Uma Narrativa Sobre A

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Uma Narrativa Sobre A Uma narrativa sobre a RTP COI téc Anarrative on portuguese television RTP intI ain Maria Érica de Oliveira Lima SOl Doutora em Comunicação Social, Universidade Metodista de São Paulo. Membro do Núcleo "Mídia ent Regional ao Global'; sob a coordenação da profa. Anamaria Fadul, Umesp. RT E-mail.·[email protected] pOl cor Resumo tele Relato que apresenta a RTp, grupo estatal português. numa narrativa conceituai construída a exc partir da "demissão em bloco da Directoria de Informação", novembro de 2004. Técnicas: Histórico• da descritiva e bibliográfica. Ogrupo RTP e sua relação com o poder, à imagem enquanto pauta na aC<J mídia portuguesa eainvestigação por parte da Alta Autoridade para aComunicação Social (AACS) cor são alguns dos pontos abordados neste relato de pesquisa. Conclusões: maior conhecimento por parte do receptor, cidadão e contribuinte da RTP e o desfecho do caso por parte da MCS como exercício de uma democracia social e midiática. Cál Palavras-chave: Mídia, Televisão. RTp, Diretoria de Informação, Portugal. Lis Cal Introdução particularidades e complexidades, Pre também nos é distante. ver Escrever um artigo sobre o grupo Sob uma narrativa, tendo como intI de mídia estatal português, RTP, não pano de fundo a RTP e o caso da poi é tarefa fácil. Entender o contexto da demissão em bloco dos jornalistas oel mídia em Portugal, seu histórico, sua José Rodrigues dos Santos, Judite de e a cultura de nascimento e suas Sousa, Miguel Barroso, Manuel da cal' influências políticas e econômicas, Costa e Maria José Nunes, logo após a e: nos faz mergulhar num universo rico o resultado de um concurso interno 19~ e ao mesmo tempo, complexo. para correspondentes no estrangeiro, Em Julho de 2004, por conta da a RTP teve sua imagem estampada efe bolsa concedida pelo Programa nos principais órgãos de imprensa no ton AlBan - Programa de Bolsa de Alto país, desencadeando uma discussão go' Nível da União Europeia para a sobre poder, política, serviço público pri América Latina - na condição de e protecionismo. ten Doutorado Sandwich, na Se! Universidade Fernando Pessoa, na A Televisão em Portugal pnJ cidade do Porto, sob a orientação do RT prof. Dr. Jorge Pedro Sousa foi Enquanto muitos outros países• POI possível atravessar o atlântico, Estados Unidos e Grã-Bretanha a 4 participar de perto desta experiência foram os precursores - avançaratn me e reflexão. Através da história, nas tecnologias, Portugal, em plena pri transformações, evolução, ditadura, "caminhava" a passos eXI perspectivas futuras, podemos dizer lentos nesse rumo. Em 1953 o PO] que a mídia em Portugal, seja ela governo Salazarencarrega Francisco trai impressa, televisiva, radiofônica, Bordado Machado, então (20 publicitária, vem despertando, ao responsável pelo Gabinete de Estudos foi longo dos anos, uma aproximação e Ensaios da Emissora Nacional, de de2 entre os pesquisadores brasileiros, elaborar um relatório, projeto que Ma universidades e centros de pesquisa. conduzisse à instalação de uma pe! Nossa primeira intenção é entender emissora de televisão no país Co este país que pensamos ser tão (CÁDIMA, 1996, p.26). Emjulho de Por próximo, mas por suas 1954 é concluído este relatório, cujo das 90 Maria Érica de Oliveira Lima. Uma narrativa sobre o RTP. Comunicação eInformação, V9, nO 1: pág 90-102 - jan/jun. 2006. conteúdo visa além do caráter técnico, também econômico. A introdução da televisão em Portugal ainda iria caminhar a passos lentos. Somente no final de 1955 surge, então, a escritura dos estatutos da RTP - uma entidade que iria assumir, por decisão governamental, a concessão do serviço público de televisão. O grande detalhe: em T\l exclusividade. Mas toda a estrutura da televisão pública seria acompanhada pelo poder Executivo, com regras muito bem definidas. O pesquisador Francisco Rui Cádima, da Universidade Nova de Lisboa, nos aponta que Marcello Caetano, na época, Ministro da Presidência, foi o responsável a Londres. vencer as resistências de Salazar à Contudo, somente em 1957, as introdução da televisão em Portugal, emissões passam a ser regulares, mas pois ficou com a tarefa de conceber precisamente, em 7 de março. o edificio que deveria ocupar a RTP Enquanto isso, segundo Coelho: e a constituição da Sociedade, de Salazar, o presidente do capitais mistos, que iria compor toda Conselho, pennanece divorciado a estrutura da emissora (CÁDIMA, do novo meio, Marcello Caetano, 1996, pp.27-26). o ministro da Presidência e Ainda a passos lentos, o projeto grande impulsionador da efetivo de uma televisão começou televisão, aproxima-se cada vez tomar forma em 1956. Em 1957 o mais, aproveitando todas as governo autorizou a compra dos virtualidades da televisão para primeiros equipamentos e dos estabelecer com a Nação uma terrenos para a instalação da RTP. 'intimidade' cada vez mais forte Segundo, Pedro Manuel Coelho, as (2003, p. 46). primeiras emissões experimentais da RTP foram de 1956, na Feira Como aponta o pesquisador Rui Popular, Lisboa. A primeira ocorreu Cádima, Marcello Caetano, "grande a 4 de setembro. Até final deste adepto da personalização do poder", mesmo mês, a data em que cessa o compreendeu, desde logo, a força do primeiro bloco de emissões meio e da forma como essa força experimentais a partir da Feira poderia ser utilizada, inclusive, por Popular, foram produzidas 24 interesses contrários ao que o Estado transmissões, em cerca de 50 horas pregava. O ministro da Presidência (2003, p. 46). Essa fase experimental achava a televisão "fortemente foi retomada em 1956, 3 de corruptível e presa fácil de dezembro, jáem estúdios, no Lumiar. aventureiros e charlatões" Mas, como bem lembram os (COELHO, 2003, p. 47)-confissão pesquisadores portugueses em que revela em 1977, três anos depois Comunicação, a televisão em da queda da ditadura e 20 anos sobre Portugal se dá 30 anos após o início o início das emissões regulares. das emissões regulares da BBC de Segundo Coelho, citando o Maria Érica de Oliveira Lima. Uma narrativa sobre o RTP. 91 Comunicação e Informação, V9, nO 1: pág 90-102 - jan/jun. 2006. pesquisador Rui Cádima, o então objetivo era fazer uso de todo o seu ministro na época, Marcello Caetano "saber comunicacional". afirmou que: Estabeleceu com o telespectador uma aliança, "pacto coloquial" Fui o primeiro membro do apontando, a seguinte colocação na governo a utilizar a TV para primeira transmissão: expor o país, em Junho de 1957, problemas de interesse geral. Pareceu-me conveniente que, Não oculto que segui os sobretudo no período que primeiros passos da estamos a viver, houvesse Radiotelevisão Portuguesa com possibilidade de contactos profundo interesse e entusiasmo freqüentes entre os que têm a até. Não imaginava que, anos responsabilidade do poder e o depois, como chefe do governo, comum dos portugueses. (...) Os ela me seria de tanta utilidade actuais meios de comunicação para o estabelecimento de uma permitem conversar directamente corrente de comunicação entre com as pessoas, sem formalismos, mim e o povo português. Mas sem solenidades, sempre que seja sabia, desde o início, que era um julgado oportuno ou necessário. instrumento ideal para o É essa conversa em família que governo se tornar popular ... se vou tentar estabelecer de vez em o merecesse (CÁDIMA, 1996, quando através da rádio e da p.35). televisão (CÁDIMA, 1996. 213). A história em Portugal revela muito bem o conhecimento do então Foi esse o panorama de ministro Marcello Caetano com nascimento e desenvolvimento da relação a TV. Em 7 de setembro de RTP. O grupo carrega esta marca 1968, após a "'queda' de Salazar histórica que vai contribuir para da 'cadeira', na residência de Verão sua condição ao longo dos anos. do Presidente do Conselho, no Estoril" (COELHO, 2003, p. 47), Para entender a RTP o então ministro o sucede, Raio X do grupo estatal português nüturalmente, ao poder. E ao contrário do que pensava o Criação da holding Rádio e antecessor - pois se dizia que não Televisão de Portugal SGPS. era bom orador, portanto, difícil Para além das funções de holding manter uma comunicação com o (controlo e serviços de suporte), país através da televisão - o comuns a todo o grupo, a Rádio Presidente Marcello Caetano não e Televisão de Portugal SGPS só utilizava a televisão para seus gere 4 áreas operacionais: pronunciamentos, "diálogo cara a Rádio e Televisão de Portugal cara", como também colocou a (RTP) - RTP 1, a dois, RTP­ televisão ao serviço do governo. Açores, RTP-Madeira, RTP A televisão em Portugal, sob o Internacional, RTP-África, domínio do governo Marcello RTPN, RTP Memória. Caetano, vai tomando forma. O Radiodifusão Portuguesa pesquisador Rui Cádima aponta (RDP): Antena 1, Antena 2, que em 1969 é o ano "em que a Antena 3, RDP Internacional, informação televisiva se centrará RDP África, RDP Açores, RDP na figura televisiva de Marcello Madeira. Caetano". Começou o programa RTP - Meios de Produção; "Conversas em Família", cujo MediaParque. 92 Maria Érica de Oliveira Lima. Uma narrativa sobre o RTP. Comunicação e Informação, V 9, nO 1: pág 90-102 - jan/jun. 2006. Cenas do próximo capítulo BARROSO, 2004, p. 53). A colocação do correspondente Desde o dia 15 de novembro de estrangeiro fez parte de um concurso 2004 até O1 de dezembro de 2005 realizado pela RTP para atribuição foram dias tumultuados para o grupo de lugares em algumas delegações, de mídia RTP. A Direcção de tais como: Madrid, Guiné-Bissau e Informação anunciou no dia 15/11 Moçambique. Na época, o júri do um comunicado oficializando a concurso foi presidido por Rodrigues demissão em bloco. A partir da dos Santos, que teve sua decisão divulgação, a notícia começou a alterada pelo CA da empresa pública. circular e no dia seguinte tomou-se De acordo com os trâmites principal manchete nos jornais de internos da própria RTP, após uma Portugal. demissão o nome de substituição Em princípio da noite do próprio depende de um parecer da Alta dia 15/11 foi confirmada pelo grupo Autoridade para a Comunicação de mídia RTP a demissão da Social (AACS), neste exemplo, Direcção, nas quais não foram dadas exigiu tempo oportuno para a as justificativas para o sucedido.
Recommended publications
  • A Estratégia Digital Da Rádio Pública Portuguesa / from DAB Failure To
    Observatorio (OBS*) Journal, vol.7 - nº2 (2013), 161-181 1646-5954/ERC123483/2013 161 Do insucesso do DAB à expansão online: a estratégia digital da rádio pública portuguesa From DAB failure to internet expansion: the Portuguese public service radio's digital strategy Sílvio Correia Santos* *Universidade de Coimbra, Portugal Resumo Na década de 90, poucas dúvidas pareciam existir acerca do futuro da rádio na Europa. O Digital Audio Broadcasting (DAB) era apresentado como o standard que iria definir o futuro digital da rádio. Porém, em Portugal, tal como noutros países europeus, o DAB foi incapaz de cumprir as expectativas que se geraram à sua volta e acabou por ser preterido. A estratégia digital de muitas estações virou- se para a internet. Este artigo analisa o caso particular da rádio de Serviço Público (SP) em Portugal, para explicar o insucesso do DAB e a aposta na expansão online. Neste contexto, são explorados os principais argumentos em torno do mais provável cenário futuro da rádio: a convivência de plataformas, incluindo a transmissão analógica. No âmbito específico do SP, são ainda abordados os desafios particulares da transição para a era digital, particularmente, a legitimidade do desenvolvimento online e a inexistência de formas de avaliação do impacto dessa expansão no mercado. No domínio da produção, este artigo destaca uma mudança de paradigma que consiste na valorização atual do conteúdo radiofónico separado do fluxo tradicional da rádio. Palavras-chave: rádio, DAB, internet, serviço público, Portugal Abstract There were no doubts about the success of Digital Audio Broadcasting (DAB) in the 90's. DAB seemed to be the obvious choice to replace the analogue broadcast in Europe.
    [Show full text]
  • TV Pública De Âmbito Internacional: Uma Análise Comparativa Entre O Brasil E Portugal
    Vol. 19, nº 3, set.-dez. 2017 TV pública de âmbito internacional: uma análise comparativa entre o Brasil e Portugal International public television: a comparative analysis between Brazil and Portugal Televisión pública de ámbito internacional: un análisis comparativo entre Brasil y Portugal Carlo José Napolitano Pós-doutorando no Departamento de Direito do Estado, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Doutor em Sociologia, Faculdade de Ciência e Letras, UNESP/Araraquara. Profes- sor do Departamento de Ciências Humanas e do PPGCOM da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) - Universidade Estadual Paulista - UNESP, Câmpus de Bauru/SP - Brasil. Contato: [email protected] Augusto Junior da Silva Santos Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Estadual Paulista, Brasil. Contato: [email protected] Artigo submetido em 31/05/2017 e aprovado em 22/07/2017. Resumo Este artigo visa identificar as características das televisões públicas de âm- bito internacional do Brasil (Brasil Internacional) e de Portugal (RTPi) por meio de uma análise comparativa norteada por três quesitos: objetivos dos veículos; modelos de gestão; modelos de financiamento. A partir do levan- tamento teórico e documental realizado e dos resultados da análise, pôde- -se constatar que o serviço público internacional de comunicação de Por- tugal é previsto via regras legais e contratuais, enquanto no Brasil não há dispositivos jurídicos que regulamentem a existência e a operação de uma televisão pública direcionada ao exterior, o que potencialmente fragiliza a execução desse serviço. Palavras-chave: televisão pública; televisão internacional; TV Brasil Internacional; RTPi. Abstract The aim of this article is to identify the characteristics of Brazil’s (Brasil Inter- nacional) and Portugal’s (RTPi) public televisions with international reach by means of a comparative analysis based on three aspects: objectives of the channels; management models; funding models.
    [Show full text]
  • Rádio Na Internet
    UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO Marta Isabel Rebelo Pacheco ___________________________________________________ Trabalho de Projecto de Mestrado em Novos Media e Práticas Web ArádionaInternet:Do“onair”parao“online”.EstudodecasodoServiço Públicoeocaminhoparaofuturo. (MARÇO , 2010) DECLARAÇÃO Declaroqueestetrabalhodeprojectoéoresultadodaminhainvestigaçãopessoale independente. O seuconteúdo éoriginaletodasasfontesconsultadasestão devidamente mencionadasnotexto,nasnotasenabibliografia. Ocandidato, ____________________ Lisboa,....de...............de............... Declaroqueestetrabalhodeprojectoseencontraemcondiçõesdeserapreciada(o) pelojúriadesignar. O(A)orientador(a), ____________________ Lisboa,....de...............de.............. RESUMO Trabalhodeprojecto. ArádionaInternet:Do“onair”parao“online”.EstudodecasodoServiçoPúblicoeocaminhoparao futuro. MartaIsabelRebeloPacheco Num ambiente caracterizado por uma constante mudança, onde quase tudo acontecenumritmosôfregoeoHomemsetornanocoelhobrancodeAlicenopaísdas maravilhas,sempreatrasado,odesenvolvimentodastecnologiasmarcaocompassonuma autênticavalsainacabadaquefazecoemdiversospontosdasociedadeincluindoarádio emgeraleoserviçopúblicoderadiodifusãoemparticular. Partindo da ideia de que vencidas longas batalhas, a centenária rádio vive uma espécie de terceiravida,dependente daInternet e marcadapor diferentes características, métodosdeproduçãoededistribuição,formasdeconsumoedesafios.Recordandoque
    [Show full text]
  • Projeto Estratégico Rtp 2018/2020
    PROJETO ESTRATÉGICO RTP 2018/2020 1 Projeto Estratégico 2018-2020 2018 - 2020 // COM OS OLHOS POSTOS NO FUTURO AS PROMESSAS • Investir na qualidade e inovação dos conteúdos • Colocar o digital no centro da estratégia • Reforçar o contributo para a cultura e indústrias criativas • Potenciar e qualificar a presença da RTP no mundo • Ser disruptiva na oferta e mais apelativa para as novas gerações • Ser uma empresa com uma gestão exemplar e transparente • Ser uma empresa de media muito atrativa para trabalhar OS RESULTADOS Uma RTP decididamente: • Inovadora e Criativa • Ativa na sociedade • Global • De referência 1 Projeto Estratégico 2018-2020 ÍNDICE Página CARTA DO PRESIDENTE 3 1. INTRODUÇÃO 6 2. BALANÇO 2015 - 2017 6 a) Balanço do Projeto Estratégico 2015 - 2017 6 b) Sumário do estudo de monitorização do cumprimento de Serviço Público (2017) 9 3. A RTP E OS DESAFIOS ATUAIS 16 a) A RTP no contexto do Serviço Público Europeu: os valores partilhados 16 b) Portefólio e organização das marcas 18 c) O contexto atual dos media 24 4. A VISÃO 2018 - 2020 27 a) Objetivos estratégicos 27 b) 35 Iniciativas para concretização dos objetivos 29 c) Relação entre os Eixos Estratégicos do P.E.e as Linhas de Orientação Estratégica 33 do CGI 5. CONCLUSÃO: Uma nova ambição para a RTP 34 2 Projeto Estratégico 2018-2020 CARTA DO PRESIDENTE DA RTP RTP 18/20: COM OS OLHOS POSTOS NO FUTURO Os próximos anos constituem uma enorme oportunidade para a RTP seguir em frente no caminho de afirmação de um Serviço Público diferenciador, marcante, cada vez mais ativo na sociedade, posicionando- se como um impulsionador do melhor que se faz em Portugal, com uma vocação global, uma especial atenção aos públicos jovens e uma determinação inabalável para vencer no universo do digital.
    [Show full text]
  • Jornalismo Cultural Na Rádio: O Tempo Dedicado Às Peças De Cultura Na Antena 1
    Jornalismo Cultural na Rádio: O Tempo Dedicado às Peças de Cultura na Antena 1 Sara Raquel Fechas dos Santos Relatório de estágio submetido como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Jornalismo Orientado pelo Professor Carlos Andrade Escola Superior de Comunicação Social Instituto Politécnico de Lisboa Lisboa, outubro de 2016 DECLARAÇÃO ANTI-PLÁGIO Declaro por minha honra que este relatório de estágio é um trabalho original e da minha autoria para a obtenção de grau de Mestre em Jornalismo. Todas as fontes citadas no relatório estão devidamente identificadas. Tenho consciência de que o plágio pode levar à anulação do trabalho apresentado. A candidata: ___________________________ II AGRADECIMENTOS À minha família, por terem acreditado que eu iria conseguir finalizar este trabalho. Ao meu namorado, Pedro Raimundo, sem ele, provavelmente teria desistido. Obrigada por todo o apoio, esforço, paciência e horas queimadas em que me ajudaste, para que eu tivesse a “tese perfeita”. Ao meu orientador, Professor Carlos Andrade, por todos os conselhos ao longo destes meses. À Ana Cláudia, a Jessica e à Inês, que estiveram sempre presentes desde o início desta caminhada académica. Obrigada por estarem lá nos bons e maus momentos, pelos dias em que fizemos das bibliotecas segunda casa. Mas está feito, miúdas! À Teresa Lemos, “Tété”, por me dar força nos momentos em que pensei desistir. À Catarina Dias e ao Miguel Silva pelos: “Então já acabaste o bicho?” e “Então, ‘tá feito?”. Vocês são os maiores! Obrigado por estarem a meu lado, sempre. À Filipa Ribeiro, por toda a ajuda e companheirismo que tivemos durante estes dois anos de mestrado.
    [Show full text]
  • Inovação No Serviço Público De TV Na Era Digital
    INOVAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO NA ERA DIGITAL: O CASO DA RTP NOTÍCIAS Relatório de Estágio de Mestrado apresentado à Universidade Católica Portuguesa para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Comunicação, vertente Media e Jornalismo Por Sara Alves Dias de Azevedo Costa Faculdade de Ciências Humanas Julho de 2018 INOVAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO NA ERA DIGITAL: O CASO DA RTP NOTÍCIAS Relatório de Estágio de Mestrado apresentado à Universidade Católica Portuguesa para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Comunicação, vertente Media e Jornalismo Por Sara Alves Dias de Azevedo Costa Faculdade de Ciências Humanas Sob Orientação da Professora Doutora Dora Santos Silva Julho de 2018 Resumo O presente relatório de estágio propõe uma reflexão sobre a inovação na televisão na era digital, tendo como estudo de caso a RTP, serviço público de Rádio e Televisão de Portugal, com presença também em plataformas digitais. Numa época marcada pelos mais variados desafios comunicacionais, é necessário saber inovar e entender o que prende a atenção dos leitores, o que pode ser sustentável ou ter sucesso a nível editorial. Deste modo, a partir da reflexão sobre o jornalismo televisivo e das alterações que surgiram com a passagem para a era digital, propõe-se analisar como está a RTP Notícias a inovar a nível editorial nos produtos, formatos e conteúdos que coloca no website, entender que estratégias utiliza para se adaptar aos desafios da televisão digital, especificamente ao nível da comunicação com o público, e se as estratégias de inovação estão a ser bem-sucedidas, de acordo com os entrevistados.
    [Show full text]
  • João Garção Borges
    CURRICULUM VITAE IDENTIFICAÇÃO: JOÃO GARÇÃO BORGES HABILITAÇÕES ACADÉMICAS: Curso Superior de Cinema do Conservatório Nacional de Lisboa. Diploma de Guionismo, obtido no curso orientado por Jayme Camargo na RTP, entre os anos de 1991-1992. ATIVIDADE PROFISSIONAL NO ÂMBITO DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL: Produção e participação na equipa de cenografia da longa-metragem A ILHA DOS AMORES, 1976-1977, de Paulo Rocha. Produção, realização, argumento e montagem da média-metragem RETRATO PORTUGUÊS, 1977. Montagem e cenografia da média-metragem A VERDADEIRA HISTÓRIA DO PRÍNCIPE VALENTE, de Camilo Azevedo, 1978. Produção, realização, argumento e montagem da média-metragem LONGE DE ÁFRICA, 1978. Produção e participação na equipa de cenografia da longa-metragem MANHÃ SUBMERSA, 1978, de Lauro António. Em 1978, foi responsável pela montagem, pelo som e pela sonoplastia da série de 26 episódios DIA A DIA, coprodução com o Canal 2 da RTP, com argumento e realização do escritor Luís de Sttau Monteiro. Pesquisa documental, montagem e som da longa-metragem ARTHUR DUARTE, 1979, de Leonel Brito e Luís de Pina. Direção artística, montagem e interpretação da curta-metragem JACK, 1982, de António Manuel Silva. Assistente de Realização do episódio LES FOUDRES DE BACCHUS, 1984, Roger Pigaut, parte integrante do projeto OPÉRATION O.P.E.N. Assistente de Realização e participação especial como ator no episódio UN AMOUR DE LOUP, 1986, François Dupont-Midi, parte integrante do projeto OPÉRATION O.P.E.N. Realização, Argumento e Montagem de CAIRO 1991, longa-metragem documental rodada no Egipto sobre a situação do cinema árabe no início dos anos 90. Realização, Argumento e Montagem de DEAUVILLE, 1991, análise crítica do cinema independente americano no início dos anos 90.
    [Show full text]
  • Relatório E Contas ‘05
    RELATÓRIO E CONTAS ‘05 01. Carta do Conselho de Administração 02. Relatório de Actividade 03. Síntese de Indicadores 04. Demonstrações Financeiras 05. Anexo às Demonstrações Financeiras 06. Relatório e Parecer do Fiscal Único 07. Certificação Legal das Contas 08. Relatório do Revisor Oficial de Contas 09. Relatório de Auditoria RELATÓRIO E CONTAS ’05 01. CARTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 01. CARTA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O exercício de 2005 concluiu um triénio decisivo na vida da prosseguiu a concretização da instalação dos Centros Regionais Rádio e Televisão de Portugal. O Acordo de Reestruturação Comuns e se deram passos decisivos para os projectos de Financeira, ao estabelecer, em 2003, a meta do equilíbrio de renovação das instalações de Açores e Madeira e de lançamento exploração para 2005, exigia a execução rigorosa de um do Media Parque no Porto. conjunto de acções que passavam pela consolidação e diversificação de receitas e pela redução sistemática dos Em matéria de reapetrechamento tecnológico, foram tomadas custos, fruto do aproveitamento de sinergias, da implemen- importantes decisões que concluirão a revolução digital na tação de programas de redução de quadros e, ainda, de um Empresa, quer na produção de notícias, quer na gestão do exigente controlo dos orçamentos de grelhas. arquivo ou no controlo da emissão. Por outro lado, prosseguiram as acções tendentes a uma cobertura mais perfeita do território A atenção ao pormenor, a determinação com que foi execu- nacional e do globo terrestre, no que concerne às emissões tado, a adesão entusiástica de quadros e trabalhadores de uma internacionais: são exemplos desta última a conclusão da Empresa cuja imagem desejavam reabilitar, constituíram instalação dos novos Emissores de Onda Curta e a instalação de 04 ingredientes fundamentais do resultado alcançado.
    [Show full text]
  • RTP: Local Ao Global
    RTP: local ao global Maria Érica de Oliveira Lima∗ 2005 Índice 1 A Televisão em Portugal ................ 4 2 A (re) democratização .................. 7 3 O que é “Serviço Público” de Televisão? ........ 11 4 A abertura do sistema televisivo ............ 21 5 Para entender a RTP ................... 25 6 Objetivos empresariais da RTP e RDP ......... 36 7 As audiências ...................... 39 8 Novos projetos ..................... 40 9 Reestruturação: recursos humanos ........... 42 10 As receitas ........................ 43 11 Desenvolvimento das relações institucionais ...... 44 12 Programação ...................... 45 13 Cenas do próximo capítulo ............... 61 ∗Jornalista PUC-Campinas. Mestre e Doutoranda em Comunicação So- cial, Universidade Metodista de São Paulo e Universidade Fernando Pes- soa, Porto, Portugal. Pesquisadora-colaboradora do Núcleo “Mídia Lo- cal e Regional”, sob a coordenação da profa. Anamaria Fadul, Umesp. Contato: [email protected]. Esta pesquisa foi desenvolvida em Portugal (set.2004/abril2005) na Universidade Fernando Pessoa, UFP, sob a orientação do prof. Dr. Jorge Pedro Sousa. Bolseira do Programa AlBan (Programa de Bolsa de Alto Nível da União Européia para a América Latina - sob n. I04D00004BR). 2 Maria Érica Lima 14 Regional, nacional ao global .............. 73 14.1 Conceitos ....................... 79 15 O que é a Alta Autoridade para a Comunicação Social? 95 15.1 Atribuições ...................... 95 15.2 Competências ..................... 96 15.3 Funcionamento .................... 97 15.4 Algumas competências ................ 97 15.4.1Direito de resposta .................. 97 15.4.2Atividade de televisão ................ 98 15.4.3Atividade de rádio .................. 98 15.4.4Inquéritos de opinião e sondagens ......... 99 15.4.5Falar à AACS .................... 99 15.5 Estrutura ........................ 99 15.6 Antigos Membros ................... 105 16 Considerações finais ................... 106 17 Referências bibliográficas ...............
    [Show full text]
  • Rádio E Televisão De Portugal, S.A. Demonstrações Financeiras (Montantes Expressos Em Euros) 31 De Dezembro De 2014
    RELATÓRIO E CONTAS 2014 | Índice 4-5 I. ENQUADRAMENTO 6 - 88 II. RELATÓRIO DE ATIVIDADE 6 - 43 a) OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO PÚBLICO – PROGRAMAÇÃO/CONTEÚDOS 8 1. Canais Generalistas 16 2. Canais Temáticos 20 3. Antenas Nacionais 28 4. Canais/Antenas Internacionais 35 5. Canais/Antenas Regionais 41 6. Informação 44 - 56 b) OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO PÚBLICO – OUTRAS 44 1. Arquivo Audiovisual 45 2. Documentação e Museologia 47 3. Cooperação 48 4. Apoio ao Cinema e à Produção Audiovisual 49 5. Novas Plataformas de Distribuição 51 6.Acessibilidades 55 7. Conselho de Opinião 56 8. Provedores 57 - 66 c) CENTRO CORPORATIVO 57 1. Recursos Humanos 59 2. Tecnologias 63 3. Marketing e Comunicação 65 4. Relações Internacionais e Institucionais 2 67 - 72 d) ANÁLISE ECONÓMICO – FINANCEIRA 67 1. Análise da Exploração 71 2. Análise Financeira 72 3. Proposta de Aplicação de Resultados 72 4. Código das Sociedades Comerciais – Artigo 35º 73 - 87 e) CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS 88 - 95 III. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 96- 151 IV. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 152- 156 V. RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL 157- 160 VI. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 161- 163 VII. RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNO | Enquadramento RELATÓRIO E CONTAS ‘14 | Enquadramento O novo quadro regulatório subsequente às alterações da Lei da Televisão e da Lei da Rádio, foi consubstanciado na alteração dos estatutos da empresa ocorrido em 9 de Julho de 2014, na alteração da Lei de financiamento 30/2003 efetuado pela Lei 83-C/2013, na constituição do Conselho Geral e Independente (CGI), órgão de supervisão e fiscalização, e finalmente no novo Contrato de Concessão subscrito a 6 de Março de 2015.
    [Show full text]
  • Plano De Atividades 2021, Datado De 18 De Agosto De 2021
    Rádio e Televisão de Portugal, S.A. 30 de Novembro de 2020 1 Rádio e Televisão de Portugal, S.A. 2 Rádio e Televisão de Portugal, S.A. Índice Mensagem do Conselho de Administração …………………………………………………………………………. 7 I. Serviço Público Diferenciado e Inovador .......................................................................... 13 1. Qualidade e Inovação dos Conteúdos .............................................................................. 13 1.1. Televisão ................................................................................................................ 13 1.1.1. Informação de Televisão ................................................................................ 13 1.1.2. RTP1 ................................................................................................................ 15 1.1.3. RTP2 ................................................................................................................ 20 1.1.4. RTP3 ................................................................................................................ 21 1.1.5. RTP Memória .................................................................................................. 23 1.1.6. RTP Açores ...................................................................................................... 26 1.1.7. RTP Madeira ................................................................................................... 28 1.2. Rádio .....................................................................................................................
    [Show full text]
  • (RTP) Y Radiotelevisión Española (RTVE): Dos Caminos Paralelos, Dos Destinos Diferentes
    ISSN: 1988-2629. No. 9. Nueva Época. Marzo-Mayo, 2012 Radiotelevisión Portuguesa (RTP) y Radiotelevisión Española (RTVE): dos caminos paralelos, dos destinos diferentes Miguel Ángel Ortiz Sobrino1 Nereida López Vidales2 Índice 1.- La radiotelevisión pública estatal en la península ibérica: marco de referencia para un servicio público marcado por las grandes transformaciones políticas nacionales. 1.1.- La revolución de los Claveles y el fin de la dictadura franquista como puntos de inflexión. 1.2.- La primera década del milenio marca los tiempos de la radiotelevisión pública en España y Portugal. 1.2.1.-La incidencia del nuevo modelo en los recursos humanos de RTP y CRTVE. 2.-La dimensión legal del servicio de radio y televisión pública estatal en España y Portugal. 2.1.- El objetivo y ámbito de actuación del servicio público de radio y televisión en España y Portugal. 3.- La estructura empresarial y la oferta de contenidos en el servicio público de radio y televisión en España y Portugal. 4.- El horizonte 2012. 4.1.- Una transición tecnológica tranquila para la radiotelevisión pública portuguesa. 4.2.- Un fuerte compromiso de servicio público desde la RTP. 4.3.- ¿Momentos de cambio para un modelo público de radiotelevisión, en España y Portugal. 4.4.- Un escenario inacabado en 2012. Resumen En la primera década del tercer milenio, la radiotelevisión pública estatal de España y Portugal (RTP y CRTVE) acometieron su última refundación. En el año 2004, se puso en marcha la estructura actual de la RTP, tras un proceso de reorganización de la radiodifusión y televisión pública portuguesa. Dos años después, en 2006, RTVE afrontaría un proceso similar cuyo principal impacto fue la reducción de su plantilla y la dotación de un nuevo referente legislativo: la Ley de la Corporación RTVE.
    [Show full text]