Aterro Sanitário Complexidade Para Poder So- De Janeiro, Aborda O Projeto Olho No Ver- Com 1.637.284 M² (Depois Ampliado Em Mais Q Lucioná-Los
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V. 05 julho > dezembro 2017 nº01 revista ISSN 2238-2496 Projeto Olho Boechat do Bairro: CTR Seropédica: licenciamento ambiental O licenciamento no Verde: o uso de satélites no do complexo de ambiental de uma monitoramento de tratamento e disposição central de tratamento florestas no Estado final de resíduos urbanos de resíduos do Rio de Janeiro de Belford Roxo ISSN 2238-2496 revista Governo do Estado do Rio de Janeiro Luiz Fernando de Souza, governador Secretaria de Estado do Ambiente v. julho > dezembro 2017 05 Antônio da Hora, secretário Instituto Estadual do Ambiente Marcus de Almeida Lima, presidente nº01 Diretoria de Licenciamento Ambiental Mariana Palagano Ramalho Silva, diretora Diretoria de Pós-Licença José Maria Mesquita Jr., diretor Diretoria de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistema Paulo Schiavo Júnior, diretor Diretoria de Gente e Gestão Antoine Lousao, diretor Diretoria de Recuperação Ambiental Ruy Geraldo Corrêa Vaz Filho, diretor 4 Editorial Projeto Olho no Verde: o uso de satélites no monitoramento do 6 desmatamento no Estado Produção editorial do Rio de Janeiro Gerência de Publicações e Acervo Técnico Patricia Rosa Martines Napoleão (GEPAT/DIGGES) Tania Maria Machado de Oliveira Rafael Ferreira Coordenação editorial Tania Machado Revisão Sandro Carneiro Islaine Lemos Boechat do Bairro: Normalização Wellington Lira licenciamento ambiental Fotos do complexo de Acervo INEA tratamento e disposição Diagramação final de resíduos urbanos Juliana Rebello 30 Paula Azevedo de Belford Roxo Philip Martins © Instituto Estadual do Ambiente (INEA) Thabata Mentzingen Paz Julia Coní Felipe Teixeira Duarte Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução Capa Marta Ferreira Honorato de dados e informações contidas nesta publicação, Corte e queimada para abertura de estrada em propriedade desde que citada a fonte. Os artigos são de inteira Eliane dos Santos Silva rural sem autorização em Rio Claro, RJ responsabilidade de seus autores. Foto: Acervo INEA Periodicidade: semestral Impresso com recursos do Fundo Estadual de Conservação Disponível também em: Ambiental e Desenvolvimento Urbano (FECAM). www.inea.rj.gov.br > Estudos e Publicações > Publicações O licenciamento ambiental Endereço para correspondência: de uma central de Gerência de Publicações e Acervo Técnico tratamento de resíduos: Av. Venezuela, 110 - Sala 113 - Térreo - Saúde CEP 20081-312 - Rio de Janeiro - RJ 42 caso da CTR Seropédica Aline Lefol Nani Guarieiro E-mail: Cristiane Fernandes Nunes Moragas Madeira [email protected] Larissa Ferreira da Costa Marlus N. P. B. V. Oliveira --- v.5, n.1 (jul./dez. 2017)- ---Rio de Janeiro: INEA, 2017 editorial editorial blemas, de trabalhar em equipe e de ela- Marcus de Almeida Lima o Projeto Olho no Verde já identificou 270 Presidente do Instituto Estadual borar estratégias para a implementação do Ambiente (INEA) de ações ambientais em contextos de alta casos de desmatamento ilegal, somando complexidade resultou em estudos de casos cerca de 830 mil metros quadrados de mata sobre as várias questões enfrentadas pelo derrubada, o equivalente a 83 hectares com Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Três supressão irregular de vegetação. desses trabalhos foram selecionados pelo O segundo artigo, Boechat do Bairro: licen- IFHT/UERJ e adaptados como artigos para ciamento ambiental do complexo de trata- publicação na revista Ineana. mento e disposição final de resíduos urba- nos de Belford Roxo enfoca o processo de uem lida com as questões am- O primeiro deles, Projeto Olho no Verde: o licenciamento do Complexo de Tratamento bientais deve ser capaz de en- uso de imagens de satélite no monitora- e Disposição Final de Resíduos Urbanos de tender os problemas em sua mento do desmatamento no Estado do Rio Belford Roxo (CTDR-BR), um aterro sanitário complexidade para poder so- de Janeiro, aborda o Projeto Olho no Ver- com 1.637.284 m² (depois ampliado em mais Q lucioná-los. O desenvolvimento de, cujo objetivo é o combate ao desma- 594.000 m²). O licenciamento desse em- dessa capacidade foi o mote do Curso de tamento através da incorporação da tec- preendimento é bastante emblemático, pois Aperfeiçoamento e Pesquisa em Recupera- nologia do imageamento por satélite e de envolveu, além do projeto de engenharia do ção Ambiental, promovido pela Universida- processamento de dados espaciais. O pro- aterro, a compensação ambiental prevista de do Ambiente em parceria com o Instituto jeto monitora semanalmente, via satélite, a na Lei Federal, o levantamento arqueológi- Multidisciplinar de Formação Humana com cobertura florestal de uma área de sete mil co da área e a supressão de vegetação com Tecnologias (IFHT/UERJ), no último trimes- quilômetros quadrados, onde se localizam reposição florestal. tre de 2016. os principais remanescentes florestais do Rio de Janeiro. O Olho no Verde é capaz de O licenciamento da Central de Tratamen- O curso contou com uma metodologia ino- identificar desmatamentos de 200 metros to de Resíduos Sólidos (CTR) de Seropédi- vadora, baseada em estudos de caso, e teve quadrados, considerados de difícil detecção ca, que permitiu o encerramento do antigo cunho transdisciplinar, pois foi destinado mesmo por satélites. As imagens captadas Aterro Controlado de Jardim Gramacho, tanto aos profissionais que atuam em ati- são enviadas para o laboratório de georre- Com esses artigos, reafirmamos o com- alvo de duras críticas da população local e vidades-fim, para que aprimorassem sua ferenciamento da Universidade Federal do promisso de disseminar informações so- de ambientalistas, é o tema do terceiro ar- capacidade de planejar e executar as polí- Rio de Janeiro (UFRJ), onde passam por bre nossas atividades e contribuirmos para tigo. O caso da CTR de Seropédica relata ticas públicas ambientais sob uma aborda- uma triagem. A partir daí, são identificados o debate e o avanço do conhecimento tão o processo de licenciamento ambiental do gem estratégica, quanto aos servidores que os desmatamentos ilegais, emitidos alertas complexo como o da questão ambiental. empreendimento, especialmente a fase das atuam em atividades de apoio, para que de- e acionadas as equipes de fiscalização, que audiências públicas, e faz uma breve ava- O Inea continua avançando no sentido de senvolvessem a capacidade de aplicar co- tomam as providências cabíveis. liação dos critérios técnicos e de seguran- nhecimentos na área. qualificar cada vez mais o seu corpo técnico, Espera-se que, mais do que gerar núme- ça exigidos no âmbito do licenciamento de e mais ainda, criando meios para que esse A chance dada aos participantes do curso ros, o projeto tenha um efeito preventivo e empreendimentos desse tipo, tendo como recurso humano e esses conhecimentos pos- 5 de analisar e propor resoluções para pro- educativo junto à sociedade. Desde 2016, referência a legislação específica. sam ser cada vez mais bem aproveitados. dez 2017 dez Projeto 2017 dez > Olho no Verde: o uso de imagens de satélite no monitoramento do revista ineana v. 5 n. 1 p. 6 - 29 jul 5 n. 1 p. v. ineana revista desmatamento no Estado 6 - 29 jul 5 n. 1 p. v. ineana revista do Rio de Janeiro Patricia Rosa Resumo Com cerca de 30% de sua área coberta por Mata Atlântica, Martines Napoleão o Estado do Rio de Janeiro começou, em janeiro de 2016, a utilizar tecnologias de imageamento por satélite e de Tania Maria processamento de dados espaciais para monitorar re- manescentes florestais e subsidiar ações de fiscalização Machado de e de combate ao desmatamento. Um ano depois de sua implantação, o Projeto Olho no Verde, além de promover Oliveira uma gestão ambiental integrada, ampliou seu objetivo principal de alcançar o desmatamento ilegal zero para ações que visem à recuperação ambiental de áreas de- Rafael Ferreira gradadas e proteção dos mananciais de abastecimento de água, atuando em consonância com o Cadastro Ambi- ental Rural (CAR). O projeto trouxe importantes mudanças À memória de João Batista e renovação na forma de trabalho do INEA. Com a incor- poração das geotecnologias no apoio às operações de Dias, amigo comum, fiscalização, o desmatamento passou a ser detectado por servidor público inovador, processamento digital de imagens, enquanto a emissão de alertas e os resultados das operações passaram a utilizar que acreditou que o uma plataforma de mapas online, criando, assim, um am- biente rápido, eficiente e transparente para comunicar os Projeto Olho no Verde resultados obtidos e proceder às punições cabíveis. mudaria nossa forma de Palavras-chave ver o território e de atuar Mata Atlântica. Biodiversidade. Desmatamento. Fiscalização. sobre ele. 6 7 Movimentação de terra irregular em propriedade rural; atividade embargada vado grau de endemismo de suas espécies 1. Introdução espaciais para subsidiar ações de fiscaliza- O projeto é dividido em dois componen- ção e de prevenção, para, dessa forma, alcan- tes: o primeiro corresponde ao mapeamento – são mais de vinte mil espécies de plantas, O Projeto de Mapeamento da Cobertura çar o desmatamento ilegal zero até 2018. do uso do solo e cobertura vegetal em esca- sendo oito mil endêmicas, e estima-se algo dez 2017 dez da Terra e de Detecção de Mudanças na Co- 2017 dez A incorporação de tecnologias de imagea- la 1:25.000 para sete regiões hidrográficas em torno de 1,6 milhão de espécies de ani- bertura Florestal do Estado do Rio de Janeiro mento por satélite e de processamento de do Estado do Rio de Janeiro; o segundo re- mais, incluindo os insetos. - Projeto Olho no Verde tem como objetivo o dados espaciais, ao mesmo tempo que possi- fere-se à detecção periódica de mudanças Atualmente, a Mata Atlântica brasileira combate ao desmatamento da vegetação de bilita mais rapidez e eficácia na resposta dos na cobertura florestal de áreas prioritárias está reduzida a aproximadamente 7,85% de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro órgãos ambientais, fortalece a capacidade para o monitoramento de Mata Atlântica em sua área original, sofrendo ameaça constante por meio do monitoramento dos seus rema- do Estado na prevenção e combate a crimes fragmentos florestais e no entorno de uni- dos fatores antrópicos, já que nos seus limites nescentes florestais.