Telenovela: Metáfora Do Cotidiano

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Telenovela: Metáfora Do Cotidiano Telenovela: Metáfora do Cotidiano Roberta Manuela Barros de Andrade1 As paixões, as emoções, os afetos possuem um lugar inegável na vida cotidiana, no que ela tem de concreto e singular. No entanto, constantemente, ao longo da modernidade, as subjetividades foram afastadas do campo de análise do social. Quando muito, toleradas em espaços bem delimitados como o da vida privada, mas cujos tentáculos não teriam grandes efeitos sobre o lado “sério da vida”. Enraízadas no cotidiano, na esfera do senso comum, tais subjetividades encontraram, entretanto, um lugar de destaque na telenovela. Nas telenovelas, as sociabilidades se traduzem em sentimentos que permeiando o dia-a-dia estão sempre retornando à cena. Utilizando como pano de fundo o senso comum, as telenovelas possuem, em sua estrutura narrativa, algo similar à uma química das emoções que repercute em diferentes grupos sociais com distintos capitais simbólicos. No momento em que a cultura moderna se caracteriza pelo controle das emoções que se dissociam da vida social e passam a configurar a vida privada, as telenovelas trazem, contraditoriamente, à vida pública, as marcas de experiências e saberes acumulados na vida corrente. Esses saberes foram, é verdade, criticados, de modo constante, durante toda a modernidade. O senso comum, receptáculo de emoções e afetos em ebulição, participaria, em boa parte, do “regime noturno”, do “instante obscuro”, da “parte maldita” de que está impregnada o ser social. Concretizado na vida banal, concreta, cotidiana, natural, ele foi ora visto como intrinsecamente perverso, ora como necessariamente reacionário, “pura ideologia”, “debilidade popular”, “simples pré-texto do social”. O conhecimento técnico- científico, repousando em entidades abstratas, foi pouco a pouco desconectando-se da vida no que ela possui de desordenado, efervescente, caótico e nebuloso.2 No entanto, é preciso, como nos lembra Mafessoli (1998), fazer a distinção entre uma mera apreensão manipulada da realidade e uma sabedoria coloquial, com os pés no chão, que julga ou avalia esta realidade com argumentos que não se baseiam em coisa alguma, a não ser na “vida como um todo”. Enquanto sistema cultural esquematizado e 1. Graduada em Comunicação Social, mestre e doutoranda em Sociologia pela UFC. 2.Georg Simmel (1977), por exemplo, foi longamente estigmatizado por desejar ater-se ao concreto, ocupando-se de fenômenos considerados frívolos pelo saber estabelecido. Quer tratar-se de moda, amor, dinheiro, morte, Simmel empenhava-se em retornar às próprias coisas, ao solo nutriente das sociabilidades. Ele teve o mérito de perceber que a vida social repousa sobre o compartilhamento de emoções e afetos, coisas que são próprias do senso comum. 1 organizado de pensamento e ação, afirma Geertz (1995), o senso comum surge e se expande ao redor de um emarenhado de práticas herdadas, crenças aceitas, juízos habituais e emoções caóticas que formentam as interações sociais corriqueiras. Tal prerrogativa do senso comum ressalta o fato de que antes de qualquer racionalização existe uma vivência comum, uma experiência compartilhada. É sobre ela que é posta toda a sociabilidade, todo o estar junto fundamental que ao lado da racionalidade integra todos os aspectos passionais que estão também na base da interação humana. Esta ênfase posta sobre esta vivência é, creio, uma forma de reconhecer os elementos subjetivos como partes integrantes da história humana O senso comum abrange, na perspectiva em que trabalho, um território gigantesco das coisas que são consideradas como certas e inegáveis, um catálogo de realidades básicas que pertenceriam a todas as pessoas que possuíssem, sem cair em pleonasmos, bom senso (Geertz, 1995). Como os acontecimentos excepcionais, os grandes momentos que pontuam a vida dos indivíduos, são bem raros, pertencendo à ordem do extraordinário, a vida corrente parece se estruturar a partir de “pequenas coisas” das quais o hábito de assistir à telenovela é parte primordial. Pressinto, então, a necessidade de revisitar este senso comum a partir da mediação das telenovelas porque elas são, por excelência, a narrativa moderna que concebe as subjetividades como seu elemento central. No entanto, se as telenovelas possuem como insumos básicos uma reconstrução peculiar de um senso comum generalizado, as pessoas, ao re-semantizarem seus conteúdos, recorrem a um sistema cultural particular, localizado, datado e circunscrito que julgam serem o “óbvio a ser pensado”. E ao utilizarem este “bom senso” constróem, elas mesmas, uma peculiar teoria sobre o social. A partir das análises que fazem das personagens e dos temas que as tramas sugerem, os indivíduos elaboram suas próprias visões de mundo que refletem todas as tensões que formam a vida social. Parto aqui do pressuposto de que o bom senso não é de fato nem universal, nem generalizado, nem tampouco passível de “etiquetamento”. Quando as pessoas referem-se ao bom senso para justificarem o que julgam ser verdades tácitas sobre as personagens e o enredo de uma telenovela, elas estão reivindicando um estatuto próprio de complexidade às teorias de recepção correntes. É necessário, pois, acredito, procurar nos tons que as pessoas empregam para se referirem às experiências que se dramatizam nas telenovelas, no tipo de som que suas observações expressam, na visão de mundo que suas conclusões refletem, as diferenças nas elaborações deste “bom senso”. 2 Partindo dessas reflexões, tomo como objeto de estudo dessa questão a telenovela Suave Veneno, exibida no horário das 20h da Rede Globo de Televisão a partir de 18 de janeiro de 1999 e cuja permanência no ar está prevista até setembro deste mesmo ano. Acompanho, assim, sua recepção em 10 famílias, com capitais econômicos, culturais e sociais diversificados. Para melhor desenvolver minha pesquisa, classifico estas famílias em dois grupos estruturalmente diferenciados que ocupam, paradoxalmente, posições subordinadas e dominantes na sociedade. A definição do meu objeto de estudo passa, então, pelo pressuposto de que as noções e premissas que configuram o senso comum são reelaboradas de maneira diferente por grupos sociais diversificados ainda que partam de um mesmo conteúdo cultural hegemônico. A hipótese de que o senso comum e suas elaborações são particularizados é trabalhada tanto em um recorte de classe, como de sexo, idade, etnia, religiosidade. No entanto, ressalto o universo de uma situação de classe por entender que este é um lugar privilegiado de criação e difusão de significações. Desta forma, os grupos que identifico como aqueles que ocupam posições dominantes dentro de um campo de interação são, na linguagem de Bourdieu (1996), aqueles potencialmente dotados de- ou que têm acesso privilegiado a- recursos ou capital de vários tipos. Já as posições subordinadas são aquelas que oferecem acesso mínimo a quantidades de capital de diferentes tipos. Defino esses grupos selecionados, então, como grupos que ocupam situações limites e algumas vezes até opostas na estrutura social em relação à posse e à possibilidade de posse de bens simbólicos, mas que têm como ponto em comum o acesso à televisão e, que também compartilham o hábito de assistir às telenovelas. Em ambos os casos se busca inter-relacionar as elaborações decorrentes das situações estruturadas em Suave Veneno com aspectos importantes tais como estilos de vida, condições de assistência à televisão, e relações estabelecidas em família e de vizinhança.3 Procuro contextualizar o universo doméstico dessas famílias na rede de sociabilidades dos bairros a que estas pessoas pertencem. A seleção de um bairro, implica, aqui, a especificação dessas famílias em condições de vida semelhantes quanto ao nível salarial, à sua habitação, às suas práticas culturais e às suas estratégias quotidianas. 3. Entendo, assim como Thompson (1995), Barbero (1988) e Oroszo (1990), que as mensagens televisivas não atuam no vazio. Estas estão vinculadas a interações e partilhas, numa rede de conhecimentos e de reconhecimentos recíprocos que se traduzem em um processo de elaboração discursiva. 3 Para isso, escolhi, para o primeiro grupo, um bairro da periferia de Fortaleza. As primeiras cinco famílias selecionadas pertencem ao Conjunto Zé Walter e se caracterizam por terem nascido no bairro ou por morarem nele há mais de 15 anos. Fixei, assim, essas pessoas no contexto social dos bairros onde estas se reconhecem enquanto membros de um grupo, criam espaços próprios que permitem a construção de experiências e vivências, laços de convivência e de solidariedade. Escolhi um bairro de periferia, no primeiro caso, porque neste, ao contrário dos bairros mais abastados, onde as formas de sociabilidade se estabelecem entre parentes e amigos dispersos na cidade, a rede de sociabilidade se estabelece entre parentes próximos espacialmente e vizinhos. Devo ressaltar ainda que tal rede de sociabilidade é, primordialmente, mediada pelos meios de comunicação de massa, mais especificamente pelas telenovelas que representam, ao menos parcialmente, os usos e gostos populares. O outro grupo, que ocupa posições dominantes em relação ao capital simbólico, não corresponde, a priori, a uma característica geográfica. Pertencem a bairros distintos de Fortaleza mas que guardam em si características semelhantes pelo fato de não constituírem vínculos mais aprofundados de vizinhança e de terem um perfil econômico análogo . Em ambos os casos, a pesquisa não só inclui pessoas de ambos os sexos como possuidoras de capitais simbólicos distintos. São donas de casa, bancários, professores, funcionários
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