Sangue E Política
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1 a Eleição De 1982 No Pará
1 A eleição de 1982 no Pará: Memórias, imagens fotográficas e narrativas históricas. Edilza Oliveira Fontes 1 Em 2010 Jader Barbalho ex-governador do Estado do Pará por duas vezes lança um livro que pretende apresentar sua vida pública aos eleitores paraenses que neste ano iriam votar em dois senadores. Jader Barbalho afirma que já em 1962 já participava das lutas estudantis e que continuou nessa forma de resistência quando o golpe militar chegou. Faz um balanço dos cargos eletivos que ocupou, o deputado oferece a partir deste álbum a sua história para ser analisada e comparada. Citação do livro Tempo do Trabalho. 2010. Edição do autor. Neste álbum Jader Barbalho ao se referir aos governos militares declara o seguinte: “Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, os companheiros do PMDB e de outros partidos como também pela sociedade civil, sindicatos, Igreja lutou bravamente para tirar o Brasil da escuridão. Isso é era umas atividades perigosas, temerárias. A oposição era punida de forma violenta. Quem era oposição corria o risco o ser cassado, exilado e torturado. Foi esse cenário e pela Justa causa de livrar o Brasil da ditadura, que iniciei minha vida pública, em 1966 como oposição ao governo militar fazendo parte do grupo dos “autênticos” do MDB” Como podemos observar, o hoje senador Jader Barbalho pretendeu apresentar para os eleitores de 2010 um balanço de sua vida política e usou sua memória com eixo exclusivo da sua narrativa. Neste livro os editores usam as noticias de jornal como ilustração para comprovar a narrativa construída. Mas não só Jader tentou registra as eleições de 1982 no Pará. -
Farinha Do Mesmo Saco Se a Justiça Não Punir Seus Principais Líderes, PSDB E PMDB Serão Os Grandes Adversários Na Eleição Do Próximo Ano
Jornal Pessoal A AGENDA AmAzôNicA DE Lúcio FLávio PiNto • ANo XXXi • No 630 • ABRiL DE 2017 • 2a quiNzena • R$ 5,00 POLÍTICA Farinha do mesmo saco Se a justiça não punir seus principais líderes, PSDB e PMDB serão os grandes adversários na eleição do próximo ano. Será mais uma reedição da velha bipolaridade da política paraense: quando um grupo cai, o outro sobe. E nada muda de verdade. política no Pará – como, de resto, lhado por mais de um grupo – ou, às vezes, qua- no Brasil – é feita de compromissos, drilha, expressão mais usada em nosso tempo, A alianças, acertos, continuidade, conser- do crime organizado, não mais aleatório, bagun- vação. Excepcionalmente há rupturas. Raramen- çado, isolado. Quem sobe ao poder traz consigo te, porém, delas resultam mudanças efetivas. A os seus acompanhantes, vários deles parentes e disputa, em regra, é bipolar: o grupo que sai é dependentes. Não sobra tempo nem espaço para sucedido pelo grupo que a ele se opunha, mesmo aplicar alguma política programática. dele sendo derivado. Os dois grupos se hostili- Na república, poucas foram as rupturas, to- zam e a hostilidade pode ser duradoura. das sob a regra de que tudo muda para nada mu- O que os distingue deve-se a uma realidade dar. Ou, na mais expressiva frase francesa, plus física: o poder é pequeno demais para ser parti- ça change, plus c’est la même chose (quanto SANGRIA EM CARAJÁS • A GREVE E O TRABALHADOR mais muda, mais igual fica). Em 1912 falta de lideranças como de algum sinal dos municípios sustentáveis e Justinia- o “lemismo” (de Antônio Lemos) foi de preocupação real e competência pro- no dos municípios verdes. -
A Volta Por Cima?
Jornal Pessoal A AGENDA AmAzôNicA DE Lúcio FLávio PiNto • ANo XXiX • No 592 • SEtEmBRo DE 2015 • 1a quiNzena • R$ 5,00 JADER BARBALHO A volta por cima? Livrando-se dos muitos processos instaurados na justiça, Jader Barbalho poderá voltar ao topo do poder político no Pará? Parece ser o objetivo da sua atual ofensiva pela notoriedade e a presença pública. uase todos os dias o Diário do Pará ter correspondência ativa com os integrantes do publica pelo menos uma notícia na governo federal e de outras instâncias do poder, qual o protagonista é o senador Ja- procurando assumir a paternidade, a coautoria der Barbalho. Nada a estranhar: o ou a ressonância a causas populares, ele vai a so- Qjornal é de propriedade do líder do PMDB no lenidades públicas, dá entrevistas e até discursa. Pará. Ainda assim, até algum tempo atrás isso Abandonou a antiga estratégia, que executou não acontecia. Por um motivo simples: não havia por mais de 10 anos, de se tornar uma sombra o que relatar sobre as atividades do ex-governa- ou simplesmente desaparecer. dor. Ele evitava aparição em público e iniciativas Agindo assim, evitava se expor a novas reve- que provocassem a atenção da sociedade. Prefe- lações e críticas sobre o seu enriquecimento ilíci- ria atuar sempre nos bastidores, sem aparecer no to, tema monocórdio na imprensa nacional a seu plenário do Senado, muito menos ocupar a sua respeito. Parece que Jader Fontenele Barbalho tribuna. voltou a ser político em tempo integral e dedi- Essa situação mudou. Agora, além de man- cação exclusiva, como antes de bater boca no Se- JP: 28 ANOS AGORA É LULA A HISTÓRIA E ALACID nado com Antonio Carlos Magalhães, formação de quadrilha, estelionato e la- perior, que acabou vindo do Supremo. -
Polarização Política
POLARIZAÇÃO POLÍTICA ARTUR ZIMERMAN (Organização) Série: DESIGUALDADE REGIONAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS Santo André 2019 PARTE I POLÍTICAS PÚBLICAS E DISPUTAS POLÍTICO-ELEITORAIS NA REGIÃO NORTE Pere Petit Professor Associado da Universidade Federal do Pará (UFPA). Presidente da Associação Brasileira de História Oral (ABHO). E-mail: [email protected] 7 1. INTRODUÇÃO Estas páginas são destinadas a apresentar algumas das principais transformações socioeconômicas provocadas na Região Norte pelas políticas públicas do governo federal, desde a criação da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) até os dias de hoje, e os embates eleitorais para a escolha dos presidentes da República e dos governadores dos estados da Região Norte. A seguir, apresentamos a análise dos resultados das últimas eleições (2018) e os embates partidário-eleitorais no estado do Pará durante a ditadura militar e na Nova República. Inicialmente analisamos o processo de criação da Região Norte e a incorporação a essa macrorregião de estados e territórios que fazem parte da denominada Amazônia Legal. Certamente, os recortes do território que fixam as fronteiras entre países e os limites regionais e divisões político-administrativas internas dos Estados-Nação têm que ser analisados como construções político-sociais e não apenas pelas suas semelhanças ou diferenças em seus aspectos físicos: clima, vegetação e relevo. Fronteiras que foram definidas, fixadas, modificadas ou destruídas, por motivações e interesses diversos ao longo do tempo. Contudo, admitir que não são características naturais as que determinam os diferentes recortes do território, não pressupõe negar que os fatores geográfico-climáticos não exerçam qualquer influência no momento de legitimar ou fazer real o que também foi construído. -
SINEI SOARES MONTEIRO Futebol, Ditadura E Trabalho
Universidade Federal do Pará Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Mestrado em História Social da Amazônia SINEI SOARES MONTEIRO Futebol, Ditadura e Trabalho: uma análise das relações políticas e sociais no campo desportivo paraense (1964 – 1978) Belém 2009 2 SINEI SOARES MONTEIRO Futebol, Ditadura e Trabalho: uma análise das relações políticas e sociais no campo desportivo paraense (1964 – 1978) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Pará como exigência parcial para a obtenção do título de mestre em História Social da Amazônia. Orientador: Professor Doutor William Gaia Farias. (PPHIS/UFPA). Belém 2009 3 SINEI SOARES MONTEIRO Futebol, Ditadura e Trabalho: uma análise das relações políticas e sociais no campo desportivo paraense (1964 – 1978) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Pará como exigência parcial para a obtenção do título de mestre em História Social da Amazônia. Orientador: Professor Doutor William Gaia Farias (PPHIS/UFPA). Data de Aprovação: Banca Examinadora: _______________________________________________________ Professor Doutor William Gaia Farias (PPHIS/UFPA) ________________________________________________________ Professor Doutor Antônio Maurício Costa (Membro - PPHIS/UFPA) ___________________________________________________________ Professor Doutor Bernardo B. Buarque de Hollanda (Membro Externo/ PUC-RJ) 4 A Força maior do Universo, Aos amores da minha vida, Ana Maria e João Oliveira. Meus irmãos, meus sobrinhos, Aos apaixonados pela magia do futebol. 5 AGRADECIMENTOS Como um bom jogador que começa nos campos improvisados até se consagrar nos grandes gramados do futebol dou o pontapé inicial nesse trabalho, que tem sido meu companheiro durante cinco anos, seja nas primeiras palavras ditas dentro de um trabalho de pesquisa até os primeiros fachos de idéias rasas, muitas das vezes sem o menor sentido para o propósito acadêmico. -
179 O Golpe Militar-Civil E O Partido Dos Militares
O GOLPE MILITAR-CIVIL E O PARTIDO DOS MILITARES (ARENA) NO ESTADO DO PARÁ PERE PETIT* RESUMO: Na perspectiva metodológica dos estudos de história local e regional, este artigo, inserido nos debates historiográficos sobre a ditadura militar-civil no Brasil (1964-1985), pretende contribuir para o conhecimento da história política do Estado Pará antes, durante e após o golpe de estado de 1964. Examinamos preferencialmente a participação dos militares e o apoio de setores da sociedade civil ao golpe militar, e a repressão que sofreram estudantes e organizações de esquerda e políticos “populistas”. PALAVRAS-CHAVE: ditadura militar-civil e processos políticos; história política do Estado do Pará; repressão política. ABSTRACT: In the view of methodological studies of local and regional history, this paper article, inserted in the historiographical debates about the military-civil dictatorship in Brazil (1964-1985), intends to contribute to the knowledge of political history of the state of Pará before, during and after the coup of 1964. It preferably examines the participation of military forces and the support of civil society sectors to the military coup, and the repression suffered the students, left-wing organizations and “populist” politicians. KEYWORDS: military-civil dictatorship and politic process; political history of the state of Pará; political repression. * Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia (UFPA). Mestre em História da América pela Universidad Central de Venezuela, Doutor em História Econômica pela USP, pós-doutor Universidad de Salamanca (Espanha). Historiæ, Rio Grande, 5 (2): 179-226, 2014 179 INTRODUÇÃO Este texto pretende contribuir, no âmbito local-estadual (Belém-Pará), á produção historiográfica sobre o golpe civil- militar de 1964 e à instauração, consolidação e crise do regime autoritário-militar no Brasil. -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – Unb DOUTORADO INTERINSTITUCIONAL – DINTER
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB DOUTORADO INTERINSTITUCIONAL – DINTER MAYANE BENTO SILVA COLONIALISMO E COLONIALIDADE NO BRASIL E NA AMAZÔNIA PARAENSE Brasília/DF 31 de maio de 2019 MAYANE BENTO SILVA COLONIALISMO E COLONIALIDADE NO BRASIL E NA AMAZÔNIA PARAENSE Tese apresentada como requisito para título de Doutora em Relações Internacionais pelo Programa interinstitucional de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal do Pará/Universidade de Brasília. Orientador: Prof. Dr. Daniel Jatobá Brasília/DF 31 de maio de 2019 MAYANE BENTO SILVA COLONIALISMO E COLONIALIDADE NO BRASIL E NA AMAZÔNIA PARAENSE Tese apresentada como requisito para título de Doutora em Relações Internacionais pelo Programa interinstitucional de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal do Pará/Universidade de Brasília. Orientador: Dr. Daniel Jatobá Data de aprovação: Banca Examinadora: ___________________________________ Prof. Dr. Luiz Daniel Jatobá França (IREL/UnB) - Orientador ___________________________________ Prof. Dr. Roberto Goulart Menezes (IREL/UnB) ___________________________________ Prof. Dr. Mario Miguel Amin G. Herreros (NAEA/UFPA) ___________________________________ Profa. Dra. Ana Tereza Reis da Silva (FE/UnB) ___________________________________ Profa. Dra. Cristina Y. A. Inoue - Suplente Data de aprovação: __/__/__ Para Mario Miguel Amin García Herreros. Com gratidão, admiração e respeito. AGRADECIMENTOS Ao coordenador e professor do programa de Doutorado interinstitucional da Universidade de Brasília, Prof. Alcides Costa Vaz, à coordenadora operacional Profª. Maria Dolores Lima da Silva e a Francisco Araujo na Universidade Federal do Pará, agradeço a oportunidade e suporte oferecidos para que o Pará lograsse dispor de especialistas em relações internacionais. Agradeço também a todos os docentes que envidaram os esforços de lecionar as disciplinas deste doutoramento, em especial, Profª Cristina Inoue, Profª.