SINEI SOARES MONTEIRO Futebol, Ditadura E Trabalho
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Universidade Federal do Pará Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Mestrado em História Social da Amazônia SINEI SOARES MONTEIRO Futebol, Ditadura e Trabalho: uma análise das relações políticas e sociais no campo desportivo paraense (1964 – 1978) Belém 2009 2 SINEI SOARES MONTEIRO Futebol, Ditadura e Trabalho: uma análise das relações políticas e sociais no campo desportivo paraense (1964 – 1978) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Pará como exigência parcial para a obtenção do título de mestre em História Social da Amazônia. Orientador: Professor Doutor William Gaia Farias. (PPHIS/UFPA). Belém 2009 3 SINEI SOARES MONTEIRO Futebol, Ditadura e Trabalho: uma análise das relações políticas e sociais no campo desportivo paraense (1964 – 1978) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Pará como exigência parcial para a obtenção do título de mestre em História Social da Amazônia. Orientador: Professor Doutor William Gaia Farias (PPHIS/UFPA). Data de Aprovação: Banca Examinadora: _______________________________________________________ Professor Doutor William Gaia Farias (PPHIS/UFPA) ________________________________________________________ Professor Doutor Antônio Maurício Costa (Membro - PPHIS/UFPA) ___________________________________________________________ Professor Doutor Bernardo B. Buarque de Hollanda (Membro Externo/ PUC-RJ) 4 A Força maior do Universo, Aos amores da minha vida, Ana Maria e João Oliveira. Meus irmãos, meus sobrinhos, Aos apaixonados pela magia do futebol. 5 AGRADECIMENTOS Como um bom jogador que começa nos campos improvisados até se consagrar nos grandes gramados do futebol dou o pontapé inicial nesse trabalho, que tem sido meu companheiro durante cinco anos, seja nas primeiras palavras ditas dentro de um trabalho de pesquisa até os primeiros fachos de idéias rasas, muitas das vezes sem o menor sentido para o propósito acadêmico. Assim começava minha trajetória por esse fantástico mundo do futebol, nesse processo da busca de sentidos para todas as minhas indagações, aos poucos foi percebendo o quanto seria difícil traçar limites dentro da vasta documentação que a cada dia encontrava; com isso se descortinava cada vez mais diversas possibilidades, somente a partir disso comecei a encontrar sentido para o meu propósito, afinal de contas a história se justifica pela presença de ―carne humana‖ como dizia o grande historiador March Bloch. Nesse longo caminho até aqui inúmeras pessoas foram de extrema relevância para que uma simples e inacabada idéia ganhasse o tom de um trabalho científico. Sem elas certamente eu não teria conseguido juntar os rastros deixados nos fios das experiências humanas. Parafraseando Hardmam, ―começo pelo fim‖ não para estabelecer hierarquias de gratidão e reconhecimento, mas para demonstrar que só foi possível ― reconstruir‖ essa história pela disposição e ―bate-papos‖ nos arquivos por onde passei. Na biblioteca Artur Viana, destaco: Simone, Antônio, Eduardo e seu Ranolfo por quem nutrir uma grande simpatia, pois estava sempre pronto a me ajudar seja na busca dos jornais, bem como nas conversas sobre sua experiência enquanto jogador ainda jovem na base amadora. Na Federação Paraense de Futebol agradeço duas pessoas que me receberam com muita simpatia, seu Juarez Escota que conseguiu diante da presidência a permissão para eu pesquisar nas atas e cedeu alguns contratos para reprodução, não poderia esquecer de seu Nestor, um dos funcionários mais antigo daquela instituição, sua simpatia e confiança muito contribuíram para a coleta das informações. No Clube do Remo, sou grata ao Sérgio que pediu autorização ao presidente na época Raimundo Ribeiro, para que eu pudesse ter acesso nas atas do clube, e ao presidente por ter me deixado pesquisar nos documentos internos da instituição. No arquivo da 8ª Região da Justiça do Trabalho depois de muita insistência recebi finalmente a liberação do diretor do arquivo, chegando às dependências do mesmo fui recebida muito bem por Nilson, responsável por aquela instancia, que ao longo da pesquisa 6 contribuiu muito ao disponibilizar a ajuda de outros funcionários para procurar os processos no vasto acervo existente, a esses de quem não recordo o nome, fica minha dívida. Agradeço ainda aqueles que se tornaram sujeitos da minha pesquisa, ex-jogadores de futebol: Roberto Bacuri, Mesquita, Marinho que me receberam carinhosamente, ao Bacuri pela disposição em conceder a entrevista durante o período de férias em sua residência; à Mesquita pela simpatia em contar detalhes de sua carreira no futebol, pelas fotos cedidas, pela felicidade que me concedeu ao visitar o gramado do ―Mangueirão‖ e pelos contatos com outros jogadores, e ao Marinho também pela simpatia que me recebeu, bem como na confiança de emprestar seus contratos de trabalho, o livro sobre o centenário azulino, de disponibilizar seus álbuns de fotografia, por intermediar o contato com Paulo Sérgio, o apresentador do programa ―gastando a bola‖ na Rádio Clube do Pará. Na imprensa desportiva contei com a colaboração de Paulo Sérgio, pois através dele conseguir entrevistas com Cláudio Guimarães e Guilherme Guerreiro, material de extrema relevância para a abordagem. Nessa caminhada fui presenteada com a participação do programa ao vivo na rádio onde tive o prazer de sentir de perto à interatividade do torcedor. Agora devo citar aqueles que ora estiveram perto, ora distantes, a quem considero meus amigos de jornada acadêmica e de outros momentos: Daniella Moura, Sandra Letícia, Rui, Roberto, Aldair, Amarílis, Amílcar, Benedito. Cada um com uma participação importante, seja no apoio no momento das crises, nas conversas e leituras do texto, nas indicações bibliográficas, nas intermediações com sujeitos ligados ao futebol paraense. Ainda preciso registrar os amigos conquistados no decorrer da vida: Conceição, Maria José, Izane, Lucilene e Sarah. Amizades de longos anos e de pouco tempo, mas fundamentais nos momentos de incertezas. Resta-me nesse momento a responsabilidade de falar do meu orientador a quem tenho uma dívida enorme, pois foi ele quem incentivou, apostou na minha aprovação no programa de mestrado, sempre perguntando ―e então já se inscreveu, essa é a hora, o momento certo‖, suas indagações contrastavam com a minha desmotivação naquele momento em que se busca afirmação profissional sem respostas sólidas. Não se resume a isso, também agradeço pelas orientações ao longo do trabalho. Não poderia esquecer dos professores que muito contribuíram nesse ensaio, com seus comentários, indicações de bibliografia, direcionamento de temáticas, críticas, enfim com suas experiências profissionais: Fernando Artur Neves, Maurício Costa e Franciane Lacerda. Nesse momento agradeço a força maior do universo, pela sabedoria, paciência, força que me concedeu durante a composição dessa dissertação. Aproveitando para deixar 7 registrada sua gratidão em me conceder à presença de meus pais, Ana Maria e João Oliveira, meus irmãos, Wendell, Sidnei, Leide e Josiane, da minha cunhada Silvana, sobrinha Keila e minha prima Elenice, do amor, da força e da compreensão que todos tiveram na minha ausência por conta do trabalho. 8 Futebol se joga no estádio?/ Futebol se joga na praia, / Futebol se joga na rua, / Futebol se joga na alma. {Carlos Drummond de Andrade} 9 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS....................................................................................................... 05 LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................... 12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ............................................................................................... 13 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14 1 - FUTEBOL E DITADURA MILITAR NO BRASIL ................................................. 20 1.1 – UM PANORAMA DA AÇÃO MILITAR NO CAMPO DESPORTIVO ................... 20 1.2 – FUTEBOL E DITADURA NA IMPRENSA PARAENSE.......................................... 35 2 – FUTEBOL, LAZER E POLÍTICA EM BELÉM DO PARÁ ................................. 50 2.1 – O PODER QUE VEM DAS ARQUIBANCADAS: O SIGNIFICADO DO FUTEBOL NA CAPITAL PARAENSE ................................................................................................. 50 2.2 – ―TREMENDO REBOLIÇO: UM ESTÁDIO NA SELVA‖....................................... 65 2.3 – ―BOMBA NO FUTEBOL PARAENSE‖: A CRIAÇÃO DA ESPECIALIZADA E SEUS REFLEXOS ................................................................................................................ 95 3 - FUTEBOL, LEGISLAÇÃO E TRABALHO NOS GRAMADOS PARAENSES.. 110 3.1 - O PASSE NO BANCO DOS RÉUS............................................................................ 110 3.2- FUTEBOL ―PAPA-CHIBÉ‖: AMADORISMO VERSUS PROFISSIONALISMO .... 129 3.3 - ENTRE PASSES E IMPASSES: RELAÇÕES DE TRABALHO NOS GRAMADOS PARAENSES..........................................................................................................................140 3.3.1 – Experiências individuais.......................................................................................... 143 3.3.2 – Relações contratuais ............................................................................................... 145 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 155 FONTES ..............................................................................................................................