hediondo, e vice­ sentador de cada actuação, já que o seu estilo ‑versa. Mas essa é a parte interessante, certo? vai definir o tom da apresentação.

As expectativas que têm para estes concertos diferem das que teriam para um concerto tradicional?

V: Não, as minhas expectativas são similares B: Sem dúvida que conto experienciar algo no àquelas que teria numa obra convencional. domínio do imprevisto, mas principalmente na Sempre procurei que o meu trabalho fosse esfera das energias e interacções. Uma expe‑ envolvente, emocionante e cheio de suspense riência intensa, sim, mas também deliberada‑ – sejam obras interactivas ou não. De alguma mente caótica, alegre (se possível) e, espero, forma, qualquer música deveria envolver o muito animada. público, senão como comunica? O meu objec‑ tivo é que o público se sinta sempre envolvido no enredo da peça.

© Ensemble Modern Magazin, Janeiro 2018, n.º 47 Tradução: Liliana Marinho

7 na Academia Nacional Superior de Orquestra. Pedro Neves direcção musical Estudou ainda com Emilio Pomàrico em Milão e com Michael Zilm, do qual foi assistente. O Pedro Neves é Maestro Titular da Orquestra resultado deste seu percurso faz com que a Clássica de Espinho e assumiu recentemente sua personalidade artística seja marcada pela o cargo de Maestro Convidado da Orquestra profundidade, coerência e seriedade da inter‑ Gulbenkian. É doutorando na Universidade de pretação musical. Évora, tendo como objecto de estudo as seis sinfonias de Joly Braga Santos. Foi maestro titular da Orquestra do Algarve entre 2011 e 2013, e é convidado regularmente para dirigir a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, a Orquestra Sinfónica Portu‑ guesa, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Filarmonia das Beiras, a Orquestra da Cidade de Joensuu (Finlândia) e a Orquestra Sinfónica de Porto Alegre (Brasil). Em 2012 colaborou pela primeira vez com a Companhia Nacio‑ nal de Bailado, dirigindo A Bela Adormecida de Tchaikovski. No âmbito da música contemporânea, tem colaborado com o Sond’arte Electric Ensemble – com o qual estreou obras de vários compo‑ sitores portugueses e estrangeiros, realizando digressões na Coreia do Sul e no Japão –, com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e com o Remix Ensemble. É fundador da Came‑ rata Alma Mater, que se dedica à interpreta‑ ção de repertório para orquestra de cordas e que tem sido recebido de forma elogiosa pelo público e pela crítica especializada. Pedro Neves iniciou os estudos musi‑ cais na sua terra natal, estudando violoncelo com Isabel Boiça, Paulo Gaio Lima e Marçal Cervera, respectivamente no Conservatório de Música de Aveiro, na Academia Nacional Superior de Orquestra (Lisboa) e na Escuela de Música Juan Pedro Carrero (Barcelona), com o apoio da Fundação Gulbenkian. No que diz respeito à direcção de orquestra estudou com Jean­­‑Marc Burfin, obtendo a licenciatura

8 de teatro “Em Cena”, dirigido pelo encenador Raquel Couto representação Pedro Lamares. Desenvolveu também um projecto artístico no Estabelecimento Prisional Raquel Couto nasceu no Porto, em 1988, e de Vila Real, com um grupo de 15 reclusos, que desde cedo que os seus estudos musicais se trabalhou sobre música, teatro e movimento relacionaram com as áreas de canto e coro. e deu origem ao espectáculo Homem Capaz, Acabou por se licenciar em Direcção Coral, apresentado no Teatro Municipal de Vila Real. com o maestro Paulo Lourenço, na Escola É um dos elementos fundadores do grupo Superior de Música de Lisboa. Ainda antes, vocal a cappella PopUp – Vozes Portáteis e foi licenciou‑se­ em Educação Musical na Escola fundadora e maestrina do SHINE – Coro Gospel Superior de Educação do Porto. Cantou em em Lisboa. É fundadora e directora musical do vários coros, destacando­‑se o Ensemble Vocal Coro Lira (Infantil, Juvenil e Adultos), com sede Pro Música (maestro José Manuel Pinheiro) e o na Casa das Artes do Porto. É a maestrina titu‑ Coro de Câmara da Escola Superior de Música lar do Coro Infantil Casa da Música. de Lisboa (maestro Paulo Lourenço). Com o objectivo de aprofundar os conhe‑ cimentos na área da direcção de coros infan‑ Digitópia Collective tis e juvenis, participou em cursos nas cidades de Évora, Lisboa, Aveiro, Londres e Barcelona, Singular no panorama nacional, o Digitó‑ onde trabalhou com os maestros Stephen pia Collective é a plataforma artística da Coker, Eugene Rogers, Paul Caldwell e Brett Casa da Música reservada à criação musi‑ Scott (EUA); Werner Pfaff (Alemanha); Paul cal em suporte tecnológico. No seu trabalho, McCreesh, Greg Beardsell e Rachel Joy Staun‑ o ensemble desenvolve ferramentas musicais ton (Inglaterra); Elisenda Carrasco, Esteve aplicando processos e modelos tão diver‑ Nabona e Basilio Astulez Duque (Espanha); e sos quanto o design de instrumentos digitais, Maria Guinand (Venezuela). a concepção de hardware próprio, o circuit­ Em 2012 participou no curso “Write an ‑bending, a exploração das relações entre Opera” na Royal Opera House, em Londres. imagem e som, a prática de VJaying e DJaying, No ano lectivo de 2014/15 realizou o X Curso a digital media ou os sistemas digitais inte‑ de Animadores Musicais da Casa da Música, ractivos. Realiza frequentemente formação onde trabalhou com Tim Steiner, Sam Mason, especializada na área das ferramentas digi‑ Paul Griffiths e Pete Letanka. tais. Dedica­‑se também à criação e disponi‑ Desde 2012, dirige anualmente o Coro Mini bilização de software de exploração musical. do Festival Vocalizze em Almada. Tem vindo a Colabora regularmente com os agrupamen‑ leccionar as disciplinas de Coro Infantil e Juve‑ tos residentes da Casa da Música, assumindo nil em academias e conservatórios portugue‑ a realização da componente electrónica em ses, entre os quais se destacam a Fundação tempo real na interpretação de repertório dos Musical dos Amigos das Crianças (FMAC séculos XX e XXI. Lisboa), o Conservatório Regional de Vila Real e a Academia de Música de Espinho. Foi responsável pela direcção musical do projecto

9 Em 2016 juntou­‑se à banda de rock Mão Morta Remix Ensemble para um programa com arranjos originais de Casa da Música Telmo Marques sobre o repertório do colectivo Peter Rundel maestro titular bracarense. O projecto Ring Saga, com música de Richard Wagner adaptada por Jonathan Desde a sua formação em 2000, o Remix Dove e Graham Vick, levou o Remix Ensem‑ Ensemble apresentou em estreia absoluta mais ble em digressão por grandes palcos euro‑ de noventa obras e foi dirigido pelos maestros peus. Em 2017 fez as estreias em Portugal de Stefan Asbury, Ilan Volkov, Kasper de Roo, Theseus Game de Harrison Birtwistle e Stabat Pierre­‑André Valade, Rolf Gupta, Peter Rundel, Mater Dolorosa de James Dillon, apresentando Jonathan Stockhammer, Jurjen Hempel, ainda o Concerto para violino de Ligeti com Matthias Pintscher, Franck Ollu, Reinbert de Ilya Gringolts. Leeuw, Diego Masson, Emilio Pomàrico, Brad Na temporada de 2018, o Remix Ensemble Lubman, Peter Eötvös, Paul Hillier, Titus Engel, apresenta uma retrospectiva da obra de Georg Baldur Brönnimann, Heinz Holliger, Olari Elts e Friedrich Haas que se inicia com in vain e inclui Pedro Neves, entre outros. a estreia mundial de uma nova encomenda. No plano internacional apresentou­‑se em Interpreta Anton Webern ao lado da soprano Valência, Barcelona, Madrid, Ourense, Hudder‑ Christina Daletska, Thomas Larcher com o sfield, Estrasburgo, Paris, Orleães, Bourges, barítono Benjamin Appl e música de Wolfgang Toulouse, Reims, Antuérpia, Bruxelas, Milão, Mitterer para um clássico do cinema expressio‑ Budapeste, Norrköping, Viena, Witten, Berlim, nista: O Gabinete do Doutor Caligari de Robert Colónia, Zurique, Hamburgo, Donaueschin‑ Wiene, encomenda em parceria com a Philhar‑ gen, Roterdão, Amesterdão e Luxemburgo, monie do Luxemburgo. Regressa à Elbphilhar‑ incluindo festivais como Wiener Festwo‑ monie de Hamburgo, ao deSingel de Antuérpia chen e Wien Modern (Viena), Agora (IRCAM e à Philharmonie de Colónia, apresentando­‑se – Paris), Printemps des Arts (Monte Carlo), nesta última ao lado do pianista Andreas Staier. Musica Strasbourg e Donaueschinger Musik‑ O Remix tem quinze discos editados com tage. Entre as obras interpretadas em estreia obras de Pauset, Azguime, Côrte­‑Real, Peixi‑ mundial incluíram‑se­ duas encomendas a nho, Dillon, Jorgensen, Staud, Nunes, Bernhard Wolfgang Rihm, o concertino para piano Jetzt Lang, Pinho Vargas, Mitterer, Karin Rehnqvist, genau! de Pascal Dusapin, Le soldat inconnu de Dusapin, Francesconi, , Schöllhorn Georges Aperghis (uma encomenda da ECHO), e Aperghis. A prestigiada revista londrina de Da capo de Peter Eötvös e a ópera Giordano crítica musical Gramophone incluiu o CD com Bruno de Francesco Filidei, apresentada no gravações de obras de Pascal Dusapin, pelo Porto, Estrasburgo, Reggio Emilia e Milão. Fez Remix Ensemble e a Orquestra Sinfónica do a estreia mundial da nova produção da ópera Porto Casa da Música, na restrita listagem de Quartett de Luca Francesconi, interpretada Escolha dos Críticos do Ano 2013. no Porto e em Estrasburgo, e apresentou um projecto cénico sobre A Viagem de Inverno de Schubert na reinterpretação de Hanz Zender – ambos com encenação de Nuno Carinhas.

10 Remix Ensemble Carlos Silva Maria Celeste Araújo Catarina Pinto Maria Conceição Sant’Ovaia Violino Daniela Cula Maria do Carmo Angel Gimeno Débora Barreto Maria do Céu Cruz José Pereira Filipa Catarino Maria José Machado Margarida Queirós Maria José Oliveira Viola Maria Beatriz Lopes Maria Luisa Rafael Trevor McTait Maria Margarida Rocha Maria Madalena Lemos Violoncelo Mariana Lamego Maria Manuela Magalhães Oliver Parr Marta Panelas Nelma Gilvaia Marta Teixeira Odete Boaventura Contrabaixo Matilde Gandra Olinda Figueiredo António A. Aguiar Matilde Maciel Orlando Velho Flauta Matilde Maia Raúl Azevedo Stephanie Wagner Miguel Batista Rui Rodrigues Rafael Magalhães Serafim Heitor Oboé Renata Couto Teresa Guerra José Fernando Silva Ricardo Mascarenhas Teresa Monteiro Clarinete Rita Faria Tiago Oliveira Victor Pereira Sofia Marques Vitor Carneiro Sofia Silva Saxofone Romeu Costa Grupo Psiquê – Grupo Coro Sénior da Fundação de Teatro do Hospital Fagote Manuel António da Mota** de Magalhães Lemos** Roberto Erculiani Trompa Adão Magalhães Albertina Gonçalves Nuno Vaz Adelaide Costa Arminda Teixeira António Oliveira Carla Cunha Trompete Branca Matos Carlos Ferreira Ales Klancar Carlos Lobo Carlos Ramos Trombone Edgar Ferreira Fernanda Queiroz Ricardo Pereira Elisa Fonseca João Ferreira Elvira Magalhães João Pereira Percussão Fátima Araújo José João Silva Mário Teixeira Fátima Barbosa José Vitorino Manuel Campos Filomena Ribeiro Lúcia Pimentel Piano/Sintetizador Graça Neiva Luís Umbelina Jonathan Ayerst Isabel Pereira Maria Manada Jorge Queijo Paulo Varela Judite Adrião Rui Fortuna Balleteatro Lurdes Tomás Sónia Lopes Escola Profissional* Manuel Ferreira Vítor Ferreira Manuel Porfírio Lapa Ana Carolina Granja Manuel Sousa Ana Isabel Costa Manuela Ramos *The Gender Agenda Ana Sofia Santos Margarida Pinto **Orango André Vigário Maria Arminda Ferreira António Miguel Teixeira Maria Carmo Sousa

11 PATROCÍNIO VERÃO MECENAS ORQUESTRA SINFÓNICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL NA CASA SUPER BOCK DO PORTO CASA DA MÚSICA CASA DA MÚSICA