Da Região Neotropical 269
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Novos táxons de Hemilophini (Coleoptera, Cerambycidae) da Região Neotropical 269 Novos táxons de Hemilophini (Coleoptera, Cerambycidae) da Região Neotropical Maria Helena M. Galileo1, 3 & Ubirajara R. Martins2, 3 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188, 90001-970 Porto Alegre, RS, Brasil. 2. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 42494, 04218-970 São Paulo, SP, Brasil. 3. Bolsista do CNPq. ABSTRACT. New taxa of Hemilophini (Coleoptera, Cerambycidae) from the Neotropical Region. New taxa described from Costa Rica: Erana cretaria sp. nov., Itumbiara denudata sp. nov., Hilaroleopsis coloratus sp. nov., Alampyris flavicollis sp. nov., Cotycuara viridis sp. nov., Adesmus stellatus sp. nov., A. pilatus sp. nov. (also from Panama); from Panama: Eulachnesia amoena sp. nov., Cotycuara crinita sp. nov.; from Venezuela: Abanycha fasciata sp. nov.; from Ecuador: Mariliana hovorei sp. nov., Adesmus ocellatus sp. nov.; from Peru: Susuanycha gen. nov., type species, S. susua sp. nov., Malacoscylus elegantulus sp. nov., Adesmus guttatus sp. nov., A. calca sp. nov.; from Brazil (Minas Gerais): Sybaguasu cornutum sp. nov. A key to the species of Cotycuara is added. KEYWORDS. Cerambycidae, Lamiinae, new taxa, taxonomy. RESUMO. Novos táxons descritos da Costa Rica: Erana cretaria sp. nov., Itumbiara denudata sp. nov., Hilaroleopsis coloratus sp. nov., Alampyris flavicollis sp. nov., Cotycuara viridis sp. nov., Adesmus stellatus sp. nov., A. pilatus sp. nov. (também do Panamá); do Panamá: Eulachnesia amoena sp. nov., Cotycuara crinita sp. nov.; da Venezuela: Abanycha fasciata sp. nov.; do Equador: Mariliana hovorei sp. nov., Adesmus ocellatus sp. nov.; do Peru: Susuanycha gen. nov., espécie-tipo, S. susua sp. nov., Malacoscylus elegantulus sp. nov., Adesmus guttatus sp. nov., A. calca sp. nov.; do Brasil (Minas Gerais): Sybaguasu cornutum sp. nov. Acrescenta- se chave para as espécies de Cotycuara. PALAVRAS-CHAVE. Cerambycidae, Lamiinae, novos táxons, taxonomia. Novos táxons são propostos com base em material antenômero IV, alaranjados; extremidade do antenômero cedido por F. T. Hovore, Santa Clarita (FTHC), J. E. III e metade basal do antenômero IV com tegumento Wappes, American Coleoptera Museum, Bulverde castanho; antenômeros V e VI com tegumento branco; (ACMB) e F. Génier, Canadian Museum of Nature, Ottawa antenômeros VII a XI pretos. Antenômeros III e IV com (CMNO). Hovore reuniu espécimens do Inventário pêlos longos, esparsos em toda a superfície. Pronoto Faunístico da Costa Rica, do Instituto Nacional de alaranjado com duas faixas transversais de tegumento Biodiversidade, Santo Domingo de Heredia (INBio), preto, uma no ápice e outra na base. Partes laterais do Museu de Insectos, Universidad de Costa Rica (MIUC), protórax com tegumento alaranjado. Pronoto e partes de suas coletas no Equador e da Florida State Collection laterais do protórax revestidos por densa pubescência of Arthropods, Gainesville (FSCA); determinou também branca. Élitros (Fig. 1) com tegumento preto ou que os holótipos de sua coleção fossem depositados na acastanhado, às vezes, os úmeros mais avermelhados; California Academy of Sciences, San Francisco (CASC). pubescência branca reveste: friso sutural; grande Wappes agrupou exemplares do National Museum of mancha, dorsal, do quinto anterior até depois do meio; Natural History, Washington (USNM) e da Coleção R. H. todo o quarto apical. Mesosterno glabro. Mesepisternos, Turnbow, Fort Rucker, Alabama (RHTC). mesepimeros, metepisternos e lados dos urosternitos Outras abreviaturas de instituições utilizadas no revestidos por pubescência branca. Metasterno texto: BMNH, The Natural History Museum, Londres; inteiramente preto ou preto nos lados e alaranjado no MCNZ, Museu de Ciências Naturais, Fundação meio; lados com pontos grandes e esparsos. Pernas Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; MNHN, alaranjadas. Urosternitos com tegumento alaranjado. Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris; MZSP, Dimensões em mm, . Comprimento total, 6,3-7,1; Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, São comprimento do protórax, 1,1-1,3; maior largura do Paulo; ZMUC, Zoological Museum, University of protórax, 1,4-1,7; comprimento do élitro, 4,5-5,2; largura Copenhagen, Copenhagen. umeral, 1,9-2,3. Erana cretaria sp. nov. Material-tipo. Holótipo , COSTA RICA, Heredia: Finca (Fig. 1) La Selva (3 km S, Puerto Viejo, 10°26’N, 84°01’W), 8.IV.1987, H. A. Hespenheide col. (CASC). Parátipos – mesma procedência Etimologia. Latim, cretaria = de giz; alusivo à do holótipo, , 20.III.1980, H. A. Hespenheide col. (MCNZ); , coloração do protórax. 26.III.1980, H. A. Hespenheide col. (MZSP); , 24.VI.1986, H. A. Hespenheide col. (MZSP). COSTA RICA, Heredia: La Selva Cabeça com tegumento preto. Escapo, pedicelo, Biological Station (3 km S de Puerto Viejo), , 21.I-3.II.1991, J. antenômero III (menos o ápice) e metade apical do S. Noyes col., Malaise trap (FTHC); mesma procedência (50- Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 95(3):269-279, 30 de setembro de 2005 270 GALILEO & MARTINS 150 m), , 15.XII.1983, sem nome do coletor, bosque secundário, Mariliana hovorei sp. nov. INBIO CRI 002292419 (INBio); ditto, , 4.IV.1994, bosque (Fig. 3) secundário, INBIO CRI 001 261486 (INBio); ditto, , 01.VIII.1995, bosque primário, INBIO CRI 002 288695 (FTHC). Etimologia. Epíteto em homenagem a Frank T. Discussão. Erana cretaria sp. nov. assemelha-se Hovore (FTHC), coletor do holótipo e que reúne coleção a E. curuca Galileo & Martins, 1999, descrita da Colômbia. apreciável de Cerambycidae. Difere por: escapo alaranjado; antenômeros apicais Cabeça com tegumento preto revestido por pretos; pronoto com tegumento bicolor, preto e pubescência alaranjada, brilhante e densa, menos abaixo alaranjado; escutelo preto; élitros com base preta e dos lobos oculares inferiores e internamente, nas bases metasterno preto ou preto nos lados. Em E. curuca o dos tubérculos anteníferos, que têm pubescência branca. escapo é preto, os antenômeros apicais são Antenas pretas. Antenômero IV com lado interno da metade basal pubescente de branco. Metade anterior do esbranquiçados; o tegumento do pronoto, a base dos pronoto revestida por pubescência alaranjada; uma faixa élitros, o escutelo e a face ventral do corpo são central, preta, transversal, larga, glabra, prolongada no alaranjados. meio até a base do pronoto; esta faixa envolve uma mancha de pubescência branca a cada lado. Metade inferior das Itumbiara denudata sp. nov. (Fig. 2) partes laterais do protórax com pubescência branca. Escutelo revestido por pubescência alaranjada. Élitros Etimologia. Latim, denudata = descoberta, (Fig. 3) com pubescência predominante alaranjada, cada desnuda; alusivo às epipleuras sem franja de pêlos. um com as seguintes áreas pretas, glabras, que não Cabeça com tegumento alaranjado revestida por alcançam a margem: declividade basal; quarto anterior pubescência amarelada; lado ântero-interno dos que envolve mancha transversal de pubescência branca; tubérculos anteníferos e atrás dos lobos oculares faixa transversal, que não toca a sutura, no meio; faixa no inferiores com tegumento vermelho-acastanhado. terço apical que envolve mancha de pubescência branca Antenas atingem a extremidade dos élitros no ápice do menor que as anteriores; estreita faixa transversal antenômero VII. Escapo preto. Pedicelo, antenômeros III anteapical. Pequena porção do ápice dos élitros coberta e IV pretos com anel basal amarelado; antenômeros V e por pubescência branca. Pernas pretas; trocanteres VI brancos; VII-XI pretos com anel basal amarelado. amarelados. Face ventral preta com pubescência branca Franja de pêlos densos, pretos nos antenômeros III e IV nos: mesepisternos, mesepimeros, faixa longitudinal no e brancos nos antenômeros V e VI. Protórax com limite lateral do metasterno e lados dos urosternitos. tegumento alaranjado. Pronoto e metade superior das Dimensões em mm, . Comprimento total, 7,4; partes laterais do protórax revestidos por pubescência comprimento do protórax, 1,5; maior largura do protórax, serícea amarelada e densa. Metade inferior das partes 1,5; comprimento do élitro, 5,3; largura umeral, 1,9. laterais do protórax pontuada e glabra. Escutelo alaranjado. Élitros (Fig. 2) com o terço anterior alaranjado Material-tipo. Holótipo , EQUADOR, Sucumbios: Shushufindi, 4.X.1997, F. T. Hovore col. (CASC). e os dois terços apicais pretos. Carena umeral manifesta até o quinto apical. Extremidades arredondadas, sem Discussão. Na chave para espécies de Mariliana espículo externo. Pro- e mesofêmures amarelados e (GALILEO & MARTINS, 2004a), M. hovorei sp. nov. é enegrecidos em pequena porção apical. Metafêmures com discriminada no item quatro com M. oculatris e M. a metade basal amarelada e a apical preta. Protíbias pretas cicadellida, por apresentar: élitros com pelo menos seis e amareladas nos dois terços basais da face interna. manchas de pubescência branca, ápice dos élitros Mesotíbias, metatíbias e tarsos, pretos. Mesosterno, ocupado por pubescência branca e manchas elitrais de mancha atrás das mesocoxas e meio dos urosternitos com pubescência branca circundadas por preto. Mariliana tegumento amarelado. Metade posterior dos hovorei é semelhante a M. cicadellida (GALILEO & mesepisternos, grande parte dos mesepimeros, MARTINS, 2004a, fig. 6), mas difere, principalmente, pelo metepisternos, maior parte do metasterno e lados dos padrão do colorido elitral, especialmente no número de urosternitos, pretos. manchas de pubescência branca. Em M. cicadellida,