O Futebol E a Sociedade Global: Uma Reavaliação Da Identidade Sociocultural Brasileira Sociedade E Cultura, Vol

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O Futebol E a Sociedade Global: Uma Reavaliação Da Identidade Sociocultural Brasileira Sociedade E Cultura, Vol Sociedade e Cultura ISSN: 1415-8566 [email protected] Universidade Federal de Goiás Brasil Magno E Silva Barbosa, Attila O futebol e a sociedade global: uma reavaliação da identidade sociocultural brasileira Sociedade e Cultura, vol. 10, núm. 2, julho-dezembro, 2007, pp. 173-186 Universidade Federal de Goiás Goiania, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=70310204 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto O futebol e a sociedade global: uma reavaliação da identidade sociocultural brasileira ATTILA MAGNO E SILVA BARBOSA* Resumo: O presente trabalho é uma reflexão socioantropológica sobre as mudanças ocorridas no modo de perceber o futebol como um exemplo da identidade cultural brasileira. O objetivo é demonstrar como tais mudanças são percebidas não como uma ruptura com alguns elementos constitutivos da tradição cultural brasileira, mas, sim, como uma reavaliação funcional de categoriais feita a partir da intensificação da lógica mercantil que passou a dominar o futebol mundial no período compreendido entre as décadas de 1970 e 1990. Palavras-chave: futebol; globalização; reavaliação funcional de categorias. Introdução relacional e hierárquica passa a ser intensa- mente vazada pela lógica impessoal e igualitária. O futebol consolidou-se como um dos meios Todavia, apesar de essa imposição ser um mais importantes de promoção da auto-imagem fenômeno fragilizador do Estado-nação, as e de integração social do povo brasileiro. Entre identidades culturais locais, regionais e até outras coisas, porque permitiu a superação do mesmo nacionais parecem ser reafirmadas, caráter elitista inicial de sua prática nas primeiras contudo, sem implicar meras negações do que décadas do século XX, quando ocorreu a inser- lhes sejam exógeno. ção de jogadores negros e mestiços; fato este Nesse sentido, os valores culturais conhe- que possibilitou a comunicação de elementos cidos como jeitinho, malandragem e você culturais, como o jeitinho, a malandragem e o sabe com quem está falando?1 – que são mulatismo, percebidos e celebrados no estilo de expressões da aversão brasileira à ordem jogo criativo e inventivo praticado pelos grandes impessoal das leis – passam a estar cada vez jogadores brasileiros. Outro elemento incorpo- mais em evidência, não porque sua incidência rado foi o personalismo patrimonialista – herança esteja se intensificando, mas sim por terem sido de um patronato vinculado ao viés relacional e colocados em xeque pelas exigências do ideário hierárquico da sociedade brasileira – presente individualista e igualitário, que no Brasil tem no comportamento de alguns dirigentes. No historicamente dificuldades de se impor como entanto, à medida que o Brasil vai se submetendo eixo norteador das ações sociais. à nova ordem econômica mundial, tais carac- Este artigo está dividido em quatro seções: terísticas começam a ser ostensivamente criti- a primeira objetiva analisar as transformações cadas e repudiadas por aqueles que defendem ocorridas no futebol mundial e brasileiro nas três a lógica da modernização capitalista mundial. últimas décadas do século XX; demonstraremos, A globalização impõe de forma sistemática uma ordem socioeconômica em que a lógica 1. Aqui entendidos a partir da abstração e conseguinte trans- formação em categorias sociológicas, realizadas pela inter- * Doutorando em Ciências Sociais na Universidade Federal pretação de Roberto DaMatta (1990), em seus estudos so- de São Carlos bre a realidade sociocultural brasileira. 173 BARBOSA, ATTILA MAGNO E SILVA. O futebol e a sociedade global: uma reavaliação da identidade... na segunda, como o futebol afigura-se como um O futebol brasileiro na década de 1990 viu- elemento de certa percepção de brasilidade e se obrigado a se sujeitar de modo definitivo à como este é submetido ao processo de globa- lógica do mercado global, que já vinha se dese- lização; a terceira consiste em uma interpretação nhando no continente europeu desde a década das mudanças ocorridas na percepção dos de 1970, com a constatação de que o modelo significados que o futebol tem no Brasil, procu- inglês de gestão baseado na fórmula dirigentes rando entendê-las mais como um processo de amadores e jogadores profissionais – que reavaliação do que de eliminação de categorias inspirou a organização do futebol na maior parte simbólicas; por fim, se tecerão as considerações do mundo – entrou em descompasso com as finais. exigências estruturais impostas pela mercan- tilização crescente do futebol (Helal, 1997; Proni, O futebol no mundo globalizado 2000). Antes disto, a finalidade proeminente não era gerar lucro para particulares, mas sim A globalização como fenômeno sociológico oferecer aos seus apreciadores o acesso ao seu tem o poder de desterritorializar signos, espetáculo favorito e, como conseqüência, pro- significados e manifestações culturais caracte- duzir qualquer outra finalidade, como eventuais rísticos de um grupo social ou de uma sociedade ganhos políticos que os dirigentes pudessem ter específica e de convertê-los em elementos com as conquistas dos clubes. Segundo Helal, identificáveis em outros contextos sociais. A no Brasil, esta última situação ainda ocorre, pois, ocorrência desse fenômeno depende da criação assim como acontece em outras esferas da vida de uma linguagem cultural mundializada que seja social, a oposição entre o tradicional e o moderno a sua expressão simbólica. O objetivo é criar se mantém como elemento configurador. um território cultural onde símbolos incorporados Até a década de 1970, o caráter comercial ou não em bens materiais possam ser consu- do futebol profissional concentrava-se na sus- midos. Uma cultura mundializada só se faz tentação do sistema federativo de clubes. A sentida quando consegue enraizar em nossos desigualdade de potencial mercantil entre times hábitos mais prosaicos aquilo que ela dester- pequenos e grandes estabelecia uma relação de ritorializou. Ela necessita localizar-se em algum interdependência, na qual os primeiros revelavam lugar e manifestar-se de alguma forma. Desse jogadores para os segundos e, em troca, rece- modo, o mundo pode penetrar o nosso cotidiano biam uma compensação financeira. O futebol e, conseqüentemente, alterar a nossa compre- não era um tipo de negócio, como o que temos ensão de proximidade e distância (Ortiz, 1997). na atualidade, isto porque não havia por parte No futebol, tal situação fica evidenciada dos clubes planejamento de marketing, assim quando os meios de comunicação veiculam como qualquer outro esforço estratégico para informações sobre os principais campeonatos aumentar o tamanho da torcida. O aumento ou europeus, nos quais os melhores jogadores diminuição das receitas vinculava-se ao desem- brasileiros atuam. Dessa forma, a audiência penho da equipe na temporada. O futebol era brasileira converte-se em mercado consumidor uma atividade sem fins lucrativos, e os clubes potencial dos produtos vinculados à imagem dos dependiam da colaboração dos “sócios” para clubes europeus. A desterritorialização inten- se manter. Não havia a figura do capitalista sifica sua incidência sobre o futebol brasileiro a empreendedor. cada momento em que os jogadores mais talen- Mas, no decorrer dos anos 80, a lógica do tosos saem do país. A maior implicação dessa “futebol-empresa” se espraiou e fez aumentar situação é que tudo o que os jogadores costu- a mercantilização dos principais campeonatos mavam representar em termos de identificação europeus, que passaram a se estruturar em com a imagem do clube2 passa a deixar de ter o virtude da demanda por transmissões televi- poder referencial de outros tempos. sionadas e pelo surgimento de novas opções de 2. Como foram os casos de Pelé com o Santos, Garrincha e marketing esportivo. A globalização da econo- Nilton Santos com o Botafogo, Zico com o Flamengo e Roberto Dinamite e Vasco da Gama, só para citarmos alguns mia, aliada a um ambiente político favorável para exemplos. a transposição das fronteiras nacionais, conduziu 174 SOCIEDADE E CULTURA, V. 10, N. 2, JUL./DEZ. 2007, P. 173-186 o futebol a uma permeabilização pela lógica de Munique, da Alemanha, e Ajax, da Holanda. valorização do capital (Proni, 2000). Esses times tornaram-se expressões nítidas da No entanto, as condições materiais que modernidade-mundo, como demonstra a viabilizaram definitivamente a transformação do crescente incorporação de jogadores estrangei- futebol em elemento constitutivo de uma iden- ros no Quadro 1. tidade global só se consolidaram na década de Um exemplo paradigmático dessa situação 1990, com a unificação da Europa e a criação ocorreu na 27a rodada da temporada 2004/2005 de uma legislação trabalhista que não mais da Liga Inglesa, quando o Arsenal venceu o distingue os trabalhadores por suas nacio- modesto time do Crystal Palace em Londres por nalidades dentro da Comunidade Européia. O 5 a 1, resultado normal devido à discrepância advento da Lei Bosman3 foi produto desse de poder econômico entre os dois times. Porém, contexto, quando passaram a ser considerados o que nos interessa é que nesse jogo foi possível estrangeiros nos clubes da Comunidade apenas testemunhar um momento de plenitude da os jogadores de origem não-comunitária. globalização. O time do Arsenal atuou sem A conseqüência visível dessa situação é a nenhum jogador de origem britânica – em
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