“Empresários Devem Parar De Financiar a Frelimo”
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Anúncio publicitário SAI ÀS SEGUNDAS HTTPS://STPC.CO.MZ FACEBOOK: DOSSIERS & FACTOS www.stpc.co.mz ANUNCIE Dossiers AQUI 50Mt FactosA verdade acima de tudo e todos DIRECTOR:& Serôdio Towo | Segunda-Feira, 03 de Maio de 2021| Edição nº: 413 | Ano: 09 | Tiragem: 7500 exemplares A DIFÍCIL GOVERNAÇÃO DE NYUSI Sempre traído! Pag 03 DOMINGOS TEM RECEITA PARA TRAVAR RAPTOS “Empresários devem parar de financiar a Frelimo”Pag 04 e 05 Anúncio publicitário 2 EDITORIAL DOSSIERS & FACTOS 03 de Maio de 2021 SEGUNDA-FEIRA Traído pela natureza e pelos homens É difícil encontrar um país tão capaz particularmente no segundo mandato confidencial, como o são os assuntos de frustrar as expectativas do seu próprio do Presidente em exercício, Filipe Jacinto de natureza militar. Outra vez, Filipe povo como Moçambique. A abundante Nyusi. Tais tragédias comprometem Nyusi, enquanto representante máximo riqueza de que o país dispõe na terra e no – e de que maneira – os planos de do Estado, foi traído. Só que, neste caso, mar faria de qualquer nação um exemplo desenvolvimento que o actual timoneiro não é líquido que tenha sido traído pelas de prosperidade, e catapultaria o padrão da nação traçou/traça e, não sendo únicas elites domésticas, dado que o documento de vida dos cidadãos para níveis nórdicos. responsáveis pelo fracasso governativo em causa foi elaborado por um grupo de Mas a nossa pérola do Índico não consegue (ele próprio tem de assumir uma parte peritos da Troika da SADC. confirmar o potencial que se lhe aponta, da culpa), não podem ser ignoradas em Ao mesmo tempo que é traído por para a infelicidade de todos nós. análises desta natureza. tragédias exclusivamente provocadas pelo Por diversas vezes, e neste mesmo Podemos começar pela actual e mais homem, Nyusi vê seu reinado ensombrado espaço, apontamos o dedo a quem nos badalada, nomeadamente a guerra em por catástrofes naturais, dado que, nos governa como responsável pelos nossos Cabo Delgado. Desde 2017 que um grupo últimos anos, o país passou a figurar sucessivos insucessos nas mais diferentes instalado naquela região, conhecido agora entre os principais alvos de ciclones. Idai, áreas. Falámos, por exemplo, da nossa como Ansar al Sunnah, e eventualmente Kenneth e Eloise, só para citar os mais incrível incapacidade de produzir comida com ligações ao Estado Islâmico (ISIS), relevantes, ceifaram vidas e anularam em quantidades suficientes para alimentar pratica acções terroristas, tendo como muitos anos de progresso em alguns dos o povo, o que contrasta com as infindáveis alvos civis, militares, infra-estruturas e pontos do país, com realce para a cidade terras aráveis de que o país dispõe. outros bens. da Beira. Debruçámo-nos sobre a ironia de A carnificina perpetrada pelos Como tal, muitos projectos viram-se sem pagarmos a peso de ouro pelo consumo jihadistas ceifa vidas, provoca fugas pernas para andar, precisamente porque de energia eléctrica, quando temos a desenfreadas da população, obrigando-a a os recursos de que dependiam tiveram de Hidroeléctrica de Cahora Bassa, que “já é abandonar as conquistas alcançadas com ser usados em acções de recuperação dos nossa” há mais de 10 anos, ou sobre a falta bastante sacrifício. Igualmente, hipoteca danos provocados pelos desastres naturais. de carteiras num país que é exportador de praticamente o sonho de prosperidade Nunca o Instituto Nacional de Gestão e madeira por excelência. de milhões de moçambicanos, que viam Redução de Risco de Desastres teve tanto Todas estas incongruências nada mais nos projectos de exploração do gás uma protagonismo quanto agora, e isso, de per são do que o resultado da incompetência oportunidade soberana de minimizar os si, é demonstrativo da frequência com que de quem nos dirige, associada à já alarmantes níveis de pobreza. os eventos extremos passaram a acontecer tradicional busca pela satisfação de Tristemente, percebe-se – aliás, há vários em Moçambique, associada, obviamente, interesses pessoais e de grupos em relatos credíveis nesse sentido – que os à competência de quem por lá anda. detrimento dos interesses da maioria, que insurgentes contam com a conivência de Os fundos investidos na construção é, num Estado de Direito Democrático, a elites internas na confecção deste indigesto pós-Idai, na guerra no centro e no norte e, verdadeira dona do poder. Não mudamos prato de barbárie que nos é servido, ou desde o ano passado, em acções de combate a nossa forma de pensar nesse aspecto, seja, estamos a enfrentar dois inimigos: à Covid-19 (que colocou um travão no mas, por uma questão de honestidade e um declarado e outro oculto, que se faz crescimento da economia), entre outras bom senso, parece-nos justo reconhecer passar por amigo. Nestas circunstâncias, intempéries, fariam diferença em vários que também o destino nos tem pregado é quase impossível vencer, como, de resto, sectores sociais e de desenvolvimento. partidas difíceis e que dificultariam a se nos é dado a ver no Teatro Operacional Não pretendemos branquear políticas acção de qualquer governante, por mais Norte. e decisões menos ajustadas por parte do competente e comprometido com o povo Se dúvidas havia sobre a existência de Governo, mas, perante o exposto acima, que fosse. traidores nas Forças de Defesa e Segurança parece-nos claro que, definitivamente, É como uma torrente de tragédias e/ou nos Serviços de Segurança, estas Filipe Nyusi tem sido alvo de constantes que se abatem sobre Moçambique, cuja ficaram dissipadas na última semana, com traições, quer do homem quer da própria intensidade aumentou nos últimos anos, o vazamento de um documento altamente natureza. É um príncipe sem “fortuna”! FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE DA REDACÇÃO, MAQUETIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Tchumene 1 | Rua Carlos tembe, Parcela Nº 696, Matola | Telf: 869744238 | Celular: 82 4753360 | S.T. PROJECTOS E Email: [email protected]| DIRECTOR: Serôdio Towo, [email protected], Cell: 82 4753360 COMUNICAÇÃO, LDA |COORDENADOR EDITORIAL: Amad Canda, [email protected], 846526459 | REDACÇÃO: Serôdio DIRECÇÃO: Towo, Amad Canda, Lídia Cossa, Arão Nualane, Quelto Janeiro, Hélio de Carlos | FOTOGRAFIA: Albino Mahumana | ADMINISTRAÇÃO: Gércio Matavele, [email protected], 876162241 | AUXILIAR ADMINISTRATIVO: Serôdio Towo (Director-Geral) Gabriel Muchanga |GRAFISMO: Herbigno Lote | CORRESPONDENTES: Eng. 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A ser verdade, tal mostra tanto acabou adiada para uma data (SADC) poderiam dar a Moçambique no combate ao que Filipe Nyusi pode estar rodeado de traidores até a terrorismo. a anunciar – o relatório da missão da SADC nível regional, o que seria trágico, de todo. A O referido documento devia ter sido apresentado que esteve a avaliar a situação de segurança em Independentemente da origem da traição, uma na Cimeira Extraordinária da Troika da SADC, que coisa parece certa: esta é da autoria de altos quadros Cabo Delgado já circulava nas redes sociais, estava agendada para última quinta-feira, 29 de Abril, em matéria de segurança, que deviam estar 100% com importantes informações de estratégia mas a indisponibilidade de Mokgweetsi Masisi e Cyril comprometidos com a missão, preservando a todo o militar que, assim, deixam os insurgentes pre- Ramaphosa, respectivamente presidentes do Botswana custo o segredo militar. e da África do Sul, ditou o adiamento da reunião para venidos. Pelo carácter da missão, não há dúvi- uma data a anunciar. das de que o documento foi vazado por figuras Valerá a pena aceitar o apoio? de primeira linha, podendo ser internas ou Onde está alojado o traidor? mesmo regionais. Alguém está a desempenhar A opinião pública moçambicana está dividida o papel de traidor no Teatro Operacional Nor- com relação à intervenção militar estrangeira em te (TON). Mas quem? Trata-se de uma pergun- A não realização do encontro da Troika não impediu, Cabo Delgado. Os apologistas desse tipo de apoio no entanto, que o relatório fosse tornado público. Aliás, ta em torno da qual Filipe Nyusi estará a re- argumentam que as tropas nacionais não são capazes 24 horas antes da data estipulada para a apresentação à de combater os terroristas. Em contrapartida, há flectir, antes de decidir se aceita ou não o apoio Troika do Comité Ministerial do Órgão de Cooperação uma ala que se mostra contra as denominadas “botas militar oferecido pelos países da região. nas Áreas de Política, Defesa e Segurança, o relatório estrangeiras”, invocando o argumento da soberania. já era do domínio da Imprensa, o que revela que houve Mesmo sem negar a pretensa incapacidade das vazamento, uma acção que, de acordo com o jornal D&F FDS, o Presidente da República, Filipe Nyusi, disse Texto: Serôdio Towo Savana, deixou o Governo moçambicano “irritado”.