FERNANDO PINTO MARAVILHA: UM ZIRIGUIDUM TROPICALISTA Leonardo Antan

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

FERNANDO PINTO MARAVILHA: UM ZIRIGUIDUM TROPICALISTA Leonardo Antan REVISTA DA GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE BELAS ARTES - UFRJ ARTIGO FERNANDO PINTO MARAVILHA: UM ZIRIGUIDUM TROPICALISTA Leonardo Antan A pesquisa busca olhar a produção dos desfiles das escolas de samba a partir do olhar da História da Arte, entendendo o carnavalesco como autor e artista. E o campo dos desfiles como pertencente ao da arte não institucionalizada. A partir dessa noção, a pesquisa analisa a trajetória do Fernando Pinto que relacionou com as ideias e conceitos do movimento tropicalista. Retrabalhando em sua obra os símbolos nacionais a partir do deboche, da crítica e da alegoria. Dialogando com uma série de artistas da arte brasileira da segunda metade do século XX. Palavras-chave: Escolas de samba, artista, carnavalesco, tropicalismo, arte brasileira. Um índio descerá de uma estrela colorida, de discussões surgidas quase vinte anos antes brilhante, de uma estrela que virá numa pelo momento tropicalista, articulando também velocidade estonteante e pousará no cora- questões-chave em sua produção, tais como pen- ção do hemisfério sul. (Um índio - Caetano sar o Brasil contemporâneo rearticulando os sig- Veloso) nos tropicais através do uso alegórico do deboche e da ironia. De modo que, em sua trajetória de Os patins deslizam sobre o chão quadriculado de dezesseis anos e quatorze desfiles assinados no branco e preto, conduzidos por estranhos índios grupo especial carioca, de 1971 a 1988, o artista punks. É calor, verão, manhã de sol forte no Rio pernambucano atualizaria questões tropicalistas de Janeiro, na Marquês de Sapucaí. É a Discoteca que foram repensadas e ressignificadas pelos in- Saci, onde índios também tocam heavy metal. É telectuais da década de 1970, no que se conven- a grande casa noturna de Tupinicópolis, a cidade cionou chamar de “cultura marginal”2. indígena pós-marajoara, retrô-futurista, símbo- lo do Tupi Power, onde, seus habitantes fazem Além das escolas de samba, Fernando Pinto atu- compras no Shopping Boitatá e Supermercado aria como diretor teatral, cenógrafo, figurinista e Casas da Onça, se hospedam no Palace Hotel Tu- coreógrafo. Ao chegar de Pernambuco em 1969, piniquim e vão à Farmácia do Raoni. Para se di- instalar-se-ia no icônico Solar da Fossa3 e duran- vertir, opções não faltam como o Cine Marajoara, te os anos 1970, além do cenário teatral, seria que tem o épico Iracema II em cartaz, o Cassi- responsável pela estética do grupo As Frenéticas, no Eldorado e até o Bordel da Uiara, comprando fazendo parte do coletivo Dzi Croquettes e assi- com a moeda guarani e sendo comandados pela nando a direção de shows e cenários de outros Tupioca dos Poderes, onde o Tupi-Cacique dá as artistas como Elba Ramalho, Simone, Chico Any- ordens. sio e Ney Matogrosso. Apesar do estranhamento inicial, com a cons- Em entrevista, o artista assumiria sua herança trução de sua “lendária cidade índia do terceiro artística: milênio”1, Fernando Pinto atualizaria uma série 139 Ano 2 | n. 3 | novembro 2017 REVISTA DA GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE BELAS ARTES - UFRJ De certa forma, sou filho estético da Tro- via buscando encarar as questões que formavam picália, aquele movimento maldito mara- a cultura brasileira dos anos 1960, num desejo de vilhoso. Tropicália, para mim, é a curtição universalizar o Brasil, colocando-o na rota inter- em cima de tudo e de todos. Tropicália é nacional. o verdadeiro Brasil, o subterrâneo; o que todo mundo faz e ninguém mostra. (O Nas artes plásticas, Hélio Oiticica. Na música, o GLOBO, 15/02/1980) grupo liderado por Gil e Caetano. No teatro, Zé Celso Martinez. No cinema, Glauber Rocha. No Em carnavais assinados em duas fases diferentes, carnaval, Fernando Pinto atualizaria essas ques- a primeira delas no Império Serrano e a segun- tões anos depois, em 1980, em seu desfile “Tropi- da na Mocidade Independente de Padre Miguel, cália Maravilha”, para a Mocidade Independente Pinto lidaria com sintomas e processualidades de Padre Miguel, no qual articularia uma série de levantadas pelo momento tropicalista e retraba- ícones da Tropicália e da cultura brasileira, como lhados pelos artistas das gerações seguintes, nos ele bem define, numa espécie de concepção pró- anos 1970 e 1980, das quais fez parte. No presen- pria da História do Brasil: te trabalho serão discutidos três desses sintomas: as noções de brasilidade, os signos tropicais e a Se o enredo é “Tropicália Maravilha” é por linguagem alegórica. que eu sou um pouco filho da Tropicália. Quis fazer um enredo que brincasse com a Encarar o Brasil de frente natureza, a dança, a música do Brasil. Que brincasse com o Brasil mesmo, enquanto Tropicália é a primeiríssima tentativa país, mas não de uma forma ufanista e sim consciente, objetiva, de impor uma imagem a partir de um visão crítica. A tropicália é obviamente brasileira ao contexto atual da exatamente isso: curtir muito, às vezes até vanguarda e das manifestações em geral chegando ao deboche. (Folha de São Paulo, da arte nacional. (OITICICA, 1986, p.106) 08-02-80) Assim definiu Hélio Oiticica o penetrável “Tropi- No discurso do carnavalesco sobre o enredo fica- cália” que sintomatizaria as questões do momen- ria claro um caráter irônico, beirando ao debo- to intitulado tropicalista a partir de seu trabalho. che, uma leitura anti-histórica de uma manifes- Esta seria a primeira de uma série de obras que tação artístico-cultural que se pretendia “séria”. trariam questões semelhantes ao buscar repen- A Tropicália, uma forma de pensar o Brasil, seria sar a cultura brasileira a partir de 1967, evocando evocada por ele como uma espécie de comentário símbolos da nacionalidade estabelecida pelo mo- muito pessoal ao “movimento”5 numa tentativa dernismo de modo irônico e festivo, ao mesmo de atualizar o assunto para o período político-so- passo em que afirmavam que aqui era o “fim do cial de então à formação brasileira, evidenciando mundo”4. nossos principais símbolos, tais como as obras entendidas como tropicalistas. um processo que Contrapondo-se à dicotomia entre alienados Hélio Oiticica definiria como reconhecer que a e engajados, às canções de protesto e à Jovem formação brasileira “é de uma falta de caráter Guarda, a Tropicália surgiria como uma terceira incrível: diarreica; quem quiser construir (nin- 140 Ano 2 | n. 3 | novembro 2017 REVISTA DA GRADUAÇÃO DA ESCOLA DE BELAS ARTES - UFRJ guém mais do que eu, “ama o Brasil”!) tem que de Rubens Gerchman e os desfiles de Fernando ver isso e dissecar as tripas dessa diarreia – mer- Pinto, revisitados e reprocessados em diversas gulhar na merda. (OITICICA, 1973, p. 151) camadas na trajetória do carnavalesco pernam- bucano. Primeiro, no aspecto mais óbvio, das fru- A narrativa proposta em setores ou quadros se tas e faunas representadas abundantemente em articularia com a própria alegoria de um Brasil desfiles diversos, onde se destaca mais uma vez que se queria e não queria ser, segundo a concep- “Tropicália Maravilha”, com setores dedicados a ção de seu criador. Se tratando de uma constru- estes signos representados em carros alegóricos ção fantasmagórica de um Brasil que se apropria e uma visão debochada da flora brasileira a partir de uma dita história oficial, mas mergulha em do título “O cravo brigou com a rosa por causa sua merda. É um processo muito parecido com da margarida gostosa”. Fernando Pinto explica- a encenação de “O Rei da Vela”, do Teatro Oficina ria que o setor marcaria uma ode à margarida em 1967, definida como “uma farsa fantasmagó- que devia ser valorizada em seu aspecto popular, rica que satirizava a pompa oficial, ridicularizava em relação à monarquia da rosa. Essa celebração abertamente o ‘bom gosto’ e se deleitava com o irônica e divertida de uma imagem tropical esva- grotesco” (DUNN, 2009) Esse jogo complexo en- ziada poderia ser comparada às imagens colori- tre o cafona, o kitsch e o grotesco é ainda mais das e alegóricas de Glauco Rodrigues e no forte tenso se analisarmos o momento histórico dos subtexto das bananas de Luiz Henrique Amaral. desfiles das escolas de samba6 em que Fernando Além da fauna e da flora, outro signo de brasi- Pinto atuou. Assim, como Zé Celso e Caetano Ve- lidade resgatado do ostracismo pelo movimento loso, Fernando Pinto trazia o exagero à tona no- tropicalista foi a figura exótica de Carmen Miran- vamente7. Era uma referência ao teatro de revis- da. A cantora luso-brasileira seria o enredo do se- ta, estética que contribuiu para a formação num gundo carnaval da trajetória de Fernando Pinto, primeiro momento, e a partir da chamada “re- em 1972. O desfile “Alô, alô, taí Carmen Miranda”, volução salgueirense” foi colocada de escanteio. apresentado pelo Império Serrano, é provavel- mente o primeiro a abordar um ícone da cultura Relíquias do Brasil de massa, conhecida no âmbito popular. Ao tentar “impor uma imagem obviamente brasi- No depoimento para O Globo, de 1973, escrito leira”, Hélio Oiticica lançaria mão dos mais famo- diretamente pelo carnavalesco, ele fala sobre o sos clichês da identidade nacional forjados pelo processo de construção do enredo em que op- modernismo, através da arte institucionalizada, taria por uma construção não linear: “Sou uma por meio da música, do teatro e do cinema; pro- pessoa muito ligado ao teatro e vejo o carnaval cesso no qual as escolas de samba teriam papel como o maior espetáculo que a gente tem”. Várias fundamental, elevadas ao patamar de símbolos reportagens nos jornais O Globo e Jornal do Bra- da nacionalidade. sil, destacariam as referências do cinema e teatro na criação da apresentação. Essa visão do teatro Todos os ícones de tropicalidade como condição de revista e também da chanchada seria uma lin- de brasilidade, negados até então, emergiriam do guagem adotada por Fernando no sentido de va- subterrâneo destas áreas com a música de Cae- lorização do popularesco, mal visto no carnaval tano Veloso, Tom Zé e Gilberto Gil, a visualidade da época.
Recommended publications
  • Revista Historia E Diversidade 2016
    Dossiê: Teoria da História, Capital e Diversidade ISSN: 2237-6569 Walace Rodrigues1 E-mail: [walace@uft .edu.br] RESUMO: Este escrito objetiva deixar conhecer ao público acadêmico em geral a riqueza artística do trans- formista Norberto Chucri David, mais conhecido como Laura de Vison. Este transformista se colocou na cena noturna gay do Rio de Janeiro, nas décadas de 1980 e 90, como uma fi gura inusitada, criativa, maternal e provocadora. Sua vitalidade noturna no palco contrasta com a vida matutina de funcionário público. Além disto, não se pode deixar de falar em seus prêmios como artista no cinema e de seu jogo de gênero enquanto mecanismo de identidade artística e pessoal. Aqui, relaciono brevemente suas criações performáticas com obras de outras artistas provocadores do século XX, tentando buscar a essência dos inusitados trabalhos de Laura de Vison. Ainda, reforço a ideia da necessidade de uma historiografi a das personalidades históricas LGBT brasileiras. PALAVRAS-CHAVE: Laura de Vison, transformismo, gênero, performance LAURA’S VISION: A (A) OF OUR TIME ARTIST DISCUSSION OF GENDER ABSTRACT: Th is paper aims to let know to the academic public the artistic richness of transformist Norberto Chucri David, better known as Laura de Vison. Th is transformist was active in the gay scene of Rio de Janeiro in the decades of 1980 and 90, and he/she was an original, criative, maternal and provocative fi gure. His/her nocturne vitality on the stage contrasted with his day life as public employee. Furthermore, we can not let aside his/her prizes as cinema actor/actress and his/her gender game as a personal and artistic mechanism.
    [Show full text]
  • Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade De Biblioteconomia E Comunicação Departamento De Ciências Da Informação Bacharelado Em Museologia
    1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO BACHARELADO EM MUSEOLOGIA DANIELA GÖRGEN DOS REIS FOTOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO MUSEOLÓGICA: reflexões e proposições a partir de um estudo de caso Porto Alegre 2019 2 DANIELA GÖRGEN DOS REIS FOTOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO MUSEOLÓGICA: reflexões e proposições a partir de um estudo de caso Trabalho realizado como pré-requisito para a conclusão do curso de Bacharelado em Museologia do Departamento de Ciências da Informação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Zita Rosane Possamai Porto Alegre 2019 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Reitor: Rui Vicente Oppermann Vice-Reitora: Jane Fraga Tutikian FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO Diretora: Karla Maria Müller Vice-diretora: Ilza Maria Tourinho Girardi DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO Chefe: Samile Andréa de Souza Vanz Chefe Substituta: Eliane Lourdes da Silva Moro COMISSÃO DE GRADUAÇÃO DO CURSO DE MUSEOLOGIA Coordenadora: Ana Celina Figueira da Silva Coordenadora substituta: Márcia Bertotto Departamento de Ciências da Informação Rua Ramiro Barcelos, 2705 Bairro Santana Porto Alegre – RS Telefone (51) 33085067 E-mail: [email protected] 4 DANIELA GÖRGEN DOS REIS FOTOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO MUSEOLÓGICA: reflexões e proposições a partir de um estudo de caso Trabalho realizado como pré-requisito para a conclusão do curso de Bacharelado em Museologia do Departamento de Ciências da Informação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Zita Rosane Possamai BANCA EXAMINADORA Prof.ª Dr.ª Zita Rosane Possamai (UFRGS) – Orientadora _____________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Ana Celina Figueira da Silva (UFRGS) – Examinadora _____________________________________________________________ Me.
    [Show full text]
  • Assessoria De Imprensa Do Gabinete
    RESENHA DE NOTÍCIAS CULTURAIS Edição Nº 60 [ 20/10/2011 a 26/10/2011 ] Sumário CINEMA E TV...............................................................................................................4 O Estado de S. Paulo – Festival do Rio - Camila Pitanga reina soberana......................................4 O Globo – Festival do Rio 2011: ‘Matraga’ é consagrado em noite de gafes..................................4 O Globo - Mais espaço às obras autorais na Semana dos Realizadores .......................................6 Zero Hora - Lobisomem em Bagé...................................................................................................7 Folha de S. Paulo - Desmatamento serve de pano de fundo do longa...........................................7 Folha de S. Paulo - "Rock Brasília" vai além das guitarras para contar a história...........................8 O Estado de S. Paulo – Refrão de Renato Russo conduz 'Rock Brasília', sobre geração de 30 anos atrás........................................................................................................................................8 O Estado de S. Paulo – Geração Coca-cola virou Coca Zero?.......................................................9 O Estado de S. Paulo – Ecos ruidosos de uma utopia de cidade traída ......................................10 Valor Econômico - O cinema sem fim de Leon Cakoff / Artigo / Amir Labaki................................10 O Globo - A hora e a vez de Vinícius Coimbra .............................................................................11
    [Show full text]
  • Filmkatalog IAI Stand Februar 2015 Alph.Indd
    KATALOG DER FILMSAMMLUNG Erwerbungen 2006 - 2014 CATÁLOGO DE LA COLECCIÓN DE CINE Adquisiciones 2006 - 2014 Inhalt Argentinien............................................................................. 4 Bolivien....................................................................................18 Brasilien...................................................................................18 Chile.........................................................................................31 Costa Rica................................................................................36 Cuba.........................................................................................36 Ecuador....................................................................................43 Guatemala...............................................................................46 Haiti.........................................................................................46 Kolumbien...............................................................................47 Mexiko.....................................................................................50 Nicaragua.................................................................................61 Peru.........................................................................................61 Spanien....................................................................................62 Uruguay...................................................................................63 Venezuela................................................................................69
    [Show full text]
  • Universidade Estadual De Campinas Instituto De Filosofia E Ciências Humanas
    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS ALINE FERREIRA GOMES A FOTOGRAFIA DE ALAIR GOMES CAMPINAS 2017 2 3 4 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS A comissão Julgadora dos trabalhos de Defesa de Dissertação de Mestrado, composta pelos Professores Doutores a seguir descritos, em sessão pública realizada dia 29 de março de 2017, considerou a canditada Aline Ferreira Gomes aprovada Professor Doutor Jorge Sidney Coli Junior Professor Doutor Omar Ribeiro Thomaz Professor Doutor Mauricius Martins Farina A Ata da Defesa, assinada pelos membros da Comissão Examinadora, conta no processo de vida acadêmica da aluna. 5 AGRADECIMENTOS Eu jamais teria conseguido concluir esta dissertação de mestrado sozinha. Expresso aqui a minha profunda gratidão àqueles que contribuíram com esta conquista: Minha família, especialmente Fabio e Dona Lia, pelo afeto e apoio incondicional. Este trabalho sequer seria imaginado sem o incentivo e apoio de meu orientador, Jorge Coli, que deu suporte à minha transição dos Esportes para a História da Arte. Alex pelas leituras e observações valiosas. Júlia pelo companheirismo intelectual, pelo carinho e por me receber em sua casa. Joaquim Paiva, Luiz Carlos Lacerda e Pedro Vasquez pela disponibilidade em responder meus questionamentos. Iuri pelo apoio, mesmo à distância. Karen e Marina por me mostrarem o valor de nossas escolhas. Marcelo pelo afetuoso incentivo para que eu finalizasse este ciclo. Martinho e Leticia, pela amizade e pelo convite para ministrar aulas em sua universidade; Vinicius pelos momentos de respiro. Will pela torcida e pelos momentos de pausa. Lucila que generosamente mostrou seu acervo. Aos funcionários da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que sempre foram solícitos às minhas demandas, em especial Luciana pela paciência, atenção e informações sobre o acervo de Alair Gomes.
    [Show full text]
  • Desbundados & Marginais: Mpb E Contracultura Nos “Anos De Chumbo”
    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS SHEYLA CASTRO DINIZ DESBUNDADOS & MARGINAIS: MPB E CONTRACULTURA NOS “ANOS DE CHUMBO” (1969-1974) CAMPINAS 2017 SHEYLA CASTRO DINIZ DESBUNDADOS & MARGINAIS: MPB E CONTRACULTURA NOS “ANOS DE CHUMBO” (1969-1974) Tese apresentada ao Instituto de Filosofia e Ciên- cias Humanas da Universidade Estadual de Campi- nas como parte dos requisitos exigidos para a ob- tenção do título de Doutora em Sociologia. Orientador: MARCELO SIQUEIRA RIDENTI. ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VER- SÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA POR SHEYLA CASTRO DINIZ, ORIENTADA PELO PROF. DR. MARCELO SIQUEIRA RIDENTI. __________________________________ ASSINATURA DO ORIENTADOR CAMPINAS 2017 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS A Comissão Julgadora dos trabalhos de defesa de Tese de doutorado, composta pelos professores doutores a seguir descritos, em sessão pública realizada no dia 5 de setembro de 2017, considerou a candidata Sheyla Castro Diniz aprovada. Prof. Dr. Marcelo Siqueira Ridenti (Orientador) – IFCH/Unicamp Prof. Dr. Celso Fernando Favaretto – FFLCH/USP Prof. Dr. Marcos Francisco Napolitano de Eugênio – FFLCH/USP Prof. Dr. José Roberto Zan – IAR/Unicamp Prof. Dr. Michel Nicolau Netto – IFCH/Unicamp A Ata de Defesa, assinada pelos membros da Comissão Examinadora, consta no processo de vida acadêmica da aluna. Para meus pais e para o Lucas, pelo amor incondicional. Para minha terapeuta, pela sanidade mental, e corporal. E para meu negro gato Melodia, pela companhia. AGRADECIMENTOS Tentarei ser sucinta, pois, para realmente contemplar as inúmeras pessoas que cruzaram o meu caminho nesses cinco anos e meio de doutorado, e que, direta ou indiretamente, contri- buíram com ele, meus agradecimentos certamente ficariam mais longos do que esta tese.
    [Show full text]
  • 3. João Moreira Salles E O Documentário
    Universidade Federal de Juiz de Fora Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens – IAD Tais de Medeiros Marcato A CONSTRUÇÃO BIOGRÁFICA EM SANTIAGO Juiz de Fora 2015 Tais de Medeiros Marcato A CONSTRUÇÃO BIOGRÁFICA EM SANTIAGO Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens da Universidade Federal de Juiz de Fora como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Linha de pesquisa: Cinema e Audiovisual. Orientador: Prof. Dr. Sérgio José Puccini Soares Juiz de Fora 2015 Ficha catalográfica elaborada através do programa de geração automática da Biblioteca Universitária da UFJF, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a) Marcato, Tais de Medeiros. A construção biográfica em Santiago / Tais de Medeiros Marcato. -- 2015. 103 f. Orientador: Sérgio Puccini Dissertação (mestrado acadêmico) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Artes e Design. Programa de Pós- Graduação em Artes, Cultura e Linguagens, 2015. 1. Documentário Biográfico. 2. Santiago. 3. João Moreira Salles. 4. Espaço Biográfico. 5. Crítica e interpretação. I. Puccini, Sérgio, orient. II. Título. Para Victor Hugo, minha inspiração maior. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e sentimento, uns com os outros acho que nem não misturam. Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo as coisas de rasa importância. Grande Sertão: Veredas AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Dr. Sérgio José Puccini Soares, pela generosidade, paciência e imensa contribuição à minha construção do saber. Aos professores e colegas do Programa de Pós-graduação em Artes Cultura e Linguagens, pelas trocas de experiências e pelas amizades que se formaram.
    [Show full text]
  • Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Educação E Humanidades Instituto De Psicologia
    Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Instituto de Psicologia Maria Helena Simão Cruz Práticas de paternidade nas camadas populares Rio de Janeiro 2011 Maria Helena Simão Cruz Práticas de paternidade nas camadas populares Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Orientadora: Profa. Dra. Ana Maria Jacó Vilela Rio de Janeiro 2011 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CEH/A C957 Cruz, Maria Helena Simão. Práticas de paternidade nas camadas populares / Maria Helena Simão Cruz. – 2011. 141 f. Orientadora: Ana Maria Jacó Vilela. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Psicologia. 1. Paternidade – Rio de Janeiro (RJ) – Teses. 2. Classes sociais – Teses. 3. Relações de gênero - Teses. 4. Masculi- nidade – Teses. 5. Assistência a menores – Teses. I. Jacó- Vilela, Ana Maria. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Psicologia. III. Título. dc CDU 159.923-053.8(815.3) Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese. ________________________________ ________________ Assinatura Data Maria Helena Simão Cruz Práticas de paternidade nas camadas populares Tese apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Aprovada em 20 de junho de 2011. Banca Examinadora: _______________________________________ Profª. Dra. Ana Maria Jacó-Villela (Orientadora) Instituto de Psicologia da UERJ ________________________________________ Profª. Dra. Anna Paula Uziel Instituto de Psicologia da UERJ ________________________________________ Profª.
    [Show full text]
  • COMUNICADO Secretaria Municipal De Cultura Programa De Fomento Às Artes Da Prefeitura Do Rio De Janeiro 2016/2017 REGULAMENTO N
    COMUNICADO Secretaria Municipal de Cultura Programa de Fomento às Artes da Prefeitura do Rio de Janeiro 2016/2017 REGULAMENTO N. 02/2016 A Secretaria Municipal de Cultura (SMC), no uso de suas atribuições, DIVULGA os projetos selecionados, suplentes e desclassificados nas linhas de ação: A. Teatro; B. Circo; C. Música; D. Dança; E. Artes Visuais; F. Artes Integradas; G. Infância; H. Incentivo ao Hábito de Leitura; I. Publicações Literárias para Jovens Escritores Cariocas; J. Projetos para Museus; K. Cultura Afro e Matriz Africana; L. Pessoas com Deficiência e M. LGBT, bem como os membros das Comissões Julgadoras. Nos termos do item 2.5, da cláusula 2, a contratação dos projetos, objeto do aludido processo seletivo, está condicionada à disponibilidade orçamentária. A: Realização de projetos de teatro Selecionados - ordenados por classificação de até R$ 300.000,00 (trezentos mil reais): RECURSO N° Nome do Projeto Empresa Nota APROVADO PASSARO AZUL PRODUÇÕES 501478 PEQUENOS AMORES R$ 300.000,00 48,75 CULTURAIS LTDA OS TRABALHOS E OS DIAS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE 501699 COMPANHIA DE MYSTÉRIOS E R$ 285.000,00 47,5 ARTES E CULTURA NOVIDADES TEATRO INDEPENDENTE 10 502084 CANALIZE PRODUÇÕES LTDA R$ 300.000,00 47,25 ANOS L. A. FORTES JUNIOR 501565 DANÇANDO NO ESCURO R$ 300.000,00 47,25 PRODUÇÕES ARTÍSTICAS - ME A BUSCA - DRAMATURGIA E 501737 LINGUAGEM DA MÁSCARA GRUPO TEATRAL MOITARÁ R$ 300.000,00 47,25 TEATRAL ALICE GALLAS STEPANSKY 501794 ANTROPOFAGIA R$ 300.000,00 47 02032707039 REPERTÓRIO - MANUTENÇÃO BG ARTENTRETENIMENTO 501723 R$ 299.610,00 47 CIA TEATRO ESPLENDOR 2017 LTDA NÓS DO MORRO EM 501987 GRUPO NÓS DO MORRO R$ 300.000,00 46,75 ENCONTROS INSETOS OU JANELAS ABERTAS CUCARACHA PRODUÇÕES 501780 R$ 300.000,00 46,75 N.3 ARTÍSTICAS LTDA GOG E MAGOGPRODUÇÕES 501820 O ALMOXARIFADO R$ 300.000,00 46,75 ARTÍSTICAS LTDA ME M.E.
    [Show full text]
  • Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro Centro De Educação E Humanidades Instituto De Letras
    Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Instituto de Letras Victor Augusto Menezes Ribeiro Fronteiras do político em notícias sobre a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo Rio de Janeiro 2016 Victor Augusto Menezes Ribeiro Fronteiras do político em notícias sobre a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo Dissertação apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Linguística. Orientadora: Prof.ª Dra. Poliana Coeli Costa Arantes Rio de Janeiro 2016 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CEH/B R484 Ribeiro, Victor Augusto Menezes. Fronteiras do político em notícias sobre a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo / Victor Augusto Menezes Ribeiro. – 2016. 125 f. : il. Orientadora: Poliana Coeli Costa Arantes. Dissertação (mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Letras. 1. Análise do discurso – Teses. 2. Sociolinguística – Teses. 3. Pragmática – Teses. 4. Redação de textos jornalísticos – Teses. 5. Jornalismo e linguagem – Aspectos políticos – Teses. 6. Parada do Orgulho Gay – São Paulo (SP) – Teses. I. Amorim, Cláudia Maria de Souza. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Letras. III. Título. CDU 82.085:[070.041:613.885] Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação desde que citada a fonte ____________________________________ _____________________ Assinatura Data Victor Augusto Menezes Ribeiro Fronteiras do político em notícias sobre a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo Dissertação apresentada, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
    [Show full text]
  • Teatro, Sociedade E Comparativismo Literário: Filigranas Do Discurso Jurídico Em "A Partilha", De Miguel Falabella
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CAMPUS DE TRÊS LAGOAS JÉSSICA NÁGILLA HAGEMEYER TEATRO, SOCIEDADE E COMPARATIVISMO LITERÁRIO: FILIGRANAS DO DISCURSO JURÍDICO EM "A PARTILHA", DE MIGUEL FALABELLA TRÊS LAGOAS - MS 2021 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CAMPUS DE TRÊS LAGOAS JÉSSICA NÁGILLA HAGEMEYER TEATRO, SOCIEDADE E COMPARATIVISMO LITERÁRIO: FILIGRANAS DO DISCURSO JURÍDICO EM "A PARTILHA", DE MIGUEL FALABELLA Dissertação apresentada ao programa de Pós- Graduação em Letras (Área de concentração: Estudos Literários) do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Letras. Orientador: Prof. Dr. Wagner Corsino Enedino TRÊS LAGOAS - MS FEVEREIRO/2021 JÉSSICA NÁGILLA HAGEMEYER TEATRO, SOCIEDADE E COMPARATIVISMO LITERÁRIO: FILIGRANAS DO DISCURSO JURÍDICO EM "A PARTILHA", DE MIGUEL FALABELLA Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Letras (Área de concentração: Estudos Literários) do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Letras BANCA EXAMINADORA _____________________________________________ Prof. Dr. Wagner Corsino Enedino (Orientador) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS _____________________________________________ Profa. Dra. Cristiane Rodrigues de Souza Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS _____________________________________________ Prof. Dr. João Adalberto Campato Júnior Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS Três Lagoas, __ de ___________ de 2021 AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a Deus, pela dádiva da vida e por ter me sustentado até aqui, sem Ele nada disso seria possível. Obrigada Senhor por tudo que tem me agraciado. À minha família, que sempre me apoiou incondicionalmente e me deu todo o suporte necessário para que esse momento se concretizasse.
    [Show full text]
  • Listagem Dos Filmes Brasileiros Lançados Comercialmente Em Salas De Exibição 1995 a 2019 Ano De Lançamento Certificado De Pr
    Listagem dos Filmes Brasileiros Lançados Comercialmente em Salas de Exibiçã o 1995 a 2019 Ano de Certificado de Produto Título Direção Gênero Empresa Produtora Brasileira Majoritária UF Empresa Produtora Minoritária Brasileira UF Distribuidora Máximo de Salas Público Renda (R$) Lançamento Brasileiro (CPB) 1995 B0400064200000 A Causa Secreta Sérgio Bianchi Ficção Agravo Produções Cinematográficas SP - - RioFilme ND 3.000 15.000,00 1995 B0500310700000 Carlota Joaquina, Princesa do Brazil Carla Camurati Ficção Copacabana Filmes e Produções RJ - - Elimar 33 1.286.000 6.430.000,00 1995 B0500264600000 Carmen Miranda - Bananas is my Business Helena Solberg Documentário Radiante Filmes RJ - - RioFilme ND 15.470 90.000,00 1995 - Cinema de Lágrimas Nelson Pereira dos Santos Ficção Meta Vídeo Produções RJ - - RioFilme ND 1.575 7.500,00 1995 B0300012900000 Efeito Ilha Luiz Alberto Pereira Ficção Lapfilme SP - - RioFilme ND 3.000 15.000,00 1995 B0500311400000 Louco por Cinema André Luiz Oliveira Ficção Asacine Produções DF - - RioFilme ND 12.991 60.000,00 1995 B0700675000000 Menino Maluquinho - O Filme Helvécio Ratton Ficção Grupo Novo de Cinema e TV RJ - - S. Ribeiro/RioFilme 31 397.023 1.532.509,00 1995 B1101392800000 O Mandarim Julio Bressane Ficção Julio Bressane RJ - - RioFilme ND 7.616 35.000,00 1995 B0500309200000 O Quatrilho Fábio Barreto Ficção Filmes do Equador RJ - - S. Ribeiro 64 1.117.154 4.513.302,00 1995 B0500434300000 Perfume de Gardênia Guilherme de Almeida Prado Ficção Star Filmes SP - - RioFilme ND 9.077 55.000,00 1995 - Super Colosso Luiz Ferré Ficção Play Vídeo Produções para Cinema e Televisão SP - - Paris 216 154.762 506.027,00 1995 B0500277600000 Sábado Ugo Giorgetti Ficção Iguana Filmes SP - - Mais Filmes ND 155.000 906.750,00 1995 B0500310300000 Terra Estrangeira Daniela Thomas/Walter Salles Ficção Videofilmes RJ - - RioFilme ND 112.840 500.000,00 1995 B0400073200000 Yndio do Brasil Sylvio Back Documentário Usina de Kyno RJ - - RioFilme ND 3.000 15.000,00 B0400061500000/ B0400085400000/ 1996 A Felicidade É..
    [Show full text]