<<

Kiss

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Kiss

Kiss, Monster Tour, Hellfest 2013.

Informação geral

Origem Nova Iorque, NY

País Estados Unidos

1

Gênero(s) Hard rock, heavy metal, glam metal,

Período em 1973 - atualmente atividade

Gravadora(s) Casablanca, Mercury,Roadrunner, Kiss Records

Afiliação(ões) , ,Frehley's Comet, Invasion, White Tiger, Black 'N Blue, Badlands, , E.S.P.

Influência(s) Marc Bolan Grand Funk Railroad Cream Black Sabbath The Yardbirds The Stooges The Kinks Mott the Hoople T.Rex Jeff Beck New York Dolls Slade

2

Página oficial KissOnline

Integrantes

Ex-integrantes Vinnie Vincent Mark St. John

Kiss é uma banda de hard rock dos Estados Unidos, formada em Nova Iorque em 1973 por Paul Stanley e Gene Simmons. Conhecida mundialmente por suas maquiagens, e por seus concertos muito elaborados que incluem guitarras esfumaçantes, cuspir fogo e sangue, pirotecnias e muito mais. Antes de chegarem à sua formação atual, a banda passou por algumas mudanças de formação, sendo Stanley e Simmons os dois últimos integrantes da formação original da banda. O Kiss já recebeu 28 de ouro.3 A banda já vendeu mais de 40 milhões de álbuns somente nos Estados Unidos, e desde sua formação já vendeu mais de 100 milhões de álbuns.4 Constitui um dos maiores impactos culturais da década de 1970, valendo-se de roupas e, sobretudo, maquiagens nunca antes vistas, que marcariam a história da música. Seus dois fundadores são Gene Simmons (baixo e vocal) e Paul Stanley (guitarra rítmica e vocal), que ficaram frustrados com o fim de uma banda que formavam, chamada Wicked Lester, decidindo, assim, procurar novos integrantes para uma nova banda. Encontraram tais integrantes através de anúncio de jornal - Ace Frehley (guitarra solo e vocal) e, pela revistaRolling Stone, Peter Criss (bateria e vocal). A formação original da banda, Paul Stanley, Gene Simmons, Ace Frehley e Peter Criss foi introduzida ao Rock and Roll All Fame em 10 de abril de 2014, quase 15 anos depois após tornar-se elegível. 5 6 7

História[editar | editar código-fonte] Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Logotipo da banda.

Depois do fim do grupo Wicked Lester, Paul Stanley e Gene Simmons decidiram criar uma nova banda para ser um super grupo. Para isso colocaram anúncios em jornais e revistas para achar novos músicos. O baterista Peter Criss respondeu um destes anúncios, para fazer o teste pra banda. Como o rapaz estava bem vestido, eles lhe perguntaram: "Você iria fantasiado de mulher em um show, se a nós lhe pedíssemos?", e com uma resposta afirmativa o aceitaram na banda, mas ainda era preciso de um guitarrista solo na banda, já que Stanley não sabia (e não sabe) solar. No dia do teste apareceu um rapaz que chegou cortando fila, vestido de forma estranha, com um tênis de cada cor e calça rasgada. Simmons pensou que se tratava de um mendigo, à primeira vista, mas estava segurando uma guitarra. Alertaram-no que ele não podia cortar fila, então foi esperar sua vez. Quando o chamaram para mostrar suas habilidades, impressionou a todos e assegurou um lugar na banda. Seu nome era Paul Daniel Frehley, mas acabou virando Ace Frehley pois já havia um Paul na banda. Faltava o nome para a banda e queriam um nome simples, fácil de ser lembrando, e acabaram se inspirando num concurso de beijo de Nova Iorque, daí veio KISS. A maquiagem foi definida se baseando em elementos referentes a personalidade de cada um. Simmons adorava filmes de terror e assumiu uma maquiagem que o deixaria com cara de mau. Stanley pintou uma estrela em seu olho direito em alusão ao sonho de se tornar um astro de rock. Frehley concebeu sua maquiagem baseada no espaço sideral e em uma estética futurista, por ser uma pessoa "aérea" e dispersa. Por adorar felinos, Criss adotou uma imagem de homem-gato. Eles assumiram essa personalidade como sendo essencial para o sucesso do grupo, escondendo assim por anos a fio a verdadeira identidade. Para definir o figurino da banda, mesclaram elementos de super- heróis em quadrinhos com personagens do teatro japonês. Usando botas com saltos enormes que davam um ar de super heróis titânicos ao grupo e se tornariam então: "The Starchild" (Stanley), "The Demon" (Simmons), "Space Man" (Frehley) e "The Catman" (Criss). Frehley que gostava de artes, pintou o primeiro logo da banda, que se tornaria famoso no mundo inteiro, futuramente. Os primeiros concertos, já maquiados e trajados a seu modo, ocorreram no "New York Coventry Club", cujo cachê correspondeu a 35 dólares por noite. Em 1973, ainda tocando composições próprias pelas noites de Nova Iorque, foram descobertos por e no mesmo ano assinaram contrato com a recém-inaugurada . A língua de Simmons acabou se tornando uma característica da banda. Além disso, os efeitos especiais sonoros, de luzes e fumaça aliados a velas acesas e um imenso letreiro luminoso contendo o logótipo da banda eram atrações nas apresentações. Ainda em 1973, na cidade de Nova Iorque aconteceria o primeiro show de grande porte. Para tanto, eles contrataram a popular banda Brats para abrir o show e mandaram convites a imprensa em nome do KISS e como se já não bastasse, mesmo endividados até o último fio de cabelo, alugaram uma limusine para chegar ao local do show em grande estilo. Tudo isso para tentar passar ao público e a imprensa a imagem de que eles já eram uma banda famosa. Em Fevereiro de 1974 lançaram seu primeiro álbum intitulado apenas Kiss trazia uma capa parodiando "Meet ", o tem um toque de humor, sensualidade e provocação que caracterizam a maioria das faixas do disco e recheado de clássicos, que a banda tocaria por toda a carreira. A princípio o álbum foi um fracasso, mas em uma jogada esperta da gravadora, eles correram para o estúdio novamente e gravaram uma versão cover de "Kissin´ Time", um sucesso de Bobby Rydell de 1959, e o incluíram nas futuras prensagens do disco, que ocorreram a partir de Maio do mesmo ano. Além disso, para promover o disco, a gravadora realizou um concurso de beijos. Então, ao som da música recém gravada, premiariam o casal que permanecesse mais tempo se beijando. Desnecessário dizer que tal empreitada foi um fiasco e o primeiro disco não obteve sucesso, assim sendo a gravadora sugeriu que gravassem um novo álbum no mesmo ano, ainda em 1974 saiu "Hotter than Hell", era um disco mais pesado com uma sonoridade mais agressiva.O grande barato da banda eram as apresentações ao vivo, O KISS era uma banda destinada a divertir as pessoas. Falavam de amor, sexo, festa e rock'n'roll em suas músicas, ao mesmo tempo que entretinham o público com sua performance incendiária, literalmente, pois Gene já praticava o seu ato de cuspir fogo, além de expelir sangue pela boca, mais tarde a banda também usaria vários outros números no palco, como a guitarra de Frehley, que no meio do solo começa a soltar fumaça, rojões e depois voa. A bateria também voa nos shows. A partir de Hotter Than Hell Tour, a turnê do disco, uma mensagem acompanha todos os shows da banda. Sempre ao início de cada apresentação, um mestre de cerimônias berra a seguinte frase: " and You Got the Best. The Hottest Band in the World, Kiss!" - , em tradução livre: "Vocês queriam o melhor e vocês conseguiram o melhor, a banda mais quente do mundo, Kiss". Esta repetição constante de mensagem tornou-se emblemática na carreira da banda. Como as vendas e o sucesso não chegavam, veio a ideia de gravar mais um novo álbum de estúdio, logo no começo de 1975, pode parecer meio exagerado 3 discos num período um pouco maior que um ano, mas os executivos da gravadora pensavam que uma sequência de álbuns dariam notoriedade e consistência a banda, impulsionando assim a venda não só do álbum novo como dos anteriores. Em Março de 1975 lançaram Dressed To Kill, disco que continha composições da época do Wicked Lester ("Love Her All I Can" e "She"). Foi neste disco que gravaram o que se tornaria um clássico: "". Dressed to Kill traz uma capa curiosa, onde aparecem os integrantes, devidamente maquiados, vestidos de terno, e ainda pode-se notar que o terno de Gene Simmons é mais curto do que deveria ser,e ele usa um tamanco ao invés de um sapato. Isso ocorreu porque a roupa que Gene vestia era do próprio dono da Casablanca Records e o tamanco de sua mulher.Gene até hoje comenta que ele era o único da banda que não tinha uma roupa social na época. Sucesso[editar | editar código-fonte] Aproveitando o momento favorável a gravadora seguindo a linha de lançar dois álbuns por ano, prepara- se para colocar a banda novamente em estúdio, mas decidem prestar atenção aos comentários que diziam que o barato do Kiss era " ao vivo". Daí resolveram registrar os shows que a banda faria no lendário Cobo Hall de , para lançar o "Alive"que foi primeiro álbum da banda a obter Disco de Ouro. Kiss foi uma das primeiras bandas a lançar um álbum duplo gravado ao vivo. Alive! foi um marco para a indústria fonográfica e para a banda que anos depois lançou Alive IIem 1977, o Alive IIIem 1993; e em 2003, o Symphony: Alive IV, em um concerto que ocorreu junto com aOrquestra Sinfônica de Melbourne. Mas nenhum deles superou o enorme sucesso que foi o Alive!, que com mais de 15 milhões de cópias vendidas, foi um dos álbuns mais vendidos da carreira da banda e ajudou a impulsionar a venda dos anteriores. Com o sucesso estrondoso de Alive! o Kiss em 1976 entrou em estúdio para gravar um novo álbum, desta vez com status de grande banda, contrataram nada mais nada menos que para produzir o que seria o maior disco de sua carreira: Destroyer. A capa de Destroyer trazia o primeiro flerte da banda com o mundo da ficção, eles eram desenhados no melhor estilo heróis em quadrinhos. A banda que até então tinha apenas "Rock and roll all night" como hit-hino, emplacaria "", "Shout It Out Loud", "God Of Thunder" e a surpreendente balada, vencedora de vários prêmios, "Beth" composta por Peter Criss, que em termos de mídia foi o maior sucesso da história da banda. A partir dai o Kiss ficou conhecido mundialmente, como Europa e principalmente Japão, com o sucesso no Japão a gravadora lança um box The Originals. Passados muitos anos após a gravação de "Destroyer" existem rumores acerca do álbum que instigam os fãs, como por exemplo o da não participação de Peter Criss na gravação da bateria no álbum. Existe uma história de que Bob Ezrin havia alegado não ser possível que Peter gravasse as baterias daquelas músicas e solicitado o trabalho a um músico de estúdio. Apesar de nunca admitido pelos outros integrantes, essa estória encontra sustentação na própria performance das músicas deste disco quando executadas ao vivo por Peter (principalmente em "Detroit Rock city"). Para fortalecer ainda mais, o fa(c)to de que apesar do sucesso da parceria, Ezrin não trabalharia mais com a banda, e só seria chamado novamente em 1981, para o primeiro disco após a saída de Peter ( "" ) Com o sucesso o Kiss começa a aparecer frequentemente nas TV americanas e vai criando uma legião de fãs apaixonados pela banda. Nesta fase, surge o empresário Bill Aucoin, renomado profissional que passa a controlar os negócios do Kiss, desde posters até camisinhas. Funda-se o , exército de fanáticos em todo o mundo que são comandados pela própria banda. No segundo semestre do mesmo ano, a banda solta uma nova bolacha: , que traz a banda de volta as origens, com uma sonoridade mais cru, uma produção mais simples e direta similar a dos primeiros álbuns, eles conseguem criar hits como "", "I want you" e a imortal "Calling Dr Love", mas nenhuma delas chega ao patamar de hino. Com a Rock And Roll Over Tour, o Kiss vai pela primeira vez para o Japão, país onde seriam idolatrados. É um ano calmo para a banda, que, a esta altura já está incluída na categoria de super-grupo, devido a magnitude de seus shows. Em 1977 lançaram . Voltando ao esquema de superprodução utilizado em "Destroyer", a capa do disco é novamente referência a personagens de quadrinhos, no desenho estão os quatro integrantes da banda em pé, com mulheres a seus pés.No que diz respeito as músicas, a banda consegue criar mais um hino,"Love Gun" a faixa título é um petardo arrasador que não deixa nada a dever a "Detroit rock city", "Shou it out loud" ou "Rock and roll all night". Juntamente a faixa título, tem destaque "I Stole yout love", que passaria um tempo como faixa de abertura dos shows. "Christine 16" trazia o até então desconhecido Eddie Van Halen na guitarra solo, além da primeira música cantada por Ace. A música é "". " Em um dos concertos desta turnê, Gene Simmons mais uma vez queima o cabelo. No mesmo ano lançaram Alive II, mais um ao vivo, só que este possui no lado B do segundo disco com quatro músicas inéditas. Ace só gravou a guitarra em uma dessas músicas, "Rocket Ride", que ele mesmo canta. As outras, quem gravou foi , amigo pessoal da banda. Foi pedido a Bob Kulick que tocasse de forma similar a Ace, para que o som não soasse diferente. Nessa época já havia muitos produtos do Kiss. A Marvel Comics percebendo o potencial demosntrado nas capas, não se sabe se propositalmente pela banda, faria uma proposta para lançar uma revista em quadrinhos do Kiss. Proposta aceita, a banda faria uma campanha promocional divulgando que juntamente da tinta vermelha usada para fazer a revista, tinha o sangue de cada um dos membros do grupo. A turnê do Kiss começava a ganhar ares de monstruosa. Envolvia cerca de 50 pessoas na equipe, dentre elas havia um "batedor", cuja função era providenciar hotel, limusines e alimentação especial para cada um dos integrantes (Paul Stanley exigia comida japonesa, Ace preferia pratos vegetarianos, etc); um chefe de segurança; um produtor responsável pela movimentação da equipe e do equipamento; um manager de palco; um figurinista, responsável também pela maquiagem; um técnico em efeitos especiais; um técnico para guitarra, outro para baixo e um para bateria; três carpinteiros; um motorista; um tesoureiro e um produtor geral, responsável por toda a equipe. A parafernália usada nos shows não deixava por menos, eram: 16 toneladas de equipamento pessoal; 24 toneladas de som; 17 toneladas de luz; 18 toneladas de cenário. Tudo isso obviamente não ficava barato, e a produção se tornava milionária. Com o som e a iluminação eram gastos um milhão de dólares e só o custo do cenário estava avaliado em cerca de 1.100.000 dólares. Eram necessárias 24 horas de trabalho intenso para montar toda a estrutura do show. Tudo ficava pré-estabelecido nos contratos, desde a dimensão do local escolhido para a apresentação até caracterizações detalhadas sobre os camarins. E de escasso, o dinheiro passou a ser farto, nessa época a banda também já possuía seu próprio avião, chamado Of Course. Desde 1975 até 1980, o grupo Kiss já havia percorrido cerca de 3.000.000 km. Em 1978, a banda já se encontrava estafada, Peter e Ace já começavam a dar sinais de desinteresse e começavam a mergulhar em drogas e bebidas. A banda resolve dar um tempo para recarregar as baterias, a gravadora para não perder tempo resolve lançar duas coletâneas Double Platinum e, exclusivamente no Japão, o box The Originals II. Para evitar a separação que a cada dia se tornava mais evidente, tendo em vista que Peter e Ace começavam a pensar em trabalhos solos, Gene e Paul sugerem a Peter, Ace e agravadora o lançamento de um solo de cada integrante, mas sem desvinculação da banda.Há quem diga que Paul e Gene não achavam que eles seriam capazes de ser bem sucedidos na empreitada e isso acabaria por persuadi-los a não sair da banda. Mas o resultado foi oposto, Ace por exemplo tem o disco mais bem conceituado pela crítica e fãs dentre os quatro, e também teve destaque na billboard, graças ao hit cover " " que entraria no meio da onda disco que invadia os U.S.A.No mesmo ano, aproveitando o embalo dos gibis, a banda é convidada a realizar um filme, com o propósito de serem transformados em super-heróis. Kiss Meets The Phantom Of The Park, tem o roteiro baseado em mostrar os quatro heróis travando uma luta contra um vilão de um parque de diversões que criou bonecos iguais a eles para fazerem o mal. Fase experimental e declínio[editar | editar código-fonte] Após o lançamento e a repercussão dos álbuns solos, cada integrante retornou achando-se um vitorioso. Peter parecia decidido a abandonar o barco, pois apesar de dividir opiniões dos fãs, o conteúdo do seu álbum fora elogiado pela crítica. A produção do próximo álbum da banda ficaria a cargo de , o mesmo responsável pela produção do disco solo de Peter Criss. Eles deixam o rock pesado de lado, e passam a flertar com um som mais pasteurizado, pop e com uma pegada mais dançante. A situação de descomprometimento de Peter chegava ao extremo, constantemente fora de condições de tocar, em virtude das drogas e as bebidas, além do desinteresse mesmo, a banda decide optar por um baterista substituto. Daí desta vez para agradar o também insatisfeito Ace Frehley, o convidado foi Anton Fig que tocou em seu disco solo. Peter só chegou a gravar "Dirty Livin'", música que ele mesmo canta e que já estava pronta antes de decidirem que ele não deveria mais tocar no álbum. Esse disco trazia o hit "I Made for Lovin' You", que seguia levemente a tendência disco da época e fez um enorme sucesso nas paradas dançantes. O álbum traz bons momentos como "Magic Touch", "" e o cover do Rolling Stones, "2.000 Man". Todas com produção bastante suaves. Os shows começavam a ser um problema pela incapacidade de Peter. A banda começa a investir pesado em videos promocionais. Onde demonstravam talvez a fase mais espalhafatosa em termos de visual que a banda já teve. Começaram a gravar ainda em 1979, o sucessor do "Dinasty". "Unmasked" foi gravado novamente por Anton Fig e lançado em 1980, Peter não participou da gravação de nenhuma música apesar de figurar no videoclipe de "Shandi" e na arte da capa do álbum,onde novamente a banda recorre as histórias em quadrinhos para chamar atenção. Logo após o lancamento do videoclipe, Peter Criss saiu da banda, e em seu lugar entrou o baterista Eric Carr, que participou da turnê do disco. Esse álbum, assim como o anterior, foi altamente atacado por ser mais pop que os anteriores. Ele soa como uma continuação de "Dinasty", e para quem o anterior adocicado, este é melado. O disco traz boas faixas como " Is that you", "Shandi" e "What makes the world go round", esta última agradará a quem gosta de "I was made for lovin you". Em 1981 para rebater as críticas sofridas e tentar finalmente agradar aos críticos mostrando que eram músicos competentes, o Kiss lança o criticadíssimo Music From "The Elder", também conhecido por apenas The Elder. Neste álbum, o Kiss muda radicalmente seu estilo, e não agrada ao público em geral. Pela primeira vez desde seu surgimento, via-se uma foto da banda com os integrantes de cabelos curtos e com roupas mais discretas, apesar de continuarem utilizando as maquiagens. Contrataram novamente o produtor Bob Ezrin (produtor do Destroyer), que idealizou o álbum. Ace (que gravou suas participações no disco em um estúdio montado em sua casa) e Eric não concordaram com o lançamento, diziam que não era Kiss. Eric Carr, baterista tradicional de rock, teve dificuldades em seguir as orientações rígidas do produtor em relação a percussão, sendo substituído na faixa "I" por Allan Schwartzberg,integrante da Hollywood Vampires ( banda de apoio de em 1976) e havia participado do álbum solo de Gene Simmons e de Peter Criss. O álbum tinha como base ser um disco conceitual baseado na história de um menino que é escolhido para lutar contra as forças do mal. Todas as letras eram relacionadas a esse mesmo tema (recurso utilizado pelos grupos de música progressiva da época). , ex-Velvet Underground, ajudou a escrever três faixas: "Dark Light", "Mr. Blackwell" e "". Na verdade, esta mudança de posicionamento foi tomada não apenas como prova de competência musical, mas, sobretudo, como uma jogada estratégica para, como sempre, surpreender e chocar público e críticos. Por seu grande fracasso, este álbum não teve turnê, limitando-se à duas músicas executadas ao vivo durante um programa de televisão. Após isso, o Kiss só tocou novamente uma música desse álbum durante uma apresentação. Foi no MTV Unplugged, de 1996, 15 anos após o lançamento do álbum. Até hoje fans debatem se esse é o pior álbum ou um dos melhores da fase mascarada, com músicas de excelente sonoridade como The Oath e A World Without Heroes. Mas curiosamente, paralelo ao descontentamento dos fãs, o Kiss finalmente havia conseguido dobrar a crítica. Ressurreição[editar | editar código-fonte] No começo de 1982, lançaram a coletânea Killers com quatro músicas inéditas, o álbum não foi lançado nos EUA. Talvez a ideia fosse tentar fazer com que esquecessem o fiasco que havia sido o álbum anterior. Ace não participou de nenhuma delas, o sempre presente, Bob Kulick gravou as músicas em seu lugar. Essas músicas são consideradas descartáveis até hoje, pois a banda nunca fez questão de tocá-las novamente. Um pouco antes das gravações de , ainda em 1982, Ace Frehley sofreu um acidente de automóvel e como já não tinha muita vontade devido ao seus descontentamento com a banda, e seus problemas com drogas e álcool, se afastou de vez, aparecendo no estúdio de vez em quando para ver como as coisas iam. No período de composição e gravação, vários outros guitarristas foram chamados para substituí-lo, dentre eles o que seria seu substituto, de nome Vincent Cusano. No que diz respeito ao disco, que saiu quase no final do ano, e similar a situação ocorrida com Peter anterior a sua saída, Ace não toca em nenhuma música do álbum, mas aparece na capa. Após o lançamento, ele também participa de videos ( "" e "Creatures of the Night"). Musicalmente, o disco é considerado por grande parte dos fãs como o melhor registro desde "Destroyer", assim como sua arte de capa, que demonstrava a banda de uma forma mais sombria, aliás, o ocultismo estava em alta na época e não demorou para a banda começar a ser associada com o satanismo. Faixas como "Creatures of the Night", " I Love it loud", "War Machine" e "Still Love you" se tornariam presença constante nos shows da década que se seguiria. Apesar da qualidade do álbum, que se mostrava até então como o mais pesado da banda, as vendas não decolavam, a imagem da banda estava seriamente arranhada na América e para piorar, Ace se despedia da banda. Novamente o anúncio de um novo concurso surgiu, diversos guitarristas tentariam a sorte, dentre eles, futuras estrelas como Richie Sambora (Bon Jovi) e Steve Farris (Mr Mister). O escolhido seria mesmo Vinnie Vincent, que além de demonstrar destreza com o instrumento nas gravações do álbum, tinha se revelado um exímio compositor pois as duas faixas de destaque do disco, que estavam sendo executadas nas rádios, eram de sua autoria ("I Love it loud" e "I Still love you").Vinnie foi apresentado na festa de ano novo de 1983, ele usava uma chave de Ankh no rosto e assumiu o personagem "Warrior". A maquiagem seria de Paul Stanley, que planejava aposentar sua estrela, provavelmente numa jogada de marketing. Apesar da qualidade do álbum, que se mostrava até então como o mais pesado da banda, as vendas não decolavam, a imagem da banda estava seriamente arranhada na América. Musicalmente o disco é considerado por grande parte dos fãs como o melhor registro deste "Destroyer", assim como sua arte de capa, que demonstrava a banda de uma forma mais sombria, aliás o ocultismo estava em alta na época e não demorou para a banda começar a ser associada com o satanismo. Faixas como "Creatures of the Night", " I Love it loud", "War Machine" e "Still Love you" se tornariam presença constante nos shows da década que se seguiria. Curiosamente, apesar de não ter tido boa vendagem nos U.S.A, "Creatures of the night" se tornaria o disco mais vendido da banda no Brasil, graças a visita que a banda faria ao país em junho de 1983 para 3 shows (Rj,SP,MG). Durante sua estadia receberam o disco de ouro pelas vendagens do álbum. No Rio, o show foi realizado no até então maior estádio do mundo (Maracanã), e seria o maior público em um concerto do Kiss de toda história. Aproximadamente 200 mil pessoas estiveram presentes no primeiro show da turnê, pelo menos 30% através da "janela", já que houve invasão e arrombamento de portões nos 3 shows. Foi aqui que a banda sofreu os maiores ataques de religiosos que chegaram a insinuar que o nome da banda na verdade seria uma sigla, que significava "Beijo". Bobagens a parte, o primeiro show teve cobertura da Rede Globo que fez até um especial com a banda. Era sem maquiagem e retorno[editar | editar código-fonte] Após os shows no Brasil, o Kiss retornava aos Estados Unidos como moral recuperado. As notícias do grandioso espetáculo no Rio de Janeiro corriam e demonstravam que a banda ainda tinha seu valor. Paul Stanley estava cantando como nunca, utilizando sua extensão vocal ao limite. Gene, apesar de continuar sendo um baixista modesto, chegava ao auge com seu alter ego "Demon", que com seu baixo em forma de machado e vestimentas em forma de armadura medieval, desfrutava de sua fase mais aterrorizante junto aos fãs. Eric Carr finalmente era notado e caia nas graças do público com suas enérgicas performances sobre o canhão, já o novato Vinnie Vincent, se por um lado, dividia os fãs mais antigos que achavam que sua pegada descaracterizava as músicas antigas, por outro impressionava a nova geração de fãs com sua técnica e velocidade, passando a ser inclusive endorsement das guitarras Jackson, que o colocaram como garoto propaganda do seu novo modelo de Flying V (Shark)que havia sido criado para Randy Rhoads, que faleceu antes de estrear. Após deixar o Brasil, a banda retornou para os Estados Unidos disposta a recuperar seu prestígio, decidiram tirar a maquiagem e abandonar de uma vez por todas a história de super-heróis, histórias em quadrinhos etc... e se tornar apenas uma banda de rock. A retirada da maquiagem foi feita na MTV, e logo após isso, a banda lança ' visando o novo mercado que surgia. Paul e Gene há haviam chegado à conclusão de que a banda precisava se reinventar e depois de flertar com tendências pop, disco, e porque não dizer progressivas, era hora de colocar mais peso e disputar espaço com artistas como Ozzy, Judas Priest, Quiet Riot que subiam no conceitos da crítica e nas paradas ao transformar aquele rock and roll setentista que praticavam em algo mais agressivo, o chamado heavy metal, essa tendência praticada pelas bandas neste período futuramente seria chamada de Hard n' heavy. A mudança de sonoridade, o peso nas músicas que havia começado com "Creatures of the Night" ganhou forças em "Lick it up". Músicas mais raivosas, velozes e com solos e vocais viscerais fazem deste o disco mais pesado da banda até a presente data. Faixas como "Exciter", "Fits like a glove" e "All hells breakin lose" além da faixa titulo, conseguiam recuperar o status perdido da banda. Apesar das boas vendas e do clip de "Lick it up" estar sendo bem executado na MTV. Os problemas na banda começavam a acontecer em razão de Vinnie Vincent contestar sua posição na banda(ele não era tratado como integrante oficial e recebia salário)e começar a ter atitudes consideradas anti éticas por Gene e Paul. Vinnie chegou a pedir demissão pois iria formar sua própria banda, mas foi persuadido por Paul em razão de alguns shows que estavam marcados.Uma pequena tour do álbum ocorreu, como uma continuação da tour anterior, a banda continuava tocando em tom mais alto, com mais velocidade nas músicas, esses shows aconteceram na Europa e no Canadá, além de alguns shows nos U.S.A onde reza a lenda que houve um show onde Vinnie teve de ser retirado do palco quase a força por extrapolar o tempo de seu momento solo. Após o fim desta mini tour, Vinnie foi demitido. A banda já tinha um substituto, Mark St. John, um guitarrista canadense, fascinado por , entra para gravar (1º disco do Kiss lançado simultâneamente em CD). O disco seria o primeiro pelo selo Mercury da Polygram e devido ao bom momento da banda e a promoção da gravadora em cima do álbum, se tornou o mais bem vendido nos anos 80. O álbum foi impulsionado pelo hit "Heaven's on fire". Considerado não tão forte quantos os seus antecessores, "Animalize" traz boas faixas como "Thrills in the night" e "I've had enough", onde Mark demonstra o porque de ter sido escolhido, as fritações nos solos que haviam dado notoriedade a Vinnie Vincent eram repetidas por Mark, mas curiosamente não surtiram o mesmo efeito. Se o guitarrista anterior conseguia dividir o público em relação a este novo estilo dentro da banda, Mark conseguiu os unir novamente em torno da desaprovação. Como Gene já declarou, Mark era um ótimo cara e tinha realmente uma capacidade impressionante, mas não tinha noção alguma de composição musical e fazia sua guitarra soar o tempo todo como uma abelha enfurecida, o que tinha de ser controlado por Paul e ele. Mark fez apenas um show completo, em Baltimore (U.S.A) que se tornou uma raridade, e foi suficiente para a banda perceber que ele era uma peça fora do quebra cabeça, pois além da questão da guitarra, ele não sabia cantar e seus backings eram desastrosos. Mark assim que entrou em turnê, desenvolveu a síndrome de Reither, que inchou sua mão. Ele passou a dividir os shows com Bruce Kulick, e ao fim da turnê, foi despedido. Gene alega que em razão da sua doença, mas curiosamente pouco tempo depois ele estaria tocando com outra banda (White Tiger). (Mark St. John morreu no dia 5 de abril de 2007, aparentemente de uma hemorragia cerebral.) Talvez traumatizados com a experiência mal sucedida com Mark, Gene e Paul resolveram efetivar Bruce Kulick, que se não tinha habilidades para solos velozes e fritados, fazia o trabalho de forma competente no que diz respeito tanto ao material antigo quanto ao atual da banda. Um fato curioso a se salientar é que os hits dos álbuns onde a banda possuía guitarristas virtuosos, foram canções que não tinham solo ( "lick it up" e "Heavens on fire").Assim sendo em 1985 eles lançaram o burocrático álbum Asylum, que teve na música Tears Are Falling, outro grande sucesso nas rádios e na MTV. O disco anunciado espalhafatosamente por Paul e Gene como o melhor disco da banda nos ultimos 10 anos, frustrou a maioria dos fãs da banda pois o Kiss vinha se suavizando gradativamente. Apesar de boas faixas como "Who wants to be lonely", "King of the mountain" e do já citado hit, o disco demonstrava uma banda pouco inspirada que parecia estar apenas cumprindo obrigação contratual. O que o diga Gene Simmons, que parecia se preocupar mais com sua carreira de ator e no mesmo ano criaria ainda sua própria gravadora,Simmons Records. A turnê desse álbum além de ser famosa pelo colorido exagerado, trazia o logotipo de fundo de palco em tamanho gigante. No mesmo ano, o grupo é censurado na União Soviética por neo-nazismo, punk e violência, e acusado de que o SS de seu logotipo era uma alusão à polícia nazista Schutzstaffel ( ).[carece de fontes] O problema que já havia sido levantado na Alemanha agora se espalhava pelo mundo. A banda já tinha alguns discos com o logo alterado, os "S" em forma de raios, foram substituídos por um formato que lembraria um "Z" verticalmente ao contrário. Depois de 1 ano sem lançar nenhum disco, fazendo apenas um home video chamado "", a banda voltaria para o estúdio, e gravariam mais um álbum. Seria a primeira vez na história da banda, desde a formação original, que um mesmo line-up faria dois álbuns seguidos. Seguindo a linha de suavização do som, o álbum seguinte seria lançado em 1987. flertava com o hard pop da época e trazia sintetizadores juntos as guitarras. Produzido por Ron Nevison, o disco foi bem recebido pela mídia, e faixas como " Crazy Nights", "" e "" invadiram as rádios Americanas (não chegaram as rádios do Brasil)e vendeu bem no Japão, o que fez com que a banda depois de 10 anos voltasse ao País. Aproveitando a maré tranquila que não acontecia desde 1983, no ano seguinte a gravadora resolve lançar a coletânea Smashes, Thrashes & Hits, com duas músicas inéditas, Let’s Put The X In Sex e (You Make Me) Rock Hard e uma nova versão para Beth cantada dessa vez por Eric Carr, que novamente dividiria opiniões e geraria polêmica. A banda seria convidada para tocar no Monsters of Rock dividindo as atenções com o headliner Iron Maiden. O Kiss fecha a década lançando em 1989, o disco "Hot in the shade" que trazia um hard agradável, e dançante em certos momentos, como mandava o figurino da época, o que bombava na MTV. Falando de MTV, as faixas "", " your heart" e "Forever" ganharam video clips, essa ultima de autoria de Paul juntamente de , o que deu a banda boas posições nos charts, o que não alcançava fazia tempos. Essa faixa por ser uma balada fez algumas pessoas torcerem o nariz e até hoje comenta-se que o Kiss quado tirou a maquiagem passou a investir em baladinhas. Tal comentário não faz sentido, até porque antes de "Forever", a única balada que a banda gravou após tirar a maquiagem foi "Reason to live". Após a tour, Paul Stanley embarcou para um tour solo acompanhado de Bob Kulick e Eric Singer. Anos 90[editar | editar código-fonte] Em Abril de 1991, Eric Carr, descobre que possuia um raro tipo de câncer no coração e começa a fazer tratamento. O Kiss é convidado para participar da trilha sonora do filme "Bill & Ted". A música escolhida é "God gave rock and roll to you II". O video desta banda seria a ultima participação de Eric Carr como integrante pois no dia 24 de Novembro, seis meses após descobrir a doença, ele morre durante uma cirurgia. A morte de Eric coincidiu com a de Freddie Mercury. A banda não perde tempo e recruta Eric Singer para o posto. Eric além de ter tocado na tour solo de Paul, havia ajudado a banda nas gravações de "God gave rock and roll to you II", portanto já estava familiarizado com o repertório e com a banda em si.Eric quebraria uma tradição na banda, seria o primeiro músico que não tinha os cabelos de cor escura, ele era loiro. Revenge foi lançado em 1992, e talvez ajudado pela morte de Eric Carr, consegue boas vendas, superando o album anterior. Este se torna o album mais pesado da historia da banda, "Revenge" consegue se situar entre o hard rock e o heavy metal com maestria, relembrando a linha adotada em "Creatures of the night" e "Lick it up". . Aliás a semelhança de sonoridade da banda em 92 com o período onde tinha Vinnie Vincent nas guitarras (83) não é por acaso, Vinnie e Gene ensaiaram uma reaproximação um ano antes, no que resultou nas músicas "Heart of Chrome" ,"Unholy",e "I Just Wanna", essas duas últimas foram lançadas como single e foram destaque do album junto de "God gave rock and roll to you II". Tudo indica que Vinnie acreditava na possibilidade de retornar a banda para aquele álbum, ele teria escrito inclusive o solo de "Unholy", mas não teve a oportunidade e o solo da música foi tocado por Bruce Kulick. Talvez como uma homenagem, o solo gravado trazia a característica fritação que Vinnie fez famosa durante sua estadia na banda. No clip Bruce também utiliza uma Flying V, modelo que Vinnie tornou famoso. Após perceber que não haveria nada mais próximo do que aquilo, Vinnie quis renegociar os valores de suas contribuições, o que foi descartado por Gene. "Revenge" trouxe a banda de volta as suas raízes, levando-os a fazer shows em clubes americanos, muitas vezes com outro nome." No ano seguinte, 1993, aproveitando a turnê de Revenge, lançaram mais um ao vivo, Alive III. O album apesar de diferente dos primeiros, que eram crus, vem cheio de overdubs mas o que não tira o brilho do álbum. Um home video chamado "Konfidential" traz trechos deste show e mostra a banda em excelente forma. Eric Singer não deixa os fãs sentirem falta de Eric Carr, devido a sua técnica e energia. Em 27 de agosto de 1994 o KISS volta ao Brasil pela segunda vez. Eles tocam no festival Philips Monsters of Rock, como atração principal. O show foi em São Paulo (SP) no estádio Pacaembu e é um dos melhores shows que a banda já fez, como ponto negativo, destaca-se a não inclusão de "Rock and roll all night" no set list. O maior hino da banda é uma das poucas músicas que permanecem no set list constantemente desde seu lançamento. Outros dois exemplos são "Detroit Rock city" e "Lick it up". Em 1995, a MTV convida o Kiss a fazer um álbum acústico, da série Unplugged da MTV. Gravado no dia 9 de Agosto de 1995, nos estúdios da Sony, o álbum contou com a presença dos integrantes originas, Peter Criss e Ace Frehley. O álbum ganhou uma versão em DVD e, posteriormente, um DVD sem cortes. O KISS já vinha fazendo essas apresentações em eventos organizados pelos fãs, as KISS Conventions, partindo daí o interesse da MTV em convidá-los para o especial.O show apesar de ser realizado pelos músicos de cara limpa, era um tributo a fase mascarada, o palco era decorado com a capa de "Rock and roll over" no chão, e ao fundo, no alto, bonecos com os personagens de cada um que passou pela banda, menos o "Warrior" de Vinnie Vincent. Provavelmente em razão de Vinnie naquele mesmo ano ter entrado com processo na justiça contra Gene e a banda. Daquele ano em diante a banda não tocaria mais nenhuma faixa escrita por Vinnie. Ainda no mesmo ano, o Kiss grava o álbum Carnival Of Souls: The Final Sessions que acaba sendo esquecido, devido à reunião que viria por ocorrer no ano seguinte. Reunião[editar | editar código-fonte]

Kiss em Paris em 1999.

O Kiss percebeu que seria uma boa ideia voltar à formação original e com as maquiagens. E foi assim, Gene e Paul, agora novamente com Peter e Ace, e as maquiagens, saíram em umaturnê mundial que recebeu o nome de Alive/WorldWide Tour. No primeiro concerto dessa turnê, no estádio do Tiger em Detroit, os 77 mil ingressos oferecidos foram vendidos em 45 minutos, a tour foi considerada a mais lucrativa de todo o biênio 1996 e 1997 apareçendo até mesmo na conceituada revista de economia, a Forbes. Em 1997 o Kiss lança engavetado Carnival Of Souls: The Final Sessions, gravado ainda com Bruce e Singer, mas álbum acaba não tendo muita repercussão, devido ao grande alvoroço causado pela reunião com os integrantes originais. , lançado em 1998 vem com uma nova turnê. Posteriormente foi lançada uma versão dupla do álbum, cujo segundo disco continha músicas gravadas durante um concerto daturnê, a "Psycho Circus Tour", que teve dois concertos no Brasil, um em Porto Alegre no Jockey Club e outro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, ambos em 1999. No ano de 2000 o Kiss anuncia uma Farewell Tour, que seria a turnê de despedida da banda. No meio da turnê Peter Criss teve que se ausentar por problemas de artrite, e em seu lugar voltou o ex-baterista da banda Eric Singer, desta vez com a maquiagem de Peter. Após a turnê, que deveria ser a última, o Kiss decide fazer um novo álbum ao vivo, este que seria junto com a Orquestra Sinfonica de Melbourne. Pós-reunião[editar | editar código-fonte]

Kiss na cidade de Birmingham,Inglaterra, em 2010

Ace Frehley sai da banda e não participa do concerto. Em seu lugar, entra Thommy Thayer, que já havia produzido alguns álbuns da banda. Peter Criss, já recuperado, volta para fazer o concerto. No dia 28 de Fevereiro de 2003, em Melbourne, o Kiss faz um concerto para entrar para história. Após o concerto Eric Singer volta para a banda, e parte para uma nova turnê, a "World Domination Tour" que foi realizada juntamente com outra banda de Hard Rock americana, o . Mais tarde, no ano de 2004 é dado o início á turnê "Rock The Nation Tour", que rendeu até um DVD que foi gravado em 2004, mas foi só lançado no final de 2005.Continuando em 2004, o Kiss teve sua música "" presente na trilha sonora do jogo "Grand Theft Auto San Andreas", podendo ser ouvida na rádio K-DST, do próprio jogo com Axl Rose como locutor da rádio e a musica New York Groove aparece no jogo Grand Theft Auto IV na rádio Liberty Rock Radio 97.8. Um dos pontos atrativos deste DVD, é que em algumas músicas, pode-se escolher entre assistir ao vídeo normalmente, ou escolher qualquer um dos quatro integrantes, para ver imagens de câmeras focadas apenas neles. Ainda em 2005, Gene e Paul anunciam "férias" da banda e que durariam 2 anos, com a desculpa de que não tiravam férias desde o início da banda. Em Outubro de 2006 Paul Stanley lançou seu segundo álbum solo, e saiu em turnê para divulgação. Uma curiosidade, um dos guitarristas que o acompanhou Paul nessa tour, é o curitibano Rafael Moreira, que com dezoito anos saiu de Curitiba e se desenvolveu tocando guitarra nos Estados Unidos. O álbum teve uma boa repercusão. Ainda em 2006, a banda licenciou sua música "Lick It Up" para o jogo "Grand Theft Auto: Vice City Stories", podendo ser ouvida na rádio V-ROCK; a música "Strutter" voltou a estar presente nos games, desta vez no jogo " Hero 2". O baterista original do Kiss, Peter Criss, lançou um novo disco solo chamado One For All no dia 24 de julho de 2007, pela Silvercat Records. Além de prestar homenagem ao seu ex-companheiro de banda, Ace Frehley, com a faixaSpace Ace, o disco vem com músicas que apresentam títulos como: Last Night, Heart Behind The Hands, Send In The Clowns, Doesn't Get Better Than This e Faces In The Crowd. Peter passou os últimos dois anos preparando as músicas para esse projeto, que vai ser o quarto de sua carreira solo. Os outros são Out of Control (1980), (1982) e Criss Cat#1 (1994). Em 2007 o KISS se apresentou em uma mini turnê (Hit N' Run Tour) pelos Estados Unidos com quatro concertos. No último concerto desta mini turnê, o frontman do Kiss, Paul Stanley horas antes do concerto sofreu uma aritmia cardíaca que impediu que o mesmo pudesse tocar. O que resultou no primeiro concerto em "trio" da história do Kiss. Um emocionante concerto em homenagem a Paul Stanley que dias depois já havia se recuperado completamente. Continuando em 2007, a banda esteve mais uma vez presente no Série Guitar Hero; desta vez a música licenciada foi o seu "hino" "Rock And Roll All Nite, podendo ser tocada no Guitar Hero 3. Em 16 de março, teve início a temporada de Fórmula 1 com o Grande Prêmio da Austrália. O Kiss fechou o evento com um show no Melbourne Park para mais de 50.000 pessoas. A partir desta data, deu-se início a Kiss Alive/35 World Tour. No dia 29 de novembro de 2008 Paul Stanley disse, durante uma entrevista, que no verão americano de 2009 o KISS irá voltar a gravar um álbum em estúdio com músicas inéditas fato que não acontecia desde 1998 com o álbumPsycho Circus. Paul disse que o álbum será no estilo do bom e velho rock dos anos 70', "de volta às raízes". Em 2009, a banda se apresentou no Brasil, ainda pela " World Tour". Foram dois shows, o primeiro em São Paulo, dia 7 de abril, na Arena Anhembi e na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, no dia seguinte. Sonic Boom e Monster[editar | editar código-fonte] Em 6 de outubro do mesmo ano o álbum Sonic Boom foi lançado; segundo o baixista Gene Simmons esse seria o melhor álbum do grupo em 30 anos. Logo em seguida a banda iniciou turnê pela América do Norte, com o término apenas no dia 15 de Dezembro. No meio desta mesma turnê, os integrantes do Kiss anunciaram uma turnê pela Europa. Em 15 de agosto o a banda ira participar do tributo a Michael Jackson. Mas em 17 de agosto de 2011 após a controvérsia em torno últimos comentários negativos sobre Michael Jackson feito por Simmons, a banda foi retirada da programação.8 Em 18 de Abril de 2011, Gene Simmons anunciou em seu Twitter que estava trabalhando em novo álbum. Em 21 de agosto de 2011, foi anunciado no site do Kiss que o próximo álbum seria chamado Monster, previsto para 2012. O novo trabalho possuirá 10 músicas inéditas, que foram gravadas em Los Angeles. A turnê mundial do álbum deve durar dois anos (2012/2013). O site oficial da banda já confirmou a turnê pelos estados-unidos, mas pela Europa apenas um concerto foi garantido, Knebworth, Inglaterra. Em Novembro de 2012, o KISS voltou ao Brasil, com shows em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Os shows, encerrando a Monster Tour na América do Sul, divulgaram o álbum Monster, lançado em Outubro. Com direito a todo repertório de efeitos do Kiss e a músicas cantadas por todos os integrantes, inclusive Tommy Thayer, que havia estreado nos vocais no álbum anterior em When Lightning Strikes, estas apresentações no Brasil tiveram apenas três músicas do novo álbum, que são Hell Or Hallelujah, Wall Of Sound e Outta This World, e nenhuma do anterior. Por outro lado, a apresentação em Buenos Aires, Argentina, que abriu a turnê na América do Sul contou com cinco músicas do álbum novo. Além das já citadas, também estavam inclusas All For The Love Of Rock & Roll, cantada pelo Eric Singer, e Long Way Down.

Membros[editar | editar código-fonte] Ver página anexa: Lista de membros de Kiss

Formação atual Ex-integrantes

 Paul Stanley – vocais, guitarra rítmica (desde 1973)  Ace Frehley – guitarra solo, vocais (1973–82, 1996–2002)  Gene Simmons – vocais, baixo (desde 1973)  Peter Criss – bateria, percussão, vocais (1973–80, 1996–2001, 2002–04)  Eric Singer – bateria, percussão, vocais de apoio (1991–96, 2001–02, 2004–presente)  Eric Carr – bateria, percussão, vocais de apoio (1980–91; morto em 1991)  Tommy Thayer – guitarra solo, vocais (desde 2002)  Vinnie Vincent – guitarra solo, vocais de apoio (1982–84)  Mark St. John – guitarra solo (1984; morto em 2007)  Bruce Kulick – guitarra solo, vocais de apoio (1984–96)

Linha do tempo[editar | editar código-fonte]

Maquiagens[editar | editar código-fonte] O Kiss usou as maquiagens entre 1973 e 1983 e somente voltou a usar na Reunion Tour em 1996. Após a primeira saída de Peter Criss e Ace Frehley, na década de 1980, os novos membros (Eric Carr e Vinnie Vincent) usaram suas próprias maquiagens. Porém, quando a banda retornou com a Reunion Tour, Peter Criss e Ace Frehley voltaram com suas maquiagens originais e, mesmo após nova saída de ambos, os novos membros Eric Singer e Tommy Thayer deram continuidade as maquiagens da formação original.

The Starchild - Paul Stanley

The Demon - Gene Simmons

The Spaceman ou The Space Ace - Ace Frehleye Tommy Thayer

Catman - Peter Criss eEric Singer

The Fox - Eric Carr

The Egyptian Ankh Warr - Vinnie Vincent Críticas Apesar de experimentar enorme sucesso no cenário musical do rock 'n roll desde o seu surgimento, nos anos 70, a banda é apontada pelos críticos como uma das mais comerciais do mundo, tendo capitalizado maciçamente seu logotipo sobre os mais diversos produtos, tais como roupas, urnas, canecas, copos, tênis, mochilas, chapéus e outros, inclusive oferecendo vendas online através de seu site9 . Além disso, o Kiss é acusado por certos críticos musicais de compor músicas igualmente comerciais, repetindo clichês instrumentais do gênero com melodias e letras de baixa qualidade artística, com o único intuito de atrair pré-adolescentes como público-alvo de seumerchandising. Em 2001, Simmons chegou a declarar em uma entrevista ao National Public Radio que criou a banda "primeiramente para transar e ganhar dinheiro" e que "o dinheiro é a única coisa mais importante do planeta", declarações que causaram polêmica na imprensa americana à época.10 O ex-guitarrista original da banda, Ace Frehley, conta em sua autobiografia No Regrets, que Paul Stanley e Gene Simmons sempre demonstraram estar na banda como se manejassem um negócio lucrativo, com o único objetivo de ganhar cada vez mais dinheiro e fama, e alegou que seus desentendimentos com eles o teriam motivado a sair da banda em 1982 (Simmons e Stanley atribuem a saída ao alcoolismo e ao vício em drogas do guitarrista). Frehley ainda revelou que ficou muito surpreso quando o guitarrista Tommy Thayer apareceu utilizando a maquiagem de "Spaceman", que era sua: "Quando vi, pensei: 'Será que nada é sagrado para esses caras?'. Mas logo percebi que a sanha de Paul e Gene para ganhar dinheiro sempre foi maior que qualquer senso de lógica ou justiça.".11 Em 2012, o vocalista do Aerosmith, , criticou o Kiss, chamando-os de "banda de rock 'n roll dos quadrinhos", contando que seus roadies se envolveram em uma briga com os do Kiss quando ambas as bandas faziam turnê juntas em 1976, e que desde então odeia a banda.12 Discografia Ver artigo principal: Discografia do Kiss

Álbuns de Estúdio  Kiss (1974)  Music from "The Elder" (1981)  Hotter Than Hell (1974)  Creatures of the Night (1982)  Dressed to Kill (1975)  Lick It Up (1983)  Destroyer (1976)  Animalize (1984)  Rock and Roll Over (1976)  Asylum (1985)  Love Gun (1977)  Crazy Nights (1987)  Paul Stanley (1978)  Hot in the Shade (1989)  Gene Simmons (1978)  Revenge (1992)  Ace Frehley (1978)  Carnival of Souls: The Final Sessions (1997)  Peter Criss (1978)  Psycho Circus (1998)  Dynasty (1979)  Sonic Boom (2009)  Unmasked (1980)  Monster (2012)

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Lançamento Título Certificados

[desambiguação necessária]

1978 Kiss Meets The Phantom Of The Park 2ª Maior Audiência da ABC em 1978

1985 Kiss: Animalize Live Uncensored Platina 1987 Exposed Platina

1989 Crazy Nights Platina

1992 X-Treme Close-Up Platina

1993 Konfidential Ouro

1994 Kiss My Ass: The Video -

1994 Kiss Unplugged Ouro

1998 Psycho Circus Platina

1998 Kiss: The Second Coming Platina

1999 Detroit Rock City -

2003 Kiss Symphony: The DVD 2x Platina

2005 Kiss Rock The Nation Live! 2x Platina

2006 Kissology Volume 1: 1974–1977 5x Platina

2007 Kissology Volume 2: 1978–1991 6x Platina

2007 Kissology Volume 3: 1992–2000 8x Platina

Turnês[editar | editar código-fonte]  1973 - Club Tour  1973 - 74 - Kiss Tour  1974 - 75 - Hotter Than Hell Tour  1975 - Dressed To Kill Tour  1975 - 76 - Alive! Tour  1976 - Destroyer Tour  1976 - 77 - Rock And Roll Over Tour  1977 - Love Gun Tour  1977 - 78 - Alive II Tour  1979 - Dynasty Tour  1980 - Unmasked Tour  1982 - 83 - Creatures Of The Night Tour  1983 - 84 - Lick It Up Tour  1984 - 85 - Animalize Tour  1985 - 86 - Asylum Tour  1987 - 88 - Crazy Nights Tour  1990 - Hot In The Shade Tour  1992 - Revenge Tour  1994 - Kiss My Ass Tour  1995 - Kiss Convention World Tour  1996 - 97 - Alive/Worldwide Tour  1998 - 99 - Psycho Circus Tour  2000 - 01 - Kiss Farewell Tour  2003 - World Domination Tour  2004 - Rock The Nation Tour  2006 - Rising Sun Tour  2007 - Hit N' Run Tour  2008 - 09 - Kiss Alive/35 World Tour  2009-2010 - Sonic Boom Over Europe Tour  2011 - Hottest Show on Earth Tour  2012 - The Tour  2013 - Monster Tour

Club tour

Kiss Club Tour 1973

Tour by Kiss

Start date January 30, 1973

End date December 31, 1973

Legs 1

Shows 24

Kiss concert chronology

Club Tour Kiss Tour(1974) (1973)

The Club Tour, Kiss' first tour, was short due to the band being signed by Casablanca Records. During this time, Kiss hired Bill Aucoin as their manager. The band recorded their first album, Kiss, during this tour. Line up: Paul Stanley, Ace Frehley, Gene Simmons, and Peter Criss.

Tour setlist[edit] Early Shows:

 "Deuce"  "Watchin' You"  "Love Her All I Can"  "She"  "Simple Type"  "Keep Me Waiting"  "Want You Beside Me (Life In The Woods)"  "Baby, Let Me Go"  "Firehouse"  "Black Diamond"  "Go Now" Later Shows:

 "Deuce"  ""  "She"  "Love Her All I Can"  "Nothin' To Lose"  "Watchin' You"  "Let Me Know"  "Black Diamond"  "Acrobat"  "Strutter"  "100,000 Years"  "Simple Type"  "Baby, Let Me Go"

Tour dates[edit]

Date City Country Venue

January 30, 1973 2 shows

January 31, 1973

Queens, New York Coventry 2 shows

United States February 1, 1973 2 shows

March 9, 1973 2 shows

Amityville, New York The Daisy

March 10, 1973 2 shows

March 13, 1973 2 shows

March 14, 1973 2 shows

New York City, New May 4, 1973 Bleecker Street Loft

York

May 26, 1973 Palisades, New York Lamont Hall

New York City, New June 1, 1973 Bleecker Street Loft York

June 8, 1973 2 shows

June 9, 1973 2 shows

Amityville, New York The Daisy

June 15, 1973 2 shows

June 16, 1973 2 shows

July 13, 1973 New York City, New Hotel Diplomat York August 10, 1973

August 17, 1973 2 shows

Amityville, New York The Daisy

August 18, 1973 2 shows August 24, 1973 2 shows

August 25, 1973 2 shows

August 31, 1973

September 1, 1973 Coventry

Queens, New York December 21, 1973

Coventry December 22, 1973 This is the earliest filmed performance by Kiss as described in Kissology Volume 1 & 3

New York City, New Academy of Music December 31, 1973 York Gene Simmons' hair catches fire

KISS

Nascido em 20 de Janeiro de 1952, Stanley Harvey Eisen era motorista de táxi no Queens em Nova York e conheceu o professor de inglês Chaim Witz ,nascido em Israel em 25 de agosto de 1949, (que mais tarde mudou seu nome para Eugene Klein).

Ambos já haviam tocado em várias bandas, Stanley tocou em grupos pouco famosos na época como Post War Baby Boom, Uncle Joe, Rainbow. Eugene havia passado por bandas como Long Island Sounds, Rising Sun, The Missing Links, Bullfrog Bheer, Cathedral, também tocou na banda Rainbow assim como seu amigo Stanley, quando se conheceram.

Saindo da Rainbow decidiram formam em 1973 a banda Wicked Laster em conjunto com Steve Coronel e Tony Zarella. Tocando um rock „n roll simples com guitarras distorcidas e vocais melodiosos, gravaram uma demo com algumas músicas que futuramente se tornariam hits da vindoura banda Kiss, mas na época nenhuma gravadora se interessou pelo trabalho do quarteto.

Com a frustração, Stanley e Eugene resolveram mudar complemente a proposta de trabalho, dissolvem a recém formada Wicked Laster e passam a pensar na criação de uma super banda. Imediatamente assumiram pseudônimos: Stanley Harvey Eisen passou a atender pelo nome de Paul Stanley e Eugene Klein por Gene Simmons. Mas não poderiam formar um super grupo sozinhos, colocam então um anúncio num conceituado jornal Nova Iorquino chamado Village Voice, solicitando músicos para formar uma nova banda.

Aparece então o tímido baterista Peter Criscuola III, nascido no Brooklyn em Nova York em 20 de Dezembro de 1947, para fazer os testes. Gene Simmons percebe que o rapaz estava bem vestido e pergunta: "Se num show a gente lhe pedir pra ir fantasiado de mulher, você vai?", a resposta afirmativa de Peter lhe dá o lugar na banda, que passa a se chamar simplesmente Peter Criss. Suas bandas anteriores foram The Barracudas, Chelsea, Lips.

Paul Stanley não sabia fazer solos e precisavam de um guitarrista com essa técnica. Mais um anúncio no jornal e dezenas de candidatos aparecem até que um chega cortando fila, vestido de forma estranha, com tênis colorido e calças rasgadas. Gene até pensou que se tratava de um mendigo não fosse o fato de estar segurando uma guitarra.

Paul o alertou de que não poderia cortar fila e pedindo desculpas o rapaz se dirigiu ao fim. Chegou a hora dele mostrar seu talento e durante o teste Gene, Paul e Peter ficaram impressionados com a habilidade do jovem, seu lugar na banda estava garantido e seu nome era: Paul Daniel Frehley, nascido em 27 de Abril de 1951 no Bronx também em Nova York, que já havia passado por bandas como The Exterminators, The Four Roses, The Muff Divers e Molino. E como os outros três troca o seu nome e passa a se chamar Ace Frehley.

A banda estava formada com Paul na guitarra e nos vocais, Gene no baixo e nos vocais, Ace na guitarra e Peter na bateria.

Faltava ainda um nome para o grupo. A inspiração veio de um concurso realizado no Queens Boulevard em Nova York que premiaria o casal que permanecesse mais tempo de beijando, o nome estava dado – Kiss (beijo).

A sensualidade e sexualidade expressa no nome acompanharia o Kiss na maior parte de suas músicas. Começaram então a trabalhar em composições feitas durante a extinta Wicked Laster, mas além de tudo queriam chocar o público.

Para tanto, se inspiraram em bandas como New York Dolls e no rock-horror show de Alice Cooper para definir a atitude e figurino da banda.

Decidiram se maquiar e assumiram essa personalidade como sendo essencial para a sucesso do grupo, escondendo assim por anos a fio a verdadeira identidade de seus músicos.

A maquiagem foi definida se baseando em elementos referentes a verdadeira personalidade de cada um. Gene Simmons adora filme de terror e assumiu uma maquiagem que o deixaria com cara de mal. Paul pintou uma estrela em seu olho direito pois sonhava em ser um astro do rock. Ace concebeu sua maquiagem baseada no espaço sideral e numa estética futurista por ser uma pessoa "aérea", dispersiva. Por adorar felinos, Peter adotou uma imagem de homem-gato, acredita ainda que tenha sido um gato em outras encarnações.

Para definir o figurino da banda, mesclaram elementos de super heróis em quadrinhos com personagens do teatro japonês. Usando botas com saltos enormes que davam um ar de super heróis titânicos ao grupo e se tornariam então: "The Starchild" (Paul Stanley), "The Demon" (Gene Simmons), "Space Ace" (Ace Frehley) e The Catman (Peter Criss).

Um elemento visual que acabou se tornando ícone da banda é com certeza a língua de Gene Simmons. Ele realizou uma pequena cirurgia para a remoção do "freio", um músculo responsável pelos movimentos da língua, deixando-a muito maior que o normal e com maior liberdade de movimentos. Definido o visual da banda, era hora de criar os cenários de palco. Efeitos especiais sonoros, de luzes e fumaça aliados a velas acesas e um imenso letreiro luminoso contendo o logotipo da banda que piscava aleatoriamente criavam um clima de mistério e terror.

Queriam proporcionar ao público não só música e sim um espetáculo que abrangesse os diversos estados da arte. Nos primeiros shows, risos, piadas e deboches, por parte do público. Mas, gradativamente, a banda foi conquistando seu espaço.

Em 1973, na cidade de Nova York aconteceria o primeiro show de grande porte do Kiss. Para tanto, eles contrataram a popular banda Brats para abrir o show e mandaram convites a imprensa em nome do Kiss e como já não bastasse, mesmo endividados até o último fio de cabelo, alugaram uma limousine para chegar ao local do show em grande estilo. Tudo isso para tentar passar ao público e a imprensa a imagem de que o Kiss já era uma banda famosa.

Toda essa jogada de marketing não foi em vão. Dezenas de jornalistas e produtores de gravadoras compareceram ao show movidos pela curiosidade de ver quem eram aqueles ilustres desconhecidos que haviam contratado os famosos Brats para uma apresentação.

E no mesmo ano, conseguiriam com isso um contato com , presidente da recém inaugurada Casablanca Records (que nos dias de hoje grava apenas dance music).

Bogart resolveu investir na banda por acreditar na proposta musical e na estética do Kiss, assinaram contrato e no ano seguinte, em 1974, lançariam o primeiro disco auto-intitulado. Toque de humor, sensualidade e provocação caracterizam a maioria das faixas do disco. Este excelente trabalho de estréia dá uma amostra do estilo que o Kiss desenvolveria no decorrer da carreira. Mesmo contendo músicas que se tornariam mais tarde obrigatórias em shows, como Black Diamond, Strutter, Deuce, Firehouse, Nothing to Loose, o álbum não emplaca em vendas. A foto da capa foi inspirada na famosa capa de Meet The Beatles.

Para promover o disco, a gravadora realiza um concurso inspirado no mesmo que deu nome a banda. Ao som de Kissin´ Time, um dos temas do disco, premiariam o casal que permanecesse mais tempo se beijando. Mesmo assim o primeiro álbum do Kiss continua empoeirando nas prateleiras das lojas. Mas o que seria o fracasso de vendas do primeiro disco para uma banda que fazia de tudo para chamar a atenção?

Continuaram a trabalhar e 3 meses após o lançamento do primeiro, lançam o segundo disco intitulado de Hotter than Hell (Mais Quente que o Inferno) em 22 de Outubro de 1974.

Um disco pesado com uma musicalidade agressiva, entre as músicas se destacam Got To Choose, Goin' Blind, Let Me Go Rock 'N Roll, Comin‟ Home.

Uma das características mais curiosas desse disco ficam por conta da capa. Nela está escrito o nome da banda em caracteres japoneses, numa tentativa de passar uma falsa impressão de que eles já eram consagrados no lado ocidental do globo.

Na contra-capa, aparece uma foto de Paul Stanley fazendo sexo ao luar com uma prostituta, outra de Peter Criss também realizando a mesma ação e de Gene Simmons com uma taça de vinho, inferindo um banquete. Pode-se identificar vários elementos que remetem à orgia, a sexualidade, era o Kiss criando polêmica mais uma vez com uma capa de conteúdo forte para os padrões da época. Assim como o primeiro, o disco não alcança grandes vendas mas já começa a demonstrar uma maior aceitação por parte do público.

Durante os shows várias características ficariam marcadas, como as danças sensuais, pulos balançar dos longos cabelos. O Kiss era uma banda destinada apenas em divertir as pessoas, falavam de amor, sexo, festa e rock „n roll em suas músicas mas mesmo assim adotariam atitudes que serviam de contestação como quebrar instrumentos e balançar a cabeça, atos esses que já eram praticados por vários artistas, como Jimi Hendrix. Mas a banda também criou atitudes que se tornaram as mais esperadas durante os shows. Além de movimentar vorazmente a sua língua para provocar o público, Gene Simmons praticaria números de cospe-fogo e cospe-sangue.

O fogo vem durante a execução da música Firehouse. Com querosene na boca, Gene cospe em direção a tocha que segura na mão criando assim uma chama de dois metros de comprimento. Após tostar seus cabelos várias vezes, Gene Simmons se tornou um dos maiores cuspidores de fogo do mundo. Para o número cospe-sangue, Gene aguarda a música 100,000 Years e como num ritual de magia negra, lentamente pequenas gotas de sangue começam a escorrer pelo canto da boca, até se transformar em um jorro abundante. Como trilha sonora para esta atitude, Gene toca seu baixo, utilizando efeitos de eco e distorção, além do som de correntes sendo arrastadas e de vento, o que cria uma atmosfera tensa.

A partir da turnê de Hotter than Hell, uma mensagem acompanha todos os shows da banda. Sempre ao início de cada apresentação, um mestre de cerimônias berra a seguinte frase: "You Wanted the Best and You Got the Best. The Hottest Band in the World, Kiss!" - , traduzindo: "Vocês são os melhores e vocês terão o melhor, a banda mais quente do mundo, Kiss". Esta repetição constante de mensagem tornou-se emblemática na carreira da banda. Este slogan, marca definitivamente, o início do conceito Kiss: "Ser um Super-grupo".

Dia 19 de março de 1975 marca a data de lançamento de Dressed to Kill (Vestidos para Matar), o terceiro disco da banda. É nesse álbum que esta contido um dos maiores sucessos da banda e que se tornou um dos maiores clássicos do rock, o hino Rock „n Roll All Nite.

Segundo Paul Stanley, ela definiria o espírito do que era viver o mundo do rock´n´roll para o Kiss. A música traz elementos de sensualidade e trechos referentes a rebeldia dos jovens que procuravam viver da melhor forma possível se divertindo ao máximo. C‟mon And Love Me e Rock Bottom são os outros destaques do disco.

Como sempre o Kiss e a gravadora usariam de todo o poder de marketing para alcançar grandes vendas. Uma das muitas formas que utilizaram para promover Dressed to Kill, foi levar a banda para passear em um luxuoso carro aberto e pra completar atiravam gomas de mascar e balas para as pessoas que passavam. Diante daqueles seres maquiados, as reações eram de espanto, medo e admiração .

Dressed to Kill é mais um disco em que a capa se tornou curiosa. Na foto aparecem os integrantes, devidamente maquiados, vestidos de terno e ainda pode notar-se que o terno de Gene Simmons é mais curto do que deveria ser, isso ocorreu porque a roupa que Gene vestia era do próprio dono da Casablanca Records. Isso devido ao fato de que mesmo diante de toda a produção, a banda ainda não tinha dinheiro suficiente para viver. Todos os demais ternos utilizados na foto foram emprestados por amigos ou parentes.

Aproveitando o momento de sucesso, o Kiss lança em 10 Setembro de 1975, o primeiro de uma série de três álbuns ao vivo, o Alive! (Vivo!).Este disco duplo conquistou definitivamente o público americano, mas alguns críticos consideraram este projeto um tanto quanto duvidoso, visto que, naquela época, os discos ao vivo só eram lançados por artistas em final de carreira, como última tentativa de incrementar suas vendas.

Mesmo assim chega em nono lugar na parada da Billboard e recebe os três primeiros discos de platina, e após duas semanas, com quinhentas mil cópias vendidas, converte um disco de ouro para a banda. A produção fica por conta de , famoso por trabalhos com Jimi Hendrix e Led Zeppelin.

O sucesso era inevitável e o dinheiro começava a aparecer, mesmo assim a banda ainda adotava truques curiosos para economizar e impressionar o público. Entre outras manobras, eles amontoavam caixotes de madeira vazios com uma frente falsa no formato de amplificadores, construindo assim uma suposta gigantesca parede de amplificadores. Tendo em vista que cada amplificador Marshall utilizado em palco custava na época o equivalente à US$ 600 (seiscentos dólares), a mídia se perguntava: "Como era possível que uma banda desconhecida possuísse tamanho equipamento?".

Outro fato curioso é o recorde de tempo em que a banda lançava discos. Foram quatro num curto período de dois anos. O que tornou o Kiss ainda mais visado pela imprensa em geral. Para aproveitar a excelente fase, nada melhor do que mais um disco. A Casablanca contratou para a elaboração do quinto álbum, o produtor Bob Ezrin, um dos melhores da época, tendo trabalhado com artistas como Pink Floyd, e Alice Cooper.

Como resultado dessa parceria, em 15 de março de 1976, sai Destroyer (Destruidor), disco que se tornaria um clássico absoluto trazendo nada mais, nada menos que petardos como: Detroit Rock City, King Of The Night Time World, God Of Thunder, Shout It Out Loud e Do You Love Me?.

A banda explora ainda uma nova sonoridade, incluindo violinos e na primeira balada, Beth. Escrita por Peter Criss, ela causou certo desconforto entre os demais integrantes, que não concordavam em incluir uma balada no repertório da banda, por diferir totalmente do trabalho que vinha sendo realizado. Mesmo assim, Beth se tornou um dos maiores sucessos de Destroyer e foi a responsável por incluir o Kiss na programação das diversas rádios FMs. A capa de Destroyer apresenta paradigmas típicos de revista em quadrinhos, retratando, através de uma ilustração, a imagem da banda como super-heróis que invadem Nova York ao cair da noite.

No final de 1976 a banda já havia vendido mais de 1 milhão de discos e a média de público nos shows girava em torno de 15 mil pessoas. Até então o Kiss era bem popular nos Estados Unidos e a partir daí passa também a ser reconhecido mundialmente, incluindo a Europa e, principalmente, o Japão. Com o sucesso no lado ocidental do planeta a Casablanca Records lança somente no Japão, uma caixa especial contendo os três primeiros discos, intitulada de The Originals.

O Kiss começa a aparecer freqüentemente nas TV‟s americanas e vai criando uma legião de fãs apaixonados pela banda. Nesta fase, surge o empresário Bill Aucoin, renomado profissional que passa a controlar os negócios do Kiss, desde posters até camisinhas. Funda-se o Kiss Army, exército de fanáticos em todo o mundo que são comandados pela própria banda. O Kiss Army responsabiliza-se, como um fã clube mundial, pela promoção e divulgação da banda, produzindo fanzines e comercializando diversos materiais relacionados ao grupo. Existe ainda uma curiosa lenda em torno do Kiss Army, onde dizem que o fã-clube possui uma gigantesca fortuna que será distribuída como herança aos fãs após a morte de seus ídolos.

O Kiss lança o álbum Rock´n´Roll Over em 11 de Novembro de 1976. Considerado por muitos o melhor álbum da banda, vem recheado de clássicos como Calling Dr. Love, Baby Driver e a balada Hard Luck Woman escrita por Paul como um presente a , que não quis gravá-la. Outros destaques do disco são I Want You e Makin‟ Love. É um ano calmo para a banda, que, a esta altura já está incluída na categoria de super-grupo, devido a magnitude de seus shows.

Em 30 de Junho de 1977, o Kiss lança o álbum Love Gun mantendo a mesma qualidade dos álbuns anteriores, vende um milhão de cópias em apenas uma semana. Os destaques ficam por conta da faixa que dá título ao disco, Love Gun, e ainda Shock Me com Ace Frehley nos vocais, I Stole Your Love, Plaster Caster e . A capa do disco é novamente referência a personagens de quadrinhos. No desenho estão os quatro integrantes da banda como super-heróis, sendo adorados por um séquito de mulheres devidamente maquiadas.

A gravadora repete a fórmula e em 14 de Outubro de 1977 lança mais um duplo ao vivo, Alive II, que alcança o mesmo sucesso do primeiro. As novidades ficam por conta das 5 faixas inéditas de estúdio: All American Man, Rockin' In The U.S.A., Larger Than Life, Rocket Ride e Any Way You Want It. Cogitaram também a possibilidade de gravar Jailhouse Rock do Elvis, mas Presley morreu e o Kiss desistiu da idéia.

A turnê do Kiss começava a ganhar ares de monstruosa. Envolvia cerca de 50 pessoas na equipe, dentre elas havia um "batedor", cuja função era providenciar hotel, limusines e alimentação especial para cada um dos integrantes (Paul Stanley exigia comida japonesa, Ace preferia pratos vegetarianos, etc); um chefe de segurança; um produtor responsável pela movimentação da equipe e do equipamento; um manager de palco; um figurinista, responsável também pela maquiagem; um técnico em efeitos especiais; um técnico para guitarra, outro para baixo e um para bateria; três carpinteiros; um motorista; um tesoureiro e um produtor geral, responsável por toda a equipe. A parafernália usada nos shows não deixava por menos, eram: 16 toneladas de equipamento pessoal; 24 toneladas de som; 17 toneladas de luz; 18 toneladas de cenário. Tudo isso obviamente não ficava barato, e a produção se tornava milionária. Com o som e a iluminação eram gastos um milhão de dólares e só o custo do cenário estava avaliado em cerca de um milhão e cem mil dólares. Eram necessárias 24 horas de trabalho intenso para montar toda a estrutura do show. Tudo ficava pré-estabelecido nos contratos, desde a dimensão do local escolhido para a apresentação até caracterizações detalhadas sobre os camarins. E de escasso, o dinheiro passou a ser farto, nessa época a banda também já possuía seu próprio avião, chamado Of Course. Desde 1975 até 1980, o Kiss já havia percorrido cerca de três milhões de quilômetros.

No ano de 78 duas coletâneas são lançadas. Somente no Japão sai a caixa The Originals II, reunindo três álbuns (Destroyer, Rock´n´Roll Over e Love Gun). Com a falta de material inédito, em 2 de Abril do mesmo ano, é lançada coletânea Double Platinum contando os maiores hits até o momento. O destaque fica para uma versão da canção Strutter, originalmente lançada no primeiro disco em 74. Nesta nova versão ela recebe o nome de Strutter ‟78.

Para o Kiss o tudo não era o suficiente, queriam estar em todos os lugares, em tudo que fosse possível comprar. Neste período, a banda começa a associar a sua imagem em quase tudo, o que fazia que ficassem cada vez mais populares e arrecadassem mais dinheiro. Podia-se encontrar de tudo com a logomarca do Kiss, incluindo lancheiras, posters, fotos, radinhos de pilha, revistas, máquinas de fliperama, bottons, adesivos, carrinhos de brinquedo, jogos, quebra-cabeças, chaveiros, fósforos, gargantilhas, moedas comemorativas e cartões postais.

Mas um fato interessante, é que o Kiss nunca apresentou uma participação significativa nas paradas de sucesso das rádios, mas isso em nenhum momento foi suficiente para atrapalhar a vendagem de discos e a massificação do público fanático pela banda. Os fãs se tornavam cada vez mais apaixonados, assumiam a personalidade de seus ídolos se maquiando e se vestindo como eles. Mais a frente mostraremos fatos, onde religiosos fanáticos tentavam provar por A mais B que o Kiss hipnotizava as pessoas, atraindo-as para seus shows.

Você acha que esse marketing já era o bastante? Pois se enganou. Ainda em 1978, A Marvel Comics lança uma revista em quadrinhos da banda , transformando Ace, Paul, Gene e Peter em super-heróis, tendo como base Capitão América, Super Homem e Homem Aranha. E para promover ainda mais a banda, as primeiras trezentas cópias do gibi continham sangue dos próprios músicos misturado com a tinta utilizada na impressão. No dia da retirada do sangue de cada integrante num laboratório americano, a imprensa acompanhou tudo de perto. Segundo declarações da banda, seria uma forma de "dar nosso sangue pelos fãs".

No mesmo ano, a banda é convidada a realizar um filme, com o propósito de serem transformados em super-heróis. Kiss Meets The Phantom Of The Park (Kiss Encontra o Fantasma do Parque), tem o roteiro baseado em mostrar os quatro heróis travando uma luta contra um vilão de um parque de diversões que criou bonecos iguais a eles para fazerem o mau. Um filme trash de qualidade duvidosa, mas teve boa aceitação por parte dos fãs, é claro. Já nessa época, Peter Criss começava a demonstrar seu grande interesse em sair da banda, faltava as seções de filmagens e sua voz no filme foi substituída por um dublador, já que ele faltou no dia de gravar. Não demora muito para começarem a surgir ainda mais divergências entre a banda. Findo o ano de 1978, Ace e Peter já se mostram descontentes e cansados. Para amenizar a situação e evitar a saída dos dois, a banda lança um álbum solo de cada integrante para que cada um pudesse desenvolver seu próprio trabalho. Um dado curioso é que, cada integrante dedicou seu disco solo aos outros membros do Kiss. O disco de Ace foi considerado o melhor entre os quatro, que regravou o sucesso New York Groove.

Boatos dizem que, depois desse disco, o guitarrista ficou se achando o tal e começou a pensar na carreira-solo. O disco de Paul mantém um som muito parecido com o do Kiss. O solo de Gene dividiu opiniões, alguns gostaram outros odiaram. Gene incluiu uma versão de When You Wish Upon A Star, música-tema do desenho Pinóquio, e algum tempo mais tarde ele próprio diria: "Não sei porque fiz esse disco. Foi obra de um homem completamente perdido". O disco de Peter Criss é considerado o mais dançante e fraco dos quatro.

Após um certo tempo a gravadora lança a coletânea The Best Of Solo Albuns, que trazia as melhores músicas dos 4 discos solo. Apesar do não ter sido feita nenhum tipo de divulgação ou tour, esses discos conseguiram relativo sucesso.

Com a crise entre os membros um pouco controlada, convidam para o próximo disco o produtor Vini Poncia, o mesmo responsável pela produção do disco solo de Peter Criss. Eles deixam o rock pesado de lado e passam a flertar com a música disco (pop dançante), lançam assim o disco Dynasty em 23 de maio de 1979.

Neste disco está a faixa I Was Made for Loving You, a primeira parceria do Kiss com o hit- maker (criador de músicas destinadas à parada de sucesso) . Uma música de discoteca que enfureceu fãs e fez parte da trilha do filme Amor sem Fim. O resultado desta parceria foi significativo para o Kiss. Com uma estética musical totalmente disco, I Was Made For Loving You alcançou o topo das paradas americanas. Mas apesar disso, a turnê de Dynasty foi a primeira a dar prejuízo.

Peter Criss faz seu último show com o Kiss em 29 de novembro de 1979. Mais problemas começam a surgir, a banda continua a investir numa música comercial e em 20 maio de 1980 é lançado o disco Unmasked (Desmascarados). Peter Criss estava tão descontente que nem apareceu para gravar, sendo substituído por Anton Fig, um músico de estúdio. Mesmo assim o nome de Criss aparece nos créditos de Unmasked. Este dado foi revelado apenas 16 anos depois, em 1996. O destaque do álbum fica por conta da faixa Shandi.

Em sua curiosa capa, Unmasked mostra em formato de história em quadrinhos os músicos sendo perseguidos por repórteres que tentam fotografá-los sem as mascaras. No penúltimo quadrinho, eles retiram suas mascaras e seus verdadeiros rostos aparecem idênticos às máscaras, uma forma de mostrar que aqueles seres mitológicos não são uma realidade construída, mas sim, um mito vivo.

Apenas algumas semanas após o lançamento do disco, a banda anuncia a saída de Peter e a entrada do novo baterista, Eric Carr (Paul Charles Carrovello, nascido em 12 de julho de 1953 no Brooklyn em Nova York. Flasher foi a sua única banda anterior), hoje considerado por muitos o melhor baterista que passou pelo Kiss.

Para encontrar Eric Carr, como no começo da carreira foi feito outro anúncio no jornal Village Voice promovendo um concurso para a escolha do novo integrante. Mas dessa vez de forma totalmente anônima, no anúncio não ficava especificado que estavam procurando um baterista para o Kiss. Eric pintou seu rosto assumindo a forma de raposa "The Fox". A escolha pela raposa foi feita por Gene, pois, segundo ele, "Eric era astuto como uma raposa".

Partiram para uma nova tour, passando pelo famoso Palladium em Nova York e pela Austrália em em novembro de 1980, para um público de oitenta mil pessoas. Nessa fase, a imprensa começa a publicar críticas negativas sobre a banda, acusando seus integrantes de incompetência musical camuflada pela maquiagem e pelos efeitos especiais. Devido as críticas intensas o Kiss resolve cancelar sua tour e começam a trabalhar em um novo lançamento que seria o primeiro com Eric Carr.

Para rebater as críticas sofridas e tentar finalmente agradar aos críticos mostrando que eram músicos competentes, o Kiss muda radicalmente de posicionamento. Pela primeira vez desde seu surgimento, via-se uma foto da banda com os integrantes de cabelos curtos e com roupas mais discretas, apesar de continuarem utilizando as máscaras. Contrataram novamente o produtor Bob Ezrin (que produziu Destroyer) e lançaram, em 10 novembro de 1981, o álbum Music From the Elder (Música para os mais Velhos).

O álbum tinha como base ser um disco conceitual baseado na história de um menino que é escolhido para lutar contra as forças do mal. Todas as letras eram relacionadas a esse mesmo tema (recurso utilizado pelos grupos de música progressiva da época). Lou Reed, ex-Velvet Underground, ajudou a escrever três faixas: Dark Light, Mr. Blackwell e A World Without Heroes. Na verdade, esta mudança de posicionamento foi tomada não apenas como prova de competência musical, mas, sobretudo, como uma jogada estratégica para, como sempre, surpreender e chocar público e críticos.

A estética musical de The Elder também difere muito dos discos anteriores. Contando com uma série de vinhetas orquestradas, harpas, violinos e outros instrumentos clássicos, o disco agradou a crítica e surpreendeu os fãs. Alguns adoraram outros repugnaram a nova estética do Kiss, em suma, o resultado de The Elder foi no mínimo estranho.

Não foi realizada nenhuma turnê para a divulgação do disco, mesmo assim, o Kiss apareceu em alguns programas de TV, com um fato que intrigou a todos: sem a presença de Ace, que estava completamente envolvido com álcool e drogas. O guitarrista estava sempre doente e não conseguia acompanhar o grupo. Este envolvimento com drogas foi tão grande que Ace foi obrigado a gravar as suas participações no disco em um estúdio montado na sua casa, pois recusavasse até a participar dos sets de gravação no estúdio com os demais integrantes.

Em maio de 1982 é lançada a coletânea Killers (Matadores), trazendo algumas faixas inéditas. Foi o único álbum não lançado nos EUA. E já com um pé fora da banda, Ace não toca nas quatro faixas inéditas desta compilação. Para substitui-lo, foi escolhido Bob Kulick, irmão de Bruce Kulick (que, anos depois, entraria de vez para a banda), Em 13 outubro de 1982 lançam o disco Creatures of the Night (Criaturas da Noite). Mesmo em face ao envolvimento crescente de Ace com as drogas, ele continuou na banda por motivos contratuais e acabou gravando o álbum. O guitarrista Vinnie Vincent, amigo de Gene, foi chamado para ajudar nas composições e substituir Ace quando ele não aparecia no estúdio. A música I Love it Loud emplacou na MTV americana, recebendo bastante destaque. A estética musical, mais uma vez, foi alterada. O som ficou mais pesado (inclusive, um dos recursos utilizados durante a mixagem do disco para conferir mais "peso" foi colocar o som da bateria bem alto). A capa mostra os rostos maquiados de Paul, Eric, Gene e Ace em close, tendo os olhos fixos para a câmera, com uma expressão de sobre-naturais, reforçada por um brilho ofuscante de seus olhos. Aqui, nota-se claramente o contínuo esforço realizado para conferir "poderes mágicos", no caso, "hipnóticos" aos integrantes da banda.

O clip da música I Love it Loud apresenta a seguinte sinopse: uma família (pai, mãe, filha e filho) está jantando quando começa a passar o clip da banda em um televisor. A mãe, a filha e o pai assistem ao vídeo com ar de desprezo. Ao final, o rapaz tem os olhos iluminados (o mesmo efeito utilizado na capa do disco) e segue em uma marcha com centenas de fãs, de encontro ao Kiss. Com isso, a banda quis passar a idéia de que aquele olhar seria um olhar hipnótico, e de que, a banda controlava as mentes de seus fãs. Mesmo com o clip rodando na MTV, o álbum obteve pouca repercussão. Este clip serviu como reforço para o conceito da capa de Creatures of the Night, de que o Kiss poderia dominar seu público através de poderes míticos. Nessa época Ace definitivamente abandova o Kiss seguindo carreira-solo e cedendo seu lugar a Vinnie Vicent (Vincent Cusano , nascido em Bridgeport, Connecticut no dia 6 de Agosto de 1952 . Suas bandas anteriores foram Treasure, Warrior e Dan Hartman).

O Kiss perdia popularidade na América do Norte, a solução foi excursionar em lugares onde nunca haviam estado antes, como a América do Sul. Realizaram um mega show no Estádio do Morumbi, na cidade do Rio de Janeiro reunindo cerca de 250 mil pessoas, um recorde para o mundo musical sendo o maior público para uma banda sozinha. Gene concedeu, na época, uma entrevista em que falava sobre este show: "O palco será um tanque de guerra, desses do Exército, com dezoito metros de largura. O tanque vai atirar na platéia, haverá bolas de fogo. Nada de cenário, somente o tanque com as luzes em cima. O palco ficará vazio, porque estaremos no tanque, ou em cima dele, na torre, atirando foguetes na platéia com raios elétricos passando à nossa volta. A bateria ficará em cima do canhão do tanque e as caixas de som ficarão suspensas no ar, em cima de nós, até que explodirão, caindo no chão. Teremos também uma cortina de neblina, como se fosse uma nuvem gigantesca que movimenta-se em direção à platéia. Também teremos seis lança-chamas, daqueles que o Exército usou no Vietnã. Vamos atirar na platéia, mas ninguém vai sair machucado. O palco será inundado por uma chuva de fogo que prosseguirá por todo o show. Quanto tocarmos War Machine (Máquina de Guerra), vamos torpedear o público. Além disso, vou cuspir sangue, fogo e vomitar". Os elementos utilizados nesse show (tanque, lança-chamas, etc) inferem o reforço ao conceito de poder que a banda possui: poder de atirar, tocar acordes que estremecem multidões, chocar com seu visual e, principalmente, com "muito poder de fogo".

A revista Manchete, publicou uma cobertura sobre o show, que aconteceu em julho de 1983. Com o título de "Kiss, a explosão do rock", a revista trazia o seguinte comentário: "Parecia uma praça de guerra do futuro, num outro planeta, com quatro seres extraterrenos de caras pintadas e vestes negras, montados num ameaçador tanque, atacando na base de tiros do canhão, lançando chamas e expelindo fumaça, atordoando com as luzes de seus refletores e rajadas de sons ensurdecedores. Assim foi o show do Kiss, realizado para um público de 140 mil pessoas. A banda chegou ao Rio de cara lavada, mas, para a decepção dos fãs, cobrindo seus rostos, como sempre. Um clima de mistério que vende. O camarim estava constituído por uma suíte com quatro camas, ar condicionado, restaurante particular, iguarias, vinhos finos e champanhe francesa. O cachê extra-oficial pago à banda por três shows está estimado em 240 mil dólares". O custo dos shows foi estimado em dois milhões de dólares. A potência sonora, em cerca de 120 decibéis de som".

A Rede Globo de Televisão apresentou um especial sobre o show, porém, desvirtuando totalmente a proposta do grupo. O repórter fez perguntas absurdas como "Por que vocês sacrificam animais no palco?", pergunta que divertiu os integrantes, visto que, em toda a história da banda, não existam relatos de qualquer natureza sobre esse tipo de conduta. Além disso, a Globo entrevistou pessoas totalmente irrelevantes como um menino de 10 anos de idade que disse que preferia os Beatles ao Kiss e que não tinha gostado muito do show; outra entrevista, apresentava um surfista dizendo que só estava alí porque havia ganho o ingresso; e a mais estapafúrdia, uma senhora grávida dizendo que era fã número um da banda.

Além disso, um grupo de fanáticos religiosos tentava impedir à força que o público entrasse no Morumbi, alegando que aquilo (o show) era um culto ao demônio, visto que Kiss, na visão deles, significaria Kids In Service of Satan (Crianças a Serviço do Demônio) ou Kingths In Service of Satan (Cavaleiros a Serviço do Demônio).

Este foi o maior show do Kiss em toda a sua história e o último com pinturas. A imagem adotada por Vinnie foi a de pintar em sua testa uma espécie de lâmpada, chamada de Hankh, o símbolo egípcio da longa vida. Este show realizado no Brasil foi um marco na carreira do Kiss, não só por sua magnitude, mas porque era a primeira vez que a banda excursionava fora do eixo Estados Unidos, Europa, Japão e Austrália.

De volta aos Estados Unidos, um rumor movimentou toda a imprensa. O Kiss iria finalmente, depois de mais de 10 anos de carreira, tirar as suas máscaras. E, diante das câmeras da MTV, no dia 18 de setembro de 1983, o Kiss concedeu sua primeira entrevista coletiva sem pinturas, alegando que estavam fartos da maquiagem. Na verdade, foi uma jogada de marketing para despertar novamente a curiosidade dos fãs.

Na semana seguinte, saia o álbum Lick it Up, o primeiro sem a maquiagem. Agradou em cheio o público americano com músicas como All Hell‟s Breakin‟ Loose, Lick It Up e Fites Like A Glove. Para promover o disco, realizaram uma pequena turnê pelos Estados Unidos, Canadá e Europa. Não foi uma turnê de grande impacto. Após o fim da excursão, por uma guerra de egos, Vinnie Vincent acabou deixando a banda.

Em julho de 1984 o Kiss entrou em estúdio para gravar o próximo álbum, Animalize. Depois de muito procurar por um substituto para ocupar a vaga deixada por Vinnie Vincent, recrutaram o guitarrista de jazz Mark St. John (Mark Norton, nascido em 7 de Fevereiro de 1956 em Anaheim, Califórnia). Gene Simmons esta ocupado com as filmagens de Runaway, onde interpretou um papel de vilão e assim Paul Stanley assumiu toda a produção do disco. Animalize foi lançado em 13 setembro de 1984 e alcançou o disco de platina, com destaque para as músicas Heaven‟s On Fire e Thrills In The Night.

No final deste ano, o Kiss iria iniciar uma turnê pela Europa. Porém, logo no segundo show, o guitarrista Mark St. John sofreu uma crise aguda de tendinite (inflamação dos tendões) e ficou impedido de tocar. O início da turnê teve de ser adiado. O novo integrante da banda foi Bruce Kulick nascido em 12 de Dezembro de 1953 no Brooklyn, Nova York, irmão de Bob Kulick que já havia participado da gravação do álbum Killers em 1982. Bruce já tinha tocado nas bandas Black Jack, Good Rats e Billy Squier. Após alguns ensaios, partiram para a turnê européia, obtendo um bom resultado.

Em 1985, entraram em estúdio para preparar o próximo álbum (o primeiro com Bruce Kulick). Em 16 de setembro do mesmo ano, lançaram Asylum. Os fãs não gostaram do disco, que continha muita música pop. Nessa época, o chamado "Glamour Rock" tomava conta do cenário roqueiro de Nova York. O visual era mais importante do que o som. Uma das principais bandas deste movimento se chamava Poison. Asylum marca o início de uma separação: o Kiss abandonava, gradativamente, as origens do metal e começava a se transformar em uma banda pop. Este disco obteve pouco resultado, gerando apenas uma tour pelos Estados Unidos.

No segundo semestre de 1986 começaram as gravações de X-posed, o primeiro vídeo documentário da história do Kiss. Ele foi lançado no final de 1986. Neste ano, o grupo não gravou nenhum disco nem realizou turnês.

Em 18 setembro de 1987, o Kiss lança o álbum Crazy Nights (Loucas Noites). Como a estética "glam" adotada em Asylum fracassou, o grupo decidiu voltar-se para o rock comercial, porém com um visual mais ameno. Neste disco, além dos eventuais baixo, guitarra e bateria, foram incluídas bases utilizando-se teclados (o que ajudou a reforçar a sonoridade Pop proposta pela banda neste novo trabalho). O disco teve uma aceitação melhor do que os anteriores sem máscara (Lick it Up, Animalize e Asylum, respectivamente), alcançando o disco de ouro uma semana após seu lançamento. A balada "Reason to Live" obteve grande sucesso nas rádios FM.

Em novembro do mesmo ano, iniciam com sucesso uma tour pelos Estados Unidos, com lotação esgotada em todos os shows. Essa tour se estendeu até março de 1988. Seguindo a mesma estética e sonoridade de Crazy Nights, em 16 de novembro de 1988 é lançada a coletânea Smashes, Thrashes and Hits, que traz duas composições inéditas. A única curiosidade é uma versão de Beth com Eric Carr, cantando a música consagrada na voz de Peter Criss. Ao final deste ano, o Kiss acumulava vinte discos de ouro e dezesseis de platina.

Em julho de 1989 o Kiss entra no Fortress Recording Studios para gravar seu novo disco. O contrato que já estava para terminar com a Polygram/Mercury Records foi renovado por mais dez anos. Em 17 de outubro, lançam Hot in the Shade (Quente na Sombra ). A música "Forever", outra parceria da banda com o hit maker Desmond Child, emplacou nas FMs e chegou a fazer parte da tilha de uma novela "Global". Em maio de 1990, a banda inicia uma tour americana com cerca de sessenta shows marcados, mas que acabou se estendendo para cento e trinta (todos lotados) devido à grande demanda. A tour durou até novembro de 1990, culminando com um show em comemoração ao Madson Square Garden (por votação do público de Nova York, o Kiss foi a banda escolhida para animar as festividades, prova de sua popularidade e de seu poder de sedução). Esta tour foi a última da qual participou o baterista Eric Carr.

Em 1991, depois do sucesso da tour Hot in the Shade, a banda entrou novamente em estúdio para a gravação de mais um disco. O produtor seria Bob Ezrin (o mesmo de Destroyer e The Elder). Os trabalhos foram interrompidos, pois Eric Carr começou a sentir fortes dores no peito. Em 09 de abril de 91 foi detectado um tumor maligno no coração do baterista. Anunciado o câncer, Eric ficou internado até o dia 24 de novembro de 91, quando morreu em um hospital de Nova York. Mais uma mudança que alterou a formação do Kiss. Para substituir Eric Carr, foi convocado um músico experiente, que havia tocado com Alice Cooper e Black Sabbath. O escolhido foi Eric Singer nascido em 2 de Maio de 1958 em Cleveland, Ohio. Passou pelas bandas , Black Sabbath, Badlands, , Alice Cooper e Paul Stanley (banda da tounê solo de Paul).

Após os devidos ensaios e alguns shows para apresentar o novo membro, o Kiss lança, 14 em maio de 1992 um álbum que têm como base a volta às origens. O próprio nome do trabalho já refletia esta filosofia, Revenge (Vingança). Com este disco, o Kiss abandona, definitivamente, o "glam" e o Pop e retoma seu rock visceral. A estética sonora é mais crua e direta, ao estilo do trabalho que realizavam na década de 70. Fizeram uma homenagem a Eric Carr gravando a música God Gave Rock And Roll To You II, antigo sucesso do grupo Argent, e incluíram também a faixa Carr Jam ‟81, gravação de um antigo solo de bateria de Eric. O álbum obteve relativo sucesso.

Em 1993 os fãs tiveram uma surpresa. O próximo lançamento da banda seguia uma formula utilizada em dois álbuns anteriores. Em 18 de maio deste ano, chega às lojas o disco Alive III reunindo os maiores sucessos da banda (desde 73 até 93) em versões ao vivo, gravadas durante a tour de 1992. Nesta época, Paul Stanley e Gene Simmons foram convidados a deixar suas marcas na famosa calçada de Hollywood, a Rock Walk of Fame.

Em agosto de 1994, o Kiss foi contratado para fechar a primeira edição do Philips Monsters of Rock, na América do Sul. Tocaram no Brasil e realizaram mais algumas apresentações na Argentina (show promovido por uma rádio de Buenos Aires), incluindo também México e Chile.

Em 1995, realizaram uma tour pelo Japão (onde encontra-se um de seus maiores públicos) com lotação esgotada em todos os shows. Começaram a acontecer por todo o mundo as chamadas Kiss Conventions (Convenções Kiss), uma espécie de congresso em que os fãs trocavam informações, fotos, revistas, camisetas, etc. Nesses eventos, era possível conhecer desde sósias dos integrantes até roupas originais utilizadas nos shows. Ao final de cada evento, a banda realizava um show acústico em que os fãs determinavam o repertório. Neste ano, é lançado o livro Kisstory. A biografia da banda pesava quatro quilos e possuía duzentas páginas, sendo vendida através do correio. A idéia era fazer uma "Bíblia do Kiss". O livro, apesar de caro, vendeu bem. As Kiss Conventions foram cada vez aumentando mais, incluindo Estados Unidos e Austrália. Além disso, o Kiss concedia uma coletiva em que os repórteres eram o próprio público. Nessa convenções, a banda arrecadou centenas de dólares com a venda de material promocional. Nesse período, Ace Frehley e Peter Criss foram convidados a colocar suas marcas ao lado dos outros dois integrantes (Paul e Gene) no Rock Walk of Fame de Hollywood.

Em uma dessas convenções em Los Angeles, Peter Criss resolveu comparecer acompanhado de sua filha, foi nessa época em que as mágoas começararam a ser deixar os integrantes da banda e eles voltaram a velha amizade. Tempos depois, em uma outra convenção, Gene manda uma limousine buscar Peter e sua filha, e durante a apresentação, Criss é convidado para subir ao palco e cantar Hard luck Woman com Eric Singer na bateria.

Depois desse emocionante encontro, tiveram a idéia de convidar Ace para tocar com a banda novamente. Esse encontro acontece quando resolvem seguir a onda que a MTV americana lançou com os chamados MTV Unplugged (shows acústicos realizados pelas bandas, em que o repertório consiste numa releitura de seus maiores hits). Em 1995 o Kiss grava o seu programa (veiculado pela MTV americana e brasileira) e registra o show em CD lançado em 12 de março de 1996. A chamada para o disco era "Kiss Unplugged – The Kiss Reunion!". O termo reunion (reunião) refere-se ao fato de que, além de tocarem antigos sucessos em versões acústicas, Peter Criss e Ace Frehley participaram do trabalho. No meio do show os dois são convidados a subir no palco para tocar Beth e 2,000 Man enquanto Bruce e Singer esperavam, e acabadas a apresentação dessas músicas eles voltaram todos juntos para cantar Nothin' To Lose e Rock and Roll All Nite. O resultado foi uma vendagem excelente e o disco se torna o segundo disco mais vendido da série MTV Unplugged.

Começaram rumores sobre a volta da formação original da década de 70 (Peter, Paul, Gene e Ace). Os rumores começaram a tomar corpo e, no mesmo ano de 1996, o Kiss marcou uma entrevista coletiva, em Nova York, para a imprensa mundial. Os repórteres ficaram surpresos ao verem Gene, Paul, Ace e Peter mascarados, utilizando a mesma estética dos anos 70, anunciarem a volta oficial da banda e o afastamento de Eric Singer e Bruce Kulick, sem mágoas. O resultado foi surpreendente para a banda. No primeiro dia de venda dos ingressos para o primeiro show da Kiss Reunion Tour, que aconteceu em 29 de junho de 1996 no Tiger Stadium, os 79 mil ingressos colocados à venda esgotaram-se em 47 minutos. Devido ao sucesso, a banda começou a agendar uma série de shows para esta turnê. Cada show previa um público mínimo de dez mil pessoas. No repertório, sucessos dos álbuns Alive! e Alive II. Um dos shows mais importantes desta fase foi o realizado durante o Monsters of Rock, em Domington (Inglaterra).

A histeria do público, reascendeu no Kiss, o espírito, há muito perdido, que a banda possuía no início da carreira. Mas nessa época o Kiss lança duas coletâneas, uma ao vivo You Want The Best, You Got The Best em 25 de Junho de 1995 com quatro músicas ao vivo nunca gravadas num disco: Room Service, Two Timer, Let Me Know e Take Me, o resto foi tirado dos Alive! e Alive II.

No ano seguinte a outra coletânea chamada Greatest Kiss, onde todas as músicas são da fase maquiada e a única curiosidade é Shout It Out Loud gravada ao vivo em 1996 no Tiger Stadium. O único material novo foi o polêmico álbum Carnival Of Souls (The Final Sessions) lançado em 1997, gravado ainda com Singer e Kulick na banda. Um disco grunge que surpreende a todos. Nem deveria Ter sido lançado, mas devido a toda a pirataria que envolvia esse material Gene Simmons resolveu lança-lo oficialmente. O destaque fica por conta da faixa Master and Slave.

Com o final da turnê Reunion, a banda começa a gravar o primeiro disco com a volta da formação original, após 18 anos. Resolvem voltar com tudo e chama o competente produtor , famoso por trabalhos com Bom Jovi e Aerosmith. (Nota: Psycho Circus foi um dos últimos trabalhos Fairbairn, que viria a morrer quase 1 ano após seu lançamento). E finalmente, em 22 de setembro de 1998 é lançado o disco Psycho Circus. Um álbum excelente onde fica evidentemente marcada a volta do Kiss a maravilhosa década de 70. O disco abre com a ótima Psycho Circus, uma espécie de Detroit Rock City dos anos 90. Outros destaques ficam por conta de Into the Void com Ace nos vocais, We Are One uma balada que fez muito sucesso nas FM‟s, Raise Your Glasses e Dreamim entre outras. Na versão japonesa contem ainda a música In Your Face também cantada por Ace. No geral foi concebido para ser um Destroyer moderno e conseguiu ser tão bom quanto o mesmo.

Partiram para a Psycho Tour, o primeiro show 3D da história da música. A estréia dessa turnê aconteceu no dia 31 de Outubro de 98, dia do Halloween, no Dodger Stadium em Los Angeles. Para abrir o show convidaram os Smashing Pumpkins. Na porta do estádio eram distribuídos óculos especiais para o público visualizar os efeitos em terceira dimensão. Realizam nesse show tudo o que tiveram em mente: explosões, fumaça, efeitos de luz e som, números cospe- fogo e cospe-sangue, 10 minutos de fogos de artifícios no encerramento do espetáculo e o primeiro-telão em tempo real já visto num show, sem contar a apresentação maluca do Psycho Circus, uma trupe circense nada convencional que está acompanhando o Kiss em sua turnê mundial. Também pudera, a produção do show está longe de ser modesta, foram desembolsados 10 milhões de dólares para que fosse realizada tal monstruosidade visual e sonora.

Nesse mesmo dia, o público pode conferir na porta do estádio um protótipo do KissMóvel. Um carro para duas pessoas produzido em edição limitada, cerca de mil unidades. Os faróis têm o logo do Kiss e um amplificador no painel.

Em abril de 1999, estiveram pela primeira vez no Brasil com a formação original. Fizeram duas apresentações, em Porto Alegre e em São Paulo, reunindo cerca de 50 mil pessoas.

Em Janeiro de 1999 apareceram na Playboy com quarenta mulheres devidamente maquiadas. Em 13 de Agosto do mesmo ano lançaram o filme Detroit Rock City, que conta a história de 4 garotos que farão de tudo para assistir um show do Kiss. Dizem ainda, que estão em negociação com a Coca-Cola para produzir um novo refrigerante, o Kiss-Cola.

Paul Stanley se divide entre o Kiss e as apresentações da peça teatral O Fantasma da Ópera, na qual faz o papel principal. Nesse ano, boatos diziam que Ace Frehley abandonaria a banda novamente, mas a verdade é que a banda já esta preparando terreno para mais uma turnê, a Millenium Concert Events, que está sendo programada para a virada do século.

Enquanto isso, eles marcam participações na WCW, a famosa luta-livre americana, lançando um lutador batizado de God Of Thunder, deixam suas marcas na Calçada da Fama em Hollywood, recebem discos de platina, participam de campanhas anti-drogas e tudo mais.

Ao todo, são quase 25 anos de carreira, cerca de 31 discos oficiais, 50 singles, além de 100 discos piratas cadastrados na discografia oficial da banda, que fazem parte da história do mito. Este é o Kiss uma banda que sempre defendeu a liberdade, calcados na rebeldia saudável da juventude, glorificando a liberdade e a felicidade, além dos temas românticos.

O Kiss nunca foi elogiado pela crítica, o próprio Gene declarou que a banda não tem credibilidade nenhuma. Pink Floyd, Stones e U2 se inspiraram no Kiss para produzir seus mega-shows. Mas para Paul e Gene nada disso importa, pois enquanto houverem fãs se esgoelando na platéia e tietes dispostas a mostrar os peitos nas primeiras filas, o show deve e vai continuar.

Citações

"Uma noite, assistindo ao Ed Sullivan, vi os Beatles. De repente, aquele som agudo, feito feedback de amplificador. Quando a câmera passou vi que eram garotas gritando 'Me come!'. Eu disse: 'Ótimo trabalho. Tenho que fazer isso!'" (Gene Simmons)

"Kiss sempre quis dizer apenas kiss (beijo). Tudo ou qualquer coisa que você pode ter lido ou ouvido resulta da imaginação das pessoas. Não tcmos o mínimo interesse em louvar a Satanás. Concordarmos com a importância de se louvar a alguém ou alguma coisa coisa, desde que você não encha o saco das outras pessoas." (Gene Simmons)

"Se eu fosse Deus, só haveriam mulheres gostosas e o sexo seria obrigatório"(Gene Simmons)

"Ser influência para outros baixistas não importa para mim. O que importa é estar no Kiss."(Gene Simmons) "Acho gozado as pessoas dizerem: 'KISS? Bobagem, ouça Emerson, Lake & Palmer.' Ouça você, eu não." (Paul Stanley)

"Eric Carr era muito melhor do que Peter Criss, mas também era outro tipo de som. De certa forma, o estilo de Eric Carr nos forçou a ser uma banda mais heavy. Lembro dele batendo com força na bateria, com seriedade. Mas era o maior piadista do grupo. Um dia fomos fazer um show, e eu encontrei uma jovem. Convidei-a para ir ao meu escritório. Quando entramos, hmmm, a lei da gravidade atraiu minhas calças para o chão, não sei o que houve. Ela deu abertura, eu estava duro, uma coisa levou à outra. E eu tranquei a porta do banheiro do meu escritório. De repente, começou a entrar fumaça e eu disse: 'Puta saco, incêndio!' Devo ter dito: 'Vamos sair!', eu abro a porta para sair, e lá está ele com a câmera, eu sem calças, ela gritando. Ele acendeu uma bombinha de fumaça e deixou a fumaça entrar. Eric Carr era assim." (Gene Simmons)

"Quando eu conheci Eric Singer, ele era um cara alegre antes de entender como eram as coisas no Kiss. Nunca estava de cara feia, sempre vinha com os punhos levantados como um lutador pronto para a luta. Tenho que dizer que a mesma energia explode no palco e continua quando saímos dele, mas poucos conhecem o outro lado de Eric. É o maior jogador de merda no ventilador do século! Vê esse cabelo loiro? Não se engane, este cara é o diabo!"(Gene Simmons)

"Bruce costuma ser bem calado fora do palco, e, no palco, acho que é ele que dá mais duro pra "sair de sua concha" para ir um passo alem do que ele já foi, pois, ao entrar no grupo, parecia uma árvore tocando guitarra. Ele ficava de pernas fechadas, com a guitarra na altura do pescoço, como um ukulele. O legal é que agora as vezes eu olho pelo palco e não sei onde ele está, porque se meche bem mais agora."(Paul Stanley)

"Acho que o palco foi feito para Paul. Ele solta todos os seus freios no palco, fica completamente possuído como músico, e eu posso dizer que ele faz isso bem, porque trabalho com ele. Acho que ele é natural no palco, e adora aquilo. Enquanto eu fico nervoso antes dos shows, ele mal pode esperar, e o palco torna seu quintal assim que ele entra. Paul muda muito ao subir no palco."(Bruce Kulick)

"Sou um Deus, mas sou um deus humilde!"(Paul Stanley)

"Quando se vai a um país como o Brasil, onde se fala o português, e você toca uma música que 240 mil pessoas cantam junto em inglês, um lance que eu compus no meu sofá em Manhattan, aí você vê o poder do rock'n'roll."(Paul Stanley)

"Eu nunca ouvi porra nenhuma de Shineola. Acho que este é o motivo pelo qual sou original."(Ace Frehley)

"Eu sou o cara mais feio do mundo, mas nasci roqueiro e comi todas as garotas que quis". (Gene Simmons)

"Se você odeia o Kiss, Deus te ama. Se você adora Kiss isso também é ótimo. Se você está no meio, saia!" (Paul Stanley)

"Quando eu conheci o Gene, logo tratei de dizer que a foto dele no Alive II parecia um gorila." (Bruce Kulick)

"Eu odeio artistas que não gostam ou fogem da fama e do dinheiro. Se você não gosta de fama, saia do meio musical. Se você não gosta de dinheiro, assine um cheque para Gene Simmons" (Gene Simmons)

"Nós temos alguns membros da família aqui hoje. E não falamos de mamãe e papai. Estamos falando de Peter Criss e Ace Frehley." (Paul Stanley no KISS Unplugged) "Kiss!" (Kurt Cobain em sua última entrevista antes de morrer respondendo sobre qual seria a sua maior influência)

"Fui presa pela primeira vez por roubar uma camisa do Kiss!"(Courtney Love)

"O KISS é uma das únicas bandas que conseguem resumir a música comobjetividade, tem banda que faz música com 20 minutos e não chega onde quer."(Marty Friedman, Megadeth)

"Comecei a tocar baixo quando vi Gene Simmons!"(Jason Newsted, Metallica)

"Lotamos toda a primeira fila com camisetas feitas em casa, que continham o logotipo da banda. Então, quando as pessoas entravam no teatro e viam vários fãs vestidos com camisetas da banda, pensavam: - Esta banda deve ser importante" (Gene Simmons, se referindo ao primeiro grande show do Kiss)

"Na atualidade nós somos parte do que eu chamaria de Renascença moderna. Acredito que, como na Idade Média, somos um grupo que combina circo, magia, música e máscaras. Os críticos que ainda não perceberam isso são velhos demais"(Gene Simmons, em uma entrevista no ano de 1980)

"Assinado o contrato, trabalhamos como loucos naquele primeiro ano para desenvolver um show que fosse espetacular. Vivíamos em lojas de truques mágicos, experimentando desde pó explosivo até mulheres que sumiam no palco" (Gene Simmons, sobre o primeiro disco do Kiss)

"...Simmons é um verdadeiro fã de efeitos especiais". (Neil Bogard, presidente da Casablanca Records)

"Quando a platéia olhasse para aquele monte de amplificadores iria pensar – nossa, como esses caras tocam alto" (Gene Simmons, sobre os amplificadores falsos utilizados no início da carreira)

"A última tour foi a gota que estava faltando. Tocamos em mais ou menos noventa cidades em três meses, algumas que eu nem sabia que existiam. Para mim foi terrível, só de pensar que no dia seguinte teríamos de tocar o mesmo de anos. O Kiss perdeu a sua magia, estou cansado da maquiagem e de todas as coisas que nos cercam. O Kiss é formado por quatro egos, cada um querendo ser mais importante. Sinto que vou deixar o grupo" (Peter Criss, sobre sua vontade de deixar a banda em 1978)

"É como o Superman. Ninguém precisa saber que ele é o Clark Kent" (Gene Simmons sobre a preocupação de manter sua verdadeira identidade oculta sob a maquiagem).

"O jovem de 17 anos gosta da nossa música porque fazemos exatamente aquilo que os pais dele não gostam. Se os velhos gostassem da nossa música, seria o nosso fim, porque aí, seríamos quadrados. Para os nossos fãs, o Kiss tem uma influência importantíssima. Para eles, o Kiss é mais importante do que aquilo que eles fazem nas suas próprias vidas. É mais do que apenas comprar discos. Ser fã do Kiss é algo especial. Afinal, a arte deve mexer com você, mesmo que seja para te incomodar" (Gene Simmons)

"Apesar de The Elder falar sobre o Bem e o Mal, ele não possui nenhuma semelhança com coisas do tipo Os Dez Mandamentos. O álbum não visa orientar a consciência das pessoas ou ensinar como chegar a um plano superior. É um simples disco. Nunca tentamos abrir os olhos de nossos fãs ou educa-los. Deixamos isso para os filósofos do rock" (Paul Stanley)

"O Kiss é a prova definitiva de que críticos não valem porcaria nenhuma. Afinal, opinião é que nem bunda, todo mundo tem! O que dá a algum retardado o direito de criticar minha banda? Mas não são só críticos de música que não prestam. Outro dia eu estava lendo uma revista e tinha esse cara especialista em gastronomia falando da maravilha que é comer caviar e perninhas de rã. Me responda com sinceridade: quando você está em casa e bate aquela fome, você alguma vez já pensou: "Uhm, que fome...Estou louco para comer umas perninhas de rã"? Eu, nessas horas, só penso em pizza e hambúrguer! É a mesma coisa com o Kiss: tem horas em que você só quer se divertir. Os críticos sempre nos espinafraram. Enquanto isso, nós vendemos milhões de discos, transamos com as mulheres mais lindas do mundo e ganhamos mais do que podemos gastar em mil anos. Quem se saiu melhor nessa?"(Gene Simmons)

"Não há nada melhor do que a vida no Kiss. Não preciso fazer nada, tenho sempre alguém para fazer tudo para mim. Se não quero lavar minha roupa, jogo no chão e logo vem um sujeito lavar meus pijamas. Se quero comer uma pizza às três da manhã, eles dão um jeito de conseguir. Assim que eu saio do meu camarim, há cinqüenta mulheres querendo ter um filho comigo. Não preciso de mais nada." (Gene Simmons)

"É para você tocar enquanto dirige!"

(Gene Simmons sobre o amplificador no KissMóvel)

"Ninguém vai poder reclamar que não viu o show direito porque estava muito longe. É uma revolução no conceito de shows ao vivo!."(Gene Simmons sobre os efeitos 3D na Psycho Tour)

"Nosso show faz bem a saúde! A potência de nossos holofotes é tão grande que o público sai bronzeado, com uma cor bem bacana e saúdavel."(Gene Simmons)

"Eu não gostaria de ser a banda que abre para o Kiss. Porque depois de assistir ao show todo o resto é fichinha em comparação. Fico até com pena de algum moleque de 13 ou 14 anos que decide ir a um concerto de rock pela primeira vez e escolhe o Kiss. Oque ele vai poder assistir depois daquilo? Vai ser tudo uma decepção!" (Gene Simmons)

"Será a bebida mais refrescante do planeta. Mal posso esperar para ter minha cara numa latinha. Seremos a única banda do mundo com nosso próprio refrigerante. Também, só o Kiss poderia fazer uma coisa dessas. Já imaginou, R.E.M-Cola, ou Celine Dion-Cola? Seria muito amargo!"(Gene Simmons, sobre o refrigerante do Kiss, o Kiss-Cola)

"Credibilidade? Está louco? Credibilidade é para covardes! É uma palavra usada apenas por artistas que não tem a coragem de fazer o que realmente querem. Nós nunca tivemos credibilidade alguma, então por que devemos se preocupar? Quanto mais dinheiro eu ganhar, melhor. Não estamos forçando ninguém a comprar nada. Se os fãs querem, o que podemos fazer senão satisfazer seus desejos? Queremos fazer do Kiss a banda mais famosa de todos os tempos, queremos levar o grupo a níveis de fama jamais alcançados."(Gene Simmons respondendo a um repórter que perguntou: "Tanto merchandising não pode prejudicar a credibilidade da banda?")

"Somos que nem uma barata, conseguimos sobreviver até a uma explosão nuclear. Vamos viver mais que todo o mundo!"(Gene Simmons, sobre a longevidade da banda)

"Nosso "momentos difíceis" seriam momentos de glória para qualquer outra banda. Em nossa pior fase, nos anos 80, estávamos tocando em ginásios para até 15 mil pessoas."(Gene Simmons)

"Quem vai a um show do Kiss vai para se divertir. Nunca tivemos uma plataforma política. Nunca falamos sobre como devemos salvar as baleias ou ajudar a Bósnia. Nossa mensagem sempre foi: a vida é curta, então divirta-se! Odeio quando vejo astros de rock se metendo a embaixadores da paz. O que dá a eles o direito de dizer o que as pessoas devem ou não fazer? São todos uns idiotas. Eu, quando dou dinheiro a entidades beneficentes, não chamo a imprensa para me exibir. Alguns astros do rock realmente me constrangem." (Gene Simmons)

Curiosidades homem q faz o papel de pai no clipe I Love It Loud, é o empresário Howard Marks do KISS.

Já em 89, começam os planos pra voltar com a maquiagem, porém sem Peter Criss, e sim com Eric Carr

Os solos de Christine 16, Ace copiou nota por nota da demo gravado com então até desconhecidos Alex e Eddie Van Halen.

Em 94 foi oferecido 1 milhão de dólares a Peter e Ace para tocarem com Gene e Paul no Woodstock 94.

Em 1985 após várias de mudanças de guitarristas, a gravadora relançou o álbum Cretures Of The Night, com com Eric Carr e Bruce Kulick na capa .

Paul cresceu ouvindo música clássica por imposição dos pais. Quando criança, era um grande fã de óperas italianas.

Ace era estudante de arte e foi ele quem desenhou o logotipo da banda.

Gene é um dos maiores cuspidores de fogo do mundo. O recorde mundial é de 20 pés. Gene já alcançou 15.

Demora cerca de 45 minutos para que toda maquiagem seja feita apropriadamente. Cada membro da banda faz a sua própria pintura, desde o início da carreira.

O primeiro número da revista em quadrinhos lançada pela Marvel nos anos 70 foi impresso com sangue dos membros da banda. Os quatro retiraram amostras de seu sangue, que foi misturado à tinta de impressão. O sangue chegou à gráfica dentro de um carro blindado.

Ace costuma dizer que sonha em conhecer outro planeta.

Apesar de Eric Carr aparecer no vídeo de God Gave Rock'n Roll to you, quem gravou a bateria foi Eric Singer.

A primeira coisa que Peter comprou com o dinheiro que ganhou com a banda foi uma lápide para a sua avó.

Gene fala fluentemente 4 línguas: inglês, hebraico, alemão e húngaro.

Paul é um colecionador de vinhos. Brancos alemães são seus favoritos.

Em 1988, Bruce Kulick fez um teste para tocar no disco solo de , Primitive Cool. Acabou perdendo a vaga para Jeff Beck.

Quando criança, Gene chegou a freqüentar uma escola judia para se tornar um rabino.

Quando Eric Carr se juntou à banda, em 1980, foi cogitado que ele gravasse um disco solo, nos moldes dos gravados em 1978. A banda então encomendou uma pintura do rosto de Eric para o mesmo artista que fez as clássicas capas dos álbuns solos. O disco não chegou a ser gravado, e a pintura hoje pertence à família de Eric. A maquiagem egípcia de Vinnie Vincent foi criada por Paul.

último show do KISS maquiado (antes da Reunion Tour) foi no dia 25 de Junho de 1983. Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo.

A banda planejava chamar o disco Crazy Nights, de Who Dares Wins ou Condomnation. Já Revenge, quase foi batizado de Destroyer II.

O noticiário de rádio que se ouve no início de Detroit Rock City, foi escrito e lido por Gene.

Apesar de a banda dizer que Alive II foi todo gravado em Los Angeles durante a turnê de Love Gun, a faixa Beth foi na verdade gravada em Tókyo, durante a turnê Rock and Roll Over.

Ao entrar para a banda, Eric Carr, queria usar o nome artístico Rusty Blade. Os outros membros não gostaram, mas ainda assim Eric usava o nome para se registrar nos hotéis durante as turnês.

Diz a lenda que Ace certa vez colou todos os móveis de seu quarto de hotel no teto

Durante a gravação do álbum Destroyer com o mega produtor Bob Ezrin, ocorreu alguns problemas que poucos fãs ficaram sabendo na época. A maioria das músicas apresentadas por Peter Criss e Ace Frehley foram rejeitadas de cara, para piorar a situação, Bob contrata um baterista substituto para Peter Criss por não gostar de seu trabalho. Outro fato importante de se comentar é da guitarra solo da música Sweet Pain, gravada também por um outro guitarrista, pelo motivo de Ace sair do estúdio mais cedo para encontrar uns amigos, beber e jogar cartas.

O álbum Hotter Than Hell, por pouco não saiu com o nome de "The Harder They Come" que precisou ser mudado por conhecidir com o nome de um lançamento de um álbum gravado por Jimmy Cliff, na mesma época.

Uma das músicas de maior sucesso do álbum Rock and Roll Over, "Hard Luck Woman", foi uma composição feita por Paul Stanley para Rod Stewart, que a rejeitou.

álbum tributo "KISS My Ass" iria se chamar "Great Expectations" ou "KISS This". A versão americana desse álbum censurou o nome para "KISS My A**". O cover preferido de Gene Simmons nesse tributo é da música "Deuce" representada por Lenny Kravitz e Stevie Wonder.

Os solos preferidos de Bruce Kulick, gravados por ele mesmo são das músicas: "Tears Are Falling", "Forever" e "Unholy".

Apesar de não contentar os integrantes da banda, o filme "KISS Meets The Phanton Of The Park", gravado para TV em 1978, teve a segunda maior audiência no canal apresentado no ano.

A morte do ex-baterista do KISS, Eric Carr vítima de um câncer, ocorreu no mesmo dia e ano do falecimento de Freddy Mercury, vocalista do Queen, que veio a falecer de AIDS.

A música que Peter Criss mais gosta de tocar Ao vivo é "Strutter", do primeiro álbum da banda.

Em uma pesquisa realizada pelo "Instituto Gallup" no ano de 1977, mostrou que o KISS era a banda mais popular dos EUA na época..

Nas 4 músicas não gravadas ao vivo do Alive 2, Ace Frehley tocou apenas na que ele canta 'Rocket Ride", Rick Derringer fez os solos de"All American Man" e o irmão de Bruce Kulick, Bob Kulick gravou os solos dass outras três, inclusive de "Any Way You Want It", que foi uma conhecida música dos anos 60 com Dave Clark Five. A mão que aparece na capa do Music From "The Elder" é de Paul Stanley.

É pura lenda a história que os integrantes do KISS pisarm em pintinhos durante algumas de suas apresentações.

Ace teve dificuldade em tocar "Beth" Acústica para MTV, já que essa é uma versão totalmente diferente da de estúdio que é orquestrada, mas com os 5 dias de ensaio antes da apresentação tudo ficou mais fácil

Gene disse Deuce sempre funciona porque é extremamente simples e que foi escrita em 15 minutos e a idéia foi tirada de uma música dos Rolling Stones chamada "Bitch". nome KISS, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma sigla para "Kids in Satan's Service". Na verdade, o nome do grupo foi inspirado num concurso popular de beijo (KISS) que aconteceu nos EUA em 73.

Gene adora dar uma de Don Juan. Vive afirmando que é viciado em sexo e já transou com mais de 2.000 mulheres. Entre suas ex-namoradas estão as cantoras Cher e .

Em 1978, os integrantes do grupo doaram sangue para ser misturado à tinta usada na confecção de histórias em qudrinhos sobre a banda pela Marvel Comics.

See you Tonight (do álbum solo de Gene) foi uma das primeiras composições de Gene Simmons, bem antes de formar o KISS quando tinha entre 15 ou 16 anos.

Ace Frehley costuma dar um susto nas camareiras dos hotíes por onde se hospeda. Ele tem mania de revirar todos os móveis e deixar de pernas para o ar antes de ir embora.

A Reunion Tour foi a turnê mas lucrativa nos EUA nos anos 90, citada até na revista "Forbe's, que traz anualmente o ranking dos negócios mais bem sucedidos nos EUA.

Alguns hobies dos integrantes da banda: Gene adora jogar boliche e assistir filmes de terror; Paul é louco por comida japonesa e coleciona obras de arte.

Gene e Paul são judeus. Reza a lenda que Gene, que é israelense, escapou de ir para um campo de concentração porque sua mãe foi chamada por um general alemão para ser cabelereira de sua mulher.

Ace era estudante de arte e desenvolveu o logo do KISS.

KISS é uma banda totalmente contra as drogas e desde a década de 80 os integrantes participam de campanhas nos EUA.

Peter abadonou seus estudos no segundo grau.

Peter era um ex integrante de uma gangue no Brooklyn, que se chamavam : "The Phantom Lords".

Quando Paul era criança ele apreciava muito as óperas italianas.

Eric Carr era canhoto em tudo, menos pra tocar bateria.

Gene Simmons fala quatro linguagens fluentemente, são elas: Inglês, Hebreu, Germânico e Hungra.

Ace Frehley sempre teve uma ambição: Ir para outro planeta! A língua de Gene Simmons tem em média 7 polegadas.

Uma vez Paul Stanley quis ser antropólogo.

Atualmente o Acustico da MTV do KISS é o segundo maior em vendas, perdendo apenas para Robert Plant e .

Em 1988 Bruce Kulick foi a uma audição para tocar guitarra solo em um trabalho de Mick Jagger paralelo aos Stones chamado "Primitive Cool" mas quem acabou sendo o guitarrista desse projeto foi Jeff Beck.

Em 1979, KISS e a sua companhia de administração compraram mais de 190 acres em Cincinnati, OH para um parque de diversão do KISS, mais acabou não sendo construído.

Por causa do KISS ter um contrato assinado com a Phonogram Records em 1980, Peter Criss recebeu realezas em álbuns que ele não fez, incluindo "Lick it Up", "Animalize" e "Asylum". Paul e Gene resgataram a parte de Peter em 1987.

Antes de decidir colocar " Revenge " KISS estava querendo chamar o novo álbum de "Destroyer II".

Quando Ace e Peter saiu da banda, Paul e Gene compraram as ações dos mesmos e se tornaram lideres da banda, com a volta da formação original Ace e Peter ficaram com apenas 5% cada um das ações da banda.

Quando acabavam-se os Shows do KISS na Reunion Tour apareciam as caras dos discos solos se transformando na cara de outro integrante, isso foi criado pelo próprio Ace em seu computador de uso pessoal.

Quem anunciou a frase "You Wanted the Best..." no Alive! foi o Road Manager Junior Smalling.

Gene Simmons tocou guitarra nas músicas: "Plaster Caster", "Almost Human", "Killer", "Cadillac Dreams" e "Great Expectations".

álbum da década de 80 que mais rendeu para o KISS foi o "Animalize", vendendo mais de 2 milhões de copias.

Dos Solo , Peter Criss foi o único que não conseguiu colocar nenhum single do seu disco nas paradas da Bilboard.

Eric Carr tocou baixo nas seguintes músicas: "Escape From The Island", "I Still Love You", e "Little Ceasar".

Quando Eric Carr entrou na banda, teve-se a ideia de criar um disco solo dele, mas acabou não sendo criado, mas a capa foi desenhada e hoje está em mãos da família de Eric.

KISS possui um dos maiores Fãn Clube do mundo, ele se chama "KISS Army".

Vinnie Vincent's Egyptian Warrior caracter foi concebido de fato e foi criado por Paul Stanley em 1982.

O maior show de Rock de uma banda sozinha foi um show do KISS no Rio de Janeiro com mais de 250,000 pessoas durante a tour do Creatures of The Night.

Além disso tour Brasil teve um outra grande importância, foi o último mascarado! Isso em São Paulo para um público de aproximadamente 60,000 pagantes! (Thanks to Spacedan!) Leva em média 45 minutos para eles se maquiarem perfeitamente.

KISS Army começou em Indiana quando um pessoal de lá promoveram um protesto em uma rádio por eles não tocarem as músicas do KISS!

Antes deles escolherem o nome de KISS, o grupo chegou a pensar em nomes como "Albatross" e 'Fuck".

Paul é um culinarista sofisticado e colecionador de Vinhos. Sua preferência são vinhos brancos Alemães.

Quando Eric Carr re-gravou a música "Beth" em 1988, ele utilizou o mesmo tamborete usado por Peter Criss quando ele gravou essa música pela primeira vez para o Álbum Destroyer em 1976.

Antes de entrar no KISS, em 1972, Ace Frehley gravou um álbum para RCA Records com um grupo chamado Millemo, que nunca foi lançado.

A foto que era para ser usada na capa do disco não realizado do "Wicked Lester" (grupo de Paul e Gene antes do KISS) em 1972, acabou sendo usada em 1979 para um álbum de um grupo chamado de Laughing Dogs.

Em 1994 foi oferecido ao KISS $1 milhão de dólares para se reunirem com Ace e Peter mascarados pera fechar o segundo Woodstock.

Em 1979, o KISS gastou mais de $1milhão de dólares em um sistema de efeitos de laser especiais para a turnê de 'Dynasty" que incluia um efeito onde Paul atirava um laser de seu olho. O sistema inteiro, pórem nunca era usado na turnê.

KISS planejava chamar o álbum "Crazy Nights" de "Who Dares Wins" ou "Condomnation".

A nóticia que se passa no começo da música 'Detroit Rock City" no álbum "Destroyer" em 1976, foi lida de fato por Gene Simmons.

Quando o KISS teve que substituir Ace Frehley em 1982, guitarristas bem conhecidos com Punky Meadows, do Angel, Richie Sambora do Bon Jovi, e até mesmo Eddie Van Halen desejavam participar das audições para entrar no grupo.

KISS planejava gravar para o Alive II a música "Jailhouse Rock" de Elvis Presley

Toda a parte ao vivo de "Alive II" foi gravado durante a turnê do "Love Gun", com excessão da música "Beth" que foi gravada alguns meses antes em Tokyo, no Japão durante a turnê de "Rock and Roll Over".

Antes de entrar no KISS em 1982, Vinnie Vincent era compositor de um programa de TV, chamado "Happy Days", escrevendo canções que Joanie e Chachi cantavam no show.

Parte do rosto de Ace Frehley na capa do álbum "Hotter Than Hell" ficou de lado para disfarçar o local onde não foi colocado maquiagem por estar com um machucado na cara ocasionado por um pequeno acidente de carro.

Jean Beaviour (antigamente do Plasmatics) tocou partes de baixo em "Get All You Can Take" e "Thrills In The Night".

Bruce Kulick e Bob Ezrin tocou partes de baixo na música "Everytime I Look At You". A música "All Hell's Breakin' Loose" é até hoje o único vídeo do KISS que participou do MTV Video Music Award. Essa música do álbum "Lick it Up", concorreu em 1984 no concurso da MTV.

Fonte: Kiss http://whiplash.net/materias/biografias/000108-kiss.html#ixzz3FSgvIuyN

Kiss x Secos & Molhados: o fim da polêmica

Por Rodrigo Rodrigues | Fonte: Emiliopacheco.blogspot.com

O KissKillers nos enviou esta matéria, publicada pelo jornalista Emilio Pacheco no seu blog em 28 de março de 2006, falando sobre a polêmica que envolve a hipótese do KISS ter copiado a maquiagem do SECOS & MOLHADOS.

Emilio começa a matéria dizendo que a discussão foi reacendida no Orkut no ano de 2006 e que ele resolveu dar seus pitacos.... Ney Matogrosso costuma contar sempre a mesma história quando é perguntado sobre o assunto. Eis o que ele falou, por exemplo, para o Jornal do Brasil:

"...o Kiss é que copiou a gente! A banda já era um estrondo no Brasil e fomos ao México. O sucesso lá foi tanto que ficamos mais uma semana. A Billboard tinha publicado uma foto nossa de página inteira e dois empresários americanos quiserem me levar para os EUA. Recusei a oferta: ''Estou começando uma história no meu país e quero dar seqüência a isso''. Não queria acabar como Carmen Miranda. Inclusive disseram que minha imagem era boa, mas que o som tinha que ser mais pesado. Eu não ia mudar nosso som por causa disso. Viemos embora. Uns seis meses depois começou o Kiss, com uma maquiagem como a nossa e um som mais pesado".

Os fãs em geral interpretam esse testemunho de Ney como uma informação privilegiada de que o Kiss realmente copiou os Secos e Molhados. Ou seja, "é verdade porque o Ney falou". No entanto, basta ler com atenção (e isenção) para ver que os fatos que ele alega não provam nada. Ele apenas faz suposições. Sim, é verdade que o disco dos Secos saiu primeiro. Mas quem conhece a história do Kiss sabe que o grupo americano não começou "uns seis meses depois", como afirma Ney, mas muito antes. Paul Stanley e Gene Simmons já experimentavam maquiagem desde 1972, quando o conjunto ainda se chamava Wicked Lester. Mesmo assim, existe uma legião de fãs dos Secos e Molhados que cultiva a crença do plágio como algo sagrado, intocável, um dogma que defenderão até a morte com unhas e dentes. Para esses, não basta citar livros e mostrar fotos.

Por razões óbvias, não vou copiar aqui o que escrevi para o International Magazine - comprem o jornal. Mas posso dizer que apresentei um histórico dos Secos e Molhados, do Kiss e do uso de maquiagem em geral no começo dos anos 70. Procurei analisar os argumentos contra e a favor e, por fim, expus minhas razões para justificar por que acho que o Kiss não copiou os Secos. Mas cometi uma falha imperdoável: não pesquisei as datas exatas. Achei que não fosse necessário. Afinal, sabemos que os Secos e Molhados surgiram antes. Mesmo assim, algum tempo depois, resolvi dar uma conferida na cronologia, ainda que fosse tarde para mudar o texto. E tive uma surpresa: o primeiro LP do Kiss saiu no dia 18 de fevereiro de 1974, portanto antes da viagem dos Secos ao México, que foi em março. A data do lançamento do disco do Kiss pode ser vista aqui e a da viagem dos Secos e Molhados está aqui. Se eu tivesse conferido essas informações desde o começo, talvez nem precisasse ter escrito tanto em minha matéria.

Claro que isso não exclui por completo a hipótese de o Kiss ter copiado os Secos e Molhados. O grupo brasileiro fez um sucesso estrondoso em 1973. Até pode ser que uma foto deles tenha sido publicada na mídia americana, inspirando os rapazes do Kiss a alterar a maquiagem que já vinham experimentando havia algum tempo. Eu não acredito nessa hipótese, mas ela não pode ser descartada.* Porém, a tese da viagem ao México, que Ney Matogrosso sustenta em entrevistas e os fãs até agora aceitavam como prova suficiente, cai por terra diante da evidência inquestionável das datas. Quando os Secos viajaram e Ney foi procurado por empresários americanos, o Kiss já tinha disco nas lojas desde o mês anterior, com maquiagem e tudo.

Fim de polêmica. Arquive-se.

*P.S. Este adendo está sendo colocado aqui e não em um novo texto do blog para que aqueles que aqui chegarem via ferramenta de busca (como o Google) encontrem todas as informações em um lugar só. Sinto muito pelos fãs que tanto desejavam acreditar nesse mito, mas depois de pesquisar mais um pouco, tenho certeza absoluta de que o Kiss não copiou a maquiagem dos Secos e Molhados. Segundo o livro "Kiss Alive Forever - The Complete Touring History", de Curt Gooch e Jeff Suhs, a primeira vez em que o Kiss se apresentou com maquiagem foi em 9 de março de 1973 (as fotos abaixo são do show do dia 10). Os desenhos evoluíram, mas com certeza já estavam mais do que consolidados quando os Secos e Molhados lançaram seu primeiro LP em agosto do mesmo ano. Só mesmo se o Kiss tivesse sabido dos Secos antes de lançarem disco e se tornarem conhecidos em todo o Brasil. Há quem acredite nessa possibilidade, já que o primeiro show dos Secos e Molhados com maquiagem foi em dezembro de 1972.

Várias pessoas me acusaram de estar chamando o Ney de mentiroso. Será que ao menos leram o que eu escrevi? Outra admiradora puxou para o lado da xenofobia: "Como vocês podem ser tão alienados de defender americanos? Eu sou brasileira!" Houve também quem questionasse a confiabilidade das fontes consultadas, numa atitude que lembra aquele personagem da Escolinha do Professor Raimundo ("Há controvérsias!"). Esse fã em questão acha que Gene Simmons e Paul Stanley teriam manipulado as informações de todos os livros e sites só para forjar provas de que Kiss não teria copiado os Secos. Outros acreditam que o grupo americano, mesmo com a pouca grana que tinha no começo da carreira, poderia ter vindo até o Brasil para conferir os Secos e Molhados de perto. Ora, em 1973 o Kiss não tinha condições sequer de comprar uma aparelhagem de som decente (nos shows eles empilhavam gabinetes vazios de amplificadores, para impressionar), mas iria investir em passagens aéreas internacionais só para copiar idéias de um grupo brasileiro? Ou mandar um emissário? Alguns fogem da discussão quando percebem que ficam sem argumentos, dizendo que "cada um diz uma coisa diferente, então não dá pra ter certeza de nada". Lamento, mas não há confusão nenhuma. As datas são:

Dezembro de 1972 - Primeiro show dos Secos e Molhados com maquiagem Março de 1973 - Primeiro show do Kiss com maquiagem. Agosto de 1973 - Lançamento do primeiro LP dos Secos e Molhados. Fevereiro de 1974 - Lançamento do primeiro LP do Kiss. Março de 1974 - Ney Matogrosso é contactado por dois empresários americanos no México

Essas datas todas podem ser comprovadas. Não "há controvérsias". Estranha-me que diante de uma pesquisa tão clara, tão inequívoca, alguns ainda relutem em aceitar os fatos. Não se trata de "defender americanos". Nem de chamar Ney Matogrosso de mentiroso. A história que ele conta é verdadeira. Mas os empresários que o procuraram não tinham nada a ver com o Kiss. Se houve plágio, foi entre dezembro de 1972 e março de 1973. Mesmo assim, não vejo muito como a imagem de um grupo brasileiro ainda pouco conhecido em seu próprio país poderia chegar tão rapidamente aos Estados Unidos, principalmente numa época em que não existia Internet ou TV por assinatura (nem a cabo, nem por antena parabólica, pelo menos não no Brasil). Mas há quem defenda essa hipótese.

Ao elucidar essa questão, imaginei estar trazendo uma informação importante para as comunidades dos dois grupos. Mas acabei sendo hostilizado pelos fãs de Ney Matogrosso e Secos e Molhados. Meus argumentos foram recebidos quase como uma ofensa. Eu me pergunto o que mudou desde que a Igreja Católica condenou Galileu por ousar dizer que a Terra girava em torno do Sol e não o contrário. A teimosia e a relutância do ser humano em ver suas crenças destruídas continuam as mesmas. http://emiliopacheco.blogspot.com/

Nota do editor: na realidade, outros artistas "gringos" usaram maquiagem antes, conforme pode ser visto nas fotos abaixo:

Arthur Brown em 1968 - mais imagens neste link

Capa do primeiro álbum da banda italiana Osanna, de 1971

Alice Cooper em 1972 e 1973 - aparentemente Alice já usava maquiagem desde o início dos anos setenta

Gene Simmons comentou em entrevista sobre o "plágio" da maquiagem.

Há uma espécie de lenda urbana aqui no Brasil que conta o seguinte: nos anos 1970, vocês estiveram no México e viram o show de um grupo brasileiro chamado Secos & Molhados. Dali, copiaram a ideia de se apresentar com maquiagem pesada, mascarados.

Simmons: "Conheço essa lenda. Já ouvimos falar dessa história. Não é verdade. Muitas pessoas acreditam nisso, mas também há muitas pessoas que acreditam em discos voadores, não?"

Made in Brazil: O Secos e Molhados copiou a banda? E o Kiss?

Em depoimento registrado no documentário 50 Anos de Rock Brasileiro, Osvaldo Vecchione, do Made in Brazil, afirma que o Secos e Molhados copiou a ideia da maquiagem que a banda usava desde 1969, confira abaixo a transcrição:

(...) Depois a (TV) Record contratou ele (o DJ e apresentador Big Boy) para apresentar este programa chamado Papo Pop, do qual o Made (in Brazil) e o Joelho de Porco eram atrações fixas, nós participamos de todos os programas, e nesta época o Secos e Molhados fez três vezes o programa com a gente, e em nenhuma vez eles fizeram maquiados. E o Made usava maquiagem desde 1969, a gente sempre usou maquiagem em show, ou todo mundo, ou só eu (Osvaldo), ou só meu irmão (Celso), ou eu, meu irmão e o Cornélius (vocalista) - o Cornélius até mais do que a gente, a gente sempre 'tava maquiado. E pra surpresa nossa, o Secos e Molhados fez três programas com a gente desta série do Papo Pop e nunca usaram maquiagem, e quando saiu o disco deles, pô, um 'tava usando maquiagem que parecia a do Cornélius, outro 'tava usando uma maquiagem que parecia a do meu irmão, outro 'tava usando uma maquiagem que parecia a minha, foi uma surpresa, né, foi uma coisa assim, meio estranha. E como eles estouraram, atingiram a massa, foi o primeiro artista de Rock a vender tanto quanto o Roberto Carlos ou até mais, eles passaram de um milhão de cópias aquele primeiro disco deles. É lógico que, quando um artista atinge a massa do jeito que eles atingiram, a gente até parou de usar a maquiagem, apesar da gente ter sido precursor, ter lançado a maquiagem no Brasil, a gente parou, porque começou a dar impressão que a gente tava copiando os caras e foi justamente o contrário(...)

E existe a lenda que diz que o Kiss teria copiado o Secos e Molhados, então.

Stephen Coronel

Ex-membro do Long Island Sounds, Coronel apresentou Simmons para o guitarrista Stanley Eisen - mais tarde conhecido como Paul Stanley - antes Stanley decidir juntar-se ao Wicked Lester.

Em uma entrevista de 2013 para o Kiss Army Suécia, Coronel falou sobre os primeiros dias do Wicked Lester: "A banda começou comigo, Gene e Brooke Ostrander. Eu que trouxe Stanley. O próximo a se juntar a banda foi Tony, um baterista que Brooke trouxe. Encontramos um quarto acima do Norman Watch Co. no segundo andar de uma Chinatown, sem elevador, arrendado por um escultor, que alugou o quarto dos fundos para nós usarmos a noite e em fins de semana. Não tinha aquecimento no inverno. Stanley e eu queríamos correr pela neve antes dos ensaios para comprar vinho em uma pequena loja de bebidas de Chinatown. Gene nos repreendia! Tivemos muitos ensaios lá. Na primavera seguinte, recebi um telefonema de Gene, enquanto eu estava trabalhando no norte do estado como garçom em hotéis. Um ladrão invadiu a sala de ensaio e os nossos equipamentos e guitarras foram roubados. Então tivemos que comprar guitarras e amplificadores usados que encontramos por aí. Mas continuamos a tocar."

Ele acrescentou: "A não gostava de mim por algum motivo. Disseram que assinariam com a Wicked Lester se eles me substituíssem. Gene veio até o meu apartamento para me dar a notícia."

Gene Simmons: O rock não morreu de velhice, foi assassinado O baixista/vocalista do KISS, Gene Simmons, deu uma entrevista para seu filho, Nick, no Esquire.com, onde ele foi perguntando o que ele diria para músicos e compositores que querem hoje ter sucesso no atual estado da indústria musical nos últimos anos.

“'Não largue seu emprego‟ é um bom conselho”, começou Gene. “Quando eu estava chegando, era como se fosse uma montanha intransponível. Uma vez que você tinha uma companhia em seu lado, eles iam lhe financiar, e isso também significava apoio em suas turnês. Havia uma indústria para ajudar os próximos BEATLES, os próximos STONES, Prince, Hendrix, em cada passo do caminho. Ainda existem companhia de discos e isso se aplica ao rap, pop, country. Mas para músicos que também são compositores – os criadores – para o rock, para o soul, para o blues – está finalmente morto.”

“O Rock está finalmente morto”.

“Estou tão triste que o próximo garoto de 15 anos em uma garagem que quer ligar eu Marshall e colocar no último volume, não vai ter as mesmas oportunidades que eu tive. Ele vai, provavelmente, não importa o que faça, falhar miseravelmente. Não há mais indústria para isso. E quem é o culpado? Sempre há mudanças de interesses – o gosto musical muda com cada geração. Culpar isso seria bobagem. Sempre há aquela parte excitante depois disso: „O que vem agora? Mas tem algo mais. A morte do rock não é natural, o rock não morreu de velhice. Ele foi assassinado. E o real culpado é o garoto de 15 anos na vizinhança, provavelmente um amigo dele. Talvez um dos companheiros de banda com quem ele está tocando. A tragédia é que eles parecem não ter ideia de que estão matando sua própria oportunidade – eles mataram os artistas que teriam amado. A genialidade em algum lugar, ela iria ser expressada, e agora não vai mais, porque é bem mais difícil ganhar a vida tocando e compondo músicas. Ninguém vai lhe pagar para fazer isso.”

“As massas não reconhecem o compartilhamento de arquivos e o download como roubo, porque ficou uma cópia no lugar – não é essa cópia que é um problema. É a outra que alguém recebeu e não pagou. O problema é que ninguém vai lhe pagar pelas mais de 10.000 horas que você gastou para criar o que criou. Eu posso somente imaginar a frustração de todo esse trabalho, e não ter ninguém para dar valor suficiente e pagar você”

“É bem triste para as novas bandas. Meu coração está com eles. Eles não têm chance. Se você toca guitarra, é quase impossível. É melhor você nem aprender mais a tocar guitarra ou compor as músicas, e só cantar no chuveiro enquanto faz testes para o „X Factor‟. Não estou falando mal do „X Factor‟ ou dos cantores pop, mas o próximo Bob Dylan está lá? Os próximos BEATLES? Onde estão os compositores? Onde estão os criadores? Muitos deles agora têm que trabalhar nos bastidores, promovendo as bandas de pop e escrevendo coisas para eles.”

Gene Simmons está certo? Ainda é possível viver de música? Alguém ainda leva o baixista do KISS a sério?

Slash: falando dos comentários de Simmons, que o "rock morreu"

Gene Simmons do KISS, recentemente despertou muita discussão na indústria da música, quando ele declarou: "O Rock está finalmente morto". Mas, além da citação, Simmons teve alguns pontos válidos sobre o estado dos negócios que envolvem a indústria fonográfica. O guitarrista Slash recentemente foi convidado a ponderar sobre o assunto, com o site Ultimate Classic Rock, e ao mesmo tempo comentar as opiniões de Simmons, onde Slash discorda.

No video a seguir, Slash diz que acha que os comentários de Simmons foram baseados nas dificuldades que muitos músicos tem em começar uma carreira. Ele explicou: "O próprio negócio da música não está atendendo ao rock 'n' roll em tudo. E se você é um aspirante a guitarrista ou baterista ou um vocalista em uma banda de rock e quer chegar no topo, os obstáculos estão muito maiores do que quando eu comecei".

Mas Slash diz que ele também vê um lado positivo nas coisas, onde o trabalho sério e de qualidade, muitas vezes brilham. Ele acrescenta: "O público do rock 'n' roll é fervoroso. É enorme, tão vivo e agitado como sempre foi. Então, eu entendo o que Simmons quis dizer, mas eu também acho que é excelente para separar homens de meninos. Se você é realmente apaixonado pelo tipo de música que você quer fazer e você não liga para o dinheiro como motivo principal, mas você quer apenas criar novas músicas e de alguma forma ir lá e tocar ao vivo e fazer sucesso, essa paixão tem que ser lapidada e tem que ser verdadeira".