Gestos Do Simbólico, I: Bolseira FCT/Uniarq Catarinacosteira@ Gmail.Com “Ídolos”, Idoliformes, Figuras E Representações

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Gestos Do Simbólico, I: Bolseira FCT/Uniarq Catarinacosteira@ Gmail.Com “Ídolos”, Idoliformes, Figuras E Representações * Doutoranda em Arqueologia FLUL/ Gestos do simbólico, I: Bolseira FCT/Uniarq catarinacosteira@ gmail.com “ídolos”, idoliformes, figuras e representações ** Município do “sagrado”(?) nos povoados dos IV/III milénios de Redondo [email protected] a.n.e. de São Pedro (Redondo) Catarina Costeira* Rui Mataloto** “Com efeito, eu mesmo recebi do Senhor o que vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar gra- ças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de Mim.”. São Paulo, Primeira epístola aos Coríntios 11, 23 Resumo Este trabalho pretende ser o primeiro avanço sobre um conjunto de realidades relacionadas usualmente com o mundo do sagrado das comunidades pré-históricas, documentado nos povoa- dos de São Pedro. Pretende-se apenas apresentar a descrição e categorização dos ídolos e figurações passíveis de serem integradas nesta categoria de difícil enquadramento, intentando- -se depois uma breve síntese integradora da sua presença no local e na região. O conjunto dos gestos do simbólico será posteriormente apresentado em trabalho autónomo. Abstract This paper aims to be the first breakthrough on a set of artifacts usually related to the sacred of prehistoric communities, documented in the settlement of São Pedro. It is intended only to present the description and categorization of idols and figurations that can be included in this category, after this we will try a brief overview of its presence on site and the region. 63 Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 19 | 2016 | pp. 63–86 Catarina Costeira | Rui Mataloto Os elementos do simbólico: introdução Neste trabalho apresenta-se e problematiza- -se um conjunto de materiais cerâmicos que nos remetem para manifestações artísticas e sim- bólicas das comunidades que viveram nos dife- rentes povoados de São Pedro entre o final do IV milénio a.n.e e grande parte do III milénio a.n.e. Dada a manifesta dificuldade em abordar- mos num mesmo artigo o conjunto de “gestos do simbólico” dos povoados do São Pedro inci- diremos neste trabalho apenas numa parte de uma realidade mais vasta, diversa e com- plexa que, contudo, achamos que deve ser lida em conjunto. Organizámos estes elementos em quatro grupos, nomeadamente o das peças comummente designadas por “ídolos” (termo algo exagerado para muitos dos exemplares Calado, que lhe atribui um importante papel no Fig. 1 – Localiza- em análise), o único tratado neste trabalho, o estudo do povoamento do IV/III milénios a.n.e. na ção do sítio de São Pedro no sudoeste da cerâmica decorada (neste grupo incluímos região da Serra d’Ossa (Calado, 1995, 2001). peninsular. todos os tipos de decoração e não somente a Entre 2004 e 2009, coordenado por um de “decoração simbólica”), os contextos dos reci- nós (RM), desenrolou-se um extenso programa pientes fragmentados em conexão e o das de escavação prévio à construção da circular pedras com covinhas, que serão tratados em externa de Redondo, que exigia a destruição de trabalhos futuros. grande parte do sítio arqueológico. A interven- A análise aqui apresentada centra-se na ção arqueológica decorreu em quatro campa- caracterização morfo-tipológica dos designa- nhas, resultando na escavação integral de uma dos “ídolos” ou idoliformes e da sua decora- área de cerca de 2000 m2, que corresponderá ção, enquadrando-a nos contextos e fases de a cerca de 2/ 3 da área ocupada, o que permi- ocupação do sítio de São Pedro. O significado tiu recuperar uma grande quantidade de infor- destes elementos é problematizado tendo em mação estratigráfica e arquitectónica do sítio. A atenção as suas características, o contexto e área de escavação foi ordenada em seis secto- a cronologia em que se inserem, bem como as res, de A a F, para orientar a abordagem no ter- principais propostas interpretativas vigentes. reno, simplificar a organização da informação e Este conjunto de materiais foi primeiramente permitir a rápida localização das estruturas e apresentado no âmbito do VIII Encontro de materiais. Estes sectores não têm significado fun- Arqueologia do Sudoeste Peninsular (Costeira & cional, nem leituras estratigráficas específicas. Mataloto, no prelo). Ao longo dos últimos 10 anos, o sítio arqueo- lógico de São Pedro tem sido alvo de diver- sos estudos, sendo longa a lista de artigos O sítio de São Pedro: publicados, sobre a sequência de ocupação localização e intervenções arqueológicas do sítio, baseados essencialmente nos resulta- dos das primeiras campanhas de escavação O sítio de S. Pedro localiza-se no Alentejo Cen- (Mataloto & alii, 2007, 2009; Mataloto, 2010; tral, distrito de Évora, freguesia e concelho de Mataloto & Müller, no prelo), contextos especí- Redondo, num cerro destacado de vertentes ficos (Mataloto & alii, 2015), estudos de fau- íngremes e topo aplanado, com afloramentos nas (Davis & Mataloto, 2012) e artefactuais rochosos de xisto, que se elevava na margem (Costeira, 2010, 2012; Costeira & Mataloto, nascente da planície central de Redondo, adja- 2013; Costeira & alii, 2013; Nukushina & alii, cente à aba sul da Serra d’Ossa (Fig. 1). no prelo), alguns dos quais integrados num pro- A ocupação calcolítica do cabeço de São Pedro jeto de doutoramento em desenvolvimento por foi referida pela primeira vez por Manuel um de nós (CC). Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 19 | 2016 | pp. 63–86 64 Gestos do simbólico, I: “ídolos”, idoliformes, figuras e representações do “sagrado” (?) nos povoados dos IV/III milénios a.n.e. de São Pedro (Redondo) Fig. 2 – Vista geral do sítio de São Pedro durante os traba- lhos, com indicação dos setores. O setor F surge já com os ante- riores desmantelados. Os povoados de São Pedro ocupações desta cronologia no Alentejo Cen- tral (Calado, 2001; Mataloto, 2010). Os trabalhos de escavação permitiram recu- Esta primeira ocupação aberta termina, perar os vestígios estruturais e artefactuais de segundo cremos, durante o primeiro quartel do longas, dinâmicas e diversificadas ocupações III milénio a.n.e., quando se documenta a cons- pré-históricas, que se terão desenrolado entre trução de uma ampla estrutura pétrea de for- o final do IV milénio e grande parte do III milé- tificação que marca uma profunda mudança nio a.n.e. no topo do cabeço de São Pedro. arquitetónica e espacial do sítio. Não é pos- De facto, não interpretamos este sítio como um sível determinar se esta nova forma de confi- povoado único, com uma história linear de fun- guração do espaço resulta da continuidade da dação, expansão, declínio e abandono, mas ocupação anterior ou se é uma fundação de como uma multiplicidade de povoados com raiz, após um momento de abandono. dimensões, arquiteturas e tempos diferentes. A construção, utilização com diversas transfor- Duas destas ocupações caracterizam-se pela mações e remodelações, e abandono da pri- construção e utilização de estruturas de forti- meira fortificação do sítio de São Pedro deverá ficação distintas, que marcam a análise da his- ter-se desenrolado entre os finais do 1.º e os tória do cabeço de São Pedro (Figs. 2 e 6). O inícios do 2.º quartel do III milénio a.n.e. (Mata- faseamento proposto decorre, essencialmente, loto & Boaventura, 2009; Mataloto & Müller, dos atos de construção, reconstrução e aban- no prelo). dono das grandes estruturas de fortificação do Esta primeira fortificação apresenta uma sítio. planta poligonal, aproximadamente trape- A primeira fase de ocupação do cabeço de zoidal, delimitando um espaço de cerca de São Pedro ter-se-á desenvolvido entre os finais 800 m2, podendo ser considerada uma estru- do IV e os inícios do III milénio a.n.e., não tendo tura de dimensão intermédia, quando compa- sido identificada qualquer estrutura de delimi- rada com outros povoados fortificados do sul tação. A visibilidade arquitetónica e artefac- peninsular (Figs. 2 e 6). tual desta fase é fortemente condicionada pelo Na área intervencionada identificaram-se cinco dinamismo das ocupações posteriores, que con- tramos de muralha, rectilíneos, com cerca de dicionaram a preservação dos seus vestígios. 10 m de comprimento cada, por 2 m de lar- Os principais indícios desta fase referem-se à gura, constituídos por lajes de xisto de cali- presença de depósitos arqueológicos, estrutu- bre diverso e blocos de quartzo e granito, uti- ras negativas sob a primeira fortificação e à lizando-se principalmente a técnica do duplo identificação de um conjunto cerâmico em que paramento. Pelo exterior, a muralha apresenta predominam as formas esféricas e globulares vários elementos proeminentes: bastiões maci- lisas, algumas com elementos mamilares, e as ços e outros ocos, de menores dimensões. Num taças carenadas, sendo reduzidas (mas não primeiro momento de utilização desta estru- totalmente ausentes) as formas espessadas e tura, erguiam-se dois bastiões ocos a sul e um os pratos, características típicas dos sítios com a nordeste, unindo os dois tramos da muralha, 65 Revista Portuguesa de Arqueologia – volume 19 | 2016 | pp. 63–86 Catarina Costeira | Rui Mataloto reforçando um canto topograficamente sensí- gem, amortização de materiais, entre outras). vel; a norte, na área de maior declive, implan- A par dos vestígios destas estruturas, a identi- tavam-se dois grandes bastiões semicirculares ficação de um conjunto artefactual (em estudo) maciços, de maior envergadura (com diâmetro muito vasto e diversificado, principalmente máximo de cerca de 6 m). no que se refere às categorias de elementos Igualmente no lado norte, paralelo à mura- cerâmicos e líticos, bem como ao seu elevado lha, identificou-se um muro, com cerca de 14 m estado de fragmentação, permite defender de comprimento e 1 m de largura. A interpre- que o espaço delimitado foi utilizado para a tação desta estrutura não é ainda definitiva, vivência quotidiana prolongada de uma comu- no entanto, a sua contemporaneidade parcial nidade humana relativamente estável e alar- relativamente a muralha coloca a hipótese gada (Mataloto, 2010, p.
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