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MEIO AMBIENTE

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COLEÇÃO TEMÁTICA DA LEGISLAÇÃO DO ESTADO DE

A Coleção Temática da Legislação do Estado de Minas Gerais é uma publicação da Assembleia Legislativa, por meio de sua Gerência-Geral de Documentação e Informação.

1 – Datas Comemorativas de Minas Gerais

2 – Meio Ambiente

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Diretoria de Processo Legislativo Gerência-Geral de Documentação e Informação Gerência de Referência Legislativa

MEIO AMBIENTE

Belo Horizonte

2009

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Ficha técnica

• Diretoria de Processo Legislativo: Sabino José Fortes Fleury • Gerência-Geral de Documentação e Informação: Sheyla Abreu de Brito Mello • Gerência de Referência Legislativa: Rinaldo de Moura Faria • Organização: Ana Lúcia Neves Pimenta Melane • Consultoria: Área de Meio Ambiente da Gerência-Geral de Consultoria Temática da ALMG Coordenação: Pedro Francisco Chagas Lucca • Digitação: Maria da Conceição Oliveira Chapman • Produção gráfica: Joana Nascimento – Gerente de Comunicação Visual • Projeto gráfico e capa: Baúde Ribeiro • Diagramação eletrônica: Maria de Fátima Gama Massara • Impressão e acabamento: Gerência de Reprografia e Transportes

Publicação da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais Rua Rodrigues Caldas, 30 – Bairro Santo Agostinho – CEP 30190-921 – – MG Telefone: (31) 2108-7000 – Fax: (31) 2108-7673 – Internet: http://www.almg.gov.br

Meio Ambiente / organização: Ana Lúcia Neves Pimenta M663c Melane . – Belo Horizonte : Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 2009. 533 p. -- (Coleção temática da legislação do Estado de Minas Gerais ; 2)

ISBN: 978-85-85157-37-1

1.Meio ambiente – Legislação – Minas Gerais. 2. Proteção ambiental – Legislação – Minas Gerais. 1. Melane, Ana Lúcia Neves Pimenta.

CDU: 502.34(815.1)(094)

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Mesa da Assembleia

Deputado Alberto Pinto Coelho Presidente Deputado Doutor Viana 1º-Vice-Presidente Deputado José Henrique 2º-Vice-Presidente Deputado Weliton Prado 3º-Vice-Presidente Deputado Dinis Pinheiro 1º-Secretário Deputado Hely Tarqüínio 2º-Secretário Deputado Sargento Rodrigues 3º-Secretário

Secretaria Eduardo Vieira Moreira Diretor-Geral José Geraldo de Oliveira Prado Secretário-Geral da Mesa

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LISTA DAS NORMAS JURÍDICAS

Lei nº 1.197, de 24/12/1954 Concede favores às companhias, empresas ou cooperativas que se organizarem para reflorestamento no Estado ...... 29 Lei nº 2.126, de 20/1/1960 Estabelece normas para o lançamento de esgotos e resíduos industriais nos cursos de água ...... 30 Lei nº 2.606, de 05/1/1962 Fica criado o Instituto Estadual de Florestas ...... 31 Lei nº 4.495, de 14/6/1967 Cria o Parque Estadual do Itacolomi, nos Municípios de Ouro Preto e Mariana, em terrenos devolutos do Estado de Minas Gerais ...... 34 Lei nº 4.612, de 18/10/1967 Cria o Diploma do Mérito Florestal e dá outras providências ...... 35 Lei nº 4.731, de 30/4/1968 Cria o Parque Estadual da Serra da Canastra ...... 36 Lei nº 5.093, de 5/12/1968 Modifica o Art. 4º e parágrafo 1º da Lei nº 4.612, de 18 de outubro de 1967, que cria o Diploma de Mérito Florestal e dá outras providências ...... 37 Lei nº 6.126, de 4/7/1973 Cria os Parques Florestais de Ibitipoca e da Jaíba, nos municípios de Lima Duarte e Manga ...... 38 Lei nº 6.605, de 14/7/1975 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Estadual da Serra do Cipó ...... 39 Lei nº 6.681, de 10/11/1975 Dá nova redação ao artigo 1º da Lei nº 6.605, de 14 de julho de 1975 ...... 40 Lei nº 6.763, de 26/12/1975 Consolida a Legislação Tributária do Estado de Minas Gerais e dá outras providências . 41 Lei nº 7.000, de 14/6/1977 Autoriza o Poder Executivo a criar o Fundo de Proteção e Recuperação Ambiental da Estância Hidromineral de Araxá ...... 42 Lei nº 7.041, de 19/7/1977 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Estadual “Presidente Wenceslau Brás” localizado na Serra do Curral, no Município de Nova Lima ...... 42 Lei nº 7.302, de 21/7/1978 Dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no Estado de Minas Gerais ...... 43 Lei nº 7.340, de 19/9/1978 Autoriza doação de imóvel, situado em Belo Horizonte, à Universidade Federal de Minas Gerais ...... 46

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Lei nº 7.373, de 3/10/1978 Dispõe sobre legitimação e doação de terras devolutas do Estado em zona urbana ou de expansão urbana ...... 48 Lei nº 7.531, de 31/7/1979 Institui o Dia da Proteção à Vida e ao Meio Ambiente ...... 49 Lei nº 7.604, de 10/12/1979 Acrescenta parágrafo ao artigo 3º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, que dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no Estado de Minas Gerais ...... 49 Lei nº 7.660, de 27/12/1979 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Florestal Estadual de Itajubá e dá outras providências ...... 50 Lei nº 7.772, de 8/9/1980 Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente ...... 51 Lei nº 8.022, de 23/7/1981 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Florestal Estadual da Baleia, e dá outras providências ...... 61 Lei nº 8.666, de 21/9/1984 Altera dispositivos da Lei nº 2.606, de 5 de janeiro de 1962, que criou o Instituto Estadual de Florestas – IEF ...... 62 Lei nº 8.670, de 27/9/1984 Dispõe sobre a criação de área de proteção especial para a região da Gruta do Rei do Mato, no Município de Sete Lagoas ...... 64 Lei nº 9.367, de 11/12/1986 Dispõe sobre a destinação e tratamento de águas residuais e resíduos sólidos provenientes de indústrias de açúcar, álcool e aguardente no Estado de Minas Gerais ...... 65 Lei nº 9.375, de 12/12/1986 Declara de interesse comum e de preservação permanente os ecossistemas das veredas no Estado de Minas Gerais ...... 66 Lei nº 9.514, de 29/12/1987 Transforma a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia em Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e a Comissão de Política Ambiental – COPAM – em Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – e dá outras providências ...... 67 Lei nº 9.525, de 29/12/1987 Dispõe sobre a instituição da Fundação Estadual do Meio Ambiente e dá outras providências ...... 70 Lei nº 9.547, de 30/12/1987 Proíbe a instalação de depósito de lixo atômico ou de rejeitos radioativos no Estado de Minas Gerais e dá outras providências ...... 74 Lei nº 9.583, de 6/6/1988 Institui a Medalha do Mérito Ambiental do Estado de Minas Gerais ...... 75 Lei nº 9.655, de 20/7/1988 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e dá outras providências ...... 76

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Lei nº 9.682, de 12/10/1988 Altera a Ementa e o Artigo 1º da Lei nº 9.375, de 12 de dezembro de 1986, que declara de interesse comum e de preservação permanente os ecossistemas das veredas do Vale do Rio São Francisco e dá outras providências ...... 77 Lei nº 9.686, de 18/10/1988 Dá nova redação a dispositivo da Lei nº 2.606, de 5 de janeiro de 1962, que criou o Instituto Estadual de Florestas – IEF ...... 78 Lei nº 9.743, de 15/12/1988 Declara de interesse comum, de preservação permanente e imune de corte o ipê-amarelo e dá outras providências ...... 79 Lei nº 9.931, de 24/7/1989 Proíbe a ampliação e instalação de novas indústrias de produtos inflamáveis ou explosivos e de produtos tóxicos na Região Metropolitana de Belo Horizonte ...... 80 Constituição do Estado de Minas Gerais, de 21/9/1989 ...... 80 Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, de 21/9/1989 ...... 92 Lei nº 10.100, de 17/1/1990 Dá nova redação ao artigo 2º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, que dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no Estado de Minas Gerais ...... 93 Lei nº 10.173, de 31/5/1990 Disciplina a comercialização, o porte e a utilização florestal de motosserras no Estado de Minas Gerais ...... 94 Lei nº 10.312, de 12/11/1990 Dispõe sobre a prevenção e o combate a incêndio florestal e dá outras providências .... 95 Lei nº 10.545, de 13/12/1991 Dispõe sobre produção, comercialização e uso de agrotóxico e afins e dá outras providências ...... 97 Lei nº 10.573, de 30/12/1991 Autoriza o Governo do Estado a criar a Comenda Antônio Secundino de São José .... 101 Lei nº 10.583, de 3/1/1992 Dispõe sobre a relação de espécies ameaçadas de extinção de que trata o art. 214 da Constituição do Estado e dá outras providências ...... 104 Lei nº 10.595, de 7/1/1992 Proíbe a utilização de mercúrio e cianeto de sódio nas atividades de pesquisa mineral, lavra e garimpagem nos rios e cursos de água do Estado e dá outras providências ...... 105 Lei nº 10.627, de 16/1/1992 Dispõe sobre a realização de auditorias ambientais e dá outras providências ...... 106 Lei nº 10.726, de 12/5/1992 Estabelece os limites da área de conservação do pico do Itabirito e dá outras providências ...... 108 Lei nº 10.793, de 2/7/1992 Dispõe sobre a proteção de mananciais destinados ao abastecimento público no Estado ...... 109

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Lei nº 10.821, de 22/7/1992 Institui no Estado o dia dos rios e das águas ...... 112 Lei nº 10.883, de 2/10/1992 Declara de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte, no Estado de Minas Gerais, o pequizeiro (Caryocar brasiliense) e dá outras providências ...... 113 Lei nº 10.943, de 27/11/1992 Dispõe sobre a criação da Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck – Apa Mata do Krambeck –, no Município de Juiz de Fora ...... 114 Lei nº 11.020, de 8/1/1993 Dispõe sobre as terras públicas e devolutas estaduais e dá outras providências ...... 116 Lei nº 11.038, de 14/1/1993 Regulamenta a participação de empreendimentos potencialmente danosos ao meio ambiente, em linhas de crédito ou em programas de financiamento patrocinados pelo Governo do Estado ...... 118 Lei nº 11.172, de 29/7/1993 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Estadual do Rio Preto e dá outras providências ...... 119 Lei nº 11.265, de 4/11/1993 Dispõe sobre os programas de construção e reforma de Unidades Habitacionais Populares em Zona Rural e dá outras providências ...... 121 Lei nº 11.336, de 21/12/1993 Altera a Lei nº 10.943, de 27 de novembro de 1992, e dá outras providências ...... 122 Lei nº 11.363, de 29/12/1963 Altera as Leis nºs 6.763, de 26 de dezembro de 1975; 7.164, de 19 de dezembro de 1977; e 10.992, de 29 de dezembro de 1992, e dá outras providências ...... 124 Lei nº 11.396, de 6/1/1994 Cria o Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico do Estado de Minas Gerais – FUNDESE – e dá outras providências ...... 125 Lei nº 11.405, de 28/1/1994 Dispõe sobre a política estadual de desenvolvimento agrícola e dá outras providências . 126 Lei nº 11.720, de 28/12/1994 Dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento Básico e dá outras providências .... 130 Lei nº 11.726, de 30/12/1994 Dispõe sobre a política cultural do Estado de Minas Gerais ...... 134 Lei nº 11.731, de 30/12/1994 Reclassifica as unidades de conservação sob a administração do Instituto Estadual de Florestas – IEF –, cria o Quadro de Pessoal do referido Instituto e dá outras providências ...... 137 Lei nº 11.824, de 6/6/1995 Dispõe sobre a obrigatoriedade da veiculação de mensagens de conteúdo educativo nas capas e contracapas de cadernos escolares adquiridos pelas escolas públicas ...... 138

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Lei nº 11.831, de 6/7/1995 Declara Áreas de Proteção Ambiental as Lagoas Marginais do Rio Piracicaba e de seus Afluentes e dá outras providências ...... 139 Lei nº 11.832, de 6/7/1995 Declara áreas de proteção ambiental as lagoas marginais do Rio Doce e de seus afluentes e dá outras providências ...... 141 Lei nº 11.863, de 27/7/1995 Dispõe sobre a construção de estação de piscicultura em represa de usina hidrelétrica a ser implantada no Estado ...... 142 Lei nº 11.901, de 1/9/1995 Declara de proteção ambiental as áreas de interesse ecológico situadas na Bacia Hidrográfica do Rio Pandeiros ...... 143 Lei nº 11.903, de 6/9/1995 Cria a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, altera a denominação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e dá outras providências ...... 144 Lei nº 11.931, de 25/9/1995 Cria a área de preservação permanente da Bacia Hidrográfica do Rio Uberabinha – APP do Rio Uberabinha ...... 147 Lei nº 11.936, de 6/10/1995 Cria a área de proteção ambiental da Serra do Lopo – APA Serra do Lopo...... 148 Lei nº 11.943, de 16/10/1995 Declara áreas de proteção ambiental as Lagoas Marginais do Rio São Francisco e de seus afluentes e dá outras providências...... 149 Lei nº 12.188, de 10/6/1996 Altera a denominação e a estrutura orgânica da Secretaria de Estado de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos, extingue cargos e dá outras providências ...... 151 Lei nº 12.277, de 25/7/1996 Autoriza o Poder Executivo a alienar imóveis que especifica e dá outras providências .... 152 Lei nº 12.305, de 23/9/1996 Institui o diploma Amigo dos Rios e dá outras providências ...... 152 Lei nº 12.398, de 12/12/1996 Dispõe sobre o Plano Mineiro de Turismo e dá outras providências ...... 153 Lei nº 12.488, de 9/4/1997 Torna obrigatória a construção de escadas para peixes de piracema em barragem edificada no Estado ...... 154 Lei nº 12.503, de 30/5/1997 Cria o Programa Estadual de Conservação da Água ...... 155 Lei nº 12.581, de 17/7/1997 Dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – e dá outras providências ...... 156

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Lei nº 12.582, de 17/7/1997 Dispõe sobre a reorganização do Instituto Estadual de Florestas – IEF – e dá outras providências ...... 160 Lei nº 12.583, de 17/7/1997 Dispõe sobre a reorganização da Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM – e dá outras providências ...... 166 Lei nº 12.584, de 17/7/1997 Altera a denominação do Departamento de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais – DRH-MG – para Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM –, dispõe sobre sua reorganização e dá outras providências ...... 170 Lei nº 12.589, de 24/7/1997 Dispõe sobre a instalação e o funcionamento de unidades lavadoras de batatas e dá outras providências ...... 173 Lei nº 12.596, de 30/7/1997 Dispõe sobre a ocupação, o uso, o manejo e a conservação do solo agrícola e dá outras providências ...... 174 Lei nº 12.627, de 6/10/1997 Altera o art. 3º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, que dispõe sobre a proteção contra poluição sonora no Estado ...... 177 Resolução da ALMG nº 5.176, de 6/11/1997 Contém o Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais ..... 177 Lei nº 12.702, de 23/12/1997 Autoriza o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais – DER-MG – a retirar vegetação das faixas de domínio de rodovia e dá outras providências...... 178 Lei nº 12.708, de 29/12/1997 Dispõe sobre o Programa de Fomento ao Desenvolvimento das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte do Estado de Minas Gerais – Micro Geraes –, estabelece tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, creditício e de desenvolvimento empresarial a elas aplicáveis e dá outras providências ...... 179 Lei nº 12.812, de 28/4/1998 Regulamenta o parágrafo único do art. 194 da Constituição do Estado, que dispõe sobre a assistência social às populações de áreas inundadas por reservatórios, e dá outras providências ...... 180 Lei nº 13.047, de 17/12/1998 Dispõe sobre o uso racional do cerrado nativo ou em estágio secundário de regeneração ...... 183 Lei nº 13.162, de 20/1/1999 Dispõe sobre a composição da frota oficial de veículos do Estado e estabelece incentivo fiscal ...... 185 Lei nº 13.173, de 20/1/1999 Dispõe sobre o Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real ...... 186

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Lei nº 13.183, de 20/1/1999 Dispõe sobre a criação da Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Uberaba – APA do Rio Uberaba – e dá outras providências ...... 187 Lei nº 13.199, de 29/1/1999 Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências ...... 189 Lei nº 13.209, de 27/4/1999 Estabelece condição para a aquisição de bens móveis por órgão ou entidade da administração pública estadual ...... 210 Lei nº 13.317, de 24/9/1999 Contém o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais ...... 211 Lei nº 13.369, de 30/11/1999 Cria o Programa de Incentivo à Formação de Bombeiros Voluntários ...... 218 Lei nº 13.373, de 30/11/1999 Dispõe sobre a criação da Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio do Machado – APA do Rio do Machado – e dá outras providências ...... 219 Lei nº 13.393, de 7/12/1999 Torna obrigatória a publicação da relação dos estabelecimentos multados por poluição e degradação ambiental ...... 221 Lei nº 13.412, de 22/12/1999 Altera a redação do art. 1º e do parágrafo único do art. 2º da Lei nº 10.821, de 22 de julho de 1992, e dá outras providências ...... 222 Lei nº 13.451, de 10/1/2000 Dispõe sobre a prática de medidas sanitárias para erradicação de doença animal e controle de qualidade dos produtos agropecuários ...... 223 Lei nº 13.460, de 12/1/2000 Institui o Programa Estadual de Economia de Material e dá outras providências ...... 223 Lei nº 13.494, de 5/4/2000 Dispõe sobre a rotulagem de alimentos resultantes de Organismos Geneticamente Modificados – OGM ...... 225 Lei nº 13.635, de 12/7/2000 Declara o buriti de interesse comum e imune de corte ...... 225 Lei nº 13.766, de 30/11/2000 Dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo e altera dispositivo da Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, que dispõe sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal ...... 226 Lei nº 13.771, de 11/12/2000 Dispõe sobre a administração, a proteção e a conservação das águas subterrâneas de domínio do Estado e dá outras providências ...... 229 Lei nº 13.796, de 20/12/2000 Dispõe sobre o controle e o licenciamento dos empreendimentos e das atividades geradoras de resíduos perigosos no Estado ...... 235

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Lei nº 13.800, de 26/12/2000 Dispõe sobre as ilhas fluviais e lacustres de domínio estadual ...... 238 Lei nº 13.803, de 27/12/2000 Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios ...... 239 Lei nº 13.848, de 19/4/2001 Extingue o Fundo de Saneamento Ambiental das Bacias dos Ribeirões Arrudas e Onça – PROSAM –, o Fundo SOMMA, o Fundo Estadual de Saneamento Básico – FESB – e o Fundo de Desenvolvimento Urbano – FUNDEURB –, autoriza a capitalização do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. – BDMG – e dá outras providências...... 241 Lei nº 13.928, de 4/7/2001 Cria a Medalha 500 Anos - Rio São Francisco ...... 241 Lei nº 13.949, de 11/7/2001 Estabelece o padrão de identidade e as características do processo de elaboração da Cachaça de Minas e dá outras providências...... 242 Lei nº 13.958, de 26/7/2001 Cria a Área de Proteção Ambiental – APA – Fazenda Capitão Eduardo e dá outras providências ...... 243 Lei nº 13.960, de 26/7/2001 Declara como área de proteção ambiental a região situada nos Municípios de Barão de Cocais, Belo Horizonte, Brumadinho, Caeté, Catas Altas, Ibirité, Itabirito, Mário Campos, Nova Lima, Raposos, Rio Acima, Santa Bárbara e Sarzedo e dá outras providências ...... 244 Lei nº 13.965, de 27/7/2001 Cria o Programa Mineiro de Incentivo ao Cultivo, à Extração, ao Consumo, à Comercialização e à Transformação do Pequi e Demais Frutos e Produtos Nativos do Cerrado – PRÓ-PEQUI ...... 249 Lei nº 13.999, de 28/9/2001 Dispõe sobre os custos de análise de pedidos de licenciamento ambiental da atividade de suinocultura no Estado ...... 251 Lei nº 14.007, de 4/10/2001 Declara o trecho mineiro do Rio São Francisco patrimônio cultural, paisagístico e turístico do Estado e dá outras providências ...... 251 Lei nº 14.009, de 5/10/2001 Dispõe sobre o incentivo à apicultura e dá outras providências ...... 252 Lei nº 14.086, de 6/12/2001 Cria o Fundo Estadual de Defesa de Direitos Difusos e o Conselho Estadual de Direitos Difusos e dá outras providências ...... 254 Lei nº 14.089, de 6/12/2001 Cria o Programa de Certificação Ambiental da Propriedade Agrícola e dá outras providências ...... 258 Lei nº 14.125, de 14/12/2001 Altera dispositivos da tabela A da Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, que consolida a legislação tributária do Estado, e dá outras providências...... 260

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Lei nº 14.127, de 14/12/2001 Institui o Certificado de Produto Agrícola Não Transgênico ...... 261 Lei nº 14.128, de 19/12/2001 Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais ...... 262 Lei nº 14.129, de 19/12/2001 Estabelece condição para a implantação de unidades de disposição final e de tratamento de resíduos sólidos urbanos ...... 267 Lei nº 14.181, de 17/1/2002 Dispõe sobre a política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado e dá outras providências ...... 268 Lei nº 14.309, de 19/6/2002 Dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado ...... 279 Lei nº 14.324, de 20/6/2002 Cria o Sistema Estadual de Certificação de Qualidade Ambiental para bens e produtos industrializados e agrícolas ...... 308 Lei nº 14.353, de 17/7/2002 Dispõe sobre a sinalização em locais de interesse ecológico ou de ecoturismo no Estado .. 310 Lei nº 14.368, de 19/7/2002 Estabelece a Política Estadual de Desenvolvimento do Ecoturismo ...... 311 Lei nº 14.508, de 20/12/2002 Dispõe sobre o licenciamento ambiental de estabelecimentos situados às margens de rodovia no Estado ...... 314 Lei nº 14.558, de 30/12/2002 Altera a redação dos arts. 1° e 3° da Lei n° 13.162, de 20 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a composição da frota oficial de veículos do Estado e estabelece incentivo fiscal ...... 315 Lei nº 14.577, de 15/1/2003 Altera a Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo, e dá outras providências ...... 316 Lei nº 14.578, de 16/1/2003 Dispõe sobre o Programa Estadual de Incentivo à Piscicultura ...... 317 Lei nº 14.596, de 23/1/2003 Altera os artigos 17, 20, 22 e 25 da Lei nº 13.771, de 11 de dezembro de 2000, que dispõe sobre a administração, a conservação das águas subterrâneas de domínio do Estado, e dá outras providências ...... 318 Lei Delegada nº 73, de 29/1/2003 Dispõe sobre a estrutura orgânica básica da Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM e dá outras providências ...... 319 Lei Delegada nº 79, de 29/1/2003 Dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Estadual de Florestas – IEF e dá outras providências ...... 322

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Lei Delegada nº 83, de 29/1/2003 Dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM e dá outras providências ...... 325 Lei nº 14.940, de 29/12/2003 Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais TFAMG e dá outras providências ...... 327 Lei nº 14.968, de 12/1/2004 Dispõe sobre a política estadual para a promoção do uso de sistemas orgânicos de produção vegetal e animal e dá outras providências...... 332 Lei nº 14.986, de 14/1/2004 Institui serviço de disque-denúncia de agressões ao meio ambiente no território do Estado ...... 334 Lei nº 15.012, de 15/1/2004 Altera dispositivos da Lei nº 12.812, de 28 de abril de 1998, que regulamenta o parágrafo único do art. 194 da Constituição do Estado, o qual dispõe sobre a assistência social às populações de áreas inundadas por reservatórios, e dá outras providências ...... 335 Lei nº 15.017, de 15/1/2004 Altera a Lei nº 10.627, de 16 de janeiro de 1992, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais e dá outras providências ...... 336 Lei nº 15.019, de 15/1/2004 Dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento Regional do Jaíba e revoga as Leis nºs 11.394, de 6 de janeiro de 1994, e 12.366, de 26 de novembro de 1996 ...... 337 Lei nº 15.027, de 19/1/2004 Institui a Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA –, altera os arts. 17 e 52 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, e o Anexo IV da Lei nº 13.803, de 27 de dezembro de 2000 ...... 338 Lei nº 15.028, de 19/11/200 Institui a Política Estadual de Fomento à Economia Popular Solidária no Estado de Minas Gerais – PEFEPS ...... 341 Lei nº 15.056, de 31/3/2004 Estabelece diretrizes para a verificação da segurança de barragem e de depósito de resíduos tóxicos industriais e dá outras providências...... 342 Lei nº 15.082, de 27/4/2004 Dispõe sobre rios de preservação permanente e dá outras providências ...... 344 Lei nº 15.178, de 16/6/2004 Define os limites de conservação da serra da Piedade, conforme o art. 84, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado ...... 345 Lei nº 15.258, de 21/7/2004 Dispõe sobre a exploração econômica do turismo em represas e lagos do Estado .... 348 Lei nº 15.261, de 27/7/2004 Acrescenta inciso ao art. 14 da Lei n° 14.181, de 17 de janeiro de 2002, que dispõe sobre a política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado ...... 349

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Lei nº 15.399, de 24/11/2004 Determina aos empreendimentos que menciona o encaminhamento, ao poder público, de relatório de avaliação de risco ambiental ...... 350 Lei nº 15.441, de 11/1/2005 Regulamenta o inciso I do § 1º do art. 214 da Constituição do Estado ...... 350 Lei nº 15.474, de 28/1/2005 Altera a Lei nº 13.317, de 24 de setembro de 1999, que contém o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais, cria gratificação de função, institui prêmio de produtividade e dá outras providências ...... 353 Lei nº 15.476, de 12/4/2005 Determina a inclusão de conteúdos referentes à cidadania nos currículos das escolas de ensino fundamental e médio ...... 356 Lei nº 15.660, de 6/7/2005 Institui a política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas e dá outras providências ...... 357 Lei nº 15.697, de 25/7/2005 Dispõe sobre a defesa sanitária vegetal no Estado ...... 359 Lei nº 15.698, de 25/7/2005 Dispõe sobre a política de incentivo ao uso da energia eólica e dá outras providências .. 360 Lei nº 15.814, de 7/11/2005 Autoriza o Poder Executivo a fazer reverter o imóvel que especifica ao Município de Oliveira e a alterar as delimitações do Parque Estadual de Grão Mogol ...... 361 Lei nº 15.909, de 21/12/2005 Institui mecanismos de fomento à exploração integrada da fruticultura e da apicultura para a recuperação de áreas degradadas e acrescenta inciso ao art. 3º da Lei nº 12.998, de 30 de julho de 1998 ...... 361 Lei nº 15.910, de 21/12/2005 Dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais - Fhidro, criado pela Lei nº 13.194, de 29 de janeiro de 1999, e dá outras providências ...... 362 Lei nº 15.971, de 12/1/2006 Assegura o acesso a informações básicas sobre o meio ambiente, em atendimento ao disposto no inciso II do §1º do art. 214 da Constituição do Estado, e dá outras providências ...... 372 Lei nº 15.972, de 12/1/2006 Altera a estrutura orgânica dos órgãos e entidades da área de meio ambiente que especifica e a Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, e dá outras providências ...... 374 Lei nº 15.973, de 12/1/2006 Dispõe sobre a Política Estadual de Apoio à Agricultura Urbana e dá outras providências . 383 Lei nº 15.976, de 13/1/2006 Institui a política estadual de apoio à produção e à utilização do biodiesel e de óleos vegetais ...... 384

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Lei nº 15.979, de 13/1/2006 Cria a Estação Ecológica do Cercadinho e dá outras providências ...... 386 Lei nº 16.133, de 26/5/2006 Autoriza o Poder Executivo a doar ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba – Cefet-RP – o imóvel que especifica e altera a Lei nº 15.178, de 16 de junho de 2004, que define os limites de conservação da serra da Piedade ...... 395 Lei nº 16.183, de 20/6/2006 Institui a Comenda Gerardus Sanders ...... 397 Lei nº 16.194, de 23/6/2006 Acrescenta inciso e parágrafo ao art. 61 da lei nº 13.317, de 24 de setembro de 1999, que contém o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais ...... 399 Lei nº 16.197, de 26/6/2006 Cria a Área de Proteção Ambiental de Vargem das Flores, situada nos Municípios de Betim e Contagem, e dá outras providências ...... 400 Lei nº 16.260, de 18/7/2006 Institui o Dia Estadual do Cerrado e o Prêmio Guimarães Rosa ...... 413 Lei nº 16.315, de 10/8/2006 Modifica o inciso VII do art. 3º da Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, acrescenta parágrafo ao art. 8º da Lei nº 15.980, de 13 de janeiro de 2006, e revoga dispositivo da Lei nº 11.397, de 6 de janeiro de 1994 ...... 414 Lei nº 16.655, de 5/1/2007 Dá denominação a nascente situada no Parque Ecológico Doutor Cezar Rodrigues Campos, no Bairro Conjunto Confisco, no Município de Belo Horizonte ...... 415 Lei nº 16.679, de 10/1/2007 Dispõe sobre o Fundo Pró-Floresta e dá nova redação ao inciso I do art. 2º da Lei nº 14.646, de 24 de junho de 2003, que dispõe sobre o Fundo de Apoio Habitacional da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais – Fundhab ...... 416 Lei nº 16.687, de 11/1/2007 Dispõe sobre a elaboração da Agenda 21 Estadual ...... 421 Lei nº 16.689, de 11/1/2007 Acrescenta dispositivos à Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta de lixo, e à Lei nº 15.441, de 11 de janeiro de 2005, que regulamenta o inciso I do § 1º do art. 214 da Constituição do Estado ...... 422 Lei Delegada nº 125, de 25/1/2007 Dispõe sobre a estrutura orgânica básica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – e dá outras providências ...... 423 Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007 Altera a Lei Delegada nº 73, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a estrutura orgânica básica da Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM ...... 428 Lei Delegada nº 157, de 25/1/2007 Altera a Lei Delegada nº 83, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM ...... 431

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Lei Delegada nº 158, de 25/1/2007 Altera a Lei Delegada nº 79, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Estadual de Florestas – IEF ...... 433 Lei Delegada nº 178, de 29/1/2007 Dispõe sobre a reorganização do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – e dá outras providências ...... 434 Lei nº 16.908, de 3/8/2007 Altera a Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, que dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – Fhidro – e dá outras providências ...... 439 Lei nº 16.918, de 6/8/2007 Altera os arts. 14 e 16-B da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente ...... 439 Lei nº 17.039, de 16/10/2007 Altera o art. 4º da Lei nº 10.627, de 16 de janeiro de 1992, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais e dá outras providências ...... 440 Lei nº 17.107, de 30/10/2007 Altera o art. 62 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado ...... 441 Lei nº 17.110, de 1/11/2007 Dispõe sobre o reconhecimento de localidade como estância climática ou hidromineral e dá outras providências...... 442 Lei nº 17.353, DE 17/1/2008 Dispõe sobre a alteração do uso do solo nas áreas de ocorrência de mata seca ...... 444 Lei nº 17.503, de 26/5/2008 Altera o art. 2º da Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo ...... 445 Lei nº 17.608, de 1/7/2008 Altera os arts. 2º e 8º da Lei nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003, que institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais – TFAMG – e dá outras providências ...... 446 Lei nº 17.682, de 25/7/2008 Dá nova redação ao art. 2º da Lei nº 10.883, de 2 de outubro de 1992, que declara de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte, no Estado de Minas Gerais, o pequizeiro Caryocar brasiliense ...... 447 Lei nº 17.727, de 13/8/2008 Dispõe sobre a concessão de incentivo financeiro a proprietários e posseiros rurais, sob a denominação de Bolsa Verde, para os fins que especifica, e altera as Leis nº s 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, e 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado ...... 448

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Lei nº 18.023, de 9/1/2009 Altera o art. 10 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado ...... 450 Lei nº 18.024, de 9/1/2009 Altera a Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, que dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO –, e o art.23 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado ...... 451 Lei nº 18.028, de 12/1/2009 Acrescenta o art. 9º-A à Lei nº 10.545, de 13 de dezembro de 1991, que dispõe sobre produção, comercialização e uso de agrotóxico e afins dá outras providências ...... 455 Lei nº 18.030, de 12/1/2009 Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios ...... 456 Lei nº 18.031, de 12/1/2009 Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos ...... 461 Lei nº 18.042, de 13/1/2009 Altera a Lei nº 15.979, de 13 de janeiro de 2006, que cria a Estação Ecológica do Cercadinho ...... 481 Lei nº 18.043, de 23/1/2009 Modifica o Decreto nº 20.597, de 4 de junho de 1980, que define área de proteção especial, situada nos Municípios de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Matozinhos, para fins do disposto no art. 13 da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979...... 485

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SUMÁRIO

Lista das Normas Jurídicas ...... 7

Apresentação ...... 23

1 – Introdução ...... 27

2 – Normas jurídicas ...... 29

3 – Índice temático ...... 489

4 – Referências ...... 533

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APRESENTAÇÃO

Dando continuidade ao minucioso trabalho de levantamento temático da legislação estadual, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais apresenta, neste segundo volume da coletânea, as normas relativas ao tema do Meio Ambiente editadas entre 1954 e 2008. Criação de políticas de preservação e parques estaduais, instituição de programas de conservação, restrições de atividades depredativas são alguns dos objetivos presentes nas leis produzidas pelos parlamentares ao longo dos anos. Apresentada em ordem cronológica, a legislação sobre meio ambiente pode ser facilmente consultada pelo leitor, por meio da coletânea aqui apresentada. Com a edição desta obra, o Legislativo mineiro espera prestar mais uma contribuição à comunidade, oferecendo um instrumento cuidadosamente elaborado e organizado para consultas sobre legislação ambiental.

Deputado Alberto Pinto Coelho Presidente

Esta compilação das leis mineiras sobre o meio ambiente, realizada na presidência do Deputado Sávio Souza Cruz e agora publicada quando me cabe a presidência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, vem responder a importantes necessidades de pesquisadores e do poder público em geral. Antes de tudo, torna a legislação ambiental inteiramente acessível a todos os interessados, com sua apresentação em ordem cronológica. Essa visão – por sua característica histórica –, além de revelar a evolução da questão ambiental em sintonia com a progressiva percepção social do tema, permite, também, uma abrangente compreensão das políticas de prevenção ou controle das atividades poluidoras pela ação humana ou decorrentes de desastres naturais. Temos, portanto, além da praticidade de consulta, uma apresentação completa de nossas leis ambientais na perspectiva da preocupação dos legisladores com a ciência, a educação e a gestão ambiental, com o intuito de reverter as contínuas agressões ao meio natural, em busca do desenvolvimento sustentável e da melhor qualidade de vida dos cidadãos mineiros, inclusive, das novas gerações.

Deputado Fábio Avelar Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

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Tão logo assumi a presidência, para o biênio 2007-2008, apresentei à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável desta Assembleia a proposta de se compilar numa única fonte a legislação estadual mineira sobre meio ambiente. Complexa e esparsa, essa legislação carecia, a meu ver, da unidade de conjunto que somente uma compilação lhe poderia atribuir. Facilidade de referência, viabilização de mais rápidas e mais seguras consultas, acessibilidade plena à matéria legislada, favorecimento de maior conhecimento de direitos e deveres individuais e coletivos, mais ampla possibilidade de atuação para toda a comunidade, eis os propósitos que me guiavam na apresentação da proposta. Aprovada de imediato, a proposta encontrou acolhida integral em projeto já colocado em andamento pela própria Assembleia, que idealizara, por meio de sua Gerência- Geral de Documentação e Informação, a edição de uma Coleção Temática da Legislação do Estado de Minas Gerais. Editado um primeiro volume sobre Datas Comemorativas de Minas Gerais, o tema Meio Ambiente foi então alçado à condição de prioridade, produzindo- se a seguir o trabalho que resulta na edição deste volume. Ao tê-lo em mãos, avaliei plenamente alcançados os propósitos de tornar mais fácil e amplo o acesso de todo interessado à legislação estadual mineira sobre meio ambiente. Surpreendentemente, porém, constatei que o mérito do volume não se restringe a esses propósitos prévios. Adicionalmente, a olhos que queiram ver, o volume oferece a possibilidade de uma viagem pela evolução da legislação ambiental mineira, evidenciando, já de princípio, que há apenas pouco mais de uma metade de século é que o meio ambiente tornou-se efetivamente objeto de lei em Minas. Uma vertente preservacionista foi a que primeiro aflorou na preocupação legislativa, possibilitando a criação do pioneiro Parque Estadual do Itacolomi, na região de Ouro Preto e Mariana, em 1967. Outros parques vieram a seguir, abrindo-se mais tarde, já na década de 1980, a possibilidade para, além deles, criarem-se outras áreas de preservação, a exemplo das de proteção ambiental (APAs), preservação permanente (APPs) e, recentemente, em 2004, das reservas particulares de recomposição ambiental (RPPAs). O controle da poluição foi vertente que também se manifestou entre as primeiras, mas evoluiu com mais dificuldade. Em 1960, proibia-se que os cursos d´água fossem destinatários de esgotos urbanos e resíduos industriais sem tratamento. A lei respectiva não foi regulamentada, portanto, jamais cumprida. Foram necessários quase 20 anos a mais para que se falasse em poluição sonora; os malefícios dos agrotóxicos no campo e do mercúrio e cianeto na mineração mereceram atenção apenas em 1992. Além disso, cuidou- se de frear a devastação florestal apenas em 1990, quando se legislou sobre as motosserras e os incêndios florestais. Em 1980, com a edição da Lei nº 7.772, delineou-se em Minas pela primeira vez uma política ambiental, nela incluídos conceitos como licença ambiental, fiscalização, penalidades. O tratamento generalizado dessa lei, retomado pela Constituição do Estado em 1989, abriu a porta a que se legislasse sobre políticas ambientais específicas, desde as de desenvolvimento agrícola, saneamento básico e cultura (1994), recursos hídricos (1999),

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coleta seletiva de lixo e águas subterrâneas (2000), até chegar aos atualíssimos temas da biodiversidade (2001), ecoturismo e certificação ambiental (2002) e, inclusive, prevenção e combate a desastres decorrentes de tempestades (2005). O envolvimento da comunidade foi outra vertente merecedora de atenção. Ao Diploma do Mérito Florestal (1967) foram agregados o Dia da Proteção à Vida e ao Meio Ambiente (1979), a Medalha do Mérito Ambiental (1988), a Comenda Antônio Secundino de São José (1991), o Diploma Amigo dos Rios (1996), a Semana dos Rios e das Águas (1992), a Medalha 500 Anos – Rio São Francisco (2001), a Comenda Gerardo Sanders e o Dia Estadual do Cerrado – Prêmio Guimarães Rosa (2006). Criou-se um Disque-Denúncia (2004) e, em 2005, introduziram-se formalmente conteúdos de educação ambiental em disciplinas afins dos currículos escolares. O aparato estatal para cuidar da nova frente de trabalho formou-se aos poucos, acompanhando o avanço da preocupação e da legislação ambientais. Em 1962, criou-se o IEF. O COPAM, a FEAM, o IGAM, a Polícia Ambiental da PMMG são mencionados na Lei nº 7.772 de 1980. Em 1987, a expressão “Meio Ambiente” passa a integrar o nome da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, que, denominada Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, assume formalmente a responsabilidade pela gestão da política ambiental em Minas. Somente em 1995, há meros 13 anos portanto, a importância da gestão ambiental, sentida progressivamente crescente, demandou a criação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD –: a essa altura, o meio ambiente já fora alçado à condição de objeto de extremo cuidado e atenção. À primeira vista, constatadas a demora com que se iniciou em Minas a produção da legislação ambiental e a lentidão com que ela evoluiu, alguém poderia concluir que os mineiros foram pouco ágeis no tratamento de um tema hoje sentido como imprescindível. Mas, não. O que houve foi que realmente apenas há pouco mais de uma metade de século é que a ciência começou a expor de modo inequívoco o rastro de destruição deixado pela capacidade predatória do homem. A legislação acompanhou a ciência, não podia antecedê-la. Atualmente, quando se assiste ao florescimento da produção de novos conhecimentos e da edição de profusa legislação sobre meio ambiente, o que nos cabe não é lamentar nosso despertar tardio, mas disponibilizar a coragem para assumir a responsabilidade à nossa frente. Para o melhor atendimento dessa responsabilidade, muito contribui este volume, com que a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Gerência-Geral de Documentação e Informação e toda a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais têm a satisfação de pôr nas mãos do povo mineiro a legislação estadual específica.

Professor Sávio Souza Cruz Deputado Estadual Vice-Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Presidente da Comissão de Minas e Energia

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INTRODUÇÃO

Meio Ambiente é o segundo número da Coleção Temática da Legislação do Estado de Minas Gerais, elaborada pela Gerência de Referência Legislativa, da Gerência-Geral de Documentação e Informação da Assembleia Legislativa. A coleção consiste na compilação de textos de normas jurídicas de matérias de alta relevância. Tem por objetivo identificar, organizar e divulgar parte significativa da legislação constante da base de dados Normas Jurídicas de Minas Gerais – NJMG –, mantida pela Assembleia de Minas. Esta obra traz, de maneira concisa e objetiva, um levantamento da legislação de hierarquia superior (Constituição Estadual, leis ordinárias, resoluções da Assembleia Legislativa e leis delegadas) sobre Meio Ambiente. Apresenta textos atualizados, do período de 1954 a 2008, das normas jurídicas que não tenham sido revogadas expressamente, organizados cronologicamente pela data de sua edição. Cada norma elencada é precedida de um cabeçalho em que constam os dados de sua identificação, a origem, a autoria e o número do projeto de lei e, em caso de regulamentação total ou parcial, o decreto correspondente. Com o intuito de facilitar a procura por itens específicos, a obra apresenta um índice temático, organizado alfabeticamente, com remissivas para a legislação e para temas correlatos. Atendendo ao critério de simplificação, não foi apresentado o texto completo de algumas normas, mas somente os artigos considerados relevantes para o tema proposto. Os dispositivos suprimidos foram sinalizados com o uso de pontilhados. É necessário enfatizar a importância da leitura do texto integral da lei para a verificação dos critérios ou condições de sua aplicabilidade aos casos concretos. Pelo exposto, é indispensável a consulta ao Banco de Dados de legislação mineira – NJMG –, no endereço: www.almg.gov.br , para que se obtenha informações atualizadas a respeito de sua vigência, alterações, regulamentações e ações diretas de inconstitucionalidade. Pretendeu-se fazer um levantamento exaustivo e estão arroladas nesta obra 194 normas jurídicas. Com esta publicação, espera-se fornecer às diversas entidades de âmbito público ou privado e ao público em geral, aos estudiosos da área e aos sensíveis à questão ambiental um produto de informação norteador da tarefa de preservar a vida, por meio de um ambiente ecologicamente equilibrado. É necessário salientar que as informações aqui registradas, bem como as disponíveis no Banco NJMG, não se revestem de fontes oficiais de informação, sendo aconselhável a consulta à publicação do texto das normas no jornal Minas Gerais – diário oficial do Estado.

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2 – NORMAS JURÍDICAS

NORMA: LEI Nº 1.197, de 24/12/1954 Proposição: Projeto de Lei nº 786/1954 Autoria: Dep. Whady Nassif – PTB Concede favores às companhias, empresas ou cooperativas que se organizarem para reflorestamento no Estado. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º – O Governo do Estado auxiliará, na forma da presente lei, as companhias, empresas, inclusive cooperativas que tenham por objeto promover o reflorestamento de áreas de terras inaproveitadas no Estado. Art. 2º – Para fazer jus aos favores de que trata a presente lei, as companhias, empresas ou cooperativas deverão estar devidamente organizadas e aparelhadas, com capitais disponíveis, agrônomos e capatazes especializados em trabalhos próprios de reflorestamento rural. Art. 3º – É autorizado o Governo do Estado a auxiliar as companhias, empresas ou cooperativas de reflorestamento, com: a) Vetado. b) Formação de hortos florestais e estudos necessários do solo e sua adaptação aos diversos plantios. c) Máquina e preparados próprios para extinção da saúva. d) Garantia, pelo prazo de dez anos, da taxa de juros de 8% (oito por cento) para os capitais nelas empregados. e) Fornecimento de maquinaria, para pagamento a longo prazo, sem prejuízo dos serviços agrícolas a cargo da Secretaria da Agricultura. f) Assistência técnica e fornecimento de mudas e sementes de que dispuser, em cooperação com os governos federal e municipais. Art. 4º – Vetado. Art. 5º – As áreas reflorestadas não poderão ser inteiramente derrubadas senão conservando sempre intactas um quarto delas, e, mesmo assim, procedendo-se ao reflorestamento das áreas destruídas. Art. 6º – A Secretaria da Agricultura do Estado promoverá a regulamentação da presente lei, dentro de 60 dias de sua publicação.

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Art. 7º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 24 de dezembro de 1954. DE OLIVEIRA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 2.126, de 20/1/1960 Proposição: Projeto de Lei nº 36/1959 Autoria: Dep. Gomes Moreira – PSP Estabelece normas para o lançamento de esgotos e resíduos industriais nos cursos de águas. (Vide Lei nº 14.129, de 19/12/2001.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica proibido, a partir da data da publicação desta Lei, em todo o território do Estado de Minas Gerais, lançar nos cursos de água – córregos, ribeirões, rios, lagos, lagoas e canais, por meio de canalização direta ou indireta, de derivação ou de depósito em local que possa ser arrastado pelas águas pluviais ou pelas enchentes, sem tratamento prévio e instalações adequadas, qualquer resíduo industrial em estado sólido, líquido ou gasoso, e qualquer tipo de esgoto sanitário proveniente de centro urbano ou de grupamento de população. Art. 2º – Após o tratamento, os resíduos industriais ou esgotos sanitários podem ser lançados nos cursos de águas, desde que apresentem as seguintes características, verificadas mediante testes e provas de laboratório: a) oxigênio dissolvido – igual ao do curso de água; b) demanda bioquímica de oxigênio – igual à do curso de água; c) sais minerais dissolvidos em suspensão, ou precipitados, nas mesmas condições e proporções em quem os contiver o curso de água, in natura. Art. 3º – Os infratores desta Lei incorrerão na multa de Cr$ 50.000,00 (cinqüenta mil cruzeiros) e, no caso de reincidência, na proibição de funcionamento do estabelecimento até que sejam feitas as instalações de tratamento necessárias. Art. 4º – As Prefeituras Municipais, cujas sedes contem mais de 10.000 habitantes, terão o prazo de um ano, a contar da data da publicação da presente Lei, para providenciar o tratamento de esgotos sanitários provenientes do centro urbano.

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Parágrafo único – Os grupamentos de população inferior a 10.000 habitantes terão o prazo de dois anos para satisfazer as exigências desta Lei. Art. 5º – Os estabelecimentos industriais existentes no Estado e atualmente em funcionamento terão o prazo de um ano, a contar da data da publicação da presente lei, para providenciar a instalação de estações de tratamento de resíduos industriais. Parágrafo único – Incorrerão nas penalidades previstas no artigo 3º desta Lei os estabelecimentos que não atenderem ao disposto neste artigo. Art. 6º – A fiscalização do cumprimento das disposições desta Lei caberá: a) aos sanitaristas da Secretaria de Saúde e Assistência; b) à Secretaria de Viação e Obras Públicas, através de todos os seus órgãos; c) à Secretaria de Agricultura, Indústria, Comércio e Trabalho, especialmente através da Divisão de Caça e Pesca. Art. 7º – As Prefeituras Municipais deverão cooperar com as autoridades encarregadas de fazer cumprir esta Lei, denunciando os infratores aos órgãos estaduais competentes. Art. 8º – A partir da data desta Lei, as novas indústrias ou quaisquer entidades públicas ou privadas, interessadas no lançamento de resíduos industriais ou esgotos sanitários nos cursos de água, só poderão fazê-lo mediante prévia autorização do Poder Executivo Estadual, uma vez satisfeitas as exigências ora estabelecidas. Art. 9º – Revogadas as disposições em contrário, entrará esta Lei em vigor na data de sua publicação. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de janeiro de 1960. JOSÉ FRANCISCO BIAS FORTES – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 2.606, de 5/1/1962 Proposição: Projeto de Lei nº 2.132/1961 Autoria: Dep. Duarte Braga – PR Regulamentação : Decreto nº 34.271, de 27/11/1992 Decreto nº 43.369, de 5/6/2003 Decreto nº 44.807, de 12/5/2008 Fica criado o Instituto Estadual de Florestas. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei:

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Art. 1º – Fica criado o Instituto Estadual de Florestas, órgão autárquico, dotado de personalidade jurídica e autonomia financeira, subordinado ao (Vetado) Governador do Estado, com o fim especial de realizar a política florestal (Vetado) do Estado de Minas Gerais (Vetado). (Vide art. 3º da Lei nº 10.312, de 12/11/1990.) (Vide art. 1º da Lei nº 10.850, de 4/8/1992.) (Vide art. 4º da Lei nº 11.903, de 6/9/1995.) (Vide art. 8º da Lei nº 12.581, de 17/7/1997.) (Vide art. 1º da Lei nº 12.582, de 17/7/1997.) (Vide art. 6º da Lei nº 13.047, de 17/12/1998.) (Vide art. 15 da Lei nº 14.181, de 17/1/2002.) (Vide art. 7º da Lei nº 14.309, de 19/6/2002.) (Vide Lei Delegada nº 79, de 29/1/2003.) Art. 2º – Ao Instituto Estadual de Florestas – IEF, que terá sede na Capital do Estado, incumbe propor e executar a política florestal do Estado, observado o Código Florestal, competindo-lhe ainda: I – dirigir, orientar e promover a fiscalização das atividades de exploração de florestas, fauna silvestre e aquática, visando a sua conservação, proteção e desenvolvimento; II – fazer cumprir a legislação federal e estadual sobre florestas, faunas e mananciais; III – administrar e conservar os parque estaduais, as reservas equivalentes e as florestas de domínio do Estado; IV – promover a conservação das áreas declaradas de preservação permanente pelo Poder Público; V – fazer o inventário quantitativo e qualitativo do revestimento florístico e da fauna; VI – proteger e estimular o desenvolvimento da fauna; VII – orientar e fiscaliza as atividades de reflorestamento do Estado; VIII – promover e incentivar o reflorestamento com essências nativas e exóticas, mediante assistência técnica, prestação de serviços, produção e alienação de sementes e mudas; IX – promover o plantio de espécies nativas de madeira considerada nobre ou rara, a fim de assegurar-lhes perpetuidade; X – promover e executar pesquisas e estudos sobre flora e fauna; XI – desenvolver atividades educativas para a formação de uma consciência coletiva conservacionista e de valorização da natureza. XII – articular-se com entidades e órgãos públicos e privados, visando o cumprimento de seus objetivos. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 8.666, de 21/9/1984.)

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Artigo 3º – (Vetado).

Art. 4º – O Instituto Estadual de Florestas – IEF será dirigido por uma Diretoria composta de 1 (um) Presidente e de 3 (três) Diretores, recrutados entre técnicos de reconhecida capacidade, de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 9.686, de 18/10/1988.)

Art. 5º – Para a execução desta lei, fica criada a taxa de 5% do valor dos produtos e subprodutos florestais, cobrado dos consumidores do Estado e depositado no Banco Mineiro da Produção, á disposição da Diretoria do Instituto que a movimentará. § 1º – Consideram-se produtos e subprodutos florestais a lenha, madeira, casca, fruto, folha, flores, carvão, raízes, tubérculos, fibras, rezinas e seivas em geral.

§ 2º – As Companhias Siderúrgicas que reflorestarem de acordo com o Código Florestal á base de seu consumo em espécie, pagarão, apenas 2,5% da taxa cujas importâncias deverão ser aplicadas em reflorestamento dos municípios produtores das florestas cortadas.

Artigo 6º – Os serviços florestais do Estado subordinados á Secretaria de Agricultura, farão parte deste Instituto com a respectiva verba orçamentária e seu pessoal.

Art. 7º – As florestas públicas, de domínio do Estado, serão incorporadas ao patrimônio do Instituto e por ele administradas, visando a sua conservação e exploração técnica. Art. 8º – Constitui fonte de receita do Instituto Estadual de Florestas – IEF a verba consignada no orçamento do Estado, a Taxa Florestal, os recursos provenientes de convênios, contratos ou ajustes, o rendimento do seu patrimônio, as doações e os legados.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 8.666, de 21/9/1984.) (Vide art. 47 da Lei nº 4.492, de 14/6/1967.)

(Vide art. 58 da Lei nº 4.747, de 9/5/1965.) Art. 9º – Fica autorizada a incorporação ao patrimônio do Instituto Estadual de Florestas – IEF dos parques estaduais e das reservas equivalentes.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 8.666, de 21/9/1984.)

Art. 10 – Na falta de organização estadual específica, o Instituto, por delegação da União, protegerá e estimulará a multiplicação da Fauna Mineira. Art. 11 – (Vetado).

Art. 12 – (Vetado). Art. 13 – O pessoal técnico e os demais serão admitidos pelo Governador do Estado (Vetado).

Parágrafo único – O pessoal administrativo será aproveitado, preferencialmente, entre os funcionários estaduais considerados como excedentes.

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Art. 14 – O Instituto enviará anualmente ao Tribunal de Contas as suas contas para serem julgadas. Art. 15 – A presente lei será regulamentada 30 (trinta) dias após sua publicação. Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 8 de janeiro de 1962 JOSÉ DE MAGALHÃES PINTO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 4.495, de 14/6/1967 Proposição: Projeto de Lei nº 90/1967 Autoria: Governador Israel Pinheiro da Silva Cria o Parque Estadual do Itacolomi, nos Municípios de Ouro Preto e Mariana, em terrenos devolutos do Estado de Minas Gerais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º – É criado o Parque Estadual do Itacolomi, na Serra do mesmo nome, nos terrenos devolutos existentes entre os municípios de Ouro Preto e Mariana, uma área de, aproximadamente 7.000 ha. (sete mil hectares), situada dentro da região compreendida, nas folhas topográficas daqueles municípios, entre os paralelos de 20º22’30” (vinte graus, vinte e dois minutos e trinta segundos) e 20º30’00” (vinte graus, trinta minutos), de latitude sul, e os meridianos de 43º32’30” (quarenta e três graus trinta e dois minutos e trinta segundos) e de 43º22’30” (quarenta e três graus, vinte e dois minutos e trinta segundos) de longitude leste de Greenwich, e delimitada por um poligonal mistilínea que, partindo da confluência do córrego dos Prazeres no Rio Acima (ex-Maynart), segue, pela margem esquerda deste, até a barra do ribeirão Belchior; em seguida, pela margem direita deste último, até uma escarpa quartzítica, que corre ao sul do distrito de Passagem, município de Mariana, e do Rio do Carmo, guardando deste rio uma distância que oscila de 1.000 m (mil metros) a 1.500 m (mil e quinhentos metros); em seguida, no rumo oeste, pela linha de cumiada, da referida escarpa, que contém, os pontos de triangulação de cotas 1.213 m (mil duzentos e treze metros) e 1.179 m (mil cento e setenta e nove metros), até o ponto, na altura do paralelo de 20º25’00” (vinte graus e vinte e cinco minutos), de latitude sul, e que dista cerca de 400 m (quatrocentos metros), na direção ENE (este-nordeste), do ponto de triangulação da cota 1.322 m (mil trezentos e vinte dois metros), ponto esse, onde encontra a faixa de domínio da linha de transmissão da Usina do Salto para a Fábrica do Saramenha, município de Ouro Preto, da “Alumínio Minas Gerais S.A. “ALUMINAS”; desse ponto, com rumo aproximadamente sul, segue, pelo lado oriental da referida faixa

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de domínio, até um ponto distante de 200 m (duzentos metros), na direção ENE (este- nordeste), do ponto de triangulação de cota 1.367 m (mil trezentos e sessenta e sete metros), de onde, com rumo de, aproximadamente, 45º SE (quarenta e cinco graus sudeste), segue por uma linha até encontrar o mencionado córrego dos Prazeres, pela margem esquerda do qual continua, até uma foz no Rio Acima, fechando o polígono. Parágrafo único – As terras devolutas adjacentes, havidas como úteis ou necessária ao Parque, poderão ser-lhe anexadas. Art. 2º – O Poder Executivo declarará de utilidade pública, para efeito de desapropriação, os terrenos de domínio privado existentes dentro dos limites da área descrita no artigo anterior, bem como os direitos de posse que possam ser reclamados dentro da mencionada área. Parágrafo único – Poderão ser excluídas das disposições deste artigo as fazendas de cultivo de chá da Índia, ou de outras finalidades agropecuárias que, após estudos e prévios acordos, venham a ser considerados atrativos do Parque sob o ponto de vista turístico, instrutivo ou recreativo, ou úteis à manutenção de sua vida orgânica ou de seu equilíbrio biológico. Art. 3º – À Secretaria de Estado da Agricultura caberá proceder a demarcação da área descrita no artigo 1º desta lei, após eventuais retificações, se necessárias, tomando por base o projeto elaborado, sem ônus para o Estado, pela Sociedade dos Ex-Alunos da Escola de Minas Gerais de Ouro Preto – SEMOP, com sede no Estado da Guanabara, bem como tomar as demais providências indispensáveis à fiel execução da presente lei. Art. 4º – O Parque Estadual do Itacolomi ficará sob a administração da Secretaria de Estado da Agricultura, que, se julgar conveniente, poderá propor a criação de Fundação destinada a promover o cumprimento dos objetivos desta lei. Art. 5º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 14 de junho de 1967. ISRAEL PINHEIRO DA SILVA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 4.612, de 18/10/1967 Proposição: Projeto de Lei nº 203/1967 Autoria: Dep. Mário Hugo Ladeira – ARENA Regulamentação Parcial: Decreto nº 39.198, de 29/10/1997 Cria o Diploma do Mérito Florestal e dá outras providências.

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O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º – Fica criado o Diploma do Mérito Florestal. Art. 2º – O Diploma do Mérito Florestal será conferido a pessoas ou entidades que mais se destacarem nas atividades de reflorestamento no Estado. Art. 3º – O Diploma do Mérito Florestal será entregue anualmente em solenidade realizada no Palácio do Governo pelo Chefe do Poder Executivo, no dia 21 de setembro. Art. 4º – Para deliberar sobre a execução desta Lei e sobre a concessão do Diploma de Mérito Florestal, fica criada uma Comissão Especial, para escolha dos agraciados, a qual será presidida pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Parágrafo único – A constituição e as normas de funcionamento da Comissão Especial prevista no “caput” deste artigo serão estabelecidas em decreto. (Artigo com redação dada pelo art. 23 da Lei nº 12.581, de 17/7/1997.) Art. 5º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 18 de outubro de 1967. ISRAEL PINHEIRO DA SILVA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 4.731, de 30/4/1968 Proposição: Projeto de Lei nº 325/1967 Autoria: Dep. Mário Hugo Ladeira – ARENA Nota: O Parque Estadual da Serra da Canastra foi federalizado pelo Decreto Federal nº 70.355, de 3/4/1972 Cria o Parque Estadual da Serra da Canastra. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criado o Parque da Serra da Canastra. Parágrafo único – Entre as finalidades da constituição do órgão referido no artigo, citam-se a proteção da nascente do Rio São Francisco, de sua flora e sua fauna, o incentivo ao turismo naquele monumento arquitetônico da natureza e medidas visando o desenvolvimento regional.

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Art. 2º – O Poder Executivo, no prazo de noventa (90) dias, tomará as medidas necessárias ao fiel cumprimento dos dispositivos desta lei.

Art. 3º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Mando portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de abril de 1968. ISRAEL PINHEIRO DA SILVA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 5.093, de 5/12/1968

Proposição: Projeto de Lei nº 496/1968

Autoria: Dep. Edgard de Vasconcelos – ARENA

Modifica o art. 4º e parágrafo 1º da Lei nº 4.612, de 18 de outubro de 1967, que cria o Diploma de Mérito Florestal e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei:

Art. 1º – Ficam modificados o Art. 4º e § 1º da Lei nº 4.612, de 18 de outubro de 1967, os quais passarão a ter a seguinte redação:

“Art. 4º – Para deliberar sobre a execução desta lei e a concessão do “Diploma de Mérito Florestal”, fica criada uma comissão de 6 (seis) membros.

§ 1º – São membros natos da Comissão, o Secretário de Estado da Agricultura, o Reitor da Universidade Rural de Viçosa, o Diretor-Presidente do Instituto Estadual de Florestas, o Presidente da Sociedade Mineira de Agricultura, o Diretor da Associação de Crédito e Assistência Rural – ACAR – e o Presidente da Sociedade de Engenheiros Florestais”.

(Vide art. 23 da Lei nº 12.581, de 17/7/1997.)

Art. 2º – Revogam-se as disposições em contrário, entrando esta lei em vigor na data de sua publicação.

Mando portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 5 de dezembro de 1968.

ISRAEL PINHEIRO DA SILVA – Governador do Estado.

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NORMA: LEI Nº 6.126, de 4/7/1973 Proposição: Projeto de Lei nº 742/1973 Autoria: Governador Cria os Parques Florestais de Ibitipoca e da Jaíba, nos municípios de Lima Duarte e Manga. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º – É criado o Parque Florestal de Ibitipoca na Fazenda do mesmo nome, nos terrenos incorporados ao patrimônio do Instituto Estadual de Florestas, conforme escritura pública lavrada no Cartório do Segundo Oficio de Notas de Belo Horizonte, Livro 546-C fls. 72 a 74 e transcrita sob o nº 11.456. fls. 15 do Livro “3-I” do Registro de Imóveis da Comarca de Lima Duarte. Art. 2º – O Parque Florestal de Ibitipoca, compreendendo uma área de 14.887.000 m² (quatorze milhões, oitocentos e oitenta e sete mil metros quadrados) de terras situada no lugar denominado Fazenda de Ibitipoca, possui os limites e confrontações seguintes: partindo do pp=o, pelo primeiro caminhamento, em divisas com João Batista, até o ponto de interseção com a cota 1521,9: deste ponto, em confrontação com Totó Borges, até o marco nº 8, de onde passa a confrontar com Valdivino Bahú, até ao marco nº 11: daí, em confrontação com o município de Bias Fortes, até ao marco nº 25; e, deste marco ao ponto de interseção das estacas nºs 31/32, em divisas com o município de Lima Duarte; e deste ponto, em divisas com Ricardo Borges, por um córrego, até ao marco nº 37; seguindo por este mesmo córrego até ao marco nº 47=64, em divisas com Francisco Moreira Delgado, onde tem fim o primeiro caminhamento; voltando ao pp=o, pelo segundo caminhamento, partindo deste ponto ao marco nº 7, confrontando com Manoel Ferreira; deste marco ao marco nº 19, em divisas com José Alves de Paula; do marco nº 19 ao marco nº 27, em divisas com Jovino de Sales; do marco nº 27 ao marco nº 32, em divisas com Júlio João Ribeiro; do marco nº 32 ao marco nº 37, em divisas com Alcino Teixeira Campos do marco nº 37 ao marco nº 44-A, em divisas com Agenor Teixeira Campos; do marco nº 44-A ao marco nº 46-A, em divisas com Raimundo Deodoro Monteiro; do marco nº 46-A ao marco nº 57-A, em divisas com Dario de tal, por um córrego, até ao alinhamento dos marcos ns. 58/59, seguindo pelo caminhamento, até ao marco nº 63 mais 62m (sessenta e dois metros), onde de novo encontra o córrego, em divisas com Francisco Moreira Delgado, ponto de fechamento dos dois caminhamentos, tudo conforme planta que se acha arquivada no Serviço do Patrimônio da Secretaria de Estado da Administração. Art. 3º – É igualmente criado o Parque Florestal da Jaíba, no Município de Manga, nos terrenos doados ao instituto Estadual de Floresta pela Fundação Rural Mineira – Colonização e Desenvolvimento Agrário – RURALMINAS, conforme escritura pública lavrada no Livro 191, fls. 11 a 13 v., do Cartório do 9º Ofício de Notas de Belo Horizonte. (Vide art. 1º da Lei nº 11.731, de 30/12/1994.)

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Art. 4º – O Parque Florestal da Jaíba, compreendendo uma área de 6.211 ha (seis mil duzentos e onze hectares) de terras situada no lugar denominado Jaíba, Município de Manga, possui os seguintes limites a confrontações: tem como ponto de partida o marco M1, que corresponde com a estaca PP+52,00 metros e se acha a 15 metros o eixo da estrada de Jaibênia a Matias Cardoso: desse marco, segue paralelamente a estrada e conservando-se a 15 metros do eixo, confrontando com terrenos da RURALMINAS, numa extensão de 7.645,50 metros até o marco M2; à esquerda, ainda confrontando com terrenos da RURALMINAS, segue por uma reta de 6.022,00 metros e no rumo de 270’00’00”’ verdadeiro, até o marco n’ M3, locado a 10 metros do eixo da estrada; à esquerda segue paralelamente a estrada e conservando-se a 10 metros, desse eixo numa extensão de 7.298,00 metros, até o marco nº M4, confrontando com as terras da Várzea da Manga; à esquerda confrontando com os terrenos da RURALMINAS, segue na direção leste a uma distância de 11.939,50 metros, até o marco M1 ponto de partida. Art. 5º – Os Parques criados por esta lei ficam sob a administração e jurisdição do Instituto Estadual de Florestas. Art. 6º – É o Poder Executivo autorizado a regulamentar a presente lei. Art. 7º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 4 de julho de 1973. RONDON PACHECO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 6.605, de 14/7/1975 Proposição: Projeto de Lei nº 92/1975 Autoria: Dep. Vicente Guabiroba – ARENA Nota: O Parque Estadual da Serra do Cipó foi federalizado pelo Decreto Federal nº 90.223, de 25/9/1984 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Estadual da Serra do Cipó. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Parque Estadual da Serra do Cipó, com área aproximada de 27.600 (vinte e sete mil e seiscentos) hectares, compreendendo, parte da bacias do Rio Cipó, especialmente as bacias de seus formadores, Ribeirão Mascates

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e Ribeirão Gaviões ou Areias, nos municípios de Jaboticatubas, Itabira, Itambé do Mato Dentro e Santana do Riacho. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 6.681, de 10/11/1975.) Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 14 de julho de 1975. ANTÔNIO DE MENDONÇA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 6.681, de 10/11/1975 Proposição: Projeto de Lei nº 170/1975 Autoria: Dep. Vicente Guabiroba – ARENA Nota: O Parque Estadual da Serra do Cipó foi federalizado pelo Decreto Federal nº 90.223, de 25/9/1984 Dá nova redação ao artigo 1º da Lei nº 6.605, de 14 de julho de 1975. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º – O artigo 1º da Lei n. 6.605, de 14 de julho de 1975, passa a ter a seguinte redação: “Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Parque Estadual da Serra do Cipó, com área aproximada de 27.600 (vinte e sete mil e seiscentos) hectares, compreendendo, parte da bacias do Rio Cipó, especialmente as bacias de seus formadores, Ribeirão Mascates e Ribeirão Gaviões ou Areias, nos municípios de Jaboticatubas, Itabira, Itambé do Mato Dentro e Santana do Riacho”. Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 10 de novembro de 1975. ANTÔNIO AURELIANO CHAVES DE MENDONÇA – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 6.763, de 26/12/1975 Proposição: Projeto de Lei nº 280/1975 Autoria: Governador Antônio Aureliano Chaves de Mendonça Consolida a Legislação Tributária do Estado de Minas Gerais e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... CAPÍTULO III Das Taxas Art. 4º – As taxas estaduais são as seguintes: I – Taxa de Expediente; II – Taxa Florestal; III – Taxa de Segurança Pública; (Vide arts. 3º e 4º da Lei nº 12.032, de 21/12/1995.) IV – Taxa Judiciária; V – Emolumentos Relativos aos Atos Notariais e de Registro; VI – Taxa de Fiscalização Judiciária; (Vide art. 25 da Lei nº 15.424, de 30/12/2004.) VII – Custas Judiciais; VIII – Taxa de Licenciamento para Uso ou Ocupação da Faixa de Domínio das Rodovias; IX – Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais; X – Taxa Relativa à Fiscalização da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Minas Gerais – Arsemg. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 15.956, de 29/12/2005.) ...... Art. 234 – Esta Lei entra em vigor no dia 30 de dezembro de 1975. (Artigo renumerado pelo art. 37 da Lei nº 12.999, de 31/7/1998.) Mando portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 26 de dezembro de 1975. ANTÔNIO AURELIANO CHAVES DE MENDONÇA – Governador do Estado.

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NORMA: LEI Nº 7.000, de 14/6/1977 Proposição: Projeto de Lei nº 574/1976 Autoria: Dep. Haroldo Lopes da Costa – MDB Autoriza o Poder Executivo a criar o Fundo de Proteção e Recuperação Ambiental da Estância Hidromineral de Araxá. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Fundo de Proteção e Recuperação Ambiental da Estância Hidromineral de Araxá. Parágrafo único – Para atender ao disposto neste artigo, o Poder Executivo poderá celebrar contratos e convênios e manter entendimentos com entidades e empresas idôneas nacionais e estrangeiras. Art. 2º – São finalidades do Fundo, entre outras: I – proteger da poluição e do assoreamento os mananciais que abastecem a estância hidromineral e os lagos de interesse turístico; II – resguardar o solo contra a erosão acelerada; III – proteger, preservar e recuperar o patrimônio natural e a paisagem contra quaisquer outros atos e fenômenos que lhes ameacem a integridade. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 14 de julho de 1977. ANTÔNIO AURELIANO CHAVES DE MENDONÇA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 7.041, de 19/7/1977 Proposição: Projeto de Lei nº 1.107/1977 Autoria: Dep. Jorge Orlando Carone – MDB Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Estadual “Presidente Wenceslau Brás” localizado na Serra do Curral, no Município de Nova Lima. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei.

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Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar nas terras em que se localiza a Mata do Jambreiro, na Serra do Curral, Município de Nova Lima, com área de 1.146 hectares, o Parque Estadual “Presidente Wenceslau Brás”. Parágrafo único – O Órgão referido no artigo destina-se à preservação de recursos naturais representados pela flora, pela fauna e riqueza geológica da região, e sua proteção para o turismo do Estado. Art.2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de julho de 1977. ANTÔNIO AURELIANO CHAVES DE MENDONÇA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 7.302, de 21/7/1978 Proposição: Projeto de Lei nº 1.550/1978 Autoria: Dep. Gerardo Renault – ARENA Dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no Estado de Minas Gerais. (Vide inciso IX do art. 5º da Lei nº 7.772, de 8/9/1980.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Das Obrigações Art. 1º – Constitui infração, a ser punida na forma desta lei, a produção de ruído, como tal entendido o som puro ou mistura de sons com dois ou mais tons, capaz de prejudicar a saúde, a segurança ou o sossego públicos. Art. 2º – Para os efeitos desta Lei, consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança ou ao sossego públicos quaisquer ruídos que: I – atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de som superior a 10 (dez) decibéis – dB(A) acima do ruído de fundo existente no local, sem tráfego; II – independentemente do ruído de fundo, atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível sonoro superior a 70 (setenta) decibéis – dB(A), durante o dia, e 60 (sessenta) decibéis – dB(A), durante a noite, explicitado o horário noturno como aquele compreendido entre as 22 (vinte e duas) horas e as 6 (seis) horas, se outro não estiver estabelecido na legislação municipal pertinente.

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§ 1º – Para os efeitos desta Lei, as medições deverão ser efetuadas com aparelho medidor de nível de som que atenda às recomendações da EB 386/74, da ABNT, ou das que lhe sucederem. § 2º – Para a medição e avaliação dos níveis de ruído previstos nesta Lei, deverão ser obedecidas as orientações contidas na NBR-7731, da ABNT, ou nas que lhe sucederem. § 3º – Todos os níveis de som são referidos à curva de Ponderação (A) dos aparelhos medidores. § 4º – Para a medição dos níveis de som considerados nesta Lei, o aparelho medidor de nível de som conectado à resposta lenta deverá estar com o microfone afastado, no mínimo, 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) da divisa do imóvel que contém a fonte de ruído e à altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) do solo. § 5º – O microfone do aparelho medidor de nível de som deverá estar sempre afastado, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de quaisquer obstáculos, bem como guarnecido com tela de vento. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 10.100, de 17/1/1990.) Art. 3º – São expressamente proibidos, independentemente de medição de nível sonoro, os ruídos: I – produzidos por veículos com o equipamento de descarga aberto ou silencioso adulterado ou defeituoso; II – produzidos por veículos sonoros, aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza utilizados em pregões, anúncios ou propagandas, nas vias públicas, nos domingos e feriados, de 0 (zero) a 24 (vinte e quatro) horas, e, nos dias úteis, das 20 (vinte) às 9 (nove) horas e das 11 (onze) às 14 (quatorze) horas, na forma estabelecida em regulamento. (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 12.627, de 6/10/1997.) III – produzidos por buzinas, ou por pregões, anúncios ou propagandas, à viva voz, nas vias públicas, em local considerado pela autoridade competente como “zona de silêncio”; IV – produzidos em edifícios de apartamentos, vilas e conjuntos residenciais ou comerciais, por animais, instrumentos musicais, aparelhos receptores de rádio ou televisão, reprodutores de sons, ou, ainda, de viva voz, de modo a incomodar a vizinhança, provocando o desassossego, a intranqüilidade ou o desconforto; V – provenientes de instalações mecânicas, bandas ou conjuntos musicais, e de aparelhos ou instrumentos produtores ou amplificadores de som ou ruído quando produzidos em vias públicas; VI – provocados por bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estampido e similares; VII – provocados por ensaio ou exibição de escolas-de-samba ou quaisquer outras entidades similares, no período compreendido entre 0 (zero) hora e 7 (sete) horas, salvo aos domingos, nos dias feriados e nos 30 (trinta) dias que antecedem o tríduo carnavalesco, quando o horário será livre.

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§ 1º – O cadastramento dos interessados na veiculação das mensagens a que se refere o inciso II deste artigo, bem como o controle e a fiscalização do cumprimento das disposições nele contidas poderão ser disciplinados pelos municípios. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Lei nº 12.627, de 6/10/1997.) § 2º – A proibição prevista no inciso II deste artigo, não se aplica aos municípios onde inexistir emissora de rádio, observado o horário compreendido nos períodos de 8 (oito) às 11 (onze) horas e 13 (treze) às 20 (vinte) horas. (Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 7.604, de 10/12/1979.) (Parágrafo renumerado pelo art. 2º da Lei nº 12.627, de 6/10/1997.) CAPÍTULO II Das Permissões Art. 4º – São permitidos, observado o disposto no artigo 2º desta Lei, os ruídos que provenham: I – de sinos de igrejas ou templos e de instrumentos litúrgicos utilizados no exercício de culto ou cerimônia religiosa, celebrado no recinto da sede e associação religiosa, no período das 7 (sete) às 22 (vinte e duas) horas, exceto aos sábados e na véspera de dias feriados ou de datas religiosas de expressão popular, quando então será livre o horário; II – de bandas de música nas praças e nos jardins públicos e em desfiles oficiais ou religiosos; III – de sirenes ou aparelhos semelhantes usados para assinalar o início e o fim de jornada de trabalho, desde que funcionem apenas nas zonas apropriadas, como tais reconhecidas pela autoridade competente e pelo tempo estritamente necessário; IV – de sirenes ou aparelhos semelhantes, quando usadas por batedores oficiais, em ambulâncias, veículos de serviços urgentes, ou quando empregados para alarme e advertência, limitado o uso ao tempo estritamente necessário; V – de alto-falantes em praças públicas ou em outros locais permitidos pelas autoridades, durante o tríduo carnavalesco e nos 15 (quinze) dias que o antecedem, desde que destinados exclusivamente a divulgar músicas carnavalescas, sem propaganda comercial; VI – de explosivos empregados em pedreiras, rochas e demolições, no período compreendido entre 7 (sete) e 12 (doze) horas; VII – de máquinas e equipamentos utilizados em construção, demolições e obras em geral, no período compreendido entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas; VIII – de máquinas e equipamentos necessários à preparação ou conservação de logradouros públicos, no período compreendido entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas; IX – de alto-falantes utilizados para propaganda eleitoral durante a época própria, determinada pela Justiça Eleitoral, e no período compreendido entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas.

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Parágrafo único – A limitação a que se referem os itens VI, VII e VIII deste artigo não se aplica quando a obra for executada em zona não residencial ou em logradouro público, nos quais o movimento intenso de veículos ou de pedestres, durante o dia, recomende a sua realização à noite. CAPÍTULO III Das penalidades e da sua aplicação Art. 5º – Salvo quando se tratar de infração a ser punida de acordo com lei federal, o descumprimento de qualquer dos dispositivos desta lei sujeita o infrator às penalidades que forem fixadas em regulamento. Art. 6º – Na ocorrência de repetidas reincidências, poderá a autoridade competente determinar a apreensão ou a interdição da fonte produtora do ruído. Art. 7º – Tratando-se de estabelecimento comercial ou industrial, a respectiva licença para localização ou funcionamento poderá ser cassada, se as penalidades referidas nos artigos 5º e 6º desta lei se revelarem inócuas para fazer cessar o ruído. Art. 8º – As sanções indicadas nos artigos anteriores não exoneram o infrator das responsabilidades civis e criminais a que fique sujeito. CAPÍTULO IV Das Disposições Gerais Art. 9º – Cabe a qualquer pessoa que considerar seu sossego perturbado por sons ou ruídos não permitidos nesta lei comunicar ao órgão competente a ocorrência, para que sejam tomadas as providências. Art. 10 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 21 de julho de 1978. LEVINDO OZANAM COELHO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 7.340, de 19/9/1978 Proposição: Projeto de Lei nº 1.804/1978 Autoria: Governador Antônio Aureliano Chaves de Mendonça Regulamentação Parcial: Decreto nº 19.415, de 19/9/1978 Autoriza doação de imóvel, situado em Belo Horizonte, à Universidade Federal de Minas Gerais.

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a doar à Universidade Federal de Minas Gerais uma área de terreno com 439.000,00 m² aproximadamente, situada no Bairro Horto Florestal, Município de Belo Horizonte, com a seguinte descrição perimétrica: a linha inicia seu caminhamento no marco 24, situado no centro da estrada de acesso ao pomar de caqui; daí segue por essa estrada em direção à sede do Horto Florestal, com o rumo de 79º07’SE, numa distância de 102,77 m, até atingir o marco 23; daí, segue com o rumo de 35º23’NE, numa distância de 78,80 m, até atingir o marco 18; daí segue o rumo de 36º03’NE, numa distância de 99,56 m, até atingir o marco 2B; daí, segue com o rumo de 35º33’NE, numa distância de 122,39 m, até atingir o marco 3B; daí, segue com o rumo de 36º03’NE, numa distância de 85,32 m, até atingir o marco 4B; daí segue com o rumo de 36º23’NE, numa distância de 77,02 m, até atingir o marco 5B; daí, segue com o rumo de 36º23’NE, numa distância de 94,30 m, até atingir o marco 6B; daí segue com o rumo de 36º13’NE, numa distância de 126,87 m, até atingir o marco 7B; daí, segue com o rumo de 58º08’NO, numa distância de 230,28 m, até atingir o marco 15; daí, segue com o rumo de 57º37’NO, numa distância de 132,94 m, até atingir o marco 14; daí, segue com o rumo de 19º53’SO, numa distância de 121,21 m, até atingir o marco 8B; daí, segue com o rumo de 22º45’SO, numa distância de 63,77 m, até atingir o marco 8 A; daí, segue com o rumo de 61º07’NO, numa distância de 128,00 m, até atingir o marco 9 A; daí, segue com o rumo de 61º07’NO, numa distância de 77,80 m, até atingir o marco 9B; daí, segue com o rumo de 28°53’SO, numa distância de 20,96 m, até atingir o marco 10B; daí, segue com o rumo de 62º07’NO, numa distância de 103,60 m, até atingir o marco 11B; daí segue com o rumo de 32º23’SO, numa distância de 17,91 m, até atingir o marco 12B; daí, segue com o rumo de 61º27’NO, numa distância de 27,55 m, até atingir o marco 11A; daí, segue com o rumo de 48º23’SO, numa distância de 84,07 m, até atingir o marco 12A; daí, segue com o rumo de 74º07’NO, numa distância de 90,46 m, até atingir o marco 13A; daí, segue com o rumo de 10º49’SO, numa distância de 137,24 m, até atingir o marco 16; daí, segue com o rumo de 3º04’SE, numa distância de 105,33 m, até atingir o marco 5; daí, segue com o rumo de 5º26’SO, numa distância de 162,60 m, até atingir o marco 4; daí, segue com o rumo de 19º26’SO, numa distância de 150,31 m, até atingir o marco 3; saí, segue com o rumo de 59º34’SE, numa distância de 78,56 m, até atingir o marco 2; daí, segue com o rumo de 78º04’SE, numa distância de 122,88 m, até atingir o marco 1; daí, segue com o rumo de 79º34’SE, numa distância de 130,30 m, até atingir o marco 0; daí, segue com o rumo de 80º06’SE, numa distância de 106,99 m, até atingir o marco 24, ponto inicial desta descrição. Parágrafo único – O imóvel mencionado neste artigo foi havido pelo Estado conforme escritura de 10 de maio de 1912, lavrada às fls. 53 a 55, livro nº 79, do 2º Oficial de Notas, e transcrita sob o nº 2.979, às fls. 431, livro nº 3, do 1º Ofício de Registro de Imóveis da Capital. Art. 2º – A área de terreno mencionada no artigo anterior será destinada à instalação do Museu de História Natural e à implantação de um Jardim Botânico.

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Art. 3º – A escritura de doação conterá cláusulas: I – obrigando a donatária a utilizar o imóvel somente para a finalidade prevista nesta lei; II – estipulando a renúncia, pela donatária, ao recebimento de qualquer indenização decorrente da construção de benfeitorias no imóvel a ser devolvido ao Estado, constituído pelos quarteirões nºs 57, 58, 69 e 70, da Fazenda da Gameleira, no Município de Belo Horizonte; III – estabelecendo a reversão do imóvel ao patrimônio do Estado, no caso de descumprimento das disposições constantes desta lei. Parágrafo único – O Poder Executivo poderá fazer constar da escritura outras cláusulas e condições que julgar convenientes ao resguardo do interesse público. Art. 4º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente as da Lei nº 5.439, de 22 de maio de 1970. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de setembro de 1978. LEVINDO OZANAM COELHO – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 7.373, de 3/10/1978

Proposição: Projeto de Lei nº 1.835/1978 Autoria: Governador Antônio Aureliano Chaves de Mendonça Dispõe sobre legitimação e doação de terras devolutas do Estado em zona urbana ou de expansão urbana. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... Art. 5º – Os terrenos devolutos do Estado compreendidos na zona de expansão urbana destinam-se ao desenvolvimento da cidade e, em especial: ...... VI – à preservação de recursos naturais, principalmente águas e vegetação permanente; ......

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Art. 24 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições em contrário, especialmente as do parágrafo único do artigo 20 e as dos artigos 50, 51, 52, 53 e 54, da Lei nº 550, de 20 de dezembro de 1949. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 3 de outubro de 1978. LEVINDO OZANAM COELHO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 7.531, de 31/7/1979 Proposição: Projeto de Lei nº 17/1979 Autoria: Dep. Ferraz Caldas – PMDB Institui o Dia da Proteção à Vida e ao Meio Ambiente. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome , sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituído, no Estado de Minas Gerais, o Dia da Proteção à Vida e ao Meio Ambiente a ser comemorado, anualmente, na data de 4 de outubro. (Vide Lei nº 16.289, de 27/7/2006.) Art. 2º – O Poder Executivo promoverá a comemoração apropriada ao sentido da data, com a colaboração de todos os setores da comunidade mineira. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente, como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 31 de julho de 1979. DOS SANTOS – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 7.604, de 10/12/1979 Proposição: Projeto de Lei nº 205/1979 Autoria: Dep . Juarez Hosken – PMDB Acrescenta parágrafo ao artigo 3º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, que dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no Estado de Minas Gerais.

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O artigo 3º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, fica acrescido do seguinte parágrafo único: “Art. 3º – ...... Parágrafo único – A proibição prevista no inciso II deste artigo, não se aplica aos municípios onde inexistir emissora de rádio, observado o horário compreendido nos períodos de 8 (oito) às 11 (onze) horas e 13 (treze) às 20 (vinte) horas.” Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 10 de dezembro de 1979. FRANCELINO PEREIRA DOS SANTOS – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 7.660, de 27/12/1979 Proposição: Projeto de Lei nº 131/1979 Autoria: Dep. Euclides Cintra – PDS Regulamentação Parcial: Decreto nº 21.724, de 23/11/1981 Decreto nº 22.701, de 2/2/1983 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Florestal Estadual de Itajubá e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Parque Florestal Estadual de Itajubá em área de aproximadamente 197.042,00m2, do patrimônio público estadual, no município de Itajubá. Parágrafo único – Os limites do Parque Florestal de Itajubá, a que se refere este artigo, são: ao Norte a propriedade de Benedito Lídio e João Herculano; à Leste o Grupo Escolar Jorge Boucherville, Escola de Horticultura Wenceslau Braz e a Companhia de Distritos Industriais; ao Sul a propriedade de Diogo Podis; e a Oeste a Companhia de Distritos Industriais. Art. 2º – O parque, criado por esta Lei, tem como finalidade: I – resguardar a proteção do patrimônio florestal e da paisagem;

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II – oferecer à população possibilidades de recreação e lazer, sem prejuízo do equilíbrio ecológico; III – disciplinar o crescimento urbano através da criação de uma zona de descontinuidade. § 1º – É vedado ao Poder Público qualquer forma de exploração dos recursos naturais da área do Parque, exceto sua utilização para fins educacionais, científicos, recreativos e turísticos. § 2º – A terra, a flora, a fauna e demais recursos naturais do Parque ficam sujeitos ao regime especial de Proteção do Código Florestal. Art. 3º – Caberá ao Instituto Estadual de Florestas promover a implantação do Parque Florestal Estadual de Itajubá, definir sua utilização, forma e meios de sua administração. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 27 de dezembro de 1979. FRANCELINO PEREIRA DOS SANTOS – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 7.772, de 8/9/1980 Proposição: Projeto de Lei nº 614/1980 Autoria: Governador Francelino Pereira dos Santos Regulamentação: Decreto nº 21.228, de 10/3/1981 Decreto nº 44.844, de 25/6/2008 Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente. (Vide Lei nº 15.399, de 24/11/2004.) (Vide art. 3ºda Lei Delegada nº 178, de 29/1/2007.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Da Poluição ou Degradação do Meio Ambiente Art. 1º – Esta lei dispõe sobre as medidas de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no Estado de Minas Gerais. Parágrafo único – Para os fins desta Lei, entende-se por meio ambiente o espaço onde se desenvolvem as atividades humanas e a vida dos animais e vegetais.

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(Vide Lei nº 14.181, de 17/1/2002.)

(Vide Lei nº 14.309, de 19/6/2002.) (Vide Lei nº 14.968, de 12/1/2004.) Art. 2º – Entende-se por poluição ou degradação ambiental qualquer alteração das qualidades físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente que possam: I – prejudicar a saúde ou bem-estar da população; II – criar condições adversas às atividades sociais e econômicas; III – ocasionar danos relevantes à flora, à fauna e a qualquer recurso natural; IV – ocasionar danos relevantes aos acervos histórico, cultural e paisagístico. § 1º – Considera-se fonte de poluição qualquer atividade, sistema, processo, operação, maquinaria, equipamento ou dispositivo, móvel ou não, que induza, produza ou possa produzir poluição. § 2º – Agente poluidor é qualquer pessoa física ou jurídica responsável por fonte de poluição.

Art. 3º – Os resíduos líquidos, gasosos, sólidos ou em qualquer estado de agregação da matéria, provenientes de atividade industrial, comercial, agropecuária, doméstica, pública, recreativa e de qualquer outra espécie, só podem ser despejados em águas interiores, superficiais e subterrâneas, ou lançados à atmosfera ou ao solo, desde que não excedam os limites estabelecidos pela autoridade competente, nos termos do Regulamento desta Lei. (Vide Lei nº 13.796, de 20/12/2000.) CAPÍTULO II Da Política Estadual de Proteção, Conservação e Melhoria do Meio Ambiente Art. 4º – A política estadual de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente compreende o conjunto de diretrizes administrativas e técnicas destinadas a fixar a ação do Governo no campo dessas atividades. § 1º – As atividades empresariais, públicas ou privadas, serão exercidas em consonância com a política estadual de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente. § 2º – Compete à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia coordenar a política estadual de que trata este artigo. (Vide inciso I do art. 1º da Lei nº 9.514, de 29/12/1987.) CAPÍTULO III Dos Órgãos de Proteção, Conservação e Melhoria do Meio Ambiente Art. 5º – À Comissão de Política Ambiental – COPAM, integrante do Sistema Operacional de Ciência e Tecnologia, cabe, observadas as diretrizes para o desenvolvimento econômico

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e social do Estado, atuar na proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, competindo-lhe:

I – formular as normas técnicas e estabelecer os padrões de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, observada a legislação federal;

II – compatibilizar os planos, programas, projetos e atividades de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente com as normas estabelecidas; III – incentivar os municípios a adotarem normas de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente;

IV – aprovar relatórios sobre impactos ambientais;

V – estabelecer as áreas em que a ação do Governo relativa à qualidade ambiental deva ser prioritária;

VI – exercer a ação fiscalizadora de observância das normas contidas na legislação de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente; VII – exercer o poder de polícia nos casos de infração da lei de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente e de inobservância de norma ou padrão estabelecido; VIII – responder a consulta sobre matéria de sua competência;

IX – autorizar a implantação e a operação de atividade poluidora ou potencialmente poluidora; X – atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger, conservar e melhorar o meio ambiente;

XI – editar normas e padrões específicos para execução da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978.

(Vide inciso II do art. 1º e art. 6º da Lei nº 9.514, de 29/12/1987.)

Art. 6º – Os órgãos técnicos integrantes do Sistema Operacional de Ciência e Tecnologia, sem prejuízo das outras atividades que lhe são próprias, prestarão apoio técnico e científico à Comissão de Política Ambiental – COPAM, na formulação e execução da política de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, competindo-lhe: I – (Revogado pelo art. 18 da Lei nº 9.525, de 29/12/1987.) Dispositivo revogado:

“I – desenvolver, direta ou indiretamente, pesquisa e tecnologia orientadas para o uso racional, fundamentado em conhecimentos ecológicos, dos recursos naturais, como pressuposto básico da proteção, conservação e melhoria do meio ambiente;” II – (Revogado pelo art. 18 da Lei nº 9.525, de 29/12/1987.) Dispositivo revogado: “II – formar e treinar pessoal especializado na área de sua atuação.”

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Art. 7º – A Comissão de Política Ambiental – COPAM, na execução do disposto nesta Lei, articular-se-á com os órgãos federais, estaduais e municipais que, direta ou indiretamente, exerçam atribuições de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, visando a uma atuação coordenada que resguarde as respectivas áreas de competência. CAPÍTULO IV Do Controle das Fontes Poluidoras Art. 8º – A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como dos que possam causar degradação ambiental, observado o disposto em regulamento, dependerão de prévio licenciamento ou autorização ambiental de funcionamento do Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam. § 1º – O Copam poderá estabelecer prazos diferenciados para a análise do requerimento de cada modalidade de licença ou autorização, em função das peculiaridades da atividade ou do empreendimento, bem como para a formulação de exigências complementares, observado para a decisão a respeito do requerimento o prazo de até seis meses a contar da data do protocolo. § 2º – Nos casos em que for necessária a realização de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – Eia/Rima – ou de audiência pública, o prazo a que se refere o §1º deste artigo será de até doze meses. § 3º – Os prazos estipulados nos §§1º e 2º deste artigo poderão ser alterados mediante justificação e com a concordância do empreendedor e do Copam. § 4º – As solicitações de esclarecimento e complementação formuladas pelo Copam deverão ser atendidas pelo empreendedor no prazo de quatro meses, a contar do recebimento da respectiva notificação, admitida a prorrogação justificada e com a concordância do Copam e do empreendedor. § 5º – Esgotados os prazos previstos neste artigo sem pronunciamento do Copam sobre o pedido de licenciamento ou autorização ambiental de funcionamento, observar- se-ão as seguintes normas: I – o pedido será incluído na pauta de discussão e julgamento da câmara competente do Copam ou da Unidade Regional Colegiada, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos; II – o Presidente da câmara do Copam ou da Unidade Regional Colegiada designará relator, que, no prazo de até quarenta e oito horas, emitirá parecer sobre o pedido; III – transcorridos trinta dias contados do sobrestamento da pauta, o Secretário Executivo do Copam decidirá sobre o pedido de licenciamento, no prazo de cinco dias. (Artigo com redação dada pelo art. 16 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Art. 9º – As fontes de poluição indicadas no Regulamento e já existentes na data da publicação desta lei ficam sujeitas a registro na Comissão de Política Ambiental – COPAM,

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que lhes verificará a conformidade com as normas desta lei e do seu Regulamento e assinará ao responsável prazo para a adaptação que se fizer necessária. Art. 10 – Para garantir a execução das medidas estabelecidas nesta lei, no seu Regulamento e nas normas deles decorrentes, fica assegurado aos agentes credenciados do órgão competente a entrada em estabelecimento público ou privado durante o período de atividade, e a permanência neles pelo tempo necessário. Art. 11 – Fica o Poder Executivo autorizado a determinar medidas de emergência, a fim de evitar episódios críticos de poluição ambiental ou impedir sua continuidade, em caso de grave e iminente risco para vidas humanas ou recursos econômicos. Parágrafo único – Para a execução das medidas de emergência de que trata este artigo poderá ser reduzida ou impedida, durante o período crítico, qualquer atividade em área atingida pela ocorrência, respeitada a competência do Poder Público Federal. Art. 12 – No exercício da sua atribuição de avaliar o cumprimento das obrigações assumidas para a concessão de licença de instalação e de funcionamento, a Comissão de Política Ambiental – COPAM poderá determinar, quando necessário, a adoção de dispositivo de medição, análise e controle. CAPÍTULO V Da Concessão de Incentivos e Financiamentos Art. 13 – O Poder Executivo Estadual, para a concessão de incentivo e financiamento a projeto de desenvolvimento econômico ou a sua implementação, levará em consideração o cumprimento, pelo requerente, dos dispositivos constantes desta lei. Art. 14 – A aplicação de equipamento de controle da poluição, o tratamento de efluente industrial ou de qualquer tipo de material poluente despejado ou lançado, a adoção de medidas para a redução dos gases de efeito estufa e a conservação de recursos naturais constituem fatores relevantes a serem considerados pelo governo do Estado na concessão de estímulos em forma de financiamento, incentivo fiscal e ajuda técnica. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 16.918, de 6/8/2007.) CAPÍTULO VI Das Penalidades Art. 15 – As infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos, classificadas em leves, graves e gravíssimas a critério do Copam e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH, serão punidas nos termos desta Lei. § 1º – Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: I – a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente; II – os antecedentes do infrator ou do empreendimento ou instalação relacionados à infração, quanto ao cumprimento da legislação ambiental estadual;

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III – a situação econômica do infrator, no caso de multa; IV – a efetividade das medidas adotadas pelo infrator para a correção dos danos causados ao meio ambiente; V – a colaboração do infrator com os órgãos ambientais na solução dos problemas advindos de sua conduta. § 2º – O regulamento desta Lei detalhará: I – o procedimento administrativo de fiscalização; II – o procedimento administrativo, as hipóteses e os critérios para aplicação de sanções; III – a tipificação e a classificação das infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos; IV – a competência e o procedimento para elaboração das normas técnicas complementares. (Artigo com redação dada pelo art. 16 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) (Vide Lei nº 13.393, de 7/12/1999.) (Vide Lei nº 12.589, de 24/7/1997.) Art. 16 – As infrações a que se refere o art. 15 serão punidas com as seguintes sanções, observadas as competências dos órgãos e das entidades vinculados à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad: I – advertência; II – multa simples; (Vide art. 5º da Lei nº 16.682, de 10/1/2007.) III – multa diária; IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; V – destruição ou inutilização do produto; VI – suspensão de venda e fabricação do produto; VII – embargo de obra ou atividade; VIII – demolição de obra; IX – suspensão parcial ou total das atividades; X – restritiva de direitos. § 1º – Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas. § 2º – A advertência será aplicada quando forem praticadas infrações classificadas como leves.

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§ 3º – A multa simples será aplicada sempre que o agente: I – reincidir em infração classificada como leve; II – praticar infração grave ou gravíssima; III – obstar ou dificultar ação fiscalizadora. § 4º – A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo e será computada até que o infrator demonstre a regularização da situação à autoridade competente. § 5º – O valor da multa de que tratam os incisos II e III do caput deste artigo será fixado em regulamento, sendo de, no mínimo, R$50,00 (cinqüenta reais) e, no máximo, R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), e corrigido anualmente, com base na variação da Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais – Ufemg. § 6º – Até 50% (cinqüenta por cento) do valor da multa de que trata o inciso II do caput deste artigo poderão ser convertidos, mediante assinatura de termo de compromisso com o órgão ambiental competente, em medidas de controle, que poderão incluir ação reparadora a ser realizada em qualquer parte do território do Estado, sem prejuízo da reparação do dano ambiental diretamente causado pelo empreendimento. § 7º – Sujeita-se a multa de 100% (cem por cento) do valor da penalidade devida quem utilizar ou propiciar a utilização de documento relativo a seu recolhimento com autenticação falsa. § 8º – Em caso de reincidência em infração punida com multa, a pena será aplicada em dobro e, a partir da segunda reincidência na mesma infração, a critério da autoridade competente, poderá ser aplicada a pena de suspensão de atividades. § 9º – Ao infrator que estiver exercendo atividade sem a licença ou a autorização ambiental competente, além das demais penalidades cabíveis, será aplicada a penalidade de suspensão de atividades, a qual prevalecerá até que o infrator obtenha a licença ou autorização devida ou firme termo de ajustamento de conduta com o órgão ambiental, com as condições e prazos para funcionamento do empreendimento até a sua regularização. § 10 – As sanções restritivas de direito são: I – suspensão de registro, licença ou autorização; II – cancelamento de registro, licença ou autorização; III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; V – proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos. § 11 – Os débitos resultantes de multas aplicadas em decorrência desta Lei poderão ser parcelados, corrigidos monetariamente, com vencimento antecipado das parcelas concedidas em caso de inadimplência, nos termos do regulamento.

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(Artigo com redação dada pelo art. 16 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) (Vide art. 9º da Lei nº 15.056, de 31/3/2004.) (Vide Lei nº 12.589, de 24/7/1997.) Art. 16-A – Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos e lavrados os respectivos autos, observando-se o seguinte: I – os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas; II – os produtos e subprodutos da fauna e da flora serão avaliados e, a critério da autoridade competente, alienados em hasta pública, destruídos ou doados a instituições científicas, hospitalares, penais ou com fins beneficentes. Parágrafo único – Somente poderão participar da hasta pública prevista no inciso II do caput deste artigo as pessoas e as empresas que demonstrarem não terem praticado infração ambiental nos três anos anteriores e que estejam regularmente licenciadas para as atividades que desempenhem. (Artigo acrescentado pelo art. 17 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Art. 16-B – A fiscalização do cumprimento do disposto nesta Lei, no seu regulamento e nas demais normas ambientais em vigor será exercida pela Semad, pela Fundação Estadual do Meio Ambiente – Feam -, pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – e pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam -, aos quais compete, por intermédio de seus servidores, previamente credenciados pelo titular do respectivo órgão ou entidade: I – efetuar vistorias e elaborar o respectivo relatório; II – verificar a ocorrência de infração à legislação ambiental; III – lavrar os autos de fiscalização e de infração, aplicando as penalidades cabíveis; IV – determinar, em caso de grave e iminente risco para vidas humanas, para o meio ambiente ou para os recursos econômicos do Estado, medidas emergenciais e a suspensão ou redução de atividades durante o período necessário para a supressão do risco. § 1º – A Feam, o IEF e o Igam poderão delegar à Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG –, respeitada a competência exclusiva da União, mediante convênio a ser firmado com a interveniência da Semad, as competências previstas neste artigo, exceto a aplicação de pena de multa simples ou diária em valor superior a R$100.000,00 (cem mil reais), a suspensão ou redução de atividades e o embargo de obra ou atividade, sem a devida motivação, elaborada por técnico habilitado, salvo em assuntos de caça, pesca e desmatamento. § 2º – Os servidores da Semad e os da Polícia Ambiental da PMMG, no exercício das atividades de fiscalização do cumprimento desta Lei, lavrarão autos de fiscalização, embargo, interdição e infração nos formulários próprios do Sistema Estadual de Meio Ambiente e encaminharão os respectivos processos à entidade vinculada à Semad responsável pela autuação.

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§ 3º – A atuação da Polícia Ambiental da PMMG, mediante delegação de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama -, far-se-á com a interveniência da Semad, observado o disposto no § 1º deste artigo. (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 16.918, de 6/8/2007.) § 4º – O valor referente às multas arrecadadas com a aplicação de penalidades administrativas previstas nesta Lei constituirá receita própria da entidade vinculada à Semad responsável pela fiscalização e lavratura do respectivo auto de infração. (Artigo acrescentado pelo art. 17 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Art. 16-C – O autuado tem o prazo de vinte dias contados da notificação da autuação para apresentar defesa dirigida ao órgão responsável pela autuação, facultada a juntada dos documentos que julgar convenientes. § 1º – A defesa será processada pelo órgão competente pela autuação, na forma prevista na Lei nº 14.184, de 31 de janeiro de 2002, e o processo será decidido pelo Presidente da Feam, pelo Diretor-Geral do IEF ou pelo Diretor-Geral do Igam, conforme o caso, ainda que a fiscalização tenha sido exercida por órgão conveniado nos termos do §1º do art. 16-B. § 2º – Da decisão caberá recurso, no prazo de trinta dias, independentemente de depósito ou caução, dirigido ao Copam ou ao CERH, conforme o caso, mantida a competência do Conselho de Administração do IEF na hipótese de aplicação da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002. § 3º – Na hipótese do disposto no inciso IV do caput do art. 16- B, as medidas emergenciais e a suspensão ou redução de atividades serão executadas imediatamente, em caráter temporário, podendo o interessado apresentar defesa no prazo de até dez dias, a qual será submetida ao Presidente da Feam, ao Diretor-Geral do IEF ou ao Diretor- Geral do Igam, conforme o caso, que decidirá a questão no prazo de cinco dias, contados da data de apresentação da defesa, sob pena de cancelamento da penalidade. (Artigo acrescentado pelo art. 17 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Art. 16-D – Fica a pessoa física ou jurídica responsável por empreendimento que provocar acidente com dano ambiental obrigada a: I – adotar, com meios e recursos próprios, as medidas necessárias para o controle da situação, com vistas a minimizar os danos à saúde pública e ao meio ambiente, incluindo as ações de contenção, recolhimento, neutralização, tratamento e disposição final dos resíduos gerados no acidente, bem como para a recuperação das áreas impactadas, de acordo com as condições e os procedimentos estabelecidos ou aprovados pelo órgão ambiental competente; II – adotar as providências que se fizerem necessárias para prover as comunidades com os serviços básicos, caso os existentes fiquem prejudicados ou suspensos em decorrência do acidente ambiental; III – reembolsar ao Estado e às entidades da Administração indireta as despesas e os custos decorrentes da adoção de medidas emergenciais para o controle da ocorrência e

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dos efeitos nocivos que possa causar à população, ao meio ambiente e ao patrimônio do Estado ou de terceiros; IV – indenizar ao Estado e às entidades da Administração indireta as despesas com transporte, hospedagem e alimentação relativas ao deslocamento de pessoal necessário para atender à ocorrência, bem como outras despesas realizadas em decorrência do acidente. § 1º – A obrigação prevista no caput deste artigo independe da indenização dos custos de licenciamento do empreendimento e da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TFAMG –, instituída pela Lei nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003. § 2º – Os valores de que tratam os incisos III e IV deste artigo poderão ser objeto de contestação por parte do infrator, por meio de recurso interposto no prazo de trinta dias contados da data da notificação. § 3º – Os recursos a que se refere o §2º serão analisados, quando relativos a valores inferiores a R$500.000,00 (quinhentos mil reais), pelo Presidente da Feam, pelo Diretor- Geral do IEF ou pelo Diretor-Geral do Igam, conforme o caso, e os relativos a valores superiores serão analisados pelo presidente do Copam, conforme dispuser o regulamento.”. (Artigo acrescentado pelo art. 17 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Art. 17 – A defesa ou a interposição de recurso contra pena imposta por infração ao disposto nesta Lei não terão efeito suspensivo, salvo mediante Termo de Compromisso firmado pelo infrator com a Semad ou suas entidades vinculadas obrigando-se à eliminação das condições poluidoras ou à reparação dos danos eventualmente causados no prazo fixado pelo Copam, nos termos do regulamento desta Lei. (Artigo com redação dada pelo art. 16 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Art. 18 – (Revogado pelo art. 29 da Lei nº 12.581, de 17/7/1997.) Dispositivo revogado: “Art. 18 – O produto de arrecadação das multas e juros de mora previstos nesta lei constituirá o Fundo de Defesa Ambiental, destinado à promoção da melhoria da qualidade ambiental urbana e rural. Parágrafo único – O produto da arrecadação de que trata este artigo será recolhido a um dos bancos oficiais do Estado de Minas Gerais, acobertado por guia própria e aí ficará depositado para movimentação pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.” Art. 19 – O Poder Executivo baixará decreto regulamentando esta lei dentro de 180 (cento e oitenta) dias da sua publicação. Art. 20 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 21 – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo horizonte, aos 8 de setembro de 1980. FRANCELINO PEREIRA DOS SANTOS – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 8.022, de 23/7/1981 Proposição: Projeto de Lei nº 1.292/1981 Autoria: Governador Francelino Pereira dos Santos Regulamentação Parcial: Decreto nº 21.724 , de 23/11/1981 Decreto nº 28.162, de 6/6/1988 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Florestal Estadual da Baleia, e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Parque Florestal da Baleia, em uma área de 1.021.766,56m2, parte do imóvel de propriedade do Estado de Minas Gerais, situado na Fazenda da Baleia, em Belo Horizonte, com os seguintes limites e confrontações: partindo do marco M-26, cravado na divisa da Fundação Benjamim Guimarães, segue com o rumo de 70º12’SE, na distância de 258,00m, até atingir a estaca nº 10; daí, segue em campo aberto, com o rumo de 62º04’SE, na distância de 190,00m, até atingir a estaca nº 11, cravada nas proximidades de um campo de futebol e continua seguindo com o rumo de 9º47’NE, na distância de 72,00m (um dos cantos mais próximos da estaca); daí, segue por divisa aberta, com o rumo de 15º24’SE, na distância de 461,00m até atingir a estaca nº 16; daí, segue defrontando com a linha divisória de exploração de minério, conforme memorial exarado no Decreto Federal nº 49.003, de 4 de outubro de 1960, com o rumo de 59º00’SO, na distância de 465,00m, até atingir a estaca nº 22; daí, segue com o rumo de 41º35’SO, na distância de 645,00m, até atingir a estaca nº 23; daí, segue com o rumo de 53º25’SO, na distância de 160,00m, até atingir a estaca nº 24; daí, segue com o rumo de 25º59’SO, na distância de 270,00m, até atingir a estaca nº 25; daí, segue com o rumo de 68º10’SO, na distância de 260,00m, até atingir a estaca nº 26; daí, segue com o rumo de 16º10’SO, na distância de 120,00m, até atingir a estaca nº 27; daí, segue com o rumo de 80º43’SE, na distância de 110,00m, até atingir a estaca nº 28; daí, segue com o rumo de 10º15’SO, na distância de 40,00m, até atingir a estaca nº 29, final da linha divisória da exploração de minério; daí, segue com o rumo de 60º00’SO, na distância de 351,00m, até atingir as estacas de nºs 59 a 69, à margem direita da estrada que dá acesso à Torre da TELEMIG; daí, segue com o rumo de 22º27’NE, na distância de 780,00m, percorre a cerca divisória de arame do Palácio das Mangabeiras, até atingir as estacas de nºs 70 a 78; daí, segue por dentro de valo com o rumo de 23º00’NO, na distância de 680,00m, até atingir as estacas de nºs 78 a 105 = M-19, cravadas na cerca; daí, segue com o rumo de 251,00m, até atingir o marco M-20; daí, segue com o rumo de 60º30’SE, na distância de 95,00m, até atingir o marco M-21; daí, segue com o rumo de 37º59’SE, na distância de 450,00m, até atingir o marco M-22; daí, segue com o rumo 70º35’NE, na distância de 430,00m, até atingir o marco M-23; daí, segue com o rumo de 56º58’NE, na distância de 450,00m, até atingir o marco M-24; daí, segue com o rumo de 7º47’NO, na

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distância de 500,00m, até atingir o marco M-25; daí, segue com o rumo de 36º30’NE, na distância de 350,00m, até atingir o marco M-26, ponto de partida desta descrição. Art. 2º – O Parque Florestal Estadual da Baleia tem por finalidade: I – resguardar o patrimônio florestal e paisagístico de Belo Horizonte; II – oferecer à população possibilidades de recreação e lazer, sem prejuízo do equilíbrio ecológico; III – disciplinar o crescimento urbano através da criação de uma zona de descontinuidade. § 1º – É vedado ao Poder Público qualquer forma de exploração dos recursos naturais da área do Parque, ressalvada a sua utilização para fins educacionais, científicos, recreativos e turísticos. § 2º – A terra, a flora, a fauna e demais recursos naturais do Parque ficam sujeitos ao regime especial do Código Florestal. Art. 3º – Na área destinada ao Parque Florestal Estadual da Baleia será implantado pelo Instituto Estadual de Florestas o Jardim Botânico, criado pelo Decreto Estadual nº 10.232, de 27 de janeiro de 1932. Art. 4º – Caberá ao Instituto Estadual de Florestas – IEF fazer a implantação do Parque Florestal Estadual da Baleia e do Jardim Botânico, incumbindo-se da sua administração. Art. 5º – Na área destinada ao Parque Florestal Estadual da Baleia não se inclui o imóvel doado pela União à Fundação Benjamim Guimarães, em cumprimento ao que determina a Lei nº 218, de 8 de novembro de 1937, e o Decreto-Lei nº 7.621, de 8 de junho de 1945. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 23 de julho de 1981. FRANCELINO PEREIRA DOS SANTOS – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 8.666, de 21/9/1984 Proposição: Projeto de Lei nº 757/1984 Autoria: Governador Regulamentação : Decreto nº 34.271, de 27/11/1992 Decreto nº 43.369, de 5/6/2003 Decreto nº 44.372, de 9/8/2006

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Altera dispositivos da Lei nº 2.606, de 5 de janeiro de 1962, que criou o Instituto Estadual de Florestas – IEF. (Vide Lei nº 10.850, de 4/8/1992.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Os artigos 2º e seus incisos, 4º, 8º e 9º da Lei nº 2.606, de 5 de janeiro de 1962, que criou o Instituto Estadual de Florestas – IEF, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 2º – Ao Instituto Estadual de Florestas – IEF, que terá sede na Capital do Estado, incumbe propor e executar a política florestal do Estado, observado o Código Florestal, competindo-lhe ainda: I – dirigir, orientar e promover a fiscalização das atividades de exploração de florestas, fauna silvestre e aquática, visando a sua conservação, proteção e desenvolvimento; II – fazer cumprir a legislação federal e estadual sobre florestas, faunas e mananciais; III – administrar e conservar os parque estaduais, as reservas equivalentes e as florestas de domínio do Estado; IV – promover a conservação das áreas declaradas de preservação permanente pelo Poder Público; V – fazer o inventário quantitativo e qualitativo do revestimento florístico e da fauna; VI – proteger e estimular o desenvolvimento da fauna; VII – orientar e fiscaliza as atividades de reflorestamento do Estado; VIII – promover e incentivar o reflorestamento com essências nativas e exóticas, mediante assistência técnica, prestação de serviços, produção e alienação de sementes e mudas; IX – promover o plantio de espécies nativas de madeira considerada nobre ou rara, a fim de assegurar-lhes perpetuidade; X – promover e executar pesquisas e estudos sobre flora e fauna; XI – desenvolver atividades educativas para a formação de uma consciência coletiva conservacionista e de valorização da natureza. XII – articular-se com entidades e órgãos públicos e privados, visando o cumprimento de seus objetivos. (Vide art. 1º da Lei nº 9.686, de 18/10/1988.) Art. 4º – O Instituto Estadual de Florestas – IEF será dirigido por uma Diretoria composta de 1 (um) Presidente e de 3 (três) Diretores, recrutados entre técnicos de reconhecida capacidade, de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado. Art. 8º – Constitui fonte de receita do Instituto Estadual de Florestas – IEF a verba consignada no orçamento do Estado, a Taxa Florestal, os recursos provenientes de convênios, contratos ou ajustes, o rendimento do seu patrimônio, as doações e os legados.

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Art. 9º – Fica autorizada a incorporação ao patrimônio do Instituto Estadual de Florestas – IEF dos parques estaduais e das reservas equivalentes.” Art. 2º – O Poder Executivo, no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência desta Lei, baixará decreto dispondo sobre a reorganização administrativa do Instituto Estadual de Florestas – IEF. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 21 de setembro de 1984. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 8.670, de 27/9/1984 Proposição: Projeto de Lei nº 665/1984 Autoria: Dep. Sérgio Emílio – PMDB Dispõe sobre a criação de área de proteção especial para a região da Gruta do Rei do Mato, no Município de Sete Lagoas. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica sob proteção especial do Estado de Minas Gerais, nos termos do artigo 180, parágrafo único, da Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, e do artigo 1º da Lei nº 3.924, de 26 de julho de 1961, a área denominada Gruta Rei do Mato, no Município de Sete Lagoas, compreendendo uma faixa de terra que, tendo seu ponto inicial no trevo de acesso à Cidade de Sete Lagoas, da BR-040, segue pela Rodovia MG- 238, em direção ao Município de Cachoeira da Prata, percorrendo 2,5 quilômetros, aproximadamente, até o ponto da Rodovia eqüidistante das projeções perpendiculares dos maciços do Rei do Mato e Pedreira da Vitrine, em relação à rodovia; daí, segue em linha reta e, em direção NE, ultrapassando a linha de crista até o ponto mais alto do curso d’água tributário da margem esquerda do Córrego Boqueirão; daí, segue pela calha deste curso d’água em direção e até o confronto com a Rodovia BR-040; daí, segue por esta Rodovia em direção ao trevo de acesso à Cidade de Sete Lagoas, ponto inicial desta descrição. Art. 2º – Ficarão sob a tutela do Poder Público, além da fauna e da flora, os monumentos naturais que compõem o conjunto paisagístico, bem como as grutas e abrigos, contendo vestígios paleomeríndios e jazidas arqueológicas ou pré-históricas de qualquer natureza que estejam circunscritas na área descrita no artigo 1º desta Lei.

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Art. 3º – Fica o terreno descrito no artigo 1º desta Lei declarado como área de proteção ambiental, nos moldes da Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981. Art. 4º – A utilização do potencial turístico, cultural e científico existente na área de proteção a que se refere o artigo 1º, sem prejuízo do disposto na legislação federal pertinente, dependerá de autorização da Comissão de Política Ambiental – COPAM, à qual será submetido, para apreciação, o projeto respectivo. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 27 de setembro de 1984. HÉLIO CARVALHO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.367, de 11/12/1986 Proposição: Projeto de Lei nº 1.436/1985 Autoria: Dep. Ronaldo Carvalho – PMDB Dispõe sobre a destinação e tratamento de águas residuais e resíduos sólidos provenientes de indústrias de açúcar, álcool e aguardente no Estado de Minas Gerais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O vinhoto, as águas residuais e os resíduos sólidos das indústrias de açúcar, álcool e aguardente não podem ser lançados direta ou indiretamente em qualquer curso d’água ou lagoa sem tratamento prévio, de modo a assegurar que sejam mantidas as características das águas para fins de abastecimento, irrigação e preservação do solo, da flora e da fauna. Parágrafo único – A disposição final no solo dos resíduos de que trata este artigo está sujeita à Deliberação Normativa nº 07/81 da Comissão de Política Ambiental – COPAM. (Vide Lei nº 10.793, de 2/7/1992.) (Vide Lei nº 14.129, de 19/12/2001.) Art. 2º – Sujeitam-se os infratores desta Lei às penalidades previstas nos artigos 15 e 16 da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980. Art. 3º – Compete à Comissão de Política Ambiental – COPAM – fiscalizar o cumprimento das disposições desta Lei.

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Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 11 de dezembro de 1986. HÉLIO CARVALHO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.375, de 12/12/1986 Proposição: Projeto de Lei nº 1.792/1985 Autoria: Dep. Sérgio Emílio – PMDB Declara de interesse comum e de preservação permanente os ecossistemas das veredas no Estado de Minas Gerais. (Ementa com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 9.682, de 12/10/1988.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – São declarados de preservação permanente e de interesse comum, nos termos dos artigos 1º, 2º e 3º, alíneas e, f e h da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, os ecossistemas das veredas no Estado de Minas Gerais. § 1º – O disposto nesta Lei aplica-se às formações fitoecológicas conhecidas como veredas, caracterizadas pela presença dos buritis (Mauritia sp) ou outras formas de vegetação típica, em áreas de exsudação do lençol freático que contenham nascentes ou cabeceiras de cursos d’água de rede de drenagem, onde há ocorrência de solos hidromórficos. § 2º – São consideradas como reservas ecológicas as áreas de veredas, estabelecidos os seguintes limites: I – nas veredas de encosta – toda a sua extensão e até 50 (cinqüenta) metros além da ocorrência de espécies herbáceas, buritis ou solos hidromórficos; II – nas veredas de superfície aplainada – toda a sua extensão e até 80 (oitenta) metros além do limite da ocorrência de espécies herbáceas, buritis ou solos hidromórficos; III – nas veredas-várzea – toda a sua extensão e até 80 (oitenta) metros além do limite da ocorrência de espécies herbáceas, buritis ou solos hidromórficos. § 3º – Para efeito de aplicação do disposto no parágrafo anterior, as veredas serão classificadas, considerando-se as seguintes características: I – veredas de encosta – as situadas em áreas de exsudação do lençol freático, com solo arenoso, e eventualmente argiloso – solo hidromórfico – com cobertura vegetal herbácia, com a presença ou não de buritis, ocorrendo nas bordas de chapadas, em declives pouco acentuados, em formas semelhantes a meia-lua;

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II – veredas de superfície aplainada – as situadas em áreas de exsudação do lenço freático, com solo argiloso, freqüentemente turfoso na zona encharcada, e solo arenoso ou siltoso na zona menos úmida – solo hidromórfico –, com a presença ou não de buritis e mata-galeria; III – veredas-várzea – as situadas em áreas de exsudação do lenço freático, em transição para áreas de acumulação de sedimentos aluviais, típicos de planície de inundação ou várzea, com vegetação transicional de espécies herbáceas e buritizais para mata-galeria. (Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 9.682, de 12/10/1988.) Art. 2º – São proibidas, nas Veredas e em suas faixas de proteção laterais referidas no artigo anterior, drenagem, aterros, desmatamentos, uso de fogo, caça, pesca, atividades agrícolas e industriais, loteamentos e outras formas de ocupação humana que possam causar desequilíbrios ao ecossistema. Parágrafo único – As atividades de pecuária, uso da água para dessedentação de animais e consumo doméstico, travessia, lazer e pesquisa serão permitidos se não ocasionarem alterações significativas nas condições naturais. Art. 3º – A supressão total ou parcial de áreas protegidas por efeito desta Lei somente será admitida com a prévia autorização do Poder Executivo, quando for necessária a execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social. Art. 4º – O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de dezembro de 1986. HÉLIO CARVALHO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.514, de 29/12/1987 Proposição: Projeto de Lei nº 459/1987 Autoria: Governador Transforma a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia em Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e a Comissão de Política Ambiental – COPAM – em Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – e dá outras providências. (Vide art. 1º da Lei Delegada nº 178, de 29/1/2007.)

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam transformados em: I – Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia; (Vide art. 5º da Lei nº 11.903, de 6/9/1995.) II – Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – a Comissão de Política Ambiental – COPAM. (Vide Lei nº 12.585, de 17/7/1997.) (Vide Lei Delegada nº 178, de 29/1/2007.) Art. 2º – A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente tem por finalidade planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar e controlar as atividades setoriais a cargo do Governo que visem ao desenvolvimento científico e tecnológico e à proteção, conservação e melhoria do meio ambiente. (Vide Lei nº 10.626, de 16/1/1992.) Art. 3º – Para a consecução de seus objetivos, compete à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente: I – formular políticas, diretrizes e elaborar planos e programas de desenvolvimento científico e tecnológico e de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente; II – estimular a execução de pesquisas básicas e aplicadas e o aperfeiçoamento da infra-estrutura de pesquisa e de prestação de serviços técnico-científicos no Estado; III – exercer a coordenação das atividades dos órgãos subordinados e das entidades a ela vinculadas; IV – propor e coordenar a execução de políticas e programas, em nível estadual, na área de ciência, tecnologia e meio ambiente, a cargo de instituições e organismos controlados ou mantidos pelo Governo Estadual; V – articular-se com as instituições de pesquisas científica e tecnológica, de prestação de serviços técnico-científicos e de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, localizadas no Estado, objetivando a compatibilização e racionalização de políticas e programas na área de ciência, tecnologia e meio ambiente; VI – executar atividades de geociências aplicadas, em especial as relacionadas com levantamentos e mapeamentos de interesse geográfico e cartográfico; VII – coordenar e executar as medidas destinadas à proteção ambiental em geral; VIII – coordenar e supervisionar o levantamento e cadastramento de recursos naturais, visando à proteção do meio ambiente; IX – zelar pela observância das normas de controle ambiental em articulação com órgãos federais, estaduais e municipais;

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X – promover o levantamento sistemático da oferta e demanda de ciência e tecnologia no Estado e difundir informações de interesse para órgão ou entidade cujas atividades se enquadrem na área de atuação da Secretaria ou em área afim; XI – manter intercâmbio com entidades nacionais e estrangeiras para o desenvolvimento de planos, programas e projetos de interesse da área de ciência, tecnologia e meio ambiente; XII – articular-se com órgãos governamentais e com associações de classes produtoras, tendo em vista a transferência de tecnologia para o setor produtivo do Estado; XIII – acompanhar a execução de planos, programas e projetos desenvolvidos por órgãos e entidades da Administração Estadual na área de ciência, tecnologia e meio ambiente; XIV – participar do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA – e do Sistema Nacional de Normalização, Metrologia e Qualidade Industrial – SINMETRO. Art. 4º – Integram a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente: I – por subordinação: a) Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia – CONECIT; b) Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM; c) Conselho de Coordenação Cartográfica – CONCAR; II – por vinculação: a) Instituto de Pesos e Medidas do Estado de Minas Gerais – IPEM; b) Fundação Estadual do Meio Ambiente; c) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG; d) Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC. Art. 5º – A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente tem a seguinte estrutura básica: I – Gabinete; II – Superintendência de Planejamento e Coordenação – SPC/Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; III – Superintendência Administrativa – SAD/Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; IV – Superintendência de Finanças – SF/Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; V – Superintendência de Ciência e Tecnologia; VI – Instituto de Geociências Aplicadas – IGA. Parágrafo único – A organização e competência das unidades administrativas mencionadas neste artigo serão estabelecidas em decreto pelo Governador do Estado. Art. 6º – A composição, a competência e as normas de funcionamento dos Conselhos relacionados no inciso I do artigo 4º desta Lei serão estabelecidas em decreto pelo

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Governador do Estado, observado, quanto à competência do Conselho Estadual de Política Ambiental, o disposto no artigo 5º da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980.

Art. 7º – Ficam criados no Quadro Específico de Provimento em Comissão do Quadro Permanente, a que se refere o Anexo I do Decreto nº 16.409, de 10 de julho de 1974, os cargos constantes do Anexo desta Lei, destinados ao Quadro Setorial de Lotação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Art. 8º – Para atender às despesas decorrentes do disposto no artigo 7º desta Lei, fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial de até Cz$192.134,02 (cento e noventa e dois mil cento e trinta e quatro cruzados e dois centavos), observado o disposto no artigo 43 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964. Art. 9º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de sua publicação.

Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de dezembro de 1987.

NEWTON CARDOSO – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 9.525, de 29/12/1987

Proposição: Projeto de Lei nº 485/1987 Autoria: Governador Newton Cardoso Dispõe sobre a instituição da Fundação Estadual do Meio Ambiente e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O Poder Executivo instituirá a Fundação Estadual do Meio Ambiente, com a finalidade de realizar estudos e pesquisas sobre o meio ambiente e atuar em sua proteção, conservação e melhoria, observadas as diretrizes do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM.

(Vide Lei Delegada nº 73, de 29/1/2003.)

Art. 2º – (Revogado pelo art. 25 da Lei nº 12.583, de 17/7/1997.)

Dispositivo revogado: “Art. 2º – Para atingir seus objetivos, competirá à Fundação Estadual do Meio Ambiente:

I – pesquisar, diagnosticar, acompanhar e controlar a qualidade do meio ambiente;

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II – desenvolver pesquisas, estudos, sistemas e padrões e elaborar normas para o controle da degradação ambiental e para a sua proteção; III – propor ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – medidas necessárias à proteção, conservação e melhoria do meio ambiente; IV – prestar serviços visando à utilização racional do meio ambiente; V – desenvolver atividades educativas visando à compreensão social dos problemas ambientais; VI – formar e especializar pessoal para o exercício de funções inerentes à sua área de atuação, por meio de programas de treinamento; VII – apoiar os municípios na implantação e desenvolvimento dos sistemas locais de defesa ambiental; VIII – manter sistema de documentação e divulgação de conhecimentos técnicos no campo do controle e da proteção do meio ambiente; IX – atuar, em nome do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, na fiscalização do cumprimento das leis, normas e padrões de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente e, nos termos de deliberação deste órgão, no licenciamento de fonte ou atividade poluidora, em casos de rotina, bem como exercer outras atividades delegadas pelo referido Conselho.” Art. 3º – A Fundação Estadual do Meio Ambiente, entidade de direito privado, sem fins lucrativos, com sede e foro na Capital do Estado, adquirirá personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. § 1º – O tempo de duração da Fundação é indeterminado. § 2º – O Estado de Minas Gerais será representado nos atos de constituição da Fundação pelo Procurador-Geral do Estado. § 3º – A Fundação reger-se-á por estatuto aprovado pelo Governador do Estado. § 4º – (Revogado pelo art. 25 da Lei nº 12.583, de 17/7/1997.) Dispositivo revogado: “§ 4º – A Fundação Estadual do Meio Ambiente vincular-se-á à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.” Art. 4º – O patrimônio da Fundação Estadual do Meio Ambiente será constituído de: I – Cz$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de cruzados), a cargo do Estado de Minas Gerais; II – doação, legado e auxílio recebido de pessoa física ou jurídica nacional, estrangeira ou internacional; III – bens e direitos que adquirir. § 1º – Os bens e direitos da Fundação serão utilizados e aplicados exclusivamente para a consecução de seus objetivos.

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§ 2º – A alienação de bens da Fundação dependerá de autorização de seu Conselho Curador, mediante proposta fundamentada da Diretoria Executiva, (vetado). Art. 5º – Em caso de extinção da Fundação Estadual do Meio Ambiente, seus bens e direitos serão incorporados ao patrimônio do Estado. Art. 6º – (Revogado pelo art. 25 da Lei nº 12.583, de 17/7/1997.) Dispositivo revogado: “Art. 6º – A Fundação Estadual do Meio Ambiente terá a seguinte estrutura básica: I – Conselho Curador; II – Diretoria Executiva.” Art. 7º – O estatuto da Fundação Estadual do Meio Ambiente disporá sobre a competência e a composição das unidades mencionadas no artigo anterior, observadas as seguintes normas: I – (Revogado pelo art. 25 da Lei nº 12.583, de 17/7/1997.) Dispositivo revogado: “I – o Conselho Curador compor-se-á de 10 (dez) membros, relacionados a seguir: a) Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, que o presidirá; b) 2 (dois) membros livremente escolhidos pelo Governador do Estado entre pessoas de destacada atuação em benefício do meio ambiente; c) 1 (um) membro escolhido pelo Governador do Estado entre pessoas de destacada atuação em benefício do meio ambiente, indicadas em lista tríplice organizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais; d) 2 (dois) membros escolhidos pelo Governador do Estado entre pessoas indicadas pelas sociedades civis, constituídas no Estado de Minas Gerais e dedicadas à proteção, conservação e melhoria do meio ambiente; e) 2 (dois) membros escolhidos pelo Governador do Estado entre pessoas de alta qualificação técnica e profissional, indicadas em lista sêxtupla organizada pelos servidores da Fundação; f) 1 (um) representante da Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA/MDU; g) 1 (um) representante da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, indicado por seu Presidente dentre os membros da Comissão de Defesa do Meio Ambiente;” II – o exercício do mandato dos membros do Conselho Curador será gratuito e suas funções serão consideradas de caráter relevante; III – o término do mandato dos membros do Conselho coincidirá com o do Governador do Estado; IV – a Diretoria Executiva será composta pelo Presidente da Fundação, escolhido pelo Governador do Estado em lista tríplice organizada pelo Conselho Curador, e por 3 (três) diretores designados pelo Presidente.

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Art. 8º – (Revogado pelo art. 25 da Lei nº 12.583, de 17/7/1997.)

Dispositivo revogado: “Art. 8º – Constituirão receita da Fundação Estadual do Meio Ambiente: I – dotação orçamentária consignada anualmente no orçamento do Estado; II – renda resultante de prestação de serviço em sua área de atuação; III – recurso proveniente de convênio, contrato, acordo ou ajuste; IV – receita patrimonial e de qualquer fundo instituído por lei; V – auxílio e subvenção de órgão ou entidade pública ou privada, nacional, estrangeira ou internacional;

VI – doação, legado, benefício, contribuição ou subvenção de pessoa física ou jurídica nacional, estrangeira ou internacional; VII – renda de qualquer outra procedência.” Art. 9º – (Revogado pelo art. 25 da Lei nº 12.583, de 17/7/1997.) Dispositivo revogado: “Art. 9º – O regime jurídico do pessoal da Fundação Estadual do Meio Ambiente será o da legislação trabalhista.” Art. 10 – (Revogado pelo art. 25 da Lei nº 12.583, de 17/7/1997.) Dispositivo revogado: “Art. 10 – A Fundação Estadual do Meio Ambiente gozará de autonomia administrativa e financeira e prestará contas, anualmente, ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Parágrafo único – O Estatuto da Fundação disporá sobre os critérios de prestação de contas, visando à sua simplificação.” Art. 11 – A Fundação Estadual do Meio Ambiente gozará dos privilégios legais atribuídos às entidades de utilidade pública criadas em virtude de lei e será isenta de tributos estaduais.

Art. 12 – (Vetado). Art. 13 – Os recursos orçamentários e financeiros, os móveis, veículos, equipamentos e demais bens alocados às atividades de controle e proteção ambiental da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, ou as atividades de outros órgãos ou entidades da Administração Estadual, atribuídas à Fundação Estadual do Meio Ambiente, nos termos desta lei, poderão ser transferidos à Fundação, total ou parcialmente, mediante decreto. Art. 14 – O apoio técnico, científico e operacional ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – para a formulação e execução da política de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, será prestado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente.

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Parágrafo único – As atividades de que trata este artigo permanecerão a cargo da Superintendência do Meio Ambiente, a que se refere o artigo 9º, inciso IX, do Regimento da Comissão da Política Ambiental – COPAM, aprovado pelo Decreto nº 22.658, de 6 de janeiro de 1983, até a data de sua transferência para a Fundação Estadual do Meio Ambiente, a ser fixada por decreto pelo Governador do Estado, quando se extinguirá a referida Superintendência. Art. 15 – Os custos dos serviços de vistoria e análise executados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente, para instrução de requerimento de licenças previstas na legislação ambiental, serão indenizados pelo requerente à Fundação, segundo valores fixados pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, considerando-se: I – tipo de licença; II – porte da atividade poluidora; III – nível de poluição. Art. 16 – Para atendimento das despesas decorrentes do disposto no inciso I do artigo 4º desta Lei, fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial de Cz$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de cruzados), observado o disposto no artigo 43 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964. Art. 17 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 18 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial, a partir da data do registro do estatuto da Fundação Estadual do Meio Ambiente, os incisos I e II do artigo 6º da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de dezembro de 1987. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.547, de 30/12/1987

Proposição: Projeto de Lei nº 579/1987 Autoria: Dep. Carlos Pereira - PMDB Proíbe a instalação de depósito de lixo atômico ou de rejeitos radioativos no Estado de Minas Gerais e dá outras providências. (Vide Lei nº 13.766, de 30/11/2000.)

(Vide Lei nº 14.128, de 19/12/2001.)

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

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Art. 1º – Fica proibido, nos termos do item IX do artigo 6º da Constituição do Estado de Minas Gerais, a instalação de depósito de lixo atômico ou de rejeitos radioativos no Estado de Minas Gerais. Parágrafo único – O disposto no artigo não se aplica aos rejeitos de baixa atividade, provenientes de equipamentos utilizados no Estado ou de lavra e beneficiamento de minérios, que ocorrem no subsolo do Estado de Minas Gerais. Art. 2º – Para execução do disposto nesta Lei, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente ouvirá a Secretaria de Estado da Saúde, a Secretaria de Estado de Minas e Energia e o Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais. Art. 3º – Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de dezembro de 1987. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.583, de 6/6/1988 Proposição: Projeto de Lei nº 685/1988 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PMDB Institui a Medalha do Mérito Ambiental do Estado de Minas Gerais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituída a Medalha do Mérito Ambiental do Estado de Minas Gerais, destinada a distinguir, anualmente, pessoas, empresas e instituições que hajam contribuído destacadamente para a manutenção da qualidade ambiental ou defesa do meio ambiente. Art. 2º – As concessões serão feitas pelo Governador do Estado, mediante proposta do Plenário do Conselho de Política Ambiental – COPAM –, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Parágrafo único – Não ultrapassará 10 (dez) o número de pessoas, empresas e instituições a serem agraciadas anualmente. Art. 3º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua publicação.

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Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de junho de 1988. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.655, de 20/7/1988 Proposição: Projeto de Lei nº 792/1988 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PMDB Regulamentação Total: Decreto nº 38.319, de 27/9/1996 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar, na Zona da Mata de Minas Gerais, o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, que ficará, como os demais, subordinado ao Instituto Estadual de Florestas. Art. 2º – A área destinada ao parque a que se refere o artigo anterior, na Serra do Brigadeiro, será de aproximadamente 32.500ha (trinta e dois mil e quinhentos hectares), compreendida dentro do seguinte perímetro: começa nas nascentes do Córrego Serrinha, no Município de Araponga; seguindo com o ângulo de 30º NE, a uma distância de 5.700 metros, vai até o paralelo 20º40'; seguindo por esse paralelo, à esquerda, vai até a curva de nível de 1.000 metros de altitude; seguindo por essa curva de nível, à direita, vai confrontando com o Município de Araponga e depois com o Município de Sericita, seguindo até encontrar o paralelo 20º33', continuando no Município de Abre Campo até atingir novamente a curva de nível de 1.000 metros de altitude, nas divisas com o Município de Carangola; continuando por essa curva de nível, à direita, segue confrontando com os Municípios de Carangola, Miradouro, Muriaé, Miraí, Ervália e, novamente, Município de Araponga, até o Córrego Serrinha, subindo por esse até encontrar o ponto de partida. Art. 3º – A área patrimonial do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro poderá ser acrescida de outras áreas, caracterizando se todas pela inalienabilidade e devendo ficar sob jurisdição e administração do Instituto Estadual de Florestas – IEF –, ou de órgão que vier a substituí-lo no campo de administração dos parques estaduais. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário.

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Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de julho de 1988. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.682, de 12/10/1988 Proposição: Projeto de Lei nº 131/1987 Autoria: Dep . Paulo Pereira – PMDB Altera a Ementa e o Artigo 1º da Lei nº 9.375, de 12 de dezembro de 1986, que declara de interesse comum e de preservação permanente os ecossistemas das veredas do Vale do Rio São Francisco e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A ementa da Lei nº 9.375, de 12 de dezembro de 1986, que declara de interesse comum e de preservação permanente os ecossistemas das Veredas do Vale do Rio São Francisco e dá outras providências, passa a ter a seguinte redação: “Declara de interesse comum e de preservação permanente os ecossistemas das veredas no Estado de Minas Gerais”. Art. 2º – O artigo 1º da Lei nº 9.375, de 12 de dezembro de 1986, passa a ter a seguinte redação: “Art. 1º – São declarados de preservação permanente e de interesse comum, nos termos dos artigos 1º, 2º e 3º, alíneas e, f e h da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, os ecossistemas das veredas no Estado de Minas Gerais. § 1º – O disposto nesta Lei aplica-se às formações fitoecológicas conhecidas como veredas, caracterizadas pela presença dos buritis (Mauritia sp) ou outras formas de vegetação típica, em áreas de exsudação do lençol freático que contenham nascentes ou cabeceiras de cursos d’água de rede de drenagem, onde há ocorrência de solos hidromórficos. § 2º – São consideradas como reservas ecológicas as áreas de veredas, estabelecidos os seguintes limites: I – nas veredas de encosta – toda a sua extensão e até 50 (cinqüenta) metros além da ocorrência de espécies herbáceas, buritis ou solos hidromórficos; II – nas veredas de superfície aplainada – toda a sua extensão e até 80 (oitenta) metros além do limite da ocorrência de espécies herbáceas, buritis ou solos hidromórficos; III – nas veredas-várzea – toda a sua extensão e até 80 (oitenta) metros além do limite da ocorrência de espécies herbáceas, buritis ou solos hidromórficos.

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§ 3º – Para efeito de aplicação do disposto no parágrafo anterior, as veredas serão classificadas, considerando-se as seguintes características: I – veredas de encosta – as situadas em áreas de exsudação do lençol freático, com solo arenoso, e eventualmente argiloso – solo hidromórfico – com cobertura vegetal herbácia, com a presença ou não de buritis, ocorrendo nas bordas de chapadas, em declives pouco acentuados, em formas semelhantes a meia-lua; II – veredas de superfície aplainada – as situadas em áreas de exsudação do lenço freático, com solo argiloso, freqüentemente turfoso na zona encharcada, e solo arenoso ou siltoso na zona menos úmida – solo hidromórfico –, com a presença ou não de buritis e mata-galeria; III – veredas-várzea – as situadas em áreas de exsudação do lenço freático, em transição para áreas de acumulação de sedimentos aluviais, típicos de planície de inundação ou várzea, com vegetação transicional de espécies herbáceas e buritizais para mata-galeria”. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de outubro de 1988. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.686, de 18/10/1988 Proposição: Projeto de Lei nº 999/1988 Autoria: Governador Newton Cardoso Dá nova redação a dispositivo da Lei nº 2.606, de 5 de janeiro de 1962, que criou o Instituto Estadual de Florestas – IEF. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O artigo 4º da Lei nº 2.606, de 5 de janeiro de 1962, que criou o Instituto Estadual de Florestas – IEF –, modificada pela Lei nº 8.666, de 21 de setembro de 1984, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º – O Instituto Estadual de Florestas – IEF – será dirigido por uma Diretoria composta de 1 (um) Diretor-Geral e 2 (dois) Diretores, recrutados entre técnicos de reconhecida capacidade, de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado.” Art. 2º – O Poder Executivo baixará decreto dispondo sobre a reorganização administrativa do Instituto Estadual de Florestas – IEF.

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Art. 3º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 18 de outubro de 1988.

NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 9.743, de 15/12/1988

Proposição: Projeto de Lei nº 613/1988

Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PMDB

Declara de interesse comum, de preservação permanente e imune de corte o ipê-amarelo e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – Fica declarado de interesse comum, de preservação permanente e imune de corte o ipê-amarelo, no Estado de Minas Gerais, conforme o artigo 7º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965.

Parágrafo único – As espécies protegidas, nos termos deste artigo, são as essências nativas dos gêneros “Tabebuia” e “Tecoma”, popularmente conhecidas como ipê-amarelo e pau-d’arco-amarelo.

(Vide art. 1º da Lei nº 10.883, de 2/10/1992.)

(Vide art. 1º da Lei nº 13.635, de 12/7/2000.)

Art. 2º – A supressão total ou parcial destas espécies só poderá ser admitida com prévia autorização do Poder Executivo, quando necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social.

Parágrafo único – Na hipótese da supressão prevista no artigo os responsáveis serão obrigados ao imediato replantio do número de árvores abatidas.

Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 15 de dezembro de 1988. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 9.931, de 24/7/1989 Proposição: Projeto de Lei nº 645/1988 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PMDB Proíbe a ampliação e instalação de novas indústrias de produtos inflamáveis ou explosivos e de produtos tóxicos na região metropolitana de Belo Horizonte. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou e eu, em seu nome, nos termos do artigo 44, § 5º, da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica vedada a ampliação ou a instalação de novas indústrias de produtos inflamáveis ou explosivos, bem como as de produtos de alto índice de toxicidade à saúde ou ao meio ambiente e as que produzem efluentes tóxicos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Art. 2º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias, a contar de sua publicação. Art. 3º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 24 de julho de 1989. KEMIL KUMAIRA – Presidente da ALMG

NORMA: CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, de 21/9/1989 Autoria: Assembléia Constituinte Mineira Constituição do Estado de Minas Gerais...... Art. 10 – Compete ao Estado: ...... V – proteger o meio ambiente; ...... XI – instituir plano de aproveitamento e destinação de terra pública e devoluta, compatibilizando-o com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária; (Vide Lei nº 11.020, de 8/1/1993.) (Vide Lei nº 11.401, de 14/1/1994.) (Vide Lei nº 11.744, de 16/1/1995.) (Vide Lei nº 12.416, de 26/12/1996.)

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XII – criar sistema integrado de parques estaduais, reservas biológicas, estações ecológicas e equivalentes, adequado à conservação dos ecossistemas do Estado, para proteção ecológica, pesquisa científica e recreação pública, e dotá-los dos serviços públicos indispensáveis às suas finalidades;

......

XV – legislar privativamente nas matérias de sua competência e, concorrentemente com a União, sobre:

......

f) florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do ambiente e controle da poluição;

(Vide Lei nº 14.309, de 19/6/2002.)

(Vide Lei nº 16.679, de 10/1/2007.)

g) proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

h) responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

Art. 11 – É competência do Estado, comum à União e ao Município:

......

III – proteger os documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos;

(Vide Lei nº 11.726, de 30/12/1994.)

(Vide Lei nº 13.464, de 12/1/2000.)

......

VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;

......

IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

(Vide Lei nº 11.265, de 4/11/1993.)

(Vide Lei nº 11.622, de 6/10/1994.)

......

XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direito de pesquisa e de exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;

......

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Seção III Do Domínio Público Art. 12 – Formam o domínio público patrimonial do Estado os seus bens móveis e imóveis, os seus direitos e os rendimentos das atividades e serviços de sua competência. Parágrafo único – Incluem-se entre os bens do Estado: I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, salvo, neste caso, na forma da lei federal, as decorrentes de obra da União; II – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; III – os lagos em terreno de seu domínio e os rios que em seu território têm nascente e foz, salvo os de domínio da União; IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União...... Art. 120 – São funções institucionais do Ministério Público: ...... III – promover inquérito civil e ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; ...... Art. 121 – Além das funções previstas na Constituição da República e nas leis, incumbe ao Ministério Público, nos termos de sua lei complementar: (Vide Lei Complementar nº 34, de 12/9/1994.) (Vide Lei Complementar nº 61, de 12/7/2001.) ...... II – participar de organismo estatal de defesa do meio ambiente, do consumidor, de política penal e penitenciária e de outros afetos à sua área de atuação...... Art. 125 – É facultada ao Procurador-Geral de Justiça a iniciativa de lei complementar que disponha sobre: ...... IV – manutenção de curadorias especializadas para atuação na defesa do meio ambiente, dos direitos do consumidor e do patrimônio cultural do Estado. (Vide Lei Complementar nº 61, de 12/7/2001.) ...... Art. 142 – A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar, forças públicas estaduais, são órgãos permanentes, organizados com base na hierarquia e na disciplina militares e comandados, preferencialmente, por oficial da ativa do último posto, competindo:

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I – à Polícia Militar, a polícia ostensiva de prevenção criminal, de segurança, de trânsito urbano e rodoviário, de florestas e de mananciais e as atividades relacionadas com a preservação e restauração da ordem pública, além da garantia do exercício do poder de polícia dos órgãos e entidades públicos, especialmente das áreas fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de uso e ocupação do solo e de patrimônio cultural;

II – ao Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a execução de ações de defesa civil, a prevenção e combate a incêndio, perícias de incêndio, busca e salvamento e estabelecimento de normas relativas à segurança das pessoas e de seus bens contra incêndio ou qualquer tipo de catástrofe;

(Artigo com redação dada pelo art. 9º da Emenda à Constituição nº 39, de 2/6/1999.)

...... Art. 158 – A lei orçamentária assegurará investimentos prioritários em programas de educação, saúde, habitação, saneamento básico, proteção ao meio ambiente, fomento ao ensino, à pesquisa científica e tecnológica, ao esporte e à cultura e ao atendimento das propostas priorizadas nas audiências públicas regionais.

(Caput com redação dada pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 36, de 29/12/1998.) ...... Art. 166 – O Município tem os seguintes objetivos prioritários: ......

V – estimular e difundir o ensino e a cultura, proteger o patrimônio cultural e histórico e o meio ambiente e combater a poluição;

......

Art. 183 – O Estado assegurará, com base em programas especiais, ampla assistência técnica e financeira ao Município de escassas condições de desenvolvimento socioeconômico, com prioridade para o de população inferior a trinta mil habitantes. § 1º – A assistência, preservada a autonomia municipal, inclui, entre outros serviços:

...... II – instalação de equipamentos necessários para o ensino, a saúde e o saneamento básico; ......

VIII – implantação de processo adequado para tratamento do lixo urbano......

§ 4º – A Polícia Militar poderá, por solicitação do Município, incumbir-se da orientação à guarda municipal e de seu treinamento, e da orientação aos corpos de voluntários para o combate a incêndio e socorro em caso de calamidade......

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Art. 186 – A saúde é direito de todos, e a assistência a ela é dever do Estado, assegurada mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Parágrafo único – O direito à saúde implica a garantia de: I – condições dignas de trabalho, moradia, alimentação, educação, transporte, lazer e saneamento básico; ...... Art. 190 – Compete ao Estado, no âmbito do sistema único de saúde, além de outras atribuições previstas em lei federal: ...... VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, e bebidas e águas para o consumo humano; VII – participar do controle e da fiscalização da produção, do transporte, da guarda e da utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o de trabalho; ...... Art. 192 – O Estado formulará a política e os planos plurianuais estaduais de saneamento básico. (Vide Lei nº 11.720, de 28/12/1994.) § 1º – A política e os planos plurianuais serão submetidos a um Conselho Estadual de Saneamento Básico. § 2º – O Estado proverá os recursos necessários para a implementação da política estadual de saneamento básico. § 3º – A execução de programa de saneamento básico, estadual ou municipal, será precedida de planejamento que atenda aos critérios de avaliação do quadro sanitário e epidemiológico estabelecidos em lei...... Art. 194 – As ações estaduais, na área de assistência social, serão implementadas com recursos do orçamento do Estado e de outras fontes, observadas as seguintes diretrizes: I – desconcentração administrativa, segundo a política de regionalização, com participação de entidade beneficente e de assistência social; II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. Parágrafo único – O Estado promoverá plano de assistência social às populações de áreas inundadas por reservatórios.

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(Parágrafo regulamentado pela Lei nº 12.812, de 28/4/1998.)

(Vide Lei nº 15.012, de 15/1/2004.)

......

Art. 208 – Constituem patrimônio cultural mineiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, que contenham referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade mineira, entre os quais se incluem:

......

V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, espeleológico, paleontológico, ecológico e científico.

(Vide Lei nº 13.956, de 24/7/2001.)

......

Art. 213 – Entre outros estímulos, a lei disporá, observado o art. 146, XI, sobre concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais a empresas brasileiras de capital nacional, com sede e administração no Estado, que concorram para a viabilização da autonomia tecnológica nacional, especialmente:

I – as do setor privado:

a) que tenham sua produção voltada para o mercado interno, em particular as dedicadas à produção de alimentos, com utilização de tecnologia indicada para a exploração dos recursos naturais e para a preservação do meio ambiente;

......

II – as empresas públicas e sociedades de economia mista cujos investimentos em pesquisa científica e criação de tecnologia se revelem necessários e relevantes ao desenvolvimento socioeconômico estadual;

III – as empresas que promovam a pesquisa e a utilização de tecnologias alternativas.

Seção VI

Do Meio Ambiente

Art. 214 – Todos têm direito a meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, e ao Estado e à coletividade é imposto o dever de defendê-lo e conservá-lo para as gerações presentes e futuras.

(Vide Lei nº 14.181, de 17/1/2002.)

(Vide Lei nº 14.309, de 19/6/2002.)

§ 1º – Para assegurar a efetividade do direito a que se refere este artigo, incumbe ao Estado, entre outras atribuições:

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I – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e disseminar, na forma da lei, as informações necessárias à conscientização pública para a preservação do meio ambiente; (Inciso regulamentado pela Lei nº 15.441, de 11/1/2005.) II – assegurar, na forma da lei, o livre acesso às informações básicas sobre o meio ambiente; (Inciso regulamentado pela Lei nº 15.971, de 12/1/2006.) III – prevenir e controlar a poluição, a erosão, o assoreamento e outras formas de degradação ambiental; IV – exigir, na forma da lei, prévia anuência do órgão estadual de controle e política ambiental, para início, ampliação ou desenvolvimento de atividades, construção ou reforma de instalações capazes de causar, sob qualquer forma, degradação do meio ambiente, sem prejuízo de outros requisitos legais, preservado o sigilo industrial; V – proteger a fauna e a flora, a fim de assegurar a diversidade das espécies e dos ecossistemas e a preservação do patrimônio genético, vedadas, na forma da lei, as práticas que provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais a crueldade; (Vide Lei nº 14.181, de 17/1/2002.) VI – definir mecanismos de proteção à fauna e à flora nativas e estabelecer, com base em monitoramento contínuo, a lista de espécies ameaçadas de extinção e que mereçam proteção especial; (Inciso regulamentado pela Lei nº 10.583, de 31/1/1992.) (Inciso regulamentado pela Lei nº 14.181, de 17/1/2002.) VII – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que importem riscos para a vida, a qualidade de vida, o meio ambiente, bem como o transporte e o armazenamento dessas substâncias em seu território; VIII – criar parques, reservas, estações ecológicas e outras unidades de conservação, mantê-los sob especial proteção e dotá-los da infra-estrutura indispensável às suas finalidades; IX – estabelecer, através de órgão colegiado, com participação da sociedade civil, normas regulamentares e técnicas, padrões e demais medidas de caráter operacional, para proteção do meio ambiente e controle da utilização racional dos recursos ambientais; X – manter instituição de pesquisa, planejamento e execução que assegure ao órgão indicado no inciso anterior o suporte técnico e operacional necessário ao cumprimento de sua finalidade; XI – preservar os recursos bioterapêuticos regionais. § 2º – O licenciamento de que trata o inciso IV do parágrafo anterior dependerá, nos casos de atividade ou obra potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, de estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.

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§ 3º – Parte dos recursos estaduais previstos no art. 20, § 1º, da Constituição da República será aplicada de modo a garantir o disposto no § 1º, sem prejuízo de outras dotações orçamentárias. § 4º – Quem explorar recurso ambiental fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, na forma da lei. § 5º – A conduta e a atividade consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão o infrator, pessoa física ou jurídica, a sanções administrativas, sem prejuízo das obrigações de reparar o dano e das cominações penais cabíveis. § 6º – São indisponíveis as terras devolutas, ou arrecadadas pelo Estado, necessárias às atividades de recreação pública e à instituição de parques e demais unidades de conservação, para a proteção dos ecossistemas naturais. § 7º – Os remanescentes da Mata Atlântica, as veredas, os campos rupestres, as cavernas, as paisagens notáveis e outras unidades de relevante interesse ecológico constituem patrimônio ambiental do Estado e sua utilização se fará, na forma da lei, em condições que assegurem sua conservação. (Vide Lei nº 14.309, de 19/6/2002.) Art. 215 – É obrigação das instituições do Poder Executivo, com atribuições diretas ou indiretas de proteção e controle ambiental, informar o Ministério Público sobre ocorrência de conduta ou atividade considerada lesiva ao meio ambiente. Art. 216 – O Estado criará mecanismos de fomento a: I – reflorestamento com a finalidade de suprir a demanda de produtos lenhosos e de minimizar o impacto da exploração dos adensamentos vegetais nativos; II – programas de conservação de solos, para minimizar a erosão e o assoreamento de corpos d’água interiores naturais ou artificiais; III – programas de defesa e recuperação da qualidade das águas e do ar; IV – projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para a utilização de espécies nativas nos programas de reflorestamento. § 1º – O Estado promoverá o inventário, o mapeamento e o monitoramento das coberturas vegetais nativas e de seus recursos hídricos, para adoção de medidas especiais de proteção. § 2º – O Estado auxiliará o Município na implantação e na manutenção de hortos florestais destinados à recomposição da flora nativa. Art. 217 – As atividades que utilizem produtos florestais como combustível ou matéria- prima deverão, para o fim de licenciamento ambiental e na forma estabelecida em lei, comprovar que possuem disponibilidade daqueles insumos, capaz de assegurar, técnica e legalmente, o respectivo suprimento. Parágrafo único – É obrigatória a reposição florestal pelas empresas consumidoras, nos limites do Estado, preferencialmente no território do Município produtor de carvão vegetal. (Vide Lei nº 14.309, de 19/6/2002.)

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......

Art. 243 – O Estado, juntamente com o órgão colegiado representativo dos segmentos do setor, definirá a política estadual de turismo, observadas as seguintes diretrizes e ações:

(Vide Lei nº 11.520, de 13/7/1994.) ......

III – desenvolvimento de infra-estrutura e conservação dos parques estaduais, reservas biológicas, cavernas e abrigos sob rocha e de todo potencial natural que venha a ser de interesse turístico;

...... VI – criação de fundo de assistência ao turismo, em benefício das cidades históricas, estâncias hidrominerais e outras localidades com reconhecido potencial turístico desprovidas de recursos; (Vide Lei nº 11.520, de 13/7/1994.)

(Vide Lei nº 15.686, de 20/7/2005.)

VII – regulamentação do uso, ocupação e fruição dos bens naturais e culturais de interesse turístico; VIII – manutenção e aparelhamento das estâncias hidrominerais;

IX – proteção do patrimônio ecológico e histórico-cultural do Estado;

......

Art. 245 – O Estado assistirá os Municípios que o solicitarem na elaboração dos planos diretores.

§ 1º – Na liberação de recursos do erário estadual e na concessão de outros benefícios em favor de objetivos de desenvolvimento urbano e social, o Estado atenderá, prioritariamente, ao Município já dotado de plano diretor, incluídas, entre suas diretrizes, as de: I – ordenamento do território, sob os requisitos de zoneamento, uso, parcelamento e ocupação do solo urbano; II – aprovação e fiscalização de edificações, observadas as condições geológicas, minerais e hídricas e respeitado o patrimônio cultural a que se refere o art. 208, entre outros requisitos compatibilizados com o disposto neste inciso;

III – preservação do meio ambiente e da cultura;

IV – garantia do saneamento básico; V – urbanização, regularização e titulação das áreas deterioradas, preferencialmente sem remoção dos moradores;

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VI – participação das entidades comunitárias no planejamento e controle da execução dos programas a elas pertinentes;

VII – manutenção de sistemas de limpeza urbana, coleta, tratamento e destinação final do lixo urbano;

......

Art. 246 – O Poder Público adotará instrumentos para efetivar o direito de todos à moradia, em condições dignas, mediante políticas habitacionais que considerem as peculiaridades regionais e garantam a participação da sociedade civil.

......

§ 6º – Das áreas arrecadadas pelo município em processo discriminatório administrativo ou ação judicial discriminatória, 30% (trinta por cento) continuarão a pertencer ao Estado e serão destinadas, prioritariamente, a:

......

III – preservação do meio ambiente;

......

Art. 248 – O Estado formulará, mediante lei, a política rural, conforme a regionalização prevista nesta Constituição, observadas as peculiaridades locais, para desenvolver e consolidar a diversificação e a especialização regionais, asseguradas as seguintes medidas:

(Vide Lei nº 11.405, de 28/1/1994.)

......

V – repressão ao uso de anabolizante e ao uso indiscriminado de agrotóxico;

......

VIII – adoção de treinamento de prática preventiva de medicinas humana e veterinária e de técnicas de exploração e de reposição florestal, compatibilizadas com a exploração do solo e a preservação do meio ambiente;

IX – oferta, pelo Poder Público, de escolas, postos de saúde, centros de lazer e centros de treinamento de mão-de-obra rural, e de condições para implantação de instalações de saneamento básico;

X – incentivo ao uso de tecnologias adequadas ao manejo do solo;

(Vide Lei nº 12.596, de 30/7/1997.)

......

XII – programas de controle de erosão, de manutenção de fertilidade e de recuperação de solos degradados;

......

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Art. 249 – A política hídrica e minerária executada pelo Poder Público se destina ao aproveitamento racional, em seus múltiplos usos, e à proteção dos recursos hídricos e minerais, observada a legislação federal. (Vide Lei nº 13.199, de 29/1/1999.)

......

Art. 250 – Para assegurar a efetividade do objetivo do artigo anterior, o Poder Público, por meio de sistema estadual de gerenciamento de recursos hídricos e sistema estadual de gerenciamento de recursos minerários, observará, entre outros, os seguintes preceitos: I – adoção da bacia hidrográfica como base de gerenciamento e de classificação dos recursos hídricos;

II – proteção e utilização racional das águas superficiais e subterrâneas, das nascentes e sumidouros e das áreas úmidas adjacentes; (Vide Lei nº 12.503, de 30/5/1997.)

(Vide Lei nº 13.771, de 11/12/2000.)

III – criação de incentivo a programas nas áreas de turismo e saúde, com vistas ao uso terapêutico das águas minerais e termais na prevenção e no tratamento de doenças;.

IV – conservação dos ecossistemas aquáticos;

(Vide Lei nº 14.181, de 17/1/2002.) V – fomento das práticas náuticas, de pesca desportiva e de recreação pública em rios de preservação permanente;

(Vide Lei nº 14.181, de 17/1/2002.) VI – fomento à pesquisa, à exploração racional e ao beneficiamento dos recursos minerais do subsolo, por meio das iniciativas pública e privada;

VII – adoção de instrumentos de controle dos direitos de pesquisa e de exploração dos recursos minerais e energéticos;

VIII – adoção de mapeamento geológico básico, como suporte para o gerenciamento e a classificação de recursos minerais;

IX – democratização das informações cartográficas, de geociências e de recursos naturais;

X – estímulo à organização das atividades de garimpo, sob a forma de cooperativas, com vistas à promoção socioeconômica de seus membros, ao incremento da produtividade e à redução de impactos ambientais decorrentes dessa atividade.

§ 1º – Para a execução do gerenciamento previsto no inciso I, o Estado instituirá circunscrições hidrográficas integrantes do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, na forma da lei.

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§ 2º – Para preservação dos recursos hídricos do Estado, a lei estabelecerá as hipóteses em que será exigido o lançamento de efluentes industriais a montante do ponto de captação. § 3º – Para cumprimento do disposto no inciso V, a lei instituirá sistema estadual de rios de preservação permanente. (Parágrafo regulamentado pela Lei nº 15.082, de 27/4/2004.) Art. 251 – A exploração de recursos hídricos e minerais do Estado não poderá comprometer os patrimônios natural e cultural, sob pena de responsabilidade, na forma da lei. (Artigo regulamentado pela Lei nº 13.199, de 29/1/1999.) Art. 252 – Os recursos financeiros destinados ao Estado, resultantes de sua participação na exploração de recursos minerais em seu território ou de compensação financeira correspondente, serão, prioritariamente, aplicados de forma a garantir o disposto no art. 253, sem prejuízo da destinação assegurada no § 3º do art. 214. Art. 253 – O Estado assistirá, de modo especial, o Município que se desenvolva em torno de atividade mineradora, tendo em vista a diversificação de sua economia e a garantia de permanência de seu desenvolvimento socioeconômico. § 1º – A assistência de que trata este artigo será objeto de plano de integração e de assistência aos Municípios mineradores, a se efetivar, tanto quanto possível, por meio de associação que os congregue. § 2º – A lei que estabelecer o critério de rateio da parte disponível do imposto a que se refere o art. 144, I, b, reservará percentual específico para os Municípios considerados mineradores. (Vide Lei nº 13.803, de 27/12/2000.) § 3º – A lei criará o Fundo de Exaustão e Assistência aos Municípios Mineradores, formado por recursos oriundos do Estado e dos Municípios interessados, cuja gestão dará prioridade à diversificação de atividades econômicas desses Municípios, na forma de lei complementar...... Art. 261 – É facultado a qualquer pessoa e obrigatório para o servidor público representar ao Ministério Público, quando for o caso, contra ato lesivo ao meio ambiente, ao patrimônio artístico ou histórico, ao turismo ou paisagismo e aos direitos do consumidor...... Art. 298 – Ao proprietário rural cujo imóvel seja atingido por inundação causada por represamento de águas decorrentes de construção de usina hidrelétrica serão assegurados, pelo Estado, o fornecimento prioritário de energia elétrica e a recomposição de malha rodoviária, na área de influência da barragem...... Palácio da Inconfidência, 21 de setembro de 1989. Kemil Said Kumaira, Presidente – Cleuber Brandão Carneiro, 1º- Vice-Presidente – Geraldo Gomes Rezende, 2º-Vice-Presidente – Elmo Braz Soares, 1º-Secretário – Márcio Lemos Soares

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Maia, 2º- Secretário – Paulo César Guimarães, 3º-Secretário – Romeu Ferreira de Queiroz, 4º-Secretário – Jaime Martins do Espírito Santo, 1º- Suplente – Eduardo Benedito Ottoni, 2º- Suplente e Relator Adjunto – Anderson Adauto Pereira, 3º-Suplente – Adelino Pereira Dias, 4º- Suplente – José Bonifácio Mourão, Relator – Agostinho César Valente – Agostinho Patrús – Aílton Torres Neves – Amílcar Campos Padovani – Antônio da Cunha Resende Ninico – Antônio Genaro de Oliveira – Antônio Mílton Salles – Armando Gonçalves Costa – Benedito Rubens Rennó Bené Guedes – Bernardo Rubinger de Queiroz – Camilo Machado de Miranda – Carlos Eduardo Antunes Pereira – Delfim Carvalho Ribeiro – Dirceu Pereira de Araújo – Domingos Sávio Teixeira Lanna – Elmiro Alves do Nascimento – Eurípedes Craide – Felipe Néri de Almeida – Geraldo da Costa Pereira – Irani Vieira Barbosa – Jairo Magalhães Alves – Jamill Selim de Sales Júnior – João Batista Rosa – João Bosco Martins – João Lamego Netto – João Pedro Gustin – João Pinto Ribeiro – Jorge Gibram Sobrinho – Jorge Hannas – José Bonifácio Tamm de Andrada – José Ferraz Caldas – José Ferraz da Silva – José Laviola Matos – José Maria de Mendonça Chaves – José Maria Pinto – José Militão Costa – José Neif Jabur – José Rodrigues Duarte – Lacyr Dias de Andrade – Luís Carlos Balbino Gambogi – Luiz Vicente Ribeiro Calicchio – Manoel Nelinho Rezende de Mattos Cabral – Maria Elvira Sales Ferreira – Maria José Haueisen – Maurício Dutra Moreira – Mauro Pinto de Moraes – Mílton Pereira da Cruz – Narciso Paulo Michelli – Nilmário de Miranda – Otacílio Oliveira de Miranda – Paulo César de Carvalho Pettersen – Paulo Fernando Soares de Oliveira – Paulo Pereira – Péricles Ferreira dos Anjos – Raimundo Silva Albergaria – Raul Messias Franco – Roberto Luiz Soares de Mello – Ronaldo Vasconcellos Novais – Sandra Meira Starling – Saint’Clair Martins Souto – Sebastião Helvécio Ramos de Castro – Sebastião Mendes Barros – Sílvio Carvalho Mitre – Tancredo Antônio Naves – Wellington Balbino de Castro PARTICIPANTES: Ademir Lucas Gomes – Aloísio Teixeira Garcia – Francisco Carlos Chico Ferramenta Delfino – José Adamo Belato – José Renato Novais – Samir Tannus – Serafim Lopes Godinho Filho – Sérgio Emílio Brant de Vasconcelos Costa – Vítor Penido de Barros IN MEMORIAM: Rubens Pinto Garcia

NORMA: ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, de 21/9/1989 Autoria: Assembléia Constituinte Mineira ...... Art. 84 – Ficam tombados para o fim de conservação e declarados monumentos naturais os picos do Itabirito ou do Itabira, do Ibituruna e do Itambé e as serras do Caraça, da Piedade, de Ibitipoca, do Cabral e, no planalto de Poços de Caldas, a de São Domingos. § 1º – O Estado providenciará, no prazo de trezentos e sessenta dias contados da promulgação de sua Constituição, a demarcação das unidades de conservação de que trata este artigo e cujos limites serão definidos em lei.

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(Parágrafo regulamentado pela Lei nº 15.178, de 16/6/2004.) (Vide Lei nº 10.726, de 12/5/1992.) § 2º – O disposto neste artigo se aplica à bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha e aos complexos hidrotermais e hoteleiros do Barreiro de Araxá e de Poços de Caldas. § 3º – O Estado desenvolverá programas de emergência para recuperação e manutenção das estâncias hidrominerais...... Art. 85 – A estrutura institucional e financeira dos sistemas estaduais de gerenciamento de recursos hídricos e minerários, conforme disposto no art. 252, será estabelecida em lei, no prazo de doze meses contados da promulgação da Constituição do Estado. Art. 86 – O Estado realizará diagnóstico das áreas relevantes para recarga dos aqüíferos, a que se dará proteção especial, na forma da lei. (Vide Lei nº 13.771, de 11/12/2000.) ...... Art. 126 – A lei criará fundo com o objetivo de viabilizar ações destinadas à recuperação, à preservação e à conservação ambiental da bacia do rio São Francisco. (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 67, de 17/12/2004.)

NORMA: LEI Nº 10.100, de 17/1/1990 Proposição: Projeto de Lei nº 901/1988 Autoria: Dep . Ronaldo Vasconcellos – PMDB Dá nova redação ao artigo 2º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, que dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no Estado de Minas Gerais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O artigo 2º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 2º – Para os efeitos desta Lei, consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança ou ao sossego públicos quaisquer ruídos que: I – atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de som superior a 10 (dez) decibéis – dB(A) acima do ruído de fundo existente no local, sem tráfego; II – independentemente do ruído de fundo, atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível sonoro superior a 70 (setenta) decibéis – dB(A), durante o dia, e 60 (sessenta) decibéis – dB(A), durante a noite, explicitado o horário noturno como

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aquele compreendido entre as 22 (vinte e duas) horas e as 6 (seis) horas, se outro não estiver estabelecido na legislação municipal pertinente. § 1º – Para os efeitos desta Lei, as medições deverão ser efetuadas com aparelho medidor de nível de som que atenda às recomendações da EB 386/74, da ABNT, ou das que lhe sucederem. § 2º – Para a medição e avaliação dos níveis de ruído previstos nesta Lei, deverão ser obedecidas as orientações contidas na NBR-7731, da ABNT, ou nas que lhe sucederem. § 3º – Todos os níveis de som são referidos à curva de Ponderação (A) dos aparelhos medidores. § 4º – Para a medição dos níveis de som considerados nesta Lei, o aparelho medidor de nível de som conectado à resposta lenta deverá estar com o microfone afastado, no mínimo, 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) da divisa do imóvel que contém a fonte de ruído e à altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) do solo. § 5º – O microfone do aparelho medidor de nível de som deverá estar sempre afastado, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de quaisquer obstáculos, bem como guarnecido com tela de vento.” Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de janeiro de 1990 NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 10.173, de 31/5/1990 Proposição: Projeto de Lei nº 1.458/1989 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PMDB Disciplina a comercialização, o porte e a utilização florestal de motosserras no Estado de Minas Gerais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A comercialização, o porte e a utilização florestal de motosserras no Estado de Minas Gerais ficarão subordinados à obtenção do registro e da prévia autorização de uso junto ao órgão competente. Parágrafo único – Para os efeitos do disposto neste artigo, considera-se órgão competente o Instituto Estadual de Florestas – IEF. Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário.

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Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 31 de maio de 1990. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 10.312, de 12/11/1990 Proposição: Projeto de Lei nº 1.854/1989 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PMDB Regulamentação Total: Decreto nº 39.792, de 5/8/1998 Regulamentação Parcial: Decreto nº 44.043, de 9/6/2005 Dispõe sobre a prevenção e o combate a incêndio florestal e dá outras providências. (Vide Lei nº 14.130, de 19/12/2001.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – É proibido o uso de fogo e a prática de qualquer ato, ação ou omissão que possa ocasionar incêndio florestal. Parágrafo único – Para efeito desta Lei, considera-se incêndio florestal o fogo sem controle em floresta e nas demais formas de vegetação. Art. 2º – O emprego de fogo, sob forma de queima controlada, pode ser permitido se as peculiaridades locais ou regionais justificarem o seu uso em práticas agrícolas e silvo- pastoris, circunscritas às áreas e de acordo com as normas de precaução. Parágrafo único – Compete ao Instituto Estadual de Florestas – IEF – estabelecer as condições de uso de fogo, sob forma de queima controlada. Art. 3º – A prevenção a incêndio florestal será realizada mediante ação permanente e integrada do poder público e da iniciativa privada, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através do Instituto Estadual de Florestas – IEF. Art. 4º – O proprietário ou seu preposto e o ocupante de área de floresta e de demais formas de vegetação são obrigados a adotar medidas e normas de prevenção contra incêndio, na forma do regulamento. Art. 5º – É dever de todo cidadão, especialmente daquele que se utiliza de meio de transporte terrestre, aéreo e fluvial, comunicar a existência de foco de incêndio florestal à autoridade competente mais próxima ou, diretamente, à Central de Operações da Polícia Militar, sob pena de responsabilidade, na forma da lei. Parágrafo único – É dever do titular de cargo ou função pública e do servidor estadual comunicar a existência de focos de incêndio e participar das atividades de prevenção e combate, quando requisitado.

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Art. 6º – Os serviços telefônicos, telegráficos, de radiocomunicação, de telex e outros da rede estadual são obrigados a transmitir, em caráter de urgência e gratuitamente, informações sobre incêndio florestal, sem outra exigência senão a prévia identificação de quem as comunicar.

Art. 7º – O combate a incêndio florestal será exercido pela Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, por intermédio do Corpo de Bombeiros e, supletivamente, do Batalhão de Polícia Florestal; pelas demais unidades de serviço dessa corporação, por grupos de voluntários e brigadas organizadas pela comunidade, pelo proprietário ou seu preposto ou pelo ocupante da área atingida.

Parágrafo único – O treinamento do grupo de voluntários e das brigadas será realizado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Batalhão de Polícia Florestal.

Art. 8º – Compete à Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, através do Corpo de Bombeiros e do Batalhão de Polícia Florestal, bem como à autoridade florestal, quando o incêndio não puder ser extinto com os recursos ordinários, requisitar recursos materiais e humanos para combatê-lo.

Art. 9º – Serão segurados contra incêndio florestal os servidores florestais que prestam serviços nessa atividade.

Art. 10 – (Vetado).

Art. 11 – O Poder Executivo fornecerá aos seus órgãos e unidades de serviço os recursos necessários para garantir a execução das ações de prevenção e combate a incêndio florestal.

Art. 12 – A prática de qualquer ato, ação ou omissão considerada capaz de provocar incêndio florestal, bem como o uso proibido do fogo, além das sanções penais, civis e das previstas nas legislações federal e municipal, sujeita o transgressor, pessoa física ou jurídica, às seguintes cominações:

I – obrigação de reparar os danos ambientais causados;

II – multa de 1 (uma) até 500 (quinhentas) UPFMGs, agravada no caso de reincidência específica, na forma do regulamento.

(Inciso com redação dada pelo art. 15 da Lei nº 11.337, de 21/12/1993.)

III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo poder público estadual;

IV – perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito do Estado.

Parágrafo único – A perda de incentivos, benefícios fiscais e financiamentos em estabelecimentos oficiais de crédito do Estado, como penalidade, terá a duração de um (1) ano e será dobrada em caso de reincidência.

Art. 13 – As multas previstas nesta Lei serão recolhidas em estabelecimento oficial de crédito do Estado, em conta específica do Instituto Estadual de Florestas – IEF.

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Parágrafo único – Os recursos financeiros provenientes das multas serão aplicados, obrigatoriamente, pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – em atividades de prevenção e combate a incêndio florestal. Art. 14 – Os serviços prestados no combate a incêndio florestal são considerados de relevante interesse público. Art. 15 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa (90) dias, a partir da data de sua publicação. Art. 16 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 17 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de novembro de 1990. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.545, de 13/12/1991 Proposição: Projeto de Lei nº 350/1991 Autoria: Governador Hélio Garcia Regulamentação Total: Decreto nº 41.203, de 8/8/2000 Dispõe sobre produção, comercialização e uso de agrotóxico e afins e dá outras providências. (Vide art. 55 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A produção, a inspeção, o armazenamento e a fiscalização do transporte, do comércio e do uso de agrotóxico, seus componentes e afins, bem como de seus resíduos e embalagens, são regidos por esta Lei. (Vide Lei nº 15.697, de 25/7/2005.) Art. 2º – O transporte e o armazenamento de agrotóxico, seus componentes e afins observarão, além do estabelecido na legislação específica em vigor, as normas complementares fixadas na regulamentação desta Lei. Art. 3º – Para os efeitos desta Lei, consideram-se: I – agrotóxicos e afins: a) – os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e no beneficiamento dos produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas, de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos;

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b) – substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimulantes e inibidores de crescimento; II – componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, as matérias-primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxico e afins. Art. 4º – Os agrotóxicos, bem como seus componentes e afins, só poderão ser produzidos, transportados, armazenados, comercializados e utilizados no Estado de Minas Gerais se registrados no órgão federal competente e cadastrados nos órgãos estaduais próprios, observado o disposto nesta Lei, em sua regulamentação e demais normas oficiais. Parágrafo único – O cadastro a que se refere o “caput” deste artigo tem validade de um ano e será renovado anualmente. (Parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei nº 14.125, de 14/12/2001.) Art. 5º – Para dar entrada no pedido de registro perante o órgão federal competente, as pessoas físicas e jurídicas, produtoras, manipuladoras e embaladoras de agrotóxicos, seus componentes e afins são obrigadas a obter, além do alvará municipal, o Registro Inicial de Estabelecimento Produtor na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Art. 6º – As pessoas físicas e jurídicas prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, de seus componentes afins, bem como as que os comercializem, ficam obrigadas a se registrar na Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou na Secretaria de Estado da Saúde, segundo a competência de cada uma. Parágrafo único – São prestadores de serviços as pessoas físicas e jurídicas que executam trabalhos de prevenção, destruição e controle de seres vivos considerados nocivos, aplicando agrotóxico, seus componentes e afins. Art. 7º – Possuem legitimidade para requerer o cancelamento ou a impugnação do registro no cadastro de agrotóxico, seus componentes e afins, argüindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e dos animais: I – entidade de classe representativa de profissão ligada ao setor; II – partido político com representação na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais; III – entidade legalmente constituída para a defesa dos interesses difusos relacionados à proteção do consumidor, do meio ambiente e dos recursos naturais. § 1º – O pedido de cancelamento ou impugnação do registro no cadastro de agrotóxico, seus componentes e afins, deve ser acompanhado de informações toxicológicas de contaminação ambiental e comportamento genético, bem como sobre os efeitos no mecanismo hormonal, e são de responsabilidade do estabelecimento registrante ou da entidade impugnante, devendo proceder de laboratório capacitado. § 2º – O pedido de cancelamento ou impugnação a que se refere o parágrafo anterior será formalizado através de petição dirigida à Secretaria de Estado competente, acompanhado de laudo técnico firmado por, no mínimo, dois profissionais habilitados na área de biociências.

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§ 3º – A Secretaria de Estado que receber a petição, verificado o atendimento das condições exigidas, providenciará sua publicação no órgão oficial do Estado e notificará a empresa cadastrante para apresentar contestação, no prazo de 30 (trinta) dias, não podendo a decisão final ultrapassar o prazo de 90 (noventa) dias. § 4º – Decidida a impugnação ou o cancelamento do registro, o produto não mais poderá ser comercializado no território do Estado de Minas Gerais, e o registrante terá o prazo de 30 (trinta) dias para efetuar sua retirada dos estabelecimentos comerciais, findo o qual o produto será apreendido pelos órgãos competentes, com lavratura de auto de infração em nome do registrante. § 5º – Sempre que um produto tiver seu registro impugnado ou cancelado por decisão de outra unidade da Federação ou por recomendação de organização internacional responsável pela saúde, alimentação ou meio ambiente da qual o Brasil faça parte, caberá à respectiva Secretaria de Estado rever seu cadastro, adotando os procedimentos previstos nesta Lei. Art. 8º – Os produtos agrotóxicos e afins somente poderão ser vendidos a usuários à vista de receituário expedido por profissional legalmente habilitado. Art. 9º – As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão conter, além do previsto na legislação federal e sem prejuízo da verificação por parte do consumidor das demais informações exigidas, a indicação do número de registro do produto no cadastro da Secretaria de Estado competente, acompanhado da sigla da unidade da Federação. Art. 9º-A – Sem prejuízo das exigências contidas na legislação federal, os órgãos competentes do sistema operacional da agricultura e de meio ambiente estabelecerão, em regulamento, normas técnicas para a aplicação de agrotóxico com o uso de aeronaves, nas quais serão definidas, pelo menos: I – a distância mínima entre o local da aplicação e cidades, povoações, áreas rurais habitadas e moradias isoladas; II – a distância mínima entre o local da aplicação e mananciais de abastecimento público, mananciais de água e agrupamentos de animais. Parágrafo único – O descumprimento das normas a que se refere o caput deste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa, nos termos do inciso II do caput do art. 14. (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 18.028, de 12/1/2009.) Art. 10 – As responsabilidades administrativas, civis e penais pelos danos causados à saúde das pessoas, dos animais e do meio ambiente, quando as disposições desta Lei, sua regulamentação e legislação complementar não forem cumpridas, cabem: I – ao profissional, quando comprovado ser a receita errada, displicente ou indevida; II – ao usuário ou prestador de serviços, quando em desacordo com o receituário; III – ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo com a receita;

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IV – ao registrante que, por dolo ou culpa, omitir informação ou fornecer informação incorreta; V – ao produtor que produzir mercadoria em desacordo com as especificações constantes no registro do produto, no rótulo, na bula, no folheto e na propaganda; VI – ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados à proteção da saúde dos trabalhadores, ou dos equipamentos na produção, distribuição e aplicação dos produtos; VII – ao proprietário da terra, pessoalmente, se agricultor e a ele solidariamente com o meeiro ou arrendatário, em razão do uso de área interditada para determinada finalidade. Art. 11 – Aquele que produzir, comercializar, transportar, armazenar, receitar, usar, aplicar ou prestar serviços na aplicação de agrotóxico ou seus componentes e afins, der destino às suas embalagens e resíduos, descumprindo as exigências estabelecidas na legislação vigente, comprovada a culpa, ficará sujeito à pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa de 100 (cem) a 1.500 (mil e quinhentas) UPFMG. Art. 12 – O empregador, o profissional, o responsável ou o prestador de serviços que deixar de promover as medidas necessárias de proteção à saúde e ao meio ambiente, estará sujeito, comprovada a culpa, à pena de reclusão de dois anos a quatro anos, além da multa de 100 (cem) a 1.500 (mil e quinhentas) UPFMG. Art. 13 – A fiscalização, por disposto nesta Lei, incumbe, no uso das atribuições, à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e à Secretaria de Estado da Saúde, através do trabalho integrado de seus órgãos técnicos, de forma a garantir o pleno aproveitamento dos recursos humanos e materiais disponíveis. Art. 14 – Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração de disposição desta Lei acarretará, isolada ou cumulativamente, nos termos previstos em sua regulamentação, a aplicação das seguintes sanções: I – advertência; II – multa de até 1.500 (mil e quinhentas) UPFMG, aplicada em dobro em caso de reincidência; III – condenação de produto; IV – inutilização de produto; V – suspensão de registro no cadastro; VI – cancelamento de registro no cadastro; VII – interdição temporária ou definitiva de estabelecimento; VIII – interdição temporária ou definitiva de área agricultável para usos específicos; IX – destruição de vegetal, parte de vegetal e alimento, nos quais tenha havido aplicação de agrotóxico de uso não autorizado ou que apresentem resíduos acima do permitido. § 1º – No caso da aplicação de sanção prevista neste artigo, não caberá direito a ressarcimento ou indenização por eventuais prejuízos.

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§ 2º – Os custos referentes à destruição correrão por conta do infrator. § 3º – A autoridade fiscalizadora fará divulgação da imposição de sanção ao infrator desta Lei. Art. 15 – Após a conclusão do processo administrativo, os agrotóxicos, bem como seus componentes e afins, apreendidos como resultado da ação fiscalizadora, serão inutilizados ou poderão ter outro destino, a critério da autoridade competente. Art. 16 – O poder público promoverá pesquisas e a adoção de práticas destinadas ao incentivo, promoção e difusão de métodos e tecnologias alternativas ao uso de agrotóxicos e afins.

Art. 17 – O Poder Executivo desenvolverá ações de instrução, divulgação e esclarecimento que estimulem o uso seguro e eficaz dos agrotóxicos, seus componentes e afins, com o objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais aos seres humanos, animais e meio ambiente, além de prevenir acidente que decorra de sua utilização imprópria. Art. 18 – As empresas e os prestadores de serviços que já exerçam atividades no ramo de agrotóxicos e de seus componentes e afins têm o prazo de três meses, a contar da regulamentação desta Lei, para se adaptarem às suas exigências.

Art. 19 – A Secretaria de Estado competente para a execução desta Lei poderá delegar essa competência a autarquia a ela vinculada. Art. 20 – A regulamentação desta Lei pelo Poder Executivo será feita através de decreto, no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar de sua publicação, e estabelecerá os procedimentos administrativos para aplicação de pena, assim como normas complementares para interposição de recurso, seus efeitos e prazos. Art. 21 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 22 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 9.121, de 30 de dezembro de 1985. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 13 de dezembro de 1991. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.573, de 30/12/1991 Proposição: Projeto de Lei nº 262/1991 Autoria: Dep. Elmiro Nascimento – PFL Regulamentação Total: Decreto nº 33.473, de 1/4/1992 Autoriza o Governo do Estado a criar a Comenda Antônio Secundino de São José. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

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Art. 1º – Fica o Governo do Estado de Minas Gerais autorizado a criar a Comenda Antônio Secundino de São José, com as atribuições e objetivos fixados nesta Lei. Art. 2º – O objetivo básico da comenda é perpetuar a memória de Antônio Secundino de São José e homenagear as pessoas que se tenham dedicado ao desenvolvimento da agricultura, pecuária e abastecimento e ao saneamento e meio ambiente, no País, tais como: I – professores, pesquisadores, cientistas e profissionais especializados no ensino das técnicas agrícolas, na investigação e na melhoria das espécies e sistemas, no combate às zoonoses, na profilaxia de doenças, na extensão rural e na comunicação rural, na educação sanitária, no abastecimento, no saneamento e na defesa e preservação do meio ambiente; II – líderes e elementos representativos da classe dos produtores rurais; III – líderes e elementos representativos da classe dos trabalhadores rurais; IV – agricultores e pecuaristas; V – ambientalistas, ecologistas e sanitaristas. Art. 3º – A Comenda Antônio Secundino de São José será administrada por um Conselho Diretor, composto de representantes das seguintes entidades: I – Escola de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa; II – Escola de Agronomia da Universidade Federal de Lavras; III – Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais; IV – Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais; V – Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Minas Gerais; VI – Sindicato Rural de Patos de Minas; VII – Associação dos Produtores de Sementes do Estado de Minas Gerais; VIII – Prefeitura Municipal de Presidente Olegário; IX – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento; X – Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; XI – Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Art. 4º – Os membros do Conselho Diretor serão indicados pelas entidades que representam, e a indicação será formalizada mediante nomeação pelo Governador do Estado. Art. 5º – Os membros do Conselho Diretor elegerão entre si um Presidente, um Vice- Presidente e um Secretário. Parágrafo único – Ao Prefeito Municipal de Patos de Minas será conferido o cargo de Presidente de Honra, sem direito a voto. Art. 6º – O Presidente representará social e juridicamente a comenda. Art. 7º – O Poder Executivo fixará as atribuições do Conselho Diretor, em regulamento.

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Art. 8º – Compete ao Conselho Diretor: I – elaborar o regimento da Comenda Antônio Secundino de São José; II – administrar a comenda no que se refere a seus objetivos e a seu “modus operandi”; III – aprovar ou rejeitar as propostas que lhe forem encaminhadas;

IV – zelar pelo prestígio da comenda e pela fiel execução da lei e do regulamento a ela pertinentes; V – propor medidas necessárias ou indispensáveis ao bom desempenho de suas funções; VI – elaborar o seu regimento interno; VII – suspender ou cancelar o direito de uso da comenda, em razão do ato incompatível com a sua dignidade. Parágrafo único – As deliberações do Conselho Diretor serão sempre sigilosas. Art. 9º – O Conselho Diretor da Comenda Antônio Secundino de São José se reunirá regularmente, em sala especial a ser instalada no Sindicato Rural de Patos de Minas, que se denominará Sala Antônio Secundino de São José. Parágrafo único – A Sala Antônio Secundino de São José agrupará objetos e publicações referentes ao homenageado. Art. 10 – O Conselho Diretor se reunirá por convocação de seu Presidente e só deliberará com, pelo menos, 1/3 (um terço) de seus membros. Art. 11 – A Comenda Antônio Secundino de São José será concedida mediante proposta e deliberação do Conselho Diretor. Parágrafo único – Para a concessão da comenda, o Conselho Diretor só poderá deliberar com o voto da maioria absoluta de seus membros. Art. 12 – Compete exclusivamente aos membros do Conselho Diretor a proposição de nomes para a concessão da comenda. Art. 13 – As propostas devem conter o nome completo e qualificação do candidato à homenagem, dados biográficos, indicação dos serviços prestados e relação das condecorações que possuir. Art. 14 – As concessões da comenda serão publicadas, por ato, no “Diário do Executivo”. Art. 15 – Aos agraciados, além de medalha alusiva à comenda, serão conferidos diplomas assinados pelo Governador do Estado, pelo Presidente, pelo Presidente de Honra, pelo Vice-Presidente e pelo Secretário do Conselho Diretor. Art. 16 – Os agraciados receberão medalhas das mãos do Presidente do Conselho Diretor, de acordo com o cerimonial estabelecido pelo regimento interno. Art. 17 – O Conselho Diretor da Comenda Antônio Secundino de São José terá um livro de registro, no qual serão inscritos, por ordem cronológica, os nomes dos agraciados com a comenda e seus dados biográficos.

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Art. 18 – A Comenda Antônio Secundino de São José será concedida anualmente, em cerimônia a se realizar durante a Festa Nacional do Milho, de cujo calendário oficial passa a fazer parte.

Parágrafo único – Fora do calendário da Festa Nacional do Milho, a Comenda Antônio Secundino de São José só poderá ser outorgada por motivo de força maior e a juízo do Conselho Diretor.

Art. 19 – A Comenda Antônio Secundino de São José terá as seguintes características: será representada por uma medalha circular, de 5 cm (cinco centímetros) de diâmetro, confeccionada em prata, tendo no verso a efígie de Antônio Secundino de São José, circundada pela inscrição: “Comenda Antônio Secundino de São José” e, no reverso, o símbolo da Festa Nacional do Milho, com a inscrição: “FENAMILHO – Patos de Minas”; terá, ainda, uma fita de gorgurão vermelho chamalotada, com 70 cm (setenta centímetros) de comprimento por 3,3 (três centímetros e três milímetros) de largura.

Art. 20 – O Governo do Estado fica autorizado a expedir regulamento para a execução da presente Lei.

Art. 21 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 22 – Revogam-se as disposições em contrário.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de dezembro de 1991. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.583, de 3/1/1992

Proposição: Projeto de Lei nº 326/1991

Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PMDB Dispõe sobre a relação de espécies ameaçadas de extinção de que trata o art. 214 da Constituição do Estado e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A lista de espécies ameaçadas de extinção, de que trata o art. 214, § 1º, inciso VI, da Constituição do Estado, deverá ser elaborada pelo Poder Executivo, com subsídio técnico fornecido por entidade de comprovada experiência, com base no monitoramento contínuo da dinâmica das populações animais e vegetais.

Art. 2º – Compete ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – aprovar e publicar, a cada 3 (três) anos, a lista de espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção.

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Parágrafo único – O Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – poderá, a qualquer momento, e com base em estudos científicos, acrescentar novas espécies à lista a que se refere o “caput”. (Vide art. 4º da Lei Delegada nº 178, de 29/1/2007.) Art. 3º – Compete ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – promover, diretamente ou através de entidade de comprovada experiência, estudos visando identificar as causas de extinção das espécies da flora e da fauna e definir estratégias e medidas especiais para a sua proteção. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 03 de janeiro de 1992. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI 10.595, de 7/1/1992 Proposição: Projeto de Lei nº 286/1991 Autoria: Dep. Geraldo Rezende – PMDB Proíbe a utilização de mercúrio e cianeto de sódio nas atividades de pesquisa mineral, lavra e garimpagem nos rios e cursos de água do Estado e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica proibida a utilização de mercúrio e cianeto de sódio nas atividades de pesquisa mineral, lavra e garimpagem no leito e nas margens dos rios e cursos de água do Estado. Art. 2º – Fica proibida a utilização de balsa, draga e par de bombas nas atividades de exploração de minerais metálicos, pedras preciosas e semipreciosas nos rios e cursos de água do Estado. Parágrafo único – O disposto no artigo não se aplica às atividades licenciadas pelo órgão ambiental competente e exercidas com a observância das normas e padrões oficiais de proteção do meio ambiente. Art. 3º – Para os efeitos desta Lei, constitui órgão ambiental competente o Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM. Art. 4º – O não-cumprimento do disposto nesta lei sujeita o infrator à imediata interdição da atividade, além das penalidades previstas na legislação vigente.

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Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 07 de janeiro de 1992. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.627, de 16/1/1992 Proposição: Projeto de Lei nº 421/1991 Autoria: Dep. Gilmar Machado – PT Dispõe sobre a realização de auditorias ambientais e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Para os efeitos desta Lei, denomina-se auditoria ambiental a realização de avaliações e estudos destinados a determinar: I – os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental provocados por atividades de pessoas físicas ou jurídicas; II – as condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de controle de poluição; III – as medidas a serem tomadas para restaurar o meio ambiente e proteger a saúde humana; IV – a capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, instalações e equipamentos de proteção do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores. Art. 2º – O Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – determinará, quando necessário, a realização de auditorias ambientais ocasionais, estabelecendo diretrizes e prazos específicos. Parágrafo único – As auditorias ambientais serão realizadas por entidades de comprovada capacitação técnica, às expensas dos responsáveis pela poluição e/ou degradação ambiental. Art. 3º – A omissão ou sonegação de informações relevantes por parte das entidades responsáveis pelas auditorias resultarão no seu descredenciamento. Art. 4º – São obrigadas a realizar auditorias ambientais periódicas, com intervalo máximo de dois anos, as empresas ou atividades de elevado potencial poluidor, entre as quais: (Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 17.039, de 16/10/2007.)

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I – as refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus derivados; II – as instalações destinadas a estocagem de substâncias tóxicas e perigosas; III – as instalações de processamento e de disposição final de resíduos tóxicos ou perigosos; IV – as unidades de geração de energia elétrica a partir de fontes térmicas e radioativas; V – as instalações de tratamento e os sistemas de disposição final de esgotos domésticos; VI – as indústrias petroquímicas e siderúrgicas; VII – as indústrias químicas e metalúrgicas; VIII – as indústrias de papel e celulose; (Inciso acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 15.017, de 15/1/2004.) IX – as barragens de contenção de resíduos, de rejeitos e de águas. (Inciso acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 15.017, de 15/1/2004.) Parágrafo único – O órgão de meio ambiente competente poderá: I – exigir que sejam realizadas auditorias ambientais em outras empresas e atividades potencialmente poluidoras ou que impliquem risco de acidentes ambientais, além das relacionadas nos incisos do “caput” deste artigo, conforme o disposto nesta lei; II – deliberar sobre a redução ou a ampliação da periodicidade prevista no “caput” deste artigo, conforme o caso. (Parágrafo único acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 15.017, de 15/1/2004.) Art. 5º – Compete ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – definir as dimensões e características das instalações relacionadas no artigo anterior, que poderão ser dispensadas da realização de auditorias periódicas em função de seu pequeno porte ou de seu reduzido potencial poluidor. Art. 6º – As diretrizes para a realização de auditorias ambientais deverão incluir, entre outras, avaliações relacionadas aos seguintes aspectos: I – dinâmica dos processos operacionais do empreendimento, com o manejo de seus produtos parciais, finais e dos resíduos em geral; II – impactos sobre o meio ambiente, provocados pelas atividades operacionais; III – avaliação de riscos de acidentes e dos planos de contingências para evacuação e proteção dos trabalhadores e da população situada na área de influência, quando necessário. IV – alternativas tecnológicas disponíveis, inclusive de processo industrial e sistemas de monitoramento contínuo, para redução dos níveis de emissão de poluentes; V – saúde dos trabalhadores e da população vizinha. Art. 7º – Os documentos relacionados às auditorias ambientais serão acessíveis à consulta pública, preservado o sigilo industrial.

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Parágrafo único – A notícia do encaminhamento dos resultados da auditoria ambiental ao órgão governamental responsável será objeto de publicação, sob o título de “Auditoria Ambiental”, em periódico de grande circulação, com informação sobre o local em que os documentos poderão ser consultados. Art. 8º – A realização de auditorias ambientais não exime as atividades efetiva ou potencialmente poluidoras ou causadoras de degradação ambiental do atendimento a outros requisitos da legislação em vigor. Art. 9º – Esta Lei será regulamentada no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de sua publicação. Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de janeiro de 1992. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.726, de 12/5/1992 Proposição: Projeto de Lei nº 730/1992 Autoria: Governador Hélio Garcia Estabelece os limites da área de conservação do pico do Itabirito e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam estabelecidos, nos termos do § 1º do artigo 84 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado, como definidores da área de demarcação do pico do Itabirito, descrita graficamente e em coordenadas UTM, os seguintes limites: começa no ponto 1, coordenada norte 7.761.286,729 e coordenada leste 618.155,626; ponto 2, coordenada norte 7.761.392,595 e coordenada leste 618.221,141; ponto 3, coordenada norte 7.761.434,004 e coordenada leste 618.254,654; ponto 4, coordenada norte 7.761.412,467 e coordenada leste .618.320,470; ponto 5, coordenada norte 7.761.389,317 e coordenada leste 618.360,289; ponto 6, coordenada norte 7.761.457,566 e coordenada leste 618.445,112; ponto 7, coordenada norte 7.761.496,926 e coordenada leste 618.461,820; ponto 8, coordenada norte 7.761.582,261 e coordenada leste 618.463,346; ponto 9, coordenada norte 7.761.619,666 e coordenada leste 618.438,201; ponto 10, coordenada norte 7.761.639,634 e coordenada leste 618.407,741; ponto 11, coordenada norte 7.761.627,632 e coordenada leste 618.329,018; ponto 12, coordenada norte 7.761.608,208 e coordenada leste 618.298,748; ponto 13, coordenada norte 7.761.591,584 e coordenada leste 618.261,264; ponto 14, coordenada norte

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7.761.581,338 e coordenada leste 618.229,620; ponto 15, coordenada norte 7.761.583,500 e coordenada leste 618.186,000; ponto 16, coordenada norte 7.761.508,000 e coordenada leste 618.133,000; ponto 17, coordenada norte 7.761.454,000 e coordenada leste 618.188,000; ponto 18, coordenada norte 7.761.377,000 e coordenada leste 618.106,000; ponto 19, coordenada norte 7.761.370,500 e coordenada 618.099,000 e ponto 20, coordenada norte 7.761.331,500 e coordenada leste 618.085,000. Do ponto 20, segue contornando a estrada indicada na planta até o ponto 1, coordenada norte 7.761.286,729 e coordenada leste 618.155,626. As coordenadas referidas na descrição acima são topográficas com origem em Marco UTM, denominado Salvador Machado, com coordenada norte 7.762.550,749 e coordenada leste 619.055,110. O ponto de origem para correlação das coordenadas tem no sistema de coordenadas da rede Saint John Del Rey Mining Company a coordenada norte 48.192,306 e a coordenada leste 22.920,340, e, no sistema de coordenadas UTM, a coordenada norte 7.762.269,671 e a coordenada leste 618.900,375. Art. 2º – Fica autorizado o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA-MG – a inscrever em seu livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, previsto no artigo 4º da Lei nº 5.775, de 30 de setembro de 1971, e no artigo 4º, inciso I, do Decreto nº 14.374, de 10 de março de 1972, o pico de que trata esta lei, situado no Município de Itabirito, observados os limites descritos no artigo anterior. Art. 3º – O plano de recuperação da área degradada, nos limites geográficos estabelecidos nesta Lei, será aprovado pelo órgão ambiental competente, conforme a legislação em vigor, e executado pela empresa mineradora responsável pela degradação. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de maio de 1992. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.793, de 2/7/1992 Proposição: Projeto de Lei nº 413/1991 Autoria: Dep. Mauro Lobo – PL Dispõe sobre a proteção de mananciais destinados ao abastecimento público no Estado. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam considerados mananciais, para os efeitos desta Lei, aqueles situados a montante do ponto de captação previsto ou existente, cujas águas estejam ou venham a

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estar classificadas na Classe Especial e na Classe I da Resolução nº 20, de 18 de junho de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA –, e na Deliberação Normativa nº 10, de 16 de dezembro de 1986, do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM. Art. 2º – Cabe ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, através da Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –, providenciar: I – (vetado) II – (vetado) III – a fiscalização; IV – a aplicação das penalidades previstas em lei. Art. 3º – Cabe à Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais – COPASA – proceder à análise de que trata o item 5.33.2 da Portaria nº 443/Bsb, de 3 de outubro de 1978, do Ministério da Saúde, com a freqüência prevista na alínea “a” do referido item. Art. 4º – Fica vedada a instalação, nas bacias de mananciais, dos seguintes projetos ou empreendimentos que comprometam os padrões mínimos de qualidade das águas: (Vide Lei nº 14.129, de 19/12/2001.) I – indústrias poluentes: a) – fecularias; b) – destilarias de álcool; c) – metalurgias e siderurgias; d) – químicas; e) – artefatos de amianto; f) – matadouros; g) – processamento de material radioativo; h) – curtumes; II – atividade extrativa vegetal ou mineral; III – estabelecimentos hospitalares: a) – hospitais; b) – sanatórios; c) – leprosários; IV – cemitérios; V – depósito de lixo e aterro sanitário; VI – parcelamento de solo: a) – loteamento; b) – conjunto habitacional;

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VII – atividade agropecuária intensiva ou hortifrutigranjeira que envolva a necessidade de aplicação de doses maciças de herbicidas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e produtos veterinários organofosforados ou organoclorados; VIII – suinocultura intensiva; IX – depósito de produtos tóxicos. § 1º – Os sistemas de esgotos não ligados ao sistema público deverão ser providos de fossas sépticas, construídas segundo as normas técnicas em vigor, com seus efluentes infiltrados no terreno através de poços absorventes ou irrigação subsuperficial, assegurando- se a proteção do lençol freático, distando, no mínimo, 100 (cem) metros do manancial, independente da consideração dos limites de propriedade. § 2º – Para a proteção sanitária, as dosagens permissíveis dos produtos citados no inciso VII deste artigo serão fornecidas pela Secretaria de Estado da Saúde. § 3º – Não será permitido, para distribuição de defensivos agrícolas e fertilizantes, o uso de aeronaves ou equipamentos que utilizem correntes de ar de alta velocidade. § 4º – As quantidades armazenáveis, nas áreas de que trata o “caput” deste artigo, de produtos químicos, defensivos agrícolas, fertilizantes e produtos tóxicos serão determinadas pelos órgãos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde. § 5º – As instalações destinadas ao confinamento de bovinos ou à suinocultura deverão ser providas de sistemas de captação de dejetos e efluentes sem comunicação com os mananciais. Art. 5º – Na área compreendida pelas bacias de mananciais, o poder público criará incentivos, inclusive fiscais, ao reflorestamento com espécies nativas, ao combate à erosão e ao assoreamento, à preservação e à recuperação de matas ciliares e vegetação nativa e à piscicultura. Art. 6º – São atividades permissíveis nas bacias de mananciais, ressalvada a competência da União: I – o turismo ecológico, excetuado o campismo; II – a pesca; III – a atividade agropecuária em escala compatível com preservação ambiental; IV – a produção hortifrutigranjeira e agrícola, desde que respeitados os limites impostos por esta Lei; V – o uso de irrigação, desde que a quantidade de água captada não implique diminuição significativa da vazão; VI – a piscicultura. Art. 7º – Os projetos ou empreendimentos previstos no artigo 4º desta Lei já aprovados e não implantados ou em fase inicial de implantação deverão ser adequados ao disposto nesta Lei, sob pena de não ser autorizado o seu funcionamento. Art. 8º – Deverá ser apresentado ao órgão fiscalizador, no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir da vigência desta Lei, projeto de adequação às disposições nela contidas

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dos projetos ou empreendimentos já implantados ou em fase final de implantação na data da publicação desta Lei. § 1º – Aprovado o projeto de adequação a que se refere este artigo, o órgão fiscalizador concederá prazo para sua implantação, não superior a 12 (doze) meses, decorrido o qual estará o infrator sujeito às penalidades previstas nesta Lei. § 2º – Rejeitado o projeto de adequação, o órgão fiscalizador concederá prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias para reapresentação de novo projeto de adequação, que, se novamente rejeitado, sujeitará o infrator às penalidades previstas nesta Lei. Art. 9º – (Vetado). Parágrafo único – Ocorrendo infração ao disposto no artigo 4º desta Lei, a Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –, em conjunto com o poder público e a Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais – COPASA –, proporá soluções para normalizar ou remover as fontes de poluição ou degradação ambiental, às quais se sujeitará o infrator. Art. 10 – O descumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela de gradação ambiental na bacia de manancial sujeitará o infrator, além das penalidades previstas nas legislações federal, estadual e municipal, às seguintes penalidades: I – a partir da data da autuação ou do término dos prazos previstos no artigo 8º desta Lei sem a adequação às normas nela contidas, multa diária no valor correspondente a, no mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 1.000 (mil) Unidade Padrão Fiscal do Estado de Minas Gerais – UPFMG – agravada em caso de reincidência, enquanto perdurar a infração; II – perda ou restrição dos incentivos ou benefícios fiscais concedidos pelo poder público; III – suspensão das atividades. § 1º – As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas isolada ou cumulativamente. § 2º – O agente causador de poluição ou degradação ambiental fica obrigado a indenizar ou a reparar os danos causados ao meio ambiente, independente da aplicação das penalidades previstas neste artigo. Art. 11 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 12 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 02 de julho de 1992. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.821, de 22/7/1992 Proposição: Projeto de Lei nº 639/1991 Autoria: Dep. José Militão – PSDB

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Institui no Estado o dia dos rios e das águas. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituída no Estado a Semana dos Rios e das Águas, a ser comemorada, anual- mente, no período compreendido entre o primeiro e o segundo sábados do mês de agosto. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 13.412, de 22/12/1999.) Art. 2º – O Poder Executivo fixará, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data da publicação desta Lei, as diretrizes para a comemoração anual prevista no artigo anterior. Parágrafo único – Serão promovidas atividades comemorativas da Semana dos Rios e das Águas nas escolas estaduais e nas particulares inspecionadas pelo Estado. (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 13.412, de 22/12/1999.) Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 22 de julho de 1992. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.883, de 2/10/1992 Proposição: Projeto de Lei nº 743/1992 Autoria: Dep. Péricles Ferreira – PSDB Declara de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte, no Estado de Minas Gerais, opequizeiro (Caryocar brasiliense) e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica declarado de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte o pequizeiro (Caryocar brasiliense), no Estado de Minas Gerais, conforme o disposto nos artigos 3º, 4º e 7º da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965. (Vide Lei nº 13.635, de 12/7/2000.) (Vide Lei nº 13.965, de 27/7/2001.) Art. 2º – O abate do pequizeiro Caryocar brasiliense só será admitido quando necessário à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou de relevante interesse social, mediante prévia autorização do poder público e compromisso formal entre o empreendedor e o órgão ambiental competente do plantio de vinte e cinco mudas catalogadas e identificadas da mesma espécie, por árvore a ser abatida.

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§ 1º – Caberá aos responsáveis pelo abate do pequizeiro, com o acompanhamento de profissional legalmente habilitado, o plantio das mudas a que se refere o caput e o monitoramento do seu desenvolvimento por um prazo mínimo de cinco anos, bem como o plantio de novas mudas para substituir aquelas que não se desenvolverem, garantido o acesso da comunidade local aos frutos produzidos pelas árvores plantadas. § 2º – O plantio a que se refere o caput será efetuado no território do Município em que se localiza o empreendimento, em sistemas de enriquecimento florestal. § 3º – No Município em que houver Conselho Municipal de Meio Ambiente, o abate de pequizeiros em área urbana ou distrito industrial legalmente constituído poderá ser autorizado por esse órgão, observado o disposto neste artigo. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 17.682, de 25/7/2008.) Art. 3º – O reflorestamento homogêneo com espécies exóticas em áreas de ocorrência do pequizeiro (Caryocar brasiliense) somente poderá ser feito mediante critérios que garantam o pleno desenvolvimento das árvores produtivas, a serem definidos pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF. Art. 4º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua publicação. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 2 de outubro de 1992. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 10.943, de 27/11/1992 Proposição: Projeto de Lei nº 649/1991 Autoria: Dep. Custódio Mattos – PSDB Dispõe sobre a criação da Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck – APA – Mata do Krambeck –, no Município de Juiz de Fora. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica declarada de proteção ambiental, com a denominação de Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck, a área coberta pela Mata do Krambeck, no Município de Juiz de Fora, constituída por parte das áreas do Sítio Retiro Novo e do Sítio Retiro Velho, medindo o primeiro 734.349m2 (setecentos e trinta e quatro mil trezentos e quarenta e nove metros quadrados), fazendo divisa com os Sítios Malícia e Retiro Velho e com o rio Paraibuna, e

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medindo o segundo 2.185.562m2 (dois milhões cento e oitenta e cinco mil quinhentos e sessenta e dois metros quadrados), fazendo divisa com os Sítios Retiro Novo e Malícia, com a propriedade de Aurélio Ferreira Salgado ou seus sucessores, com a Fazenda do Ribeirão e com o rio Paraibuna, estando os respectivos títulos de propriedade transcritos no Cartório do 2º Ofício da Comarca de Juiz de Fora, a fls. 91 do livro 3-G, sob o número de registro 7.574. Parágrafo único – O Poder Executivo promoverá, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de publicação desta Lei, o levantamento planimétrico da Mata do Krambeck e definirá, por meio de decreto, os limites geográficos da área de proteção ambiental de que trata o artigo. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.336, de 21/12/1993.) Art. 2º – A Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck – APA Mata do Krambeck – destina-se a: I – perpetuar a preservação das condições ecológicas locais e consolidar e conservar a área verde que a constitui; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.336, de 21/12/1993.) II – proteger o ecossistema local, conservando suas características peculiares de importante refúgio de animais da fauna silvestre regional em meio à ampla extensão urbana vizinha; III – impedir ações de desmatamento e degradação ambiental, resguardando o efeito estabilizador da cobertura vegetal contra o aparecimento de pontos suscetíveis de erosão; IV – resguardar um patrimônio natural com características de elevado valor paisagístico e estimular a melhoria da qualidade ambiental das áreas circunvizinhas; V – (Vetado). Art. 3º – Fica proibida na área a que se refere o artigo 1º desta Lei: I – a supressão total ou parcial de sua cobertura vegetal; II – a realização de obras que importem em ameaça ao equilíbrio ecológico ou que atentem contra os objetivos referidos no artigo 2º desta Lei. Art. 4º – A divulgação do disposto nesta Lei, objetivando o esclarecimento da comunidade local, deverá ser feita pelos órgãos públicos estaduais e municipais. Art. 5º – A Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck será supervisionada e fiscalizada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –, em articulação com o Instituto Estadual de Florestas – IEF –, os quais deverão orientar e assistir os proprietários dos Sítios Retiro Novo e Retiro Velho, sempre que por eles solicitado, a fim de que os objetivos da legislação pertinente sejam atingidos. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11.336, de 21/12/1993.) Art. 6º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Parque Estadual do Krambeck, no Município de Juiz de Fora, que incorporará a área de proteção ambiental de que trata o artigo 1º desta Lei.

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Parágrafo único – Para efeito do disposto neste artigo, o Poder Executivo fica autorizado a desapropriar os terrenos compreendidos dentro dos limites geográficos da Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck que tenham sido definidos na forma do parágrafo único do artigo 1º desta Lei. (Artigo acrescentado pelo art. 2º da Lei nº 11.336, de 21/12/1993.)

Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

(Artigo renumerado pelo art. 2º da Lei nº 11.336, de 21/12/1993.)

Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário.

(Artigo renumerado pelo art. 2º da Lei nº 11.336, de 21/12/1993.)

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 27 de novembro de 1992.

HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 11.020, de 8/1/1993

Proposição: Projeto de Lei nº 447/1991

Autoria: Comissão de Constituição e Justiça da ALMG

Regulamentação Total: Decreto nº 34.801, de 28/6/1993

Dispõe sobre as terras públicas e devolutas estaduais e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Capítulo I

Das Terras Devolutas Estaduais

Art. 1º – São terras devolutas do domínio do Estado as assim definidas pela Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850, que lhe foram transferidas pela Constituição da República de 1891 e que não se compreendam entre as do domínio da União por força da Constituição da República de 1988.

Capítulo II

Das Terras Devolutas Estaduais Indisponíveis e Reservadas

Art. 2º – São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelo Estado necessárias:

I – à instituição de unidades de conservação ambiental;

II – à preservação de sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, espeleológico, paleontológico, ecológico e científico;

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III – à proteção de mananciais indispensáveis ao abastecimento público.

Art. 3º – São terras devolutas reservadas:

I – as necessárias à fundação de povoado, de núcleo colonial e de estabelecimento público federal, estadual ou municipal;

II – as adjacentes às quedas d’água passíveis de aproveitamento industrial em instalações hidráulicas; III – as que contenham minas e fontes de águas minerais e termais passíveis de utilização industrial, terapêutica ou higiênica, bem como os terrenos adjacentes necessários à sua exploração;

IV – as que constituam margens de rios e de lagos navegáveis, compreendidas numa faixa de até 50m (cinqüenta metros); V – as necessárias à construção de estradas de rodagem, ferrovias, campos de pouso, aeroportos e barragens públicos; VI – as necessárias à consecução de qualquer outro fim de interesse público requerido pelo Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado. § 1º – As terras devolutas reservadas serão assim declaradas a requerimento do órgão ou entidade interessados e ouvida a Fundação Rural Mineira – Colonização e Desenvolvimento Agrário – RURALMINAS –, por decreto do Poder Executivo, que mencionará a localização, a dimensão, a natureza, as confrontações, os objetivos e as demais especificações da área reservada.

§ 2º – Não poderão ter destinação diversa as terras devolutas reservadas na forma do parágrafo anterior, salvo para atender a outro fim de interesse público. Art. 4º – As terras devolutas rurais não consideradas indisponíveis ou reservadas somente serão objeto de alienação ou de concessão para fins de produção rural. Capítulo III Da Política de Destinação de Terras Públicas Art. 5º – O Estado promoverá medidas que permitam a preservação do seu patrimônio natural e cultural e a utilização racional das terras públicas de seu domínio, com o objetivo de fomentar a produção agropecuária, de organizar o abastecimento alimentar, de promover o bem-estar do homem que vive do trabalho da terra e fixá-lo no campo, bem como de colaborar para o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o bem-estar de seus habitantes. § 1º – A destinação de terras públicas será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária, nos termos do inciso XI do artigo 10 da Constituição do Estado, e com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado, os planos diretores e os objetivos de preservação e proteção dos patrimônios natural e cultural do Estado.

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§ 2º – O órgão responsável pelo planejamento estadual promoverá a compatibilização de que trata o parágrafo anterior em articulação, pelo menos, com os órgãos ou as entidades que atuem nas áreas de administração de patrimônio, de desenvolvimento rural, de trabalho, de recursos hídricos e de meio ambiente.

Art. 6º – A identificação de terras públicas, dominicais e devolutas, necessárias à operacionalização da política de que trata esta Lei, far-se-á consoante o princípio de regionalização da ação administrativa do Estado, com observância das seguintes prioridades quanto à sua destinação: I – assentamento de trabalhadores rurais e urbanos; II – proteção dos ecossistemas naturais e preservação de sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, espeleológico, paleontológico, ecológico e científico; III – regularização fundiária;

IV – colonização...... Art. 32 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 33 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 6.177, de 14 de novembro de 1973, e as que a modificaram, bem como a Lei nº 9.681, de 12 de outubro de 1988, excetuados os artigos de 27 a 36. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 08 de janeiro de 1993. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 11.038, de 14/1/1993

Proposição: Projeto de Lei nº 755/1992 Autoria: Dep. Gilmar Machado – PT Regulamenta a participação de empreendimentos potencialmente danosos ao meio ambiente, em linhas de crédito ou em programas de financiamento patrocinados pelo Governo do Estado. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O acesso de empreendimentos potencialmente danosos ao meio ambiente a linhas de crédito ou a programas de financiamento patrocinados pelo Governo do Estado, por meio do sistema financeiro estadual, fica condicionado à apresentação da respectiva licença fornecida pelo órgão ambiental competente.

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Parágrafo único – São considerados empreendimentos potencialmente danosos ao meio ambiente aqueles assim definidos pelo Decreto nº 21.228, de 10 de março de 1981. Art. 2º – Tratando-se de contrato de financiamento mediante liberação de parcelas, ficarão estas condicionadas à adimplência integral das cláusulas do contrato de financiamento e à comprovação, pelo órgão ambiental competente, de que o empreendimento atende à legislação ambiental vigente. Art. 3º – O autor do dano ao meio ambiente fica sujeito às cominações legais cabíveis. Art. 4º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data de sua publicação. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 14 de janeiro de 1993. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.172, de 29/7/1993 Proposição: Projeto de Lei nº 641/1991 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PL Regulamentação Parcial: Decreto nº 35.611, de 1/6/1994 Autoriza o Poder Executivo a criar o Parque Estadual do Rio Preto e dá outras providências. O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Parque Estadual do Rio Preto, no Alto Jequitinhonha. Art. 2º – A área de terreno a ser desapropriada, mediante acordo ou judicialmente, que constituirá o Parque Estadual do Rio Preto está situada no local denominado Fazenda das Boleiras, no Município de São Gonçalo do Rio Preto, com 10.755 ha (dez mil setecentos e cinqüenta e cinco hectares), de propriedade e posse de Dílson Cosme Ramos, de perímetro retirado da folha da carta – SE – 23 – Z – B – I -, Rio Vermelho – Escala 1:100.000 com o seguinte memorial descritivo: partindo do vértice 01, situado na barra do córrego das Boleiras com o Rio Preto, de coordenadas N=7.996.260,00m e E=675.470,00m; deste segue descendo o Rio Preto, confrontando com terras de João Evangélio Lopes e outros, por uma distância de 1.800m (mil e oitocentos metros) até o vértice 02, situado na barra do Rio Preto com uma grota seca; deste segue subindo a grota seca, confrontando com terras de João Evangélio Lopes e outros, por uma distância de 2.600m (dois mil seiscentos

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metros), até o vértice 03, situado na cabeceira do Córrego da Embira, na divisa de terras de João Evangélio Lopes e outros e terras de Luiz da Luz; deste segue pelo divisor de águas, da divisa dos Municípios de São Gonçalo do Rio Preto com Felício dos Santos, confrontando com terras de Luiz da Luz e terras de Marcos Farah Benedito, parte da antiga Fazenda do Sítio por uma distância de 9.100m (nove mil e cem metros) até o vértice 04, situado na divisa de terras de Marcos Farah Benedito, parte da antiga Fazenda do Sítio e terras de herdeiros de Raimundo Borges, parte da antiga Fazenda do Sítio; deste segue pelo divisor de águas, na divisa dos Municípios de São Gonçalo do Rio Preto e Felício dos Santos, confrontando com terras de herdeiros de Raimundo Borges, parte da antiga Fazenda do Sítio, por uma distância de 6.700m (seis mil e setecentos metros) até o vértice 05, situado na divida dos Municípios de São Gonçalo do Rio Preto, Felício dos Santos e Couto de Magalhães de Minas, na divisa de terras de herdeiros de Raimundo Borges, parte da antiga Fazenda do Sítio e terras de Mozart Xavier de Sena, parte da antiga Fazenda do Curral; deste segue pelo divisor de águas, na divisa dos Municípios de São Gonçalo do Rio Preto com Couto Magalhães de Minas, confrontando com terras de Mozart Xavier de Sena, parte da antiga Fazenda do Curral, por uma distância de 5.400m (cinco mil e quatrocentos metros) até o vértice 06, situado na divisa de terras de Mozart Xavier de Sena, parte da antiga Fazenda do Curral e terras de Silveira e Filhos Ltda; Fazenda das Graças, parte da antiga Fazenda das Bateias; deste segue pelo divisor de águas na divisa dos Municípios de São Gonçalo do Rio Preto com Couto de Magalhães de Minas, confrontando com terras de Silveira e Filhos Ltda; Fazenda das Graças, parte da antiga Fazenda das Bateias, por uma distância de 6.600m (seis mil e seiscentos metros) até o vértice 07, situado na cabeceira do Córrego da Serraria; deste segue pelo divisor de águas, serra Mata dos Crioulos, na divisa dos Municípios de São Gonçalo do Rio Preto e Couto de Magalhães de Minas, confrontando com terras de Silveira e Filhos Ltda; Fazenda das Graças, terras de Dionísio Doroteio Saraiva e outros, Fazenda Rodrigues, e terras de Hermes José Saraiva e outros, Fazenda Raízes, todas dentro da antiga Fazenda das Bateias, por uma distância de 9.400m (nove mil e quatrocentos metros), até o vértice 08, situado na cabeceira do córrego dos Meiras, na divisa de terras de Hermes José Saraiva e outros, Fazenda Raízes e terras de João Evangélio Lopes e outros; deste segue descendo o Córrego dos Meiras, confrontando com terras de João Evangélio Lopes e outros, por uma distância de 2.900m (dois mil e novecentos metros) até o vértice 09, situado na barra do Córrego dos Meiras com o Córrego das Boleiras; deste segue descendo o Córrego das Boleiras, confrontando com terras de João Evangélio Lopes e outros, por uma distância de 700m (setecentos metros) até o vértice 01, ponto inicial desta descrição. Parágrafo Único – A área de terreno de que trata este artigo está registrada sob o nº 641, livro 2, do Cartório de Registros de Imóveis de Diamantina e correspondente à área real possuída pelo desapropriado. Art. 3º – Fica autorizado o Poder Executivo a realizar créditos suplementares para despesas com indenizações e início de implantação do Parque Estadual do Rio Preto, até o limite de Cr$20.000.000.000,00 (vinte bilhões de cruzeiros) no orçamento do Instituto Estadual de Florestas – IEF.

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Art. 4º – Compete ao Instituto Estadual de Florestas – IEF – implementar o Parque Estadual do Rio Preto. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de Julho de 1993. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 11.265, de 4/11/1993 Proposição: Projeto de Lei nº 1.108/1992 Autoria: Dep. Hely Tarqüínio – PRN Dispõe sobre os Programas de Construção e Reforma de Unidades Habitacionais Populares em Zona Rural e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – Os programas de construção e reforma de unidades habitacionais populares em zona rural, financiados pelo poder público ou que contem com recursos orçamentários do Estado, obedecerão ao disposto nesta Lei. Art. 2º – No planejamento e na execução dos programas a que se refere o artigo anterior, serão observados os seguintes princípios: I – a fixação do homem no campo; II – a articulação do Estado com as administrações municipais, para conjugar os esforços e os recursos públicos;

III – a participação da comunidade local, por meio de suas entidades representativas.

Art. 3º – O Estado poderá celebrar convênios com municípios para a execução de programas a que se refere esta Lei, priorizando:

I – os municípios de escassas condições de propulsão socio-econômicas;

II – os municípios que apresentem plano local de saneamento e habitação cujas metas sejam:

a) o aproveitamento de materiais e de mão-de-obra locais, inclusive dos próprios beneficiários;

b) o emprego de medidas que incrementem a produção ou a aquisição de materiais para construção de baixo custo;

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c) a participação da comunidade local, por meio de suas entidades representativas, em órgãos de definição da política de habitação e saneamento; d) a adoção de soluções sanitárias que usem técnicas de baixo custo, adequadas às peculiaridades locais; e) a educação sanitária e ambiental da população beneficiária; f) a preservação de mananciais superficiais e subterrâneos; g) o uso dos recursos naturais disponíveis. Art. 4º – As unidades habitacionais a serem construídas deverão dispor de abastecimento de água potável e de coleta e disposição sanitária adequadas dos resíduos líquidos. Art. 5º – Serão concedidos incentivos especiais pelo poder público: I – ao proprietário rural que construir, reformar ou melhorar as habitações destinadas à moradia de seus empregados ou parceiros; II – ao pequeno produtor rural, assim definido em Lei, que construir, reformar ou melhorar as habitações destinadas à sua moradia. Parágrafo único – Para os efeitos desta Lei, consideram-se incentivos especiais: I – o apoio financeiro oficial, por meio da concessão de crédito rural e de outros tipos de financiamento; II – a prioridade na concessão de benefícios associados a programas de infra-estrutura rural; III – a preferência na prestação de serviços oficiais de assistência técnica e de fomento, por meio dos órgãos competentes. Art. 6º – Na execução dos programas a que se refere esta Lei, o Estado prestará assistência técnica ao município e à comunidade. Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 4 de novembro de 1993. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.336, de 21/12/1993 Proposição: Projeto de Lei nº 1.562/1993 Autoria: Dep. Elmiro Nascimento – PFL

Altera a Lei nº 10.943, de 27 de novembro de 1992, e dá outras providências.

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O artigo 1º, o artigo 2º, I, e o artigo 5º da Lei nº 10.943, de 27 de novembro de 1992, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º – Fica declarada de proteção ambiental, com a denominação de Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck, a área coberta pela Mata do Krambeck, no Município de Juiz de Fora, constituída por parte das áreas do Sítio Retiro Novo e do Sítio Retiro Velho, medindo o primeiro 734.349m2 (setecentos e trinta e quatro mil trezentos e quarenta e nove metros quadrados), fazendo divisa com os Sítios Malícia e Retiro Velho e com o rio Paraibuna, e medindo o segundo 2.185.562m2 (dois milhões cento e oitenta e cinco mil quinhentos e sessenta e dois metros quadrados), fazendo divisa com os Sítios Retiro Novo e Malícia, com a propriedade de Aurélio Ferreira Salgado ou seus sucessores, com a Fazenda do Ribeirão e com o rio Paraibuna, estando os respectivos títulos de propriedade transcritos no Cartório do 2º Ofício da Comarca de Juiz de Fora, a fls. 91 do livro 3-G, sob o número de registro 7.574. Parágrafo único – O Poder Executivo promoverá, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de publicação desta Lei, o levantamento planimétrico da Mata do Krambeck e definirá, por meio de decreto, os limites geográficos da área de proteção ambiental de que trata o artigo. Art. 2º – ...... I – perpetuar a preservação das condições ecológicas locais e consolidar e conservar a área verde que a constitui; Art. 5º – A Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck será supervisionada e fiscalizada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –, em articulação com o Instituto Estadual de Florestas – IEF –, os quais deverão orientar e assistir os proprietários dos Sítios Retiro Novo e Retiro Velho, sempre que por eles solicitado, a fim de que os objetivos da legislação pertinente sejam atingidos.” Art. 2º – Fica acrescentado à Lei nº 10.943, de 27 de novembro de 1992, o seguinte artigo 6º, renumerando-se os demais: “Art. 6º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Parque Estadual do Krambeck, no Município de Juiz de Fora, que incorporará a área de proteção ambiental de que trata o artigo 1º desta Lei. Parágrafo único – Para efeito do disposto neste artigo, o Poder Executivo fica autorizado a desapropriar os terrenos compreendidos dentro dos limites geográficos da Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck que tenham sido definidos na forma do parágrafo único do artigo 1º desta Lei.” Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário.

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Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 21 de dezembro de 1993. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.363, de 29/12/1993 Proposição: Projeto de Lei nº 1.702/1993 Autoria: Governador Hélio Garcia Altera as Leis nºs 6.763, de 26 de dezembro de 1975, 7.164, de 19 de dezembro de 1977, e 10.992, de 29 de dezembro de 1992, e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... Art. 6º – Ao contribuinte da Taxa Florestal, de que trata o art. 58 da Lei nº 4.747, de 9 de maio de 1968, que efetuar gastos em projeto relevante e estratégico, previamente aprovado pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – e relacionado com a implementação de política florestal e com a conservação da biodiversidade no Estado, desde que adimplente com as exigências estabelecidas na Lei nº 10.561, de 27 de dezembro de 1991, fica assegurada a redução de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da Taxa Florestal devida. § 1º – A redução a que se refere o “caput” deste artigo aplica-se a gastos em projeto de fomento florestal, no manejo florestal sustentado de florestas nativas susceptíveis de exploração econômica, na regularização fundiária de unidade de conservação estadual administrada pelo IEF, em projeto de recuperação de área degradada, de recomposição de matas ciliares e de conservação da biodiversidade ou a casos de destinação de recursos para aquisição, pelo IEF, de área de relevante interesse ecológico a ser incorporada ao seu patrimônio. § 2º – A realização de gastos em mais de um dos projetos previstos neste artigo não dá direito à redução da taxa além do limite de 25% (vinte e cinco por cento) nele estabelecido. § 3º – Compete ao Conselho de Administração e de Política Florestal do IEF a regulamentação e o estabelecimento de critérios para a concessão do benefício instituído neste artigo. § 4º – A redução a que se refere o “caput” deste artigo será concedida para um período de até 12 (doze) meses, permitida a renovação, justificadamente, conforme cronograma de desenvolvimento do projeto previamente aprovado. (Artigo com redação dada pelo art. 25 da Lei nº 12.582, de 17/7/1997.) Art. 7º – O Poder Executivo regulamentará a forma de destinação dos recursos, sua aplicação e controle, bem como a forma e os critérios para a concessão do benefício

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previsto no artigo anterior, no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de publicação desta lei...... Art. 9º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 1994. (Vide art. 8º da Lei Complementar nº 52, de 25/11/1999.) Art. 10 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o § 5º do art. 12 da Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de dezembro de 1993. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 11.396, de 6/1/1994 Proposição: Projeto de Lei nº 1.623/1993 Autoria: Governador Hélio Garcia Regulamentação Total: Decreto nº 44.586, de 27/7/1994 Cria o Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico do Estado de Minas Gerais – FUNDESE – e dá outras providências. (Vide art. 21 da Lei nº 15.219, de 7/7/2004.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criado o Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico do Estado de Minas Gerais – FUNDESE –, com o objetivo de dar suporte financeiro a programas de fomento e desenvolvimento de médias, pequenas e microempresas e de cooperativas localizadas no Estado de Minas Gerais. Parágrafo Único – O fundo de que trata este artigo incorporará a subconta Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social/Programa de Apoio à Microempresa – FUNDES/ FUMICRO –, aberta na forma da Lei nº 8.402, de 6 de julho de 1983...... Art. 5º – Os financiamentos com recursos do Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico do Estado de Minas Gerais – FUNDESE – serão concedidos com a observância das seguintes condições gerais: I – a aprovação do financiamento dependerá da comprovação da regularidade do beneficiário nos âmbitos fiscal, previdenciário e ambiental, de parecer favorável sobre

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sua situação cadastral e jurídica e da demonstração da viabilidade técnica e econômica do projeto; ...... Art. 9º – A comprovação de prática de infração nos âmbitos fiscal e ambiental pelo beneficiário de recursos do Fundo, durante a vigência do contrato, acarretará o cancelamento deste ou a suspensão do saldo a liberar, bem como o vencimento antecipado das parcelas futuras, com atualização monetária plena, multa e juros contratuais e moratórios, além das penalidades administrativas cabíveis, na forma definida em regulamento. (Artigo com redação dada pelo art. 31 da Lei nº 12.708, de 29/12/1997.) ...... Art. 13 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 1994, observado o disposto no artigo anterior. Art. 14 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de janeiro de 1994. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.405, de 28/1/1994 Proposição: Projeto de Lei nº 1.029/1992 Autoria: Dep. Roberto Amaral – PTB Dispõe sobre a política estadual de desenvolvimento agrícola e dá outras providências. (Vide Lei nº 14.968, de 12/1/2004.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... CAPÍTULO I Dos Princípios e Objetivos ...... Art. 2º – A política estadual de desenvolvimento agrícola fundamenta-se, entre outros, nos seguintes princípios: I – a atividade agrícola compreende processos físicos, químicos e biológicos em que os recursos naturais envolvidos devem ser utilizados e gerenciados com vistas ao cumprimento

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da função social e econômica da propriedade rural, voltada para o desenvolvimento sustentável; ...... Art. 3º – São objetivos da política estadual de desenvolvimento agrícola: ...... IV – proteger o meio ambiente, garantir o uso racional dos recursos naturais e estimular a recuperação dos ecossistemas degradados; ...... Art. 10 – São ações e instrumentos de política agrícola de que trata esta lei: ...... XVII – a preservação do meio ambiente; ...... XXIII – o desenvolvimento florestal...... Art. 22 – São prioridades da pesquisa agropecuária financiada pelo poder público: I – o melhoramento dos materiais genéticos produzidos pelo ambiente natural dos ecossistemas; ...... Parágrafo único – A pesquisa agropecuária será realizada com a observância das exigências de: ...... II – atender às exigências socioeconômicas e de preservação ambiental; ...... SEÇÃO III Da Assistência Técnica e da Extensão Rural Art. 24 – O Estado manterá serviço de assistência técnica e extensão rural e garantirá, prioritariamente, o atendimento gratuito aos pequenos produtores rurais, às suas famílias e associações, e também aos beneficiários de projetos de reforma agrária, inclusive nos campos socioeconômico e de preservação ambiental ...... Art. 40 – O poder público desenvolverá programas de treinamento e atualização de mão-de-obra especializada em operação e manutenção de máquinas e implementos agrícolas, preferencialmente por convênio com escolas agrícolas, com o objetivo de aumentar a produtividade agrícola e a vida útil das máquinas e equipamentos, aperfeiçoar

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a execução de práticas de manejo e conservação de solo , reduzir os custos e aumentar a eficiência dos instrumentos.

Art. 41 – O poder público divulgará e estimulará práticas de mecanização que promovam a conservação do solo, a recuperação de áreas degradadas e a preservação do ambiente.

Art. 42 – O poder público promoverá o aproveitamento racional de máquinas e equipamentos empregados na abertura e conservação de estradas e barragens e permitirá o seu uso em pequenas obras de sistematização de várzeas, na construção de açudes e em outros trabalhos de melhoria rural nas proximidades da obra. SEÇÃO VIII

Da Irrigação e da Drenagem Art. 43 – O Estado desenvolverá política de irrigação e drenagem para todo o seu território, com prioridade para as áreas de comprovada aptidão para a irrigação, áreas de reforma agrária ou de colonização e para projetos públicos.

Art. 44 – Compete ao poder público: I – estabelecer diretrizes para a política de que trata o artigo anterior, bem como sistematizar e compatibilizar as ações de irrigação, drenagem e saneamento rural no Estado; II – estabelecer normas que objetivem o aproveitamento dos recursos hídricos destinados à irrigação, promovam a integração dos órgãos estaduais com os municipais, com as entidades públicas e privadas e com os órgãos federais;

III – implementar estudos para execução de obras de infra-estrutura, saneamento e outras, referentes ao aproveitamento das bacias hidrográficas, áreas de rios perenizados ou vales irrigáveis, armazenamento e conservação de água, controle e proteção contra enchentes, com vistas à melhor e mais racional utilização das águas para a irrigação. SEÇÃO IX

Da Eletrificação Rural Art. 45 – O poder público implantará programas de energização e eletrificação rural com a participação de produtores rurais, cooperativas, associações e administrações municipais, observadas as prioridades definidas pelo CEPA. § 1º – Os programas a que se refere este artigo poderão adotar, como fonte energética, qualquer das formas resultantes do aproveitamento de recursos hídricos e do reflorestamento energético, bem como os combustíveis produzidos a partir de culturas de biomassa e de resíduos agrícolas e agroindustriais.

§ 2º – Na definição das prioridades a que se refere o artigo, deverão ser observados os preceitos constitucionais de preferência para as associações de pequenos produtores, de construção de pequenas hidrelétricas e de preservação do meio ambiente......

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Art. 68 – O Estado assistirá as comunidades rurais nos seus programas voltados para as áreas de infra-estrutura física e social, conforme prescrevem o art. 2º, VI, da Constituição Estadual, e o art. 2º, V, desta lei, especialmente no que se refere a:

I – transporte; II – educação; III – saúde; IV – habitação; V – energia; VI – comunicações; VII – saneamento básico;

VIII – cultura; IX – lazer;

X – segurança pública......

Seção XV Do Meio Ambiente Art. 72 – O poder público deverá: I – disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora, de modo a impedir os processos de erosão e desertificação e outras formas de degradação do meio ambiente; II – incentivar o uso tecnificado das propriedades rurais, com vistas ao desenvolvimento sustentado de seus recursos naturais; III – instituir programas permanentes de: a) recuperação e conservação de solos; b) manejo de microbacias hidrográficas.

Parágrafo único – A fiscalização e o uso racional dos recursos naturais do meio ambiente são também de responsabilidade dos proprietários de direito, dos beneficiários da reforma agrária e dos ocupantes temporários dos imóveis rurais. Art. 73 – Todo o processo de produção, beneficiamento, transformação, armazenamento e comercialização de produtos agropecuários, bem como o uso de insumos, implementos e máquinas, sujeitam-se ao disposto no artigo anterior, observado o que determinam as Leis nºs 10.545, de 13 de dezembro de 1991; 10.561, de 27 de dezembro de 1991; e 10.594, de 7 de janeiro de 1992, e seus respectivos regulamentos. Art. 74 – O planejamento e a execução de obras viárias deverão incluir providências destinadas a evitar e controlar processos de erosão do solo.

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Parágrafo único – O Estado executará programa destinado a controlar os processos de erosão do solo causados pelas rodovias já existentes...... Art. 95 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 28 de janeiro de 1994. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 11.720, de 28/12/1994 Proposição: Projeto de Lei nº 1.158/1992 Autoria: Dep. Adelmo Carneiro Leão – PT Dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento Básico e dá outras providências. (Vide art. 8º da Lei nº 13.848, de 19/4/2001.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Capítulo I Da Política Estadual de Saneamento Básico Seção I Das Disposições Preliminares Art. 1º – A política estadual de saneamento básico visa a assegurar a proteção da saúde da população e a salubridade ambiental urbana e rural. Art. 2º – Para os efeitos desta lei, considera-se: I – salubridade ambiental o conjunto de condições propícias à saúde da população urbana e rural, quanto à prevenção de doenças veiculadas pelo meio ambiente e à promoção de condições mesológicas favoráveis ao pleno gozo da saúde e do bem-estar; II – saneamento básico o conjunto de ações, serviços e obras que visam a alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental por meio de: a) abastecimento de água de qualidade compatível com os padrões de potabilidade e em quantidade suficiente para assegurar higiene e conforto; b) coleta e disposição adequada dos esgotos sanitários; c) coleta, reciclagem e disposição adequada dos resíduos sólidos; d) drenagem de águas pluviais; e) controle de roedores, de insetos, de helmintos, de outros vetores e de reservatórios de doenças transmissíveis.

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Art. 3º – A execução da política estadual de saneamento básico, disciplinada nesta lei, condiciona-se aos preceitos consagrados pela Constituição do Estado, observados os seguintes princípios: I – direito de todos ao saneamento básico; II – autonomia do município quanto à organização e à prestação de serviços de saneamento básico, nos termos do art. 30, V, da Constituição Federal; III – participação efetiva da sociedade, por meio de suas entidades representativas, na formulação das políticas, na definição das estratégias, na fiscalização e no controle das ações de saneamento básico; IV – subordinação das ações de saneamento básico ao interesse público, de forma a se cumprir sua função social. Seção II Das Diretrizes Gerais Art. 4º – A política estadual de saneamento básico será elaborada e executada com a participação efetiva dos órgãos públicos e da sociedade e considerará, especialmente: I – a coordenação e a integração das políticas, dos planos, dos programas e das ações governamentais de saneamento básico, saúde, meio ambiente, recursos hídricos, desenvolvimento urbano e rural, habitação, uso e ocupação do solo; II – a atuação integrada dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais do setor de saneamento básico; III – as exigências e as características locais, a organização social e as demandas socioeconômicas da população; IV – a preservação e a melhoria da qualidade da água, com a adoção das bacias hidrográficas como unidades de planejamento; V – a adoção de mecanismos que propiciem à população de baixa renda o acesso aos serviços de saneamento básico; VI – o incentivo ao desenvolvimento científico, à capacitação tecnológica e à formação de recursos humanos na área de saneamento, assim como a busca de alternativas que se adaptem às condições de cada local; VII – a promoção de programas de educação ambiental e sanitária, com ênfase em saneamento básico; VIII – a adoção do processo de planejamento como requisito para as ações de saneamento básico; IX – a adoção de indicadores e parâmetros sanitários, epidemiológicos e socio- econômicos como norteadores das ações de saneamento básico; X – a implantação prévia de serviços de saneamento básico em áreas de assentamento populacional;

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XI – a solução dos problemas de saneamento básico em áreas urbanas faveladas ou em outras de urbanização irregular; XII – a adequação dos sistemas de saneamento básico, já implantados ou em implantação, às normas de preservação do meio ambiente; XIII – a implantação de ações permanentes de avaliação, proteção, melhoria e recuperação dos sistemas de saneamento básico; XIV – a solução das questões relativas à disposição sanitária adequada dos esgotos e demais resíduos urbanos; XV – o incentivo à coleta seletiva dos resíduos sólidos urbanos; XVI – a realização de pesquisa e a divulgação sistemática de estudos que visem à solução dos problemas de saneamento básico. Art. 5º – O Estado realizará programas conjuntos com os municípios, mediante convênios de mútua cooperação, de assistência técnica e de apoio institucional, com vistas a: I – assegurar a implantação, a ampliação e a administração eficiente dos serviços de saneamento básico de interesse local e de competência do município; II – implantar progressivamente um modelo gerencial descentralizado, capacitando as administrações municipais para a gestão de suas ações por meio, prioritariamente, do treinamento e da formação de recursos humanos; III – promover a organização, o planejamento e a execução das funções públicas de saneamento básico de interesse comum nas regiões metropolitanas, nas aglomerações urbanas ou em outras regiões onde a ação comum se fizer necessária, resguardada a autonomia do município. Art. 6º – O Estado assegurará condições para a implantação, a operação e a administração dos serviços de saneamento básico prestados por seus órgãos. Art. 7º – Os agentes prestadores de serviço de saneamento básico ficam obrigados a divulgar as planilhas de custos dos serviços e de composição tarifária. Capítulo II Do Sistema de Saneamento Básico Art. 8º – A política estadual de saneamento básico contará, para a execução das ações dela decorrentes, com o Sistema Estadual de Saneamento Básico. Art. 9º – O Sistema Estadual de Saneamento Básico é o conjunto de agentes institucionais que, no âmbito de suas competências, atribuições, prerrogativas e funções, integram-se, de modo articulado e cooperativo, para a formulação das políticas, a definição das estratégias e a execução das ações de saneamento básico. Art. 10 – Fica instituído o Plano Estadual de Saneamento Básico – PESB –, destinado a articular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros para a execução da política estadual de saneamento básico.

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Parágrafo único – O PESB é o instrumento hábil para orientar a aplicação dos recursos financeiros do Estado em saneamento básico. Art. 11 – O PESB será quadrienal e conterá, entre outros elementos: I – avaliação e caracterização da situação da salubridade ambiental no Estado, por meio de indicadores sanitários, epidemiológicos e ambientais; II – objetivos e diretrizes gerais, definidos mediante planejamento integrado, com base em outros planos setoriais e regionais; III – metas de curto e médio prazo; IV – identificação dos obstáculos de natureza político-institucional, legal, econômico- financeira, administrativa, cultural e tecnológica que se interponham à consecução dos objetivos e das metas propostas; V – estratégias e diretrizes para a superação dos obstáculos identificados; VI – caracterização e quantificação dos recursos humanos, materiais, tecnológicos, institucionais e administrativos necessários à execução das ações propostas; VII – cronograma de execução das ações formuladas; VIII – definição dos recursos financeiros necessários, do cronograma de aplicação e das fontes de financiamento. Art. 12 – O PESB será atualizado anualmente, com base na avaliação: I – dos quadros sanitário e epidemiológico do Estado; II – do cumprimento dos programas previstos. § 1º – As avaliações serão elaboradas por região ou sub-região em que o Estado for dividido para fins de saneamento e serão publicadas pelo Conselho Estadual de Saneamento Básico – CESB – até o dia 30 de abril de cada ano. § 2º – A atualização de que trata o “caput” deste artigo compreenderá os possíveis ajustes dos programas, dos cronogramas de obras e de serviços e das previsões financeiras e orçamentárias. Art. 13 – O projeto de lei relativo ao Plano Estadual de Saneamento Básico – PESB –, ouvido o Conselho Estadual de Saneamento Básico – CESB –, será encaminhado à Assembléia Legislativa pelo Governador do Estado até o dia 30 de junho do primeiro ano de seu mandato. Capítulo III Das Disposições Finais e Transitórias Art. 14 – Lei específica disporá sobre o Conselho Estadual de Saneamento Básico – CESB –, órgão colegiado de nível estratégico superior do Sistema Estadual de Saneamento Básico. Art. 15 – Lei específica disporá sobre o Fundo Estadual de Saneamento Básico – FESB –, destinado exclusivamente a financiar, isolada ou complementarmente, as ações de saneamento básico.

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Art. 16 – Os órgãos e as entidades estaduais da área de saneamento básico serão reorganizados para atender ao disposto nesta lei. Art. 17 – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua publicação. Art. 18 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 19 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de dezembro de 1994. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.726, de 30/12/1994 Proposição: Projeto de Lei nº 2.015/1994 Autoria: Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Turismo e Lazer da ALMG Dispõe sobre a política cultural do Estado de Minas Gerais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Capítulo I Dos Objetivos e Princípios da Política Cultural ...... Art. 10 – A realização de obra ou projeto público ou privado que tenha efeito real ou potencial, material ou imaterial, sobre área ou bem identificado como de interesse histórico, artístico, arquitetônico ou paisagístico pelo Estado depende de estudo prévio de impacto cultural e da aprovação, pelo Conselho Estadual de Cultura, do respectivo relatório de impacto cultural. § 1º – Resolução do Conselho Estadual de Cultura definirá as diretrizes, os critérios, as condições básicas e as responsabilidades para a realização do estudo de impacto cultural, bem como a forma e o conteúdo mínimos do relatório. § 2º – O relatório de impacto cultural poderá integrar relatório de impacto ambiental, nas condições definidas em decreto, atendido o disposto na resolução de que trata o parágrafo anterior. § 3º – Será dada publicidade ao relatório de que trata o artigo. Art. 11 – A exploração de atividade turística em área identificada como de interesse histórico, artístico, arquitetônico ou paisagístico será precedida de estudo e planejamento pormenorizados, a serem submetidos à aprovação do Conselho Estadual de Cultura.

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Parágrafo único – Resolução do Conselho Estadual de Cultura definirá as normas de elaboração e apresentação do estudo de que trata o “caput” deste artigo. Art. 12 – O IEPHA-MG manterá cadastro centralizado e atualizado dos bens imóveis de valor histórico, artístico, arquitetônico e paisagístico existentes no Estado.

Seção II

Do Patrimônio Arqueológico, Paleontológico e Espeleológico

Art. 13 – Os bens e sítios arqueológicos, as cavidades naturais subterrâneas e os depósitos fossilíferos sujeitam-se à guarda e proteção do Estado, que as exercerá em colaboração com a comunidade.

§ 1º – O dever de proteção estende-se às áreas de entorno, até o limite necessário à preservação do equilíbrio ambiental, dos ecossistemas e do fluxo das águas e à manutenção da harmonia da paisagem local.

§ 2º – Os limites das áreas de entorno devem ser definidos mediante estudos técnicos específicos, de acordo com as peculiaridades de cada caso.

§ 3º – O Estado dará proteção especial às áreas cársticas, das quais manterá cadastro e registro cartográfico específicos e atualizados, destinados a orientar a sua preservação.

Art. 14 – Para os efeitos do disposto nesta lei, consideram-se:

I – bens arqueológicos os testemunhos móveis e imóveis da presença e da atividade humana, assim como os restos da flora e da fauna com estes relacionados, por meio dos quais possam ser reconstituídos os modos de criar, fazer e viver dos grupos humanos;

II – sítio arqueológico o local ou área em que se encontrem bens arqueológicos;

III – sítios espeleológicos as cavidades naturais subterrâneas.

Parágrafo único – Constituem cavidades naturais subterrâneas os espaços conhecidos como caverna, gruta, lapa, furna ou assemelhados, formados por processos naturais, incluídos o seu conteúdo mineral e hídrico, o corpo rochoso em que estejam inseridos e as comunidades bióticas abrigadas em seu interior.

Art. 15 – A exploração econômica de qualquer natureza, bem como a realização de obra de infra-estrutura e a construção em área identificada como de interesse arqueológico, espeleológico ou paleontológico dependem da realização de estudo prévio de impacto cultural e da aprovação, pelo Conselho Estadual de Cultura, do respectivo relatório de impacto cultural, observado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 10.

Art. 16 – O permissionário do direito de realizar escavações ou estudos de interesse arqueológico, paleontológico ou espeleológico em território estadual deverá enviar, anualmente, ao IEPHA-MG relatório informativo do andamento dos seus trabalhos, bem como das descobertas efetuadas, para fins do disposto no art. 25 desta lei.

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Art. 17 – A descoberta fortuita de bem ou sítio arqueológico, paleontológico ou espeleológico deverá ser comunicada no prazo de 5 (cinco) dias ao Conselho Estadual de Cultura, pelo autor do achado ou pelo proprietário do local onde a descoberta houver ocorrido.

§ 1º – A descoberta de que trata o artigo determina a imediata interrupção das atividades que se realizem no local e a interdição deste, até o pronunciamento do Conselho Estadual de Cultura, ouvidos o IEPHA-MG e o Conselho de Política Ambiental – COPAM. § 2º – O trabalho, estudo, pesquisa ou qualquer atividade que envolva bem arqueológico, paleontológico ou espeleológico poderão ser suspensos, restringidos ou proibidos, a qualquer tempo, no todo ou em parte, quando se verificar utilização não permitida do bem. Art. 18 – O descumprimento do disposto no art. 16 e no “caput” do art. 17 desta lei acarretará a apreensão dos bens descobertos e a interdição dos sítios achados, sem prejuízo das demais penalidades previstas na legislação. Art. 19 – É proibida a retirada de bem arqueológico, espeleológico ou paleontológico da área em que foi encontrado, salvo para fins científicos. Art. 20 – A transferência, com finalidade científica ou educativa, de bem arqueológico, espeleológico ou paleontológico para outro Estado da Federação só será permitida por tempo determinado e com autorização expressa do Conselho Estadual de Cultura. Art. 21 – O Estado poderá, mediante convênio, transferir a guarda e a vigilância de bem ou sítio arqueológico, paleontológico ou espeleológico para o município em que se encontre localizado, observada a existência de plenas garantias à sua preservação. Art. 22 – A exploração de atividade turística em área identificada como de interesse arqueológico, paleontológico ou espeleológico obedecerá ao disposto no art. 11 desta lei. Art. 23 – A organização das ações de proteção e a definição das formas de uso e manejo das áreas identificadas como de interesse arqueológico, paleontológico ou espeleológico pelo Estado serão feitas pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e pela Secretaria de Estado da Cultura, mediante articulação entre seus órgãos, nos termos de decreto específico. Art. 24 – O Estado promoverá ações educativas junto a instituições públicas e privadas e à comunidade em geral, especialmente nas regiões em que se localizem conjuntos arqueológicos, espeleológicos e paleontológicos conhecidos, com vistas a divulgar, valorizar e orientar a preservação do respectivo patrimônio. Art. 25 – O IEPHA-MG manterá cadastro centralizado e atualizado dos bens, sítios e áreas de interesse arqueológico, paleontológico e espeleológico existentes no território do Estado......

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Art. 85 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de dezembro de 1994. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 11.731, de 30/12/1994

Proposição: Projeto de Lei nº 2.227/1994 Autoria: Governador Hélio Garcia Reclassifica as unidades de conservação sob a administração do Instituto Estadual de Florestas – IEF –, cria o Quadro de Pessoal do referido Instituto e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam reclassificadas, na forma do Anexo I desta Lei, quanto à categoria de manejo, as Unidades de Conservação sob a administração do Instituto Estadual de Florestas – IEF –, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Art. 2º – Fica criada a Estação Ecológica de Água Limpa, no Município de Cataguases. Art. 3º – Fica transformado em horto florestal o Parque Estadual de Anhumas, localizado no Município de Itajubá...... Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de dezembro de 1994. HÉLIO GARCIA – Governador do Estado

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ANEXO I (a que se refere o art. 1º da Lei nº 11.731, de 30 de dezembro de 1994) Reclassificação das Unidades de Conservação Quanto à Categoria de Manejo, de Acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação

NOME E CATEGORIA DE LOCALIZAÇÃO/MUNICÍPIOS INSTRUMENTO LEGAL DE MANEJO ANTERIOR CRIAÇÃO Parque Estadual da Jaíba Jaíba Lei 6.126, de 04/7/73 Reserva Biológica de Nova Lambari Decreto Nº 16.580 de Baden 23/9/74 Reserva Biológica de Turmalina/Minas Novas Decreto Nº 16.580, de Acauã 23/9/74 Reserva Biológica de Mar Mar de Espanha Decreto Nº 16.580, de de Espanha 23/9/74 Reserva Biológica da Mata Sen. Modestino Gonçalves Decreto Nº 16.580, de dos Ausentes 23/8/74

NOME E CATEGORIA DE MANEJO LOCALIZAÇÃO/ ÁREA NOVA CATEGORIA DE ANTERIOR MUNICÍPIOS (HA) MANEJO Parque Estadual da Jaíba Jaíba 6.358 Reserva Biológica Reserva Biológica de Nova Baden Lambari 220 Parque Estadual Reserva Biológica de Acauã Turmalina/ 5.195 Estação Ecológica Minas Nova Reserva Biológica de Mar de Mar de Espanha 188 Estação Ecológica Espanha Reserva Biológica da Mata dos Sen. Modestino 744 Estação Ecológica Ausentes Gonçalves

ANEXO II ...... ANEXO III ......

NORMA: LEI Nº 11.824, de 6/6/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 10/1995 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PL Dispõe sobre a obrigatoriedade da veiculação de mensagens de conteúdo educativo nas capas e contracapas de cadernos escolares adquiridos pelas escolas públicas. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

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Art. 1º – Os cadernos escolares adquiridos pelas escolas públicas com recursos de suas caixas escolares ou do Tesouro do Estado, para uso de seus alunos, devem conter nas capas e contracapas mensagens de conteúdo educativo...... Art. 3º – O conteúdo educativo das mensagens versará, entre outras matérias, sobre: ...... IV – proteção ao meio ambiente; ...... Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de junho de 1995.

EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 11.831, de 6/7/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 23/1995 Autoria: Dep. Ivo José – PT Declara áreas de proteção ambiental as lagoas marginais do Rio Piracicaba e de seus afluentes e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam declaradas áreas de proteção ambiental, sob a denominação de APA das Lagoas Marginais do Rio Piracicaba e de Seus Afluentes, as lagoas marginais do rio Piracicaba e de seus afluentes. § 1º – Os benefícios desta lei abrangem a faixa de 50 (cinqüenta) metros adjacentes ao leito histórico de inundação das lagoas marginais. § 2º – Para efeito do disposto neste artigo, consideram-se lagoas marginais as depressões geomorfológicas ribeirinhas, inclusive os meandros abandonados, suscetíveis de contínuas ou periódicas inundações, condicionadas a fluxos e refluxos das águas superficiais e subterrâneas ligadas ao regime hidrológico do rio Piracicaba e de seus afluentes.

Art. 2º – São objetivos desta lei: I – proteger ecossistemas ribeirinhos importantes para a manutenção do regime hidrológico;

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II – promover condições para a reprodução e o desenvolvimento da fauna ictiológica;

III – assegurar condições para a proteção da fauna ribeirinha em geral;

IV – impedir ações de drenagem, de aterro, de desmatamento, de obstrução de canais e outras ações que descaracterizem os ecossistemas das lagoas marginais;

V – oferecer condições para o desenvolvimento do turismo ecológico, da pesca amadora, do lazer e da recreação;

VI – resguardar um patrimônio natural de elevado valor paisagístico e estimular a melhoria da qualidade ambiental das áreas circunvizinhas.

Art. 3º – Ficam proibidas, nas áreas a que se refere o art. 1º desta lei:

I – a drenagem ou a obstrução de seus respectivos contatos com o rio, para o fluxo e o refluxo de suas águas;

II – a realização de quaisquer obras que atentem contra os objetivos referidos no art. 2º desta lei;

III – a instalação de unidade industrial, de aterro e a realização de terraplanagem e demais obras de construção civil;

IV – a pesca profissional ou amadora com a utilização de instrumentos de emalhar, tais como redes, tarrafas ou assemelhados.

Parágrafo único – Observadas as disposições constitucionais e legais relativas à matéria, a proibição de que trata este artigo não se aplica a obras, atividades, planos e projetos de utilidade pública ou de relevante interesse social, definidos no âmbito do uso múltiplo e sustentável dos recursos hídricos do rio Piracicaba e de seus afluentes.

Art. 4º – O Poder Executivo, por intermédio do órgão estadual competente, providenciará a identificação e o mapeamento das lagoas marginais do rio Piracicaba e de seus afluentes.

Art. 5º – Compete ao órgão responsável pela execução da política ambiental do Estado definir as condições de manejo e de fiscalização da APA das Lagoas Marginais do Rio Piracicaba e de Seus Afluentes.

Art. 6º – Esta lei será regulamentada pelo Poder Executivo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de sua publicação.

Art. 7º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de julho de 1995.

EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado.

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NORMA: LEI Nº 11.832, de 6/7/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 24/1995 Autoria: Dep. Ivo José – PT Declara áreas de proteção ambiental as lagoas marginais do Rio Doce e de seus afluentes e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam declaradas áreas de proteção ambiental, sob a denominação de APA das Lagoas Marginais do Rio Doce e de Seus Afluentes, as lagoas marginais localizadas ao longo de todo o curso do rio Doce e de seus afluentes, no território do Estado. § 1º – Os benefícios desta lei abrangem a faixa de 50m(cinqüenta metros) adjacentes ao leito histórico de inundação das lagoas marginais. § 2º – Para efeito do disposto neste artigo, consideram-se lagoas marginais as depressões geomorfológicas ribeirinhas, inclusive os meandros abandonados, suscetíveis de contínuas ou periódicas inundações, condicionadas aos fluxos e refluxos das águas superficiais e subterrâneas ligadas ao regime hidrológico do rio Doce e de seus afluentes. Art. 2º – São objetivos desta lei: I – proteger ecossistemas ribeirinhos importantes para a manutenção do regime hidrológico; II – promover condições para a reprodução e o desenvolvimento da fauna ictiológica; III – assegurar condições para a proteção da fauna ribeirinha em geral; IV – impedir ações de drenagem, aterro, desmatamento, obstrução de canais e outras ações que descaracterizem os ecossistemas das lagoas marginais; V – oferecer condições para o desenvolvimento do turismo ecológico, da pesca amadora, do lazer e da recreação; VI – resguardar um patrimônio natural de elevado valor paisagístico e estimular a melhoria da qualidade ambiental das áreas circunvizinhas. Art. 3º – Ficam proibidas, nas áreas a que se refere o art. 1º desta lei: I – a drenagem ou a obstrução de seus respectivos contatos com o rio, para o fluxo e refluxo de suas águas; II – a realização de obra que atente contra os objetivos referidos no art. 2º desta lei; III – a instalação de unidade industrial, de aterro e a realização de terraplanagem e demais obras de construção civil; IV – a pesca profissional ou amadora, com a utilização de instrumentos de emalhar, tais como redes, tarrafas ou assemelhados.

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Parágrafo único – Observadas as disposições constitucionais e legais relativas à matéria, a proibição de que trata este artigo não se aplica a obras, atividades, planos e projetos de utilidade pública ou de relevante interesse social, definidos no âmbito do uso múltiplo e sustentável dos recursos hídricos do rio Doce e de seus afluentes.

Art. 4º – O Poder Executivo, por intermédio do órgão estadual competente, providenciará a identificação e o mapeamento das lagoas marginais do rio Doce e de seus afluentes.

Art. 5º – Compete ao órgão responsável pela execução da política ambiental do Estado definir as condições de manejo e fiscalização da APA das Lagoas Marginais do Rio Doce e de Seus Afluentes.

Art. 6º – Esta lei será regulamentada pelo Poder Executivo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de sua publicação.

Art. 7º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de julho de 1995. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 11.863, de 27/7/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 2/1995 Autoria: Dep. Marcos Helênio – PT Dispõe sobre a construção de estação de piscicultura em represa de usina hidrelétrica a ser implantada no Estado. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: Art. 1º – Os projetos de construção de represas de usina hidrelétrica com capacidade instalada acima de 250MW (duzentos e cinqüenta megawatts), a serem implantadas no Estado, deverão prever a construção, o desenvolvimento e a manutenção de estação de piscicultura. Parágrafo único – As usinas hidrelétricas, independentemente de seu porte, a serem construídas em uma mesma bacia hidrográfica, poderão valer-se de uma mesma estação de piscicultura para o repovoamento dos rios. Art. 2º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data de sua publicação. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 27 de julho de 1995. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.901, de 1/9/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 94/1995 Autoria: Dep. Raul Lima Neto – PMN Declara de proteção ambiental as áreas de interesse ecológico situadas na Bacia Hidrográfica do Rio Pandeiros. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam declaradas de proteção ambiental, sob a denominação de Área de Proteção Ambiental do rio Pandeiros – APA do rio Pandeiros –, as áreas de interesse ecológico situadas na bacia hidrográfica desse rio. Art. 2º – A APA do rio Pandeiros destina-se a: I – tornar efetiva a proteção do rio Pandeiros, em cumprimento ao que dispõe a Lei nº 10.629, de 17 de janeiro de 1992; II – manter o equilíbrio ecológico e a diversidade biológica em ecosistemas aquáticos e terras úmidas adjacentes ao rio; III – proteger paisagens naturais de beleza cênica notável; IV – preservar áreas de significativa importância para a reprodução e o desenvolvimento da ictiofauna; V – criar condições para favorecer a educação ambiental e a recreação em contato com a natureza. Art. 3º – Compete ao Poder Executivo elaborar relatório técnico para caracterização das áreas de interesse ecológico e de atributos naturais notáveis, com o objetivo de delimitar e demarcar a APA do rio Pandeiros, incluindo especialmente: I – as cachoeiras e as corredeiras e suas respectivas áreas de influência a jusante da usina hidrelétrica da CEMIG; II – a extensa planície de inundação e as terras úmidas a jusante das cachoeiras do rio Pandeiros; III – as matas ciliares ao longo do rio Pandeiros e de seus afluentes. Art. 4º – As atividades de implantação, administração e fiscalização da unidade de conservação do rio Pandeiros, de que trata a Lei nº 10.629, de 17 de janeiro de 1992, e da

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unidade de que trata esta Lei serão regulamentadas por decreto, que indicará o órgão responsável por sua execução. Parágrafo único – As atividades de que trata este artigo poderão ser desenvolvidas pelo Estado em articulação com as Prefeituras dos municípios abrangidos pela APA do rio Pandeiros. Art. 5º – Na APA do rio Pandeiros ficam restringidas: I – a realização de atividades que possam colocar em risco os mananciais e os campos alagadiços; II – a execução de obras de terraplenagem e a abertura de canais, quando essas iniciativas importarem sensível alteração das condições ecológicas locais; III – a realização de atividades capazes de provocar erosão de terras ou assoreamento de coleções hídricas; IV – a realização de atividades que ameacem extinguir, na área protegida, espécies da biota regional; V – a supressão total ou parcial de remanescentes de matas ciliares e de outras formações de matas naturais. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 01 de setembro de 1995. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.903, de 6/9/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 285/1995 Autoria: Governador Eduardo Azeredo Cria a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, altera a denominação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criada a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com a finalidade de propor e executar a política do Estado relativa às atividades de gestão ambiental para o desenvolvimento sustentável. (Vide Lei nº 12.581, de 17/7/1997.)

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(Vide inciso XI do art. 5º, inciso XI do art. 7º e inciso X do art. 10 da Lei Delegada nº 49, de 2/1/2003.) (Vide Lei Delegada nº 62, de 29/1/2003.) Art. 2º – Compete à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: (Vide art. 7º da Lei nº 12.188, de 10/6/1996.) I – coordenar e supervisionar as ações voltadas para a proteção ambiental, bem como a aplicação das normas e da legislação específicas de meio ambiente e recursos naturais, não sendo consideradas predatórias e estando, por isso, dispensadas de licença do poder público e isentas de punição fiscal ou de qualquer outro tipo, a extração, em regime individual ou familiar, de lenha para consumo doméstico, e a limpeza de pastagens ou culturas em propriedades particulares; II – zelar pela observância das normas de controle e proteção ambiental, em articulação com órgãos federais, estaduais e municipais; III – planejar, propor e coordenar a gestão ambiental integrada no Estado, com vistas à manutenção dos ecossistemas e ao desenvolvimento sustentável; IV – articular-se com os organismos que atuam na área de meio ambiente com a finalidade de garantir a execução da política ambiental; V – estabelecer e consolidar, em conjunto com órgãos e entidades que atuam na área ambiental, as normas técnicas a serem por eles observadas; VI – orientar e coordenar tecnicamente, quanto ao aspecto ambiental, os órgãos e as entidades que atuam na área do meio ambiente; VII – identificar os recursos naturais do Estado, com vistas à compatibilização das medidas preservacionistas e conservacionistas e à exploração racional, conforme as diretrizes do desenvolvimento sustentável; VIII – propor e coordenar a implantação de unidades de conservação de uso direto e indireto sob jurisdição estadual; IX – coordenar planos, programas e projetos de proteção de mananciais; X – representar o Governo do Estado de Minas Gerais no Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA – e no Conselho Nacional de Recursos Naturais Renováveis; XI – coordenar planos, programas e projetos de educação ambiental; XII – coordenar o zoneamento ambiental no Estado. Parágrafo único – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável atuará como órgão seccional coordenador do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA –, no âmbito do Estado, nos termos da Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.

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Art. 3º – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável tem a seguinte estrutura orgânica: I – Gabinete; II – Assessoria de Comunicação Social; III – Superintendência de Planejamento e Coordenação – SPC/ Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável -; IV – Superintendência de Administração e Finanças: a) Diretoria de Administração; b) Diretoria de Finanças; V – Superintendência de Desenvolvimento Técnico: a) Diretoria de Projetos, Estudos e Pesquisas; b) Diretoria de Articulação Interinstitucional. Parágrafo único – A descrição e a competência das unidades administrativas mencionadas neste artigo serão estabelecidas em decreto. Art. 4º – Integram a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: I – por subordinação: Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –; II – por vinculação: a) Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –; b) Instituto Estadual de Florestas – IEF. Art. 5º – Passa a denominar-se Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Art. 6º – Integram a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia: I – por subordinação: a) Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia – CONECIT –; b) Conselho de Coordenação Cartográfica – CONCAR –; II – por vinculação: a) Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG –; b) Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES –; c) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG –; d) Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC –; (Vide Lei Delegada nº 70, de 29/1/2003.) e) Instituto de Pesos e Medidas do Estado de Minas Gerais – IPEM-MG.

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Art. 7º – A presidência do COPAM passa a ser exercida pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Parágrafo único – A função de Secretaria Executiva do COPAM será exercida pela FEAM até que se cumpra o disposto no art. 10, IV e V, desta lei. Art. 8º – A presidência do Conselho Curador da FEAM passa a ser exercida pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Art. 9º – Passam a ser da competência da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – EMATER-MG – as atividades de fomento à produção relacionadas com o reflorestamento com finalidade industrial e à piscicultura, anteriormente da competência do Instituto Estadual de Florestas – IEF...... Art. 18 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 19 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 06 de setembro de 1995. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.931, de 25/9/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 15/1995 Autoria: Dep. Gilmar Machado – PT Cria a área de preservação permanente da Bacia Hidrográfica do Rio Uberabinha – APP do Rio Uberabinha. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes,aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam declarados área de preservação permanente, sob a denominação de Área de Preservação Permanente da Bacia Hidrográfica do Rio Uberabinha – APP do Rio Uberabinha –, os terrenos que integram essa bacia nos Municípios de Uberlândia e Uberaba. Parágrafo único – A área de que trata o “caput” deste artigo tem seus limites definidos no art. 7º do Decreto nº 33.944, de 18 de setembro de 1992, que regulamenta a Lei nº 10.561, de 27 de dezembro de 1991, nela incluindo-se ainda o campo hidromórfico onde estão inseridos os buritis, as matas ciliares, as veredas, os covoás e os pequenos núcleos remanescentes da cobertura vegetal de cerrado próximos aos limites da área hidromórfica. Art. 2º – A APP do Rio Uberabinha destina-se a:

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I – preservar as nascentes do rio; II – preservar significativa área verde remanescente do cerrado; III – proteger o ecossistema ribeirinho para a manutenção do regime hidrológico; IV – resguardar a feição paisagística formada pelos covoás de cabeceira de drenagem; V – proteger a avifauna, a mastofauna, a herpetofauna, a anurofauna e a fauna ribeirinha em geral; VI – impedir ações de desmatamento, degradação ambiental, drenagem, aterro, obstrução de canais e outras que descaracterizem os ecossistemas da bacia, de forma a resguardá-la do aparecimento de pontos suscetíveis de erosão; VII – estimular a melhoria da qualidade ambiental de áreas circunvizinhas. Art. 3º – Fica proibido na APP do Rio Uberabinha: I – suprimir total ou parcialmente a cobertura vegetal; II – realizar obras que importem ameaça ao equilíbrio ecológico ou que atentem contra os objetivos referidos nos incisos do artigo anterior; III – instalar unidades industriais, realizar obras de terraplenagem, de aterro e demais obras de construção civil ou outras que, de qualquer forma, causem risco de assoreamento do rio; IV – pescar com utilização de instrumentos de emalhar, tais como redes, tarrafas ou assemelhados. Art. 4º – As atividades de fiscalização, supervisão, administração e a definição das condições de manejo da APP do Rio Uberabinha serão estabelecidas em decreto, que especificará o órgão ou a entidade a que compete a sua execução. Art. 5º – O Poder Executivo Estadual regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias. Art. 6º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 25 de setembro de 1995. AGOSTINHO PATRÚS – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 11.936, de 6/10/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 118/1995 Autoria: Dep. Wanderley Ávila – PSDB Cria a área de proteção ambiental da Serra do Lopo – APA Serra do Lopo.

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica declarada área de proteção ambiental a Serra do Lopo, localizada no Município de Extrema, sob a denominação de Área de Proteção Ambiental da Serra do Lopo – APA Serra do Lopo. Art. 2º – A atividade que implicar corte de árvores, devastação de mata nativa, implosão de pedras ou qualquer alteração da paisagem deverá ser precedida de audiência dos órgãos públicos competentes. Parágrafo único – A não-observância do disposto neste artigo implica a imposição das penalidades previstas na legislação específica, sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do infrator. Art. 3º – As atividades de implantação, administração e fiscalização da APA Serra do Lopo serão regulamentadas em decreto, que indicará o órgão responsável por sua execução. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de outubro de 1995. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 11.943, de 16/10/1995 Proposição: Projeto de Lei nº 231/1995 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PL Declara áreas de proteção ambiental as Lagoas Marginais do Rio São Francisco e de seus afluentes e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam declaradas áreas de proteção ambiental, sob a denominação de APA das Lagoas Marginais do Rio São Francisco e de seus Afluentes, as lagoas marginais do Rio São Francisco e de seus afluentes. § 1º – Os benefícios desta Lei abrangem a faixa de 50m (cinqüenta metros) adjacentes ao leito histórico de inundação das lagoas marginais. § 2º – Para efeito do disposto neste artigo, consideram-se lagoas marginais as depressões geomorfológicas ribeirinhas, nesta incluídos os meandros abandonados, suscetíveis de contínuas ou periódicas inundações condicionadas aos fluxos e refluxos das

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águas superficiais e subterrâneas ligadas ao regime hidrológico do Rio São Francisco e de seus afluentes. Art. 2º – A APA das Lagoas Marginais do Rio São Francisco e de seus Afluentes destina-se a: I – proteger ecossistemas ribeirinhos importantes para a manutenção do regime hidrológico; II – promover condições para a reprodução e o desenvolvimento da fauna ictiológica; III – assegurar condições para a proteção da avifauna, da mastofauna, da herpetofauna, da anurofauna e da fauna ribeirinha em geral; IV – impedir ações de drenagem, de aterro, de desmatamento, de obstrução de canais e outras que descaracterizem o escossistema das lagoas marginais; V – oferecer condições para o desenvolvimento do turismo ecológico, da pesca amadora, do lazer e da recreação; VI – resguardar um patrimônio natural com características de elevado valor paisagístico e estimular a melhoria da qualidade ambiental das áreas circunvizinhas. Art. 3º – Ficam proibidas, nas áreas a que se refere o artigo 1º desta Lei: I – a drenagem ou a obstrução dos seus contatos com o rio, para o fluxo e refluxo de suas águas; II – a realização de obras que atentem contra os objetivos referidos no artigo 2º desta Lei; III – a instalação de unidades industriais e a realização de terraplenagem, de aterros e demais obras de construção civil; IV – a pesca profissional ou amadora, com a utilização de redes, tarrafas ou quaisquer outros instrumentos de emalhar. Parágrafo único – A proibição de que trata este artigo não se aplica a obras, atividades, planos e projetos de utilidade pública ou de relevante interesse social, definidos no âmbito do uso múltiplo e sustentável dos recursos hídricos do Rio São Francisco e de seus afluentes, observadas as disposições constitucionais e legais relativas à matéria. Art. 4º – Compete ao órgão responsável pela execução da política ambiental do Estado definir as condições de manejo e de fiscalização da APA das Lagoas Marginais do Rio São Francisco e de seus Afluentes. Art. 5º – O Poder Executivo, por intermédio do órgão estadual competente, providenciará a identificação e o mapeamento das lagoas marginais, no prazo de 1 (um) ano a contar da data de publicação desta Lei. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de outubro de 1995. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 12.188, de 10/6/1996

Proposição: Projeto de Lei nº 727/1996 Autoria: Governador Eduardo Azeredo Altera a denominação e a estrutura orgânica da Secretaria de Estado de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos, extingue cargos e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... Art. 3º – Passam a integrar a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: I – por subordinação: o Conselho Estadual de Recursos Hídricos; II – por vinculação: o Departamento de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais. Parágrafo único – As competências relativas às atividades de recursos hídricos atribuídas à Secretaria de Estado de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos ficam transferidas para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

(Parágrafo com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 12.277, de 15/7/1996.) ...... Art. 7º – Compete à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: I – dar execução à Política Estadual de Recursos Hídricos, em conformidade com o disposto na Lei nº 11.504, de 20 de junho de 1994; II – instituir e administrar o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos; III – administrar a parcela estadual de compensação financeira a que se referem o artigo 2º da Lei Federal nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, e o artigo 1º da Lei Federal nº 8.001, de 13 de março de 1990. Art. 8º – O acervo patrimonial e as dotações orçamentárias da extinta Superintendência de Recursos Hídricos ficam transferidos para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Art. 9º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 10 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 10 de junho de 1996. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 12.277, de 25/7/1996 Proposição: Projeto de Lei nº 857/1996 Autoria: Governador Eduardo Azeredo Autoriza o Poder Executivo a alienar imóveis que especifica e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... Art. 4º – O parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 12.188, de 10 de junho de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º – ...... Parágrafo único – As competências relativas às atividades de recursos hídricos atribuídas à Secretaria de Estado de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos ficam transferidas para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.”. (Vide Lei nº 12.581, de 17/7/1997.) ...... Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 de julho de 1996. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 12.305, de 23/9/1996 Proposição: Projeto de Lei nº 579/1995 Autoria: Dep. Álvaro Antônio – PDT Institui o diploma Amigo dos Rios e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituído o diploma Amigo dos Rios, destinado a homenagear pescadores profissionais ou amadores que se tenham destacado na preservação da ictiofauna do Estado. Art. 2º – A escolha dos agraciados com o diploma Amigo dos rios, a ser concedido anualmente, recairá em nomes constantes em lista elaborada pela unidade da Polícia Militar responsável pela proteção ambiental.

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Art. 3º – A instituição do diploma Amigo dos Rios será divulgada pela imprensa oficial e pelos órgãos e pelas entidades que atuam na área de meio ambiente. Art. 4º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de sua publicação. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 23 de setembro de 1996. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 12.398, de 12/12/1996

Proposição: Projeto de Lei nº 988/1996

Autoria: Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Turismo e Lazer da ALMG

Dispõe sobre o Plano Mineiro de Turismo e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – O Plano Mineiro de Turismo, observado o disposto no artigo 243 da Constituição do Estado, e considerados os objetivos, as diretrizes e as estratégias estabelecidos no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado – PMDI –, reger-se-á pelos seguintes princípios:

I – valorização e preservação do patrimônio histórico-cultural e natural;

......

Art. 2º – O Plano Mineiro de Turismo definirá e orientará a implementação da política estadual para o setor, tendo por objetivos:

......

IV – o aproveitamento turístico dos recursos naturais e culturais que compõem o patrimônio do Estado;

......

Art. 3º – O Estado implementará ações estratégicas para o setor de turismo por meio de programas e projetos desenvolvidos no âmbito das seguintes políticas específicas:

......

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II – proteção e utilização sustentada do patrimônio natural;

......

Art. 10 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua publicação.

Art. 11 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 12 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 11.483, de 7 de junho de 1994, que dispõe sobre o Plano Integrado de Desenvolvimento do Turismo – PLANITUR.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de dezembro de 1996.

EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 12.488, de 9/4/1997

Proposição: Projeto de Lei nº 64/1995

Autoria: Dep. Marcos Helênio – PT

Torna obrigatória a construção de escadas para peixes de piracema em barragem edificada no Estado.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – É obrigatória a construção de escadas para peixes de piracema em barragem a ser edificada em curso de água de domínio do Estado.

Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica quando, em virtude das características do projeto da barragem, a medida for considerada ineficaz, ouvido o Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM.

Art. 2º – As barragens existentes na data da publicação desta Lei deverão ser adaptadas no prazo de 5 (cinco) anos.

Art. 3º – Compete ao COPAM aplicar as penalidades pelo descumprimento desta Lei, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 4º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias.

Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 9 de abril de 1997.

EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 12.503, de 30/5/1997

Proposição: Projeto de Lei nº 537/1995 Autoria: Dep. Paulo Piau – PFL Cria o Programa Estadual de Conservação da Água.

(Vide Inciso VI do art. 3º da Lei nº 15.910, de 21/12/2005.) (Vide art. 3º da Lei nº 13.194, de 29/1/1999.)

O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1º – Fica instituído o Programa Estadual de Conservação da Água, com o objetivo de proteger e preservar os recursos naturais das bacias hidrográficas sujeitas a exploração com a finalidade de abastecimento público ou de geração de energia elétrica. Art. 2º – Para a consecução dos objetivos previstos nesta lei, as empresas concessionárias de serviços de abastecimento de água e de geração de energia elétrica, públicas e privadas, ficam obrigadas a investir, na proteção e na preservação ambiental da bacia hidrográfica em que ocorrer a exploração, o equivalente a, no mínimo, 0,5% (meio por cento) do valor total da receita operacional ali apurada no exercício anterior ao do investimento.

Parágrafo único – Do montante de recursos financeiros a ser aplicado na recuperação ambiental, no mínimo 1/3 (um terço) será destinado à reconstituição da vegetação ciliar ao longo dos cursos de água, nos trechos intensamente degradados por atividades antrópicas. Art. 3º – O descumprimento do disposto nesta lei sujeita o infrator às penalidades previstas nos arts. 26 e 27 da Lei nº 11.504, de 20 de junho de 1994.

Art. 4º – O Poder Executivo indicará o órgão ou a entidade responsável pela fiscalização do cumprimento do disposto nesta lei.

Art. 5º – A empresa concessionária de serviço de abastecimento de água e de energia elétrica na data de publicação desta lei disporá de 180 (cento e oitenta) dias para realizar as adaptações necessárias ao seu cumprimento. Art. 6º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 30 de maio de 1997.

ROMEU QUEIROZ – Presidente da ALMG

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NORMA: LEI Nº 12.581, de 17/7/1997

Proposição: Projeto de Lei nº 1.181/1997 Autoria: Governador Eduardo Azeredo Dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Capítulo I

Disposições Preliminares Art. 1º – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, criada pela Lei nº 11.903, de 6 de setembro de 1995, com as alterações introduzidas pela Lei nº 12.188, de 10 de junho de 1996, e pelo art. 4º da Lei nº 12.277, de 25 de julho de 1996, passa a ser regida por esta lei. (Vide art. 5º da Lei Delegada nº 49, de 2/1/2003.)

(Vide Lei Delegada nº 62, de 29/1/2003.) Art. 2º – A sigla SEMAD equivale à denominação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Art. 3º – A SEMAD atua no âmbito do Estado de Minas Gerais como órgão seccional coordenador do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA –, de acordo com o inciso V do art. 6º da Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, modificado pelo inciso III do art. 1º da Lei Federal nº 7.804, de 18 de julho de 1989, e integra o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, criado pela Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997.

Capítulo II Da Finalidade e da Competência

Art. 4º – A SEMAD tem por finalidade formular e coordenar a política estadual de proteção do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos, bem como articular as políticas de gestão dos recursos ambientais, visando ao desenvolvimento sustentável do Estado. Parágrafo único – Para os efeitos desta lei, recursos ambientais são os recursos bióticos e abióticos existentes no território do Estado, essenciais à manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado e à sadia qualidade de vida da população, compreendendo a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, as florestas, a fauna e a flora.

Art. 5º – Compete à SEMAD:

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I – promover a aplicação da legislação e das normas específicas de meio ambiente e recursos naturais, bem como coordenar e supervisionar as ações voltadas para a proteção ambiental; II – zelar pela observância das normas de preservação, conservação, controle e desenvolvimento sustentável dos recursos ambientais, em articulação com órgãos federais, estaduais e municipais; III – planejar, propor e coordenar a gestão ambiental integrada no Estado, com vistas à manutenção dos ecossistemas e do desenvolvimento sustentável; IV – articular-se com os organismos que atuam na área do meio ambiente e especificamente na área de recursos hídricos, com a finalidade de garantir a execução da política ambiental e de gestão de recursos hídricos do Estado; V – estabelecer e consolidar, em conjunto com órgãos e entidades que atuam na área ambiental, as normas técnicas a serem por eles observadas, coordenando as ações pertinentes; VI – identificar os recursos naturais do Estado essenciais ao equilíbrio do meio ambiente, compatibilizando as medidas preservacionistas e conservacionistas com a exploração racional, conforme as diretrizes do desenvolvimento sustentável; VII – coordenar e supervisionar planos, programas e projetos de proteção de mananciais e de gestão ambiental de bacias hidrográficas; VIII – coordenar e supervisionar as atividades relativas à qualidade ambiental e ao controle da poluição; IX – coordenar e supervisionar as atividades relativas a preservação, conservação e uso sustentável das florestas e da biodiversidade, aí incluídos os recursos ictiológicos; X – coordenar e supervisionar as atividades relativas a preservação, conservação e uso múltiplo e sustentável dos recursos hídricos; XI – coordenar o Zoneamento Ambiental do Estado, em articulação com instituições federais, estaduais e municipais; XII – planejar e coordenar planos, programas e projetos de educação e extensão ambiental; XIII – representar o Governo do Estado no Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA – e em outros conselhos nos quais tenham assento os órgãos ambientais e de gestão dos recursos hídricos das unidades federadas;

XIV – homologar e fazer cumprir as decisões do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH –, observadas as normas legais pertinentes; XV – estabelecer cooperação técnica, financeira e institucional com organismos internacionais e estrangeiros, visando à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável do Estado;

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XVI – propor a formulação da política global do Estado relativa às atividades setoriais de saneamento ambiental e supervisionar a execução na sua área de competência; XVII – planejar e organizar as atividades de controle e fiscalização referentes ao uso dos recursos ambientais do Estado e ao combate da poluição, definidas na legislação federal e estadual. Art. 6º – A SEMAD exercerá as funções de Secretaria Executiva do COPAM e do CERH. Capítulo III Da Estrutura Orgânica

Art. 7º – A SEMAD tem a seguinte estrutura orgânica: I – Gabinete; II – Assessoria de Planejamento e Coordenação – APC: a) Centro de Planejamento e Orçamento; b) Centro de Racionalização e Informação; III – Superintendência de Administração e Finanças: a) Diretoria de Pessoal; b) Diretoria de Contabilidade e Finanças; c) Diretoria Operacional; IV – Superintendência de Política Ambiental: a) Diretoria de Normatização; b) Diretoria de Articulação Institucional; V – Superintendência de Apoio Técnico: a) Diretoria de Estudos e Projetos; b) Diretoria de Zoneamento Ambiental; c) Diretoria de Educação e Extensão Ambiental. Parágrafo único – A competência das unidades administrativas mencionadas neste artigo será estabelecida em decreto. Capítulo IV Dos Órgãos Subordinados e das Entidades Vinculadas Art. 8º – Integram a SEMAD: I – por subordinação: a) Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –; b) Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH –; II – por vinculação:

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a) Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –; b) Instituto Estadual de Florestas – IEF –; c) Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM. (Vide art. 1º da Lei Delegada nº 83, de 29/1/2003.) ...... Capítulo VI Disposições Finais Art. 15 – Os órgãos subordinados e as entidades vinculadas a que se refere o art. 8º fornecerão apoio material e recursos humanos para ações relativas ao funcionamento e ao fortalecimento da SEMAD. Art. 16 – Cada Secretaria de Estado que compõe o COPAM formará um núcleo de gestão ambiental destinado a apoiá-lo e a compatibilizar as políticas públicas setoriais com a proteção do meio ambiente. § 1º – Os componentes dos núcleos de gestão serão indicados pelos respectivos Secretários, por meio de resolução. § 2º – Os núcleos de gestão atuarão, técnica e normativamente, em articulação com a SEMAD, por intermédio da sua Superintendência de Política Ambiental. § 3º – A SEMAD proporá as regras de funcionamento dos núcleos de gestão, que serão aprovadas em decreto. Art. 17 – O policiamento de defesa do meio ambiente, a cargo da Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG –, será exercido, técnica e normativamente, em articulação com a SEMAD. Art. 18 – Os recursos provenientes da compensação financeira pela utilização de recursos hídricos atribuídos ao Estado, de acordo com a Lei Federal nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, serão consignados no orçamento da SEMAD e de entidades vinculadas e aplicados conforme dispuser a Lei do Orçamento do Estado. Art. 19 – As ações descentralizadas da SEMAD, observadas as diretrizes fixadas pela Secretaria, serão desenvolvidas por intermédio de unidades regionais existentes na estrutura administrativa do Poder Executivo, em articulação com o IGAM, a FEAM e o IEF, até a definitiva implantação das Regiões Administrativas previstas no art. 11 da Lei nº 11.962, de 30 de outubro de 1995. Art. 20 – Ficam a SEMAD e as entidades vinculadas autorizadas a credenciar empresa ou profissional de notória especialização para atuar, como perito, em processos de licenciamento ambiental de atividade efetiva ou potencialmente poluidora, em análise de projetos, emissão de pareceres e perícias necessárias para subsidiar o COPAM em decisões de sua competência. Art. 21 – A SEMAD passa a integrar o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, o Conselho Estadual de Energia, o Conselho Estadual de Política Agrícola, o Conselho de

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Industrialização, o Conselho Estadual de Geologia e Mineração, o Conselho Estadual de Saúde, o Conselho de Coordenação Cartográfica, o Conselho Consultivo de Irrigação e Drenagem, o Conselho Estadual de Assistência Social e o Conselho Estadual de Turismo. Art. 22 – Compete à SEMAD representar o Governo do Estado na celebração de convênios, acordos, ajustes e instrumentos similares com órgãos e entidades da administração pública federal, cujo objeto esteja relacionado com a implementação da política nacional de meio ambiente e de gestão de recursos hídricos e com a aplicação da legislação federal pertinente no território do Estado. Art. 23 – O art. 4º da Lei nº 4.612, de 18 de outubro de 1967, alterado pela Lei nº 5.093, de 5 de dezembro de 1968, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º – Para deliberar sobre a execução desta Lei e sobre a concessão do Diploma de Mérito Florestal, fica criada uma Comissão Especial, para escolha dos agraciados, a qual será presidida pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Parágrafo único – A Constituição e as normas de funcionamento da Comissão Especial prevista no “caput” deste artigo serão estabelecidas em decreto.”. Art. 24 – Fica criado o Diploma de Mérito Ambiental, a ser concedido, anualmente, durante as comemorações alusivas à Semana do Meio Ambiente, às pessoas físicas e jurídicas que se tenham destacado por relevantes serviços prestados ao Estado, nas atividades de melhoria do meio ambiente, de proteção dos recursos hídricos e de conservação da natureza. Parágrafo único – Os critérios de escolha dos agraciados serão estabelecidos em decreto...... Art. 28 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 29 – Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, a Lei nº 7.175, de 19 de dezembro de 1977, e o art. 18 e seu parágrafo único da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de julho de 1997. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 12.582, de 17/7/1997 Proposição: Projeto de Lei nº 1.183/1997 Autoria: Governador Eduardo Azeredo Dispõe sobre a reorganização do Instituto Estadual de Florestas – IEF – e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

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Capítulo I Disposições Preliminares Art. 1º – O Instituto Estadual de Florestas – IEF –, autarquia criada pela Lei nº 2.606, de 5 de janeiro de 1962, vincula-se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e rege-se pelas disposições desta lei. (Vide Lei Delegada nº 79, de 29/1/2003.) Parágrafo único – Para os efeitos desta lei, a sigla IEF e os termos autarquia e Instituto equivalem à denominação legal do Instituto Estadual de Florestas. Art. 2º – O IEF integra, no âmbito do Estado e na esfera de sua competência, o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA –, criado pela Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Art. 3º – O IEF é uma autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira, sede e foro na Capital e jurisdição em todo o território do Estado. Capítulo II Da Finalidade e da Competência Art. 4º – O IEF tem por finalidade propor e executar a política florestal do Estado e promover a preservação e a conservação da fauna e da flora, o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis bem como a realização de pesquisas em biomassa e biodiversidade. Art. 5º – Compete ao IEF: I – coordenar, orientar e supervisionar a execução de pesquisas relativas à manutenção do equilíbrio ecológico e à preservação da biodiversidade bem como promover o mapeamento, inventário e monitoramento da cobertura vegetal e da fauna silvestre do Estado e a elaboração da lista atualizada de espécies ameaçadas de extinção; II – administrar unidades de conservação de modo a assegurar a consecução dos objetivos e a consolidação do Sistema Estadual de Unidades de Conservação; III – desenvolver e promover a recomposição da cobertura florestal do Estado, a recuperação de áreas degradadas e o enriquecimento de ecossistemas florestais, mediante o incentivo, a coordenação e a execução de programas de florestamento e reflorestamento e outras ações pertinentes; IV – promover, apoiar e incentivar, em articulação com órgãos afins, o florestamento e o reflorestamento com finalidade múltipla e as ações que favoreçam o suprimento da demanda de matéria-prima de origem vegetal susceptível de exploração, de transformação, de comercialização e de uso, mediante assistência técnica, prestação de serviços, produção, distribuição e alienação de mudas; V – promover o disciplinamento, a fiscalização, o licenciamento e o controle da exploração, utilização e consumo de matérias-primas oriundas das florestas e da

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biodiversidade bem como coordenar e promover ações de prevenção, controle e combate a queimadas e incêndios florestais;

VI – coordenar, orientar, fiscalizar e supervisionar a execução de atividades de preservação, conservação e uso racional dos recursos pesqueiros bem como promover o desenvolvimento de atividades que visem à proteção da fauna ictiológica; VII – coordenar, orientar, fiscalizar e supervisionar a execução das atividades de gestão da fauna no território do Estado, em articulação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama; (Inciso com redação dada pelo art. 18 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.)

VIII – promover a educação ambiental visando à compreensão, pela sociedade, da importância das florestas e da biodiversidade bem como manter sistema de documentação, informação e divulgação dos conhecimentos técnicos relativos a florestas e biodiversidade e dos serviços prestados pela autarquia; IX – apoiar e orientar os municípios, os produtores rurais e os demais setores da sociedade organizada, quanto ao desenvolvimento de ações que visem à preservação e à conservação das florestas e da biodiversidade; X – baixar atos, na forma da lei e na esfera de sua competência, visando à regulamentação e à normatização infralegal bem como aplicar penalidades, multas e demais sanções administrativas, promovendo a arrecadação, a cobrança e a execução de tributos e emolumentos decorrentes de suas atividades; XI – movimentar a conta Recursos Especiais a Aplicar, destinada a arrecadar recursos para a recomposição florestal, a formação de florestas sociais e a implantação de unidades de conservação, nos termos do art. 21 da Lei nº 10.561, de 27 de dezembro de 1991; XII – movimentar a conta Recursos Especiais de Proteção à Fauna Aquática, destinada a arrecadar as receitas previstas na Lei nº 12.265, de 24 de julho de 1996; XIII – atuar junto ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, como órgão seccional de apoio, nas matérias de sua competência; XIV – exercer outras atividades correlatas. Capítulo III Da Organização Art. 6º – O IEF tem a seguinte estrutura orgânica: I – Órgão Colegiado: Conselho de Administração e Política Florestal; II – Unidade de Direção Superior: Diretoria-Geral; III – Unidades Administrativas: a) Gabinete; b) Assessoria de Planejamento e Coordenação;

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c) Assessoria Jurídica; d) Assessoria de Comunicação Social e Educação Ambiental; e) Auditoria Interna; f) Diretoria de Proteção à Biodiversidade: 1) Coordenadoria de Proteção à Vida Silvestre; 2) Coordenadoria de Unidades de Conservação; g) Diretoria de Gestão da Pesca: 1) Coordenadoria de Ordenamento Pesqueiro; 2) Coordenadoria de Recuperação da Ictiofauna; h) Diretoria de Desenvolvimento Florestal Sustentável: 1) Coordenadoria de Fomento e Restauração de Ecossistemas Florestais; 2) Coordenadoria de Manejo Florestal; 3) Coordenadoria de Tecnologia Florestal; i) Diretoria de Monitoramento e Controle: 1) Coordenadoria de Monitoramento; 2) Coordenadoria de Controle e Fiscalização; 3) Coordenadoria de Cadastro e Registro; j) Diretoria de Administração e Finanças: 1) Divisão de Administração; 2) Divisão de Finanças; 3) Divisão de Recursos Humanos; 4) Divisão de Arrecadação; l) 14 (quatorze) Escritórios Regionais. § 1º – A competência das unidades administrativas mencionadas neste artigo será estabelecida em decreto. § 2º – A Diretoria de Desenvolvimento Florestal Sustentável é a sucedânea da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento...... Capítulo IV Do Conselho de Administração e Política Florestal e da Diretoria do IEF Art. 8º – Compete ao Conselho de Administração e Política Florestal do IEF, nos termos da lei: I – estabelecer as normas gerais de administração da autarquia;

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II – aprovar: a) os planos e os programas gerais de trabalho; b) as propostas orçamentária anual e do plano plurianual; c) as propostas de organização administrativa da autarquia; d) as propostas de alteração do quadro de pessoal da autarquia; e) o regimento interno da autarquia; III – definir a sede dos Escritórios Regionais, mediante proposta motivada da direção da autarquia; IV – autorizar a aquisição de bens imóveis e sua alienação; V – decidir recurso contra atos do Diretor-Geral e seus delegados; VI – exercer outras atividades correlatas, na área de sua competência; VII – decidir sobre casos omissos compatíveis com esta lei. Art. 9º – O Conselho de Administração e Política Florestal tem a seguinte composição: I – membros natos: a) o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que é o seu Presidente; b) o Diretor-Geral do IEF, que é o seu Vice-Presidente; c) o Secretário Adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento; d) o Diretor de Administração e Finanças do IEF, que é o seu Secretário; e) o Diretor de Proteção da Biodiversidade do IEF; f) o Diretor de Monitoramento e Controle do IEF; g) o Diretor de Gestão da Pesca do IEF; h) o Diretor de Desenvolvimento Florestal Sustentável do IEF; i) o Assessor-Chefe da Assessoria de Planejamento e Coordenação do IEF; j) o Presidente da Comissão de Agropecuária e Política Rural da Assembléia Legislativa do Estado; II – membros designados: a) 1 (um) representante das entidades civis ambientalistas, por elas indicado em lista tríplice; b) 1 (um) representante de entidade ligada à atividade florestal com finalidade industrial, indicado por seus órgãos representativos, em lista tríplice; c) 1 (um) representante dos servidores do IEF, por eles indicado em lista tríplice; d) 1(um) representante da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais – FAEMG –, por ela indicado;

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e) 1 (um) representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais – FETAEMG –, por ela indicado; f) 1 (um) representante da Sociedade Mineira de Engenheiros Florestais, por ela indicado; g) 2 (dois) membros livremente escolhidos pelo Governador do Estado entre cientistas de notório saber e de destacada atuação na área florestal; h) um representante do Sindicato dos Produtores Energéticos Florestais e Outros Derivados da Madeira do Estado de Minas Gerais – SIND-ENER –, por ele indicado. (Alínea acrescentada pelo art. 74 da Lei nº 14.309, de 19/6/2002.) § 1º – Os membros designados do Conselho e seus suplentes são nomeados pelo Governador do Estado, observada a forma de indicação prevista no inciso II deste artigo. § 2º – O mandato dos membros designados do Conselho de Administração e Política Florestal é de 2 (dois) anos, permitida a recondução por igual período. § 3º – Em caso de vacância do cargo, o suplente de membro designado assumirá a titularidade, devendo ser indicado novo suplente. § 4º – A função de membro do Conselho de Administração e Política Florestal é considerada de relevante interesse público. § 5º – A concessão de diárias a membro do Conselho, quando em viagem de interesse da autarquia, disciplinada no Decreto nº 35.821, de 8 de agosto de 1994, será da responsabilidade do IEF, vedada a sua percepção na repartição de origem, pelo mesmo fato, no caso de servidor de outro órgão ou entidade estadual...... Art. 25 – O art. 6º da Lei nº 11.363, de 29 de dezembro de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6º – Ao contribuinte da Taxa Florestal, de que trata o art. 58 da Lei nº 4.747, de 9 de maio de 1968, que efetuar gastos em projeto relevante e estratégico, previamente aprovado pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – e relacionado com a implementação de política florestal e com a conservação da biodiversidade no Estado, desde que adimplente com as exigências estabelecidas na Lei nº 10.561, de 27 de dezembro de 1991, fica assegurada a redução de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da Taxa Florestal devida. § 1º – A redução a que se refere o “caput” deste artigo aplica-se a gastos em projeto de fomento florestal, no manejo florestal sustentado de florestas nativas susceptíveis de exploração econômica, na regularização fundiária de unidade de conservação estadual administrada pelo IEF, em projeto de recuperação de área degradada, de recomposição de matas ciliares e de conservação da biodiversidade ou a casos de destinação de recursos para aquisição, pelo IEF, de área de relevante interesse ecológico a ser incorporada ao seu patrimônio. § 2º – A realização de gastos em mais de um dos projetos previstos neste artigo não dá direito à redução da taxa além do limite de 25% (vinte e cinco por cento) nele estabelecido.

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§ 3º – Compete ao Conselho de Administração e de Política Florestal do IEF a regulamentação e o estabelecimento de critérios para a concessão do benefício instituído neste artigo.

§ 4º – A redução a que se refere o “caput” deste artigo será concedida para um período de até 12 (doze) meses, permitida a renovação, justificadamente, conforme cronograma de desenvolvimento do projeto previamente aprovado.”.

......

Art. 28 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo os efeitos do art. 24 a 1º de julho de 1997.

Art. 29 – Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, as da Lei nº 10.850, de 4 de agosto de 1992, ressalvados os seus arts. 21, 22 e 23; a Lei nº 10.174, de 31 de maio de 1990; o art. 29 da Lei nº 11.432, de 19 de abril de 1994; os arts. 10, 12 e 14 da Lei nº 11.337, de 21 de dezembro de 1993; e o art. 7º da Lei nº 11.508, de 27 de junho de 1994.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de julho de 1997.

EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 12.583, de 17/7/1997

Proposição: Projeto de Lei nº 1.184/1997

Autoria: Governador Eduardo Azeredo

Dispõe sobre a reorganização da Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM – e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Capítulo I

Disposições Preliminares

Art. 1º – A Fundação Estadual do Meio Ambiente -FEAM –, instituída pelo Decreto nº 28.163, de 6 de junho de 1988, nos termos da Lei nº 9.525, de 29 de dezembro de 1987, entidade com personalidade jurídica de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira, com sede e domicílio na Capital do Estado, vincula-se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

(Vide Lei Delegada nº 73, de 29/1/2003.)

Parágrafo único – Para os efeitos desta Lei, as expressões Fundação e FEAM equivalem à denominação legal da Fundação Estadual do Meio Ambiente.

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Art. 2º – A FEAM integra, no âmbito estadual e na esfera de sua competência, o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA – , criado pela Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Capítulo II Da Finalidade e da Competência Art. 3º – A FEAM tem por finalidade propor e executar a política de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, no que concerne à prevenção à correção da poluição ou da degradação ambiental provocada por atividade poluidora, bem como promover e realizar estudos e pesquisas sobre poluição, qualidade do ar, da água e do solo. Art. 4º – Compete à FEAM: I – pesquisar, monitorar e diagnosticar a poluição ou a degradação ambiental; II – desenvolver pesquisas, estudos, sistemas, normas, padrões, bem como prestar serviços técnicos destinados a prevenir e corrigir a poluição ou a degradação ambiental; III – desenvolver atividades informativas e educativas visando à compreensão, por parte da sociedade, dos problemas ambientais relacionados à poluição ou à degradação ambiental; IV – apoiar os municípios na implantação e no desenvolvimento de sistemas de gestão destinados a prevenir e corrigir a poluição ou a degradação ambiental; V – fiscalizar o cumprimento da legislação de controle da poluição ou da degradação ambiental, podendo aplicar penalidades; VI – atuar em nome do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, nos termos de regulamento, no licenciamento de fonte ou atividade poluidora ou degradadora do meio ambiente; VII – atuar junto ao COPAM como órgão seccional de apoio, nas matérias de sua competência; VIII – exercer outras atividades correlatas. Capítulo III Da Organização Art. 5º – A FEAM tem a seguinte estrutura orgânica: I – Unidade Colegiada: – Conselho Curador;

II – Unidade de Direção Superior: – Presidência; III – Unidades Administrativas:

a) Gabinete; b) Assessoria Jurídica;

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c) Assessoria de Educação e Extensão Ambiental; d) Assessoria de Planejamento e Coordenação; e) Diretoria de Atividades Industriais e Minerárias: 1) Divisão de Indústria Química e Alimentícia; 2) Divisão de Indústria Metalúrgica e de Minerais Não Metálicos; 3) Divisão de Extração de Minerais Metálicos; 4) Divisão de Extração de Minerais Não Metálicos; f) Diretoria de Atividades de Infra-Estrutura: 1) Divisão de Saneamento; 2) Divisão de Projetos Urbanísticos e Infra-Estrutura de Transporte; 3) Divisão de Infra-Estrutura de Energia e Irrigação; g) Diretoria de Qualidade Ambiental: 1) Divisão de Avaliação e Planejamento Ambiental; 2) Divisão de Qualidade da Água e do Solo; 3) Divisão de Qualidade do Ar; 4) Divisão de Normas e Padrões; h) Diretoria de Administração e Finanças: 1) Divisão de Recursos Humanos; 2) Divisão de Contabilidade e Finanças; 3) Divisão Administrativa; 4) Divisão de Documentação e Informação. § 1º – A competência das unidades administrativas previstas neste artigo será estabelecida no estatuto da Fundação, aprovado em decreto. § 2º – Os cargos de Presidente, Diretor, Chefe de Gabinete e Assessor-Chefe são de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado. Seção I Do Conselho Curador Art. 6º – Ao Conselho Curador da FEAM, unidade colegiada de direção superior da Fundação, compete: I – definir as normas gerais de administração da Fundação, tendo em vista seus objetivos e suas áreas de atividades; II – deliberar sobre o plano de ação e o orçamento anual; III – deliberar sobre a prestação de contas anual da Fundação;

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IV – orientar a política patrimonial e financeira da Fundação; V – decidir, em última instância, recursos interpostos contra decisões da Presidência e da Diretoria, em matéria de ordenamento interno da Fundação; VI – propor ao Governador do Estado alterações no estatuto da Fundação; VII – elaborar o seu regimento interno. Art. 7º – O Conselho Curador da FEAM tem a seguinte composição: I – membros natos: a) Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que é o seu Presidente: b) Presidente da FEAM, que é o seu Vice-Presidente; c) Diretor de Administração e Finanças, que é o seu Secretário; d) Diretor de Atividades Industriais e Minerárias; e) Diretor de Atividades de Infra-Estrutura; f) Diretor de Qualidade Ambiental; II – membros designados: a) 2 (dois) representantes das entidades civis ambientalistas, por elas indicados em lista sêxtupla; b) 2 (dois) representantes das entidades, de âmbito estadual, representativas de setores econômicos, indicados em lista sêxtupla; c) 1 (um) representante dos servidores da Fundação, por eles indicado em lista tríplice § 1º – Os membros designados do Conselho e seus suplentes são nomeados pelo Governador para mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução por igual período. § 2º – A função de membro do Conselho Curador é considerada de relevante interesse público. Art. 8º – O Presidente do Conselho terá direito, além de voto comum, ao de qualidade. Art. 9º – O Conselho Curador reunir-se-á, ordinariamente, conforme o estabelecido em regimento e, extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente ou por solicitação de pelo menos metade de seus membros...... Art. 24 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art.25 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o art. 2º, o § 4º do art. 3º, o art. 6º, o inciso I do art. 7º e os arts. 8º, 9º e 10 da Lei nº 9.525, de 29 de dezembro de 1987. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de julho de 1997. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 12.584, de 17/7/1997 Proposição: Projeto de Lei nº 1.180/1997 Autoria: Governador Eduardo Azeredo Regulamentação Total: Decreto nº 43.371, de 5/6/2006 Decreto nº 44.814, de 16/5/2008 Altera a denominação do Departamento de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais – DRH-MG – para Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM –, dispõe sobre sua reorganização e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Capítulo I Disposições Preliminares Art. 1º – O Departamento de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais – DRH-MG –, autarquia estadual de que tratam a Lei nº 9.528, de 29 de dezembro de 1987, e o art. 3º da Lei nº 12.188, de 10 de junho de 1996, vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, passa a denominar-se Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM –, regendo-se por esta Lei. Parágrafo único – Para os efeitos desta Lei, a sigla IGAM e a palavra autarquia equivalem à denominação legal do Instituto Mineiro de Gestão das Águas. Art. 2º – O IGAM integra, no âmbito do Estado e na esfera de sua competência, o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA –, criado pela Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, instituído pela Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Art. 3º – O IGAM é uma autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira, sede e foro na Capital e jurisdição em todo o território do Estado. Capítulo II Da Finalidade e da Competência Art. 4º – O IGAM tem por finalidade: I – propor e executar diretrizes relacionadas à gestão das águas no território mineiro e à política estadual de recursos hídricos; II – programar, coordenar, supervisionar e executar estudos que visem à elaboração e à aplicação dos instrumentos de gestão das águas e da política estadual de recursos hídricos; III – promover, avaliar, incentivar e executar estudos e projetos de proteção e conservação das águas, visando a sua utilização racional integrada e seu aproveitamento múltiplo.

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Art. 5º – Compete ao IGAM : I – propor e executar diretrizes relativas à proteção das águas; II – executar a política estadual de recursos hídricos e a do meio ambiente, estabelecidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável-SEMAD–, por intermédio do Conselho Estadual de Recursos Hídricos-CERH- e do Conselho Estadual de Política Ambiental-COPAM –; III – desenvolver, em cooperação com órgãos e entidades encarregados de implementar a política estadual de recursos hídricos, as funções técnicas e administrativas necessárias à utilização racional das bacias hidrográficas do Estado, objetivando o seu aproveitamento múltiplo; IV – incentivar e prestar apoio técnico à criação e à implantação de Comitês e Agências de Bacias Hidrográficas; V – atuar, junto ao COPAM, como órgão seccional de apoio, nas matérias de sua competência; VI – analisar, preparar e fornecer ao órgão competente parecer técnico e conclusivo quanto aos processos relativos à outorga de direito de uso das águas estaduais e federais, no caso destas últimas mediante convênio com os órgãos e as entidades correspondentes; VII – exercer a fiscalização e o controle da utilização dos recursos hídricos no Estado; VIII – coordenar tecnicamente a elaboração dos Planos Diretores de Recursos Hídricos; IX – programar, implantar e operar as redes hidrometeorológica e sedimentométrica do Estado; X – proceder à avaliação da rede de monitoramento da qualidade das águas no Estado; XI – orientar a elaboração e acompanhar a aprovação e o controle da execução de planos, estudos, projetos, serviços e obras na área de recursos hídricos, bem como participar de sua elaboração, quando desenvolvidos por órgãos conveniados; XII – proporcionar, na área de sua competência, assistência técnica aos municípios e aos demais segmentos da sociedade; XIII – desenvolver atividades informativas e educativas, visando à divulgação do conhecimento e à compreensão, pela sociedade, dos problemas ambientais, com ênfase na questão da utilização e da preservação do recurso natural da água; XIV – conceder, na ausência do Comitê de Bacia Hidrográfica, a outorga do direito de uso das águas para empreendimentos causadores de impacto ambiental, ressalvados os de grande porte e potencial poluidor; XV – exercer outras atividades correlatas. Art. 6º – As ações descentralizadas do IGAM, observadas as diretrizes fixadas pela SEMAD, serão estabelecidas, em nível regional, por intermédio dos Comitês de Bacias Hidrográficas, em articulação com a Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM – e o Instituto Estadual de Florestas – IEF.

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Capítulo III Da Organização Art. 7º – O IGAM tem a seguinte estrutura orgânica: I – Órgão Colegiado: – Conselho de Administração; II – Unidade de Direção Superior: – Diretoria-Geral; III – Unidades Administrativas: a) Gabinete; b) Assessoria de Planejamento e Coordenação; c) Assessoria Jurídica; d) Assessoria de Educação e Extensão Ambiental; e) Diretoria de Administração e Finanças: 1) Divisão Contábil-Financeira; 2) Divisão Administrativa; 3) Divisão de Recursos Humanos; f) Diretoria de Controle das Águas: 1) Divisão de Cadastramento e Outorga; 2) Divisão de Hidrometeorologia; 3) Divisão de Ordenamento de Bacias; g) Diretoria de Desenvolvimento Hídrico: 1) Divisão de Tecnologias de Oferta Hídrica; 2) Divisão de Tecnologias de Prevenção de Cheias. § 1º – Os cargos de Diretor-Geral, Diretor, Chefe de Gabinete e Assessor-Chefe são de provimento em comissão e de recrutamento amplo, observado o disposto no parágrafo único do art. 23 da Constituição do Estado. § 2º – A competência das unidades administrativas mencionadas neste artigo será estabelecida em decreto. § 3º – A Diretoria de Desenvolvimento Hídrico, a que se refere a alínea “g” do inciso III deste artigo, é resultante da transformação da Diretoria Técnica de que trata o art. 9º da Lei nº 9.528, de 29 de dezembro de 1987...... Art. 24 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ressalvado o disposto no § 2º do art. 22.

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Art. 25 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 9.528, de 29 de dezembro de 1987, e o inciso III do art. 7º da Lei nº 10. 635, de 16 de janeiro de 1992. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de julho de 1997. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 12.589, de 24/7/1997 Proposição: Projeto de Lei nº 517/1995 Autoria: Dep. Miguel Martini – PSDB Dispõe sobre a instalação e o funcionamento de unidades lavadoras de batatas e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A instalação e o funcionamento de unidades lavadoras de batatas dependem de licenciamento pelo órgão estadual responsável pela política ambiental, sem prejuízo da devida autorização municipal. Art. 2º – A qualidade das águas a serem utilizadas no processo de lavação de batatas deve atender aos parâmetros estabelecidos para a Classe 2, nos termos da Deliberação Normativa nº 10, de 16 de dezembro de 1986, do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM. Art. 3º – Sem prejuízo da fiscalização pelo poder público, as unidades lavadoras das batatas e as demais fontes poluidoras de água deverão proceder, em laboratório oficial ou autorizado pelo órgão ambiental competente, à análise das águas utilizadas no processo. § 1º – A periodicidade das análises será estabelecida pelo órgão ambiental competente. § 2º – As despesas decorrentes do cumprimento do disposto neste artigo correrão a expensas do proprietário da fonte poluidora. Art. 4º – As unidades lavadoras instaladas até a data de publicação desta Lei têm o prazo de 120 (cento e vinte) dias para se adaptarem às exigências desta Lei. Art. 5º – A infração ao disposto nesta Lei sujeita o infrator às penalidades previstas nos artigos 15 e 16 da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980. Art. 6º – O poder público desenvolverá campanhas de esclarecimento junto à população sobre as vantagens do consumo de batatas escovadas, em substituição às lavadas. Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 24 de julho de 1997. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 12.596, de 30/7/1997 Proposição: Projeto de Lei nº 865/1996 Autoria: Comissão de Agropecuária e Política Rural da ALMG Regulamentação Total: Decreto nº 39.569, de 5/5/1998 Dispõe sobre a ocupação, o uso, o manejo e a conservação do solo agrícola e dá outras providências. (Vide Lei nº 15.697, de 25/7/2005.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O solo agrícola é bem de interesse comum a todos os habitantes do Estado, cabendo ao poder público disciplinar o seu uso, ocupação e conservação. Parágrafo único – O proprietário de fração do solo agrícola é o responsável direto por sua conservação e pela otimização de sua exploração econômica. Art. 2º – Para os efeitos desta Lei, considera-se solo agrícola a camada superficial da crosta terrestre adequada à exploração agrossilvipastoril e à conservação de recursos naturais, sobretudo dos recursos hídricos. Art. 3º – Compete ao Poder Executivo, por meio de órgão colegiado interinstitucional, com participação paritária do poder público e da sociedade civil: I – definir a política estadual de conservação de solos; II – aprovar o Plano Estadual de Manejo e Conservação de Solos; III – estabelecer diretrizes para a criação de comissões regionais e municipais de conservação de solos; IV – definir regiões prioritárias para a conservação de solos e identificar áreas de risco de erosão e desertificação e de preservação de mananciais, com vistas à sua recuperação e proteção; V – sugerir medidas de incentivo à implementação de planos de manejo e conservação de solos e de recuperação de solos degradados; VI – recomendar a tecnologia e o sistema de produção vegetal e animal a serem adotados em cada região prioritária; VII – julgar os recursos apresentados, conforme o disposto no § 1º do art. 7º desta Lei. Art. 4º – A utilização do solo agrícola, nas áreas consideradas prioritárias ou de risco, nos termos do inciso IV do art. 3º desta Lei, fica condicionada à aprovação de plano técnico de manejo elaborado conforme as recomendações do órgão responsável pela condução da política de conservação do solo no Estado. § 1º – O plano técnico a que se refere o “caput” deste artigo será elaborado por profissional legalmente habilitado.

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§ 2º – Será assegurada assistência técnica gratuita para a elaboração do plano técnico de manejo de área explorada sob regime de agricultura familiar, com recomendação de tecnologia compatível com sua realidade socioeconômica e ambiental.

Art. 5º – Para o planejamento do uso adequado do solo agrícola, a unidade de referência será a sub-bacia hidrográfica, independentemente das divisas ou dos limites das propriedades rurais. Art. 6º – O Poder Executivo criará, na estrutura de órgão ou entidade ligada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de publicação desta Lei, serviço específico de conservação de solos, com a finalidade de: I – identificar áreas de risco iminente de erosão e desertificação e de degradação de mananciais, estabelecendo critérios técnicos de recuperação e preservação; II – elaborar o Plano Estadual de Manejo e Conservação de Solos; III – desenvolver programas de treinamento em uso, manejo e conservação de solos para técnicos, agricultores e trabalhadores rurais; IV – levantar, sistematizar e divulgar as tecnologias existentes, bem como as experiências desenvolvidas, em especial as que se adaptem às condições ecológicas e socioeconômicas das áreas de exploração sob regime de agricultura familiar; V – realizar programas educativos sobre uso, manejo e conservação de solos; VI – implantar redes de monitoramento da qualidade dos solos;

VII – fiscalizar a utilização do solo agrícola, com base no plano técnico específico. Parágrafo único – O Plano Estadual de que trata o inciso II deste artigo será elaborado no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da publicação desta Lei e será revisto a cada 3 (três) anos. Art. 7º – O descumprimento do disposto nesta lei, conforme a natureza e o grau da infração, a extensão do dano, a área ou a região de ocorrência, sujeita o infrator às seguintes penalidades: I – advertência; II – multa de 2 (duas) a 10.000 (dez mil) Unidades Fiscais de Referência – UFIRs –, a ser calculada nos termos do decreto regulamentador; III – suspensão do acesso aos benefícios dos programas de apoio mantidos pelo poder público estadual. § 1º – Das penalidades definidas no “caput” deste artigo caberá recurso ao órgão colegiado mencionado no art. 3º desta lei. § 2º – A aplicação das penalidades previstas neste artigo será precedida de ação educativa, garantida a assistência técnica gratuita à agricultura familiar.

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Art. 8º – A obra realizada pelo poder público ou por seu delegatário em propriedade rural particular obedecerá a um plano de controle de erosão e de suas consequências, sem prejuízo do estipulado no Estudo de Impacto Ambiental – EIA – e no Relatório de Impacto Ambiental – RIMA -, previstos por lei.

Parágrafo único – O plano de controle a que se refere o “caput” deste artigo conterá previsão de indenização ao proprietário, em caso de dano decorrente da obra executada em sua propriedade. Art. 9º – Ao profissional legalmente habilitado, quando comprovadamente em serviço de coleta e análise de dados para fins científicos ou de diagnóstico do meio natural, será concedida licença para coletar material, experimentar tratamentos de solos e promover escavações. Art. 10 – Os programas de assentamento destinados à agricultura familiar e os de colonização seguirão plano de manejo e conservação de solo que será elaborado e terá sua execução assistida pelo órgão responsável pelo programa. Art. 11 – A recuperação de área em processo adiantado de degradação ou desertificação é de responsabilidade do causador do dano. § 1º – O poder público estadual ou municipal, mediante consentimento do proprietário ou autorização judicial, poderá, nos casos em que o responsável pelo dano se recuse a fazê-lo, executar as obras necessárias à recuperação da área degradada, independentemente de desapropriação. § 2º – As despesas decorrentes das obras de recuperação de que trata o parágrafo anterior serão cobradas daquele que causou o dano, na forma do regulamento desta Lei, assegurada à agricultura familiar linha de crédito específica para o financiamento das obras. § 3º – A área recuperada que não apresente condições de aproveitamento agrícola será declarada de preservação permanente pelo poder público, que estabelecerá as restrições a seu uso. Art. 12 – As práticas e os procedimentos necessários ao cumprimento desta lei, consoante o plano técnico específico, terão prioridade nas linhas de financiamento das entidades oficiais de crédito, bem como naquelas cuja liberação dependa de ação do poder público estadual. Art. 13 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias contados de sua publicação. Art. 14 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 15 – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de julho de 1997.

EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 12.627, de 6/10/1997 Proposição: Projeto de Lei nº 1.253/1997 Autoria: Dep. Geraldo Rezende – PMDB Altera o art. 3º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, que dispõe sobre a proteção contra poluição sonora no Estado. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O inciso II do art. 3º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º ...... II – produzidos por veículos sonoros, aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza utilizados em pregões, anúncios ou propagandas, nas vias públicas, nos domingos e feriados, de 0 (zero) a 24 (vinte e quatro) horas, e, nos dias úteis, das 20 (vinte) às 9 (nove) horas e das 11 (onze) às 14 (quatorze) horas, na forma estabelecida em regulamento.”. Art. 2º – O art. 3º da Lei nº 7.302, de 21 de julho de 1978, fica acrescido do seguinte § 1º, passando seu parágrafo único a vigorar como § 2º: “Art. 3º – ...... § 1º – O cadastramento dos interessados na veiculação das mensagens a que se refere o inciso II deste artigo, bem como o controle e a fiscalização do cumprimento das disposições nele contidas poderão ser disciplinados pelos municípios.”. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de outubro de 1997. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: RESOLUÇÃO DA ALMG Nº 5.176, de 6/11/1997 Proposição: Projeto de Resolução nº 1.077/1996 Autoria: Mesa da ALMG Contém o Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais aprovou e eu promulgo a seguinte resolução: ......

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CAPÍTULO II Das Comissões Permanentes Seção I Da Denominação e da Competência Art. 101 – São as seguintes as comissões permanentes: ...... VIII – de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; (Inciso com redação dada pelo art. 4º da Resolução da ALMG nº 5.322, de 22/12/2008.) ...... Art. 102 – São matérias de competência das comissões permanentes, observado o disposto no art. 100, especificamente: ...... VIII – da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: (Inciso com redação dada pelo art. 5º da Resolução da ALMG nº 5.322, de 22/12/2008.) a) a política e o direito ambientais; b) a preservação da biodiversidade; c) a proteção, a recuperação e a conservação dos ecossistemas; d) o controle da poluição e da degradação ambientais; e) a proteção da flora, da fauna e da paisagem; f) a educação ambiental; g) os aspectos climáticos (Alínea com redação dada pelo art. 5º da Resolução da ALMG nº 5.322, de 22/12/2008.) ...... Art. 319 – Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, exceto o art. 66; o § 4º do art. 67; os §§ 4º, 5º e 6º do art. 71; e os arts. 75, 286, 287 e 313 que vigorarão a partir de 1º de fevereiro de 1999. (Artigo renumerado pelo art. 2º da Resolução da ALMG nº 5.183, de 14/7/1998). Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 6 de novembro de 1997. ROMEU QUEIROZ – Presidente da ALMG.

NORMA: LEI Nº 12.702, de 23/12/1997 Proposição: Projeto de Lei nº 1.166/1997 Autoria: Dep. João Leite – PSDB

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Autoriza o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais – DER-MG – a retirar vegetação das faixas de domínio de rodovia e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais – DER-MG –, ouvido o Instituto Estadual de Florestas – IEF –, autorizado a retirar, das faixas de domínio de rodovia estadual sob sua administração, a vegetação que represente risco de acidente para condutores e passageiros de veículos automotores. § 1º – A retirada da vegetação nos termos deste artigo será feita de acordo com as normas técnicas aprovadas pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM. § 2º – A implantação e a retirada de vegetação nas faixas de domínio de rodovia obedecerão a critérios técnicos de segurança no trânsito. Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 4.734, de 2 de maio de 1968. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 23 de dezembro de 1997. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 12.708, de 29/12/1997 Proposição: Projeto de Lei nº 1.452/1997 Autoria: Governador Eduardo Azeredo Dispõe sobre o Programa de Fomento ao Desenvolvimento das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte do Estado de Minas Gerais – Micro Geraes –, estabelece tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, creditício e de desenvolvimento empresarial a elas aplicáveis e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: (Vide art. 33 da Lei nº 13.437, de 30/12/1999.) Capítulo I Do Programa de Fomento ao Desenvolvimento das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Art. 1º – Fica criado o Programa de Fomento ao Desenvolvimento das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte do Estado de Minas Gerais – Micro Gerais –, que assegura

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a elas tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, creditício e de desenvolvimento empresarial, conforme estabelecido nesta lei......

Capítulo VII

Do Desenquadramento

Art. 16 – Perderá a condição de microempresa ou de empresa de pequeno porte aquela que:

......

V – praticar ato ou realizar atividade considerados lesivos ao meio ambiente, sem prejuízo da obrigação de reparar o dano causado e das cominações legais cabíveis;

......

§ 5º – Nas hipóteses previstas nos incisos IV a VIII, o desenquadramento será determinado de ofício e retroagirá à data da prática da infração, sem prejuízo de outras medidas de fiscalização e, se for o caso, da ação penal cabível.

......

Art. 40 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de sua publicação.

Art. 41 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 1998.

Art. 42 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente as da Lei nº 10.992, de 29 de dezembro de 1992, ressalvadas as disposições relativas ao tratamento diferenciado e simplificado dispensado ao microprodutor rural e ao produtor rural de pequeno porte, que permanecem em vigor.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de dezembro de 1997.

EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 12.812, de 28/4/1998

Proposição: Projeto de Lei nº 1.089/1997

Autoria: Dep. Ivo José – PT Regulamenta o parágrafo único do art. 194 da Constituição do Estado, que dispõe sobre a assistência social às populações de áreas inundadas por reservatórios, e dá outras providências.

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do art. 70, § 8º, da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1º – O Estado prestará assistência social às populações de áreas inundadas por reservatório destinado ao aproveitamento econômico de recursos hídricos, nos termos desta lei, sem prejuízo da assistência social assegurada pela legislação em vigor. (Vide inciso I do art. 61 da Lei nº 14.684, de 30/7/2003.) Parágrafo único – A assistência social será prestada àqueles que habitem imóvel rural ou urbano desapropriado, bem como aos que nele exerçam qualquer atividade econômica, aí incluídos comerciantes, posseiros, assalariados, parceiros, arrendatários, meeiros e assemelhados. Art. 2º – Para a consecução do disposto no art. 1º desta lei, fica criado o Programa de Assistência às Populações Atingidas pela Construção de Barragens – PRÓ-ASSISTE –, ao qual compete: I – prestar assistência jurídica, entre outras ações, no acompanhamento das negociações com o empreendedor, relativas ao reassentamento e à desapropriação; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 15.012, de 15/1/2004.) II – prestar assistência psicológica e atendimento médico, odontológico e hospitalar; III – garantir à criança e ao adolescente o direito à educação básica, em escola pública, conforme o art. 21 da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, sem lapso de continuidade na prestação do serviço; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 15.012, de 15/1/2004.) IV – abrir linhas de financiamento para o desenvolvimento de atividades produtivas; V – prestar assistência técnica e agrícola e oferecer cursos de capacitação e aprimoramento no manejo e na gestão de atividades agrícolas e de atividades diagnosticadas como potencialmente adequadas à exploração econômica do reservatório, tais como turismo, hotelaria, piscicultura, entre outras; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 15.012, de 15/1/2004.) VI – fornecer transporte aos moradores das áreas atingidas, para que possam participar de audiência pública destinada à análise e à exposição de planos de assistência social e de estudos ambientais; VII – elaborar material informativo, de fácil compreensão, sobre os direitos e deveres dos empreendedores públicos e privados e da população das áreas atingidas. Art. 3º – Para fins da consecução dos objetivos previstos nesta lei, incumbe ao Conselho Estadual de Assistência Social – CEAS –, criado pela Lei nº 12.262, de 23 de julho de 1996, entre outras atribuições: I – aprovar os planos de assistência social elaborados pelos empreendedores; II – determinar estudos de alternativas aos planos de assistência social;

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III – compatibilizar o PRÓ-ASSISTE com as normas e diretrizes estabelecidas nesta lei; IV – fazer ampla divulgação dos pedidos de licenciamento para a construção de barramentos junto à população dos municípios a serem atingidos; V – fiscalizar a implantação dos planos de assistência social; VI – responder a consultas, orientando os empreendedores e o público em geral sobre os programas de assistência social de que trata esta lei. Parágrafo único – Para os fins previstos nos incisos I, II e III deste artigo, fica assegurado à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais – FETAEMG – e a entidade representativa das comunidades atingidas, legalmente organizada, o direito de manifestar-se perante o CEAS. Art. 4º – Constituem recursos do PRÓ-ASSISTE: I – as dotações consignadas no orçamento do Estado e os créditos adicionais; II – os recursos repassados pelo empreendedor para custear atividades sob sua responsabilidade; (Inciso com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 15.012, de 15/1/2004.) III – os recursos provenientes de ajustes, convênios e outros instrumentos congêneres firmados pelo Estado com órgãos e entidades da União e dos municípios; IV – outros recursos. Art. 5º – A concessão de licenciamento ambiental aos empreendimentos públicos ou privados de aproveitamento hídrico de que trata esta lei depende da apresentação de estudos ambientais que incluam plano de assistência social aprovado pelo CEAS. § 1º – A licença de instalação – LI – fica condicionada à aprovação do plano de assistência social apresentado pelo empreendedor. § 2º – A licença de operação – LO – fica condicionada à comprovação, pelo CEAS, da implantação do plano de assistência social. Art. 6º – O plano de assistência social de responsabilidade do empreendedor público ou privado, a que se refere o artigo anterior, terá como diretrizes: I – o cadastramento de todos os atingidos, levando em conta, no mínimo, as relações de propriedade e de trabalho e o grau de instrução; II – o levantamento da área das propriedades atingidas, relacionando-se benfeitorias, máquinas, implementos e outros bens de valor econômico nelas existentes; III – a garantia de reposição dos bens expropriados em espécie ou em bens equivalentes; IV – o reassentamento, por opção dos atingidos, incluindo-se aqueles que se dedicam à agricultura familiar, mesmo quando exercida em terrenos de terceiros, observadas: a) a localização preferencial do reassentamento no mesmo município ou na mesma região do empreendimento;

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b) a participação voluntária de comissão representativa dos atingidos na escolha de área para reassentamento. Art. 7º – Mediante solicitação, o órgão responsável pela política de destinação de terras públicas e devolutas dará suporte administrativo e técnico ao CEAS na análise dos planos de assistência social aos atingidos por inundações, apresentados pelos empreendedores públicos ou privados. Art. 8º – É obrigatória a realização de audiência pública para a exposição e análise do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental – EIA-RIMA – dos empreendimentos de que trata esta lei, respeitado o sigilo comercial e industrial. Parágrafo único – Serão enviadas pelo órgão ambiental responsável, com antecedência de, no mínimo, 45 (quarenta e cinco) dias da realização da audiência pública, cópias do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA – para as Prefeituras, Câmaras de Vereadores e entidade legalmente constituída que represente os trabalhadores atingidos. Art. 9º – O Estado poderá firmar convênio, ajuste ou outros instrumentos congêneres com órgãos e entidades da União, dos Estados e dos municípios, objetivando a execução do programa de reassentamento. Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 28 de janeiro de 1998. ROMEU QUEIROZ – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 13.047, de 17/12/1998 Proposição: Projeto de Lei nº 1.186/1997 Autoria: Dep. Raul Lima Neto – PPB Dispõe sobre o uso racional do cerrado nativo ou em estágio secundário de regeneração. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A exploração do cerrado nativo primário ou em estágio secundário de regeneração, considerado por lei susceptível de corte ou de utilização para fim específico de carvoejamento, somente poderá ser feita com base em Plano de Manejo Florestal elaborado para esse fim. (Vide Lei nº 13.965, de 27/7/2001.) Art. 2º – Respeitadas as áreas de preservação permanente e a reserva legal, a exploração de área de cerrado superior a 100 ha (cem hectares), para uso alternativo do solo na

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agricultura, fica condicionada à aprovação de plano de desmatamento e projeto específicos, nos quais será prevista a preservação de, no mínimo, 2% (dois por cento) de vegetação de cerrado, nativa ou secundária, e, em sua falta, a implantação, nessa mesma proporção, de faixas ou aglomerados de plantio correspondente, intercalados com a cultura a ser desenvolvida. Art. 3º – A ação ou omissão que contrarie o disposto nos artigos 1º e 2º desta Lei constitui infração administrativa e, sem prejuízo da legislação em vigor, sujeita os infratores às seguintes sanções, que poderão ser cumulativas: I – multa de 1 (uma) a 100 (cem) Unidades Fiscais de Referência – UFIRS – por hectare ou fração, calculada de acordo com: a) a natureza da infração, seu grau, espécie e extensão; b) a área e a região da ocorrência; c) o volume, o peso, a unidade, a quantidade, a finalidade e o valor ecológico do objeto da infração;

d) os valores envolvidos; e) a área total e as características da propriedade; f) o nível de esclarecimento do infrator e a sua sensibilidade à autuação; g) a exigência de reposição ou reparação relativas ao ato; h) o dolo ou a culpa do infrator; i) a proposta ou o projeto de reparação; II – embargo da atividade; III – reparação ambiental e replantio. Art. 4º – O disposto nesta Lei não elide a aplicação da legislação florestal e de meio ambiente, no que couber.

Art. 5º – O Poder Executivo criará, no prazo de 180 (cento e oitenta dias) contados da data de publicação desta Lei, linha de crédito para incentivo às atividades de manejo, fomento, pesquisa e plantio de essências nativas do cerrado. Art. 6º – Compete ao Instituto Estadual de Florestas – IEF – assegurar o cumprimento do disposto nesta Lei. Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de dezembro de 1998. EDUARDO AZEREDO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 13.162, de 20/1/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 1.596/1998 Autoria: Dep. Ronaldo Vasconcellos – PL

Dispõe sobre a composição da frota oficial de veículos do Estado e estabelece incentivo fiscal. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1° – A frota oficial de veículos do Estado será composta preferencialmente por unidades movidas a combustível proveniente de fonte renovável. Parágrafo único – Será permitida ao Estado a aquisição de veículo movido por combustível proveniente de fonte não renovável, excepcionalmente, em momentos de baixa oferta das unidades a que se refere o “caput” deste artigo. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 14.558, de 30/12/2002.) (Vide Lei nº 15.976, de 13/1/2006.) Art. 2º – Na locação de veículos leves para uso oficial, o Estado dará preferência aos movidos a combustível de fonte renovável. Art. 3° – Na concessão de incentivo fiscal ou subvenção econômica a pessoa física para aquisição de veículo leve, será observada a política de incentivo à aquisição de carro movido a álcool ou outro combustível de fonte renovável. § 1° – É dispensada a observância da política a que se refere o “caput” deste artigo: I – se a compra for efetuada por portador de deficiência física; II – se o mercado não oferecer veículo com capacidade de motorização de até 1.000cm³ (mil centímetros cúbicos) movido a combustível proveniente de fonte renovável. § 2° – Inexistindo a oferta necessária de veículos de fonte renovável e em casos especiais, poderá ser autorizada, mediante fundamentação, a concessão de incentivo fiscal e subvenção econômica para a aquisição de veículo movido a combustível de outras fontes. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 14.558, de 30/12/2002.) Art. 4º – (Vetado). Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de janeiro de 1999. – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 13.173, de 20/1/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 1.384/1997 Autoria: Dep. Baldonedo Napoleão – PSDB Regulamentação Total: Decreto nº 41.205, de 8/8/2000 Dispõe sobre o Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real, a ser criado pelo Poder Executivo, obedecerá ao disposto nesta Lei. Parágrafo único – Para os efeitos desta Lei, consideram-se Estrada Real os caminhos e suas variantes construídos nos séculos XVII, XVIII e XIX, no território do Estado. Art. 2º – São objetivos do Programa: I – possibilitar o incremento da arrecadação do Estado e dos municípios mineiros; II – incentivar o investimento privado no território do Estado; III – promover a alteração do perfil de distribuição de renda e elevar o nível de emprego da população do interior do Estado; IV – promover e divulgar a atividade turística interna e de lazer no Estado; V – resgatar, preservar e revitalizar os pontos de atração turística e de lazer já existentes, bem como os sítios arqueológicos, espeleológicos e palenteológicos e as paisagens naturais não exploradas, interligados pela Estrada Real. Art. 3º – Compete ao Poder Executivo a administração e a gerência do Programa, nos termos das leis nºs 12.396 e 12.398, ambas de 12 de dezembro de 1996. § 1º – Fica assegurada a participação de representantes de instituições ou entidades ligadas à historiografia, ao turismo, ao meio ambiente e a outras atividades afins no planejamento, na execução e na fiscalização do disposto nesta Lei. § 2º – A Empresa Mineira de Turismo – TURMINAS –, órgão gestor do Programa, definirá a forma de participação dos representantes citados no parágrafo anterior. § 3º – Cabe à TURMINAS definir e regulamentar o disposto no § 1º deste artigo, sem prejuízo de suas atribuições legais. § 4º – Serão destinadas dotações no orçamento do Estado, com rubricas específicas, nas unidades orçamentárias envolvidas na criação, na administração e na fiscalização do Programa. Art. 4º – Compete ao órgão gestor providenciar, no âmbito de sua competência: I – o levantamento de dados e a organização de pesquisas históricas que possibilitem o mapeamento da Estrada Real em território mineiro; II – a identificação e a divulgação de áreas abrangidas pelo Programa adequadas à prática do turismo e do lazer;

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III – a pesquisa e a divulgação das manifestações culturais relacionadas com a Estrada Real, especialmente no que se refere ao folclore regional e local; IV – a celebração de convênios com entidades de direito público ou privado para a execução do disposto nesta Lei; V – a criação ou a revigoração de mecanismos institucionais de ação conjunta com associações de municípios e outros Estados da Federação, para a realização dos objetivos desta Lei; VI – outras ações relacionadas com o desenvolvimento do Programa. Art. 5º – Serão concedidos, na forma da lei, compensação financeira, incentivo fiscal ou creditício: I – aos empreendimentos turísticos e de lazer existentes e a serem implantados ao longo dos caminhos da Estrada Real; II – aos proprietários de terrenos cortados por trechos da Estrada Real considerados de interesse histórico ou sociocultural, desde que os preservem ou revitalizem; III – aos proprietários de áreas de interesse ecológico ou paisagístico adjacentes à Estrada Real ou por ela cortadas, desde que as preservem ou revitalizem; IV – aos municípios cortados pela Estrada Real ou a ela adjacentes, desde que direcionem recursos para atividade turística relacionada direta ou indiretamente com a Estrada Real, no montante mínimo equivalente à compensação financeira recebida e definida nos termos da lei. Parágrafo único – A revitalização e a recuperação previstas neste artigo obedecerão a parecer e orientação dos órgãos técnicos competentes. Art. 6º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de sessenta dias contados do início de sua vigência. Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de janeiro de 1999. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.183, de 20/1/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 1.804/1998 Autoria: Dep. Anderson Adauto – PMDB Dispõe sobre a criação da Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Uberaba – APA do Rio Uberaba – e dá outras providências.

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam declarados Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Uberaba – os terrenos que integram a bacia hidrográfica desse rio, situados a montante do ponto de captação de águas da cidade de Uberaba. § 1º – Os limites da área de que trata o “caput” deste artigo são os definidos pelo perímetro da bacia hidrográfica do rio Uberaba, a montante da confluência com o córrego Lajeado, que abrange uma superfície de 463km2 (quatrocentos e sessenta e três quilômetros quadrados). § 2º – O Poder Executivo, no prazo de cento e oitenta dias, elaborará o memorial descritivo da APA do Rio Uberaba, contendo os limites da bacia e as áreas dos municípios abrangidos. Art. 2º – A APA do Rio Uberaba destina-se à recuperação, à preservação e à conservação do rio Uberaba e: I – à proteção do ecossistema ribeirinho para a manutenção do regime hidrológico; II – à preservação dos remanescentes florestais da bacia hidrográfica; III – à recomposição florestal da vegetação ciliar e das demais áreas de preservação permanente previstas na Lei nº 10.561, de 27 de dezembro de 1991; IV – à melhoria das condições para a recuperação e a proteção da fauna e da flora regionais, em especial das espécies ribeirinhas e da ictiofauna; V – ao estímulo à melhoria da qualidade ambiental das áreas circunvizinhas. Art. 3º – É proibido, na APA do Rio Uberaba: I – promover ações de desmatamento e degradação ambiental, de drenagem, de aterro, de obstrução de canal e outras que descaracterizem os ecossistemas da bacia sem as medidas compensatórias de recuperação ambiental, resguardando o efeito estabilizador da cobertura vegetal contra o aparecimento dos pontos suscetíveis à erosão; II – realizar obra que importe ameaça ao equilíbrio ecológico ou que atente contra os objetivos estabelecidos no art. 2º desta lei; III – realizar terraplenagem, aterro e demais obras de construção civil sem as devidas medidas de proteção aos ecossistemas, previamente aprovadas pelos órgãos ambientais ou de gestão da APA; IV – pescar com rede, tarrafa ou assemelhados. Art. 4º – O Estado se articulará com os Municípios de Uberaba e de Uberlândia para a implantação e a administração da APA do Rio Uberaba. Parágrafo único – Para a gestão da APA do Rio Uberaba, será criado órgão colegiado, composto de representantes do poder público estadual e dos municípios envolvidos, dos usuários e de entidades da sociedade civil organizada com sede e atuação comprovada na bacia hidrográfica, na forma do regulamento desta lei.

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Art. 5º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de cento e oitenta dias. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de janeiro de 1999. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.199, de 29/1/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 1.179/1997 Autoria: Dep. Gil Pereira – PPB Regulamentação : Decreto nº 41.578, de 8/3/2001 Decreto nº 44.046, de 13/6/2005 Decreto nº 44.844, de 25/6/2008 Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências. (Vide Lei nº 14.596, de 23/2/2003.) (Vide Lei nº 15.660, de 6/7/2005.) (Vide Lei nº 15.971, de 12/1/2006.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Capítulo I Disposição Preliminar Art. 1º – A Política estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SEGRH-MG – são disciplinados por esta lei, nos termos da Constituição do Estado e na forma da legislação federal aplicável. (Vide art. 2º da Lei nº 15.910, de 21/12/2005.) Capítulo II Da Política Estadual de Recursos Hídricos Seção I Dos Fundamentos Art. 2º – A Política Estadual de Recursos Hídricos visa a assegurar o controle, pelos usuários atuais e futuros, do uso da água e de sua utilização em quantidade, qualidade e regime satisfatórios.

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Art. 3º – Na execução da Política Estadual de Recursos Hídricos, serão observados: I – o direito de acesso de todos aos recursos hídricos, com prioridade para o abastecimento público e a manutenção dos ecossistemas; II – o gerenciamento integrado dos recursos hídricos com vistas ao uso múltiplo; III – o reconhecimento dos recursos hídricos como bem natural de valor ecológico, social e econômico, cuja utilização deve ser orientada pelos princípios do desenvolvimento sustentável; IV – a adoção da bacia hidrográfica, vista como sistema integrado que engloba os meios físico, biótico e antrópico, como unidade físico-territorial de planejamento e gerenciamento; V – a vinculação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos às disponibilidades quantitativas e qualitativas e às peculiaridades das bacias hidrográficas; VI – a prevenção dos efeitos adversos da poluição, das inundações e da erosão do solo; VII – a compensação ao município afetado por inundação resultante da implantação de reservatório ou por restrição decorrente de lei ou outorga relacionada com os recursos hídricos; VIII – a compatibilização do gerenciamento dos recursos hídricos com o desenvolvimento regional e com a proteção do meio ambiente; IX – o reconhecimento da unidade do ciclo hidrológico em suas três fases: superficial, subterrânea e meteórica; X – o rateio do custo de obras de aproveitamento múltiplo, de interesse comum ou coletivo, entre as pessoas físicas e jurídicas beneficiadas; XI – a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade; XII – a descentralização da gestão dos recursos hídricos; XIII – a participação do poder público, dos usuários e das comunidades na gestão dos recursos hídricos. Seção II Das Diretrizes Gerais Art. 4º – O Estado assegurará, por intermédio do SEGRH-MG os recursos financeiros e institucionais necessários ao atendimento do disposto na Constituição do Estado com relação à política e ao gerenciamento de recursos hídricos, especialmente para: I – programas permanentes de proteção, melhoria e recuperação das disponibilidades hídricas superficiais e subterrâneas; II – programas permanentes de proteção das águas superficiais e subterrâneas contra poluição; III – ações que garantam o uso múltiplo racional dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, das nascentes e ressurgências e das áreas úmidas adjacentes e sua proteção contra a superexploração e contra atos que possam comprometer a perenidade das águas;

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IV – diagnóstico e proteção especial das áreas relevantes para as recargas e descargas dos aqüíferos; V – prevenção da erosão do solo nas áreas urbanas e rurais, visando à proteção contra a poluição e o assoreamento dos corpos de água; VI – defesa contra eventos hidrológicos críticos que ofereçam riscos à saúde e à segurança públicas ou provoquem prejuízos econômicos e sociais; VII – instituição de sistema estadual de rios de preservação permanente, com vistas à conservação dos ecossistemas aquáticos, ao lazer e à recreação das populações; VIII – conscientização da população sobre a necessidade da utilização múltipla e sustentável dos recursos hídricos e da sua proteção; IX – concessão de outorgas e registros, bem como acompanhamento e fiscalização das concessões de direito de pesquisa e de exploração de recursos hídricos. X – concessão de incentivo financeiro a proprietários e posseiros rurais, para identificação, recuperação, preservação e conservação de áreas necessárias à proteção e à recarga de aqüíferos, nos termos da legislação vigente. (Inciso acrescentado pelo art. 6º da Lei nº 17.727, de 13/8/2008.) Art. 5º – O Estado desenvolverá programas que objetivem o uso múltiplo de reservatórios e o desenvolvimento regional, nos municípios que: I – tenham área inundada por reservatório ou sofram impactos ambientais resultantes de sua implantação; II – sofram restrição decorrente de lei de proteção de recursos hídricos e de implantação de área de proteção ambiental. Art. 6º – O Estado promoverá o planejamento de ações integradas nas bacias hidrográficas, com vistas ao tratamento de esgotos domésticos, efluentes, industriais e demais efluentes, antes do seu lançamento nos corpos de água receptores. Parágrafo único – Para atender ao disposto no “caput” deste artigo, serão utilizados os meios financeiros e institucionais previstos nesta lei e em seu regulamento. Art. 7º – O Estado celebrará convênios de cooperação mútua e de assistência técnica e econômico- financeira com os municípios, para a implantação de programas que tenham como objetivo: I – a manutenção do uso sustentável dos recursos hídricos; II – a racionalização do uso múltiplo dos recursos hídricos; III – o controle e a prevenção de inundações e de erosão, especialmente em áreas urbanas; IV – a implantação, a conservação e a recuperação da cobertura vegetal, em especial das matas ciliares; V – o zoneamento e a definição de restrições de uso de áreas inundáveis; VI – o tratamento de águas residuárias, em especial dos esgotos urbanos domésticos;

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VII – a implantação de sistemas de alerta e de defesa civil para garantir a segurança e a saúde públicas em eventos hidrológicos adversos; VIII – a instituição de áreas de proteção e conservação dos recursos hídricos;

IX – a manutenção da capacidade de infiltração do solo. Art. 8º – O Estado articular-se-á com a União, com outros Estados e com municípios, respeitadas as disposições constitucionais e legais, com vistas ao aproveitamento, ao controle e ao monitoramento dos recursos hídricos em seu território. § 1º – Para o cumprimento dos objetivos previstos no “caput” deste artigo, serão consideradas:

I – a utilização múltipla e sustentável dos recursos hídricos, em especial para fins de abastecimento público, geração da energia elétrica, irrigação, navegação, pesca, piscicultura, turismo, recreação, esporte e lazer; II – a proteção dos ecossistemas, da paisagem, da flora e da fauna aquáticas; III – as medidas relacionadas com o controle de cheias, prevenção de inundações, drenagem e correta utilização de várzeas, veredas e outras áreas sujeitas a inundação;

IV – a proteção e o controle das áreas de recarga, descarga e captação dos recursos hídricos subterrâneos. § 2º – O Estado poderá celebrar convênio com a União e com as demais unidades da Federação a fim de disciplinar a utilização de recursos hídricos compartilhados. Capítulo III

Dos Instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos Seção I Dos Instrumentos Art. 9º – São instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos:

I – o Plano Estadual de Recursos Hídricos; II – os Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas;

III – o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos; IV – o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo seus usos preponderantes; V – a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; VI – a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

VII – a compensação a municípios pela exploração e restrição de uso de recursos hídricos; VIII – o rateio de custos das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo; IX – as penalidades.

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Seção II Da Caracterização dos Instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos Subseção I Do Plano Estadual de Recursos Hídricos Art. 10 – O Plano Estadual de Recursos Hídricos, aprovado pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG –, de que trata esta lei, será submetido ao Governador do Estado, que o editará por meio de decreto. § 1º – Os objetivos e a previsão dos recursos financeiros para a elaboração e a implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos constarão nas leis relativas ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias e ao Orçamento Anual do Estado. § 2º – O Plano Estadual de Recursos Hídricos conterá: I – a divisão hidrográfica do Estado, na qual se caracterizará cada bacia hidrográfica utilizada para o gerenciamento descentralizado e compartilhado dos recursos hídricos; II – os objetivos a serem alcançados; III – as diretrizes e os critérios para o gerenciamento de recursos hídricos; IV – os programas de desenvolvimento institucional, tecnológico e gerencial, de valorização profissional e de comunicação social, no campo dos recursos hídricos. § 3º – A periodicidade para elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos de que trata este artigo será estabelecida por ato do CERH-MG. (Vide art. 20 da Lei nº 13.771, de 11/12/2000.) Subseção II Dos Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas Art. 11 – O planejamento de recursos hídricos, elaborado por bacia hidrográfica do Estado e consubstanciado em Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas, tem por finalidade fundamentar e orientar a implementação de programas e projetos e conterá, no mínimo: I – diagnóstico da situação dos recursos hídricos da bacia hidrográfica; II – análise de opções de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificação dos padrões de ocupação do solo; III – balanço entre disponibilidades e demandas atuais e futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais; IV – metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis; V – medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados para o atendimento de metas previstas, com estimativas de custos; VI – prioridade para outorga de direito de uso de recursos hídricos;

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VII – diretrizes e critérios para cobrança pelo uso dos recursos hídricos;

VIII – proposta para a criação de áreas sujeitas à restrição de uso, com vistas à proteção de recursos hídricos e de ecossistemas aquáticos.

Subseção III Do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos Art. 12 – A coleta, o tratamento, o armazenamento, a recuperação e a divulgação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes em sua gestão serão organizados sob a forma de um Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos, compatível com o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos.

Art. 13 – O Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos tem como objetivos:

I – reunir, dar consistência e divulgar dados e informações sobre as situações qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos do Estado, bem como informações socioeconômicas relevantes para o seu gerenciamento; II – atualizar, permanentemente, as informações sobre a disponibilidade e a demanda de recursos hídricos e sobre ecossistemas aquáticos, em todo o território do Estado;

III – fornecer subsídios para a elaboração do Plano Estadual e dos Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas;

IV – apoiar ações e atividades de gerenciamento de recursos hídricos no Estado.

Art. 14 – São princípios básicos para o funcionamento do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos:

I – a descentralização da obtenção e da produção de dados e informações; II – a coordenação unificada dos sistemas;

III – a garantia de acesso a dados e informações a toda a sociedade. Subseção IV Do Enquadramento dos Corpos de Água em Classes, Segundo os Usos Preponderantes da Água Art. 15 – As classes de corpos de água serão as estabelecidas pelas legislações ambientais federal e estadual. Art. 16 – O enquadramento de corpos de água em classes, segundo seus usos preponderantes, visa a:

I – assegurar qualidade de água compatível com os usos mais exigentes;

II – diminuir os custos de combate à poluição da água, mediante ações preventivas permanentes.

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Subseção V

Da Outorga dos Direitos de Uso de Recursos Hídricos Art. 17 – O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos do Estado tem por objetivo assegurar os controles quantitativos e qualitativos dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água. Art. 18 – São sujeitos a outorga pelo poder público, independentemente da natureza pública ou privada dos usuários, os seguintes direitos de uso de recursos hídricos: I – as acumulações, as derivações ou a captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, até para abastecimento público, ou insumo de processo produtivo; II – a extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; III – o lançamento, em corpo de água, de esgotos e demais efluentes líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; IV – o aproveitamento de potenciais hidrelétricos; V – outros usos e ações que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.

§ 1º – Independem de outorga pelo poder público, conforme definido em regulamento, o uso de recursos hídricos para satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais distribuídos no meio rural, bem como as acumulações, as derivações, as capacitações e os lançamentos considerados insignificantes.

§ 2º – A outorga e a utilização de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica ficam condicionadas a sua adequação ao Plano Nacional de Recursos Hídricos, aprovado na forma do disposto na Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e ao cumprimento da legislação setorial específica.

Art. 19 – A outorga de uso de recursos hídricos respeitará as prioridades de uso estabelecidas nos Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas, a classe em que o corpo de água estiver enquadrado e a manutenção de condições adequadas ao transporte hidroviário, quando for o caso. § 1º – A outorga levará em conta a necessidade de se preservar o uso múltiplo e racional das águas. § 2º – A outorga efetivar-se-á por ato do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM.

Art. 20 – A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa, parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes circunstâncias: I – não cumprimento, pelo outorgado, dos termos da outorga;

II – não utilização da água por três anos consecutivos;

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III – necessidade premente de água para atender a situações de calamidade, inclusive as decorrentes de condições climáticas adversas; IV – necessidade de se prevenir ou fazer reverter grave degradação ambiental; V – necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se disponha de fontes alternativas; VI – necessidade de se manterem as características de navegabilidade do corpo de água. Art. 21 – A outorga confere ao usuário o direito de uso do corpo hídrico, condicionado à disponibilidade de água, o que não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis. Art. 22 – O prazo inicial de outorga de direito de uso de recursos hídricos não excederá a trinta e cinco anos, podendo ser renovado. Subseção VI Da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos Art. 23 – Serão cobrados os usos de recursos hídricos sujeitos a outorga nos termos do art. 18 desta Lei. Art. 24 – Sujeita-se à cobrança pelo uso da água, segundo as peculiaridades de cada bacia hidrográfica, aquele que utilizar, consumir ou poluir recursos hídricos. Parágrafo único – A cobrança pelo uso de recursos hídricos visa a: I – reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor; II – incentivar a racionalização do uso da água; III – obter recursos financeiros para o financiamento de programas e intervenções incluídos nos planos de recursos hídricos; IV – incentivar o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos e o rateio, na forma desta lei, dos custos das obras executadas par esse fim; V – proteger as águas contra ações que possam comprometer os seus usos atual e futuro; VI – promover a defesa contra eventos críticos, que ofereçam riscos à saúde e à segurança públicas e causem prejuízos econômicos ou sociais; VII – incentivar a melhoria do gerenciamento dos recursos hídricos nas respectivas bacias hidrográficas; VIII – promover a gestão descentralizada e integrada em relação aos demais recursos naturais; IX – disciplinar a localização dos usuários, buscando a conservação dos recursos hídricos, de acordo com sua classe preponderante de uso; X – promover o desenvolvimento do transporte hidroviário e seu aproveitamento econômico.

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Art. 25 – No cálculo e na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos, serão observados os seguintes aspectos, dentre outros: I – nas derivações, nas captações e nas extrações de água, o volume retirado e seu regime de variação; II – nos lançamentos de esgotos domésticos e demais efluentes líquidos ou gasosos, o volume lançado e seu regime de variação e as características físico-químicas, biológicas e de toxicidade do efluente; III – a natureza e as características do aqüífero; IV – a classe de uso preponderante em que esteja enquadrado o corpo de água no local do uso ou da derivação; V – a localização do usuário na bacia; VI – as características e o porte da utilização; VII – a disponibilidade e o grau de regularização da oferta hídrica local; VIII – a proporcionalidade da vazão outorgada e do uso consultivo em relação à vazão outorgável; IX – o princípio de tarifação progressiva em razão do consumo. § 1º – Os fatores referidos neste artigo poderão ser utilizados, para efeito de cálculo, de forma isolada, simultânea, combinada ou cumulativa, observado o que dispuser o regulamento. § 2º – Os procedimentos para o cálculo e a fixação dos valores a serem cobrados pelo uso da água serão aprovados pelo CERH-MG. Art. 26 – A cobrança pelo uso de recursos hídricos será implantada de forma gradativa e não recairá sobre os usos considerados insignificantes, nos termos do regulamento. Art. 27 – O valor inerente à cobrança pelos direitos de uso de recursos hídricos classificar-se-á como receita patrimonial, nos termos do artigo 11 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982. § 1º – Os valores diretamente arrecadados por órgão ou unidade executiva descentralizada do Poder Executivo referido nesta Lei, em decorrência da cobrança pelos direitos de uso de recursos hídricos, serão depositados e geridos em conta bancária própria, mantida em instituição financeira oficial. § 2º – A forma, a periodicidade, o processo e as demais estipulações de caráter técnico e administrativo inerentes à cobrança pelos direitos de uso de recursos hídricos serão estabelecidos em decreto do Poder Executivo, a partir de proposta do órgão central do SEGRH-MG, aprovada pelo CERH-MG. Art. 28 – Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão aplicados, na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão utilizados:

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I – no financiamento de estudos, programas, projetos e obras incluídos no Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica; II – no pagamento de despesas de monitoramento dos corpos de água e custeio dos órgãos e entidades integrantes do SEGRH-MG, na sua fase de implantação. § 1º – O financiamento das ações e das atividades a que se refere o inciso I deste artigo corresponderá a, pelo menos, dois terços da arrecadação total gerada na bacia hidrográfica. § 2º – A aplicação nas despesas previstas no inciso II deste artigo é limitada a sete e meio por cento do total arrecadado. § 3º – Os valores previstos no “caput” deste artigo poderão ser aplicados a fundo perdido em projetos e obras que alterem a qualidade, a quantidade e o regime de vazão de um corpo de água, considerados benefícios para a coletividade. Subseção VII Da Compensação a Município pela Exploração e pela Restrição de Uso de Recursos Hídricos Art. 29 – A compensação a município afetado por inundação causada por implantação de reservatório ou por restrição decorrente de lei ou outorga relacionada com recursos hídricos será disciplinada pelo Poder Executivo, mediante decreto, a partir de estudo próprio, aprovado pelo CERH-MG. Subseção VIII Do Rateio de Custos das Obras de Uso Múltiplo de Interesse Comum ou Coletivo Art. 30 – As obras de uso múltiplo de recursos hídricos, de interesse comum ou coletivo, terão seus custos rateados, direta ou indiretamente, segundo critérios e normas a serem estabelecidos em regulamento baixado pelo Poder Executivo, após aprovação pelo CERH- MG, atendidos os seguintes procedimentos: I – a concessão ou a autorização de vazão com potencial de aproveitamento múltiplo serão precedidas de negociação sobre o rateio de custos entre os beneficiários, inclusive os de aproveitamento hidrelétrico, mediante articulação com a União; II – a construção de obras de interesse comum ou coletivo dependerá de estudo de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental, que conterá previsão de formas de retorno dos investimentos públicos ou justificativas circuntanciadas da destinação de recursos a fundo perdido. § 1º – O Poder Executivo regulamentará a matéria de que trata este artigo, mediante decreto que estabelecerá diretrizes e critérios para financiamento ou concessão de subsídios, conforme estudo aprovado pelo CERH-MG. § 2º – Os subsídios a que se refere o parágrafo anterior somente serão concedidos no caso de interesse público relevante ou na impossibilidade prática de identificação dos beneficiários, para conseqüente rateio dos custeios inerentes às obras de uso múltiplo de recursos hídricos, de interesse comum ou coletivo.

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Subseção IX Das Penalidades Art. 31 – As penalidades decorrentes do descumprimento do disposto nesta Lei serão fixadas e aplicadas conforme o disposto no Capítulo VI e no regulamento. Capítulo IV Do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SEGRH/MG Seção I Dos Objetivos Art. 32 – O SEGRH-MG tem os seguintes objetivos: I – coordenar a gestão integrada e descentralizada das águas; II – arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos; III – implementar a Política Estadual de Recursos Hídricos; IV – planejar, regular, coordenar e controlar o uso, a preservação e a recuperação de recursos hídricos do Estado; V – promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos. Seção II Da Composição do Sistema Art. 33 – Integram o SEGRH-MG: I – a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; II – o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG –; III – o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM –; IV – os comitês de bacia hidrográfica; V – os órgãos e as entidades dos poderes estadual e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos; VI – as agências de bacias hidrográficas. Parágrafo único – O Poder Executivo disciplinará, mediante decreto, as atribuições de órgãos e entidades da administração pública estadual incumbidos de exercer ações ou atividades relacionadas com a gestão de recursos híbridos. Art. 34 – O CERH-MG é composto por: I – representantes do poder público, de forma paritária entre o Estado e os municípios; II – representantes dos usuários e de entidades da sociedade civil ligadas aos recursos hídricos, de forma paritária com o poder público. Parágrafo único – A presidência do CERH-MG será exercida pelo titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, à qual está afeta a Política Estadual de Recursos Hídricos.

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Art. 35 – Os comitês de bacia hidrográfica terão como território de atuação: I – a área total da bacia hidrográfica; II – a sub-bacia hidrográfica de tributário do curso de água principal da bacia ou de tributário desse tributário; III – o grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas. Parágrafo único – Os comitês de bacia hidrográfica serão instituídos por ato do Governador do Estado. Art. 36 – Os comitês de bacia hidrográfica serão compostos por: I – representantes do poder público, de forma paritária entre o Estado e os municípios que integram a bacia hidrográfica; II – representantes de usuários e de entidades da sociedade civil ligadas aos recursos hídricos, com sede ou representação na bacia hidrográfica, de forma paritária com o poder público. Art. 37 – As agências de bacia hidrográfica, quando instituídas pelo Estado, mediante autorização legislativa, terão personalidade jurídica própria, autonomia financeira e administrativa e organizar-se-ão segundo quaisquer das formas permitidas pelo Direito Administrativo, Civil ou Comercial, atendidas as necessidades, características e peculiaridades regionais, locais e multissetoriais. § 1º – O Poder Executivo aprovará, por meio de decreto, os atos constitutivos das agências de bacia hidrográfica, que serão inscritos no registro público, na forma da legislação aplicável. § 2º – Os consórcios ou as associações intermunicipais de bacias hidrográficas, bem como as associações regionais e multissetoriais de usuários de recursos hídricos, legalmente constituídos, poderão ser equiparados às agências de bacia hidrográficas, para os efeitos desta Lei, por ato do CERH-MG, para o exercício de funções, competências e atribuições a elas inerentes, a partir de propostas fundamentadas dos comitês de bacias hidrográficas competentes. Art. 38 – As Agências de Bacias Hidrográficas, ou as entidades a elas equiparadas, por ato do CERH-MG, atuarão como unidades executivas descentralizadas de apoio aos respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica e responderão pelo seu suporte administrativo, técnico e financeiro, e pela cobrança pelo uso dos recursos hídricos, na sua área de atuação. Art. 39 – A proposta de criação de consórcio ou de associação intermunicipal de bacia hidrográfica ou de associação regional, local ou multissetorial de usuários de recursos hídricos dar-se-á: I – mediante livre iniciativa dos municípios, devidamente autorizados pelas respectivas Câmaras Municipais; II – mediante livre manifestação de usuários de recursos hídricos. Parágrafo único – (Vetado).

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Seção III Da Competência dos Órgãos Integrantes do Sistema Art. 40 – À Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, na condição de órgão central coordenador do SEGRH-MG, compete: I – aprovar a programação do gerenciamento de recursos hídricos elaborada pelos órgãos e pelas entidades sob sua supervisão e coordenação; II – encaminhar à deliberação do CERH-MG propostas do Plano Estadual de Recursos Hídricos e de suas modificações elaborados com base nos Planos Diretores de Bacias Hidrográficas de Recursos Hídricos; III – fomentar a captação de recursos para financiar as ações e atividades do Plano Estadual de Recursos Hídricos, supervisionar e coordenar a sua aplicação; IV – prestar orientação técnica aos municípios relativamente a recursos hídricos, por intermédio de seus órgãos e entidades; V – acompanhar e avaliar o desempenho do SEGRH-MG; VI – zelar pela manutenção da política de cobrança pelo uso da água, observadas as disposições constitucionais e legais aplicáveis. Art. 41 – Ao CERH-MG, na condição de órgão deliberativo e normativo central do SERGH-MG, compete: I – estabelecer os princípios e as diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos a serem observados pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos e pelos Planos Diretores de Bacias Hidrográficas; II – aprovar proposta do Plano Estadual de Recursos Hídricos, na forma estabelecida nesta Lei; III – decidir os conflitos entre comitês de bacia hidrográfica; IV – atuar como instância de recurso nas decisões dos comitês de bacia hidrográfica; V – deliberar sobre projetos de aproveitamento de recursos hídricos que extrapolem o âmbito do comitê de bacia hidrográfica; VI – estabelecer os critérios e as normas gerais para a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; VII – estabelecer os critérios e as normas gerais sobre a cobrança pelo direito de uso de recursos hídricos; VIII – aprovar a instituição de comitês de bacia hidrográfica; IX – reconhecer os consórcios ou as associações intermunicipais de bacia hidrográfica ou as associações regionais, locais ou multissetoriais de usuários de recursos hídricos; X – deliberar sobre o enquadramento dos corpos de água em classes, em consonância com as diretrizes do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM-MG – e de acordo com a classificação estabelecida na legislação ambiental;

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XI – exercer outras ações, atividades e funções estabelecidas em lei ou regulamento, compatíveis com a gestão de recursos hídricos do Estado ou de sub-bacias de rios de domínio da União cuja gestão lhe tenha sido delegada. Art. 42 – Ao IGAM, na condição de entidade gestora do SEGRH- MG, compete:

I – superintender o processo de outorga e de suspensão de direito de uso de recursos hídricos, nos termos desta lei e dos atos baixados pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos; II – gerir o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos e manter atualizados, com a cooperação das unidades executivas descentralizadas da gestão de recursos hídricos, os bancos de dados do sistema; III – manter sistema de fiscalização de uso das águas da bacia, com a finalidade de capitular infrações, identificar infratores e representá-los perante os órgãos do sistema competentes para a aplicação de penalidades, conforme dispuser o regulamento; IV – exercer outras ações, atividades e funções estabelecidas em lei, regulamento ou decisão do CERH-MG, compatíveis com a gestão de recursos hídricos. Art. 43 – Aos comitês de bacia hidrográfica, órgãos deliberativos e normativos na sua área territorial de atuação, compete: I – promover o debate das questões relacionadas com os recursos hídricos e articular a atuação de órgãos e entidades intervenientes; II – arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados com os recursos hídricos; III – aprovar os Planos Diretores de Recursos Hídricos das bacias hidrográficas e seus respectivos orçamentos, para integrar o Plano Estadual de Recursos Hídricos e suas atualizações; IV – aprovar planos de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos, inclusive financiamentos de investimentos a fundo perdido; V – aprovar, em prazo fixado em regulamento, sob pena de perda da competência para o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor; (Inciso com redação dada pelo art. 9º da Lei Delegada nº 178, de 29/1/2007.) VI – estabelecer critérios e normas e aprovar os valores propostos para cobrança pelo uso de recursos hídricos; VII – definir, de acordo com critérios e normas estabelecidos, o rateio de custos das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo, relacionados com recursos hídricos; VIII – aprovar o Plano Emergencial de Controle de Quantidade e Qualidade de Recursos Hídricos proposto por agência de bacia hidrográfica ou entidade a ela equiparada, na sua área de atuação;

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IX – deliberar sobre proposta para o enquadramento dos corpos de água em classes de usos preponderantes, com o apoio de audiências públicas, assegurando o uso prioritário para o abastecimento público X – deliberar sobre contratação de obra e serviço em prol da bacia hidrográfica, a ser celebrada diretamente pela respectiva agência ou por entidade a ela equiparada nos termos desta Lei, observada a legislação licitatória aplicável; XI – acompanhar a execução da Política Estadual de Recursos Hídricos na sua área de atuação, formulando sugestões e oferecendo subsídios aos órgãos e às entidades participantes do SEGRH-MG; XII – aprovar o orçamento anual de agência de bacia hidrográfica na sua área de atuação, com observância da legislação e das normas aplicáveis e em vigor; XIII – aprovar o regime contábil da agência de bacia hidrográfica e seu respectivo plano de contas, observando a legislação e as normas aplicáveis; XIV – aprovar o seu regimento interno e modificações; XV – aprovar a formação de consórcios intermunicipais e de associações regionais, locais e multissetoriais de usuários na área de atuação da bacia, bem como estimular ações e atividades de instituições de ensino e pesquisa e de organizações não governamentais, que atuem em defesa do meio ambiente e dos recursos hídricos na bacia; XVI – aprovar a celebração de convênios com órgãos, entidades e instituições públicas ou privadas, nacionais e internacionais, de interesse da bacia hidrográfica; XVII – aprovar programas de capacitação de recursos humanos, de interesse da bacia hidrográfica, na sua área de atuação; XVIII – exercer outras ações, atividades e funções estabelecidas em lei, regulamento ou decisão do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, compatíveis com a gestão integrada de recursos hídricos. Parágrafo único – A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor compete, na falta do Comitê de Bacia Hidrográfica, ao CERH, por meio de câmara a ser instituída com esta finalidade a qual terá assessoramento técnico do IGAM. (Parágrafo com redação dada pelo art. 9º da Lei Delegada nº 178, de 29/1/2007.) Art. 44 – A agência da bacia hidrográfica tem a mesma área de atuação de um ou mais comitês de bacias hidrográficas. Parágrafo único – A criação de agência da bacia hidrográfica será autorizada pelo CERH-MG, mediante solicitação de um ou mais comitês de bacias hidrográficas. Art. 45 – À Agência de bacia hidrográfica e às entidades a ela equiparadas, na sua área de atuação, compete: I – manter balanço atualizado da disponibilidade de recursos hídricos em sua área de atuação;

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II – manter atualizado o cadastro de usos e de usuários de recursos hídricos; III – efetuar, mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso de recursos hídricos; IV – analisar e emitir pareceres sobre os projetos e as obras a serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso da água e encaminhá-los à instituição financeira responsável pela administração desses recursos; V – acompanhar a administração financeira dos valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos; VI – analisar projetos e obras considerados relevantes para a sua área de atuação, emitir pareceres sobre eles e encaminhá-los às instituições responsáveis por seu financiamento, implantação e implementação; VII – gerir o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos em sua área de atuação; VIII – celebrar convênios e contratar financiamentos e serviços para a execução de suas atribuições, mediante aprovação do comitê de bacia hidrográfica; IX – elaborar a sua proposta orçamentária e submetê-la à apreciação dos comitês de bacias hidrográficas que atuem na mesma área; X – promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em sua área de atuação; XI – elaborar ou atualizar o Plano Diretor de Recursos Hídricos e submetê-lo à apreciação dos comitês de bacias hidrográficas que atuem na mesma área; XII – propor ao comitê de bacia hidrográfica: a) o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso, para encaminhamento ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos; b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos; c) o plano de aplicação dos valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos; d) o rateio do custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo; XIII – promover o monitoramente sistemático da quantidade e da qualidade das águas da bacia; XIV – prestar o apoio administrativo, técnico e financeiro necessário ao bom funcionamento do comitê de bacia hidrográfica; XV – acompanhar a implantação e o desenvolvimento de empreendimentos públicos e privados, considerados relevantes para os interesses da bacia; XVI – manter e operar instrumentos técnicos e de apoio ao gerenciamento da bacia, de modo especial os relacionados com o provimento de dados para o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos;

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XVII – elaborar, para apreciação e aprovação, os Planos e Projetos Emergenciais de Controle da Quantidade e da Qualidade dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica, com a finalidade de garantir a sua proteção; XVIII – elaborar, para conhecimento, apreciação e aprovação do comitê, relatórios anuais sobre a situação dos recursos hídricos da bacia; XIX – proporcionar apoio técnico e financeiro aos planos e aos programas de obras e serviços, na forma estabelecida pelo comitê; XX – elaborar pareceres sobre a compatibilidade de obras, serviços, ações ou atividades específicas relacionadas com o Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica; XXI – solicitar de usuários e de órgão ou entidade pública de controle ambiental, por instrumento próprio, quando for o caso, dados gerais relacionados com a natureza e a características de suas atividades e dos efluentes lançados nos corpos de água da bacia; XXII – gerenciar os recursos financeiros gerados pela cobrança pelo uso dos recursos hídricos da bacia e outros estipulados em lei, por meio de instituição financeira, de acordo com as normas do CERH-MG e com as deliberações do comitê de bacia; XXIII – analisar, tecnicamente, pedidos de financiamento, relacionados com recursos hídricos, segundo critérios e prioridades estabelecidos pelo comitê; XXIV – propor ao comitê de bacia hidrográfica plano de aplicação dos recursos financeiros arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos, inclusive financiamentos de investimentos a fundo perdido; XXV – efetuar estudos técnicos relacionados com o enquadramento dos corpos de água da bacia em classes de usos preponderantes, assegurando o uso prioritário para o abastecimento público; XXVI – celebrar convênios, contratos, acordos, ajustes, protocolos, parcerias e consórcios com pessoas físicas e jurídicas, de direito privado ou público, nacionais e internacionais, notadamente os necessários para viabilizar aplicações de recursos financeiros em obras e serviços, em conformidade com o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica; XXVII – proporcionar apoio financeiro a planos, programas, projetos, ações e atividades para obras e serviços de interesse da agência, devidamente aprovados pelo comitê; XXVIII – efetuar a cobrança pela utilização dos recursos hídricos da bacia e diligenciar a execução dos débitos de usuários, pelos meios próprios e segundo a legislação aplicável, mantendo, para tanto, sistema de faturamento, controle de arrecadação e fiscalização do consumo; XXIX – manter, em cooperação com órgãos e entidades de controle ambiental e de recursos hídricos, cadastro de usuários de recursos hídricos da bacia, considerando os aspectos de derivação, consumo e diluição de efluentes; XXX – efetuar estudos sobre recursos hídricos da bacia, em articulação com órgãos e entidades similares de outras bacias hidrográficas;

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XXXI – conceber e incentivar programas, projetos, ações e atividades ligados à educação ambiental e ao desenvolvimento de tecnologias que possibilitem o uso racional, econômico e sustentado de recursos hídricos; XXXII – promover a capacitação de recursos humanos para o planejamento e o gerenciamento de recursos hídricos da bacia hidrográfica, de acordo com programas e projetos aprovados pelo comitê; XXXIII – praticar, na sua área de atuação, ações e atividades que lhe sejam delegadas ou atribuídas pelo comitê de bacia; XXXIV – exercer outras ações, atividades e funções previstas em lei, regulamento ou decisão do CERH-MG, compatíveis com a gestão integrada de recursos hídricos. Capítulo V Da Participação na Gestão Integrada de Recursos Hídricos Seção I Dos Consórcios e das Associações Intermunicipais de Bacias Hidrográficas Art. 46 – O CERH-MG reconhecerá a formação de consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográficas, de modo especial as que apresentarem quadro crítico relativamente aos recursos hídricos, nas quais o gerenciamento deva ser feito segundo diretrizes e objetivos especiais, e estabelecerá com eles convênios de mútua cooperação e assistência. (Vide art. 4º da Lei nº 15.910, de 21/12/2005.) Seção II Das Associações Regionais, Locais e Multissetoriais de Usuários de Recursos Hídricos Art. 47 – O CERH-MG poderá atestar a organização e o funcionamento de associações regionais e multissetoriais civis de direito privado e reconhecê-las como unidades executivas descentralizadas, equiparadas às agências de bacias hidrográficas de que trata esta Lei, mediante solicitação do comitê de bacia hidrográfica. § 1º – A natureza jurídica da organização administrativa de consórcio intermunicipal ou associações regional e multissetorial de usuários de recursos hídricos será estabelecida no ato de sua criação, na forma de organização civil para recursos hídricos. § 2º – As agências de bacias hidrográficas ou as entidades a elas equiparadas celebrarão contrato de gestão com o Estado. § 3º – O contrato de gestão previsto no § 2º, para os efeitos desta Lei, é o acordo de vontades, bilateral, de direito civil, celebrado com a finalidade de assegurar aos consórcios intermunicipais e às associações regionais e multissetoriais de usuários de recursos hídricos autonomias técnica, administrativa e financeira. § 4º – Os critérios, as exigências formais e legais e as condições gerais para a celebração do contrato de gestão serão objeto de regulamento, aprovado por meio de decreto. (Vide art. 4º da Lei nº 15.910, de 21/12/2005.)

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Seção III Das Organizações Técnicas de Ensino e Pesquisa na Área de Recursos Hídricos Art. 48 – As organizações técnicas de ensino e pesquisa com interesse na área de recursos hídricos poderão prestar apoio e cooperação ao SEGRH-MG, mediante convênio, contrato, acordo, parceria ou consórcio, observada a legislação aplicável e regulamento próprio. Parágrafo único – O apoio e a cooperação referidos no “caput” deste artigo consistirão em ações e atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e capacitação de recursos humanos, basicamente relacionados com recursos hídricos. (Vide art. 4º da Lei nº 15.910, de 21/12/2005.) Seção IV Das Organizações Não Governamentais na Área de Recursos Hídricos Art. 49 – A participação de organizações não governamentais com objetivo de defender interesses difusos e coletivos da sociedade será permitida mediante credenciamento pelo SEGRH-MG, na forma de regulamento próprio aprovado por meio de decreto do Poder Executivo. (Vide art. 4º da Lei nº 15.910, de 21/12/2005.) Capítulo VI Das Infrações e das Penalidades Art. 50 – Constitui infração às normas de utilização de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos: I – derivar ou utilizar recursos hídricos sem a respectiva outorga de direito de uso; II – ampliar e alterar empreendimento relacionado com a derivação ou a utilização de recursos hídricos que importe alterações no seu regime, quantidade e qualidade, ou iniciar a sua implantação, sem autorização do órgão ou da entidade da administração pública estadual integrante do SEGRH-MG; III – utilizar recursos hídricos ou executar obra ou serviço relacionado com eles, em desacordo com as condições estabelecidas na outorga; IV – perfurar poços para a extração de águas subterrâneas ou operá-los sem a devida autorização, ressalvados os casos de vazão insignificante, assim definidos em regulamento; V – fraudar as medidas dos volumes de água captados e a declaração dos valores utilizados; VI – infringir instruções e procedimentos estabelecidos pelos órgãos e pelas entidades competentes da administração pública estadual que integram o SEGRH-MG; VII – obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades competentes, como referido no inciso anterior, no exercício de suas funções. (Vide art. 24 da Lei nº 13.771, de 11/12/2000.)

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Art. 51 – (Revogado pelo art. 26 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Dispositivo revogado: “Art. 51 – Por infração de qualquer disposição legal referente à execução de obras e serviços hidráulicos, derivação ou utilização de recursos hídricos de domínio do Estado ou em sub- bacias de rios de domínio da União, cuja gestão a ele tenha sido delegada, ou pelo não atendimento das solicitações feitas, o infrator, a critério da autoridade competente, ficará sujeito às seguintes penalidades, independentemente de sua ordem de enumeração: (Vide art. 9º da Lei nº 15.056, de 31/3/2004.) I – advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para a correção das irregularidades; II – multa, simples ou diária, proporcional à gravidade da infração, de 379,11 (trezentos e setenta e nove vírgula onze) a 70.000 (setenta mil) vezes o valor nominal da Unidade Fiscal da Referência – UFIR –; III – embargo provisório, com prazo determinado, para execução de serviços e obras necessários ao efetivo cumprimento das condições de outorga, ou para o cumprimento de normas referentes ao uso, ao controle, à conservação e à proteção dos recursos hídricos; IV – embargo definitivo, com revogação da outorga, se for o caso, para reconstituir, imediatamente, os recursos hídricos, os leitos e as margens, nos termos dos artigos 58 e 59 do Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934, que institui o Código de Águas, ou tamponar os poços de extração de água subterrânea. § 1º – Sempre que da infração cometida resultar prejuízo ao serviço público de abastecimento de água, riscos à saúde ou à vida, perecimento de bens ou animais, ou prejuízos de qualquer natureza a terceiros, a multa a ser aplicada não poderá ser inferior à metade do valor máximo estabelecido pelo inciso II deste artigo. § 2º – No caso dos incisos III e IV, independentemente da pena de multa, serão cobrados do infrator as despesas em que incorrer a administração para tornar efetivas as medidas previstas nos citados incisos, na forma dos artigos 36, 53, 56 e 58 do Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934, que institui o Código de Águas, permanecendo o infrator obrigado a responder pela indenização dos danos a que der causa. § 3º – A pauta tipificada de infrações e respectivas penalidades, segundo o grau e as características de sua prática, será fixada em tabela própria, nos termos do regulamento previsto nesta lei. § 4º – A aplicação das penalidades previstas nesta lei levará em conta: I – as circunstâncias atenuantes e agravantes; II – os antecedentes do infrator. § 5º – Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro. § 6º – Da aplicação das sanções previstas neste capítulo caberá recurso à autoridade administrativa competente, nos termos do regulamento.”

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(Vide art. 26 da Lei nº 13.771, de 11/12/2000.) Art. 52 – (Revogado pelo art. 26 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Dispositivo revogado: “Art. 52 – A autoridade administrativa procederá à cobrança amigável de débitos decorrentes do uso de recursos hídricos, após o término do prazo para o seu recolhimento, acrescida de multa de cinco por cento e de juros legais, a título de mora, enquanto não inscritos para a execução judicial. Parágrafo único – Esgotado o prazo concedido para a cobrança amigável, a autoridade administrativa encaminhará o débito para inscrição em Dívida Ativa, na forma da legislação em vigor.” Capítulo VII Disposições Gerais e Transitórias Art. 53 – A implantação da cobrança pelo uso de recursos hídricos será precedida: I – do desenvolvimento de programa de comunicação social sobre a necessidade econômica, social e ambiental da utilização racional e proteção das águas; II – da implantação do sistema integrado de outorga de direitos de uso dos recursos hídricos, devidamente compatibilizados com os sistemas de licenciamento ambiental; III – do cadastramento dos usuários das águas e da regularização dos direitos de uso; IV – de articulações do Estado com a União e com os Estados vizinhos, tendo em vista a implantação da cobrança pelo uso de recursos hídricos nas bacias hidrográficas de rios de domínio federal e a celebração de convênios de cooperação técnica; V – da proposição de critérios e normas para fixação de tarifas, definição de instrumentos técnicos e jurídicos indispensáveis à implantação da cobrança pelo uso da água. Art. 54 – O enquadramento das águas nas classes de qualidade, por bacia hidrográfica, será definido pelo COPAM-MG, com apoio técnico e operacional das entidades vinculadas à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, até a implantação do comitê e da agência da bacia hidrográfica previstos nesta Lei. Art. 55 – Na formulação e na aprovação do Plano Estadual de Recursos Hídricos, os órgãos e as entidades envolvidos deverão levar em conta planos, programas e projetos aprovados ou em processo de implantação, andamento ou conclusão, que com ele interfiram ou interconectem, de modo especial, os seguintes: I – Plano Diretor de Recursos Hídricos para os Vales do Jequitinhonha e Pardo – PLANVALE –; II – Plano Diretor de Irrigação dos Municípios da Bacia do Baixo Rio Grande; III – Plano de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Verde Grande; IV – Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paracatu; V – Plano Diretor de Recursos Hídricos das Bacias de Afluentes do Rio São Francisco;

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VI – Planos Diretores de Recursos Hídricos das Bacias dos Rios Mucuri, São Mateus, Jucuruçu, Itanhém, Buranhém, Peruípe e Paranaíba. Art. 56 – O SEGRH-MG, para dar cumprimento ao disposto nesta Lei, aplicará, quando e como couber, o regime das concessões, permissões e autorizações previstos nas Leis Federais nºs 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; 9.074, de 7 de julho de 1995, e, como norma geral, a Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e a legislação complementar que trata do regime licitatório, sem prejuízo da legislação estadual aplicável. Art. 57 – (Vetado). Art. 58 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicação., Capítulo VIII Disposições Finais Art. 59 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 60 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 11.504, de 20 de junho de 1994. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de janeiro de 1999. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.209, de 27/4/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 1.479/1997 Autoria: Dep. José Bonifácio – PSDB Estabelece condição para a aquisição de bens móveis por órgão ou entidade da administração pública estadual. O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1º – Ao vencedor de licitação realizada por órgão ou entidade da administração pública estadual para a aquisição de bens móveis que tenham a madeira como matéria- prima ou componente principal será exigida a comprovação de que a madeira utilizada provém de desmatamento autorizado. Parágrafo único – A comprovação de que trata o “caput” deste artigo será efetuada por meio de documento emitido, no Estado, pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – e, em outra unidade da federação, por órgão equivalente.

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Art. 2º – O edital de licitação preverá a aplicação de multa, equivalente à metade do valor da proposta vencedora, ao licitante que não obedecer ao disposto no art. 1º.

Art. 3º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de julho de 1999.

Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 27 de abril de 1999.

ANDERSON ADAUTO – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 13.317, de 24/9/1999

Proposição: Projeto de Lei nº 48/1999

Autoria: Dep. Adelmo Carneiro Leão – PT

Contém o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

......

Art. 4º – Consideram-se fatores determinantes e condicionantes da saúde da população, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais, bem como as ações que se destinem a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem- estar físico, mental e social.

Art. 5º – As ações de promoção e proteção da saúde e do meio ambiente previstas nesta lei competem, precipuamente, aos órgãos e às entidades que integram o SUS, sem prejuízo da competência legal dos órgãos ambientais.

Parágrafo único – A formulação da política, a coordenação e a execução das ações de promoção e proteção da saúde e do meio ambiente pressupõem a atuação integrada das esferas de governo federal, estadual e municipal.

......

Art. 25 – Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

I – vigilância epidemiológica o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção e a prevenção de mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva;

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II – vigilância ambiental o conjunto de informações e ações que possibilitam o conhecimento, a detecção e a prevenção de fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana.

Parágrafo único – Compete à autoridade sanitária responsável pelas ações de vigilância epidemiológica e de vigilância ambiental implementar as medidas de prevenção e controle das doenças e dos agravos e determinar a sua adoção. (Artigo com redação dada pelo art. 8º da Lei nº 15.474, de 28/1/2005.) ......

CAPÍTULO III

Do Controle de Zoonoses Art. 34 – Para os efeitos desta lei, entende-se por controle de zoonoses o conjunto de ações que visam a prevenir, diminuir ou eliminar os riscos e agravos à saúde provocados por vetor, animal hospedeiro, reservatório ou sinantrópico. § 1º – Para os efeitos desta lei, entende-se por:

I – zoonose a doença transmissível comum a homens e animais;

II – doença transmitida por vetor a doença transmitida ao homem por meio de seres vivos que veiculam o agente infeccioso, tendo ou não os animais como reservatório; III – animal sinantrópico o que provavelmente coabita com o homem, no domicílio ou peridomicílio.

§ 2º – Nas ações de controle de zoonose, serão consideradas as alterações no meio ambiente que interfiram no ciclo natural das nosologias envolvidas. § 3º – As campanhas que tenham como objetivo o combate a endemias com uso de inseticidas serão precedidas de estudos de impacto ambiental e de eficácia e efetividade.

Art. 35 – Os serviços de controle de zoonoses no Estado serão estruturados segundo os princípios do SUS e obedecerão às seguintes diretrizes:

I – definição e utilização dos critérios epidemiológicos para a organização dos serviços de controle e diagnóstico de zoonoses;

II – desenvolvimento de ações de combate e controle dos vetores, animais reservatórios e sinantrópicos e dos agravos à saúde, de forma integrada com a vigilância epidemiológica, de saneamento, meio ambiente, educação, comunicação social e saúde do trabalhador, ressaltando o caráter de complementaridade do combate químico.

...... CAPÍTULO IV Do Saneamento (Capítulo com alteração de denominação pelo art. 9º da Lei nº 15.474, de 28/1/2005.)

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SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 42 – Para os efeitos desta Lei, saneamento é o conjunto de ações, serviços e obras que visam a garantir a salubridade ambiental por meio de: I – abastecimento de água de qualidade compatível com os padrões de potabilidade e em quantidade suficiente para assegurar higiene e conforto; II – coleta, tratamento e disposição adequada dos esgotamentos sanitários; III – coleta, transporte, tratamento e disposição adequada dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos; IV – coleta e disposição ambientalmente adequadas dos resíduos sólidos provenientes do tratamento de esgotamentos sanitários; V – coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos urbanos; VI – drenagem de águas pluviais; VII – controle de animais vetores, hospedeiros, reservatórios e sinantrópicos. (Artigo com redação dada pelo art. 9º da Lei nº 15.474, de 28/1/2005.) Art. 43 – O SUS participará da formulação da política ambiental e de saneamento do Estado e executará, no que lhe couber, as ações de vigilância ambiental e de saneamento, em caráter complementar e supletivo, nas esferas federal, estadual e municipal, sem prejuízo da competência legal específica. Art. 44 – A qualidade do ar interno em sistemas climatizados fechados será compatível com o disposto na legislação vigente. Parágrafo único – O ambiente fechado não climatizado contará com sistema de renovação de ar. SEÇÃO II Das Águas para Abastecimento Art. 45 – A água para consumo humano distribuída pelo sistema público terá sua qualidade avaliada pelo serviço sanitário, segundo a legislação em vigor. § 1º – Toda construção considerada habitável será ligada à rede pública de abastecimento de água. § 2º – Quando não houver rede pública de abastecimento de água, o órgão prestador do serviço indicará as medidas técnicas adequadas à solução do problema. § 3º – Compete ao órgão ou ao concessionário responsável pelo sistema público de abastecimento de água no Estado: I – analisar, permanentemente, a qualidade da água; II – divulgar, mensalmente, os resultados obtidos aos usuários;

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III – enviar à Secretaria de Estado da Saúde e às Secretarias Municipais de Saúde ou órgãos equivalentes relatórios mensais relativos ao controle da qualidade da água fornecida. § 4º – Sempre que o serviço sanitário detectar a existência de anormalidade ou falha no sistema público de abastecimento de água, com risco para a saúde da população, comunicará o fato ao órgão responsável. § 5º – Compete à Secretaria de Estado da Saúde, às Diretorias Regionais de Saúde e aos municípios, de acordo com a habilitação e condição de gestão do sistema de saúde respectivo, conforme definido nas Normas Operacionais do Ministério da Saúde e na legislação em vigor: I – fiscalizar e inspecionar a água para consumo humano, respeitadas as normas e os padrões vigentes; II – promover a análise da qualidade da água destinada ao abastecimento público e divulgar, mensalmente, os resultados dessa análise; III – determinar providências imediatas para sanar anormalidade ou falha no sistema público de abastecimento de água. Art. 46 – Os reservatórios de água potável serão mantidos limpos, higienizados e tampados. Art. 47 – Os aspectos sanitários relacionados com o uso da água não destinada a consumo humano obedecerão ao disposto na legislação em vigor e nas normas dos órgãos competentes. SEÇÃO III Do Esgotamento Sanitário e da Drenagem Pluvial Art. 48 – A construção considerada habitável será ligada à rede coletora de esgoto sanitário. § 1º – Quando não houver rede coletora de esgoto sanitário, o órgão prestador do serviço indicará as medidas técnicas adequadas à solução do problema. § 2º – As medidas individuais ou coletivas para tratamento e disposição de esgotamento sanitário atenderão às normas técnicas vigentes. Art. 49 – O sistema público de coleta de esgoto tratará o esgoto coletado antes de lançá-lo em curso de água. Parágrafo único – É vedado o lançamento de esgoto sanitário em galeria ou rede de águas pluviais. Art. 50 – As galerias ou redes de águas pluviais serão mantidas limpas e em bom estado de funcionamento. Art. 51 – Nas obras de construção civil, é obrigatória a drenagem permanente de coleções líquidas, originadas pelas chuvas ou não.

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Art. 52 – A utilização de esgoto sanitário ou do lodo proveniente de seu tratamento em atividades agrícolas ou pastoris obedecerá à legislação em vigor e às normas dos órgãos competentes.

SEÇÃO IV Dos Resíduos Sólidos Domésticos e Hospitalares Art. 53 – A coleta, o transporte, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos domésticos são de responsabilidade do poder público e serão realizados de forma a evitar riscos à saúde e ao ambiente. Art. 54 – Cabe ao poder público regulamentar o Plano Estadual de Manejo Ambiental de Resíduos Domésticos e hospitalares, segundo as normas legais pertinentes nos âmbitos federal, estadual e municipal, incluindo: I – a priorização das ações de coleta seletiva dos resíduos passíveis de reaproveitamento; II – a obrigatoriedade da coleta seletiva dos resíduos não degradáveis ou perigosos; III – a obrigatoriedade, nos estabelecimentos e serviços de saúde, de segregação dos resíduos perigosos no local de origem, de acordo com a legislação e com a orientação das autoridades competentes, sob a responsabilidade do gerador dos resíduos;

IV – a definição do fluxo interno, do acondicionamento, do armazenamento e da coleta dos resíduos sólidos domésticos e hospitalares em estabelecimento e serviços de saúde, de acordo com a legislação e as normas técnicas especiais vigentes;

V – o estabelecimento do reaproveitamento de materiais oriundos dos resíduos sólidos domésticos e de esgoto sanitário, obedecendo à legislação vigente e às especificações e às normas do órgão competente; VI – a proibição de se agregarem materiais e resíduos tóxicos a materiais e resíduos inertes para uso que possa afetar a saúde humana e o ambiente. Art. 55 – O órgão credenciado pelo poder público para efetuar os serviços de coleta de resíduos sólidos domésticos definirá o fluxo de coleta e sua destinação final. Parágrafo único – Na execução dos serviços mencionados no “caput” deste artigo, os órgãos competentes manterão condições ambientais adequadas, observada a legislação vigente. Art. 56 – É proibido o acúmulo de resíduos sólidos domésticos e hospitalares ou de materiais que propiciem a instalação e a proliferação de roedores e outros animais sinantrópicos, bem como a contaminação ambiental, de acordo com a legislação em vigor...... Art. 61 – São obrigações do empregador, sem prejuízo de outras exigências legais: I – adequar as condições e a organização do trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores;

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II – garantir e facilitar o acesso das autoridades sanitárias aos ambientes de trabalho e a sua permanência pelo tempo que se fizer necessário, fornecendo as informações e os dados solicitados para o desenvolvimento de suas atividades, estudos e pesquisas; III – dar conhecimento à população residente na área de impacto da empresa dos riscos decorrentes do processo produtivo, bem como das recomendações e das medidas adotadas para sua eliminação e controle; IV – realizar estudos e pesquisas que visem a eliminar e controlar situações de risco no ambiente de trabalho e a esclarecer os trabalhadores sobre elas; V – permitir aos representantes dos trabalhadores o acompanhamento da vigilância nos ambientes de trabalho; VI – paralisar as atividades produtivas em situações de risco grave ou iminente para a saúde dos trabalhadores e para as áreas circunvizinhas de impacto; VII – comunicar imediatamente à autoridade sanitária a ocorrência de situações de risco grave ou iminente no ambiente de trabalho, estabelecendo cronograma de adoção de medidas para seu controle e correção; VIII – fornecer aos trabalhadores e aos seus representantes informações escritas sobre os diferentes produtos utilizados no processo produtivo, com especificação precisa das características, da composição e dos riscos que representem para a saúde e o meio ambiente, bem como as medidas preventivas cabíveis; IX – executar atividades de eliminação ou redução dos riscos no ambiente de trabalho de acordo com o disposto nos incisos X e XI do art. 60; X – instituir programa de controle da saúde dos trabalhadores, custeando a realização dos exames médicos admissionais, periódicos, de mudança de função e demissionais, conforme a legislação em vigor, e colocando os resultados à disposição das autoridades sanitárias; XI – fornecer cópias dos resultados dos exames complementares e atestados de saúde ocupacional para os trabalhadores; XII – assegurar que, em caso de contratação de serviços, a empresa contratada elabore e implemente programa de controle de saúde de seus trabalhadores, mantendo-o à disposição dos órgãos de vigilância; XIII – notificar ao SUS os agravos à saúde dos trabalhadores; XIV – assegurar postos de trabalho compatíveis com suas limitações aos reabilitados de acidentes e doenças relacionados com o trabalho; XV – implantar planos de contingência, com medidas preventivas, corretivas e emergenciais a serem adotadas, quando necessário, tanto no âmbito da empresa quanto na área de impacto de suas atividades, bem como programas de treinamento para a sua operacionalização eficaz. XVI – providenciar, às suas expensas, a correta higienização de uniformes, botas, luvas e demais equipamentos de proteção individual dos empregados que estejam expostos a

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substâncias ou produtos nocivos a eles ou ao meio ambiente, podendo, para tal, contratar serviços de terceiros, desde que licenciados pelo órgão ambiental competente. (Inciso acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 16.194, de 23/6/2006.) Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso XVI do caput deste artigo, entende-se por substância ou produto nocivos: I – à saúde do trabalhador os previstos nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, em especial a NR 15; II – ao meio ambiente a substância ou produto que, como resultado da lavagem de uniformes, botas, luvas e demais equipamentos de proteção individual, crie efluente poluidor que não possa ser lançado em corpos de água ou em canalizações públicas e privadas, por contrariar a legislação em vigor. (Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 16.194, de 23/6/2006.) ...... Art. 82 – Para os efeitos desta lei, consideram-se estabelecimentos de serviço de interesse da saúde: I – os que produzem, beneficiam, manipulam, fracionam, embalam, reembalam, acondicionam, conservam, armazenam, transportam, distribuem, importam, exportam, vendem ou dispensam: a) medicamentos, drogas, imunobiológicos, plantas medicinais, insumos farmacêuticos e correlatos; b) produtos de higiene, saneantes, domissanitários e correlatos; c) perfumes, cosméticos e correlatos; d) alimentos, bebidas, matérias-primas alimentares, produtos dietéticos, aditivos, coadjuvantes, artigos e equipamentos destinados ao contato com alimentos; II – os laboratórios de pesquisa, de análise de amostras, de análise de produtos alimentares, água, medicamentos e correlatos e de controle de qualidade de produtos, equipamentos e utensílios; III – as entidades especializadas que prestam serviços de controle de pragas urbanas; IV – os de hospedagem de qualquer natureza; V – os de ensino fundamental, médio e superior, as pré-escolas e creches e os que oferecem cursos não regulares; VI – os de lazer e diversão, ginástica e práticas desportivas; VII – os de estética e cosmética, saunas, casas de banho e congêneres; VIII – os que prestam serviços de transporte de cadáver, velórios, funerárias, necrotérios, cemitérios, crematórios e congêneres; IX – as garagens de ônibus, os terminais rodoviários e ferroviários, os portos e aeroportos;

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X – os que prestam serviços de lavanderia, conservadoria e congêneres; XI – os que degradam o meio ambiente por meio de poluição de qualquer natureza e os que afetam os ecossistemas, contribuindo para criar um ambiente insalubre para o homem ou propício ao desenvolvimento de animais sinantrópicos; XII – outros estabelecimentos cuja atividade possa, direta ou indiretamente, provocar danos ou agravos à saúde ou à qualidade de vida da população. § 1º – O transporte sanitário, público ou privado, por ambulância de qualquer tipo, é considerado serviço de saúde e, como tal, passível de fiscalização por parte do gestor do SUS, em sua área de jurisdição. § 2º – O gestor normatizará os serviços a que se refere esta seção por meio de ato de sua competência, especificando a composição de seus equipamentos, em conformidade com as diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT –, as determinações técnicas de cada nível do SUS e a legislação federal em vigor...... Art. 134 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 135 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 4.098, de 23 de março de 1966. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 24 de setembro de 1999. NEWTON CARDOSO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.369, de 30/11/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 16/1999 Autoria: Dep. Rogério Correia – PT Dep. Maria José Haueisen – PT Cria o Programa de Incentivo à Formação de Bombeiros Voluntários. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criado o Programa de Incentivo à Formação de Bombeiros Voluntários, também denominado Programa Brigada Voluntária de Incêndio. (Vide Lei nº 14.130, de 19/12/2001.) (Vide inciso II do art. 61 da Lei nº 14.684, de 30/7/2003.) Art. 2º – O Programa Brigada Voluntária de Incêndio tem como objetivo estimular a participação da sociedade civil na prevenção e no combate a incêndios e no exercício de

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atividades de busca, salvamento e atendimento pré-hospitalar de emergência, sobretudo nos municípios onde não houver destacamento do Corpo de Bombeiros Militar. Art. 3º – Para a consecução dos objetivos estabelecidos no art. 2º desta lei, cabe ao poder público: I – realizar palestras sobre a importância da participação da sociedade civil na prevenção e no combate a incêndios; II – oferecer suporte técnico à criação das Brigadas Voluntárias de Incêndio; III – celebrar convênios com entidades governamentais e não governamentais com o objetivo de repassar às Brigadas equipamentos para combate a incêndios; IV – confeccionar e distribuir cartilhas educativas sobre os meios de prevenção e combate a incêndios; V – promover a integração entre as diversas Brigadas Voluntárias de Incêndio do Estado; VI – realizar vistorias periódicas nos bens considerados de interesse histórico, cultural, artístico, turístico, paisagístico e natural do Estado e propor medidas para a eliminação de possíveis focos de incêndio. Art. 4º – Cabe ao Corpo de Bombeiros Militar a coordenação e o controle das atividades dos bombeiros voluntários. Art. 5º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicação. Art. 6º – Esta lei entra em vigor no exercício fiscal seguinte ao de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de novembro de 1999. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.373, de 30/11/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 204/1999 Autoria: Dep. Jorge Eduardo de Oliveira – PMDB Dispõe sobre a criação da Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio do Machado – APA do Rio do Machado – e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam declarados Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio do Machado – APA do Rio do Machado – os terrenos que integram a bacia

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hidrográfica desse rio, nos Municípios de Espírito Santo do Dourado, Congonhal, Ipuiúna, São João da Mata, Poço Fundo, Carvalhópolis, Campestre, Machado, Alfenas, Paraguaçu e Fama. § 1º – A área de que trata o “caput” deste artigo, medindo 1.016km2 (mil e dezesseis quilômetros quadrados), tem seus limites definidos pelo perímetro da bacia hidrográfica do rio do Machado, com 211,8km (duzentos e onze quilômetros e oito hectômetros) de extensão.

§ 2º – O Poder Executivo, no prazo de cento e oitenta dias, elaborará o memorial descritivo da APA do Rio do Machado, contendo os limites da bacia e as áreas dos municípios abrangidos.

Art. 2º – A APA do Rio do Machado destina-se à recuperação, à preservação e à conservação do rio do Machado e afluentes eespecialmente:

I – à proteção do ecossistema ribeirinho para a manutenção do regime hidrológico; II – à preservação dos remanescentes florestais da bacia hidrográfica;

III – à recomposição florestal da vegetação ciliar e das demais áreas de preservação permanente previstas na Lei nº 10.561, de 27 de dezembro de 1991;

IV – à melhoria das condições para a recuperação e proteção da fauna e da flora regionais, notadamente das espécies ribeirinhas; V – à conservação e à recuperação das margens ribeirinhas degradadas por empresas que exploram o leito do rio por meio de dragas ou por outras formas;

VI – ao estímulo à melhoria da qualidade ambiental das áreas circunvizinhas. Parágrafo único – A recuperação e a conservação de que trata o inciso VI serão efetuadas concomitantemente com a exploração das margens ribeirinhas ou na forma determinada pelo órgão ambiental competente.

Art. 3º – É proibido na APA do Rio do Machado: I – promover ações de desmatamento, drenagem, aterro, obstrução de canais e outras que provoquem degradação ambiental ou descaracterizem os ecossistemas da bacia, sem a adoção de medidas compensatórias de recuperação ambiental, incluídas as que resguardem o efeito estabilizador da cobertura vegetal contra o aparecimento dos pontos suscetíveis a erosão;

II – realizar obras que importem ameaça ao equilíbrio ecológico, em especial obras de dragagem no leito ou nas margens do rio ou que atentem contra os objetivos referidos no art. 2º desta lei, sem autorização do poder público; III – realizar terraplenagem, aterros e demais obras de construção civil sem a adoção das devidas medidas de proteção aos ecossistemas, previamente aprovadas pelos órgãos ambientais ou de gestão da APA;

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IV – empregar herbicidas ou outros produtos químicos tóxicos numa área de 150m (cento e cinqüenta metros) das margens dos cursos de água, bem como lançar efluentes nesses corpos receptores sem prévio tratamento; V – pescar com utilização de redes, tarrafas, armadilhas ou assemelhados. Art. 4º – O Estado se articulará com os municípios abrangidos pela APA do Rio do Machado para implantação e administração dessa unidade de conservação. Parágrafo único – A APA do Rio do Machado será gerida por órgão colegiado criado na forma do regulamento desta lei, composto de representantes do poder público estadual e dos municípios envolvidos, dos usuários e de entidades da sociedade civil organizada com sede e atuação comprovada na bacia hidrográfica. Art. 5º – O descumprimento do disposto no art. 3º desta lei, sem prejuízo da responsabilização civil e criminal cabível e da obrigação de reparação do dano causado, constitui infração administrativa e sujeita os infratores às seguintes penalidades, que poderão ser cumulativas: I – embargo da atividade; II – multa diária de até 200 UFIRs (duzentas Unidades Fiscais de Referência ); III – suspensão da licença de operação. Art. 6º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias. Art. 7º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horioznte, aos 30 de novembro de 1999. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.393, de 7/12/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 64/1999 Autoria: Dep. Bilac Pinto – PFL Regulamentação Total: Decreto nº 41.184, de 19/7/2000 Torna obrigatória a publicação da relação dos estabelecimentos multados por poluição e degradação ambiental. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O Poder Executivo publicará, anualmente, no dia 5 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente –, em ordem alfabética, a relação dos nomes dos

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estabelecimentos comerciais e industriais que, nos doze meses imediatamente anteriores, tenham sido apenados, com base na legislação ambiental do Estado, com multa ou suspensão de atividades, por infrações consideradas graves ou gravíssimas pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente – COPAM –, nos termos da Lei 7.772, de 8 de setembro de 1980. § 1º – A relação de que trata este artigo será publicada no órgão oficial dos Poderes do Estado, sob título específico e de forma destacada, sem prejuízo de sua divulgação por outros meios de comunicação. § 2º – Constarão na relação de que trata este artigo, além dos nomes dos estabelecimentos apenados, a modalidade de pena aplicada, os valores das multas cominadas, atualizados em moeda corrente, e as datas de vencimento, ainda que já quitado o débito. § 3º – Não havendo edição do órgão oficial dos Poderes do Estado no dia 5 de junho, a publicação será efetuada na edição imediatamente posterior. § 4º – Para efeito do que dispõe este artigo, será considerada apenas a penalidade aplicada após decisão administrativa definitiva. Art. 2º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 3º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 07 de dezembro de 1999. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.412, de 22/12/1999 Proposição: Projeto de Lei nº 569/1999 Autoria: Dep. Dalmo Ribeiro Silva – PSD Altera a redação do art. 1º e do parágrafo único do art. 2º da Lei nº 10.821, de 22 de julho de 1992, e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O art. 1º e o parágrafo único do art. 2º da Lei nº 10.821, de 22 de julho de 1992, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º – Fica instituída no Estado a Semana dos Rios e das Águas, a ser comemorada, anualmente, no período compreeendido entre o primeiro e o segundo sábados do mês de agosto.

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Art. 2º – ......

Parágrafo único – Serão promovidas atividades comemorativas da Semana dos Rios e das Águas nas escolas estaduais e nas particulares inspecionadas pelo Estado.”.

Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 22 de dezembro de 1999.

ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.451, de 10/1/2000

Proposição: Projeto de Lei nº 497/1999

Autoria: Governador Itamar Franco

Dispõe sobre a prática de medidas sanitárias para erradicação de doença animal e controle de qualidade dos produtos agropecuários.

(Vide Lei nº 13.605, de 28/6/2000.)

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

......

Art. 11 – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável dará apoio ao IMA no que concerne à adequação das medidas previstas nesta lei, em relação às normas ambientais em vigor.

......

Art. 14 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 15 – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 10 de janeiro de 2000. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.460, de 12/1/2000 Proposição: Projeto de Lei nº 396/1999

Autoria: Dep. Maria José Haueisen – PT

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Institui o Programa Estadual de Economia de Material e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituído o Programa Estadual de Economia de Material, com vista à adoção de padrões de consumo sustentáveis pela administração pública do Estado, por meio da redução, reutilização e reciclagem de materiais utilizados no serviço público. Art. 2º – Para a execução do programa de que trata esta lei, cabe ao poder público: I – empreender estudos voltados para a adoção de padrões sustentáveis de consumo de material no âmbito da administração pública estadual; II – apreciar propostas de redução de gasto com material e deliberar sobre elas, preservando a qualidade dos serviços prestados; III – coordenar e avaliar a implementação de projetos de redução de gastos com materiais; IV – realizar campanhas educativas destinadas a orientar os servidores públicos sobre a necessidade de reciclagem do papel utilizado no ambiente de trabalho, bem como sobre as técnicas de separação e identificação do papel para reciclagem; V – criar grupos de trabalho destinados a sistematizar a coleta de material destinado à reciclagem e sua reutilização no âmbito dos diversos órgãos públicos; VI – celebrar parcerias com entidades não governamentais, visando à reciclagem do material utilizado na administração pública; VII – realizar concorrência pública destinada à seleção das empresas que se incumbirão do recolhimento e da reciclagem do material coletado.

§ 1º – O Poder Executivo criará comissão composta de representantes dos órgãos públicos estaduais, à qual incumbirá o gerenciamento das medidas a que se refere este artigo. § 2º – Para a consecução do disposto no § 1º deste artigo, a comissão coletará e organizará informações e elaborará relatórios sobre o consumo de material na administração pública estadual, estimulando o intercâmbio entre os órgãos e entidades da administração direta e indireta do Estado. Art. 3º – Fica instituído o Prêmio Estadual de Economia e Reciclagem de Material, atribuído, anualmente, ao órgão público ou entidade que obtiver os melhores índices percentuais de redução da despesa com material administrativo, na forma do disposto nesta lei. Art. 4º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de janeiro de 2000. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 13.494, de 5/4/2000 Proposição: Projeto de Lei nº 232/1999 Autoria: Dep. Hely Tarqüínio – PSDB Dep. Maria Olívia – PSDB

Dispõe sobre a rotulagem de alimentos resultantes de Organismos Geneticamente Modificados – OGM. (Vide Lei nº 14.127, de 14/12/2001.) (Vide art. 1º da Lei nº 16.162, de 1º/6/2006.) O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1º – Os estabelecimentos que industrializam ou comercializam, no Estado, alimentos transgênicos, resultantes de Organismos Geneticamente Modificados – OGM -, ficam obrigados a rotular esses produtos e a fazer constar em seu rótulo, em destaque, a frase: “Produto Geneticamente Modificado”.

Art. 2º – Fica sujeito à apreensão pelo órgão competente o produto geneticamente modificado comercializado em desacordo com o disposto nesta lei. Art. 3º – Os estabelecimentos a que se refere o art. 1º terão o prazo de noventa dias para adequarem seus produtos ao disposto nesta lei. Art. 4º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 5 de abril de 2000. ANDERSON ADAUTO – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 13.635, de 12/7/2000

Proposição: Projeto de Lei nº 458/1999 Autoria: Dep. Pastor George – PL Declara o buriti de interesse comum e imune de corte. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – Fica declarada de interesse comum e imune de corte no Estado a palmeira buriti – “Mauritia sp” –, conforme o disposto no art. 7º da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965.

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§ 1º – O corte, a extração e a supressão do buriti serão admitidos, excepcionalmente, mediante prévia autorização do Instituto Estadual de Florestas – IEF –, quando necessários à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública, respeitada a legislação ambiental do Estado. § 2º – Nas áreas urbanas, a autorização de que trata o § 1º poderá ser concedida pelo órgão municipal competente, observado o disposto nesta lei. Art. 2º – O corte, a extração ou a supressão do buriti sem prévia autorização do órgão competente constitui infração administrativa, sujeitando o infrator às penalidades previstas na legislação florestal do Estado, sem prejuízo da sanção penal cabível. Art. 3º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de julho de 2000. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.766, de 30/11/2000 Proposição: Projeto de Lei nº 4/1999 Autoria: Dep. Sávio Souza Cruz – PSB Dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo e altera dispositivo da Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, que dispõe sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O Estado apoiará e incentivará, por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente, o município que queira implantar em seu território política de coleta seletiva de lixo, com o objetivo de proteger e preservar o meio ambiente. (Vide Lei nº 14.128, de 19/12/2001). Art. 2º – Para a consecução dos objetivos previstos no art. 1º desta lei, incumbe ao poder público estadual: I – prestar assistência técnica, operacional e financeira ao município, por meio de convênio ou instrumento congênere; II – promover, em articulação com o município, campanhas educativas dirigidas às populações diretamente interessadas;

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III – criar programas e projetos específicos, observado o disposto no art. 161, I, da Constituição do Estado; IV – celebrar convênio com entidade educacional ou de defesa do meio ambiente, pública ou privada; V – tornar disponíveis máquinas, veículos e equipamentos. VI – incentivar a constituição de associações e cooperativas destinadas à coleta de materiais passíveis de reciclagem, por meio da criação de linhas de crédito com condições especiais e de apoio técnico à execução dos seus objetivos. (Inciso acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 17.503, de 26/5/2008.) Art. 3º – Os recursos para atender às despesas decorrentes do cumprimento desta lei serão provenientes de: I – dotações consignadas no orçamento do Estado; II – doações de entidades públicas ou privadas e de pessoas físicas; III – transferências de fundos federais e estaduais; IV – fontes diversas. Art. 4º – Compete ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – estabelecer normas para recolhimento, reutilização, reciclagem, tratamento ou dispositivo final ambientalmente adequada de resíduo sólido que, por sua composição físico-química, necessite de procedimentos especiais para descarte no meio ambiente sem prejuízo do disposto na Lei nº 13.796, de 20 de dezembro de 2000. § 1º – Incluem-se entre os resíduos sólidos a que se refere o “caput” deste artigo disquete de computador, lâmpada fluorescente, pilha e bateria. § 2º – Os resíduos de que trata este artigo serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que comercializam os produtos que lhes deram origem ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, a fim de que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, procedimentos de reutilização, reciclagem e tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. § 3º – Os estabelecimentos comerciais e a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores manterão recipientes para descarte dos resíduos a que se refere este artigo, obedecidas as normas ambientais e de saúde pública pertinentes e as recomendações definidas pelos fabricantes ou importadores, até que estes promovam seu recolhimento e disposição ambientalmente adequada. § 4º – O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator à pena de multa, nos termos da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, sem prejuízo de outras combinações cabíveis. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 14.577, de 15/1/2003)

(Vide Lei nº 14.128, de 19/12/2001.)

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Art. 4º-A – Os órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta do Estado instituirão coleta seletiva de lixo, de acordo com o disposto nesta lei, na hipótese de inexistência de legislação municipal pertinente, obedecidas as seguintes diretrizes:

I – as atividades de coleta seletiva de resíduos recicláveis, tais como papel, papelão, plástico, metal e vidro, integrarão iniciativas voltadas para a educação ambiental;

II – os recipientes para coleta de resíduos recicláveis serão dispostos em local de fácil acesso e identificados por meio de cores padronizadas para cada tipo de material, conforme parâmetros definidos pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam;

III – o material coletado poderá ser doado para associações e cooperativas de catadores de lixo e, na falta destas, para instituições congêneres.

Parágrafo único – Mediante procedimento licitatório, poderão ser feitas parcerias com empresas e instituições da iniciativa privada para receber em doação os recipientes a que se refere o inciso II do caput deste artigo, permitida a cessão à instituição doadora, nos termos do contrato de parceria, de até um oitavo da área dos recipientes, pelo período máximo de seis meses, para veiculação de propaganda.

(Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 16.689, de 11/1/2007.)

Art. 5º – A alínea “a” do inciso VIII do art. 1º da Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º – ......

VIII – ......

a) parcela de, no máximo, 50% (cinqüenta por cento) do total será distribuída aos municípios cujos sistemas de tratamento ou disposição final de lixo e de esgoto sanitário, com operação licenciada pelo órgão ambiental estadual, atendam, no mínimo, a, respectivamente, 70% (setenta por cento) e a 50% (cinqüenta por cento) da população, sendo que o valor máximo a ser atribuído a cada município não excederá o respectivo investimento, estimado com base na população atendida e no custo médio “per capita”, fixado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, dos sistemas de aterro sanitário, usina de compostagem de lixo e estação de tratamento de esgotos sanitários, bem como aos que, comprovadamente, tenham implantado em seu território sistema de coleta seletiva de lixo;”.

Art. 6º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de novembro de 2000.

ITAMAR FRANCO – Governador do Estado.

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NORMA: LEI Nº 13.771, de 11/12/2000

Proposição: Projeto de Lei nº 645/1999 Autoria: Dep. Fábio Avelar – PPS Dispõe sobre a administração, a proteção e a conservação das águas subterrâneas de domínio do Estado e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Capítulo I

Disposições Preliminares Art. 1º – A administração, a proteção e a conservação das águas subterrâneas de domínio do Estado são regidas pelas disposições desta lei e das normas dela decorrentes e, no que couber, pela legislação relativa a recursos hídricos. § 1º – Para os efeitos desta lei, são consideradas águas subterrâneas as águas existentes no solo e no subsolo.

§ 2º – Quando as águas subterrâneas, por razões de suas qualidades físico-químicas e propriedades oligominerais, prestarem-se à exploração para fins comerciais ou terapêuticos e puderem ser classificadas como águas minerais, a sua utilização será regida tanto pela legislação federal quanto pela legislação estadual relativa à saúde pública, assim como pelas disposições específicas desta lei. Art. 2º – Na aplicação desta lei e das normas dela decorrentes, será considerada a interconexão hidráulica existente entre as águas subterrâneas e as superficiais, condicionada à evolução temporal do ciclo hidrológico. Capítulo II

Das Ações de Gestão Art. 3º – O gerenciamento das águas subterrâneas compreende:

I – a sua avaliação quantitativa e qualitativa e o planejamento de seu aproveitamento racional;

II – a outorga e a fiscalização dos direitos de uso dessas águas;

III – a adoção de medidas relativas à sua conservação, preservação e recuperação. Art. 4º – O Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM – desenvolverá ações visando a promover o gerenciamento eficaz das águas subterrâneas, mediante:

I – a instituição e a manutenção de cadastro de poços e outras captações; II – a proposição e a implantação de programas permanentes de conservação e proteção dos aqüíferos, visando ao seu uso sustentado;

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III – a implantação de sistemas de outorga e de consulta permanente, de forma a otimizar o atendimento aos usuários de produtos e serviços. Capítulo III Da Proteção e do Controle Seção I Da Defesa da Qualidade Art. 5º – A conservação e a proteção das águas subterrâneas implicam seu uso racional, a aplicação de medidas de controle da poluição e a manutenção de seu equilíbrio físico- químico e biológico em relação aos demais recursos naturais. Art. 6º – É vedada qualquer ação, omissão ou atividade que cause ou possa causar poluição das águas subterrâneas. Parágrafo único – Para os efeitos desta lei, considera- se poluição qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas das águas subterrâneas que possa ocasionar prejuízo à saúde, à segurança e ao bem-estar da população e comprometer o seu uso para fins de abastecimento humano e outros. Art. 7º – Os projetos de implantação ou ampliação de empreendimentos de alto risco ambiental, tais como pólos petroquímicos, carboquímicos, cloroquímicos e radiológicos, ou qualquer outra fonte potencial de contaminação das águas subterrâneas que tragam periculosidade e risco para a saúde do público em geral conterão caracterização detalhada da hidrogeologia local, incluindo avaliação da vulnerabilidade dos aqüíferos potencialmente afetados, assim como proposta para as medidas de proteção e controle a serem adotadas. Art. 8º – A implantação ou ampliação de empreendimentos consumidores de elevados volumes de águas subterrâneas, classificados ambientalmente como empreendimentos de grande porte e de potencial poluidor, será precedida de estudo hidrogeológico para avaliação das disponibilidades hídricas e do não-comprometimento do aqüífero a ser explotado, sem prejuízo da apreciação do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM-MG. Art. 9º – As áreas com depósitos de resíduos construídos no solo e com efluentes perigosos serão dotadas de sistema de monitoramento das águas subterrâneas, a cargo do responsável pelo empreendimento, executado conforme plano, aprovado pelo COPAM- MG, que conterá: I – a localização e os detalhes construtivos do poço de monitoramento; II – a forma de coleta de amostras, a freqüência de amostragem, os parâmetros a serem analisados e os métodos analíticos adotados; III – a espessura da zona saturada e a direção de escoamento do aqüífero freático, assim como a identificação das eventuais interconexões com outras unidades aqüíferas. Art. 10 – O responsável pelo empreendimento elaborará relatórios e fornecerá as informações obtidas no monitoramento qualitativo sempre que for solicitado pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG.

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Art. 11 – No caso de comprovada alteração dos parâmetros naturais da qualidade da água subterrânea, o responsável pelo empreendimento executará os trabalhos necessários para sua recuperação, ficando sujeito às sanções cabíveis, conforme os arts. 25 e 26 desta lei, sem prejuízo de outras sanções legais. Seção II Das Áreas de Proteção Art. 12 – Quando, tanto no interesse da conservação, proteção ou manutenção do equilíbrio natural das águas subterrâneas quanto no interesse dos serviços públicos de abastecimento de água, ou também por motivos geológicos, geotécnicos ou ecológicos, se fizer necessário restringir a captação e o uso dessas águas, o órgão outorgante do direito de uso poderá, com base em estudos hidrogeológicos ambientais, instituir áreas de proteção e controle, restringir as vazões captadas por poços, estabelecer as distâncias mínimas entre poços e tomar outras medidas que o caso requeira. Art. 13 – Para os fins desta lei, as áreas de proteção dos aqüíferos subterrâneos classificam-se em: I – Área de Proteção Máxima, compreendendo, no todo ou em parte, zonas de recarga, descarga e transporte de aqüíferos altamente vulneráveis à poluição e que se constituam em depósitos de águas essenciais para abastecimento público ou para suprir atividades consideradas prioritárias pelos Comitês de Bacia ou, na sua ausência, pelo CERH-MG; II – Área de Restrição e Controle, caracterizada pela necessidade de disciplinamento das extrações, controle máximo das fontes poluidoras já implantadas e restrição a novas atividades potencialmente poluidoras; III – Área de Proteção de Poços e Outras Captações, abrangendo a distância mínima entre poços e outras captações e o respectivo perímetro de proteção. Art. 14 – Nas Áreas de Proteção Máxima, não serão permitidos: I – a implantação de indústrias de alto risco ambiental, de pólos petroquímicos, carboquímicos, cloroquímicos e radiológicos ou de quaisquer outras fontes potenciais de grande impacto ambiental; II – as atividades agrícolas que utilizem produtos tóxicos de grande mobilidade no solo e que possam colocar em risco as águas subterrâneas, conforme relação divulgada pelo COPAM-MG; III – o parcelamento do solo em unidades inferiores a 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados). Parágrafo único – Nas áreas a que se refere o “caput” deste artigo, será admitido o parcelamento do solo em unidades superiores a 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) quando destinadas a residências unifamiliares horizontais dotadas de sistema adequado de tratamento de efluentes e de disposição de resíduos sólidos.

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Art. 15 – Nos casos de escassez de água subterrânea ou de prejuízo sensível aos aproveitamentos existentes nas Áreas de Proteção Máxima, o CERH-MG poderá: I – proibir novas captações até que o aqüífero se recupere ou seja superado o fato que determinou a carência de água; II – restringir e regular a captação de água subterrânea, estabelecendo volume máximo a ser extraído em cada captação e o seu regime de operação; III – controlar as fontes de poluição existentes, mediante programa específico de monitoramento; IV – restringir novas atividades potencialmente poluidoras.

Parágrafo único – Quando houver restrição à extração de águas subterrâneas, serão atendidas prioritariamente as captações destinadas ao abastecimento público de água, cabendo ao CERH-MG estabelecer a escala de prioridades, segundo as condições locais. Art. 16 – Nas áreas de proteção de poços e de outras captações, serão instituídos perímetros de proteção sanitária e de alerta contra a poluição. Capítulo IV Dos Estudos, Projetos, Pesquisas e Obras Art. 17 – Os estudos e as pesquisas de águas subterrâneas, os projetos e as respectivas obras serão realizados por profissionais, empresas ou instituições legalmente habilitados pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA-MG -, observado o disposto no art. 18 desta lei. Capítulo V Da Outorga de Direito de Uso Seção I Da Licença de Execução Art. 18 – (Vetado). I – (Vetado). II – (Vetado). III – Vetado). § 1º – (Vetado). § 2º – (Vetado). Seção II Das Concessões e Autorizações Art. 19 – A utilização das águas subterrâneas estaduais depende de: I – concessão administrativa, quando a água se destinar a uso de utilidade pública;

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II – autorização administrativa, quando a água se destinar a finalidade diversa da prevista no inciso anterior. § 1° – Serão definidas pelo CERH-MG as normas gerais para obtenção da outorga. § 2º – (Vetado). § 3º – (Vetado). Art. 20 – A outorga de direito de uso da água fica condicionada aos objetivos do Plano Estadual de Recursos Hídricos e considerará os fatores econômicos e sociais envolvidos. § 1º – As outorgas serão dadas por tempo determinado. § 2º – Se, durante três anos consecutivos, o outorgado deixar de fazer uso exclusivo das águas, a outorga será declarada caduca. § 3° – Os atos de outorga farão referência à cobrança pela utilização da água, nos termos previstos na legislação específica. Capítulo VI Do Cadastro Art. 21 – Os proprietários de captações de águas subterrâneas já existentes, em operação ou paralisadas, ficam obrigados a cadastrá-las no IGAM no prazo de cento e oitenta dias contados da data da publicação desta lei. Parágrafo único – O não-atendimento ao disposto no “caput” deste artigo sujeita o infrator à sanção prevista no art. 26 desta lei. Capítulo VII Da Fiscalização, das Infrações e das Sanções Seção I Da Fiscalização Art. 22 – Ao IGAM compete fiscalizar o cumprimento das disposições previstas nesta lei, seu regulamento e normas decorrentes. (Artigo com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 14.596, de 23/1/2003.) Art. 23 – No exercício da ação fiscalizadora, fica assegurado aos agentes públicos credenciados o livre acesso aos pontos de captação, às obras ou aos serviços que possam afetar a quantidade e a qualidade das águas subterrâneas. Parágrafo único – Aos agentes públicos credenciados, entre outras atribuições previstas em leis ou regulamentos, cabe o exercício das seguintes funções, podendo, se necessário, requisitar força policial para garantir a sua execução: I – efetuar vistorias, levantamentos, avaliações e examinar a documentação técnica pertinente; II – verificar a ocorrência de infrações e emitir os respectivos autos;

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III – intimar, por escrito, o infrator a prestar esclarecimentos em local, dia e hora previamente fixados. Seção II Das Infrações Art. 24 – Consideram-se infrações às disposições desta lei, além das infrações previstas na Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, as seguintes: I – deixar de cadastrar obra de captação conforme exigido por lei ou regulamento; II – provocar a salinização ou poluição de aqüíferos subterrâneos; III – deixar de vedar poço ou outra obra de captação, abandonados ou inutilizados; IV – deixar de colocar dispositivo de controle em poços jorrantes;

V – remover cobertura vegetal em área de recarga de aqüífero subterrâneo instituída pelo Poder Público; VI – realizar a obra em local diferente daquele para o qual foi licenciada; VII – descumprir medida preconizada para Área de Proteção ou de Restrição e Controle; VIII – infringir outras disposições desta lei e de normas dela decorrentes. Art. 25 – As infrações previstas no artigo 24 desta Lei classificam-se em leves, graves e gravíssimas, na forma a ser estabelecida em regulamento. (Caput com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 14.596, de 23/1/2003.) I – (Inciso revogado pelo art. 4º da Lei nº 14.596, de 23/1/2003.) Dispositivo revogado: “I – a maior ou a menor gravidade;” II – (Inciso revogado pelo art. 4º da Lei nº 14.596, de 23/1/2003.) Dispositivo revogado: “II – as circunstâncias atenuantes ou agravantes;” III – (Inciso revogado pelo art. 4º da Lei nº 14.596, de 23/1/2003.)

Dispositivo revogado: “III – os antecedentes do infrator.” Parágrafo único – Responderá pela infração quem, por qualquer modo, cometê-la, concorrer para sua prática ou dela beneficiar-se. Seção III Das Sanções Art. 26 – O descumprimento das disposições desta lei e das normas dela decorrentes sujeita o infrator às sanções previstas na Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999.

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Capítulo VIII Disposições Gerais Art. 27 – O usuário de água subterrânea operará a sua captação de modo a assegurar a capacidade do aqüífero e a evitar desperdício, podendo o IGAM exigir a recuperação dos danos que vierem a ser causados. Art. 28 – Os poços e outras obras de captação de águas subterrâneas serão dotados de equipamentos hidrométricos, definidos pelo CERH-MG, e as informações por eles obtidas serão apresentadas àquele órgão, quando solicitadas. Art. 29 – Nas instalações de captação de águas subterrâneas destinadas a abastecimento público, os concessionários desses serviços realizarão periodicamente análises físicas, químicas e bacteriológicas da água, nos termos da legislação sanitária. Art. 30 – Os poços abandonados e aqueles que representem riscos aos aqüíferos serão adequadamente tamponados de forma a evitar acidentes, contaminação ou poluição.

Art. 31 – Os poços jorrantes serão dotados de dispositivos que impeçam desperdício da água ou eventuais desequilíbrios ambientais.

Art. 32 – As escavações, sondagens ou obras para pesquisa relativa a lavra mineral ou para outros fins que atingirem águas subterrâneas terão tratamento idêntico ao de captações ou ao de poços abandonados, caso tenha cessado a atividade minerária, de forma a preservar e conservar os aqüíferos.

Art. 33 – A recarga artificial de aqüíferos dependerá de autorização do CERH-MG e fica condicionada à realização de estudos que comprovem sua conveniência técnica, econômica e sanitária e a preservação da qualidade das águas subterrâneas. Art. 34 – Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênio com outros Estados, relativamente aos aqüíferos também a eles subjacentes, objetivando estabelecer normas e critérios que permitam o uso harmônico e sustentado das águas. Art. 35 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 36 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 11 de dezembro de 2000. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.796, de 20/12/2000 Proposição: Projeto de Lei nº 58/1999 Autoria: Dep. João Leite – PSDB

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Dispõe sobre o controle e o licenciamento dos empreendimentos e das atividades geradoras de resíduos perigosos no Estado. (Vide Lei nº 14.128, de 19/12/2001.) (Vide Lei nº 14.129, de 19/12/2001.) (Vide art.1º da Lei nº 14.577, de 15/1/2003.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Cabe ao empreendimento produtor ou gerador de resíduos perigosos obter o licenciamento ambiental nos órgãos de meio ambiente competentes ou, no caso de resíduos perigosos gerados por serviço de saúde, providenciar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e submetê-lo à aprovação dos órgãos de saúde e de meio ambiente competentes. Art. 2º – Os órgãos de saúde e de meio ambiente competentes estabelecerão prazo para que os empreendimentos referidos no artigo 1º desta Lei requeiram o licenciamento ambiental ou apresentem o Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos. Parágrafo único – A não-apresentação, no prazo estabelecido, do requerimento de licenciamento ambiental ou do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos implica a aplicação das penalidades previstas na legislação em vigor. Art. 3º – O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos estabelecimentos prestadores de serviço de saúde conterá: I – o Plano de Monitoramento Ambiental; II – a especificação dos tipos de resíduos gerados durante a prestação do serviço de saúde; III – as condições de liberação de efluentes ou resíduos líquidos durante o processo de geração de resíduos ou de prestação de serviço de saúde. Art. 4º – Para os efeitos desta Lei, consideram-se:

I – resíduos sólidos os resíduos em estado sólido ou semi-sólido resultantes de atividade industrial, doméstica, hospitalar, comercial ou agrícola, de serviços e de varrição, aí incluídos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, os resíduos gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água ou que exijam soluções técnica e economicamente inviáveis para que isso seja feito; II – resíduos perigosos os que apresentam periculosidade ou, pelo menos, uma das características seguintes: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, conforme definido na NBR nº 10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT –;

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III – resíduos de serviços de saúde os resultantes de atividades exercidas por estabelecimento gerador, de acordo com a classificação adotada pela NBR nº 12.808, da ABNT;

IV – gerador o empreendimento que, em decorrência de suas atividades, produza resíduos perigosos; V – produtor o empreendimento que, por processo industrial, produza substâncias perigosas; VI – transportador o responsável pelo transporte de resíduos perigosos;

VII – unidade receptora o estabelecimento que tenha como finalidade o armazenamento temporário e o processamento de resíduos perigosos; VIII – armazenamento de resíduos a contenção temporária de resíduos, em área autorizada pelo órgão de controle ambiental, á espera de reciclagem, recuperação, tratamento ou disposição final adequada.

(Vide Lei nº 14.508, de 20/12/2002.) Art. 5º – O transportador de resíduos perigosos é responsável pelo transporte do material e pelo trânsito dos veículos em condições que garantam a segurança do pessoal envolvido, a preservação ambiental e a saúde pública, bem como pelo cumprimento da legislação e da normatização pertinentes. Art. 6º – O licenciamento, o controle e a fiscalização de todo e qualquer sistema, público ou privado, de geração, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposição final de resíduos perigosos, nos aspectos concernentes aos impactos sobre o meio ambiente e a saúde humana, são de responsabilidade dos órgãos ambientais e de saúde pública competentes.

Art. 7º – O Produtor ou o gerador de resíduos perigosos serão responsáveis pelo transporte, pelo armazenamento, pela reciclagem, pelo tratamento e pela disposição final dos resíduos do empreendimento, e co-responsáveis no caso de transferência a terceiros.

Art. 8º – O produtor ou o gerador poderão encaminhar os resíduos perigosos a unidade receptora de resíduos perigosos operada por terceiros, para fins de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final, desde que a unidade esteja devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente, mediante autorização específica para o transporte dos resíduos.

§ 1º – O contrato entre o gerador e a unidade receptora de resíduos perigosos especificará a composição e as características técnicas dos resíduos, bem como o processo que será utilizado pela unidade receptora para lhes dar a destinação contratada. § 2º – Cumpridas as condições estabelecidas neste artigo, caberá à unidade receptora de resíduos perigosos a responsabilidade pela gestão correta e ambientalmente segura do resíduo recebido do gerador.

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Art. 9º – O produtor ou o gerador de resíduos perigosos são responsáveis pelo passivo oriundo da desativação de sua fonte geradora, bem como pela recuperação da área por ela contaminada. Art. 10 – O gerenciador de unidade receptora de resíduos perigosos será responsável pela elaboração do projeto e pela implantação, pela operação e pelo monitoramento de seu sistema, de acordo com a legislação e as normas técnicas pertinentes, bem como pelos procedimentos para encerramento das suas atividades, conforme projetos previamente aprovados pelos órgãos ambientais competentes. Art. 11 – (Vetado) I – (Vetado); II – (Vetado); III – (Vetado). § 1º – (Vetado). § 2º – (Vetado). § 3º – (Vetado). Art. 12 – Ficam proibidos o armazenamento, o depósito, a guarda e o processamento de resíduos perigosos gerados fora do Estado e que, em vista de suas características, sejam considerados pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – como capazes de oferecer risco elevado à saúde e ao meio ambiente. Parágrafo único – Sem prejuízo das sanções cíveis e penais cabíveis, o Estado providenciará a retirada e a disposição final adequada dos resíduos de que trata o “caput” deste artigo depositados em seu território, debitando o custo dessa operação a quem lhe tenha dado causa, independentemente da existência de culpa. Art. 13 – Os resíduos radioativos ou nucleares, sujeitos a legislação específica, não estão incluídos entre os resíduos perigosos de que trata esta Lei. Art. 14 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 15 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de dezembro de 2000. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.800, de 26/12/2000 Proposição: Projeto de Lei nº 795/2000 Autoria: Dep. Pastor George – PL Dispõe sobre as ilhas fluviais e lacustres de domínio estadual. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

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Art. 1º – As ilhas fluviais e lacustres de domínio do Estado e as áreas de ilhas que, em parte, sejam de domínio do Estado serão identificadas, demarcadas, cadastradas e destinadas preferencialmente, à proteção dos ecossistemas naturais. Parágrafo único – Comissão técnica multidisciplinar, criada pelo Poder Executivo, procederá ao levantamento dos aspectos jurídicos e ambientais das ilhas e das áreas a que se refere o “caput” deste artigo. Art. 2º – As ocupações antrópicas nas ilhas com potencial de aproveitamento socioeconômico serão realizadas de acordo com o disposto na legislação de terras devolutas. Parágrafo único – Quando a posse for insusceptível de regularização, o Estado promoverá o reassentamento dos ocupantes não proprietários de imóvel rural ou urbano em terras públicas destinadas à reforma agrária ou em projetos de colonização, preferencialmente na mesma região. Art. 3º – O Estado poderá delegar aos municípios, mediante convênio, o controle e a exploração das ilhas com potencial de aproveitamento socioeconômico. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 26 de dezembro de 2000. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.803, de 27/12/2000 Proposição: Projeto de Lei nº 830/2000 Autoria: Dep. Alberto Bejani – PFL Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A parcela da receita do produto da arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS – pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 158 da Constituição da República, será distribuída nos percentuais indicados no Anexo I desta lei, conforme os seguintes critérios: ...... VIII – meio ambiente: observados os seguintes critérios: a) parcela de, no máximo, 50% (cinqüenta por cento) do total será distribuída aos municípios cujos sistemas de tratamento ou disposição final de lixo ou de esgoto sanitário, com operação licenciada pelo órgão ambiental estadual, atendam, no mínimo, a,

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respectivamente, 70% (setenta por cento) e 50% (cinqüenta por cento) da população, respectivamente, sendo que o valor máximo a ser atribuído a cada município não excederá o seu investimento, estimado com base na população atendida e no custo médio “per capita” dos sistemas de aterro sanitário, usina de compostagem de lixo e estação de tratamento de esgotos sanitários, fixado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, bem como aos Municípios que comprovadamente tenham implantado em seu território sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos; (Alínea com redação dada pelo art. 54 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) b) o restante dos recursos será distribuído com base no Índice de Conservação do Município, calculado de acordo com o Anexo IV desta lei, considerando-se as unidades de conservação estaduais, federais e particulares, bem como as unidades municipais que venham a ser cadastradas, observados os parâmetros e os procedimentos definidos pelo órgão ambiental estadual; c) a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável fará publicar, até o último dia do trimestre civil, os dados apurados relativos ao trimestre imediatamente anterior, com a relação de municípios habilitados segundo as alíneas “a” e “b” deste inciso, para fins de distribuição dos recursos no trimestre subseqüente; d) os recursos recebidos na forma da alínea “a” serão utilizados prioritariamente na contratação de cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis, para a realização de serviços de coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos; (Alínea acrescentada pelo art. 54 da Lei 18.031, de 12/1/2009.) ...... Art. 5º – Esta lei entra em vigor no primeiro dia do ano subseqüente ao da data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995; a Lei nº 12.428, de 27 de dezembro de 1996; o art. 26 da Lei nº 12.581, de 17 de julho de 1997; a Lei nº 12.734, de 30 de dezembro de 1999, e a Lei nº 12.970, de 27 de julho de 1998. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 27 de dezembro de 2000. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado ...... Anexo IV Índice de Conservação do Município – IC (a que se refere a alínea “b” do inciso VIII do art. 1º da Lei nº 13.803, de 27 de dezembro de 2000.) I – Índice de Conservação do Município “I” IC = FCMi , onde: FCE

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a) FCMi = Fator de Conservação do Município “I” b) FCE = Fator de Conservação do Estado II – FCE : Fator de Conservação do Estado FCE = S FCMI, onde a) FCMi = Fator de Conservação do Município “I” FCMi = S FCM i,I b) FCM I,j = Fator de Conservação da Unidade de Conservação “j” no Município “I”. III – FCMi,j = Ár ea UCi,j x FC x FQ, onde Área Mi a) Área UC i,j = Área da Unidade de Conservação “j”no Município “i” b) Área Mi = Área do Município “i” c) FC = Fator de Conservação relativo à categoria de Unidade de Conservação, conforme tabela d) FQ – Fator de Qualidade, variável de 0,1 (um décimo) a 1 (um), relativo à qualidade física da área, plano de manejo, infra-estrutura, entorno protetivo, estrutura de proteção e fiscalização, entre outros parâmetros, conforme deliberação normativa do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM. (1) Nota: 1 – O Fator de Qualidade será igual a 1 até que sejam ponderadas as variáveis e disciplinada sua aplicação, por meio de deliberação normativa do COPAM. Tabela Fator de Conservação para Categorias de Manejo de Unidades de ConservaçãoNotas:

Categoria de Manejo Código Fator de Conservação - FC Estação ecológica EE 1 Reserva biológica RB 1 Parque PAQ 0,9 Reserva particular do patrimônio natural RPPN 0,9 Reserva particular de recomposição RPRA 0,9 ambiental (Item acrescentado pelo art. 9º da Lei nº 15.027, de 19/1/2004.) Floresta nacional, estadual ou municipal FLO 0,7 Área indígena AI 0,5 (1) Área de proteção ambiental I APA I 1 Zona de vida silvestre ZVS 0,1 Demais zonas DZ (1) Área de proteção ambiental II, federal APA II 0,025 ou estadual (2) Área de proteção especial APE 0,1 Outras categorias de manejo definidas em lei e declaradas pelo poder público estadual, com o respectivo fator de conservação. 1 – APA I dispõe de zoneamento ecológico-econômico; a APA II não dispõe de zoneamento. 2 – APE: declarada com base nos arts. 13, I, e 14 da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, para proteção de mananciais ou do patrimônio paisagístico e arqueológico.

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NORMA: LEI Nº 13.848, de 19/4/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 1.271/2000 Autoria: Governador Itamar Franco Extingue o Fundo de Saneamento Ambiental das Bacias dos Ribeirões Arrudas e Onça – PROSAM –, o Fundo SOMMA, o Fundo Estadual de Saneamento Básico – FESB – e o Fundo de Desenvolvimento Urbano – FUNDEURB – , autoriza a capitalização do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. – BDMG – e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... Art. 8º – O BDMG aplicará os recursos a que se referem o inciso II do artigo 3º, os incisos III dos artigos 4º e 6º e o parágrafo único do artigo 5º desta lei em programas de financiamento destinados a modernização institucional, saneamentos básico e ambiental e infra-estrutura urbana de municípios mineiros, em consonância com as diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Saneamento Básico, de que trata a Lei nº 11.720, de 28 de dezembro de 1994, e com as demais políticas públicas definidas pelo Estado, exclusivamente para o financiamento de despesas de capital, nos termos da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964...... Art. 13 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 14 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 11.399, de 6 de janeiro de 1994; a Lei nº 11.085, de 30 de abril de 1993, alterada pelo artigo 4º da Lei nº 11.727, de 30 de dezembro de 1994, e pela Lei nº 13.579, de 2 de junho de 2000; a Lei nº 11.719, de 28 de dezembro de 1994; a Lei nº 11.392, de 6 de janeiro de 1994; e os incisos I e IV do § 1º do artigo 1º da Lei nº 12.990, de 30 de julho de 1998. Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de abril de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.928, de 4/7/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 1.397/2001 Autoria: Dep. Wanderley Ávila – PPS

Cria a Medalha 500 Anos – Rio São Francisco.

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criada, em caráter excepcional, a Medalha 500 Anos – Rio São Francisco, destinada a galardoar as pessoas físicas ou jurídicas que contribuíram ou estejam contribuindo para a preservação da bacia hidrográfica do rio São Francisco. Parágrafo único – Os critérios para a concessão da medalha de que trata o “caput” deste artigo serão estabelecidos pela Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Art. 2º – A Medalha 500 Anos – Rio São Francisco, em edição única, será concedida no dia 4 de outubro de 2001, data comemorativa do descobrimento do rio São Francisco. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 04 de julho de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.949, de 11/7/2001

Proposição: Projeto de Lei nº 923/2000 Autoria: Governador Itamar Franco

Regulamentação Total: Decreto nº 42.644, de 5/6/2002 Estabelece o padrão de identidade e as características do processo de elaboração da Cachaça de Minas e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

...... Art. 12 – O Poder Executivo criará mecanismos de incentivo ao desenvolvimento de programas de:

I – pesquisa sobre espécies nativas adequadas à fabricação de tonéis destinados ao envelhecimento da Cachaça de Minas;

II – reflorestamento com as espécies a que se refere o inciso I; III – redução do impacto ambiental gerado pelos resíduos produzidos pelas unidades de produção de cachaça. Art. 13 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias contados da data de sua publicação.

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Art. 14 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 15 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 11 de julho de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.958, de 26/7/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 741/1999 Autoria: Dep. José Milton – PL Cria a Área de Proteção Ambiental – APA – Fazenda Capitão Eduardo e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica declarado Área de Proteção Ambiental – APA – Fazenda Capitão Eduardo o terreno de, aproximadamente, 260ha (duzentos e sessenta hectares), situado no Município de Belo Horizonte, contido na poligonal definida pelas coordenadas UTM (Projeção Universal Transversa de Mercator) 7806-7808 e 616-619, tendo como limites: a) a leste, a margem esquerda do rio das Velhas; b) ao sul, o leito da Ferrovia MRS; c) ao norte, a margem direita do ribeirão do Onça; d) a oeste, a linha que une as coordenadas mencionadas no “caput” deste artigo. Art. 2º – A APA Fazenda Capitão Eduardo destina-se à recuperação, à preservação e à conservação ambiental do terreno mencionado no artigo 1º e: I – à proteção do ecossistema natural da área; II – à recomposição da mata ciliar e das demais áreas de preservação previstas em lei; III – à melhoria das condições ambientais para a recuperação e a proteção da fauna e da flora locais; IV – à proteção de mananciais e do patrimônio paisagístico. Art. 3º – É proibido na APA Fazenda Capitão Eduardo: I – promover ação de desmatamento e degradação ambiental que descaracterize os ecossistemas da área; II – realizar obra que implique ameaça ao equilíbrio ecológico ou atente contra os objetivos relacionados no artigo 2º desta Lei. Art. 4º – O Estado articular-se-á com o Município de Belo Horizonte para a implantação e a administração da APA Fazenda Capitão Eduardo.

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Parágrafo único – Para a gestão da APA Fazenda Capitão Eduardo, será constituído órgão colegiado composto de representantes dos poderes públicos estadual e municipal e de entidades da sociedade civil organizada. Art. 5º – A pessoa física ou jurídica que desrespeitar o disposto nesta Lei estará sujeita a responsabilização civil e criminal. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 26 de julho de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 13.960, de 26/7/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 1.052/2000 Autoria: Dep. Luiz Tadeu Leite – PMDB Declara como área de proteção ambiental a região situada nos Municípios de Barão de Cocais, Belo Horizonte, Brumadinho, Caeté, Catas Altas, Ibirité, Itabirito, Mário Campos, Nova Lima, Raposos, Rio Acima, Santa Bárbara e Sarzedo e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Sob a denominação de Área de Proteção Ambiental Sul Região Metropolitana de Belo Horizonte – APA Sul RMBH –, fica declarada área de proteção ambiental a região situada nos Municípios de Barão de Cocais, Belo Horizonte, Brumadinho, Caeté, Catas Altas, Ibirité, Itabirito, Mário Campos, Nova Lima, Raposos, Rio Acima, Santa Bárbara e Sarzedo, com a delimitação geográfica constante no anexo desta Lei. Art. 2º – A declaração de que trata o artigo anterior tem por objetivo proteger e conservar os sistemas naturais essenciais à biodiversidade, especialmente os recursos hídricos necessários ao abastecimento da população da Região Metropolitana de Belo Horizonte e das áreas adjacentes, com vistas à melhoria da qualidade de vida da população local, à proteção dos ecossistemas e ao desenvolvimento sustentado. Art. 3º – Para a implantação da APA Sul RMBH, serão adotadas as seguintes providências: I – zoneamento ecológico e econômico, com o respectivo sistema de gestão colegiado, que será ser elaborado no prazo de um ano contado da data de publicação desta Lei; II – divulgação das medidas previstas nesta lei, objetivando o esclarecimento da comunidade local sobre a APA Sul RMBH e suas finalidades.

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Art. 4º – O zoneamento ecológico e econômico e o sistema de gestão da APA Sul RMBH ficarão a cargo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que terá o prazo máximo de seis meses após a aprovação, por decreto, do mencionado zoneamento para a implantação definitiva da Unidade de Conservação. § 1º – Na elaboração da proposta técnica do zoneamento ecológico e econômico e do sistema de gestão, será assegurada a participação efetiva e permanente de autoridades públicas municipais e estaduais ligadas ao setor, entidades ambientalistas não governamentais, empresas, entidades de classe, universidades, centros de pesquisas e toda a comunidade envolvida com a APA Sul RMBH, mediante participação no seu Conselho Consultivo.

§ 2º – O zoneamento ecológico e econômico indicará as atividades a serem encorajadas em cada zona e as que deverão ser limitadas, restringidas ou proibidas, de acordo com a legislação aplicável. § 3º – O sistema de gestão da APA Sul RMBH será composto, de forma colegiada e paritária entre o poder público e a sociedade civil, por autoridades públicas estaduais e municipais, entidades ambientalistas não governamentais, entidades de classe, universidades, empresas, centros de pesquisas e toda a comunidade envolvida com a APA Sul RMBH. Art. 5º – Além das proibições, das restrições de uso e das demais limitações para a APA Sul RMBH previstas na Lei Federal nº 6.902, de 27 de abril de 1981, o decreto que aprovar o zoneamento ecológico e econômico, a cargo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, estabelecerá outras medidas que assegurem o manejo adequado para a área. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 26 de julho de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

ANEXO (a que se refere o art. 1º da Lei nº 13.960, de 26 de julho de 2001)

Memorial Descritivo APA Sul RMBH O memorial descritivo da APA Sul RMBH foi elaborado com base nas cartas do IBGE, escala 1:50.000 – Folhas: SE-23-Z-C-VI-3 Belo Horizonte; SF-23-X-A-III-1 Rio Acima; SF- 23- X-A-III-2 Acuruí; SE- 23-Z-C-VI-4 Caeté; SF-23-X-A-I-1 Catas Altas; SF-23-X-A-III-3-MI- 2573-3 Itabirito; SF-23-X-A-II-2 Brumadinho; SF-23-X-A-III-4-MI- 2573-4 Ouro Preto e escala 1:100.000 – Folha SE-23-Z-D-IV Itabira e tem a seguinte descrição: “inicia-se no encontro da antiga estrada BH/Nova Lima e o aqueduto da COPASA (ponto 1); daí, segue por esta estrada em direção à cidade de Nova Lima até seu encontro com a divisa municipal de Belo Horizonte e Sabará (ponto 2); segue por esta divisa intermunicipal até a nascente do

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córrego Triângulo e daí, a jusante deste córrego, até sua confluência com o córrego Cubango ou André Gomes (ponto 3); segue a montante deste córrego até seu cruzamento com a curva de nível de cota altimétrica 1.100m (mil e cem metros) (ponto 4); segue por esta curva de nível até seu encontro com o segundo afluente da margem esquerda do córrego Jambreiro, de montante para jusante (ponto 5); segue a jusante deste canal até seu encontro com o córrego do Jambreiro (ponto 6); segue a jusante deste córrego até sua confluência com o córrego Carioca (ponto 7); segue a montante deste córrego até sua confluência com o córrego Carrapato (ponto 8); segue em direção à nascente deste córrego até a MG- 030 (ponto 9); segue por esta rodovia, no rumo E, até seu cruzamento com o córrego Estrangulado (ponto 10); segue a jusante deste córrego até sua confluência com o ribeirão da Mutuca (ponto 11); segue a jusante deste ribeirão até sua confluência com o ribeirão dos Cristais – Folha SF-23-X-A- III-1 Rio Acima (ponto 12); segue a jusante deste ribeirão até sua confluência com o primeiro afluente da margem direita, de montante para jusante, após o córrego dos Pires (ponto 13); segue a montante deste córrego até o divisor de águas entre o ribeirão dos Cristais e o córrego Bela Fama (ponto 14); segue por este divisor, em direção N, infletindo para E e SSE, até o rio das Velhas (ponto 15); segue a jusante deste rio até sua confluência com o ribeirão da Prata – Folha SE-23-Z-C-VI-3 Belo Horizonte (ponto 16); segue a montante deste ribeirão até sua confluência com o córrego da Cachoeira – Folha SE-23-Z-C-IV-4 Caeté (ponto 17); segue a montante deste córrego até sua nascente na serra do Espinhaço (ponto 18); segue por este divisor, em direção NE, até a nascente do córrego Vieira (ponto 19); segue a jusante deste córrego até sua confluência com o rio São João (ponto 20); segue a montante deste rio até sua confluência com o córrego Lagoa do Fundão – Folha SF-23-X-A-III-2 Acuruí (ponto 21); segue a montante deste córrego até sua nascente (ponto 22); segue no rumo SE, ultrapassando o divisor de águas, até a nascente do córrego Botafogo (ponto 23); segue a jusante deste córrego até sua confluência com o rio Conceição (ponto 24); segue a jusante do rio Conceição até sua confluência com o ribeirão Caraça – Folha SE-23- Z-D-IV Itabira (ponto 25); segue a montante deste ribeirão até sua confluência com o córrego Brumadinho – Folha SF-23-X- B-I-1 Catas Altas (ponto 26); segue a montante deste córrego até sua confluência com o córrego Quebra Ossos (ponto 27); segue a montante deste córrego até seu cruzamento com a curva de nível de cota altimétrica 1.000m (mil metros) (ponto 28); segue por esta curva de nível, em direção preferencial S/SE, até o cruzamento com o ribeirão Maquiné (ponto 29); segue a montante deste ribeirão até sua nascente, e, daí, até o divisor de águas entre os córregos Quebra Ossos e Paracatu (ponto 30); segue por este divisor, em direção S, até o limite dos Municípios de Santa Bárbara e Mariana (ponto 31); segue em direção preferencial SW, acompanhando os limites entre os Municípios de Santa Bárbara- Mariana, Santa Bárbara-Ouro Preto e Santa Bárbara-Itabirito, até o ponto cotado 1.627m (mil seiscentos e vinte e sete metros), na serra do Espinhaço – Folha SF-23-X-A-III-2 Acuruí (ponto 32); segue em direção SW, pelo divisor de águas dos córregos do Lobo e Curral de Pedras, até seu encontro com o rio das Velhas (ponto 33); segue a jusante do rio das Velhas até a represa do rio de Pedras (ponto 34); daí, segue a margem sul desta represa,

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em direção W, até o encontro com o córrego Farinha Seca (ponto 35); segue a montante deste córrego até sua confluência com o córrego das Palmeiras (ponto 36); segue a montante deste córrego, passando pela Folha SF- 23-X-A-III-2-MI- 2573-4 Ouro Preto, até sua nascente – Folha SF-23- X-A-III-1-MI- 2573-3 Rio Acima (ponto 37); segue pelo divisor de águas dos córregos Chancudo e Água Suja, passando pelos pontos cotados 1.053m (mil e cinqüenta e três metros), 1.082m (mil e oitenta e dois metros) e 1.083m (mil e oitenta e três metros), até a coordenada 7.764.000 N (ponto 38); segue por esta coordenada, em direção W, até o cruzamento com o rio Itabirito (ponto 39); segue a montante deste rio até sua confluência com o córrego da Onça (ponto 40); segue a montante deste córrego até sua confluência com o córrego Sumidouro (ponto 41); segue a montante deste córrego até seu encontro com o terceiro canal de drenagem da margem direita, de montante para jusante (ponto 42); segue a montante deste canal de drenagem até sua nascente (ponto 43); daí, passa pelo divisor de águas dos córregos Sumidouro e Carioca até a nascente do sétimo afluente da margem esquerda do córrego Carioca, de montante para jusante (ponto 44); segue a jusante deste afluente até seu encontro com o córrego Carioca – Folha SF-23-X-A-III-3-MI- 2573-3 Itabirito (ponto 45); segue a montante deste córrego até sua nascente na serra das Serrinhas (ponto 46); segue em direção preferencial NW, passando pelos pontos cotados 1.519m (mil quinhentos e dezenove metros), 1.387m (mil trezentos e oitenta e sete metros), 1.372m (mil trezentos e setenta e dois metros), 1.334m (mil trezentos e trinta e quatro metros), 1.402m (mil quatrocentos e dois metros), 1.479m (mil quatrocentos e setenta e nove metros), pelo divisor de águas do ribeirão do Silva e do córrego Padre Domingos, passando pelo loteamento Balneário Água Limpa, até o encontro com a estrada que liga a BR-040 a este loteamento – Folha SF-23-X-A-III-1 Rio Acima (ponto 47); segue por esta estrada até seu cruzamento com a BR-040 (ponto 48); segue no sentido W, atravessando a cumeeira da serra da Moeda, até a nascente do córrego Campinho (ponto 49); segue a jusante deste córrego até sua confluência com o córrego Três Barras – Folha SF- 23-X-A-II- 2 Brumadinho (ponto 50); segue a jusante deste córrego até seu sétimo afluente da margem direita a partir deste ponto, de montante para jusante (ponto 51); segue a montante deste afluente até sua nascente e, daí, até o divisor de águas dos córregos da Estiva e Três Barras (ponto 52); segue por este divisor, em direção W, até a nascente do segundo afluente da margem esquerda do ribeirão Aranha, de montante para jusante (ponto 53); segue a jusante deste afluente até o ribeirão Aranha (ponto 54); segue, em direção N, até a curva de nível de cota altimétrica 900m (novecentos metros) (ponto 55); segue por esta curva, em direção NE, infletindo para NW, até a nascente do décimo afluente da margem esquerda do ribeirão Piedade, de montante para jusante (ponto 56); segue a jusante deste afluente até sua confluência com o ribeirão Piedade (ponto 57); segue a montante deste ribeirão até sua confluência com o córrego Pau Branco (ponto 58); segue a montante deste córrego até seu encontro com a curva de nível de cota altimétrica 1.100m (mil e cem metros) – Folha SF-23-X-A-III-1 Rio Acima (ponto 59); segue por esta curva de nível até a nascente do oitavo afluente da margem esquerda do córrego Fundo, de montante para jusante – Folha SF-23-X-A-II-2 Brumadinho (ponto 60); segue a jusante deste afluente até sua

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confluência com o córrego Fundo (ponto 61); segue a jusante deste córrego até sua confluência com o córrego da Areia (ponto 62); segue a jusante deste córrego até sua confluência com o ribeirão Casa Branca (ponto 63); segue a montante deste ribeirão até seu encontro com o córrego da Índia (ponto 64); segue a montante deste córrego até seu encontro com a curva de nível de cota altimétrica 900m (novecentos metros) (ponto 65); segue por esta curva de nível, em direção preferencial W e posteriormente N e E, contornando a serra Três Irmãos, até o encontro com o córrego Camargo (ponto 66); segue a montante deste córrego até atingir a curva de nível cota altimétrica 980m (novecentos e oitenta metros) (ponto 67); segue por esta curva de nível até atingir a nascente do terceiro afluente da margem esquerda do córrego Taboão, de montante para jusante (ponto 68); segue a jusante deste afluente até atingir a curva de nível de cota altimétrica 920m (novecentos e vinte metros) (ponto 69); segue por esta curva de nível até atingir o quinto afluente da margem direita do córrego Taboão (ponto 70); segue a montante deste afluente até atingir a curva de nível de cota altimétrica 1.000m (mil metros) (ponto 71); segue por esta curva de nível, em direção preferencial NE, até o cruzamento com o córrego Barreirinho (ponto 72); segue a montante deste córrego até o cruzamento com a curva de nível, de cota altimétrica 1.040m (mil e quarenta metros) (ponto 73); segue por esta curva de nível em direção preferencial NE, até atingir o divisor de águas da bacia de captação do córrego Barreiro, situada no ponto de coordenadas 20º00' Lat S e 44º00’ Long W (ponto 74); segue por este divisor de águas, em direção preferencial N, até a curva de nível de cota altimétrica 980m (novecentos e oitenta metros) – Folha SE-23-2C- V- 4 Contagem (ponto 75); segue por esta curva, em direção E, até seu encontro com o quinto afluente da margem esquerda do córrego Barreiro, de jusante para montante (ponto 76); segue a montante deste afluente até o encontro com a curva de nível de cota altimétrica 1.040m (mil e quarenta metros) – Folha SE-X-A- III-1 Rio Acima (ponto 77); segue por esta curva, em direção preferencial NE, até o encontro com o terceiro afluente da margem esquerda do córrego Cercadinho, de montante para jusante (ponto 78); segue por este afluente, a jusante, até sua confluência com o córrego Cercadinho (ponto 79); segue em direção SSE até o ponto cotado 1.165m (mil cento e sessenta e cinco metros), no divisor de águas dos córregos Cercadinho e Leitão (ponto 80); segue em direção E até encontrar as coordenadas 610.000m E e 6.791.000m N (ponto 81); segue por esta coordenada, em direção S, até o divisor de águas entre o ribeirão da Mutuca e o córrego Cercadinho (ponto 82); segue por este divisor, em direção NE, até a curva de nível de cota altimétrica 1.160m (mil cento e sessenta metros) (ponto 83); segue por esta curva, em direção NE, até a nascente do córrego do Acaba Mundo (ponto 84); segue a jusante deste córrego até seu encontro com a curva de nível de cota altimétrica 1.100m (mil e cem metros) (ponto 85); segue por esta curva de nível até seu encontro com o primeiro afluente da margem esquerda do córrego da Mangabeira, de montante para jusante (ponto 86); segue a montante deste afluente até sua nascente e, daí, até seu encontro com a curva de nível de cota altimétrica 1.200m (mil e duzentos metros) (ponto 87); segue por esta curva de nível até o divisor de águas dos córregos da Mangabeira e da Serra (ponto 88); segue

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por este divisor, em direção NE, até a curva de nível de cota altimétrica 1.000m (mil metros) (ponto 89); segue em direção ENE até o divisor de águas dos córregos São Lucas e da Serra (ponto 90); segue por este divisor, em direção ENE, até o ponto mais próximo da nascente do córrego São Lucas, e, daí, até esta nascente (ponto 91); segue a jusante deste córrego até o aqueduto da COPASA (ponto 92); segue por este aqueduto até o ponto inicial desta descrição”.

NORMA: LEI Nº 13.965, de 27/7/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 1.025/2000 Autoria: Dep. Rogério Correia – PT Regulamentação Total: Decreto nº 42.646, de 5/6/2002 Cria o Programa Mineiro de Incentivo ao Cultivo, à Extração, ao Consumo, à Comercialização e à Transformação do Pequi e Demais Frutos e Produtos Nativos do Cerrado – PRÓ-PEQUI. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criado o Programa Mineiro de Incentivo ao Cultivo, à Extração, ao Consumo, à Comercialização e à Transformação do Pequi e Demais Frutos e Produtos Nativos do Cerrado – PRÓ-PEQUI –, com o objetivo de integrar as populações que tradicionalmente exploram o cerrado no uso e manejo racional desse bioma, numa perspectiva de sustentabilidade ambiental. Art. 2º – Compete ao Poder Executivo, na administração e gerência do programa: I – identificar as áreas de incidência de comunidades tradicionais que vivam ou sobrevivam da coleta do pequi e de outros produtos nativos do cerrado; II – criar mecanismos de incentivo à preservação das áreas de ocorrência do pequizeiro e de outras espécies do cerrado suscetíveis de manejo; III – realizar estudos visando à recuperação da biodiversidade das terras públicas e devolutas localizadas em áreas do cerrado retomadas pelo Estado que tenham sido objeto de contratos de arrendamento ou comodato ou outros instrumentos congêneres e utilizadas em projetos agrossilvipastoris; IV – criar mecanismos que assegurem a utilização, pelas comunidades tradicionais, organizadas em cooperativa ou outra forma associativa, de áreas de reserva legal para a coleta de frutos e produtos nativos do cerrado; V – desenvolver experimentos e pesquisas voltados à produção de mudas para o atendimento a novos plantios e para a recuperação de áreas degradadas;

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VI – pesquisar os aspectos culturais e folclóricos relacionados com o pequi e demais frutos do cerrado, divulgar seus eventos comemorativos e datas relevantes e identificar, dentro do programa, as áreas adequadas ao turismo e incentivar sua prática; VII – divulgar os componentes nutricionais e medicinais do pequi e de outros frutos e produtos do cerrado;

VIII – incentivar a industrialização do pequi e demais frutos do cerrado, mediante sua transformação em doces, licores, batidas e outros derivados; IX – desenvolver ações que propiciem a melhoria da qualidade dos produtos;

X – criar selo que identifique a área de produção e a qualidade do produto;

XI – incentivar a comercialização do pequi e de outros frutos do cerrado e de seus derivados; XII – incentivar o aperfeiçoamento técnico e o desenvolvimento econômico dos produtores e trabalhadores envolvidos na exploração do pequi e demais frutos do cerrado, bem como sua organização em cooperativas e outras formas associativas.

Art. 3º – As ações governamentais relativas ao planejamento e à implementação das atividades do PRÓ-PEQUI contarão com a participação de representantes de instituições públicas e de organizações não governamentais ligadas à agricultura familiar, aos trabalhadores e produtores rurais e à proteção do meio ambiente, que atuem principalmente em áreas do cerrado. Art. 4º – As terras públicas e devolutas arrecadadas pelo Estado, localizadas em áreas do cerrado e que apresentem potencial agroextrativista serão destinadas a projetos de assentamento de trabalhadores rurais, nos moldes de reserva agroextrativista. (Vide Lei nº 14.313, de 19/6/2002.) Art. 5º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar, mediante proposta da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES –, centro de referência com o objetivo de coordenar pesquisas, manter banco de dados, produzir e divulgar material didático, promover ações de educação ambiental, resgate e valorização da cultura local e outras atividades associadas ao pequi e aos demais frutos e produtos nativos do cerrado. Art. 6º – Esta lei será regulamentada no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicação. Art. 7º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 27 de julho de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 13.999, de 28/9/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 901/2000 Autoria: Dep. João Batista de Oliveira – PDT Dep. Paulo Piau – PFL Dispõe sobre os custos de análise de pedidos de licenciamento ambiental da atividade de suinocultura no Estado. O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1º – Os valores de indenização dos custos de análise de pedidos de licenciamento ambiental da atividade de suinocultura no Estado corresponderão a 50% (cinqüenta por cento) do valor estabelecido para as demais atividades agropecuárias. Art. 2º – Esta lei será regulamentada no prazo de trinta dias contados da data de sua publicação. Art. 3º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 28 de setembro de 2001. ANTÔNIO JÚLIO – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 14.007, de 4/10/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 1.392/2001 Autoria: Dep. Wanderley Ávila – PPS Declara o trecho mineiro do Rio São Francisco patrimônio cultural, paisagístico e turístico do Estado e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica declarado patrimônio cultural, paisagístico e turístico do Estado o trecho do rio São Francisco que banha o território mineiro, de sua nascente até a divisa com o Estado da Bahia. Parágrafo único – Integram o patrimônio de que trata o “caput” deste artigo as unidades de conservação adjacentes ao trecho mineiro do rio São Francisco. Art. 2º – A declaração de que trata o artigo 1º tem como objetivos:

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I – proteger os sítios de valor cultural, turístico e paisagístico; II – estimular o turismo ecológico, a pesca desportiva e a educação ambiental; III – preservar a diversidade biológica; IV – promover o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população ribeirinha. Art. 3º – O Poder Executivo promoverá, por meio de comissão integrada por representantes de instituições públicas federais e estaduais, dos municípios ribeirinhos e de organizações da sociedade civil com atuação na porção mineira da bacia hidrográfica do rio São Francisco, os estudos necessários à implementação dos planos existentes sobre a revitalização do rio, conforme dispuser o regulamento desta Lei. Art. 4º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicação. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 04 de outubro de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.009, de 5/10/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 1.050/2000 Autoria: Dep. Ivo José – PT Dispõe sobre o incentivo à apicultura e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O Estado adotará medidas de incentivo ao desenvolvimento da apicultura. Parágrafo único – As abelhas e a flora melífera nativa são objeto de proteção, conservação e preservação no Estado. (Vide art. 1º da Lei nº 15.909, de 21/12/2005.) Art. 2º – Para os fins do disposto no art. 1º, o Poder Executivo promoverá: I – ações preventivas contra a destruição das abelhas, melíferas ou polinizadoras, nativas ou não; II – a identificação das áreas com maior potencial apícola no Estado; III – a regulamentação da atividade apícola, mediante a criação de instrumentos de controle de qualidade e de origem dos produtos e a elaboração do cadastro de apicultores;

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IV – o desenvolvimento de pesquisas destinadas ao melhoramento da atividade apícola, das tecnologias de produção e da qualidade dos produtos; V – a assistência técnica aos apicultores, em especial quanto à prática do cooperativismo e de outras formas de associativismo; (Vide art. 2º da Lei nº 15.075, de 5/4/2004.) VI – a formação profissional dos apicultores, mediante a realização de cursos, palestras e seminários, com ênfase nos aspectos gerenciais; VII – o registro e a fiscalização das unidades de beneficiamento de mel e de outros produtos apícolas; VIII – o incentivo ao consumo de mel e de outros produtos apícolas, por meio de campanhas informativas sobre os benefícios de seu uso, na merenda escolar e na cesta básica inclusive; (Vide art. 1º da Lei nº 14.132, de 20/12/2001.) (Vide Lei nº 14.489, de 9/12/2002.) (Vide Lei nº 15.072, de 5/4/2004.) (Vide Lei nº 16.297, de 1º/8/2006.) IX – a fiscalização, nas áreas de produção melífera, da utilização de agrotóxicos e de outros produtos químicos nocivos às abelhas; X – a adoção de medidas sanitárias contra a contaminação dos apiários com produtos químicos ou com elementos patógenos, parasitas, pragas ou doenças oriundas de produtos apícolas de outros Estados ou países; XI – a integração da atividade apícola aos programas de recomposição de florestas nativas e de proteção e de recuperação de áreas degradadas; XII – o incentivo e o fomento à exportação de produtos apícolas; XIII – a criação de mecanismos de incentivo creditício e fiscal para a atividade apícola. § 1º – No planejamento e na execução das ações de que trata este artigo, será assegurada a participação de representantes de classe e de cooperativas ou associações de apicultores, bem como de instituições públicas ou privadas ligadas à assistência técnica e à extensão rural, ao ensino, à pesquisa e ao fomento da atividade apícola. § 2º – A regulamentação a que se refere o inciso II definirá os métodos a serem utilizados no transporte de abelhas e a distância mínima exigida entre os apiários. Art. 3º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 05 de outubro de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 14.086, de 6/12/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 346/1999 Autoria: Dep. Amilcar Martins – PSDB Regulamentação Total: Decreto nº 44.751, de 11/3/2008 Cria o Fundo Estadual de Defesa de Direitos Difusos e o Conselho Estadual de Direitos Difusos e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criado o Fundo Estadual de Defesa de Direitos Difusos – FUNDIF –, com a finalidade de promover a reparação de danos causados ao meio ambiente, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e a outros bens ou interesses difusos e coletivos, bem como ao consumidor, em decorrência de infração à ordem econômica. Parágrafo único – Os recursos do FUNDIF serão aplicados na recuperação de bem, na promoção de evento educativo e científico e na edição de material informativo especificamente relacionado com a natureza da infração ou do dano causado, bem como na modernização administrativa de órgão público responsável pela execução de política em área mencionada no “caput” deste artigo. Art. 2º – São beneficiários do FUNDIF: I – o órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta, estadual ou municipal, responsável pela elaboração, pela criação, pela implantação ou pela execução de projeto ou programa de recuperação, reconstituição, restauração, proteção ou defesa de bem ou direito difuso; II – o projeto ou programa de recuperação, reconstituição, restauração, proteção ou defesa de bem ou direito difuso, desenvolvido por entidade não governamental legalmente constituída e sem fins lucrativos que atenda aos seguintes requisitos: a) estar constituída há pelo menos um ano, nos termos da Lei civil; b) incluir, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Art. 3º – O FUNDIF, de natureza e individuação contábeis e de duração indeterminada, será constituído dos seguintes recursos: I – as indenizações decorrentes de condenações por dano causado a bem a que se refere o artigo 1º e as multas advindas do descumprimento dessas condenações; II – os rendimentos provenientes de depósitos bancários e aplicações financeiras; III – as doações, os auxílios, as contribuições e os legados destinados ao Fundo por pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira; IV – os recursos provenientes de fundo federal de direitos difusos;

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V – outras receitas que sejam destinadas ao Fundo. Parágrafo único – Os recursos de que trata este artigo serão depositados em conta especial, em instituição financeira indicada pelo Poder Executivo. Art. 4º – É órgão gestor do FUNDIF a Secretaria de Estado da Justiça e Direitos Humanos, que atuará por intermédio do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Difusos, criado por esta Lei. (Vide alínea “l” do inciso I do art. 4º da Lei Delegada nº 58, de 29/1/2003.) Art. 5º – Compete ao órgão gestor do Fundo: I – providenciar a inclusão dos recursos de qualquer fonte no orçamento do Fundo, antes de sua aplicação; II – organizar o cronograma financeiro de receita e despesa, acompanhar sua execução e a aplicação de disponibilidade de caixa; III – responsabilizar-se pela execução do cronograma físico de atividade ou de projeto beneficiado com recursos do Fundo; IV – zelar pela utilização prioritária dos recursos do Fundo no próprio local onde o dano tenha ocorrido ou venha a ocorrer; V – examinar e aprovar projeto relativo à finalidade do Fundo, incluído o de caráter científico e de pesquisa; VI – firmar convênio e contrato com o objetivo de elaborar, acompanhar e executar projeto relativo à finalidade do Fundo, mediante prévia autorização do Governador do Estado; VII – solicitar a colaboração de Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, de Conselho Municipal de Defesa e de Proteção do Consumidor e de Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Artístico, Estético, Histórico, Turístico e Paisagístico, onde houver, para aplicação de recursos do Fundo em cada caso concreto; VIII – elaborar convênio com conselho de outro Estado e com conselho federal, com o objetivo de orientação e intercâmbio recíprocos e destinação de recursos de fundo federal para o fim de preservação de bens situados no território do Estado; IX – promover atividades e eventos que contribuam para a difusão da cultura e da proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à livre concorrência, ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico e a outros bens e interesses difusos e coletivos; X – fazer editar, em colaboração com órgãos oficiais inclusive, material informativo sobre matéria mencionada no “caput” do artigo 1º desta Lei; XI – examinar e aprovar projeto de modernização administrativa a que se refere o parágrafo único do artigo 1º desta Lei; XII – promover, por meio de órgão da administração pública e de entidade civil interessada, evento educativo ou científico.

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Parágrafo único – Qualquer cidadão poderá apresentar ao órgão gestor projeto relativo à finalidade do Fundo. Art. 6º – É agente financeiro do FUNDIF o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG –, ao qual compete: I – aplicar os recursos do Fundo, segundo as normas e os procedimentos definidos pelo órgão competente; II – remunerar diretamente ou aplicar as disponibilidades temporárias de caixa; III – comunicar ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Difusos, no prazo de dez dias, a realização de depósito a crédito do Fundo, com especificação da origem; IV – emitir relatórios de acompanhamento dos recursos postos à sua disposição. Parágrafo único – O agente financeiro não fará jus a nenhum tipo de remuneração pelos serviços prestados. Art. 7º – Integram o grupo coordenador do FUNDIF: I – um representante da Secretaria de Estado da Justiça e de Direitos Humanos; II – um representante da Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral; III – um representante da Secretaria de Estado da Fazenda; IV – um representante da Procuradoria-Geral de Justiça; V – um representante do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG; VI – dois representantes de órgãos municipais de defesa dos direitos difusos com sede no Estado; VII – dois representantes de entidades civis sem fins lucrativos, com sede e área de atuação no Estado, que atendam aos requisitos das alíneas “a” e “b” do inciso II do artigo 2º desta Lei. Parágrafo único – Os representantes de que tratam os incisos VI e VII poderão ser substituídos, em caso de impossibilidade temporária, por outro membro do órgão representado, a critério deste. Art. 8º – Compete ao grupo coordenador, além das funções estabelecidas na Lei Complementar nº 27, de 18 de janeiro de 1993: I – aprovar o plano de aplicação dos recursos, conforme as diretrizes estabelecidas nos planos de ação governamental e nas deliberações do órgão gestor; II – acompanhar a execução do plano de aplicação dos recursos; III – elaborar a proposta orçamentária do Fundo; IV – definir a aplicação das disponibilidades transitórias de caixa do Fundo. Art. 9º – Os demonstrativos financeiros do Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos atenderão ao disposto na Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de, e às normas do Tribunal de Contas do Estado.

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Art. 10 – Fica criado, na estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Justiça e de Direitos Humanos, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Difusos – CEDIF –, com sede na Capital do Estado.

§ 1º – São membros do CEDIF: I – o Secretário de Estado da Justiça e de Direitos Humanos, que é seu presidente; II – um representante da Secretaria de Estado de Recursos Humanos e Administração;

III – um representante da Secretaria de Estado da Fazenda; IV – um representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

V – um representante da Secretaria de Estado da Cultura; VI – um representante da Procuradoria-Geral de Justiça; VII – um representante da Coordenadoria das Promotorias de Defesa do Cidadão; VIII – o Secretário Executivo do PROCON Estadual; IX – três representantes de entidades civis, com sede e área de atuação no Estado, que atendam aos requisitos das alíneas “a” e “b” do inciso II do artigo 2º desta Lei. § 2º – O Conselho terá uma Secretaria Executiva, diretamente subordinada ao presidente.

§ 3º – Os representantes das associações de que trata o inciso IX serão escolhidos pelo presidente do Conselho entre as pessoas indicadas pelas entidades cadastradas na Secretaria Executiva. § 4º – Na hipótese de impedimento, o membro do Conselho poderá designar substituto para representá-lo na reunião. § 5º – A participação no Conselho é considerada serviço público relevante, vedada a remuneração a qualquer título.

Art. 11 – O CEDIF reunir-se-á ordinariamente em sua sede, na Capital do Estado, ou extraordinariamente em qualquer localidade do território estadual. Art. 12 – Cabe ao CEDIF remeter ao Juiz de Direito prolator da decisão que deu margem à reparação do dano, ou à autoridade que cominou multa pelo dano causado, relatório especificado da aplicação dos recursos para a reconstituição do bem lesado. Art. 13 – O CEDIF elaborará seu regimento interno no prazo de sessenta dias contados de sua instalação.

Art. 14 – O CEDIF, mediante articulação com o Poder Judiciário e os Ministérios Públicos Federal e Estadual, será informado da propositura de qualquer ação civil pública, de depósito judicial e de sua natureza, bem assim do trânsito em julgado. Art. 15 – Ficam transferidos para o FUNDIF os recursos do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, de que trata a Lei nº 13.009, de 9 de novembro de 1998.

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Art. 16 – Em caso de crime ou contravenção praticada contra o ambiente e a administração ambiental, os direitos dos consumidores, os bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, a ordem econômica, o erário ou qualquer outro interesse difuso ou coletivo protegido pela Lei Federal nº 7.347, de 24 de julho de 1985, que seja da competência de Juizado Especial Criminal, quando a transação penal, a que alude o artigo 76 da Lei Federal nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, proposta pelo promotor de Justiça, consistir na aplicação de pena pecuniária, o valor fixado reverterá ao Fundo criado por esta Lei. Parágrafo único – Cabe à Corregedoria-Geral de Justiça e à Corregedoria-Geral do Ministério Público, no âmbito de suas competências, expedir os regulamentos necessários ao cumprimento do disposto no “caput” deste artigo. Art. 17 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 18 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 19 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 13.009, de 9 de novembro de 1998. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 06 de dezembro de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.089, de 6/12/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 930/2000 Autoria: Dep. Paulo Piau – PFL Cria o Programa de Certificação Ambiental da Propriedade Agrícola e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criado o Programa de Certificação Ambiental da Propriedade Agrícola, com a finalidade de fortalecer a execução da política estadual de proteção dos recursos naturais. Art. 2º – O Programa de Certificação Ambiental da Propriedade Agrícola tem por objetivos: I – incentivar o agricultor a utilizar, no processo produtivo, técnicas de conservação dos recursos naturais e de proteção da biodiversidade; II – promover a educação ambiental do agricultor, com ênfase na necessidade de se conciliar a produção agropecuária com a conservação ambiental; III – orientar o agricultor a produzir com qualidade e competitividade, tendo em vista a globalização;

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IV – aperfeiçoar os mecanismos de apoio à produção, notadamente os serviços de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, quanto à observância do desenvolvimento sustentável;

V – estimular a participação da sociedade no processo de elaboração dos orçamentos públicos, com vistas à alocação de maior volume de recursos financeiros para programas de apoio à produção agropecuária vinculados à proteção ambiental.

Art. 3º – Para receber os benefícios previstos nesta Lei, o agricultor submeterá projeto de manejo da propriedade a seleção prévia de comissão técnica de âmbito municipal ou regional, composta por representantes do Instituto Estadual de Florestas – IEF –, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM –, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais – EMATER-MG –, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG – e do Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA. Parágrafo único – Nos municípios onde não houver representação de entidade mencionada no “caput” deste artigo, a seleção poderá ser realizada por comissão composta, pelo menos, por representantes regionais do IEF e da EMATER-MG.

Art. 4º – Os projetos selecionados na forma do artigo anterior serão submetidos à aprovação do Conselho de Administração do Instituto Estadual de Florestas – IEF –, em reunião realizada no início do ano agrícola, efetuando-se a concessão do benefício até o final desse ano.

Art. 5º – O projeto selecionado e aprovado na forma dos arts. 3º e 4º desta Lei receberá os seguintes benefícios:

I – financiamento para investimento ou custeio da atividade produtiva, com prazo de carência de até quatro anos e prazo para pagamento de até cinco anos, com atualização do saldo devedor calculada em 50% (cinqüenta por cento) da variação do Índice Geral de Preços de Mercado, da Fundação Getúlio Vargas -IGP-M-FGV;

II – Certificado Ambiental da Propriedade Agrícola, denominado ISO-AGRÍCOLA, conferido, conjuntamente, pelas Secretarias de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Parágrafo único – A entrega do Certificado será feita em reunião solene, com a presença de representantes do poder público do município em que estiver sediada a propriedade.

Art. 6º – Para a consecução dos objetivos previstos nesta Lei, o Estado criará mecanismos de incentivo ao agricultor cuja propriedade seja produtiva e que observe o princípio do desenvolvimento sustentável. Parágrafo único – Considera-se produtiva a propriedade que atenda aos critérios de produção estabelecidos na legislação de terras devolutas.

Art. 7º – Compete às Secretarias de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA –, no âmbito

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das respectivas atribuições, diretamente ou por meio de seus órgãos ou entidades vinculados: I – fiscalizar o cumprimento desta Lei; II – receber inscrição do agricultor interessado; III – dar ampla divulgação às ações do programa. Art. 8º – São fontes de financiamento do programa: I – os créditos consignados no orçamento do Estado; II – os recursos provenientes de convênios firmados com o Governo Federal, com os municípios ou com organizações não governamentais; III – os recursos do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO –, de que trata a Lei nº 13.194, de 29 de janeiro de 1999; IV – outros recursos. Art. 9º – Esta Lei será regulamentada no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 06 de dezembro de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.125, de 14/12/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 1.327/2000 Autoria: Dep. Dimas Rodrigues – PMDB Altera dispositivos da tabela A da Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, que consolida a legislação tributária do Estado, e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... Art. 3º – Fica acrescido ao artigo 4º da Lei nº 10.545, de 13 de dezembro de 1991, o seguinte parágrafo único: “Art. 4º – ...... Parágrafo único – O cadastro a que se refere o “caput” deste artigo tem validade de um ano e será renovado anualmente.”.

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Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro subseqüente. Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 14 de dezembro de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 14.127, de 14/12/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 954/2000 Autoria: Dep. José Milton – PL Institui o Certificado de Produto Agrícola Não Transgênico. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituído o Certificado de Produto Agrícola Não Transgênico, a ser concedido pelo Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a produtor rural, pessoa física ou jurídica, e a associação de produtores rurais legalmente constituída e cadastrada, nos termos do disposto nesta Lei e em sua regulamentação. Parágrafo único – Para os fins desta Lei, considera-se produto agrícola não transgênico o organismo cujo material genético não tenha sido modificado por técnica de engenharia genética, nos termos da Lei Federal nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995. Art. 2º – Para a obtenção do certificado de que trata esta Lei, o produtor rural ou a associação de produtores rurais submeterá à aprovação da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento projeto de produção agrícola que especifique: I – o produto a ser certificado e o volume de produção; II – a localização e a dimensão da área de cultivo; III – as medidas de precaução a serem tomadas para evitar a contaminação do produto, em todas as fases de implantação do projeto; IV – a origem da semente ou da muda a ser utilizada; V – a previsão do custo financeiro de execução do projeto; VI – a estimativa do valor da safra; VII – o responsável técnico pela execução do projeto. Parágrafo único – A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá estabelecer outras exigências para a aprovação do projeto de produção agrícola.

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Art. 3º – São condições para a obtenção do certificado de que trata esta Lei, além da aprovação do projeto de produção agrícola nos termos do artigo 2º: I – o armazenamento e o beneficiamento da produção em estabelecimento ou local destinado exclusivamente à safra; II – a manutenção, pelo período mínimo de cinco anos, de amostras dos produtos coletados ou dos laudos de análise realizados durante a execução do projeto; III – o zelo com o desenvolvimento do projeto, de modo a impedir a ocorrência de falha que inviabilize a expedição do certificado; IV – a utilização, nos processos de produção e de beneficiamento e no transporte, de máquinas e equipamentos livres de contaminação por organismo geneticamente modificado; V – o pagamento das despesas realizadas pelo poder público relativas à análise do projeto, a análises laboratoriais, a laudos, vistorias, perícias e deslocamentos, bem como à expedição do certificado e do selo; VI – o ressarcimento ao erário do valor das indenizações pagas por força de decisão judicial condenatória em decorrência de descumprimento desta Lei e de sua regulamentação; VII – o pagamento de multa equivalente ao valor estimado para a safra, nos casos de descumprimento dos termos desta Lei e de sua regulamentação.

Art. 4º – Será concedido ao projeto de produção agrícola aprovado e desenvolvido conforme o disposto nesta Lei e em sua regulamentação um certificado por safra.

Art. 5º – É vedada, pelo prazo de cinco anos, a concessão do certificado ao produtor ou associação que deixar de cumprir o projeto de produção agrícola nos termos em que foi aprovado pelo poder público. Art. 6º – O produtor rural e a associação de produtores rurais legalmente constituída poderão fazer uso do certificado, sob a forma de selo, para a comercialização de seus produtos, nos termos da regulamentação desta Lei. Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 14 de dezembro de 2001. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.128, de 19/12/2001

Proposição: Projeto de Lei nº 1.566/2001

Autoria: Dep. Alberto Pinto Coelho – PPB

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Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais e sobre os instrumentos econômicos e financeiros aplicáveis à Gestão de Resíduos Sólidos. (Ementa com redação dada pelo art. 52 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) (Vide Lei nº 16.689, de 11/1/2007.) (Vide art. 48 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A Política Estadual de Reciclagem de Materiais tem o objetivo de incentivar o uso, a comercialização e a industrialização de materiais recicláveis, tais como: I – papel usado, aparas de papel e papelão; II – sucatas de metais ferrosos e não ferrosos; III – plásticos, garrafas plásticas e vidros; IV – entulhos de construção civil; V – resíduos sólidos e líquidos, urbanos e industriais, passíveis de reciclagem; VI – produtos resultantes do reaproveitamento, da industrialização e do recondicionamento dos materiais referidos nos incisos anteriores. Art. 2º – Compete ao Poder Executivo, para a consecução da política de que trata esta Lei: I – apoiar a criação de centros de prestação de serviços e de comercialização, distribuição e armazenagem de material reciclável; II – incentivar a criação de distritos industriais voltados para a indústria de reciclagem de materiais; III – incentivar o desenvolvimento ordenado de programas municipais de reciclagem de materiais; IV – promover campanhas de educação ambiental voltadas para a divulgação e a valorização do uso de material reciclável e seus benefícios; V – incentivar o desenvolvimento de projetos de utilização de material descartável ou reciclável; VI – promover, em articulação com os municípios, campanhas de incentivo à realização de coleta seletiva de lixo. Parágrafo único – Cabe à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SEMAD coordenar as ações previstas neste artigo. Art. 3º – Para o cumprimento do disposto nesta Lei, poderão ser adotadas as seguintes medidas: I – concessão de benefícios, incentivos e facilidades fiscais estaduais, tais como:

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a) diferimento e suspensão da incidência do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – lCMS – ; b) regime de substituição tributária; c) transferência de créditos acumulados do ICMS; d) regime especial facilitado para o cumprimento de obrigação tributária acessória; e) prazo especial para pagamento de tributos estaduais; f) crédito presumido; (Inciso vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 27/3/2002.) II – inserção de empresa de reciclagem em programa de financiamento com recursos de fundos estaduais; (Inciso vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 27/3/2002.) III – criação de área de neutralidade fiscal, com o objetivo de desonerar de tributação estadual as operações e prestações internas e de importação realizadas por empresa cuja atividade se relacione com a política de que trata esta lei; (Inciso vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 27/3/2002.) IV – celebração de convênio de mútua colaboração com órgão ou entidade das administrações federal, estadual ou municipal. Parágrafo único – Para cobrir, ao menos parcialmente, as despesas decorrentes da aplicação desta Lei, o Poder Executivo poderá estudar a viabilidade e a conveniência de buscar a colaboração ou a participação de agentes que realizem operações de reciclagem lucrativas. Art. 4º – Os benefícios relativos à Política Estadual de Reciclagem de Materiais serão concedidos exclusivamente ao usuário, ao produtor e ao comerciante cadastrados na SEMAD. (Artigo com redação dada pelo art. 50 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-A – Em observância às disposições constitucionais, o poder público estadual proporá alternativas de fomentos e incentivos creditícios ou financeiros para indústrias e instituições que se dispuserem a trabalhar com produtos reciclados ou a fabricar ou desenvolver novos produtos ou materiais a partir de matérias-primas recicladas. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-B – O Estado, observadas as políticas de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, estabelecidas pelas leis de diretrizes orçamentárias, ou por meio de incentivos creditícios, atuará com vistas a estruturar linhas de financiamento para atender prioritariamente as iniciativas de: I – prevenção ou redução da geração, reutilização, reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos no processo industrial produtivo;

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II – desenvolvimento de pesquisas e produtos que atendam aos princípios de preservação e conservação ambiental; III – apoio aos Municípios para a elaboração e a implantação dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a que se refere a Lei que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos; IV – apoio às organizações produtivas de catadores de materiais recicláveis para implantação de infra-estrutura física e aquisição de equipamentos; V – aplicação de tecnologias adequadas ao manejo integrado de resíduos sólidos, incluindo os resíduos sólidos domiciliares; VI – aproveitamento energético de resíduos sólidos orgânicos de origem urbana e rural; VII – aproveitamento dos resíduos sólidos rurais orgânicos provenientes da pecuária intensiva; VIII – implantação e manutenção de sistemas municipais de limpeza urbana que busquem a sustentabilidade por meio de taxas ou tarifas; IX – implantação e manutenção de sistemas regionais de destinação final de resíduos sólidos urbanos.

(Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-C – Quando da aplicação das políticas de fomentos ou incentivos creditícios destinadas a atender aos objetivos constantes no art. 4º-B, as instituições oficiais de crédito estaduais estabelecerão critérios que possibilitem: I – o aumento da capacidade de endividamento do beneficiário; II – o aumento do limite financiável;

III – a aplicação da menor taxa de juros do sistema financeiro; IV – a redução das taxas de juros aplicáveis à operação; V – os parcelamentos das operações de crédito e financiamento.

(Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-D – Para que sejam atendidos os objetivos da Política Estadual de Resíduos Sólidos, os entes públicos, no âmbito de suas competências, deverão editar leis com o objetivo de promover incentivos fiscais, financeiros ou creditícios, respeitadas as limitações da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000, para as entidades dedicadas à reutilização, à reciclagem e ao tratamento de resíduos sólidos, bem como para o desenvolvimento de programas voltados para a gestão integrada de resíduos, em parceria com as organizações de catadores e outros operadores de resíduos sólidos. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-E – A existência de Política de Resíduos Sólidos no âmbito do Município é fator condicionante para a transferência voluntária de recursos e a concessão de financiamento

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por parte do Estado para a implementação e a manutenção de projetos de destinação final ambientalmente adequada. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-F – O Estado e os Municípios poderão instituir e orientar a execução de programas de incentivo de projetos de interesse social, inclusive projetos destinados ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, com a participação de investidores privados, mediante operações estruturadas de financiamento realizadas com recursos de fundos privados de investimento, de capitalização ou de previdência complementar. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-G – O Estado estabelecerá diretrizes e fornecerá meios para a criação de fundos estadual e municipais de resíduos sólidos, cujas programações serão orientadas para a produção, a instalação e a operação de sistemas e processos destinados à criação, à absorção ou à adequação de tecnologias, iniciativas de educação ambiental, inserção social e contratação de associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, em consonância com as prioridades definidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-H – As instituições públicas ou privadas que promovam ações complementares às obrigatórias, nos moldes da legislação aplicável e em consonância com os objetivos, princípios e diretrizes da Política Estadual de Resíduos Sólidos, terão prioridade na concessão de benefícios financeiros ou creditícios por parte dos organismos de crédito e fomento ligados ao poder público estadual. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-I – As pessoas jurídicas de direito privado que invistam em ações de capacitação tecnológica com o objetivo de criar, desenvolver ou absorver inovações para a redução, a reutilização e o tratamento de resíduos sólidos ou a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos terão prioridade no recebimento de incentivos fiscais ou financeiros instituídos para esta finalidade. Parágrafo único – Na realização das ações de capacitação mencionadas no caput, será dada preferência à contratação de universidades, instituições de pesquisa e outras empresas com capacitação técnica reconhecida, ficando o titular da contratação responsável pela administração do contrato e pelo controle da utilização e da aplicação prática dos resultados dessas ações. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-J – O Estado adotará instrumentos econômicos visando a incentivar: I – programas de coleta seletiva eficientes e eficazes, preferencialmente em parceria com organizações de catadores; II – Municípios que se dispuserem a receber resíduos sólidos provenientes de soluções consorciadas.

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(Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-K – Os serviços de limpeza urbana e de coleta de lixo serão custeados, preferencialmente, por tarifas e taxas. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-L – A unidade recicladora gozará de benefícios fiscais e tributários, nos termos de normas específicas editadas pelo Poder Executivo. Parágrafo único – Os benefícios de que trata o caput serão concedidos sob a forma de créditos especiais, deduções, isenções de impostos, tarifas diferenciadas, prêmios, empréstimos e demais modalidades especificamente estabelecidas na legislação pertinente. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-M – O Estado estabelecerá formas de incentivos fiscais para a aquisição, pelos Municípios, de equipamentos apropriados ao setor de limpeza urbana. Parágrafo único – A concessão dos incentivos previstos no caput fica condicionada à comprovação, pelos Municípios, da existência de Política Municipal de Resíduos Sólidos. (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 4º-N – As entidades e organizações que promovam ações relevantes na gestão de resíduos sólidos receberão incentivos do Estado, nos termos da lei, sob a forma de créditos especiais, deduções, isenções tributárias, tarifas diferenciadas, prêmios, empréstimos e demais modalidades de incentivo estabelecidas na legislação pertinente.” (Artigo acrescentado pelo art. 51 da Lei nº 18.031, de 12/1/2009.) Art. 5º – Esta Lei será regulamentada no prazo de até cento e oitenta dias contados a partir de sua publicação. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de dezembro de 2001. Itamar Franco – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.129, de 19/12/2001 Proposição: Projeto de Lei nº 1.305/2000 Autoria: Dep. Jorge Eduardo de Oliveira – PMDB Estabelece condição para a implantação de unidades de disposição final e de tratamento de resíduos sólidos urbanos.

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – Na implantação de unidade de disposição final ou de tratamento de resíduos sólidos urbanos nas proximidades de zona residencial, de corpos d’água e de espaços territoriais e seus componentes especialmente protegidos, sem prejuízo da legislação em vigor e com base em estudo prévio dos órgãos seccionais de apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SEMAD , será observado o disposto em ato normativo do Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM , em especial no que diz respeito à distância mínima a ser respeitada.

Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de dezembro de 2001.

ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.181, de 17/1/2002 Proposição: Projeto de Lei nº 1.162/2000 Autoria: Dep. Fábio Avelar – PPS

Regulamentação Total: Decreto nº 43.713, de 14/1/2004

Regulamentação Parcial: Decreto nº 44.844, de 25/6/2008 Dispõe sobre a política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado e dá outras providências.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I Disposição Preliminar Art. 1º – A fauna e a flora aquáticas existentes em cursos d’água, lagos, reservatórios e demais ambientes naturais ou artificiais são bens de interesse comum a todos os habitantes do Estado, sendo assegurado o direito à sua exploração, nos termos estabelecidos pela legislação em geral e por esta Lei em especial. (Vide Lei nº 14.353, de 17/7/2002.) (Vide Lei nº 14.368, de 19/7/2002.) (Vide art. 3º da Lei Delegada nº 178, de 29/1/2007.)

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CAPÍTULO II Dos Princípios e das Diretrizes das Atividades Relacionadas com a Fauna e a Flora Aquáticas Art. 2º – Nas atividades de pesca, manejo e aqüicultura, será assegurado o equilíbrio ecológico, observados os seguintes princípios: I – a preservação e a conservação da biodiversidade; II – o cumprimento da função social e econômica da pesca; III – a exploração racional dos recursos pesqueiros; IV – a precaução visando à biossegurança, como pressuposto de qualquer procedimento para a introdução de organismos geneticamente modificados; V – o respeito à dignidade do profissional dependente da atividade pesqueira; VI – a busca do desenvolvimento sustentável, caracterizado pela prudência ecológica, pela eqüidade social e pela eficiência econômica; VII – a prevenção do tráfego de matéria genética. Art. 3º – São diretrizes da política pesqueira do Estado: I – garantir a perpetuação e a reposição das espécies nativas; II – disciplinar as formas e os métodos de exploração e comércio de pescados e petrechos de uso na pesca e na aqüicultura; III – incentivar as atividades de fomento à aqüicultura; IV – estabelecer as formas para reparação de danos; V – incentivar o turismo ecológico; VI – estimular a adoção de programa de educação ambiental; VII – promover a pesquisa e a realização de atividade didático-científica; VIII – proteger a fauna e a flora aquáticas; IX – promover o desenvolvimento socioeconômico e cultural do pescador profissional e de sua família; X – promover a restauração dos hábitats aquáticos e dos recursos pesqueiros; XI – monitorar permanentemente o desembarque pesqueiro; XII – estabelecer o período de defeso diferenciado, em conformidade com a época de reprodução, por região e por bacia hidrográfica. CAPÍTULO III Da Pesca Seção I Disposições Gerais Art. 4º – Compreende-se por pesca a ação ou o ato tendente a capturar ou extrair seres aquáticos susceptíveis ou não de aproveitamento com finalidade econômica ou social.

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Art. 5º – Para os efeitos desta Lei, a pesca se classifica como:

I – amadora, quando praticada com a finalidade de lazer ou recreação, autorizada pelo órgão competente; II – profissional, quando praticada como profissão e principal meio de vida, devidamente comprovado, por pescador matriculado em órgão competente, em área de domínio público ou privado, com o consentimento do proprietário. III – de subsistência, quando praticada por pessoa carente, nas imediações de sua residência, com a utilização de anzol, linha ou caniço simples e destinada ao sustento da família; IV – científica, quando praticada para fins de pesquisa, por técnico ou cientista devidamente autorizado; V – desportiva, quando praticada na modalidade de competição promovida por entidade legalmente organizada, com a autorização do órgão competente e de acordo com as normas por ele estabelecidas;

VI – despesca, quando destinada à captura do produto da aqüicultura para fins de comercialização e manejo. Art. 6º – Fica proibida a comercialização do produto da pesca, excetuado o proveniente da pesca profissional e da despesca.

Seção II Dos Aparelhos e dos Métodos Art. 7º – O Poder Executivo estabelecerá as normas relativas à permissão, à restrição e à proibição de aparelho, petrecho, equipamento, método ou técnica empregados na atividade pesqueira e fiscalizará os atos de pesca, a guarda, a comercialização e o transporte do produto. Parágrafo único – O Poder Executivo estabelecerá a forma de identificação de aparelho, petrecho e equipamento de pesca licenciados. Seção III Das Proibições Art. 8º – Fica proibida a pesca, observadas as normas estabelecidas pelo órgão competente: I – de espécie que deva ser preservada; II – de espécime que tenha tamanho inferior ao permitido;

III – em quantidade superior à permitida; IV – em rio ou local não permitido, conforme determinação do órgão competente; V – em época não permitida; IV – em desacordo com o que dispuser o zoneamento de pesca;

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VII – com aparelho, petrecho, substância, técnica ou método não autorizado; VIII – sem licença de pesca, excetuados os casos previstos na legislação em vigor. Parágrafo único – Excetuam-se das proibições previstas neste artigo os atos de pesca para fins científicos, de controle ou de manejo de espécies, autorizados e supervisionados pelo órgão competente. Seção IV Do Zoneamento da Pesca Art. 9º – O Poder Executivo estabelecerá o zoneamento da pesca no Estado, com vistas ao desenvolvimento sustentável da fauna e da flora aquáticas. § 1º – O zoneamento de que trata o “caput” deste artigo será definido mediante estudo técnico-científico com base na sustentabilidade da pesca em rios, trechos de rios, represas, lagoas e nas demais coleções de água, podendo ser realizada por bacia hidrográfica. § 2º – A definição da época e da modalidade de pesca permitida ou proibida constará em calendários e mapas de fácil interpretação pelo cidadão comum.

§ 3º – A proposta de zoneamento da pesca será precedida de audiências públicas regionais. § 4º – Compete ao Conselho Estadual da Pesca e da Aqüicultura, criado por esta Lei, decidir sobre a aprovação dos estudos técnicos elaborados por instituições de comprovada competência, dos calendários da pesca e dos mapas do zoneamento, que serão revistos periodicamente, em intervalos de cinco anos, no máximo. (Vide art. 7º da Lei Delegada nº 105, de 29/1/2003). Seção V Das Licenças e dos Registros Art. 10 – Para o exercício da atividade pesqueira no Estado, é obrigatória a licença emitida pelo órgão competente, salvo nas modalidades de pesca de subsistência e desportiva. § 1º – A licença acoberta a guarda, o porte, o transporte e a utilização de aparelho, petrecho e equipamento de pesca. § 2º – A licença é pessoal e intransferível, e sua concessão fica condicionada ao recolhimento de emolumentos administrativos e de reposição de pesca e ao cumprimento do disposto no zoneamento da pesca. § 3º – A licença para a pesca profissional é específica por bacia hidrográfica. § 4º – São dispensados do recolhimento dos emolumentos de que trata o § 2º deste artigo o menor de até doze anos de idade, quando acompanhado de um dos pais ou responsável, o aposentado e o maior de sessenta e cinco anos, se do sexo masculino, e de

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sessenta anos, se do sexo feminino, que utilizem, para o exercício da pesca sem fins comerciais, linha de mão, caniço simples ou caniço com molinete, empregados com anzol simples ou múltiplo, e que não sejam filiados a clube, associação ou colônia de pesca. § 5º – A licença é expedida por tempo determinado e pode ser suspensa ou cancelada pelo órgão emissor, na hipótese de infração à Lei ou por motivo de interesse ecológico. § 6º – Poderá ser concedida licença especial gratuita nos casos estabelecidos no regulamento desta Lei. § 7º – Poderá ser concedida licença especial de aprendiz de pesca ao maior de quatorze e menor de dezoito anos, mediante autorização judicial. § 8º – A concessão da licença prevista no § 7º obedecerá ao respectivo regulamento, que disporá, entre outras medidas, sobre as condições gerais de expedição, incluindo o limite de captura e, observada a legislação federal, a jornada de trabalho do aprendiz. Art. 11 – Obrigam-se ao registro e à licença, quando necessária, a pessoa física ou jurídica especializada na fabricação ou comercialização de aparelho, petrecho ou equipamento de pesca de uso controlado ou que produza, explore, comercialize ou industrialize produto da pesca ou animal aquático vivo ou abatido, inclusive o ornamental. § 1º – O registro deverá ser renovado anualmente. § 2º – Estão isentos de registro os estabelecimentos que comercializem produtos da pesca ou da aqüicultura prontos para o consumo, aí compreendidos os bares, restaurantes e similares. Seção VI Da Fiscalização Art. 12 – A fiscalização da pesca, em caráter preventivo e repressivo, incidirá sobre: I – atividade que acarrete risco e dano à fauna aquática; II – captura, extração, coleta, beneficiamento, conservação, transformação, transporte, armazenamento e comercialização de seres aquáticos; III – transporte, posse, guarda, exposição e utilização de aparelho, petrecho ou equipamento. Parágrafo único – A fiscalização da pesca será exercida por servidor público credenciado para esse fim. CAPÍTULO IV Da Aqüicultura Art. 13 – Compreende-se por aqüicultura a atividade destinada à criação ou à reprodução, para fins econômicos, científicos ou ornamentais, de seres animais e vegetais que tenham na água seu ambiente natural. § 1º – Para o exercício da aqüicultura, são exigidos o registro anual do aqüicultor e a licença, expedidos pelo órgão competente.

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§ 2º – Para o transporte, o uso e a exploração socioeconômica do produto da aqüicultura, é exigida licença do órgão competente. § 3º – O órgão competente irá determinar, mediante estudos técnico-científicos, as espécies da fauna e da flora aquáticas cuja criação, transporte e comercialização serão permitidos. Art. 14 – Cabe ao poder público estimular a aqüicultura, com a adoção das seguintes medidas: I – criação e apoio a centros de treinamento, pesquisa e extensão; II – incentivo à promoção de iniciativas destinadas ao desenvolvimento da aqüicultura; III – incentivo à utilização de tanques-rede em barragens localizadas no Estado, com prioridade para as espécies nativas. (Inciso acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 15.261, de 27/7/2004.) Parágrafo único – Compete à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – EMATER-MG – a coordenação das atividades relativas à aqüicultura. (Vide art. 42 da Lei nº 15.699, de 25/7/2005.) CAPÍTULO V Do Conselho Estadual da Pesca e da Aqüicultura Art. 15 – Fica criado, na estrutura do Instituto Estadual de Florestas – IEF –, o Conselho Estadual da Pesca e da Aqüicultura, órgão colegiado, deliberativo e consultivo, com as seguintes competências: I – exercer funções deliberativas no âmbito da política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura; II – propor e deliberar sobre o plano estadual de aproveitamento dos recursos pesqueiros e sobre o zoneamento da pesca de que trata esta Lei; III – compatibilizar planos, programas e projetos de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura com a política de proteção ao meio ambiente, em especial de conservação dos ecossistemas aquáticos; IV – propor programas de fomento à pesquisa aplicada e treinamento destinados ao desenvolvimento da fauna e da flora aquáticas e à aqüicultura; V – responder a consulta sobre matéria de sua competência, orientar os interessados e divulgar informações e disposições da legislação de proteção à fauna e à flora aquáticas; VI – aprovar seu regimento interno; VII – firmar convênios para a integração dos municípios na aplicação da política estadual de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura. (Vide art. 7º da Lei Delegada nº 105, de 29/1/2003). Art. 16 – O Conselho de que trata o art. 15 tem a seguinte composição:

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I – um representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; II – um representante do Instituto Estadual de Florestas – IEF –; III – um representante do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM –; IV – um representante da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – EMATER-MG –; V – um representante da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais; VI – um representante da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais; VII – um representante da Secretaria de Estado de Turismo; VIII – um representante da Procuradoria-Geral de Justiça; IX – um representante do Instituto BrasiLeiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA –; X – um representante da Federação dos Pescadores Profissionais do Estado de Minas Gerais ou das colônias de pescadores profissionais; XI – um representante da Federação dos Pescadores Amadores do Estado de Minas Gerais; XII – um representante dos clubes de pesca amadora do Estado; XIII – um representante da Associação Mineira de Aqüicultura – AMA –; XIV – dois representantes da comunidade científica do Estado; XV – dois representante das organizações não governamentais – ONG’s – do Estado. § 1º – Os membros do Conselho Estadual da Pesca e da Aqüicultura serão nomeados por ato do Governador do Estado, mediante proposta do Secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, para um mandato de dois anos, renovável por igual período. § 2º – A Presidência do Conselho será exercida pelo Diretor- Geral do IEF. § 3º – O exercício da função de conselheiro é considerado de alta relevância e não será remunerado. (Vide art. 7º da Lei Delegada nº 105, de 29/1/2003). Art. 17 – As despesas decorrentes do funcionamento do Conselho Estadual da Pesca e da Aqüicultura correrão à conta de dotação orçamentária da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. (Vide art. 7º da Lei Delegada nº 105, de 29/1/2003). CAPÍTULO VI Do Dano à Fauna e à Flora Aquáticas Art. 18 – Constitui dano à fauna aquática toda ação ou omissão que degrade o ecossistema a ela relacionado, além das demais hipóteses previstas na legislação em vigor e, especialmente:

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I – a introdução de espécie exótica sem a autorização do órgão competente, entendendo-se como espécie exótica aquela que não ocorre naturalmente no corpo de água ao qual se destina; II – a promoção do esvaziamento ou do secamento artificial de coleções de água naturais ou represas, excetuados os reservatórios artificiais destinados à prática da piscicultura e a outras finalidades; III – a captura de espécime da ictiofauna com tamanho inferior ao permitido, de espécie que deva ser preservada ou em quantidade superior à permitida, conforme previsto na legislação; IV – a captura de espécime da ictiofauna em local e época proibidos ou com o emprego de aparelho, petrecho, método ou técnica não permitida; V – a prática de ação que provoque a morte de espécimes da flora e da fauna aquáticas, por qualquer meio, contrariando norma existente; VI – a regularização das vazões de um curso de água que comprometa a função do criatório de peixes de suas várzeas. § 1º – Os autores do dano ficam obrigados à reparação ambiental, por meio de medidas a serem estabelecidas pelo órgão competente, sem prejuízo das penalidades administrativas cabíveis. § 2º – O Poder Executivo adotará medidas preventivas para evitar ou minimizar o risco de dano à fauna e à flora aquáticas. CAPÍTULO VII Das Infrações e das Penalidades Seção I Das Infrações Art. 19 – As infrações administrativas compreendem toda ação ou omissão que contrarie os dispositivos desta Lei e seu regulamento, sem prejuízo do disposto na legislação em vigor, e, em especial: I – a captura, a guarda, o transporte, a comercialização, a industrialização, a utilização ou a inutilização de produto da pesca obtido em desacordo com esta Lei e seu regulamento; II – o transporte, a comercialização, a guarda, a posse ou a utilização de aparelho, petrecho ou equipamento de uso proibido ou sem o devido licenciamento ou registro; III – o uso indevido do registro ou da licença; IV – a prática de ação que provoque a morte de animal ou vegetal aquático nativo, em qualquer de suas fases de crescimento e desenvolvimento, sem autorização do órgão competente; V – a criação de obstáculo ou impedimento que interfira, por ação ou omissão, na migração, na reprodução, no recrutamento, na dispersão e na sobrevivência dos peixes em qualquer fase de sua vida;

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VI – a falta de registro no órgão competente ou de licença por ele expedida; VII – a não apresentação de licença ou de documento de porte obrigatório, quando solicitado; VIII – a criação de impedimento ou dificuldade para a ação de fiscalização. Seção II Das Penalidades Art. 20 – A ação ou omissão contrária às disposições desta Lei sujeita o infrator às penalidades a seguir relacionadas, sem prejuízo da reparação do dano ambiental, principalmente o relativo à ictiofauna, e de outras ações legais cabíveis: I – multa de R$ 50,00 (cinqüenta reais) até R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais), calculada de acordo com a natureza da infração, seu grau, extensão, área e região de ocorrência, o volume, o peso, a quantidade em unidades e o valor ecológico do objeto da infração, a finalidade e as características do ato que originou a infração, a exigência de reposição ou reparação relativa ao ato, o dolo ou a culpa do infrator, bem como sua proposta ou projeto de reparação, conforme estipular o regulamento desta Lei; II – apreensão ou perda de aparelho, petrecho, equipamento ou produto da pesca; III – interdição ou embargo da atividade; IV – suspensão da atividade; V – cancelamento de autorização, licença ou registro; VI – impedimento da obtenção de licença ou de incentivo oficial. § 1º – As penalidades previstas neste artigo aplicam-se ao autor direto da infração ou àquele que, de qualquer modo, concorra para sua prática ou dela obtenha vantagem. § 2º Constatada a reincidência genérica, a multa será aplicada em dobro. § 3º – Constatada a reincidência específica, além da multa em dobro, sujeita-se o infrator à perda de aparelho, petrecho ou equipamento utilizado no ato da infração. § 4º – O pagamento de multa prevista nesta Lei poderá ser parcelado em até cinco vezes, exceto em caso de reincidência. § 5º – Será cancelado o registro, a autorização ou a licença da pessoa física ou jurídica que reincidir na infração que tenha originado pena de suspensão da atividade. § 6º – Será admitida, a critério do órgão competente, a conversão em despesa com a execução de projeto de reparação de até 50% (cinqüenta por cento) do valor da multa aplicada. § 7º – Cabe ao órgão competente efetuar a cobrança administrativa e propor as execuções fiscais, relativamente aos créditos constituídos; § 8º – As multas serão corrigidas anualmente pelo índice oficial de inflação. Art. 21 – A infração ao disposto nesta Lei e em seu regulamento será objeto de auto de infração, com indicação do fato, das circunstâncias atenuantes e agravantes, de seu enquadramento legal, da penalidade aplicada e do prazo de defesa. Parágrafo único – Para os efeitos do disposto no “caput” deste artigo, consideram-se:

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I – circunstâncias atenuantes: a) o baixo grau de instrução do infrator; b) o arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano ou limitação significativa da degradação causada; c) a comunicação prévia pelo infrator de iminente perigo de degradação ambiental. II – circunstâncias agravantes: a) a reincidência; b) a obtenção de vantagem pecuniária; c) a coação de terceiros para a execução da infração; d) a exposição a perigo da saúde pública e do meio ambiente; e) o dano a propriedade alheia; f) o cometimento da infração no período noturno; g) o cometimento da infração aproveitando-se da ocorrência de fenômenos naturais que a facilitem; h) o cometimento da infração em unidade de conservação ou lagoa marginal. Art. 22 – O aparelho, o petrecho ou o instrumento apreendido será encaminhado ao órgão competente para devolução, alienação, aproveitamento ou inutilização. Art. 23 – O material apreendido não procurado no prazo de noventa dias será considerado abandonado, e o órgão competente promoverá a destinação legal daquele cujo uso seja permitido. Parágrafo único – O material apreendido considerado de uso proibido não será devolvido, cabendo ao órgão competente determinar sua destinação. Art. 24 – O produto de pesca apreendido será avaliado e doado pela autoridade competente a escolas públicas, entidades filantrópicas e outras de cunho social e sem fins lucrativos, com a lavratura do respectivo termo de doação. (Vide parágrafo único do art. 1º da Lei nº 16.670, de 8/1/2007.) CAPÍTULO VIII Dos Recursos Administrativos Art. 25 – O autuado, independentemente de efetuar depósito ou caução, terá o prazo de trinta dias para oferecer defesa, dirigida ao Diretor-Geral do Instituto Estadual de Florestas – IEF – e protocolada conforme dispuser o regulamento desta Lei. Parágrafo único – Da decisão definitiva do Diretor-Geral do Instituto Estadual de Florestas – IEF – caberá recurso, em última instância, à câmara especializada do COPAM, no prazo de vinte dias. CAPÍTULO IX Das Receitas e de Sua Aplicação Art. 26 – Os recursos provenientes da aplicação das multas e dos emolumentos previstos nesta Lei serão destinados ao custeio da atividade pesqueira, aí incluídos a pesquisa, a educação, a fiscalização, a piscicultura, o repovoamento e outras atividades afins.

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§ 1º – O órgão competente poderá destinar até 30% (trinta por cento) dos recursos auferidos para apoiar as atividades de aqüicultura e organização de colônias de pescadores profissionais. § 2º – Percentual não superior a 40% (quarenta por cento) dos recursos auferidos destinados à reposição de pesca poderá ser utilizado no fornecimento de alevinos e matrizes de espécies nativas para repovoamento dos cursos de água, a título de incentivo. (Vide art. 4º da Lei nº 14.578, de 16/1/2003). CAPÍTULO X Da Educação Ambiental Art. 27 – Os órgãos competentes criarão mecanismos que visem ao desenvolvimento integrado de programas de educação ambiental e de informação técnica, relativos à proteção e ao incremento dos recursos da fauna e da flora aquáticas no Estado. Art. 28 – Cabe ao poder público divulgar os princípios e o conteúdo desta Lei nas escolas de nível fundamental, médio e superior da rede estadual, em colônias e associações de pescadores, em órgãos ambientais, bibliotecas públicas e Prefeituras Municipais. CAPÍTULO XI Disposições Finais Art. 29 – Para os efeitos desta Lei, considera-se órgão competente o Conselho Estadual de Florestas-IEF -, ressalvada a competência do Conselho Estadual da Pesca e da Aqüicultura. Art. 30 – O IEF poderá firmar instrumentos de cooperação com o IBAMA e com o Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Art. 31 – O IEF firmará com a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais PMMG instrumento por meio do qual serão implementadas as ações de fiscalização e autuação, para o cumprimento desta Lei e de seu regulamento. Art. 32 – Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei e em seu regulamento, aplica-se aos infratores o disposto na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Art. 33 – (Vetado). Parágrafo único – (Vetado). Art. 34 – Para a consecução dos objetivos desta Lei, fica o Poder Executivo autorizado a firmar convênio, ajuste ou instrumento congênere com órgãos ou entidades da União, dos Estados e dos Municípios e organizações não-governamentais – ONG’s. Art. 35 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e vinte dias contados da data de sua vigência. Art. 36 – Esta Lei entra em vigor cento e vinte dia após a data de sua publicação. Art. 37 – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 12.265, de 24 de julho de 1996. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de janeiro de 2002. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 14.309, 19/6/2002 Proposição: Projeto de Lei nº 498/1999 Autoria: Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da ALMG Regulamentação Total: Decreto nº 43.710, de 8/1/2004 Regulamentação Parcial: Decreto nº 44.844, de 25/6/2008 Decreto nº 45.016, de 20/1/2009 Dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1° – As políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado compreendem as ações empreendidas pelo poder público para o uso sustentável dos recursos naturais e para a conservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, nos termos do artigo 214 da Constituição do Estado. Art. 2° – As florestas e as demais formas de vegetação existentes no Estado, reconhecidas de utilidade ao meio ambiente e às terras que revestem, bem como os ecossistemas por elas integrados, são bens de interesse comum, respeitados o direito de propriedade e a função social da propriedade, com as limitações que a legislação em geral e esta lei em especial estabelecem. Art. 3° – A utilização dos recursos vegetais naturais e as atividades que importem uso alternativo do solo serão conduzidas de forma a minimizar os impactos ambientais delas decorrentes e a melhorar a qualidade de vida, observadas as seguintes diretrizes: I – proteção e conservação da biodiversidade; II – proteção e conservação das águas; III – preservação do patrimônio genético; IV – compatibilização entre o desenvolvimento socioeconômico e o equilíbrio ambiental. Art. 4° – As políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado têm por objetivos: I – assegurar a proteção e a conservação das formações vegetais nativas; II – garantir a integridade da fauna migratória e das espécies vegetais e animais endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção, assegurando a manutenção dos ecossistemas a que pertencem; III – disciplinar o uso alternativo do solo e controlar a exploração, a utilização, o transporte e o consumo de produtos e subprodutos da flora; IV – prevenir alterações das características e atributos dos ecossistemas nativos; V – promover a recuperação de áreas degradadas;

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VI – proteger a flora e a fauna; VII – desenvolver ações com a finalidade de suprir a demanda de produtos da flora susceptíveis de exploração e uso; VIII – estimular programas de educação ambiental e de turismo ecológico; IX – promover a compatibilização das ações de política florestal e de proteção à biodiversidade com as ações das demais políticas relacionadas com os recursos naturais. Art. 5° – O poder público criará mecanismos de fomento a: I – florestamento e reflorestamento, com o objetivo de: a) favorecer o suprimento e o consumo de madeira, produtos lenhosos e subprodutos para uso industrial, comercial, doméstico e social; b) minimizar o impacto da exploração e da utilização das formações vegetais nativas; c) complementar programas de conservação do solo e de regeneração ou recomposição de áreas degradadas para incremento do potencial florestal do Estado, bem como de minimização da erosão do solo e do assoreamento de cursos de água naturais ou artificiais; d) desenvolver projetos de pesquisa, educação e desenvolvimento tecnológico, visando à utilização de espécies nativas ou exóticas em programas de reflorestamento; e) desenvolver programas de incentivo à transferência e à difusão de tecnologia e de métodos de gerenciamento; f) promover e estimular a elaboração e a implantação de projetos para a recuperação de áreas em processo de desertificação; g) promover e estimular a implantação de projetos para recuperação de áreas de reserva legal; II – pesquisas direcionadas para: a) preservação, conservação e recuperação de ecossistemas; b) criação, implantação, manutenção e manejo das unidades de conservação; c) manejo e uso sustentado dos recursos vegetais; III – desenvolvimento de programas de educação ambiental para a proteção da biodiversidade; IV – desenvolvimento de programas de turismo ecológico e ecoturismo. Art. 6° – O poder público promoverá o monitoramento dos ecossistemas terrestres e aquáticos, implantando e mantendo a infra-estrutura adequada, com vistas à adoção das medidas necessárias à sua proteção. Art. 7° – Considera-se órgão competente para as ações previstas nesta lei o Instituto Estadual de Florestas – IEF –, ressalvados os casos de necessidade de licenciamento ambiental pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM.

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CAPÍTULO II Das Áreas de Produção e Produtivas com Restrição de Uso Seção I Classificação Geral Art. 8° – Para efeito do disposto nesta lei, considera-se: I – área produtiva com restrição de uso, aquela revestida ou não com cobertura vegetal que produza benefícios múltiplos de interesse comum, necessários à manutenção dos processos ecológicos essenciais à vida; II – área de produção: a) a originária de plantio integrante de projeto florestal e destinada ou não ao suprimento sustentado da matéria-prima de origem vegetal necessária às atividades socioeconômicas; b) a formação florestal integrante de sistema agroflorestal; c) a submetida a manejo florestal. Art. 9° – As áreas produtivas com restrição de uso classificam-se em: I – áreas de preservação permanente; II – reservas legais; III – unidades de conservação. Seção II Da Área de Preservação Permanente Art. 10 – Considera-se área de preservação permanente aquela protegida nos termos desta lei, revestida ou não com cobertura vegetal, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, de proteger o solo e de assegurar o bem-estar das populações humanas e situada: I – em local de pouso de aves de arribação, assim declarado pelo poder público ou protegido por convênio, acordo ou tratado internacional de que o Brasil seja signatário; II – ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água, a partir do leito maior sazonal, medido horizontalmente, cuja largura mínima, em cada margem, seja de: a) 30m (trinta metros), para curso d’água com largura inferior a 10m (dez metros); b) 50m (cinqüenta metros), para curso d’água com largura igual ou superior a 10m (dez metros) e inferior a 50m (cinqüenta metros); c) 100m (cem metros), para curso d’água com largura igual ou superior a 50m (cinqüenta metros) e inferior a 200m (duzentos metros); d) 200m (duzentos metros), para curso d’água com largura igual ou superior a 200m (duzentos metros) e inferior a 600m (seiscentos metros);

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e) 500m (quinhentos metros), para curso d’água com largura igual ou superior a 600m (seiscentos metros); III – ao redor de lagoa ou reservatório de água, natural ou artificial, desde o seu nível mais alto, medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura mínima seja de: a) 15m (quinze metros) para o reservatório de geração de energia elétrica com até 10ha (dez hectares), sem prejuízo da compensação ambiental; b) 30m (trinta metros) para a lagoa ou reservatório situados em área urbana consolidada; c) 30m (trinta metros) para corpo hídrico artificial, excetuados os tanques para atividade de aqüicultura; d) 50m (cinqüenta metros) para reservatório natural de água situado em área rural, com área igual ou inferior a 20ha (vinte hectares); e) 100m (cem metros) para reservatório natural de água situado em área rural, com área superior a 20ha (vinte hectares); IV – em nascente, ainda que intermitente, qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50m (cinqüenta metros); V – no topo de morros monte ou montanha, em área delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura da elevação em relação à base; VI – em encosta ou parte dela, com declividade igual ou superior a cem por cento ou 45° (quarenta e cinco graus) na sua linha de maior declive, podendo ser inferior a esse parâmetro a critério técnico do órgão competente, tendo em vista as características edáficas da região; VII – nas linhas de cumeada, em seu terço superior em relação à base, nos seus montes, morros ou montanhas, fração essa que pode ser alterada para maior, a critério técnico do órgão competente, quando as condições ambientais assim o exigirem; VIII – em borda de tabuleiro ou chapada, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100m (cem metros), em projeção horizontal; IX – em altitude superior a 1.800m (mil e oitocentos metros); X – em ilha, em faixa marginal além do leito maior sazonal, medida horizontalmente, de conformidade com a largura mínima de preservação permanente exigida para o corpo d’água; XI – em vereda. § 1° – Considera-se, ainda, de preservação permanente, quando declarada por ato do poder público, a área revestida ou não com cobertura vegetal, destinada a: I – atenuar a erosão; II – formar as faixas de proteção ao longo das rodovias e das ferrovias; III – proteger sítio de excepcional beleza, de valor científico ou histórico; IV – abrigar população da fauna ou da flora raras e ameaçadas de extinção; V – manter o ambiente necessário à vida das populações indígenas; VI – assegurar condições de bem-estar público;

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VII – preservar os ecossistemas. § 2º – No caso de reservatório artificial resultante de barramento construído sobre drenagem natural ou artificial, a área de preservação permanente corresponde à estabelecida nos termos das alíneas “d” e “e” do inciso III do caput deste artigo, exceto a área de preservação permanente de represa hidrelétrica, que terá sua abrangência e sua delimitação definidas no plano diretor da bacia hidrográfica, observada a legislação pertinente, sem prejuízo da compensação ambiental. (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.023, de 9/1/2009.) § 3° – Os limites da área de preservação permanente previstos na alínea “a” do inciso III deste artigo poderão ser ampliados, de acordo com o estabelecido no licenciamento ambiental e, quando houver, de acordo com o Plano de Recursos Hídricos da bacia onde o reservatório se insere. § 4º – Na inexistência do plano diretor a que se refere o § 2º - deste artigo, a área de preservação permanente de represa hidrelétrica terá a largura de 30m (trinta metros), sem prejuízo da compensação ambiental e da obrigação de recuperar as áreas de preservação permanente degradadas, assegurados os usos consolidados, inclusive para fins de exploração de atividades agrícolas com culturas perenes de porte arbóreo ou arbustivo, e os atos praticados até a data de publicação do plano diretor.” (Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 18.023, de 9/1/2009.) Art. 11 – Nas áreas consideradas de preservação permanente, será respeitada a ocupação antrópica já consolidada, de acordo com a regulamentação específica e averiguação do órgão competente, desde que não haja alternativa locacional comprovada por laudo técnico e que sejam atendidas as recomendações técnicas do poder público para a adoção de medidas mitigadoras, sendo vedada a expansão da área ocupada. Art. 12 – A utilização de área de preservação permanente fica condicionada a autorização ou anuência do órgão competente. § 1° – Quando a área de preservação permanente integrar unidade de conservação, a autorização a que se refere o “caput” somente será concedida se assim dispuser seu plano de manejo, quando houver. § 2° – Os critérios para definição e uso de área de preservação permanente serão estabelecidos ou revistos pelos órgãos competentes, mediante deliberação do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, adotando-se como unidade de planejamento a bacia hidrográfica, por meio de zoneamento específico e, quando houver, por meio do seu plano de manejo. (Parágrafo vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 6/9/2002.) § 3° – (Vetado). § 4° – Na propriedade rural em que o relevo predominante for marcadamente acidentado e impróprio à prática de atividades agrícolas e pecuárias e em que houver a ocorrência de várzeas apropriadas a essas finalidades, poderá ser permitida a utilização da faixa ciliar dos cursos d’água, considerada de preservação permanente, em uma das

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margens, em até um quarto da largura prevista no art. 10, mediante autorização e anuência do órgão ambiental competente, compensando-se essa redução com a ampliação proporcional da referida faixa na margem oposta, quando esta comprovadamente pertencer ao mesmo proprietário. § 5° – A área permutada nos termos do § 4° deste artigo será averbada à margem da matrícula do imóvel. Art. 13 – A supressão de vegetação nativa em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social, devidamente caracterizado e motivado em procedimento administrativo próprio, quando não existir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto. § 1° – A supressão de vegetação em área de preservação permanente situada em área efetivamente urbanizada dependerá de autorização do órgão municipal competente, desde que o município possua conselho de meio ambiente com caráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão estadual competente, fundamentada em parecer técnico. § 2° – Consideram-se efetivamente urbanizadas as áreas parceladas e dotadas da infra-estrutura mínima, segundo as normas federais e municipais. § 3° – Para fins do que dispõe este artigo, considera-se: I – de utilidade pública: a) a atividade de segurança nacional e proteção sanitária; b) a obra essencial de infra-estrutura destinada a serviço público de transporte, saneamento ou energia;

c) a obra, plano, atividade ou projeto assim definido na legislação federal ou estadual; II – de interesse social : a) a atividade imprescindível à proteção da integridade da vegetação nativa, tal como a prevenção, o combate e o controle do fogo, o controle da erosão, a erradicação de invasoras e a proteção de plantios com espécies nativas, conforme definida na legislação federal ou estadual; b) a obra, plano, atividade ou projeto assim definido na legislação federal ou estadual; c) a ação executada de forma sustentável, destinada à recuperação, recomposição ou regeneração de área de preservação permanente, tecnicamente considerada degradada ou em processo avançado de degradação. § 4 – O órgão ambiental competente poderá autorizar a supressão de vegetação em área de preservação permanente, quando eventual e de baixo impacto ambiental, conforme definido em regulamento. § 5 – O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da autorização para a supressão de vegetação em área de preservação permanente, as medidas mitigadoras e compensatórias a serem adotadas pelo empreendedor.

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§ 6 – A supressão de vegetação nativa protetora de nascente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. § 7° – Na implantação de reservatório artificial, o empreendedor pagará pela restrição de uso da terra de área de preservação permanente criada no seu entorno, na forma de servidão ou outra prevista em lei, conforme parâmetros e regime de uso definidos na legislação. § 8° – A utilização de área de preservação permanente será admitida mediante licenciamento ambiental, quando couber. § 9° – A área de preservação permanente recuperada, recomposta ou regenerada é passível de uso sustentável mediante projeto técnico a ser aprovado pelo órgão competente. § 10 – São vedadas quaisquer intervenções nas áreas de veredas, salvo em caso de utilidade pública, de dessedentação de animais ou de uso doméstico. Seção III Da Reserva Legal Art. 14 – Considera-se reserva legal a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, ressalvada a de preservação permanente, representativa do ambiente natural da região e necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna e flora nativas, equivalente a, no mínimo, 20% (vinte por cento) da área total da propriedade. § 1° – A implantação da área de reserva legal compatibilizará a conservação dos recursos naturais e o uso econômico da propriedade. § 2° – Fica condicionada à autorização do órgão competente a intervenção em área de reserva legal com cobertura vegetal nativa, onde não serão permitidos o corte raso, a alteração do uso do solo e a exploração com fins comerciais, ressalvados os casos de sistemas agroflorestais e o de ecoturismo. § 3° – A autorização a que se refere o §2° somente será concedida em área de proteção ambiental mediante previsão no plano de manejo. § 4° – A área destinada à composição de reserva legal poderá ser agrupada em uma só porção em condomínio ou em comum entre os adquirentes. Art. 15 – Na propriedade rural destinada à produção, será admitido pelo órgão ambiental competente o cômputo das áreas de vegetação nativa existentes em área de preservação permanente no cálculo do percentual de reserva legal, desde que não implique conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo e quando a soma da vegetação nativa em área de preservação permanente e reserva legal exceder a: I – 50% (cinqüenta por cento) da propriedade rural com área superior a 50 ha (cinqüenta hectares), quando localizada no Polígono das Secas, e igual ou superior a 30 ha (trinta hectares), nas demais regiões do Estado; II – 25% (vinte e cinco por cento) da propriedade rural com area igual ou inferior a 50 ha (cinqüenta hectares), quando localizada no Polígono das Secas, e igual ou inferior a 30 ha (trinta hectares), nas demais regiões do Estado.

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Parágrafo único – Nas propriedades rurais a que se refere o inciso II do deste artigo, a critério da autoridade competente, poderão ser computados, para efeito da fixação de até 50% (cinqüenta por cento) do percentual de reserva legal, além da cobertura vegetal nativa, os maciços arbóreos frutíferos, ornamentais ou industriais mistos ou as áreas ocupadas por sistemas agroflorestais.

Art. 16 – A reserva legal será demarcada a critério da autoridade competente, preferencialmente em terreno contínuo e com cobertura vegetal nativa.

§ 1° – Respeitadas as peculiaridades locais e o uso econômico da propriedade, a reserva legal será demarcada em continuidade a outras áreas protegidas, evitando-se a fragmentação dos remanescentes da vegetação nativa e mantendo-se os corredores necessários ao abrigo e ao deslocamento da fauna silvestre. § 2° – A área de reserva legal será averbada, à margem do registro do imóvel, no cartório de registro de imóveis competente, sendo vedada a alteração de sua destinação nos casos de transmissão a qualquer título.

§ 3° – No caso de desmembramento da propriedade, a qualquer título, a área da reserva legal será parcelada na forma e na proporção do desmembramento da área total, sendo vedada a alteração de sua destinação. § 4° – O proprietário ou o usuário da propriedade poderá relocar a área da reserva legal, mediante plano aprovado pela autoridade competente, observadas as limitações e resguardadas as especificações previstas nesta lei.

Art. 17 – O proprietário rural fica obrigado, se necessário, a recompor, em sua propriedade, a área de reserva legal, podendo optar entre os seguintes procedimentos:

I – plantio em parcelas anuais ou implantação e manejo de sistemas agroflorestais; II – isolamento total da área correspondente à complementação da reserva legal e adoção das técnicas adequadas à condução de sua regeneração;

III – aquisição e incorporação à propriedade rural de gleba contígua, com área correspondente à da reserva legal a ser recomposta, condicionada a vistoria e aprovação do órgão competente; IV – compensação da área de reserva legal por outra área equivalente em importância ecológica e extensão, desde que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma microbacia, conforme critérios estabelecidos em regulamento; V – aquisição de gleba não contígua, na mesma bacia hidrográfica, e instituição de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN –, condicionada a vistoria e aprovação do órgão competente; VI – aquisição, em comum com outros proprietários, de gleba não contígua e instituição de RPPN, cuja área corresponda à área total da reserva legal de todos os condôminos ou co-proprietários, condicionada a vistoria e aprovação do órgão competente;

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VII – aquisição de cota de Certificado de Recomposição de Reserva Legal – CRRL – de Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA –, em quantidade correspondente à área de reserva legal a ser reconstituída, mediante autorização do órgão competente. (Inciso acrescentado pelo art. 7º da Lei nº 15.027, de 19/1/2004.) § 1° – O Poder Executivo estabelecerá critérios e padrões para o plantio e para a implantação e manejo dos sistemas agroflorestais a que se refere o inciso I deste artigo. § 2º – Nos casos de recomposição da área de reserva legal pela compensação por área equivalente e pela instituição de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN – ou por aquisição de cotas de RPRA, na forma dos incisos IV, V, VI e VII deste artigo, a averbação do ato de instituição, à margem do registro do imóvel, mencionará expressamente a causa da instituição e o número da matrícula do imóvel objeto da recomposição. (Parágrafo com redação dada pelo art. 7º da Lei nº 15.027, de 19/1/2004.)

§ 3° – Para o plantio destinado à recomposição de área de reserva legal, o IEF disponibilizará, em seus viveiros, com ônus para os interessados, mudas de espécies nativas da região. § 4º – É vedado ao proprietário ou possuidor suprimir área de reserva legal em virtude de opção pela recomposição na forma prevista no inciso VII. (Parágrafo acrescentado pelo art. 7º da Lei nº 15.027, de 19/1/2004.) Art. 18 – O proprietário ou possuidor que, a partir da vigência desta lei, suprimir total ou parcialmente florestas ou demais formas de vegetação nativa situadas no interior de sua propriedade ou posse, sem as devidas autorizações do órgão competente, não pode fazer uso dos benefícios da compensação da área de reserva legal por outra área equivalente em importância ecológica e extensão. Art. 19 – Em área de pastoreio são livres a roçada e a limpeza da área, respeitadas as áreas de preservação permanente e de reserva legal. Art. 20 – É livre a construção de pequenas barragens de retenção de águas pluviais para controle de erosão, melhoria da infiltração das águas no solo e dessedentação de animais, em áreas de pastagem e, mediante autorização do órgão competente, conforme definido em regulamento, em área de reserva legal. Art. 21 – O parcelamento de imóvel rural para fins socioeconômicos e os projetos de assentamentos e de colonização rural deverão ser licenciados pelo COPAM, nos termos da legislação estadual ou federal vigente. Seção IV Das Unidades de Conservação Art. 22 – São unidades de conservação os espaços territoriais e seus componentes, inclusive os corpos d’água, com características naturais relevantes, legalmente instituídas pelo poder público, com limites definidos, sob regime especial de administração ou de restrição de uso, às quais se aplicam garantias adequadas de proteção de recursos naturais e paisagísticos, bem como de conservação ambiental.

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§ 1° – As unidades de conservação são divididas em dois grupos, com características específicas: I – unidades de proteção integral; II – unidades de uso sustentável. § 2° – As desapropriações ou outras formas de aquisição para implantação de unidades de conservação serão feitas na forma da lei. § 3° – O poder público fixará, no orçamento anual, o montante de recursos financeiros para atender ao programa de desapropriação ou outras formas de aquisição de áreas destinadas às unidades de conservação, e às necessidades de implantação e manutenção dessas unidades. (Vide art. 1º da Lei nº 15.027, de 19/1/2004.) Subseção I Das Unidades de Conservação de Proteção Integral Art. 23 – São unidades de conservação de proteção integral: I – o parque, assim considerada a área representativa de ecossistema de grande valor ecológico e beleza cênica que contenha espécies de plantas e animais e sítios com relevância científica, educacional, recreativa, histórica, cultural, turística, paisagística e espiritual, em que se possa conciliar, harmoniosamente, o uso científico, educativo e recreativo com a preservação integral e perene do patrimônio natural; II – a estação ecológica, assim considerada a área representativa de ecossistema regional, cujo uso tenha como objetivos básicos a preservação integral da biota e dos demais atributos naturais existentes em seus limites, a realização de pesquisas científicas básicas e aplicadas e a visitação pública limitada a atividades educativas; III – o refúgio da vida silvestre, assim considerada a área sujeita a intervenção ativa para fins de manejo, com o propósito de assegurar a manutenção de hábitats e suprir as necessidades de determinadas espécies da fauna residente ou migratória, e da flora, de importância nacional, estadual ou regional, cuja dimensão depende das necessidades das espécies a serem protegidas; IV – o monumento natural, assim considerada a área ou o espécime que apresentem uma ou mais características específicas, naturais ou culturais, notáveis ou com valor único devido à sua raridade, que podem estar inseridos em propriedade particular, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelo proprietário; V – a reserva biológica, assim considerada a área destinada à preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a biodiversidade e os processos ecológicos naturais; VI – outras categorias e áreas assim definidas em lei pelo poder público.

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§ 1° – Nas unidades de proteção integral, não são permitidos a coleta e o uso dos recursos naturais, salvo se compatíveis com as categorias de manejo das unidades de conservação. § 2° – As categorias de estação ecológica, parque e reserva biológica são consideradas, na sua totalidade, de posse e domínio públicos. Subseção II Das Unidades de Conservação de Uso Sustentável Art. 24 – São unidades de conservação de uso sustentável: I – a área de proteção ambiental, assim considerada aquela de domínio público ou privado, de extensão significativa e com ocupação humana, dotada de atributos bióticos e abióticos, paisagísticos ou culturais especialmente importantes para a manutenção dos processos ecológicos e para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, em cujo ato de criação, fundamentado em estudo prévio e consulta pública, esteja previsto prazo e alocação de recursos pelo poder público para o zoneamento ecológico-econômico e cujo uso tenha como objetivos básicos proteger a biodiversidade, disciplinar o processo de ocupação, assegurar e incentivar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais que se deseja proteger; II – áreas de relevante interesse ecológico, assim consideradas aquelas, em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características e atributos naturais extraordinários, importantes para a biodiversidade ou que abriguem exemplares raros da biota regional, constituídas em terras públicas ou privadas; III – reservas extrativistas, assim consideradas as áreas naturais de domínio público, com uso concedido às populações tradicionais cuja subsistência se baseia no uso múltiplo sustentável dos recursos naturais e que poderão praticar, de forma complementar, atividades de extrativismo, manejo da flora, agricultura e a agropecuária de subsistência e pesca artesanal; IV – florestas estaduais, assim consideradas as áreas com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas, de domínio público, que tenham como objetivo básico a produção, por meio do uso múltiplo e sustentável dos recursos da flora, visando a suprir, prioritariamente, necessidades de populações, podendo também ser destinadas à educação ambiental e ao turismo ecológico; V – As reservas particulares do patrimônio natural têm por objetivo a proteção dos recursos ambientais representativos da região e poderão ser utilizadas para o desenvolvimento de atividades de cunho científico, cultural, educacional, recreativo e de lazer e serão especialmente protegidas por iniciativa de seus proprietários, mediante reconhecimento do poder público, e gravadas com perpetuidade. VI – outras categorias e áreas assim definidas em lei pelo poder público. § 1° – O poder público emitirá normas de uso e critérios de exploração das unidades de uso sustentável. § 2° – Nas unidades de conservação de uso sustentável é permitida a utilização sustentável de recursos naturais. § 3° – As categorias e os limites das unidades de conservação de uso sustentável só podem ser alterados por meio de lei.

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Subseção III

Do Sistema Estadual de Unidades de Conservação Art. 25 – Fica criado o Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC –, constituído por um conselho gestor e pelo conjunto das unidades de conservação estaduais e municipais de domínio público ou privado, reconhecidas pelo Poder Público. § 1° – Compete ao SEUC definir a política estadual de gestão e manejo das unidades de conservação do Estado, bem como a interação dessas unidades com outros espaços protegidos.

§ 2° – A estrutura, o regime jurídico, a política e a gestão do SEUC serão definidos em lei específica, que será encaminhada à Assembléia Legislativa no prazo de vinte e quatro meses contado da data de publicação desta lei. § 3° – Até que a lei referida no parágrafo anterior entre em vigor, o COPAM adotará, no âmbito de sua competência, as medidas necessárias para operacionalizar o SEUC, observadas as diretrizes e os princípios estabelecidos na legislação pertinente. § 4° – A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. § 5° – No processo de consulta de que trata o § 3°, o poder público obriga-se a fornecer informações objetivas e adequadas à compreensão da população local e de outras partes interessadas. § 6° – Na criação de estação ecológica ou reserva biológica é facultativa a consulta de que trata o § 3° deste artigo. Art. 26 – Os limites originais de uma unidade de conservação de que tratam os artigos 23 e 24 somente poderão ser modificados mediante lei, salvo o acréscimo ou ampliação propostos, que podem ser feitos por instrumento normativo de nível hierárquico igual ao do que criou a unidade de conservação. Parágrafo único – A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. Art. 27 – As unidades de conservação de domínio público estadual e as terras devolutas ou as arrecadadas pelo Estado, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais, na forma prevista no § 6° do artigo 214 da Constituição do Estado, ficam incorporadas ao patrimônio do IEF. Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica às unidades de conservação e às áreas naturais cuja administração seja atribuída a outro órgão estadual por ato do poder público. Seção V Da Servidão Florestal Art. 28 – O proprietário rural poderá instituir servidão florestal, mediante a qual voluntariamente renuncia, em caráter permanente ou temporário, a direitos de supressão ou exploração da vegetação nativa localizada fora da reserva legal e da área de preservação permanente.

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§ 1° – A limitação ao uso da vegetação da área sob regime de servidão florestal será, no mínimo, a mesma estabelecida para a reserva legal. § 2° – A servidão florestal será averbada na margem da inscrição de matrícula do imóvel, no cartório de registro de imóveis competente, após anuência do órgão ambiental estadual competente, sendo vedada, durante o prazo de sua vigência, a alteração da destinação da área, nos casos de transmissão a qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites da propriedade. Art. 29 – Fica instituída a Cota de Reserva Florestal – RF –, título representativo de vegetação nativa sob regime de servidão florestal de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN – ou reserva legal instituída voluntariamente sobre a vegetação que exceder os percentuais estabelecidos nesta lei. Parágrafo único – A regulamentação desta lei disporá sobre as características, natureza e prazo de validade do título de que trata este artigo, assim como sobre os mecanismos que assegurem ao seu adquirente a existência e a conservação da vegetação objeto do título. Seção IV Dos Ecossistemas Especialmente Protegidos Art. 30 – A cobertura vegetal e os demais recursos naturais dos remanescentes da Mata Atlântica, veredas, cavernas, campos rupestres, paisagens notáveis e outras unidades de relevante interesse ecológico, ecossistemas especialmente protegidos nos termos do § 7° do artigo 214 da Constituição do Estado, ficam sujeitos às medidas de conservação estabelecidas em deliberação do COPAM. § 1° – Os remanescentes da Mata Atlântica, assim definidos pelo poder público, somente poderão ser utilizados mediante técnicas e condições que assegurem sua conservação e garantam a estabilidade e perpetuidade desse ecossistema. (Parágrafo vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 6/9/2002.) § 2° – Os remanescentes da Mata Atlântica terão a sua conceituação, delimitação, tipologia e modalidades de uso definidas pelo COPAM, no prazo de até trinta e seis meses a partir da data de publicação desta lei, mediante proposta do órgão competente, ouvido o Conselho de Administração e Política Florestal do IEF, com base em estudos realizados por comissão técnico–científica constituída pelo Poder Executivo, respeitado o direito de propriedade, com as limitações estabelecidas pela legislação vigente. (Parágrafo vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 6/9/2002.) § 3º – Os remanescentes da Mata Seca, caracterizados pelo complexo de vegetação da floresta estacional decidual, caatinga arbórea, caatinga arbustiva arbórea, caatinga hiperxerófila, florestas associadas com afloramentos calcários e outros, mata ciliar e vazante e seus estágios sucessionais, terão a sua conceituação e as modalidades de uso definidas em lei específica.

(Parágrafo com redação dada pelo art. 19 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.)

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§ 4° – Até o cumprimento do disposto nos § § 2° e 3°, as conceituações, as delimitações e as modalidades de uso das áreas dos remanescentes da Mata Atlântica e da Mata Seca no território do Estado serão definidas pelo órgão competente.

§ 5° – A utilização dos recursos existentes nos campos rupestres, veredas, nas unidades de relevante interesse ecológico, nas paisagens notáveis, nas cavernas e em seu entorno, bem como qualquer alteração desses ecossistemas, ficam condicionadas a ato normativo do COPAM e autorização do órgão competente.

CAPÍTULO III

Dos Incentivos Fiscais e Especiais

Art. 31 – O poder público, por meio dos órgãos competentes, criará normas de apoio e incentivos fiscais e concederá incentivos especiais para o proprietário ou posseiro rural que:

(Caput com redação dada pelo art. 7º da Lei nº 17.727, de 13/8/2008.)

I – preservar e conservar as tipologias florestal e campestre da propriedade;

II – recuperar, com espécies nativas ou ecologicamente adaptadas, as áreas degradadas da propriedade;

III – sofrer limitações ou restrições no uso de recursos naturais da propriedade, mediante ato do órgão competente federal, estadual ou municipal, para fins de proteção dos ecossistemas e de conservação do solo;

IV – proteger e recuperar corpos d’água.

Parágrafo único – Cabe ao órgão competente do Sistema Operacional da Agricultura ou, na hipótese de dissolução, a seus sucessores ou a qualquer outro órgão de assistência técnica que venha a ser criado comunicar ao proprietário as exigências mencionadas no “caput” deste artigo.

Art. 32 – Para os efeitos desta lei, consideram-se incentivos especiais:

I – a concessão de crédito rural e de outros tipos de financiamento oficial;

II – a prioridade de atendimento pelos programas de infra-estrutura rural, notadamente pelos de proteção e recuperação do solo, energização, irrigação, armazenagem, telefonia e habitação;

III – a preferência na prestação de serviços oficiais de assistência técnica e de fomento, notadamente ao pequeno proprietário rural e ao agricultor familiar;

IV – o fornecimento gratuito de mudas de espécies nativas ou ecologicamente adaptadas, produzidas com a finalidade de recompor a cobertura vegetal natural;

(Inciso com redação dada pelo art. 8º da Lei nº 17.727, de 13/8/2008.)

V – o apoio técnico-educativo no desenvolvimento de projetos de preservação, conservação e recuperação ambiental;

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VI – o apoio técnico-educativo ao pequeno proprietário rural, em projetos de reflorestamento, com a finalidade de suprir a demanda de produtos e subprodutos florestais, minimizando o impacto sobre as formações nativas; VII – a concessão de incentivo financeiro a proprietários e posseiros rurais, para recuperação, preservação e conservação de áreas necessárias à proteção da biodiversidade e ecossistemas especialmente sensíveis, nos termos da legislação vigente. (Inciso acrescentado pelo art. 8º da Lei nº 17.727, de 13/8/2008.) Parágrafo único – A concessão de crédito por instituição financeira oficial, como forma de incentivo especial previsto neste artigo, ouvida a autoridade competente, fica condicionada ao cumprimento do disposto nesta lei. Art. 33 – O poder público prestará assistência técnica gratuita a proprietários cuja propriedade esteja em desacordo com as exigências de reserva legal, áreas de preservação permanente protegidas e destinação correta de embalagens de agrotóxicos, mediante Termo de Compromisso assinado com o poder público, visando à correção das irregularidades. § 1° – Cabe ao órgão a que se refere o parágrafo único do art. 31 comunicar ao órgão ambiental competente a ocorrência das irregularidades a que se refere o “caput” deste artigo. § 2° – O proprietário rural que assinar o Termo de Compromisso, não será apenado pela infração cometida, benefício que cessará naturalmente se o mesmo não for cumprido, ficando o infrator sujeito às penas da lei. (Artigo vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 6/9/2002.) Art. 34 – Nos termos da regulamentação desta lei, será assegurada aos agricultores familiares e pequenos produtores rurais, por meio dos órgãos técnicos estaduais, a gratuidade de assistência técnica, especialmente para elaboração de planos de manejo florestal previstos nesta lei. CAPÍTULO IV Da Exploração Florestal Art. 35 – O Estado, por meio do IEF ou COPAM, no âmbito de suas competências, autorizará ou licenciará as atividades previstas nesta lei e fiscalizará sua aplicação, podendo, para tanto, criar os serviços indispensáveis. Art. 36 – O licenciamento de empreendimentos minerários causadores de significativos impactos ambientais, como supressão de vegetação nativa, deslocamento de populações, utilização de áreas de preservação permanente, cavidades subterrâneas e outros, fica condicionado à adoção, pelo empreendedor de estabelecimento de medida compensatória que inclua a criação, implantação ou manutenção de unidades de conservação de proteção integral. § 1° – A área utilizada para compensação, nos termos do “caput” deste artigo, não poderá ser inferior àquela utilizada pelo empreendimento para extração do bem mineral, construção de estradas, construções diversas, beneficiamento ou estocagem, embarque e outras finalidades.

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§ 2° – A compensação de que trata este artigo será feita, obrigatoriamente, na bacia hidrográfica e, preferencialmente, no município onde está instalado o empreendimento. Art. 37 – A exploração com fins sustentáveis ou a alteração da cobertura vegetal nativa no Estado para uso alternativo do solo depende de prévia autorização do órgão competente. § 1° – O requerimento para o uso alternativo do solo, devidamente instruído, será protocolizado no IEF, que terá o prazo máximo de sessenta dias para a deliberação. (Parágrafo vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 6/9/2002.) § 2° – Decorrido o prazo de que trata o § 1° sem a deliberação do IEF, o requerimento será remetido automaticamente à Diretoria-Geral do instituto, que disporá de até quinze dias contados da data do decurso do primeiro prazo, para deliberar, sob pena de responsabilidade. Art. 38 – O interessado pelo uso alternativo do solo poderá contratar, a expensas próprias, profissional ou entidade legalmente habilitados, credenciados e conveniados com o órgão competente para elaborar e executar o projeto técnico correspondente, devidamente instruído e protocolizado no IEF, sem prejuízo das recomendações e informações técnicas disponíveis relativas à proteção à biodiversidade, bem como de vistorias e fiscalizações futuras pelo órgão competente. § 1° – É vedado à entidade ou técnico credenciados ser o representante legal ou mandatário do requerente perante o órgão competente. § 2° – Para a deliberação sobre o projeto elaborado por técnico ou entidade credenciados e para a obtenção de documentos de natureza ambiental, serão observados os mesmos prazos e trâmites legais estabelecidos nos § § 1° e 2° do artigo 37, sem prejuízo da responsabilização do órgão competente. § 3° – O IEF definirá, por meio de regulamento, no prazo de sessenta dias da data de publicação desta lei, os critérios de credenciamento de técnicos e empresas para a prestação dos serviços de que trata o “caput” deste artigo. Art. 39 – Não é permitida a conversão de floresta ou outra forma de vegetação nativa para o uso alternativo do solo na propriedade rural que possui área desmatada quando for verificado que a referida área se encontra abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada, segundo a vocação e capacidade de suporte do solo. § 1° – Entende-se por área abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada aquela que não seja efetivamente utilizada, nos termos do § 3° do artigo 6° da Lei Federal n° 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou que não atenda aos índices previstos no artigo 6° da referida lei, ressalvadas as áreas de pousio na pequena propriedade, na pequena posse rural ou de população tradicional.

§ 2° – A autorização para supressão de vegetação nativa em propriedades rurais em que as áreas de reserva legal e de preservação permanente sem uso consolidado não estejam protegidas em conformidade com a legislação florestal vigente fica condicionada à assinatura,

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por seu proprietário, de Termo de Compromisso, contendo cronograma e procedimentos de recuperação a serem escolhidos dentre os estabelecidos no artigo 17 desta lei. Art. 40 – (Vetado).

Art. 41 – A exploração de vegetação nativa por pessoa física ou jurídica visando exclusivamente à composição de suprimento industrial, às atividades de carvoejamento, à obtenção de lenha, madeira e de outros produtos e subprodutos florestais, somente será realizada por meio de plano de manejo analisado e aprovado pelo órgão competente, que fiscalizará e monitorará sua aplicação. § 1° – O órgão competente estabelecerá as normas referentes à elaboração e à execução de plano de manejo florestal previsto neste artigo, observados os critérios sócioeconômicos e de proteção à biodiversidade. § 2° – Nas áreas a serem exploradas em regime de plano de manejo florestal, não é permitido o corte raso, salvo em casos especiais, mediante autorização do órgão competente. Art. 42 – Nas plantações florestais são livres a colheita e a comercialização de produtos e subprodutos, mediante prévia comunicação ao órgão competente. § 1° – Em propriedades rurais não vinculadas, legal ou contratualmente, a empresas consumidoras de produtos florestais, a operação de transformação dependerá da indicação volumétrica comunicada pelo produtor ao órgão competente.

§ 2° – Ressalvado o disposto no § 1°, as operações de transformação dependerão da apresentação da documentação acompanhada de inventário florestal. Art. 43 – Será dado aproveitamento socioeconômico a todo produto florestal cortado, colhido ou extraído, bem como a seus resíduos. § 1° – O Poder Executivo estabelecerá critérios para aproveitamento de produtos, subprodutos e resíduos florestais provenientes de utilização, desmatamento, exploração ou alteração da cobertura vegetal no Estado. § 2° – O aproveitamento de produtos e subprodutos oriundos das atividades a que se refere o § 1° deste artigo, bem como de seus resíduos, será fiscalizado e monitorado pelo órgão competente. Art. 44 – O Poder Executivo estabelecerá normas de controle ambiental e de segurança para a comercialização e o transporte dos produtos e subprodutos florestais submetidos a processamento químico ou mecânico.

Art. 45 – Fica obrigada ao registro e à renovação anual do cadastro, no órgão estadual competente, a pessoa física ou jurídica que explore, produza, utilize, consuma, transforme, industrialize ou comercialize, no Estado de Minas Gerais, sob qualquer forma, produtos e subprodutos da flora nativa e plantada.

Parágrafo único – Ficam isentos do registro de que trata este artigo:

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I – a pessoa física que utilize produtos ou subprodutos da flora para uso doméstico ou trabalhos artesanais; II – aquele que tenha por atividade a apicultura;

III – o comércio varejista e a microempresa que utilizem produtos e subprodutos da flora já processados química ou mecanicamente, nos limites estabelecidos pelo poder público. IV – o produtor rural que produzir carvão vegetal de aproveitamento de material lenhoso oriundo de desmatamento licenciado. (Inciso vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 6/9/2002.)

Art. 46 – A pessoa física ou jurídica poderá comercializar produtos ou subprodutos florestais de formação nativa, oriundos de desmatamento ou limpeza de terreno autorizados pelo IEF para uso alternativo do solo.

§ 1° – A autorização para exploração florestal emitida pelo IEF complementará o documento de natureza ambiental destinado à comercialização e ao transporte do produto ou subproduto florestal. § 2° – Compete ao IEF, no curso do ano agrícola, emitir laudo de fiscalização que comprove o uso alternativo do solo.

§ 3° – A volumetria autorizada de produtos e subprodutos florestais poderá ser parcelada à pessoa física e jurídica e controlada mediante a emissão de documento de natureza ambiental com prazo de validade correspondente ao período estipulado na autorização para exploração florestal.

§ 4° – A não comprovação do uso alternativo do solo sujeitará o infrator ao pagamento de multa e à implementação de medidas mitigadoras ou compensatórias de reparação ambiental, sem prejuízo de outras cominações cabíveis. Art. 47 – A pessoa física ou jurídica que industrialize, comercialize, beneficie, utilize ou seja consumidora de produto ou subproduto da flora em volume anual igual ou superior a 8.000 m³ (oito mil metros cúbicos) de madeira, 12.000 st (doze mil estéreos) de lenha ou 4.000 mdc (quatro mil metros de carvão), aí incluídos seus resíduos ou subprodutos, fica obrigada, a utilizar ou consumir produtos e subprodutos florestais oriundos de florestas de produção, no percentual mínimo de 90% (noventa por cento), sendo-lhe facultado o consumo de até 10% (dez por cento) de aproveitamento de produtos e subprodutos de formação nativa autorizado pelo IEF para uso alternativo do solo.

§ 1° – A pessoa física ou jurídica que seja consumidora de floresta nativa na forma do “caput” deste artigo, promoverá plantio que produza volume equivalente ao produto consumido, podendo optar pelos seguintes mecanismos: I – recolhimento à Conta Recursos Especiais a Aplicar;

II – formação de florestas próprias ou fomentadas, no próprio ano agrícola ou no ano agrícola subseqüente;

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III – participação em associações de reflorestadores ou outros sistemas, de acordo com as normas fixadas pelo poder público. § 2° – Os produtos e subprodutos florestais de origem nativa oriundos de outros Estados da Federação e apresentados na Comprovação Anual de Suprimento – CAS – deverão estar acobertados pelos documentos de controle de origem. § 3° – O percentual de uso de produto e subproduto florestal proveniente de uso alternativo do solo terá como base de cálculo apenas a parte do suprimento referente às florestas implantadas ou manejadas no território de Minas Gerais. § 4° – O disposto no inciso I do § 1° não se aplica à pessoa física ou jurídica que utilize lenha para consumo doméstico, madeira serrada ou aparelhada, produto acabado para uso final ou outros, e que tenha cumprido as obrigações estabelecidas nesta lei. § 5° – O consumo excedente constatado pelo órgão competente, acima de 10% (dez por cento) do aproveitamento de produtos ou subprodutos de formação nativa para o uso alternativo do solo, autorizado na origem, será cobrado em dobro para a pessoa física ou jurídica a que se refere o “caput” deste artigo, na forma de reposição florestal, à Conta Recursos Especiais a Aplicar. Art. 48 – A pessoa física ou jurídica a que se refere o art. 47, que tenha apresentado o seu Plano de Auto Suprimento – PAS –, fica obrigada a apresentar, no final do exercício, a Comprovação Anual de Suprimento – CAS. Parágrafo único – A pessoa física ou jurídica que utilize madeira “in natura” oriunda exclusivamente de florestas plantadas próprias e que atenda às condições definidas no “caput” deste artigo pode requerer licenciamento único de todas as suas fontes anuais de produção e colheita. Art. 49 – A pessoa física ou jurídica que industrialize, beneficie, utilize ou consuma produtos e subprodutos florestais oriundos de florestas nativas e que não se enquadre nas categorias definidas no art. 47 fica obrigada a formar florestas para fins de reposição florestal, em compensação pelo consumo. § 1° – A reposição florestal prevista neste artigo poderá ser realizada por meio de: I – recolhimento à Conta Recursos Especiais a Aplicar; II – formação de florestas próprias ou fomentadas, no mesmo ano agrícola ou no ano agrícola subseqüente; III – participação em associação de reflorestadores ou entidade similar, de acordo com as normas fixadas pelo poder público. § 2° – A reposição florestal a que se refere este artigo será feita com espécies adequadas às necessárias ao consumo. § 3° – O disposto neste artigo não se aplica a pessoa física ou jurídica que utilize lenha para uso doméstico, madeira serrada ou aparelhada, produto acabado para uso final ou similar e que tenha cumprido as obrigações estabelecidas nesta lei.

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Art. 50 – Fica criada a Conta Recursos Especiais a Aplicar, a ser movimentada pelo órgão competente, destinada a arrecadar recursos de pessoa física ou jurídica que utilize, comercialize ou consuma produto ou subproduto da flora de origem nativa e que tenha feito opção pelo recolhimento. Parágrafo único – Os recursos arrecadados na conta a que se refere o “caput” deste artigo serão destinados a programas de recomposição florestal, de regeneração conduzida ou de plantio de espécies nativas ou exóticas, ou a programas oficiais de fomento florestal em projetos de fazendeiros florestais, de implantação de unidades de conservação e de aprimoramento técnico do quadro de pessoal do órgão competente. Art. 51 – A reposição florestal será feita nos limites do Estado, preferencialmente no território do município produtor. Art. 52 – A pessoa física ou jurídica consumidora de matéria-prima florestal poderá, a critério do órgão competente, optar pela compensação, mediante alienação ao patrimônio público de área técnica e cientificamente considerada de relevante e excepcional interesse ecológico em troca de créditos de reposição, que podem ser utilizados para compor o percentual de consumo anual de matéria-prima florestal ou para abater débitos apurados por excesso de utilização de produtos ou subprodutos florestais de origem nativa. Parágrafo único – Os créditos concedidos em contrapartida ao imóvel alienado ao Estado na forma do caput deste artigo serão utilizados uma única vez, sendo o referido imóvel incorporado ao patrimônio do Instituto Estadual de Florestas – IEF – para criação de unidade de conservação ou para regularização fundiária de unidade de conservação já criada. (Artigo com redação dada pelo art. 8º da Lei nº 15.027, de 19/1/2004.) Art. 53 – A comprovação de exploração autorizada se fará mediante a apresentação: I – do documento original ou da fotocópia autenticada, na hipótese de desmatamento, destocamento e demais atos que dependam da autorização formal do órgão competente; II – de nota fiscal, acompanhada de documento de natureza ambiental instituído pelo poder público, na hipótese de transporte, estoque, consumo ou uso de produto ou subproduto florestal. CAPÍTULO V Das Infrações e Penalidades Art. 54 – As ações e omissões contrárias às disposições desta lei sujeitam o infrator às penalidades especificadas no Anexo, sem prejuízo da reparação do dano ambiental, no que couber, e de outras sanções legais cabíveis, com base nos seguintes parâmetros: I – advertência; II – multa, que será calculada por unidade, hectare, metro cúbico, quilograma, metro de carvão ou outra medida pertinente, de acordo com a natureza da infração cometida; III – apreensão dos produtos e dos subprodutos da flora e de instrumentos, petrechos, máquinas, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na prática da infração,

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exceto ferramentas e equipamentos não mecanizados, lavrando-se o respectivo termo, conforme consta no Anexo desta lei; IV – interdição ou embargo total ou parcial da atividade, quando houver iminente risco para a flora, fauna ou recursos hídricos; V – suspensão ou revogação de concessão, permissão, licença ou autorização, bem como de entrega ou utilização de documentos de controle ou registro expedidos pelo órgão competente; VI – exigência de medidas compensatórias ou mitigadoras, de reposição ou reparação ambiental. § 1° – Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas. § 2° – A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta lei e da legislação em vigor ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo. § 3° – As multas previstas nesta lei podem ser parceladas em até doze vezes, corrigindo– se o débito, desde que as parcelas não sejam inferiores a R$50,00 (cinqüenta reais) e mediante pagamento, no ato, da primeira parcela. § 4° – Cabem ao órgão competente as ações administrativas pertinentes ao contencioso e à propositura das execuções fiscais, relativamente aos créditos constituídos. Art. 55 – As penalidades previstas no artigo 54 incidem sobre os autores, sejam eles diretos, representantes legais ou contratuais, ou sobre quem, de qualquer modo, concorra para a prática da infração ou para obter vantagem dela. Parágrafo único – Se a infração for praticada com a participação direta ou indireta de técnico responsável, será o fato motivo de representação para abertura de processo disciplinar pelo órgão de classe, sem prejuízo de outras penalidades. Art. 56 – Verifica-se a reincidência quando o agente comete nova infração da mesma natureza, após ter sido condenado, em decisão administrativa definitiva, por infração anterior, no período de doze meses ou decisão judicial transitada em julgado, para os casos de autuação previstos neste artigo. § 1° – Em caso de reincidência, a multa será aplicada: I – no valor previsto no Anexo desta lei, no caso de advertência anterior; II – em dobro. § 2° – Serão revogados o registro, a licença, a autorização, a concessão, a permissão e a outorga concedidos à pessoa física ou jurídica que reincidir em infração sujeita a pena de suspensão. Art. 57 – A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de responsabilidade funcional, sem prejuízo de outras sanções civis e penais cabíveis.

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Art. 58 – O IEF reexaminará, a pedido do interessado, as penas pecuniárias de valor igual ou superior a R$4.000,00 (quatro mil reais), aplicadas com base na Lei n° 10.561, de 27 de dezembro de 1991, e nesta lei, impostas a produtores, possuidores ou arrendatários de propriedades rurais com área:

I – inferior a 200ha (duzentos hectares), quando localizada no Polígono das Secas; II – igual ou inferior a 30ha (trinta hectares), nas demais regiões do Estado. § 1° – No reexame de penas pecuniárias de que trata o “caput” deste artigo, serão observados os seguintes critérios combinados: I – redução de valores: a) em até 70% (setenta por cento), para pagamento a vista; b) em até 60% (sessenta por cento), para pagamento em três parcelas mensais e consecutivas;

c) em até 50% (cinqüenta por cento), para pagamento em seis parcelas mensais e consecutivas;

II – substituição de até 70% (setenta por cento) do valor da pena, depois de aplicado o disposto no inciso I, por investimento, pelo infrator, em obras ou serviços de recuperação ambiental, preferencialmente em sua propriedade, mediante aprovação prévia do órgão competente.

§ 2° – Em caso do parcelamento de que trata o § 1° deste artigo, a primeira parcela será paga no ato da concessão do benefício. § 3° – O valor da penalidade, depois de aplicada a redução de que trata o inciso I do § 1°, não poderá ser inferior a R$4.000, 00 (quatro mil reais). § 4° – Nas propriedades a que se refere o “caput” deste artigo, até 100% (cem por cento) do montante das penalidades com valor inferior a R$4.000,00 (quatro mil reais) poderão ser transformados, a critério do órgão competente, em obras ou serviços de recuperação ambiental, mediante requerimento a ser protocolizado pelo interessado. Art. 59 – As infrações a esta lei são objeto de auto de infração, com a indicação do fato, do seu enquadramento legal, da penalidade e do prazo para oferecimento de defesa, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório. Art. 60 – Independentemente de depósito ou caução, o autuado tem o prazo de trinta dias, contado a partir da autuação, para apresentar recurso dirigido ao Diretor-Geral do IEF e protocolado no IEF. § 1° – Na análise dos recursos administrativos, serão observados: I – multa-base, prevista no Anexo desta lei; II – atenuantes e agravantes; III – redução em até cem por cento do valor aplicado;

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IV – existência da nulidade. § 2° – São circunstâncias que atenuam a sanção administrativa: I – o baixo grau de instrução ou escolaridade do infrator; II – o arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada; III – a comunicação prévia, pelo infrator, do perigo iminente de degradação ambiental; IV – situação pregressa do infrator e qualidade ambiental da propriedade. § 3° – São circunstâncias que agravam a sanção administrativa: I – a reincidência nas infrações de natureza ambiental; II – o dano a florestas primárias ou em estágio avançado de regeneração; III – o dolo; IV – os atos que exponham a risco a saúde da população ou o meio ambiente; V – os atos que concorram para danos a propriedade alheia; VI – o dano a áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas a regime especial de uso por ato do poder público; VII – os atos de dano ou perigo de dano praticados em domingos ou feriados, à noite ou em época de seca. § 4° – Cabe pedido de reconsideração da decisão do Diretor-Geral do IEF, no prazo de trinta dias, dirigido ao Conselho de Administração e de Política Florestal da autarquia, independentemente de depósito ou caução. Art. 61 – O infrator, quando autuado por desmatamento em área passível de exploração e de alteração do uso do solo para fins agropecuários, tem o prazo de trinta dias para regularizar a situação no IEF, com vistas ao desembargo de suas atividades. Art. 62 – Esgotados os prazos para a interposição de recurso, os produtos e subprodutos florestais apreendidos pela fiscalização serão: I – destinados preferencialmente a programas de construção de habitações populares desenvolvidos pelo poder público; II – alienados em hasta pública, destruídos ou inutilizados, quando for o caso; III – doados pela autoridade ambiental competente, mediante prévia avaliação, a instituição científica, hospitalar, penal, militar, pública ou outras com fins benemerentes, mediante justificativa em requerimento próprio, lavrando-se o respectivo termo. (Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 17.107, de 30/10/2007.) § 1° – Na hipótese da doação a que se refere o “caput” deste artigo, a autoridade ambiental competente encaminhará cópia do respectivo termo ao Ministério Público. § 2° – A madeira e os produtos e subprodutos perecíveis doados e não retirados pelo beneficiário, sem justificativa, no prazo estabelecido no documento de doação, serão

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objeto de nova doação ou alienação em hasta pública, a critério do órgão competente, ao qual reverterão os recursos apurados. § 3° – Não será permitida às instituições a que se refere o “caput” deste artigo a comercialização de qualquer produto ou subproduto florestal doado, proveniente de apreensão, salvo com autorização da autoridade ambiental competente. § 4° – Os custos operacionais de depósito, remoção, transporte e beneficiamento de produtos e subprodutos apreendidos e os demais encargos legais correrão à conta do infrator. Art. 63 – Fica autorizada a retenção de veículo utilizado no cometimento de infração, até que o infrator regularize a situação no órgão competente, com o pagamento da multa, oferecimento de defesa ou impugnação. § 1° – Os custos da retenção a que se refere o “caput” correrão à conta do infrator. § 2° – No caso de veículo ou equipamentos motorizados apreendidos e retidos, após a regularização pelo infrator com o pagamento da multa ou considerado procedente o recurso interposto, será de responsabilidade do órgão competente a sua devolução no mesmo estado em que foi apreendido. CAPÍTULO VI Disposições Finais Art. 64 – As pessoas físicas ou jurídicas prestadoras de serviços que envolvam o uso de tratores de esteira ou similares para desmatamento autorizado são obrigadas a cadastrar-se no IEF. Parágrafo único – O IEF promoverá, diretamente ou mediante convênio ou contrato, cursos de operação defensiva para os operadores dos serviços a que se refere o “caput” deste artigo. (Artigo vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 6/9/2002.) Art. 65 – Os recursos provenientes da aplicação das multas e dos emolumentos previstos nesta lei serão destinados às atividades-fins do IEF. Art. 66 – No prazo de cento e oitenta dias da publicação desta lei, o poder público promoverá a instalação de instâncias regionais, integradas paritariamente por representantes do poder público e da sociedade civil organizada, para julgar recursos de pequenas infrações, quando o valor da multa for inferior a R$ 4.000,00 (quatro mil reais). (Artigo vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 6/9/2002.) Art. 67 – A transformação por incorporação, fusão, cisão, consórcio, arrendamento ou outra forma de alienação que, de qualquer modo, afete o controle e a composição de empresa ou os seus objetivos sociais não a exime, nem sua sucessora, das obrigações anteriormente assumidas, previstas nesta lei, que constarão nos instrumentos escritos que formalizarem tais atos, os quais serão levados a registro público. Art. 68 – No prazo de noventa dias contados da publicação desta lei, o Estado, por intermédio do IEF e da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais – PMMG –, promoverá a revisão dos convênios com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA –, para adequá-los aos termos desta lei.

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Art. 69 – Nas atividades de fiscalização previstas nesta lei, a PMMG, por intermédio das companhias com função na área ambiental, e o Corpo de Bombeiros atuarão articuladamente com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – e suas entidades vinculadas. Parágrafo único – As companhias da PMMG com função na área ambiental poderão agir articuladamente com outros órgãos ambientais, mediante convênio, para proteção da fauna e da flora. Art. 70 – Os procedimentos relativos à prevenção, ao controle e ao combate a incêndios florestais, bem como às queimadas de modo geral, são os definidos em lei específica. Art. 71 – No caso de reforma e abertura de estradas e rodovias, inclusive federais, a plantação de gramíneas às margens das vias, quando necessária, será feita com espécies de baixo porte ou de hábitos estoloníferos, com vistas à prevenção de incêndios. Art. 72 – O Poder Executivo encaminhará à Assembléia Legislativa, no prazo de até cento e oitenta dias contados da data de publicação desta lei, projeto dispondo sobre a reestruturação e o plano de carreira dos servidores do IEF. Parágrafo único – Será criado, no plano de carreira dos servidores do IEF, o corpo de fiscalização do Instituto. Art. 73 – No prazo de noventa dias contados da data de publicação desta lei, o Poder Executivo promoverá, por decreto, a reestruturação do Conselho de Administração e Política Florestal do IEF, com vistas a tornar a sua composição paritária entre representantes do Poder Público e da sociedade civil organizada. Art. 74 – O inciso II do artigo 9° da Lei n° 12.582, de 17 de julho de 1997, fica acrescido da seguinte alínea “h”: “Art. 9° – ...... II – ...... h) um representante do Sindicato dos Produtores Energéticos Florestais e Outros Derivados da Madeira do Estado de Minas Gerais – SIND-ENER –, por ele indicado.”. Art. 75 – O Poder Executivo providenciará a distribuição gratuita desta lei às escolas públicas e privadas de 1°, 2° e 3° graus, aos sindicatos e associações de proprietários e trabalhadores rurais do Estado, a bibliotecas públicas e prefeituras municipais e promoverá campanhas institucionais com vistas à sua divulgação. Parágrafo único – A distribuição de que trata o “caput” deste artigo será acompanhada de ampla divulgação e explicação do conteúdo da lei e dos princípios de conservação da natureza. Art. 76 – Fica o Poder Executivo autorizado a atualizar monetariamente os valores constantes nesta lei, a partir da data de sua vigência, segundo a variação da inflação. Art. 77 – As emissoras abertas de rádio e televisão, públicas e privadas, inclusive as comunitárias, incluirão em sua programação semanal matéria educativa de interesse ambiental.

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Art. 78 – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 79 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 80 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n° 10.561, de 27 de dezembro de 1991, e os artigos 1° e 2° da Lei n° 13.192, de 27 de janeiro de 1999.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de junho de 2002.

ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

ANEXO (a que se refere o art. 54 da Lei n° 14.309, de 19 de junho de 2002.) QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES DAS PENALIDADES PECUNIÁRIAS RELATIVAS A INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DO ESTADO

Número Especificação da Valor Incidência/ Outras De Infração (R$) Natureza/ Comunições Ordem Grau 01 Explorar, desmatar, - por hectare - embargo das destocar, suprimir, ou fração atividades extrair, danificar ou - apreensão dos provocar a morte de produtos e florestas e demais equipamentos e formas de vegetação, materiais utilizados ou dificultar a diretamente na regeneração natural, atividade (motoserra, sem prévia autorização correntão, trator de do órgão competente, esteira ou equipamento ou em área superior à mecanizado e outros autorizada. utilizados no corte ou derrubada) - reparação ambiental - Até 5 hectares em 100,00 formações campestres - Acima de 5 hectares 150,00 em formações campestres - Até 5 hectares em 200,00 formações florestais - Acima de 5 hectares 300,00 em formações florestais 02 Explorar, desmatar, - por hectare - reparação ambiental destocar, suprimir, ou fração - cumprimento da danificar, extrair obrigação florestas e demais formas e vegetação com prévia autorização do órgão competente e não dar a devida comprovação do uso alternativo do solo, sem justificativa, no do ano curso agrícola. - até 5 hectares em 100,00 formações campestres

Acima de 5 hectares em 150,00 formações campestres - até 5 hectares em 200,00 formações florestais - acima de 5 hectares 300,00 em formações florestais

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03 Explorar, desmatar, 850,00 - por hectare - embargo das extrair, suprimir, ou fração atividades cortar, danificar ou - apreensão dos provocar a morte de produtos equipamentos florestas e demais e de materiais formas de vegetação em utilizados diretamente área de preservação na atividade permanente, sem (motosserra, autorização especial. correntão, trator de esteira ou equipamento mecanizado e outros utilizados no corte ou derrubada). - reparação ambiental 04 Promover qualquer tipo 500,00 - por hectare - embargo das de exploração em área ou fração atividades de reserva legal, sem - reparação ambiental prévia autorização. - apreensão dos produtos, equipamentos e materiais utilizados diretamente no processo de exploração (motosserra, correntão, machado, trator de esteira, equipamento mecanizado utilizados no corte ou derrubada) 05 Utilizar, receber, 50,00 - por m³/mdc/ - apreensão dos beneficiar, consumir, st/kg/un produtos e subproduto transportar, - apreensão dos comercializar, produtos, equipamentos armazenar, embalar e materiais utilizados produtos e subprodutos diretamente no da flora nativa, sem processo de exploração prova de origem. (motoserra, correntão, trator de esteira, equipamento mecanizado utilizados no corte ou derrubada) - reposição florestal 06 Implantar projeto de 500,00 - por hectare - embargo das colonização loteamento ou fração atividades em área com floresta e 1.500,00 (colonização) - apreensão dos demais formas de produtos e equipamento vegetação, sem prévia - por hectare e materiais utilizados autorização do órgão ou fração - reparação ambiental competente. (loteamento) 07 Desmatar ou suprimir 1.000,00 - por hectare - embargo qualquer forma de ou fração - reposição florestal vegetação para - apreensão do produto extração mineral, em extraído área de domínio - apreensão dos público ou privado, ou equipamentos área de preservação utilizados permanente ou de - reparação reserva legal sem ambiental prévia autorização do órgão competente. 08 Provocar incêndio em 1.000,00 - por hectare - reparação ambiental qualquer formação ou fração - reposição florestal florestal ou - embargo da área para campestre. uso alternativo do solo. 09 Fazer queimada sem 100,00 - por hectare - reparação ambiental prévia autorização do ou fração órgão competente ou sem tomar as precauções adequadas. 10 Penetrar em Unidade de 500,00 - apreensão dos Conservação de objetos/ instrumentos/ Proteção Integral com armas/ produtos arma, substância ou instrumento próprio para caça, ou para exploração de produtos e subprodutos florestais, sem estar munido de licença da autoridade competente ou desrespeitar as normas e regulamentos das Unidades de Conservação.

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11 Empregar, como 250,00 - reparação ambiental combustível, produtos florestais ou hulha, sem uso de dispositivos que impeçam a difusão de fagulhas, sucetíveis de provocar incêndio nas florestas. 12 Desenvolver atividades 500,00 - por hectare - reparação ambiental que dificultem ou ou fração impeçam a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação nas áreas de reserva legal, preservação permanente, Unidades de Conservação ou de relevante interesse ecológico. 13 Matar, lesar ou 300,00 - por unidade - apreensão do objeto/ maltratar, por equipamento qualquer modo ou meio, - reparação ambiental plantas de - reposição florestal ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia ou árvore imune de corte. 14 Utilizar madeiras 250,00 - por m³/mdc/ - apreensão do produto consideradas de uso st utilizado nobre na transformação - reparação ambiental para lenha e produção de carvão vegetal 15 Soltar animais ou não 250,00 - apreensão de animais tomar precauções - pagamento das necessárias para que o despesas decorrentes animal de sua da guarda dos animais propriedade não - reparação ambiental penetre em florestas sujeitas a regime especial. 16 Utilizar produtos 250,00 - por hectare nocivos às florestas e ou espécie oOutras formas de animal vegetação e à fauna sem a devida autorização 17 Deixar de dar 50,00 - por m³/mdc/ aproveitamento st/peças/ econômico de produtos unidades/ e subprodutos duzias florestais devidamente autorizados. 18 Deixar de realizar a 10,00 - por - suspensão da entrega prestação de contas ou documento dos documentos de a devolução de controle documentos de controle instituídos pelo órgão competente nos prazos determinados 19 Iniciar atividades sem 50,00 - por - interdição ou o prévio registro exercício embargo das atividades obrigatório previsto - apreensão de no órgão competente. produtos e subprodutos e reposição florestal 20 Deixar de renovar o 100,00 - por - embargo das registro, no prazo exercício atividades até a estabelecido pelo regularização órgão competente, e de - cancelamento de promover as alterações registro (e) ou cadastrais e baixa no reposição florestal registro, quando encerrar as atividades ou deixar de exercê- las.

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21 Utilizar documento de controle ou autorização expedida pelo órgão Competente: A - de forma indevida, 30,00 - por - apreensão do preenchido documento ou produto/ documento indevidamente ou autorização rasurado. B - com campo em 30,00 - por - apreensão do branco documento ou produto/ documento autorização C - em área diferente 100,00 - por - embargo das da autorizada documento ou atividades autorização - apreensão do produto de exploração - reparação ambiental 22 Não portar documento 50,00 - por - embargo das de controle ou documento ou atividades autorização expedida autorização - apreensão do produto pelo órgão competente, - reparação ambiental na exploração, transporte, armazenamento e consumo 23 Falsificar ou 1.000,00 - por - apreensão do adulterar documento de documento ou produto/ documento controle ou autorização - embargo das autorização expedida atividades pelo órgão competente - reparação ambiental 24 Utilizar documento de 500,00 - por controle declarado documento ou como extraviado. por via 25 Ceder a outrem 300,00 - por - apreensão do documento ou documento ou produto/ documento ou autorização expedida autorização autorização pelo órgão competente 26 Executar as ações em 200,00 - por hectare - embargo das desconformidade com as ou fração atividades até operações previstas no regularização plano de manejo. - reparação ambiental - replantio das falhas 27 Executar ações em 150,00 - por hectare - embargo das desconformidade com as ou fração atividades até operações nos projetos regularização de reparação - replantio das falhas ambiental. 28 Executar ações em 50,00 - por hectare - embargo das desconformidade com as ou fração atividades até operações previstas em regularização plano de desmatamento - apreensão dos para o uso alternativo produtos e do solo. recomposição da flora 29 Executar ações em 150,00 - por hectare - embargo das desconformidade com as ou fração atividades até orientações técnicas regularização previstas nos planos - apreensão dos de recomposição da produtos e reserva legal. recomposição da área 30 Deixar de executar 0,60 - por árvore - embargo das operações de reposição atividades florestal ou prestar informações incorretas Sobre elas. 31 Prestar informações 0,60 - por árvore - embargo das incorretas sobre atividades até projetos de regularização comprovação de autosuprimento 32 Ultrapassar o volume 25,00 - por m³/mdc/ declarado e autorizado st pelo órgão competente. 33 Fabricar, vender ou 800,00 - por unidade. - apreensão dos balões transportar, soltar - apreensão dos balões que possam materiais utilizados provocar incêndios nas na fabricação. florestas e demais formas de vegetação.

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34 Criar condições ou 400,00 - por hectare - reparação ambiental favorecer a ocorrência ou fração - reposição florestal de incêndios - embargo das florestais em áreas atividades consideradas críticas, como margens de rodovias e ferrovias, entorno das unidades de conservação e zonas de proteção ambiental. 35 Cortar, extrair, 150,00 - por m³/st/ - apreensão suprimir, carbonizar ndc/dz - embargo ou provocar a morte de - reposição florestal espécies protegidas por lei, sem autorização do órgão competente. 36 Falta de registro da 30,00 - por unidade - apreensão da motoserra. motosserra 37 Deixar de renovar 30,00 - por unidade - apreensão da registro da motosserra motosserra 38 Transitar ou portar 30,00 - por unidade - apreensão da motosserras sem a motosserra respectiva licença de porte ou estando esta vencida. 39 Comercializar 50,00 - por unidade motosserra sem o comercializada registro 40 Deixar de vincular, "a 50,00 - por - reposição florestal priori", fonte de m³/mdc/st/ suprimento para contrato originar liberação de documentos de controles. 41 Utilizar os documentos 50,00 - por - reposição florestal de controles, m³/mdc/st anteriormente liberados, em fonte de suprimento e abastecimento diferente daquela que deu origem à sua liberação.

NORMA: LEI Nº 14.324, de 20/6/2002 Proposição: Projeto de Lei nº 921/2000 Autoria: Dep. Eduardo Hermeto – PFL Cria o Sistema Estadual de Certificação de Qualidade Ambiental para bens e produtos industrializados e agrícolas. O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo o seguinte dispositivo da Proposição de Lei n.º 15.200: Art. 1° – Fica criado o Sistema Estadual de Certificação de Qualidade Ambiental para bens e produtos industrializados e agrícolas.

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§ 1° – A certificação de que trata este artigo se dará mediante a concessão do Selo de Qualidade Ambiental do Estado de Minas Gerais, a ser instituído pelo Poder Executivo. § 2° – A certificação será requerida, de forma voluntária, por empresas industriais e produtoras de bens de consumo, que poderão, obtido o selo de Qualidade Ambiental, fazer uso dele na forma de rótulo sobre seus produtos. Art. 2° – O Selo de Qualidade Ambiental do Estado de Minas Gerais objetiva certificar que a produção de determinado bem de consumo utiliza processo gerencial e técnico sujeito a uma adequada gestão ambiental e que não causa danos ambientais ou os tenha reduzido ao mínimo, bem como, no caso de produto agrícola, que é produzido sem a utilização de fertilizante e defensivo químico. Art. 3° – O Sistema Estadual de Certificação de Qualidade Ambiental será planejado, implantado e administrado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com apoio técnico da Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM –, do Instituto Estadual de Florestas – IEF – e do Instituto Estadual de Gestão das Águas – IGAM. Art. 4º – A concessão do certificado de qualidade ambiental fica condicionada à avaliação técnica do processo produtivo do bem, que considerará, entre outros fatores: I – a análise do ciclo de vida do produto e a ausência de impactos e danos ambientais no processo de produção; II – o processo de produção com sistema de gestão ambiental adequado; III – o licenciamento ambiental da empresa produtora; IV – o recebimento, por parte da empresa, de certificação ambiental reconhecida internacionalmente; V – os índices de consumo de recursos naturais e energéticos; VI – os padrões de descarte e destinação final do produto; VII – os resultados de auditorias ambientais; VIII – os fatores sociais, econômicos e de saúde na produção, no uso e no descarte do produto. Art. 5° – Os custos da avaliação de que trata o art. 4°, a serem ressarcidos pela empresa requerente, serão fixados em regulamento próprio.

Art. 6° – Para os fins do que dispõe o art. 4°, poderão ser contratadas, na forma da lei, empresas de consultoria. Art. 7° – Esta lei será regulamentada no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicação. Art. 8º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 9° – Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, a Lei n° 13.370, de 30 de novembro de 1999.

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(Artigo vetado pelo Governador e mantido pela Assembléia Legislativa em 20/8/2002.) Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de junho de 2002. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.353, de 17/7/2002 Proposição: Projeto de Lei nº 1.743/2001 Autoria: Dep. João Leite Dispõe sobre a sinalização em locais de interesse ecológico ou de ecoturismo no Estado. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1° – O Poder Executivo implantará sistema de sinalização em locais de interesse ecológico ou de ecoturismo no Estado, especialmente em: (Vide Lei nº 14.368, de 19/7/2003.) I – Estação Ecológica; II – Reserva Biológica; III – Parque Estadual ou Nacional; IV – Monumento Natural; V – Refúgio de Vida Silvestre; VI – Área de Proteção Ambiental; VII – Área de Relevante Interesse Ecológico; VIII – Horto Florestal; IX – Floresta Estadual ou Nacional; X – Reserva Extrativista; XI – Reserva de Fauna; XII – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; XIII – Reserva Particular do Patrimônio Natural. Parágrafo único – A sinalização de que trata esta lei será instalada nas vias de acesso, no interior e no entorno das áreas públicas e nas vias de acesso e no entorno das áreas privadas. Art. 2° – O sistema de sinalização de que trata esta lei será definido pelo órgão competente, respeitadas as normas nacionais e internacionais vigentes, e atenderá aos seguintes requisitos:

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I – integração ao meio ambiente, de modo a não desfigurar a paisagem e a não causar danos de qualquer espécie;

II – imediata visualização por aqueles que transitem pelo local, ou que dele se aproximem;

III – identificação, por meio de textos, ilustrações, gráficos ou desenhos, da unidade de conservação, do local de interesse ecológico e de ecoturismo e de espécie da fauna ou da flora existente no local;

IV – inclusão de mensagem que incentive a conservação da natureza;

V – informação sobre proibições aplicáveis ao local, entre elas, quando for o caso, a de visitação pública.

Art. 3° – Para a consecução dos objetivos previstos nesta lei, fica o Estado autorizado a firmar convênios com a União e os Municípios, com entidades públicas ou privadas e com o particular.

Art. 4°– As unidades de conservação da natureza sob responsabilidade do Estado serão sinalizadas no prazo de um ano contado da data de regulamentação desta lei.

Art. 5° – Esta lei será regulamentada no prazo de cento e vinte dias a contar da data de sua publicação.

Art. 6° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7° – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de julho de 2002.

ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.368, de 19/7/2002

Proposição: Projeto de Lei nº 799/2000

Autoria: Dep. Dalmo Ribeiro Silva – PSD

Regulamentação Total: Decreto nº 43.850, de 9/8/2004

Estabelece a Política Estadual de Desenvolvimento do Ecoturismo.

(Vide Lei nº 15.258, de 21/7/2004.)

(Vide Lei nº 16.686, de 11/1/2007.)

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

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Art. 1º – O desenvolvimento do ecoturismo no Estado será promovido em conformidade com a política estabelecida por esta Lei, respeitado o disposto na Lei nº 12.398, de 12 de dezembro de 1996, e na legislação ambiental em vigor. Art. 2º – A Política Estadual de Desenvolvimento do Ecoturismo tem por objetivo estabelecer normas e diretrizes para programas governamentais e empreendimentos privados voltados para o ecoturismo. Parágrafo único – Para os efeitos desta Lei, considera-se ecoturismo a prática de turismo em áreas naturais, com a utilização sustentável dos patrimônios natural, histórico e cultural, visando à sua conservação, bem como à formação de consciência ambientalista e ao bem- estar das populações envolvidas. Art. 3º – São diretrizes da Política Estadual de Ecoturismo: I – a compatibilização das atividades de ecoturismo com a preservação: a) do meio ambiente e da biodiversidade; b) dos bens de valor histórico, artístico, arqueológico, paleontológico e espeleológico; c) das formas de expressão e dos modos de criar, fazer e viver das comunidades envolvidas no projeto; d) dos acidentes naturais adequados ao repouso e à prática de atividades recreativas, desportivas ou de lazer; e) das características das paisagens; II – a conscientização da população local sobre a importância do ecoturismo, bem como a sua motivação e capacitação para a realização dessa atividade; III – a prevenção da poluição ambiental; IV – a geração de emprego e renda e a promoção de ações de incentivo ao desenvolvimento econômico da região. Art. 4º – O poder Executivo priorizará, na implantação desta Lei, a parceria com: I – a iniciativa privada; II – a comunidade, compreendendo a população local e a flutuante; III – as organizações não governamentais; IV – a comunidade científica; V – as instituições públicas internacionais; VI – órgãos e instituições do Poder Público. Art. 5º – A implantação de empreendimento ou de serviço voltado para a exploração do ecoturismo dependerá da aprovação prévia, pelo órgão estadual competente, de projeto de exploração turística que inclua: I – estudo do impacto da atividade econômica sobre os elementos discriminados no inciso I do artigo 3º desta Lei, com previsão de avaliação periódica;

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II – ações voltadas para a conscientização e sensibilização do profissional atuante no empreendimento, do turista e da população local e flutuante quanto à necessidade de preservação dos elementos discriminados no inciso I do artigo 3º desta Lei; III – programa de redução de resíduos antrópicos e instalação de serviço para sua coleta, tratamento e destinação segura; IV – definição de medidas destinadas à proteção da área e de seu entorno, entre as quais se incluem a determinação da capacidade de carga do local e a forma de utilização de trilhas e caminhos. Parágrafo único – O não-cumprimento total ou parcial do disposto neste artigo implicará multa de 100 a 2.000 UFEMGs(cem a duas mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais) e o embargo do empreendimento, com a suspensão de suas atividades, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis. Art. 6º – Poderão ser concedidos incentivos fiscais ou financeiros a empreendimentos de instituições públicas ou privadas que apresentem projeto específico, com definição de metas, cronograma de implantação e documentação comprobatória da adequação do empreendimento às exigências contidas nesta Lei. § 1º – Os incentivos de que trata este artigo serão concedidos em forma de dedução ou isenção total ou parcial de tributo, nos termos da Lei, de crédito especial, tarifa diferenciada, prêmio, empréstimo e outras modalidades a serem estabelecidas pelo Poder Executivo. § 2º – O Poder Executivo avaliará periodicamente a execução dos projetos aprovados nos termos deste artigo. Art. 7º – Para a concessão dos incentivos de que trata o artigo 5º, serão priorizados os projetos que compreendam: I – a pesquisa e a implantação de processos que utilizem tecnologias não degradadoras do meio ambiente; II – a realização de programas de capacitação em atividades turísticas das comunidades envolvidas no empreendimento; III – a realização de campanha de divulgação do potencial turístico regional e estadual; IV – a confecção de material didático e informativo relativo à conservação dos patrimônios natural, histórico e cultural do Estado. Art. 8º – As despesas decorrentes da implantação desta Lei correrão por conta de: I – recursos orçamentários estaduais e municipais; II – linhas de créditos de instituições financeiras públicas e privadas; III – incentivos financeiros e fiscais; IV – recursos provenientes de fundos estaduais e municipais de turismo; V – recursos provenientes de organismos, entidades ou empresas nacionais e internacionais, públicas e privadas.

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Art. 9º – O Poder Executivo, por meio das Secretarias de Estado do Turismo e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias a contar da data de sua publicação.

Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de julho de 2002. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.508, de 20/12/2002 Proposição: Projeto de Lei nº 1.220/2000 Autoria: Dep. Paulo Piau – PFL Dispõe sobre o licenciamento ambiental de estabelecimentos situados às margens de rodovia no Estado.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1° – A instalação, às margens de rodovia no Estado, de posto de gasolina, oficina mecânica, borracharia, acampamento de construtora, ponto de parada de ônibus intermunicipal ou interestadual, garagem de empresa transportadora de carga ou de passageiros, restaurante, motel, lanchonete ou outro estabelecimento que possa gerar esgoto, resíduo sólido, óleo ou graxa depende de licenciamento do órgão de controle ambiental competente. Parágrafo único – O estabelecimento de pequeno porte e baixo potencial poluidor poderá ser dispensado do licenciamento de que trata o “caput”, conforme dispuser o Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM.

Art. 2° – Os estabelecimentos a que se refere o art. 1° existentes na data de publicação desta lei submeter-se-ão a licenciamento corretivo, nos termos da legislação aplicável, no prazo de cento e oitenta dias contados da data da regulamentação desta lei. Art. 3° – A inobservância do disposto nesta lei sujeita o infrator às penalidades previstas na legislação ambiental. Art. 4° – Esta lei será regulamentada no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 5° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6° – Revogam-se as disposições em contrário.

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Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de dezembro de 2002. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.558, de 30/12/2002 Proposição: Projeto de Lei nº 1.783/2001 Autoria: Governador Itamar Franco Altera a redação dos arts. 1° e 3° da Lei n° 13.162, de 20 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a composição da frota oficial de veículos do Estado e estabelece incentivo fiscal. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1° – Os arts. 1° e 3° da Lei n° 13.162, de 20 de janeiro de 1.999, passam a vigorar com a seguinte redação “Art. 1° – A frota oficial de veículos do Estado será composta preferencialmente por unidades movidas a combustível proveniente de fonte renovável Parágrafo único – Será permitida ao Estado a aquisição de veículo movido por combustível proveniente de fonte não renovável, excepcionalmente, em momentos de baixa oferta das unidades a que se refere o “caput” deste artigo...... Art. 3° – Na concessão de incentivo fiscal ou subvenção econômica a pessoa física para aquisição de veículo leve, será observada a política de incentivo à aquisição de carro movido a álcool ou outro combustível de fonte renovável. § 1° – É dispensada a observância da política a que se refere o “caput” deste artigo: I – se a compra for efetuada por portador de deficiência física; II – se o mercado não oferecer veículo com capacidade de motorização de até 1.000cm³ (mil centímetros cúbicos) movido a combustível proveniente de fonte renovável. § 2° – Inexistindo a oferta necessária de veículos de fonte renovável e em casos especiais, poderá ser autorizada, mediante fundamentação, a concessão de incentivo fiscal e subvenção econômica para a aquisição de veículo movido a combustível de outras fontes. Art. 2°– Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3° – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de dezembro de 2002. ITAMAR FRANCO – Governador do Estado.

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NORMA: LEI Nº 14.577, de 15/1/2003

Proposição: Projeto de Lei nº 1.746/2001 Autoria: Dep. João Pinto Ribeiro – PTB

Altera a Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo, e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – O artigo 4º da Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º – Compete ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – estabelecer normas para recolhimento, reutilização, reciclagem, tratamento ou dispositivo final ambientalmente adequada de resíduo sólido que, por sua composição físico-química, necessite de procedimentos especiais para descarte no meio ambiente sem prejuízo do disposto na Lei nº 13.796, de 20 de dezembro de 2000.

§ 1º – Incluem-se entre os resíduos sólidos a que se refere o “caput” deste artigo disquete de computador, lâmpada fluorescente, pilha e bateria.

§ 2º – Os resíduos de que trata este artigo serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que comercializam os produtos que lhes deram origem ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, a fim de que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, procedimentos de reutilização, reciclagem e tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. § 3º – Os estabelecimentos comerciais e a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores manterão recipientes para descarte dos resíduos a que se refere este artigo, obedecidas as normas ambientais e de saúde pública pertinentes e as recomendações definidas pelos fabricantes ou importadores, até que estes promovam seu recolhimento e disposição ambientalmente adequada.

§ 4º – O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator à pena de multa, nos termos da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, sem prejuízo de outras combinações cabíveis.”

Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário. Belo Horizonte, aos 15 de janeiro de 2003.

AÉCIO NEVES – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 14.578, de 16/1/2003 Proposição: Projeto de Lei nº 1.157/2000 Autoria: Dep. Carlos Pimenta – PSDB Dispõe sobre o Programa Estadual de Incentivo à Piscicultura. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a criar o Programa Estadual de Incentivo à Piscicultura, destinado a promover a proteção, a pesquisa e o desenvolvimento da ictiofauna das bacias hidrográficas de Minas Gerais, em especial do surubim, visando ao repovoamento do rio São Francisco. Art. 2º – São objetivos do programa de que trata esta Lei: I – garantir o controle, a perpetuação e a reposição da ictiofauna estadual; II – promover a reprodução e a criação do surubim em cativeiro para repovoamento do rio São Francisco e de outros corpos d’água; III – incentivar a proteção e o desenvolvimento sustentável da fauna aquática. Art. 3º – Compete ao Poder Executivo, na implementação e na execução do Programa Estadual de Incentivo à Piscicultura: I – indicar áreas propícias para instalação de unidades de pesquisa e desenvolvimento da piscicultura; II – promover o levantamento e manter o cadastro dos criadores interessados em participar do programa; III – prestar assistência técnica e gerencial para desenvolver a pesquisa das espécies; IV – criar mecanismos que garantam os meios de financiamento total ou parcial do programa; V – incentivar o desenvolvimento de pesquisas para aperfeiçoamento científico da reprodução e da criação em cativeiro de espécies da ictiofauna mineira; VI – estimular a participação da iniciativa privada nas ações e nos projetos que integram o programa; VII – criar mecanismos de participação da comunidade pesqueira no processo de implementação e execução do Programa. Art. 4º – O Programa Estadual de Incentivo à Piscicultura será financiado com recursos provenientes das seguintes fontes: I – dotações consignadas no orçamento do Estado e créditos adicionais; II – empréstimos obtidos de organismos de financiamento nacionais ou estrangeiros; III – transferência de fundos e programas federais ou estaduais;

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IV – aplicação do disposto no art. 26 da Lei nº 14.181, de 17 de janeiro de 2002. V – fontes diversas. Art. 5º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicação. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de janeiro de 2003. AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 14.596, de 23/1/2003 Proposição: Projeto de Lei nº 2.029/2002 Autoria: Dep. Fábio Avelar – PTB Altera os artigos 17, 20, 22 e 25 da Lei nº 13.771, de 11 de dezembro de 2000, que dispõe sobre a administração, a conservação das águas subterrâneas de domínio do Estado, e dá outras providências. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – (Vetado). Art. 2º – (Vetado). Art. 3º – O artigo 22 da Lei nº 13.771, de 11 de dezembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 22 – Ao IGAM compete fiscalizar o cumprimento das disposições previstas nesta Lei, seu regulamento e normas decorrentes”. Art. 4º – O “caput” do artigo 25 da Lei nº 13.771, de 11 de dezembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação, ficando revogados os incisos I, II e III: “Art. 25 – As infrações previstas no artigo 24 desta Lei classificam-se em leves, graves e gravíssimas, na forma a ser estabelecida em regulamento.” Art. 5º – (Vetado). Art. 6º – O Poder Executivo regulamentará a Lei nº 13.771, de 11 de dezembro de 2000, bem como o disposto nesta Lei, no prazo de sessenta dias contados da data de publicação desta Lei.

Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário.

Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2003. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI DELEGADA Nº 73, de 29/1/2003 Proposição: Resolução da ALMG nº 5.210/2002 Autoria: Governador Aécio Neves Dispõe sobre a estrutura orgânica básica da Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM e dá outras providências. O Governador do Estado, no uso da atribuição que lhe foi conferida pela Resolução nº 5.210, de 12 de dezembro de 2002, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, decreta a seguinte Lei: CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1º – A Fundação Estadual de Meio Ambiente, de que trata a alínea “a” do inciso IX do art. 28 da Lei Delegada nº 112, de 25 de janeiro de 2007, tem autonomia administrativa e financeira, personalidade jurídica de direito público, prazo de duração indeterminado e sede e foro na Capital do Estado. § 1º – A FEAM vincula-se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e tem a sua estrutura básica definida nesta Lei. § 2º – A FEAM integra, no âmbito estadual e na esfera de sua competência, o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA, criado pelo art. 7º da Lei Delegada nº 125, de 25 de janeiro de 2007. § 3º – Para os efeitos desta Lei Delegada a expressão “Fundação Estadual de Meio Ambiente”, o termo “Fundação” e a sigla “FEAM” se equivalem. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007.)

CAPÍTULO II Da Finalidade Art. 2º – A FEAM tem por finalidade executar, no âmbito do Estado, a política de proteção, conservação e melhoria da qualidade ambiental, no que concerne à prevenção e à correção da poluição ou da degradação ambiental provocada pelas atividades industriais, minerarias e de infra-estrutura, bem como promover e realizar estudos e pesquisas sobre tecnologias ambientais e sobre a poluição e a qualidade do ar e do solo e apoiar

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tecnicamente as unidades executoras dos processos de regularização ambiental e as unidades colegiadas, observadas as deliberações do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH – e as diretrizes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Parágrafo único – As atribuições e as competências específicas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para o alcance das finalidades de que trata o “caput” deste artigo serão estabelecidas em decreto. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007.) CAPÍTULO III Da Estrutura Orgânica Art. 3º – A Fundação Estadual de Meio Ambiente tem a seguinte estrutura orgânica básica: I – Unidade Colegiada: a) Conselho Curador; II – Direção Superior: a) Presidente; b) Vice-Presidente; III – Unidades Administrativas: a) Gabinete; b) Procuradoria; c) Auditoria Seccional; d) Diretoria de Qualidade e Gestão Ambiental; e) Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento; f) Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental; g) Gerência de Planejamento e Modernização Institucional; h) Gerência de Recursos Humanos; i) Gerência de Logística e Manutenção; j ) Gerência de Contabilidade e Finanças. § 1º – As competências e composição do Conselho Curador, as competências das unidades previstas neste artigo, assim como a denominação e as competências das unidades da estrutura complementar serão estabelecidas em decreto. § 2º – Os cargos dos titulares das unidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo são de livre nomeação e exoneração do Governador do Estado, salvo os referidos nas alíneas “g”, “h”, “i” e “j” do inciso III, que são de livre nomeação e exoneração do Presidente da FEAM.

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§ 3º – As unidades de que tratam as alíneas “g”, “h”, “i” e “j” do inciso III são subordinadas tecnicamente à Subsecretraria de Inovação e Logística do Sistema Estadual de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007.) CAPÍTULO IV Dos Cargos Art. 4º – Os cargos de provimento em comissão de Diretor de Administração e Finanças, Diretor de Atividades de Infra-estrutura, Diretor de Atividades Industriais e Minerais, constantes no Anexo X da Lei nº 10.623, de 16 de janeiro de 1992, passam a denominar- se Diretor, mantida a respectiva codificação. Art. 5º – Ficam extintos os seguintes cargos de provimento em comissão, constantes no Anexo X da Lei nº 10.623, de 16 de janeiro de 1992, alterado pelo artigo 19 da Lei nº 12.583, de 17 de julho de 1997: I – 1 (um) cargo de Diretor de Qualidade Ambiental; II – 3 (três) cargos de Assessor-Chefe. Art. 6º – Ficam criados no Anexo X da Lei nº 10.623, de 16 de janeiro de 1992, os seguintes cargos de provimento em comissão: I – 1 (um) cargo de Auditor Seccional; II – 1 (um) cargo de Assessor Jurídico. Art. 7º – O Anexo X da Lei nº 10.623, de 16 de janeiro de 1992, passa a vigorar na forma do Anexo desta Lei. Art. 8º – Fica extinto 1(um) cargo de Auditor, previsto em Anexo II da Lei nº 12.583, de 17 de julho de 1997. Art. 9º – Serão identificados, mediante decreto, os cargos de provimento em comissão: I – extintos no artigo 5º, integrantes da estrutura básica, a que se refere a Lei 10.623, de 16 de janeiro de 1992 e alterações posteriores; II – não integrantes da estrutura básica extintos em decorrência desta Lei; III – criados no artigo 6º; IV – extinto no artigo 8º. CAPÍTULO V Disposições Finais Art. 10 – A Fundação deverá proceder em seu Estatuto as alterações decorrentes desta Lei e do decreto a que se refere o § 1º do artigo 3º. Art. 11 – (Revogado pelo art. 3º da Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007.) Dispositivo revogado:

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“Art. 11 – São membros natos do Conselho Curador: I – o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que é o Presidente do Conselho; II – o Presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente, que é o Secretário-Executivo. Parágrafo único – As demais representações e membros do Conselho Curador serão estabelecidos no decreto a que se refere o § 1º do artigo 3º desta Lei.” Art. 12 – (Revogado pelo art. 3º da Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007.) Dispositivo revogado: “Art. 12 – O Presidente do Conselho Curador terá direito, além do voto comum, ao de qualidade e será substituído pelo Secretário-Adjunto em seus impedimentos eventuais.” Art. 13 – (Revogado pelo art. 3º da Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007.) Dispositivo revogado: “Art. 13 – A função de Conselheiro é considerada de relevante interesse público, não lhe cabendo qualquer remuneração.” Art. 14 – (Revogado pelo art. 3º da Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007.) Dispositivo revogado: “Art. 14 – As disposições relativas ao funcionamento do Conselho serão fixadas em seu regimento interno, inclusive as formas e prazos para a indicação dos representantes.” Art. 15 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 16 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de janeiro de 2003. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

ANEXO (a que se refere o artigo 7º da Lei Delegada nº 73 de 29 de janeiro de 2003)......

NORMA: LEI DELEGADA Nº 79, de 29/1/2003 Proposição: Resolução nº 5.210/2002 Autoria: Governador Aécio Neves Dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Estadual de Florestas – IEF e dá outras providências.

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O Governador do Estado, no uso da atribuição que lhe foi conferida pela Resolução nº5.210, de 12 de dezembro de 2002, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, decreta a seguinte Lei: CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1º – A autarquia Instituto Estadual de Florestas – IEF – de que trata a alínea “c” do inciso IX do art. 28 da Lei Delegada nº 112, de 25 de janeiro de 2007, tem autonomia administrativa e financeira, personalidade jurídica de direito público, prazo de duração indeterminado, sede e foro na Capital do Estado. § 1º – O Instituto Estadual de Florestas – IEF – vincula-se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e tem a sua estrutura orgânica básica definida nesta Lei Delegada. § 2º – O IEF integra, no âmbito estadual e na esfera de sua competência, o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA –, criado pelo art. 7º da Lei Delegada nº 125, de 25 de janeiro de 2007. § 3º Para os efeitos desta Lei Delegada, a expressão “Instituto Estadual de Florestas”, o termo “Instituto” e a sigla “IEF” se equivalem. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Delegada nº 158, de 25/1/2007.) CAPÍTULO II Da Finalidade Art. 2º – O Instituto Estadual de Florestas – IEF tem por finalidade executar a política florestal do Estado e promover a preservação e a conservação da fauna e da flora, o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis e da pesca, bem como a realização de pesquisas em biomassa e biodiversidade. Parágrafo único – As competências que detalham a finalidade do Instituto serão estabelecidas em decreto. CAPÍTULO III Da Estrutura Orgânica Art. 3º – O Instituto Estadual de Florestas tem a seguinte estrutura orgânica básica: I – Unidade Colegiada: a) Conselho de Administração; II – Direção Superior: a) Diretor Geral; b) Vice-Diretor Geral; III – Unidades Administrativas: a) Gabinete;

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b) Procuradoria; c) Auditoria Seccional; d) Diretoria de Biodiversidade; e) Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental; f) Diretoria de Áreas Protegidas; g) Diretoria de Desenvolvimento e Conservação Florestal; h) Gerência de Planejamento e Modernização Institucional; i) Gerência de Recursos Humanos; j) Gerência de Logística e Manutenção; l ) Gerência de Contabilidade e Finanças. § 1º – As competências e a composição do Conselho de Administração, a descrição das competências das unidades previstas neste artigo, assim como a denominação e a descrição das competências das unidades da estrutura orgânica complementar serão estabelecidas em decreto. § 2º – Para a consecução do disposto no parágrafo anterior poderão ocorrer criações, fusões, alterações de denominação, transferências e desmembramentos nas unidades da estrutura complementar. § 3º – Os titulares das unidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo são de livre nomeação e exoneração do Governador do Estado, salvo os das alíneas “h”, “i”, “j” e “l” do inciso III que são de livre nomeação e exoneração do Diretor Geral do IEF. § 4º – As unidades de que tratam as alíneas “h”, “i”, “j” e “l” do inciso III são subordinadas tecnicamente à Subsecretraria de Inovação e Logística do Sistema Estadual de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Delegada nº 158, de 25/1/2007.) ...... CAPÍTULO V Disposições Finais Art. 8º – O Instituto deverá proceder em seu Regulamento as alterações decorrentes desta Lei e do decreto a que se refere o parágrafo 1º do artigo 3º desta Lei. Art. 9º – (Revogado pelo art. 3º da Lei da Lei Delegada nº 158, de 25/1/2007.) Dispositivo revogado: “Art. 9º – São membros natos do Conselho de Administração: I – o Secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que é o Presidente do Conselho; II – o Diretor-Geral do IEF, que é o Secretário-Executivo.

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Parágrafo único – As demais representações e membros do Conselho de Administração serão estabelecidos no decreto a que se refere o parágrafo 1º do artigo 3º desta Lei.” Art. 10 – (Revogado pelo art. 3º da Lei da Lei Delegada nº 158, de 25/1/2007.) Dispositivo revogado: “Art. 10 – O Presidente do Conselho de Administração do Instituto terá direito, além do voto comum, ao de qualidade e será substituído pelo Secretário Adjunto em seus impedimentos eventuais.” Art. 11 – (Revogado pelo art. 3º da Lei da Lei Delegada nº 158, de 25/1/2007.) Dispositivo revogado: “Art. 11 – A função de Conselheiro é considerada de relevante interesse público, não lhe cabendo qualquer remuneração.” Art. 12 – (Revogado pelo art. 3º da Lei da Lei Delegada nº 158, de 25/1/2007.) Dispositivo revogado: “Art. 12 – As disposições relativas ao funcionamento do Conselho de Administração do Instituto serão fixadas em seu Regimento Interno, inclusive as formas e prazos para a indicação dos representantes.” Art. 13 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 14 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de janeiro de 2003. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

ANEXO (a que se refere o artigo 6º da Lei Delegada nº 79 de 29 de janeiro de 2003) ......

NORMA: LEI DELEGADA Nº 83, de 29/1/2003 Proposição: Resolução nº 5.210/2002 Autoria: Governador Aécio Neves Regulamentação : Decreto nº 43.371, de 5/6/2003 Dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM e dá outras providências.

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O Governador do Estado, no uso da atribuição que lhe foi conferida pela Resolução nº 5.210, de 12 de dezembro de 2002, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, decreta a seguinte Lei: CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1º – A autarquia Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM – de que trata a alínea “b” do inciso IX do art. 28 da Lei Delegada nº 112, de 25 de janeiro de 2007, tem autonomia administrativa e financeira, personalidade jurídica de direito público, prazo de duração indeterminado, sede e foro na Capital do Estado. § 1º – O Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM – vincula-se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e tem a sua estrutura orgânica básica definida nesta Lei Delegada. § 2º – O IGAM integra, no âmbito estadual e na esfera de sua competência, o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA -, criado no art. 7 º da Lei Delegada nº 125, de 25 de janeiro de 2007. § 3º – Para os efeitos desta Lei Delegada, a expressão “Instituto Mineiro de Gestão das Águas”, o termo “Instituto” e a sigla “IGAM” se equivalem. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Delegada nº 157, de 25/1/2007.) CAPÍTULO II Da Finalidade Art. 2º – O IGAM tem por finalidade executar a política estadual de recursos hídricos e a do meio ambiente formuladas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH e pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM. Parágrafo único – As competências que detalham a finalidade do IGAM serão estabelecidas em decreto. CAPÍTULO III Da Estrutura Orgânica Art. 3º – O Instituto Mineiro de Gestão das Águas tem a seguinte estrutura orgânica básica: I – Unidade Colegiada: a) Conselho de Administração; II – Direção Superior: a) Diretor Geral; b) Vice-Diretor Geral; III – Unidades Administrativas: a) Gabinete;

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b) Procuradoria; c) Auditoria Seccional; d) Diretoria de Gestão de Recursos Hídricos; e) Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental; f) Gerência de Planejamento e Modernização Institucional; g) Gerência de Gestão; h) Gerência de Contabilidade e Finanças. § 1º – As competências e a composição do Conselho de Administração, a descrição das competências das unidades previstas neste artigo, assim como a denominação e a descrição das competências das unidades da estrutura orgânica complementar serão estabelecidas em decreto. § 2º – Os titulares das unidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo são de livre nomeação e exoneração do Governador do Estado, salvo os das alíneas “f”, “g” e “h” do inciso III, que são de livre nomeação e exoneração do Diretor Geral do IGAM. § 3º – As unidades de que tratam as alíneas “f”, “g” e “h” do inciso III são subordinadas tecnicamente à Subsecretaria de Inovação e Logística do Sistema Estadual de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Delegada nº 157, de 25/1/2007.) ...... CAPÍTULO V Disposições Finais Art. 8º – O Instituto deverá proceder em seu Regulamento as alterações decorrentes desta Lei e do decreto a que se refere o § 1º do artigo 3º...... Art. 13 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 14 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de janeiro de 2003. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.940, de 29/12/2003 Proposição: Projeto de Lei nº 1.082/2003 Autoria: Governador em exercício Clésio Andrade Regulamentação Parcial: Decreto nº 44.045, de 13/6/2005

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Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais TFAMG e dá outras providências. O Povo de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituído o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, de inscrição obrigatória e sem ônus pelas pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e à extração, à produção, ao transporte e à comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e da flora. Parágrafo único – O cadastro instituído por esta Lei integra o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente, criado pela Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Art. 2º – Para os efeitos desta Lei, consideram-se: I – microempresa a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, cuja receita bruta anual seja igual ou inferior ao limite estabelecido no inciso I do art. 3º da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 17.608, de 1/7/2008.) II – empresa de pequeno porte a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº 10.406, de 2002, cuja receita bruta anual se enquadre nos limites estabelecidos no inciso II do art. 3º da Lei Complementar Federal nº 123, de 2006; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 17.608, de 1/7/2008.) III – empresa de médio porte a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº 10.406, de 2002, cuja receita bruta anual seja superior ao limite máximo estabelecido no inciso II do art. 3º da Lei Complementar Federal nº 123, de 2006, e igual ou inferior a R$12.000.000,00 (doze milhões de reais); (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 17.608, de 1/7/2008.) IV – empresa de grande porte a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que tiver receita bruta anual superior a R$12.000.000,00 (doze milhões de reais). Parágrafo único – Para efeito de enquadramento nos incisos do caput e na tabela constante do Anexo III desta Lei, será considerado o somatório das receitas brutas de todos os estabelecimentos do contribuinte. (Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 17.608, de 1/7/2008.) Art. 3º – A Fundação Estadual do Meio Ambiente FEAM e o Instituto Estadual de Florestas IEF , integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA , nos termos

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do art. 6º. da Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, administrarão o cadastro instituído por esta Lei, sob supervisão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SEMAD.

Art. 4º – Na administração do cadastro de que trata esta Lei, compete à FEAM e ao IEF: I – manter atualizado o cadastro e suprir o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente; II – estabelecer, por meio de portaria conjunta, o procedimento de inscrição no cadastro; III – articular-se com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA para integração dos dados do cadastro de que trata esta Lei e do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais. Art. 5º – As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades mencionadas no art. 1º e descritas nos Anexos I e II desta Lei ficam obrigadas a se inscrever no cadastro de que trata esta Lei, sob pena de incorrerem em infração punível com as seguintes multas: I – 40 UFEMGs (quarenta Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais), se pessoa física;

II – 120 (cento e vinte) UFEMGs, se microempresa; III – 720 (setecentas e vinte) UFEMGs, se empresa de pequeno porte; IV – 1.441 (mil quatrocentas e quarenta e uma) UFEMGs, se empresa de médio porte; V – 7.205 (sete mil duzentas e cinco) UFEMGs, se empresa de grande porte.

§ 1º – Para as pessoas físicas e jurídicas em atividade no Estado na data de publicação desta Lei, o prazo para inscrição no cadastro de que trata o caput é até o último dia útil do trimestre civil subseqüente à publicação desta Lei. § 2º – Na hipótese de pessoa física ou jurídica que venha a iniciar suas atividades após a publicação desta Lei, o prazo para inscrição no Cadastro Técnico Estadual é de trinta dias, nos termos da portaria conjunta da FEAM e do IEF a que se refere o inciso II do art. 4º. Art. 6º – Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais TFAMG , cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido à FEAM e ao IEF para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. Art. 7º – Contribuinte da TFAMG é aquele que exerce as atividades constantes no Anexo I, sob a fiscalização da FEAM, ou as atividades constantes no Anexo II, sob a fiscalização do IEF, ambos desta Lei. Art. 8º – A TFAMG é devida por estabelecimento e tem por base de cálculo os valores constantes no Anexo III desta Lei, expressos em Ufemg vigente na data do vencimento. (Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei nº 17.608, de 1/7/2008.)

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§ 1º – O valor a ser recolhido a título de TFAMG, nos termos do art. 11, será limitado a 60% (sessenta por cento) do valor devido ao IBAMA pela Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental TCFA , relativamente ao mesmo período.

§ 2º – O Poder Executivo publicará a tabela referente ao Anexo III desta Lei em unidade monetária nacional. § 3º – O potencial de poluição PP e o grau de utilização de recursos ambientais GU das atividades sujeitas a fiscalização encontram-se definidos nos Anexos I e II desta Lei. § 4º – Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita a fiscalização, pagará a taxa de valor mais elevado, relativamente a apenas uma das atividades. Art 9º – São isentos do pagamento da TFAMG, na forma do regulamento: I – os órgãos públicos e demais pessoas jurídicas de direito público interno;

II – as entidades de assistência social sem fins lucrativos reconhecidas pelo poder público, desde que: a) não distribuam qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado;

b) apliquem integralmente no País os recursos destinados à manutenção de seus objetivos institucionais; c) mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão; III – aqueles que praticam agricultura de subsistência. Art. 10 – O contribuinte da TFAMG é obrigado a entregar, até o dia 31 de março de cada ano, relatório das atividades exercidas no ano anterior, para o fim de controle e fiscalização, em modelo a ser definido por portaria conjunta da FEAM e do IEF. Parágrafo único – A não apresentação do relatório previsto no caput deste artigo sujeita o infrator a multa equivalente a 20% (vinte por cento) da TFAMG devida, sem prejuízo da exigência desta. Art. 11 – A TFAMG será devida no último dia útil de cada trimestre do ano civil, nos valores fixados no Anexo III desta Lei, e recolhida até o quinto dia útil do mês subseqüente, na forma do regulamento. (Artigo com redação dada pelo art. 20 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.) Art. 12 – A TFAMG não recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas no art. 11 será cobrada com os seguintes acréscimos: I – juros de mora, em via administrativa ou judicial, contados do mês seguinte ao do vencimento, à razão de 1% (um por cento); II – multa de 20% (vinte por cento), reduzida a 10% (dez por cento) se o pagamento for efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao do vencimento da obrigação.

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§ 1º – Os débitos relativos à TFAMG poderão ser parcelados de acordo com os critérios fixados na legislação tributária.

(Parágrafo renumerado pelo art. 21 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.)

§ 2º – Sujeita-se a multa de 100% (cem por cento) do valor da taxa devida quem utilizar ou propiciar a utilização de documento relativo a recolhimento da TFAMG com autenticação falsa.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 21 da Lei nº 15.972, de 12/1/2006.)

Art. 13 – Os recursos arrecadados com a TFAMG serão destinados à SEMAD, à FEAM e ao IEF.

Art. 14 – Os valores pagos a título de TFAMG constituem crédito para compensação com o valor devido ao IBAMA a título de Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental TCFA , até o limite de 60% (sessenta por cento) e relativamente ao mesmo ano, nos termos do art. 17-P da Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, acrescido pela Lei Federal nº 10.165, de 27 de dezembro de 2000.

Art. 15 – Constitui crédito para compensação com o valor devido a título de TFAMG, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) e relativamente ao mesmo ano, o montante pago pelo estabelecimento em razão de taxa de fiscalização ambiental regularmente instituída pelo Município.

§ 1º – A compensação de que trata o caput aplica-se exclusivamente aos Municípios que disponham de sistema de gestão ambiental reconhecido por deliberação do Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM e mantenham convênio com a FEAM e o IEF visando ao aprimoramento do controle e da fiscalização ambiental de base local.

§ 2º – A restituição, administrativa ou judicial, qualquer que seja a causa que a determine, da taxa de fiscalização ambiental municipal compensada com a TFAMG restaura o direito de crédito da entidade estadual contra o estabelecimento, relativamente ao valor compensado.

Art. 16 – Valores recolhidos à União, ao Estado e ao Município a qualquer outro título, tais como taxas de licenciamento ou preços públicos de venda de produtos, não constituem crédito para compensação com a TFAMG.

Art. 17 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º. de janeiro de 2004.

Art. 18 – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de dezembro de 2003.

AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

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NORMA: LEI Nº 14.968, de 12/1/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 637/2003 Autoria: Dep. Leonardo Moreira – PL Dispõe sobre a política estadual para a promoção do uso de sistemas orgânicos de produção vegetal e animal e dá outras providências. O Povo de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – A política estadual para a promoção do uso de sistemas orgânicos de produção vegetal e animal, disciplinada nos termos desta lei, visa à melhoria da qualidade dos produtos agropecuários e agroindustriais, por meio da eliminação do emprego de agrotóxicos e de outros insumos artificiais. Parágrafo único. A política a que se refere o caput deste artigo será exercida pelo Estado em articulação com órgãos e entidades da União. Art. 2º – São objetivos da política estadual para a promoção do uso de sistemas orgânicos de produção vegetal e animal: I – a preservação da biodiversidade agrícola e natural e da saúde humana; II – a conservação de ecossistemas naturais; III – a criação e a expansão de mercados consumidores, com o aumento da produção e a redução do preço dos produtos; IV – a geração de emprego e renda. Art. 3º – Para os efeitos desta Lei, considera-se: I – produto orgânico o obtido segundo o disposto na Instrução Normativa nº 7, de 17 de maio de 1999, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou em outra que a substituir; II – produtor orgânico o produtor e o processador de matéria-prima orgânica. Parágrafo único – O Poder Executivo poderá editar normas técnicas complementares para atender às peculiaridades do Estado. Art. 4º – Para a consecução dos objetivos previstos no art. 2º desta Lei, incumbe ao Estado: I – divulgar os benefícios e as vantagens econômicas, ambientais e sanitárias da produção e do consumo de produtos orgânicos; II – incentivar a produção de produtos orgânicos por meio da criação de programas e projetos específicos, da concessão de incentivos fiscais e da abertura de linhas de crédito especiais em agentes financeiros e fundos; III – prestar assistência técnica aos produtores;

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IV – cadastrar os agricultores interessados e registrar as áreas de produção;

V – desenvolver pesquisas, sistemas e métodos de produção;

VI – registrar e credenciar instituições não governamentais, sem fins lucrativos, para a emissão de certificado de origem e qualidade;

VII – estimular a comercialização e a exportação de produtos orgânicos com certificado de origem e qualidade;

VIII – cadastrar a pessoa física ou jurídica que produza, comercialize, embale, envase, armazene ou processe produto orgânico;

IX – exercer outras atividades afins.

§ 1º – A prestação de serviços do Estado decorrente da aplicação desta Lei será remunerada com base em tabela da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA.

§ 2º – Os procedimentos para a concessão do certificado de origem e qualidade serão disciplinados em regulamento.

§ 3º – A instituição credenciada para emissão de certificado de origem e qualidade poderá apor símbolo ou sinal que a identifique na certificação de origem e qualidade, nos termos do regulamento desta Lei.

Art. 5º – O Estado assegurará aos setores de produção que envolvam produtores e trabalhadores rurais, bem como aos de comercialização, armazenamento, transporte e abastecimento, nos termos do art. 247 da Constituição do Estado, e também aos representantes dos setores de saúde e meio ambiente e dos consumidores participação no planejamento e na execução da política a que se refere o art. 1º desta Lei.

Art. 6º – É facultativa a adesão a programa ou a projeto desenvolvido pelo poder público para a produção de produtos orgânicos.

Art. 7º – A pessoa física ou jurídica que produza, comercialize, embale, envase, armazene ou processe produto orgânico é obrigada a cadastrar-se no órgão competente. Art. 8º – O descumprimento desta Lei sujeita o infrator às seguintes penalidades administrativas, sem prejuízo do disposto na legislação civil e penal em vigor:

I – ao produtor orgânico: a) advertência; b) multa de 50 (cinqüenta) a 2.000 (duas mil) Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais – UFEMGs; c) suspensão temporária do direito de uso do certificado de origem e qualidade;

II – à entidade credenciada:

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a) advertência; b) multa de 200 (duzentas) a 10.000 (dez mil) UFEMGs; c) suspensão do credenciamento pelo período de seis a vinte e quatro meses; d) cassação do credenciamento. § 1º – A pena de multa poderá ser aplicada cumulativamente, salvo com a de advertência, e em dobro, no caso de reincidência. § 2º – Será destruído ou doado a instituição filantrópica o produto agropecuário ou agroindustrial cuja certificação de origem e qualidade tiver sido obtida de forma irregular, e serão destruídos o certificado e demais documentos emitidos em desacordo com esta Lei apreendidos pela fiscalização. Art. 9º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicação. Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Revogam-se as disposições em contrário e a Lei nº 14.160, de 4 de janeiro de 2002. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de janeiro de 2004. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 14.986, de 14/1/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 143/2003 Autoria: Dep. Carlos Pimenta – PDT Institui serviço de disque-denúncia de agressões ao meio ambiente no território do Estado. O Povo de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O Estado manterá serviço de atendimento telefônico destinado a receber denúncia de agressão ao meio ambiente no território do Estado – disque-denúncia. Parágrafo único – Será assegurado, ao denunciante que o desejar, o sigilo de sua identidade. Art. 2º – O Estado promoverá ampla divulgação do serviço de que trata esta Lei e do número de telefone a ele referente. Art. 3º – O custeio do serviço previsto nesta Lei será feito por meio de dotações orçamentárias próprias, consignadas no orçamento do Estado, e de recursos oriundos de convênios e acordos celebrados com entidades públicas e particulares.

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Art. 4º – O serviço de que trata esta Lei será instituído no prazo de um ano, contado da data de publicação desta Lei. Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 14 de janeiro de 2004. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.012, de 15/1/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 66/2003 Autoria: Deputada Maria José Haueisen – PT Deputado Padre João – PT Altera dispositivos da Lei nº 12.812, de 28 de abril de 1998, que regulamenta o parágrafo único do art. 194 da Constituição do Estado, o qual dispõe sobre a assistência social às populações de áreas inundadas por reservatórios, e dá outras providências. O Povo de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Os incisos I, III e V do art. 2º da Lei nº 12.812, de 28 de abril de 1998, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 2º – ...... I – prestar assistência jurídica, entre outras ações, no acompanhamento das negociações com o empreendedor, relativas ao reassentamento e à desapropriação; ...... III – garantir à criança e ao adolescente o direito à educação básica, em escola pública, conforme o art. 21 da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, sem lapso de continuidade na prestação do serviço; ...... V – prestar assistência técnica e agrícola e oferecer cursos de capacitação e aprimoramento no manejo e na gestão de atividades agrícolas e de atividades diagnosticadas como potencialmente adequadas à exploração econômica do reservatório, tais como turismo, hotelaria, piscicultura, entre outras;”. Art. 2º – O inciso II do art. 4º da Lei nº 12.812, de 28 de abril de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

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“Art. 4º – ...... II – os recursos repassados pelo empreendedor para custear atividades sob sua responsabilidade;”. Art. 3º – (vetado). Art. 4º – (vetado). Art. 5º – Será cobrada taxa de expediente, na forma do art. 90, inciso I, da Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes SEDESE , para custear as despesas do CEAS na atividade de análise e fiscalização do PAS, a ser apresentado pelo empreendedor. Art. 6º – Fica acrescentado à Tabela A, anexa à Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, o item constante no Anexo desta Lei. Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos, quanto ao disposto nos arts. 5º e 6º, a partir do primeiro dia do exercício subseqüente ao de sua publicação. Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 15 de janeiro de 2004. AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

ANEXO ......

NORMA: LEI Nº 15.017, de 15/1/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 1.134/2003 Autoria: Comissão Especial de Acidentes Ambientais (ALMG) Altera a Lei nº 10.627, de 16 de janeiro de 1992, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais e dá outras providências. O Povo de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – O art. 4º da Lei nº 10.627, de 16 de janeiro de 1992, fica acrescido dos seguintes incisos VIII e IX e parágrafo único: “Art. 4º – ...... VIII – as indústrias de papel e celulose; IX – as barragens de contenção de resíduos, de rejeitos e de águas.

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Parágrafo único – O órgão de meio ambiente competente poderá: I – exigir que sejam realizadas auditorias ambientais em outras empresas e atividades potencialmente poluidoras ou que impliquem risco de acidentes ambientais, além das relacionadas nos incisos do “caput” deste artigo, conforme o disposto nesta lei; II – deliberar sobre a redução ou a ampliação da periodicidade prevista no caput deste artigo, conforme o caso.” Art. 2º – Esta Lei será regulamentada no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 15 de janeiro de 2004. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.019, de 15/1/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 1.239/2003 Autoria: Governador Aécio Neves Regulamentação Parcial: Decreto nº 43.795, de 29/4/2004 Decreto nº 43.802, de 4/5/2004 Dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento Regional do Jaíba e revoga as Leis nºs 11.394, de 6 de janeiro de 1994, e 12.366, de 26 de novembro de 1996. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... Art. 3º – São recursos do Fundo Jaíba: I – parcela dos recursos provenientes do Contrato de Empréstimo nº – BZ-P6, de 5 de setembro de 1991, celebrado entre o Estado de Minas Gerais e o Overseas Economic Cooperation Fund, sucedido pelo Japan Bank for International Corporation – JBIC –; II – retornos do principal e encargos dos financiamentos com recursos do Fundo; III – dotações consignadas no orçamento do Estado, bem como créditos adicionais; IV – recursos provenientes de operações de crédito interno e externo firmadas pelo Estado e destinadas ao Fundo; V – recursos provenientes de fontes diferentes das relacionadas nos incisos I a IV.

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§ 1º – Os recursos a que se refere o inciso I serão aplicados em consonância com o disposto no referido contrato de empréstimo e seus termos aditivos. § 2º – Dos recursos a que se refere o inciso II, até 25% (vinte e cinco por cento) das disponibilidades anuais serão transferidas ao Instituto Estadual de Florestas – IEF – e à Fundação Rural Mineira – RURALMINAS – na proporção, forma, procedimentos e limites definidos em regulamento, com a finalidade exclusiva de aplicação em atividades e projetos de melhoria e conservação ambiental de áreas de influência do Distrito Agroindustrial do Jaíba, em especial na implantação das áreas de preservação e proteção ambiental, sem prejuízo do disposto no § 1º.

§ 3º – O Fundo transferirá ao Tesouro Estadual recursos para pagamento de serviço e amortização de dívidas contratadas pelo Estado em operações de crédito e destinadas ao Fundo, na forma e nas condições a serem regulamentadas por ato do Poder Executivo, ressalvado o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo, assim como os recursos previstos no fluxo financeiro de liberação do Fundo referentes a contratos de financiamento firmados.

...... Art. 18 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 15 de janeiro de 2004. AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 15.027, de 19/1/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 1.056/2003 Autoria: Dep. Luiz Humberto Carneiro – PSDB Institui a Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA –, altera os arts. 17 e 52 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, e o Anexo IV da Lei nº 13.803, de 27 de dezembro de 2000. O Povo de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituída a Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA –, assim considerada a área degradada por atividade agrícola, pastoril ou silvicultural, pertencente a um ou mais proprietários, de domínio privado, gravada com perpetuidade e destinada a recuperação ambiental. § 1º – A critério do órgão estadual competente, poderão ser admitidos outros tipos de área para a constituição de RPRA.

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§ 2º – A RPRA integra o Sistema Estadual de Unidades de Conservação, no grupo de unidades de conservação de uso sustentável, nos termos do art. 22 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002.

Art. 2º – São condições para instituição e funcionamento de RPRA:

I – a aprovação de plano diretor da unidade de conservação pelo órgão estadual competente; II – a autorização expressa do proprietário, com firma reconhecida em cartório, para promover a alteração na matrícula do imóvel;

III – a gestão por organização não-governamental sem fins lucrativos;

IV – a instituição de órgão colegiado regido por estatuto, com funções normativas e deliberativas, composto por representação numericamente equivalente, limitada a um máximo de três representantes por segmento, de proprietários, de detentores de cotas de Certificado de Recomposição de Reserva Legal e da entidade gestora;

V – a aplicação do resultado financeiro obtido por meio das atividades desenvolvidas na unidade de conservação, prioritariamente, na melhoria e na expansão da RPRA;

VI – a apresentação de relatório anual de atividades ao órgão estadual competente, na forma do regulamento, mantendo-se cópia do mesmo na unidade de conservação, para consulta pública. § 1º – O estatuto da RPRA preverá a participação de representante do poder público nas reuniões do órgão colegiado, com direito a voz, e de moradores da região circunvizinha nas atividades desenvolvidas na unidade de conservação.

§ 2º – O plano diretor a que se refere o inciso I poderá ser elaborado por entidade pública ou por entidade privada previamente credenciada pelo Estado. Art. 3º – A RPRA, prioritariamente destinada a constituição de reserva legal de propriedades rurais, poderá ser usada alternativamente para:

I – pesquisa científica; II – produção de bens florestais não lenhosos; III – produção de bens florestais lenhosos;

IV – extrativismo; V – agrossilvicultura; VI – outras atividades não degradadoras do meio ambiente.

§ 1º – A área destinada às atividades previstas nos incisos III e V não poderá exceder a 20% (vinte por cento) da área total da unidade de conservação. § 2º – A área da unidade de conservação destinada à recomposição de reserva legal será estabelecida no plano diretor.

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Art. 4º – O Certificado de Recomposição de Reserva Legal – CRRL –, emitido pelo órgão estadual competente, autoriza a entidade gestora da unidade a alienar cota a possuidor ou proprietário rural, equivalente cada uma a um hectare, até o limite da área definida no plano diretor.

§ 1º – Para obtenção de cota de CRRL, o possuidor ou proprietário rural deverá ser autorizado pelo órgão estadual competente. § 2º – É vedada a alienação de cota de CRRL para posse ou propriedade rural localizada fora da bacia hidrográfica da RPRA, exceto nos casos definidos pelo órgão estadual competente. Art. 5º – A gestão e a implantação do plano diretor de RPRA serão acompanhadas e avaliadas pelo órgão estadual competente. Art. 6º – O poder público não intervirá na administração de RPRA, salvo nos casos de: I – desvio de finalidade;

II – gestão fraudulenta ou temerária; III – descumprimento de norma estabelecida em lei, regulamento ou pelo órgão estadual competente. Art. 7º – O art. 17 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, fica acrescido dos seguintes inciso VII e § 4º, passando seu § 2º a vigorar com a redação que se segue: “Art. 17 – ...... VII – aquisição de cota de Certificado de Recomposição de Reserva Legal – CRRL – de Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA –, em quantidade correspondente à área de reserva legal a ser reconstituída, mediante autorização do órgão competente.

...... § 2º – Nos casos de recomposição da área de reserva legal pela compensação por área equivalente e pela instituição de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN – ou por aquisição de cotas de RPRA, na forma dos incisos IV, V, VI e VII deste artigo, a averbação do ato de instituição, à margem do registro do imóvel, mencionará expressamente a causa da instituição e o número da matrícula do imóvel objeto da recomposição...... § 4º – É vedado ao proprietário ou possuidor suprimir área de reserva legal em virtude de opção pela recomposição na forma prevista no inciso VII.”.

Art. 8º – O art. 52 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 52 – A pessoa física ou jurídica consumidora de matéria-prima florestal poderá, a critério do órgão competente, optar pela compensação, mediante alienação ao patrimônio público de área técnica e cientificamente considerada de relevante e excepcional interesse

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ecológico em troca de créditos de reposição, que podem ser utilizados para compor o percentual de consumo anual de matéria-prima florestal ou para abater débitos apurados por excesso de utilização de produtos ou subprodutos florestais de origem nativa. Parágrafo único – Os créditos concedidos em contrapartida ao imóvel alienado ao Estado na forma do caput deste artigo serão utilizados uma única vez, sendo o referido imóvel incorporado ao patrimônio do Instituto Estadual de Florestas – IEF – para criação de unidade de conservação ou para regularização fundiária de unidade de conservação já criada.”.

Art. 9º – No Anexo IV da Lei nº 13.803, de 27 de dezembro de 2000, fica acrescentada à tabela “Fator de Conservação para Categorias de Manejo de Unidades de Conservação” a categoria de manejo “Reserva particular de recomposição ambiental”, código RPRA, fator de conservação 0,9 (zero vírgula nove).

Art. 10 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta dias contados da data de sua publicação.

Art. 11 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 12 – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de janeiro de 2004.

AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 15.028, de 19/1/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 830/2003

Autoria: Dep. Dalmo Ribeiro Silva – PSDB Institui a Política Estadual de Fomento à Economia Popular Solidária no Estado de Minas Gerais – PEFEPS. O Povo de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: ...... Art. 4º – Para a consecução dos objetivos da PEFEPS, o poder público propiciará aos empreendimentos de Economia Popular Solidária, na forma do regulamento: ...... IV – serviços temporários, em áreas específicas, tais como contabilidade, “marketing”, assistência jurídica, captação de recursos, gestão empresarial, planejamento estratégico, gestão ambiental, recursos humanos, técnicas de produção, contratos com financiadores, contatos com instituições de pesquisa científica e mercadológica; ......

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Art. 5º – São características dos empreendimentos de Economia Popular Solidária: ...... III – a proteção ao meio ambiente e a todas as formas de vida; ...... Art. 20 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 21 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de janeiro de 2004. AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 15.056, de 31/3/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 1.133/2003 Autoria: Comissão Especial de Acidentes Ambientais (ALMG) Estabelece diretrizes para a verificação da segurança de barragem e de depósito de resíduos tóxicos industriais e dá outras providências. O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1º – Esta lei estabelece diretrizes para a verificação da segurança de barragem e de depósito de resíduos tóxicos industriais. Art. 2º – A realização de obra e a implantação de estrutura de barragem e de depósito de resíduos tóxicos industriais ficam condicionadas, sem prejuízo do licenciamento ambiental previsto em lei, à realização de projeto que contenha, no mínimo:

I – estudo hidrológico e meteorológico com período de recorrência mínimo de cem anos e abrangência espacial relacionada com a bacia hidrográfica a montante do ponto de barramento; II – estudo geológico e geotécnico da área em que será implantada a obra; III – previsão de vertedor de fuga ou outro sistema de extravasamento capaz de escoar a vazão máxima de cheia sem comprometer a estabilidade da barragem ou de aterro; IV – verificação da estabilidade da barragem ou de aterro quando submetidos às condições provocadas pelas cheias máximas, conforme os estudos hidrológicos; V – previsão de impermeabilização do fundo do lago de barragem destinada ao armazenamento de efluentes tóxicos e da base de depósito de resíduos tóxicos industriais.

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Art. 3º – O projeto a que se refere o art. 2º deverá ser elaborado por profissionais de nível superior, registrados e sem débito no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA-MG –, e acompanhado das respectivas Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs.

Art. 4º – O proprietário de barragem de cursos de água, ou o responsável legal, é obrigado a manter disponíveis para a fiscalização do órgão gestor de recursos hídricos: I – o registro diário dos níveis mínimo e máximo de água; II – o relatório técnico anual que ateste a segurança da barragem, firmado por profissional legalmente habilitado, registrado e sem débito no CREA-MG. Art. 5º – As barragens serão classificadas de acordo com: I – a altura do maciço;

II – o volume do reservatório; III – a ocupação humana na área a jusante da barragem; IV – o interesse ambiental da área a jusante da barragem; V – as instalações na área a jusante da barragem. Art. 6º – O proprietário de depósito de resíduos tóxicos industriais, ou o responsável legal, é obrigado a manter disponíveis para a fiscalização dos órgãos gestores de recursos hídricos e de meio ambiente: I – o registro diário dos níveis de águas subterrâneas localizadas sob o aterro; II – o registro mensal dos parâmetros de qualidade das águas subterrâneas localizadas sob o aterro; III – o registro mensal do volume e das características químicas e físicas dos rejeitos acumulados; IV – o registro mensal que demonstre a ausência de contaminação do solo e do lençol de água no entorno e sob a área ocupada pelos rejeitos; V – o relatório técnico anual que ateste a segurança do depósito de resíduos tóxicos industriais, firmado por profissional legalmente habilitado, registrado e sem débito no CREA-MG. Art. 7º – Os proprietários de barragens e de depósitos de resíduos tóxicos industriais já implantados na data de publicação desta lei, ou os responsáveis legais, terão o prazo de um ano contado da data de publicação desta lei para apresentarem aos órgãos gestores de recursos hídricos e de meio ambiente estudo técnico que comprove a segurança das obras realizadas, nos termos do art. 2º. Art. 8º – Na ocorrência de acidente ambiental, as ações recomendadas, a qualquer tempo, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e pelos órgãos seccionais de apoio ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, como a realização de amostragens e análises laboratoriais e a adoção de medidas emergenciais

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para o controle de efeitos nocivos ao meio ambiente, bem como os deslocamentos aéreos ou terrestres necessários, serão, prioritariamente, assumidos pelo empreendedor ou terão seus custos por ele ressarcidos ao Estado, independentemente da indenização dos custos de licenciamento e das taxas de controle e fiscalização ambientais. Art. 9º – Aos infratores desta lei aplicam-se as penalidades previstas nas Leis nºs 7.772, de 8 de setembro de 1980, e 13.199, de 29 de janeiro de 1999. Art. 10 – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de cento e vinte dias contados da data de sua publicação. Art. 11 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 12 – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 31 de março de 2004. MAURI TORRES – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 15.082, de 27/4/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 693/2003 Autoria: Dep. Sebastião Helvécio – PDT Dispõe sobre rios de preservação permanente e dá outras providências. O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1°– Consideram-se rios de preservação permanente os cursos de água ou trechos destes com características excepcionais de beleza ou dotados de valor ecológico, histórico ou turístico, em ambientes silvestres naturais ou pouco alterados. Art. 2° – A declaração como rio de preservação permanente visa a: I – manter o equilíbrio ecológico e a biodiversidade dos ecossistemas aquáticos e marginais; II – proteger paisagens naturais pouco alteradas, de beleza cênica notável;

III – favorecer condições para a educação ambiental e a recreação em contato com a natureza; IV – proporcionar o desenvolvimento de práticas náuticas em equilíbrio com a natureza;

V – favorecer condições para a pesca amadorística e desenvolver a pesca turística. Art. 3° – Ficam proibidos, no rio de preservação permanente:

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I – a modificação do leito e das margens, ressalvada a competência da União sobre os rios de seu domínio;

II – o revolvimento de sedimentos para a lavra de recursos minerais;

III – o exercício de atividade que ameace extinguir espécie da fauna aquática ou que possa colocar em risco o equilíbrio dos ecossistemas;

IV – a utilização de recursos hídricos ou execução de obras ou serviços com eles relacionados que estejam em desacordo com os objetivos de preservação expressos no art. 2° desta lei. Art. 4° – (Vetado). Art. 5° – São rios de preservação permanente: I – o rio Cipó, afluente do rio Paraúna, e seus tributários, integrantes da bacia hidrográfica do rio das Velhas; II – o rio São Francisco, no trecho que se inicia imediatamente a jusante da barragem hidrelétrica de Três Marias e vai até o ponto logo a jusante da cachoeira de Pirapora; III – os rios Pandeiros e Peruaçu, integrantes da bacia hidrográfica do rio São Francisco; IV – o rio Jequitinhonha e seus afluentes, no trecho entre a nascente e a confluência com o rio Tabatinga; V – o rio Grande e seus afluentes, no trecho entre a nascente e o ponto de montante do remanso do lago da barragem de Camargos. Art. 6° – Ficam revogadas a Lei n° 10.629, de 16 de janeiro de 1992, e a Lei n° 12.016, de 15 de dezembro de 1995, cujas disposições se consolidam nos termos desta lei. Art. 7° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 27 de abril de 2004. MAURI TORRES – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 15.178, de 16/6/2004

Proposição: Projeto de Lei nº 1.174/2003

Autoria: Dep. Gustavo Valadares – PFL

Define os limites de conservação da Serra da Piedade, conforme o art. 84, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado.

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O Governador do Estado de Minas Gerais

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – Em cumprimento ao disposto no § 1º do art. 84 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado, ficam definidos os limites da área de conservação da Serra da Piedade, descritos graficamente, em coordenadas UTM, nos termos do Anexo desta Lei.

Parágrafo único – As coordenadas a que se refere o caput deste artigo delimitam uma área de 1.947,49ha (mil novecentos e quarenta e sete vírgula quarenta e nove hectares) e um perímetro de 29.316,31m (vinte e nove mil trezentos e dezesseis vírgula trinta e um metros).

(Parágrafo com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 16.133, de 26/5/2006.)

Art. 2º – Fica o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA-MG – autorizado a inscrever em seu Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, previsto no art. 4º da Lei nº5.775, de 30 de setembro de l971, e no art. 4º, inciso I, do Decreto nº 14.374, de 10 de março de l972, a serra de que trata esta Lei, situada nos Municípios de Caeté e Sabará, observados os limites de que trata o art. 1º.

Art. 3º – O responsável pela degradação ambiental da Serra da Piedade, nos limites geográficos estabelecidos nesta Lei, obriga-se a submeter à apreciação do órgão ambiental competente Plano de Recuperação de Área Degradada e a executá-lo conforme aprovado, nos termos da legislação em vigor.

Parágrafo único – O descumprimento do disposto neste artigo sujeita o infrator a multa de até 10.000 UFEMGs (dez mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais), sem prejuízo de outras cominações legais cabíveis.

Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de junho de 2004.

AÉCIO NEVES – Governador do Estado

ANEXO (a que se refere o art. 1º da Lei nº 15.178, de 16 de junho de 2004)

PONTO COORDENADA NORTE COORDENADA LESTE 1 7.808.755,13 636.685,82 2 7.808.448,60 637.187,76 3 7.808.018,10 637.425,43 4 7.807.578,24 637.352,76 5 7.807.468.68 637.272,66 6 7.807.427,11 637.089,30

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7 7.807.452,92 636.840,79 8 7.807.541,11 636.473,04 9 7.807.553,76 636.391,69 10 7.807.693,79 636.192,49 11 7.807.531,70 635.696,36 12 7.807.324,65 635.308,81 13 7.807.179,03 634.992,96 14 7.807.170,47 634.855,21 15 7.807.191,99 634.529,75 16 7.807.064,65 634.503,93 17 7.806.856,78 634.203,20 18 7.806.681,90 633.496,06 19 7.806.662,48 633.206,66 20 7.806.523,82 632.932,91 21 7.806.247,58 632.568,62 22 7.806.052,30 632.886,78 23 7.805.894,39 634.522,38 24 7.805.939,40 636.336,61 25 7.806.161,21 636.372,70 26 7.806.300,67 636.812, 23 27 7.806.389,90 636.878, 07 28 7.806.407,33 637.484,29 29 7.806.011,91 637.503,54 30 7.806.003,03 637.782,66 31 7.806.340,80 637.892,82 32 7.806.372,49 638.397,36 33 7.806.052,34 638.432,31 34 7.805.957,60 638.504,38 35 7.805.896,97 638.800,26 36 7.806.178,88 639.187,72 37 7.806.258,14 639.711,61 38 7.807.211,71 639.277, 82 39 7.807.323,84 639.501,04 40 7.807.752,30 639.758,77 41 7.807.644,40 640.253,13 42 7.808.064,77 640.206,07 43 7.808.580,57 640.288,67 44 7.810.764,16 642.849,86 45 7.811.090,07 642.648,80 46 7.811.063,54 642.413,62 47 7.810.326,89 638.300,82 48 7.809.963,85 638.013,47 49 7.809.642,67 638.118,07 50 7.809.416,27 637.434,38 51 7.809.279,43 637.153,27

(Anexo com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 16.133, de 26 de maio de 2006)

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NORMA: LEI Nº 15.258, de 21/7/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 1.126/2003 Autoria: Dep. Leonídio Bouças – PTB Dispõe sobre a exploração econômica do turismo em represas e lagos do Estado. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1° – A exploração econômica do turismo em represa ou lago do Estado depende de aprovação do respectivo projeto pelo órgão estadual competente. Art. 2° – O projeto de exploração econômica do turismo a que se refere o art. 1°, com vistas a demonstrar o atendimento às exigências de desenvolvimento sustentável e de prevenção à degradação do ecossistema, conterá: I – definição da área a ser utilizada e levantamento dos recursos de biodiversidade da região; II – determinação do grau de fragilidade do ambiente e de sensibilidade das espécies animais à presença humana; III – projeção da capacidade de carga que o sítio pode suportar sem provocar degradação do ecossistema; IV – estudo voltado para a preservação da biodiversidade, que incluirá plano de redução dos resíduos gerados, seu tratamento e destinação final; V – plano de controle do uso adequado dos recursos ou serviços disponíveis na área; VI – programa de informação da população local sobre a importância econômica e social do turismo sustentável e da preservação da biodiversidade; VII – previsão de medidas que preservem a identidade cultural dos habitantes e a diversidade natural da região, com detalhamento das ações de prevenção de degradação que repercuta nas tradições locais; VIII – apresentação de roteiros para visitação turística, bem como planejamento da circulação de pessoas na área, com estabelecimento de regras de visitação e apresentação de caminhos em sistema de rodízio. Parágrafo único – O poder público municipal acompanhará a elaboração do projeto de que trata o “caput” deste artigo, sendo sua aprovação requisito para a concessão do alvará municipal. Art. 3° – O projeto a que se refere o art. 1° será elaborado por equipe multidisciplinar de profissionais habilitados, inscritos nos órgãos de classe competentes. Art. 4° – O projeto a que se refere o art. 1° será submetido à análise conjunta de técnicos das áreas de meio ambiente e turismo, nos termos de regulamento.

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Parágrafo único – O recebimento, pelo órgão a que se refere o art. 1°, do projeto de exploração econômica do turismo em represa ou lago depende de sua aprovação prévia pelo Município sede do empreendimento. Art. 5° – Para a elaboração e execução do projeto a que se refere o art. 1° poderão ser utilizados recursos do Fundo de Assistência ao Turismo – FASTUR. Art. 6° – Para a consecução do disposto nesta lei, o Estado promoverá a articulação com órgãos e entidades federais para a exploração econômica do turismo em represas e lagos de domínio da União. Art. 7° – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 8° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 9° – Revogam-se as disposições em contrário. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 21 de julho de 2004. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.261, de 27/7/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 1.290/2003 Autoria: Dep. Ricardo Duarte – PT Acrescenta inciso ao art. 14 da Lei n° 14.181, de 17 de janeiro de 2002, que dispõe sobre a política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1° – Fica o art. 14 da Lei n° 14.181, de 17 de janeiro de 2002, acrescido do seguinte inciso III: “Art. 14 – ...... III – incentivo à utilização de tanques-rede em barragens localizadas no Estado, com prioridade para as espécies nativas.”. Art. 2° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação Art. 3° – Revogam-se as disposições em contrário Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 27 de julho de 2004. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 15.399, de 24/11/2004 Proposição: Projeto de Lei nº 1.149/2003 Autoria: Dep. Laudelino Augusto – PT Determina aos empreendimentos que menciona o encaminhamento, ao poder público, de relatório de avaliação de risco ambiental. O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1° – O responsável por empreendimento público ou privado em operação no Estado, considerado efetiva ou potencialmente poluidor ou degradador do meio ambiente, cuja atividade implique risco de acidente capaz de provocar dano ao meio ambiente, a vida humana ou a recurso econômico, encaminhará, quando lhe for solicitado, na forma e no prazo estabelecidos em regulamento, relatório de avaliação de risco ambiental aos seguintes órgãos e entidades: I – os integrantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente; II – os órgãos e entidades públicos municipais de meio ambiente; III – o Ministério Público do Estado; IV – a Assembléia Legislativa. Art. 2° – Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o não-encaminhamento do relatório de avaliação de risco ambiental nos termos do regulamento sujeita o empreendimento a multa de 500 (quinhentas) a 50.000 (cinqüenta mil) Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais – UFEMGs. Art. 3° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 24 de novembro de 2004; 216º da Inconfidência Mineira. MAURI TORRES – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 15.441, de 11/1/2005 Proposição: Projeto de Lei nº 410/2003 Autoria: Dep. Miguel Martini – PSB Regulamenta o inciso I do § 1º do art. 214 da Constituição do Estado. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

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O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º – A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação e será desenvolvida, de forma articulada com os demais conteúdos, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal, observada a legislação federal.

Art. 2º – Entende-se por educação ambiental os processos para aquisição, pelo indivíduo e pela coletividade, de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados para a conservação e a sustentabilidade do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida.

Art. 3º – Nos estabelecimentos do sistema estadual de ensino, a educação ambiental não será implantada como disciplina específica no currículo de ensino, sendo desenvolvida como prática educativa interdisciplinar, contínua e permanente.

§ 1º – É facultada a implantação da educação ambiental como disciplina específica nos cursos de pós-graduação e extensão e nas áreas de metodologia da educação ambiental, quando se fizer necessário.

§ 2º – Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os níveis, será incorporado conteúdo que trate da ética ambiental nas atividades profissionais a serem desenvolvidas.

Art. 4º – Os programas, os estudos e as atividades de educação ambiental serão desenvolvidos conforme os parâmetros e as diretrizes curriculares nacionais, observando- se em especial:

I – a integração dos conteúdos programáticos de educação ambiental às disciplinas curriculares, de modo transversal, contínuo e permanente; II – o incentivo à participação da comunidade no desenvolvimento de projetos e atividades de educação ambiental; III – a capacitação de professores e especialistas voltada para o domínio de conhecimentos específicos e para a identificação dos vínculos entre as disciplinas curriculares e a temática do meio ambiente; IV – a adequação dos programas vigentes de formação continuada de educadores, visando a incorporar a dimensão ambiental em todas as áreas de atuação docente.

Art. 5º – A capacitação dos educadores em educação ambiental dar-se-á em caráter formal e obrigatório, conforme as normas e orientações definidas pelos órgãos competentes. § 1º – Será oferecida aos professores em atividade formação complementar em suas áreas de atuação, que os habilite ao cumprimento dos princípios e objetivos da educação ambiental.

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§ 2º – Compete ao Poder Executivo, através da Secretaria de Estado de Educação, oferecer os cursos e outros meios necessários para a formação complementar dos professores em educação ambiental.

Art. 6º – Compete à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável identificar temas prioritários de educação ambiental e submetê-los à apreciação da Secretaria de Estado de Educação, que orientará o desenvolvimento dos temas nas unidades estaduais de ensino. Art. 6º-A – As atividades de educação ambiental na rede pública de ensino incluirão, sob orientação do colegiado escolar, a implantação de sistema de recolhimento seletivo de resíduos recicláveis. § 1º – Na implantação do sistema de que trata o “caput”, serão dispostos, em local de fácil acesso, recipientes para coleta de resíduos recicláveis, identificados por meio de cores padronizadas para cada tipo de material, conforme parâmetros definidos pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam. § 2º – Mediante procedimento licitatório, poderão ser feitas parcerias com empresas e instituições da iniciativa privada para receber em doação os recipientes a que se refere o § 1º, permitida a cessão à instituição doadora, nos termos do contrato de parceria, de até um oitavo da área dos recipientes, pelo período máximo de seis meses, para veiculação de propaganda. § 3º – O estabelecimento de ensino, a critério do colegiado escolar, poderá: I – comercializar o material coletado, revertendo o lucro da venda em benefício da caixa escolar; II – doar o material coletado a associações ou cooperativas de catadores de lixo e, na falta destas, para instituições congêneres.”.

(Artigo acrescentado pelo art. 2º da Lei nº 16.689, de 11/1/2007.)

Art. 7º – Poderão participar dos programas, estudos e atividades de educação ambiental instituições parceiras, governamentais, não-governamentais e de ensino superior, sem ônus para o poder público.

Parágrafo único – A participação das instituções a que se refere o caput deste artigo será formalizada por meio de termo de cooperação com a escola estadual, ouvido o colegiado escolar. Art. 8º – Para a autorização e a supervisão do funcionamento de instituições de ensino integrantes do sistema estadual de ensino e de seus cursos, nas redes pública e privada, será avaliado o cumprimento do disposto nesta Lei. Art. 9º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação.

Art. 10 – Fica revogada a Lei n.º 10.889, de 8 de outubro de 1992.

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Art. 11 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 11 de janeiro de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 15.474, de 28/1/2005 Proposição: Projeto de Lei nº 1.686/2004 Autoria: Governador em exercício Clésio Andrade Altera a Lei nº 13.317, de 24 de setembro de 1999, que contém o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais, cria gratificação de função, institui prêmio de produtividade e dá outras providências. (Vide art. 13º da Lei Delegada nº 174, de 26/1/2007.) O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: ...... Art. 8º – O Capítulo II da Lei nº 13.317, de 1999, fica denominado “Da Vigilância Epidemiológica e Ambiental”, passando seus arts. 25 a 27 a vigorar com a seguinte redação: “CAPÍTULO II DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL Art. 25 – Para os efeitos desta Lei, entende-se por: I – vigilância epidemiológica o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção e a prevenção de mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva; II – vigilância ambiental o conjunto de informações e ações que possibilitam o conhecimento, a detecção e a prevenção de fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana. Parágrafo único – Compete à autoridade sanitária responsável pelas ações de vigilância epidemiológica e de vigilância ambiental implementar as medidas de prevenção e controle das doenças e dos agravos e determinar a sua adoção. Art. 26 – Constituem ações dos serviços de vigilância epidemiológica e ambiental a cargo da autoridade sanitária: ......

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VI – promover a qualificação de recursos humanos para o desenvolvimento das atividades de vigilância epidemiológica e ambiental; ...... VIII – acompanhar e avaliar os projetos de intervenção ambiental, para prevenir e controlar os riscos à saúde individual e coletiva; IX – avaliar e orientar as ações de vigilância epidemiológica e ambiental realizadas pelos Municípios e seus órgãos de saúde; ...... Art. 9º – O Capítulo IV da Lei nº 13.317, de 1999, fica denominado “Do Saneamento”, e o seu art. 42 passa a vigorar com a seguinte redação: “CAPÍTULO IV DO SANEAMENTO Art. 42 – Para os efeitos desta Lei, saneamento é o conjunto de ações, serviços e obras que visam a garantir a salubridade ambiental por meio de: I – abastecimento de água de qualidade compatível com os padrões de potabilidade e em quantidade suficiente para assegurar higiene e conforto; II – coleta, tratamento e disposição adequada dos esgotamentos sanitários; III – coleta, transporte, tratamento e disposição adequada dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos; IV – coleta e disposição ambientalmente adequadas dos resíduos sólidos provenientes do tratamento de esgotamentos sanitários; V – coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos urbanos; VI – drenagem de águas pluviais; VII – controle de animais vetores, hospedeiros, reservatórios e sinantrópicos.” ...... Art. 15 – Ficam instituídos o Prêmio de Produtividade de Vigilância Sanitária – PPVS, o Prêmio de Produtividade de Vigilância Epidemiológica e Ambiental – PPVEA e o Prêmio de Produtividade de Auditoria do SUS – PPAUD, destinados aos servidores públicos designados como autoridade sanitária para o exercício das atividades de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica e ambiental e auditoria assistencial. § 1º – O PPVS e o PPVEA serão pagos com recursos oriundos de transferências federais específicas. § 2º – O PPAUD será pago com recursos oriundos de economias de recursos do SUS descentralizados para os Municípios ou transferidos aos hospitais próprios, credenciados ou conveniados, apurados periodicamente na contabilidade do Fundo Estadual da Saúde. § 3º – Os valores, a periodicidade e a forma de cálculo do PPVS, do PPVEA e do PPAUD serão definidos em regulamento.

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§ 4º – O PPVS, o PPVEA e o PPAUD não são devidos em caso de indisponibilidade de recursos para pagamento parcial ou integral. Art. 16 – Os recursos destinados ao pagamento dos prêmios a que se refere o art. 15 serão distribuídos entre os servidores considerando-se o resultado obtido no acordo de resultados, conforme definição em decreto: (Caput com redação dada pelo art. 4º da Lei nº 18.005, de 6/1/2009.) I – 60% (sessenta por cento), no mesmo valor para todos os servidores no âmbito da unidade administrativa, proporcionalmente ao resultado da avaliação institucional por ela obtido; II – 40% (quarenta por cento), proporcionalmente à pontuação obtida pelo servidor em avaliação de desempenho individual. § 1º – Os prêmios a que se refere o art. 15 poderão ser pagos em até onze parcelas. § 2º – Os resultados da avaliação de desempenho do servidor, computados anualmente, serão convertidos em pontuação, conforme previsto em regulamento, para aferição dos valores individuais dos prêmios de que trata o art. 15. (Parágrafo com redação dada pelo art. 29 da Lei nº 17.618, de 7/7/2008.) § 3º – Fará jus aos prêmios de que trata o art. 15 somente o servidor que tiver alcançado o nível mínimo de desempenho previsto em regulamento. § 4º – Os valores dos prêmios a que se refere o art. 15 têm como limite máximo os valores atribuídos à GFRAS, a que se refere o § 2º do art. 14 desta Lei. Art. 17 – A percepção do PPVS, do PPVEA e do PPAUD não impede a percepção do prêmio de produtividade previsto no art. 29 da Lei nº 14.694, de 30 de julho de 2003. Art. 18 – O pagamento dos prêmios de que trata o art. 15 só poderá ocorrer durante a vigência de Acordo de Resultados e está condicionado ao adimplemento das metas institucionais nele estabelecidas, bem como à aplicação de instrumento de avaliação permanente do desempenho dos servidores.

Art. 19 – A Gratificação de Função de Regulação da Assistência à Saúde – GFRAS, o Prêmio de Produtividade de Vigilância Sanitária – PPVS, o Prêmio de Produtividade de Vigilância Epidemiológica e Ambiental – PPVEA – e o Prêmio de Produtividade de Auditoria do SUS – PPAUD – não se incorporam à remuneração nem aos proventos de aposentadoria ou pensão do servidor, não servindo de base de cálculo para outro benefício ou vantagem nem para a contribuição à seguridade social.

Parágrafo único – A GFRAS será base de cálculo para a concessão de férias e do décimo terceiro salário. (Artigo com redação dada pelo art. 61 da Lei nº 16.192, de 23/6/2006.)

Art. 20 – Para atender às despesas decorrentes da execução desta Lei, fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial no valor de R$7.035.600,00 (sete milhões trinta e cinco mil e seiscentos reais).

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Art. 21 – O disposto nesta Lei será regulamentado em decreto. Art. 22 – Fica revogado o art. 131 da Lei nº 13.317, de 1999. Art. 23 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 28 de janeiro de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

NORMA: LEI Nº 15.476, de 12/4/2005 Proposição: Projeto de Lei nº 625/2003 Autoria: Dep. Adalclever Lopes – PMDB Dep. Luiz Fernando Faria – SEM PARTIDO Determina a inclusão de conteúdos referentes à cidadania nos currículos das escolas de ensino fundamental e médio.

O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou, e eu, em seu nome, nos termos do § 8º do art. 70 da Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei: Art. 1° – As escolas de ensino fundamental e médio integrantes do Sistema Estadual de Educação incluirão em seu plano curricular conteúdos e atividades relativos à cidadania, a serem desenvolvidos de forma interdisciplinar.

Art. 2° – Integram os conteúdos a que se refere o art. 1° os seguintes temas: I – direitos humanos, compreendendo: a) direitos e garantias fundamentais; b) direitos da criança e do adolescente;

c) direitos políticos e sociais. II – noções de direito constitucional e eleitoral; III – organização político-administrativa dos entes federados;

IV – (Vetado); V – educação ambiental;

VI – direitos do consumidor; VII – direitos do trabalhador;

VIII – formas de acesso do cidadão à justiça.

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Art. 3° – (Vetado).

Art. 4° – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Inconfidência, em Belo Horizonte, aos 12 de abril de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. MAURI TORRES – Presidente da ALMG

NORMA: LEI Nº 15.660, de 6/7/2005

Proposição: Projeto de Lei nº 571/2003 Autoria: Dep. Jô Moraes – PC do B Institui a política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas e dá outras providências. O VICE-GOVERNADOR, no exercício do cargo de GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º – A política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas, estabelecida nos termos desta Lei, tem por objetivo a preservação da vida e da incolumidade das pessoas, do ambiente e de bens materiais em face de desastres decorrentes de chuvas intensas. Art. 2º – Para os fins desta Lei, entende-se por: I – chuvas intensas as precipitações pluviais que apresentam taxas elevadas em curto intervalo de tempo ou as precipitações pluviais contínuas em longo intervalo de tempo; II – desastres decorrentes de chuvas intensas os eventos adversos causadores de dano às pessoas, ao ambiente ou a bens materiais e de prejuízos econômicos e sociais, tais como: a) transbordamento de corpos d’água; b) inundação ou alagamento de áreas urbanas e rurais; c) deslizamento de solos e rochas; d) danificação de edificações e de obras de infra-estrutura; e) disseminação de doenças e epidemias. Art. 3º – Os Municípios em estado de calamidade pública ou em situação de emergência decretados em razão de chuvas intensas terão prioridade nas ações e medidas previstas nesta Lei. Art. 4º – Para a consecução dos objetivos previstos nesta Lei, compete ao Estado:

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I – estabelecer normas, programas, planos, procedimentos, estudos e atividades que visem: a) à prevenção a desastres decorrentes de chuvas intensas e à mitigação de seus efeitos; b) ao socorro, à assistência médico-social, ao abrigo e à manutenção de serviços essenciais para a segurança e o bem-estar de populações atingidas por desastres decorrentes de chuvas intensas; c) ao controle sanitário e epidemiológico de regiões atingidas por inundações; d) à recuperação do meio ambiente, de edificações e de obras de infra-estrutura afetadas por desastres decorrentes de chuvas intensas; II – planejar, coordenar, controlar e executar atividades de defesa civil em sua esfera de competência; III – promover a articulação com a União, com outros Estados e com Municípios, respeitadas as disposições constitucionais e legais, para o desenvolvimento de ações de defesa civil em caso de risco de desastre, situação de emergência ou estado de calamidade pública decorrentes de chuvas intensas; IV – (Vetado); V – dispor de sistema de monitoramento, análise e alerta de fenômenos hidrológicos e meteorológicos; VI – consignar, na legislação orçamentária, recursos financeiros para o custeio de atividades, programas, projetos e obras voltados para os objetivos previstos nesta Lei. Art. 5º – O Estado celebrará convênios de cooperação com os Municípios para o desenvolvimento de atividades, projetos e obras voltados para a prevenção e o combate a desastres decorrentes de chuvas intensas, especialmente para: I – a implantação e o funcionamento de Comissão Municipal de Defesa Civil – COMDEC –; II – a capacitação de agentes públicos municipais; III – a criação e o treinamento de brigadas voluntárias de auxílio à defesa civil; IV – a implantação de sistemas de alerta para garantir a segurança e a saúde públicas em eventos meteorológicos e hidrológicos adversos; V – (Vetado); VI – o treinamento e a orientação da comunidade para a evacuação de áreas de risco; VII – a prestação de assistência técnica e de auxílio econômico-financeiro; VIII – a doação de recipientes coletores de entulho; IX – a implementação, em situações de emergência ou de calamidade pública, de frentes de trabalho para desenvolver as seguintes ações: a) limpeza de ruas, bueiros e valas de escoamento; b) desassoreamento de corpos d’água;

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c) construção de obras de contenção de águas e de encostas; d) reparação de edificações e de obras de infra-estrutura; e) apoio a atividades de defesa civil. Art. 6º – O poder público desenvolverá campanhas preventivas de educação sanitária e ambiental sobre as causas e as conseqüências de inundações, a serem veiculadas nos meios de comunicação. Art. 7º – Fica incluída no calendário escolar da rede estadual de ensino a Semana de Prevenção e Combate a Inundações, a ser comemorada no mês de agosto, com a promoção de cursos, seminários, debates e outras atividades relacionadas com o tema. Art. 8º – (Vetado) Art. 9º – (Vetado) Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de julho de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. CLÉSIO SOARES DE ANDRADE – Governador em exercício.

NORMA: LEI Nº 15.697, de 25/7/2005 Proposição: Projeto de Lei nº 639/2003 Autoria: Dep. Leonardo Moreira – PL Dispõe sobre a defesa sanitária vegetal no Estado. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: ...... Art. 2º – A defesa sanitária vegetal será realizada com base em estudos, pesquisas e experimentos realizados pelos órgãos oficiais e entidades de pesquisa ou por eles referendados, e será efetuada por meio de: ...... II – edição de normas que estabeleçam procedimentos sanitários de defesa e segurança do meio ambiente, bem como práticas culturais e de manejo que preservem a saúde humana e o meio ambiente......

Art. 25 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 de julho de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.698, de 25/7/2005 Proposição: Projeto de Lei nº 1.736/2004 Autoria: Dep. Leonardo Moreira – PL Dispõe sobre a política de incentivo ao uso da energia eólica e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O poder público desenvolverá ações visando à implantação e ao desenvolvimento da energia eólica no Estado. Art. 2º – Caberá ao Poder Executivo: I – promover estudos visando à ampliação do uso de energia elétrica a partir da energia eólica; II – promover campanhas educativas sobre as vantagens do uso da energia eólica; III – financiar ações que incentivem a produção e a aquisição de equipamentos geradores de energia eólica; IV – financiar pesquisas de mapeamento do potencial eólico e de outras fontes de energia alternativa no Estado, a serem desenvolvidas pelas entidades competentes; V – promover estudos para a concessão de benefícios tributários às empresas produtoras de equipamentos geradores de energia eólica, observados os preceitos da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000; VI – (Vetado). Art. 3º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 de julho de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

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NORMA: LEI Nº 15.814, de 7/11/2005 Proposição: Projeto de Lei nº 1.867/2004 Autoria: Governador em exercício Mauri Torres Autoriza o Poder Executivo a fazer reverter o imóvel que especifica ao Município de Oliveira e a alterar as delimitações do Parque Estadual de Grão Mogol. O VICE-GOVERNADOR, no exercício do cargo de GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: ...... Art. 2º – Fica o Poder Executivo autorizado a efetuar, por meio de decreto, após a realização de estudos técnicos, alterações nas delimitações do Parque Estadual de Grão Mogol, criado pelo Decreto nº 39.906, de 22 de setembro de 1998, incluídas as referentes a: I – desafetação de área de 6.000ha (seis mil hectares), de acordo com o disposto na Lei Federal nº. 9.985, de 18 de julho de 2000; II – inclusão de área, por meio de dação pela Companhia Energética do Estado de Minas Gerais – Cemig – ao Instituto Estadual de Florestas – IEF; III – realização de obras civis no interior do parque, para a construção de estrada de acesso em substituição à que será inundada pelo lago da represa da Usina Hidrelétrica de Irapé. Parágrafo único – O decreto de que trata o caput deste artigo conterá memorial descritivo das áreas a serem incluídas e excluídas. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 7 de novembro de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. CLÉSIO SOARES DE ANDRADE – Governador em exercício

NORMA: LEI Nº 15.909, de 21/12/2005 Proposição: Projeto de Lei nº 1.457/2004 Autoria: Deputado Roberto Carvalho – PT Institui mecanismos de fomento à exploração integrada da fruticultura e da apicultura para a recuperação de áreas degradadas e acrescenta inciso ao art. 3º da Lei nº 12.998, de 30 de julho de 1998.

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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º – O poder público instituirá linha especial de crédito, no âmbito do Fundo Rotativo de Fomento à Agricultura Familiar e de Viabilização de Assentamentos Agrários – Fomentar-Terra -, criado pela Lei nº. 13.662, de 17 de julho de 2000, para a implementação do Programa Mineiro de Incentivo à Fruticultura, criado pela Lei nº 12.998, de 30 de julho de 1998, e das medidas de incentivo ao desenvolvimento da apicultura estabelecidas pela Lei nº 14.009, de 5 de outubro de 2001. Parágrafo único – A linha especial de crédito a que se refere o caput deste artigo destina- se ao financiamento de projetos de exploração integrada da fruticultura e da apicultura. Art. 2º – O órgão gestor do Fomentar-Terra, na administração da linha de crédito a que se refere o art. 1º. desta Lei e sem prejuízo de sua competência, deverá: I – orientar e aprovar projetos técnicos de implantação dos sistemas de exploração integrada da fruticultura e da apicultura objeto de solicitação de financiamento, observada sua viabilidade econômico-financeira; II – fiscalizar a aplicação dos financiamentos concedidos, por meio de técnicos distintos daqueles responsáveis pela elaboração dos projetos técnicos; III – negociar e implantar parcerias com Municípios para a execução de projetos de exploração integrada da fruticultura e da apicultura.

Art. 3º – O art. 3º. da Lei nº 12.998, de 1998, fica acrescido do seguinte inciso X: “Art. 3º – ...... X – fomentar a utilização de espécies frutíferas de porte arbóreo de forma integrada com a apicultura em projetos de recuperação de áreas degradadas pela atividade agropecuária.”. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 21 de dezembro de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.910, de 21/12/2005 Proposição: Projeto de Lei nº 2.264/2005 Autoria: Governador Aécio Neves Regulamentação Total: Decreto nº 44.314, de 7/6/2006

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Dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais - Fhidro, criado pela Lei nº 13.194, de 29 de janeiro de 1999, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O Fundo de Recuperação, Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – Fhidro –, criado pela Lei nº 13.194, de 29 de janeiro de 1999, passa a reger-se por esta Lei, observado o disposto na Lei Complementar nº 27, de 18 de janeiro de 1993. Parágrafo único – No texto desta Lei, a denominação Fundo de Recuperação, Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais, a sigla Fhidro e o termo Fundo se equivalem. Art. 2º – O FHIDRO tem por objetivo dar suporte financeiro a programas e projetos que promovam a racionalização do uso e a melhoria dos recursos hídricos, quanto aos aspectos qualitativos e quantitativos, inclusive aqueles relacionados com a prevenção de inundações e o controle da erosão do solo, em consonância com as Leis Federais nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e com a Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999 (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Art. 3º – São recursos do Fhidro: I – as dotações consignadas no orçamento do Estado e os créditos adicionais; II – 10% (dez por cento) dos retornos relativos a principal e encargos de financiamentos concedidos pelo Fundo de Saneamento Ambiental das Bacias dos Ribeirões Arrudas e Onça – Prosam –, criado pela Lei nº 11.399, de 6 de janeiro de 1994, nos termos do inciso III do art. 3º da Lei nº 13.848, de 19 de abril de 2001, conforme registros na conta de movimentação interna do Fundo; III – os provenientes da transferência de fundos federais, inclusive os orçamentários da União que venham a ser destinados ao Fhidro; IV – os provenientes de operação de crédito interna ou externa de que o Estado seja mutuário; V – os retornos relativos a principal e encargos de financiamentos concedidos com recursos do Fhidro; VI – os provenientes da transferência do saldo dos recursos não aplicados pelas empresas concessionárias de energia elétrica e de abastecimento público que demonstrarem, na forma que dispuser o regulamento desta Lei, incapacidade técnica de cumprir o disposto na Lei nº 12.503, de 30 de maio de 1997, que criou o Programa Estadual de Conservação da Água;

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VII – 50% (cinqüenta por cento) da cota destinada ao Estado a título de compensação financeira por áreas inundadas por reservatórios para a geração de energia elétrica, conforme o disposto nas Leis Federais nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, e nº 8.001, de 13 de março de 1990;

(Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 16.315, de 10/8/2006.) VIII – os provenientes de doações, contribuições ou legados de pessoas físicas e jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras; IX – as dotações de recursos de outras origens. Parágrafo único – O Fhidro transferirá ao Tesouro Estadual recursos para pagamento de serviço e amortização da dívida de operação de crédito contraída pelo Estado e destinada ao Fundo, na forma a ser definida pelo Poder Executivo, em regulamento. Art. 4º – Poderão ser beneficiários de programas financiados pelo Fhidro, na forma do regulamento a ser baixado pelo Executivo: I – pessoas jurídicas de direito público, estaduais ou municipais, observada a legislação em vigor, em especial a Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000; II – pessoas jurídicas de direito privado e pessoas físicas usuárias de recursos hídricos, mediante financiamento reembolsável; III – concessionárias de serviços públicos municipais que tenham por objetivo atuar nas áreas de saneamento e meio ambiente; (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) IV – consórcios intermunicipais regularmente constituídos que tenham por objetivo atuar nas áreas de saneamento e meio ambiente;

(Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) V – agências de bacias hidrográficas ou entidades a elas equiparadas; VI – entidades privadas sem finalidade lucrativa dedicadas às atividades de conservação, preservação e melhoria do meio ambiente; VII – as seguintes entidades civis previstas nos arts. 46 a 49 da Lei nº 13.199, de 1999: a) consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográficas; b) associações de usuários de recursos hídricos; c) organizações técnicas de ensino e pesquisa; e d) organizações não-governamentais. Parágrafo único – Os beneficiários de recursos não reembolsáveis deverão apresentar comprovação de sua atuação na preservação, na conservação ou na melhoria dos recursos naturais. (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.)

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Art. 5º – O FHIDRO, de natureza e individualização contábeis, terá seus recursos aplicados, nos termos do art. 3º da Lei Complementar nº 91, de 21 de dezembro de 2006, nas seguintes modalidades: I – reembolsável, para elaboração de projetos, realização de investimentos fixos e aquisição de equipamentos, em projetos ou empreendimentos de proteção e melhoria dos recursos hídricos, de comprovada viabilidade técnica, social e ambiental, analisada pelo Grupo Coordenador, e de comprovada viabilidade econômica e financeira, analisada pelo agente financeiro; II – não reembolsável, para pagamento de despesas de consultoria, elaboração e implantação de projetos ou empreendimentos de proteção e melhoria dos recursos hídricos, aprovados pelos comitês de bacias hidrográficas da respectiva área de influência ou, na falta ou omissão destes, pelo CERH; e III – como contrapartida financeira assumida pelo Estado em operações de crédito ou em instrumentos de cooperação financeira que tenham como objeto o financiamento de programas e projetos de proteção e melhoria dos recursos hídricos. § 1º – Os recursos do FHIDRO serão aplicados na proporção de até 30% (trinta por cento) sob a forma reembolsável e de, no mínimo, 70% (setenta por cento) sob a forma não reembolsável. § 2º – Excepcionalmente, após aprovação do Grupo Coordenador, poderão ser liberados recursos para modalidade diversa daquelas definidas nos incisos I e II do caput, desde que se utilize, exclusivamente, a fonte de recursos prevista no inciso VIII do caput do art. 3º desta Lei. § 3º – O prazo para concessão de financiamento com recursos do FHIDRO será de doze anos contados da data de publicação desta Lei, facultado ao Poder Executivo propor sua prorrogação, com base em avaliação de desempenho do Fundo. § 4º – Na aplicação de recursos não reembolsáveis, será dada prioridade ao financiamento de projetos que tenham por objetivo: I – implantar os instrumentos de gestão de recursos hídricos, nos termos da Lei nº 13.199, de 1999; II – proteger, conservar e recuperar bacias hidrográficas; e III – proteger, conservar e recuperar áreas de recarga de aqüíferos e com mananciais estratégicos para a garantia do abastecimento público de água de populações urbanas e rurais.

§ 5º – O superávit financeiro do FHIDRO, apurado ao término de cada exercício fiscal, será mantido em seu patrimônio, ficando autorizada a sua utilização nos exercícios seguintes, inclusive em aplicação na criação e na estruturação de unidades de conservação estaduais e municipais, de domínio público, relevantes para a preservação de recursos hídricos.

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§ 6º – Poderão ser aplicados recursos não reembolsáveis do FHIDRO para a elaboração de projetos que visem à destinação final de resíduos sólidos urbanos, na forma a ser estabelecida em regulamento.

§ 7º – Fica vedada a deliberação sobre aplicação de recursos ad referendum do Grupo Coordenador do FHIDRO. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Art. 6º – Na definição das modalidades operacionais específicas dos programas de financiamentos reembolsáveis, serão observadas as seguintes condições gerais:

(Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.)

I – valor do financiamento limitado a no máximo 90% (noventa por cento) do investimento fixo e semifixo e da aquisição de equipamentos, observado o disposto no §1º deste artigo; II – prazo total de, no máximo, oitenta e quatro meses, incluídas a carência e a amortização; III – juros de até 12% a.a (doze por cento ao ano), calculados sobre o saldo devedor reajustado, a critério do Poder Executivo, no caso de financiamento reembolsável; IV – reajuste do saldo devedor a ser definido pelo Poder Executivo, podendo ser utilizado índice de preços ou taxa financeira, sendo autorizada a aplicação de fator de redução ou dispensa do índice, conforme normas do programa específico;

V – garantias a serem definidas em regulamento de programas específicos. § 1º – Para a obtenção do financiamento previsto neste artigo, os beneficiários deverão apresentar contrapartidas de, no mínimo, 20% (vinte por cento) do valor dos investimentos a serem realizados (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) §2º (Revogado pelo art. 5º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Dispositivo revogado: “§ 2º – A contrapartida prevista no inciso II do §1º deste artigo poderá se dar sob a forma de prestação de serviços, doação de terrenos, máquinas e equipamentos, com o acompanhamento e a aprovação conjunta do comitê de bacia hidrográfica e da agência de bacia ou entidade equiparada da área de influência do projeto ou empreendimento a ser implantado, do Cerh e do Igam.” § 3º – O Grupo Coordenador do FHIDRO poderá estabelecer, por decisão unânime, critérios distintos de financiamento, relativos a prazo, valor e forma de amortização, respeitadas as demais condições previstas neste artigo, nos casos de empreendimento de interesse socioeconômico para o Estado. (Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.)

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§4º – (Revogado pelo art. 5º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Dispositivo revogado: “§ 4º – Em caráter excepcional, mediante prévia manifestação do Grupo Coordenador, poderão ser destinados recursos não reembolsáveis a projetos para execução de obras necessárias à prevenção de inundações e secas ou ao controle de erosão em áreas com risco de calamidade pública, após emissão de parecer técnico elaborado pela agência de bacia ou entidade equiparada, ou, na falta desta, pelo Igam, e aprovado pelo comitê da área de influência do empreendimento a ser implantado, ou, na falta deste, pelo Cerh.” §5º – (Revogado pelo art. 5º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Dispositivo revogado: “§ 5º – As penalidades e os procedimentos a serem aplicados em relação aos casos de inadimplemento e às irregularidades praticadas pelos beneficiários de operações com recursos do Fhidro serão definidos em regulamento.”

Art. 6º-A – Na definição das modalidades operacionais específicas dos programas de financiamento não reembolsável, serão observadas as seguintes condições gerais:

I – prazo total de execução do projeto de, no máximo, quarenta e oito meses; e II – apresentação, pelos beneficiários, de contrapartida de, no mínimo, 10% (dez por cento) do valor das despesas.

§ 1º – A definição das contrapartidas para fins das operações de financiamento não reembolsável será objeto de regulamento. § 2º – As penalidades e os procedimentos a serem aplicados em relação aos casos de inadimplemento e de irregularidades praticadas pelos beneficiários de operações com recursos não reembolsáveis serão definidos em regulamento. (Artigo acrescentado pelo art. 2º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Art. 7º – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – exercerá as funções de gestor e de agente executor do FHIDRO, bem como de mandatária do Estado para a liberação de recursos não reembolsáveis, além das seguintes atribuições: (Caput com redação dada pelo art. 3º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) I – providenciar a inclusão dos recursos de qualquer fonte no orçamento do Fhidro, antes de sua aplicação; II – apresentar a prestação anual de contas do Fhidro ao Tribunal de Contas do Estado, bem como outros demonstrativos por este solicitado a partir de relatórios elaborados pelo agente financeiro, nos termos do art. 8º; III – organizar o cronograma financeiro de receita e despesa e acompanhar sua aplicação;

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IV – habilitar e aprovar os projetos, observados os objetivos estabelecidos no art. 2º ;

V – responsabilizar-se pelo acompanhamento do cronograma físico dos programas e projetos. § 1º – As funções de agente executor atribuídas à SEMAD serão exercidas conforme estabelecido em regulamento, observados a Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, o Decreto nº 43.635, de 20 de outubro de 2003, o Decreto nº 44.293, de 10 de maio de 2006, e a Resolução Conjunta SEPLAG e AUGE nº 5.958, de 2006. (Parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) § 2º – Compete ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM –, órgão vinculado à SEMAD, exercer, conforme regulamento, as atribuições de Secretaria Executiva do FHIDRO.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) § 3º – Do total dos recursos não reembolsáveis reservados anualmente ao FHIDRO, 1,5% (um e meio por cento) serão destinados à Secretaria Executiva, observadas as vedações expressas no art. 5º da Lei Complementar nº 91, de 2006. (Parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.)

Art. 8º – O agente financeiro dos recursos reembolsáveis do FHIDRO é o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. – BDMG, que terá as seguintes atribuições:

(Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) I – analisar os pedidos de financiamento e decidir sobre sua aprovação;

II – contratar as operações aprovadas; III – liberar os recursos reembolsáveis do FHIDRO, obedecendo à regulamentação dos programas instituídos com recursos do Fundo; e (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) IV – emitir relatórios de acompanhamento dos recursos reembolsáveis do FHIDRO, na forma solicitada. (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Parágrafo único – O BDMG, a título de remuneração pelos serviços prestados como agente financeiro do Fhidro, fará jus a: I – taxa de abertura de crédito para ressarcimento das despesas de processamento e com tarifas bancárias; II – comissão máxima de 3% a.a. (três por cento ao ano), incluída na taxa de juros de que trata o inciso III do caput do art. 6º. (Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Art. 9º – O BDMG atuará como mandatário do Estado para contratar operação de financiamento com recursos reembolsáveis do FHIDRO e para efetuar a cobrança dos créditos concedidos, podendo, para tanto, recorrer às medidas judiciais cabíveis.

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(Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) §1º – Observado o disposto em regulamento, fica o BDMG autorizado a: I – aplicar suas normas internas de recuperação de crédito em atos de cobrança, incluindo a inserção dos devedores e seus coobrigados em órgãos de restrição ao crédito; II – receber bens em dação em pagamento e promover sua alienação para transferência de valores ao Fundo; III – transigir, com relação a penalidades decorrentes de inadimplemento do beneficiário, bem como repactuar prazos, forma de pagamento e cálculo da dívida, observadas suas normas internas de recuperação de crédito; IV – repactuar prazos, forma de pagamento e demais condições financeiras de valores vencidos e vincendos, podendo, nessa situação, ultrapassar os prazos máximos de financiamento previstos em Lei. §2º – O disposto nos incisos III e IV do §1º não se aplica nos casos de sonegação fiscal. §3º – O BDMG poderá debitar ao Fhidro os seguintes valores: I – os gastos com a manutenção e a alienação de bens recebidos em dação em pagamento, desde que não ultrapassem o valor decorrente da alienação; II – os saldos de contratos de financiamentos vencidos e não recebidos, esgotadas as medidas de cobrança administrativas ou judiciais cabíveis; III – os valores correspondentes a créditos irrecuperáveis e os caracterizados nos termos do disposto no inciso II do §3º do art. 14 da Lei Complementar Federal nº 101, de 2000; IV – quantias despendidas em procedimento judicial. Art. 10 – Compete à Secretaria de Estado de Fazenda – SEF, a supervisão das atividades da SEMAD como agente financeiro de recursos não reembolsáveis, como agente executor e como gestor do FHIDRO, especialmente no que se refere à elaboração da proposta orçamentária e do cronograma de receita e despesa. § 1º – A supervisão da SEF, tal como prevista no caput deste artigo, estende-se às atividades do BDMG, em sua condição de agente financeiro de recursos reembolsáveis do FHIDRO. § 2º – A SEMAD e o BDMG, no âmbito de suas respectivas competências como agentes, ficam obrigados a apresentar relatórios específicos à SEF, na forma solicitada. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 18.024, de 9/1/2009.) Art. 11 – O Grupo Coordenador do Fhidro é integrado por três representantes do Cerh e por um representante de cada um dos seguintes órgãos e entidades, indicados na forma prevista em regulamento: I – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; II – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão;

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III – Secretaria de Estado de Fazenda; IV – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico; V – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento; VI – BDMG; VII – Igam; VIII – Instituto Estadual de Florestas; IX – Fundação Estadual do Meio Ambiente. §1º – O Grupo Coordenador será presidido pelo representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com atribuições fixadas em regulamento. §2º – Os representantes do Cerh serão escolhidos da seguinte forma: I – um dentre os membros provenientes de entidade civil ligada aos recursos hídricos; II – um dentre os representantes dos Municípios; III – um dentre os representantes dos usuários de recursos hídricos. Art. 12 – São atribuições do Grupo Coordenador do Fhidro: I – deliberar sobre a política geral de aplicação dos recursos, fixar diretrizes e prioridades e aprovar o cronograma previsto, conforme proposições do gestor e do agente financeiro; II – recomendar a readequação ou a extinção do Fhidro, quando necessário; III – acompanhar a execução orçamentária do Fhidro. Art. 13 – Os demonstrativos financeiros do Fhidro obedecerão ao disposto na Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, e às normas do Tribunal de Contas do Estado. Art. 14 – O art. 8º da Lei nº 15.019, de 15 de janeiro de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8º – O agente financeiro do Fundo Jaíba é o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. – BDMG –, que atuará como mandatário do Estado de Minas Gerais para a contratação das operações com recursos do Fundo e ao qual compete: I – analisar os pedidos de financiamento e decidir sobre sua aprovação; II – contratar as operações aprovadas; III – liberar os recursos do Fundo, obedecendo à regulamentação dos programas instituídos com tais recursos; IV – efetuar a cobrança dos créditos concedidos em todas as instâncias; V – emitir relatório de acompanhamento dos recursos do Fundo. §1º – Observado o disposto em regulamento, fica o BDMG autorizado a: I – aplicar suas normas internas de recuperação de crédito em atos de cobrança, incluindo a inserção dos devedores e seus coobrigados em órgãos de restrição ao crédito;

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II – receber bens em dação em pagamento e promover sua alienação para transferência de valores ao Fundo; III – transigir, com relação a penalidades decorrentes de inadimplemento do beneficiário, bem como repactuar prazos, forma de pagamento e cálculo da dívida, observadas suas normas internas de recuperação de crédito; IV – repactuar prazos, forma de pagamento e demais condições financeiras de valores vencidos e vincendos, podendo, nessa situação, ultrapassar os prazos máximos de financiamento previstos em Lei. §2º – O disposto nos incisos III e IV não se aplica nos casos de sonegação fiscal. §3º – O BDMG poderá debitar ao Fundo os seguintes valores: I – os gastos com a manutenção e alienação de bens recebidos em dação em pagamento, desde que não ultrapassem o valor decorrente da alienação; II – os saldos de contratos de financiamentos vencidos e não recebidos, esgotadas as medidas de cobrança administrativas ou judiciais cabíveis; III – os valores correspondentes a créditos irrecuperáveis e os caracterizados nos termos do disposto no inciso II do §3º do art. 14 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000; IV – quantias despendidas em procedimento judicial. §4º – O BDMG poderá celebrar convênio com entidade da administração indireta do Estado e com cooperativas e associações de produtores rurais devidamente legalizadas, nos termos definidos em regulamento, visando à operacionalização dos financiamentos a serem concedidos e ao acompanhamento dos projetos financiados. §5º – O BDMG, a título de remuneração por serviços prestados como agente financeiro do Fundo Jaíba, fará jus a: I – taxa de abertura de crédito, equivalente a 1% (um por cento) do valor do financiamento, a ser descontada no ato da primeira liberação, para ressarcimento de despesas de processamento e tarifas bancárias relativas ao contrato; II – comissão de 3% a.a. (três por cento ao ano) incluída na taxa de juros de que trata a alínea “a” do inciso V do art. 6º desta Lei.”. Art. 15 – O art. 1º da Lei nº 15.521, de 1º de junho de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a contratar operação de crédito com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – Bird – em moeda estrangeira até o limite correspondente a R$510.000.000,00 (quinhentos e dez milhões de reais), destinados à execução do Programa do Ajuste Estrutural e Políticas de Desenvolvimento do Estado, em consonância com o Plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG.” Art. 16 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias contados da data de sua publicação.

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Art. 17 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 18 – Ficam revogados: I – a Lei nº 13.194, de 1999; II – o parágrafo único do art. 3º da Lei nº 15.521, de 2005; III – o parágrafo único do art. 3º da Lei nº 15.522, de 1º de junho de 2005; IV – o parágrafo único do art. 4º da Lei nº 15.523, de 1º de junho de 2005; V – o parágrafo único do art. 3º da Lei nº 15.524, de 1º de junho de 2005. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 21 de dezembro de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.971, de 12/1/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 1.924/2004 Autoria: Dep. Ricardo Duarte – PT Assegura o acesso a informações básicas sobre o meio ambiente, em atendimento ao disposto no inciso II do §1º do art. 214 da Constituição do Estado, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O acesso a informações básicas sobre o meio ambiente, previsto no inciso II do §1º do art. 214 da Constituição do Estado, dar-se-á nos termos desta Lei. Parágrafo único – Para os fins desta Lei, informações básicas sobre o meio ambiente são as geradas por instituições governamentais e não governamentais, instituições de pesquisa ou de ensino, empresas e comunidades tradicionais, que contribuam para: I – monitorar os componentes da diversidade biológica; II – identificar processos e categorias de atividades potencialmente nocivas para a diversidade biológica; III – auxiliar a gestão ambiental no Estado. Art. 2º – Os órgãos e entidades da administração pública estadual, direta, indireta e fundacional, participantes do sistema estadual de meio ambiente, assegurarão o acesso público aos documentos, expedientes e processos administrativos que tratem de matéria ambiental e fornecerão as informações relativas ao meio ambiente que estejam sob sua guarda, em meio escrito, visual, sonoro ou eletrônico, especialmente as que se refiram a:

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I – qualidade do meio ambiente; II – políticas, planos e programas potencialmente causadores de impacto ambiental; III – resultados de monitoramento e auditoria nos sistemas de controle de poluição e de atividades potencialmente poluidoras, bem como de planos e ações de recuperação de áreas degradadas; IV – acidentes, situações de risco ou de emergência ambientais; V – emissões de efluentes líquidos e gasosos e produção de resíduos sólidos; VI – substâncias tóxicas e perigosas; VII – diversidade biológica; VIII – organismos geneticamente modificados. Art. 3º – Qualquer indivíduo poderá ter acesso às informações de que trata esta Lei, conforme regulamento, desde que se comprometa a não as utilizar para fins comerciais, sob as penas da lei civil, penal, de direito autoral e de propriedade industrial, e a citar a fonte, caso venha a divulgá-las por qualquer meio, observado o disposto no §1º deste artigo. §1º – É assegurado o sigilo comercial, industrial, financeiro ou qualquer outro sigilo protegido por lei, bem como o sigilo relativo às comunicações internas dos órgãos e entidades governamentais. §2º – A fim de que seja resguardado o sigilo a que se refere o §1º deste artigo, as pessoas físicas ou jurídicas que fornecerem informações à administração pública deverão indicar a necessidade do sigilo, de forma expressa e fundamentada. Art. 4º – Serão publicados no órgão oficial de imprensa do Estado e ficarão disponíveis nos órgãos do sistema estadual de meio ambiente, em local de fácil acesso ao público, dados referentes a: I – pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão; II – pedidos e licenças para supressão de vegetação; III – autos de infração e respectivas penalidades impostas pelos órgãos ambientais; IV – lavratura de termos de compromisso de ajustamento de conduta; V – reincidências em infrações ambientais; VI – recursos interpostos em processo administrativo ambiental e respectivas decisões; VII – registro de apresentação de estudos de impacto ambiental e sua aprovação ou rejeição. §1º – A relação dos dados de que trata o caput deste artigo estará disponível para o público trinta dias após a publicação dos atos a que se referem. §2º – O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao Ministério Público Estadual. Art. 5º – O Poder Executivo manterá sistema de informações ambientais, com o intuito de assegurar o livre acesso às informações básicas sobre o meio ambiente.

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§1º – São objetivos do sistema de informações a que se refere o caput deste artigo: I – integrar bancos de dados sobre biodiversidade e aspectos socioeconômicos relacionados com o meio ambiente produzidos por instituições públicas e privadas que atuam no Estado; II – promover a divulgação de informações relacionadas com a conservação e com a utilização sustentável da biodiversidade; III – apoiar a divulgação de resultados de pesquisas técnicas e científicas relativas ao meio ambiente. §2º – O sistema de informações de trata o caput deste artigo conterá, no mínimo, as seguintes bases de dados: I – de processos de licenciamento ambiental; II – de instalações e situações sob risco de acidente ambiental; III – de referências técnicas e científicas; IV – sobre legislação ambiental; V – de imagens; VI – de áreas protegidas no Estado e de áreas potenciais para a criação de unidades de conservação. Art. 6º – O Poder Executivo, por meio de seus órgãos competentes, garantirá a implantação e a gestão do sistema de informações de que trata o art. 5º desta Lei. Art. 7º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 8º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de janeiro de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.972, de 12/1/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 1.369/2004 Autoria: Dep. Adalclever Lopes – PMDB Altera a estrutura orgânica dos órgãos e entidades da área de meio ambiente que especifica e a Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, e dá outras providências.

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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O inciso III do art. 3º da Lei Delegada nº 73, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a estrutura orgânica da Fundação Estadual do Meio Ambiente – Feam, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º – ...... III – Unidades Administrativas: a) Gabinete; b) Procuradoria; c) Auditoria Seccional; d) Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças; e) Diretoria de Licenciamento de Atividades Industriais e Minerárias; f) Diretoria de Licenciamento de Infra-estrutura; g) Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental.”...... Art. 5º – O art. 3º da Lei Delegada nº 62, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad, fica acrescido dos seguintes inciso IX e §4º: “Art. 3º – ...... IX – Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em número de oito...... §4º – Nos procedimentos relativos aos processos de regularização ambiental, as Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável subordinam-se administrativamente à Semad e tecnicamente à Feam, ao IEF e ao Igam.”. Art. 6º – Fica criado, no âmbito da Semad, o Grupo Coordenador de Fiscalização Ambiental Integrada – GCFAI –, com a finalidade de promover o planejamento e o monitoramento da fiscalização ambiental no Estado, a ser executada pela Polícia Ambiental da Polícia Militar de Minas Gerais, com o apoio técnico da Feam, do Instituto Estadual de Florestas – IEF – e do Igam. (Vide art. 5º da Lei Delegada nº 125, de 25/1/2007.) §1º – Compete ao GCFAI: I – estabelecer as diretrizes para a fiscalização ambiental e planejar, de forma integrada, com base na identificação dos principais problemas ambientais do Estado, as ações governamentais necessárias à implantação de normas de controle;

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II – coordenar a aplicação da legislação ambiental, resguardadas as atribuições legais e regulamentares pertinentes a cada órgão ou entidade; III – coordenar a realização de ações emergenciais relativas a problemas ambientais, de modo a contribuir para a redução de riscos iminentes de danos ao meio ambiente. § 2º – São membros do CGFAI: I – o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que é o seu Presidente; II – o Secretário-Executivo do Comitê Gestor da Fiscalização Ambiental Integrada –CGFAI; III – o Diretor de Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar de Minas Gerais, que é seu Coordenador Operacional. (Parágrafo com redação dada pelo art. 6º da Lei Delegada nº 125, de 25/1/2007.) §3º – As demais representações e membros do GCFAI serão estabelecidos em regulamento. § 4º – O Presidente do CGFAI será substituído, em caso de impedimento, pelo Secretário Executivo do CGFAI. (Parágrafo acrescentado pelo art. 6º da Lei Delegada nº 125, de 25/1/2007.) § 5º – As Diretorias de Monitoramento e Fiscalização Ambiental da FEAM, do IEF e do IGAM subordinam-se, técnica e operacionalmente, ao CGFAI. (Parágrafo acrescentado pelo art. 6º da Lei Delegada nº 125, de 25/1/2007.) ...... Art. 9º – O inciso XV do art. 4º da Lei nº 12.585, de 17 de julho de 1997, que dispõe sobre a reorganização do Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º – ...... XV – decidir, em grau de recurso, como última instância administrativa, sobre as penalidades aplicadas por infração à legislação ambiental;”. Art. 10 – O inciso V do caput e os §§1º e 3º do art. 6º da Lei nº 12.585, de 1997, passam a vigorar com a seguinte redação, passando seu parágrafo único a vigorar como §7º, com a redação que segue: “Art. 6º – ...... V – Unidades Regionais Colegiadas, em número de oito. § 1º – A Presidência é exercida pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que fará o controle de legalidade dos atos e decisões das Câmaras Especializadas e das Unidades Regionais Colegiadas...... § 3º – As Câmaras Especializadas e as Unidades Regionais Colegiadas do Copam são apoiadas e assessoradas tecnicamente pelo órgão seccional competente e pelas

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Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad, aos quais incumbe prover os meios necessários ao seu funcionamento.

......

§ 7º – A sede, a competência e a jurisdição das unidades de que trata o inciso V do caput deste artigo serão estabelecidas em decreto.”. Art. 11 – O inciso III do art. 3º da Lei Delegada nº 79, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Estadual de Florestas – IEF -, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º – ...... III – Unidades Administrativas:

a) Gabinete; b) Procuradoria; c) Auditoria Seccional; d) Assessoria de Coordenação Operacional; e) Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças; f) Diretoria de Pesca e Biodiversidade; g) Diretoria de Desenvolvimento Florestal Sustentável; h) Diretoria de Controle e Fiscalização; i) Diretoria de Monitoramento e Licenciamento de Atividades Agrossilvipastoris.”...... Art. 16 – Os arts. 8º, 15, 16 e 17 da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8º – A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como dos que possam causar degradação ambiental, observado o disposto em regulamento, dependerão de prévio licenciamento ou autorização ambiental de funcionamento do Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam. §1º – O Copam poderá estabelecer prazos diferenciados para a análise do requerimento de cada modalidade de licença ou autorização, em função das peculiaridades da atividade ou do empreendimento, bem como para a formulação de exigências complementares, observado para a decisão a respeito do requerimento o prazo de até seis meses a contar da data do protocolo. §2º – Nos casos em que for necessária a realização de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – Eia/Rima – ou de audiência pública, o prazo a que se refere o §1º deste artigo será de até doze meses.

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§3º – Os prazos estipulados nos §§1º e 2º deste artigo poderão ser alterados mediante justificação e com a concordância do empreendedor e do Copam. §4º – As solicitações de esclarecimento e complementação formuladas pelo Copam deverão ser atendidas pelo empreendedor no prazo de quatro meses, a contar do recebimento da respectiva notificação, admitida a prorrogação justificada e com a concordância do Copam e do empreendedor. §5º – Esgotados os prazos previstos neste artigo sem pronunciamento do Copam sobre o pedido de licenciamento ou autorização ambiental de funcionamento, observar- se-ão as seguintes normas: I – o pedido será incluído na pauta de discussão e julgamento da câmara competente do Copam ou da Unidade Regional Colegiada, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos; II – o Presidente da câmara do Copam ou da Unidade Regional Colegiada designará relator, que, no prazo de até quarenta e oito horas, emitirá parecer sobre o pedido; III – transcorridos trinta dias contados do sobrestamento da pauta, o Secretário Executivo do Copam decidirá sobre o pedido de licenciamento, no prazo de cinco dias...... Art. 15 – As infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos, classificadas em leves, graves e gravíssimas a critério do Copam e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH, serão punidas nos termos desta Lei. §1º – Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: I – a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente; II – os antecedentes do infrator ou do empreendimento ou instalação relacionados à infração, quanto ao cumprimento da legislação ambiental estadual; III – a situação econômica do infrator, no caso de multa; IV – a efetividade das medidas adotadas pelo infrator para a correção dos danos causados ao meio ambiente; V – a colaboração do infrator com os órgãos ambientais na solução dos problemas advindos de sua conduta. §2º – O regulamento desta Lei detalhará: I – o procedimento administrativo de fiscalização; II – o procedimento administrativo, as hipóteses e os critérios para aplicação de sanções; III – a tipificação e a classificação das infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos; IV – a competência e o procedimento para elaboração das normas técnicas complementares.

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Art. 16 – As infrações a que se refere o art. 15 serão punidas com as seguintes sanções, observadas as competências dos órgãos e das entidades vinculados à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad: I – advertência; II – multa simples; III – multa diária; IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; V – destruição ou inutilização do produto; VI – suspensão de venda e fabricação do produto; VII – embargo de obra ou atividade; VIII – demolição de obra; IX – suspensão parcial ou total das atividades; X – restritiva de direitos. §1º – Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas. §2º – A advertência será aplicada quando forem praticadas infrações classificadas como leves. §3º – A multa simples será aplicada sempre que o agente: I – reincidir em infração classificada como leve; II – praticar infração grave ou gravíssima; III – obstar ou dificultar ação fiscalizadora. §4º – A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo e será computada até que o infrator demonstre a regularização da situação à autoridade competente. §5º – O valor da multa de que tratam os incisos II e III do caput deste artigo será fixado em regulamento, sendo de, no mínimo, R$50,00 (cinqüenta reais) e, no máximo, R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), e corrigido anualmente, com base na variação da Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais – Ufemg. §6º – Até 50% (cinqüenta por cento) do valor da multa de que trata o inciso II do caput deste artigo poderão ser convertidos, mediante assinatura de termo de compromisso com o órgão ambiental competente, em medidas de controle, que poderão incluir ação reparadora a ser realizada em qualquer parte do território do Estado, sem prejuízo da reparação do dano ambiental diretamente causado pelo empreendimento. §7º – Sujeita-se a multa de 100% (cem por cento) do valor da penalidade devida quem utilizar ou propiciar a utilização de documento relativo a seu recolhimento com autenticação falsa.

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§8º – Em caso de reincidência em infração punida com multa, a pena será aplicada em dobro e, a partir da segunda reincidência na mesma infração, a critério da autoridade competente, poderá ser aplicada a pena de suspensão de atividades. §9º – Ao infrator que estiver exercendo atividade sem a licença ou a autorização ambiental competente, além das demais penalidades cabíveis, será aplicada a penalidade de suspensão de atividades, a qual prevalecerá até que o infrator obtenha a licença ou autorização devida ou firme termo de ajustamento de conduta com o órgão ambiental, com as condições e prazos para funcionamento do empreendimento até a sua regularização. §10 – As sanções restritivas de direito são: I – suspensão de registro, licença ou autorização; II – cancelamento de registro, licença ou autorização; III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; V – proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos. §11 – Os débitos resultantes de multas aplicadas em decorrência desta Lei poderão ser parcelados, corrigidos monetariamente, com vencimento antecipado das parcelas concedidas em caso de inadimplência, nos termos do regulamento. Art. 17 – A defesa ou a interposição de recurso contra pena imposta por infração ao disposto nesta Lei não terão efeito suspensivo, salvo mediante Termo de Compromisso firmado pelo infrator com a Semad ou suas entidades vinculadas obrigando-se à eliminação das condições poluidoras ou à reparação dos danos eventualmente causados no prazo fixado pelo Copam, nos termos do regulamento desta Lei.”. Art. 17 – A Lei nº 7.772, de 1980, fica acrescida dos seguintes arts. 16-A, 16-B, 16-C e 16-D: “Art. 16-A – Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos e lavrados os respectivos autos, observando-se o seguinte: I – os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas; II – os produtos e subprodutos da fauna e da flora serão avaliados e, a critério da autoridade competente, alienados em hasta pública, destruídos ou doados a instituições científicas, hospitalares, penais ou com fins beneficentes. Parágrafo único – Somente poderão participar da hasta pública prevista no inciso II do caput deste artigo as pessoas e as empresas que demonstrarem não terem praticado infração ambiental nos três anos anteriores e que estejam regularmente licenciadas para as atividades que desempenhem. “Art. 16-B – A fiscalização do cumprimento do disposto nesta Lei, no seu regulamento e nas demais normas ambientais em vigor será exercida pela Semad, pela Fundação Estadual

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do Meio Ambiente – Feam –, pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – e pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam -, aos quais compete, por intermédio de seus servidores, previamente credenciados pelo titular do respectivo órgão ou entidade:

I – efetuar vistorias e elaborar o respectivo relatório;

II – verificar a ocorrência de infração à legislação ambiental; III – lavrar os autos de fiscalização e de infração, aplicando as penalidades cabíveis;

IV – determinar, em caso de grave e iminente risco para vidas humanas, para o meio ambiente ou para os recursos econômicos do Estado, medidas emergenciais e a suspensão ou redução de atividades durante o período necessário para a supressão do risco.

§1º – A Feam, o IEF e o Igam poderão delegar à Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG –, respeitada a competência exclusiva da União, mediante convênio a ser firmado com a interveniência da Semad, as competências previstas neste artigo, exceto a aplicação de pena de multa simples ou diária em valor superior a R$100.000,00 (cem mil reais), a suspensão ou redução de atividades e o embargo de obra ou atividade, sem a devida motivação, elaborada por técnico habilitado, salvo em assuntos de caça, pesca e desmatamento. §2º – Os servidores da Semad e os da Polícia Ambiental da PMMG, no exercício das atividades de fiscalização do cumprimento desta Lei, lavrarão autos de fiscalização, embargo, interdição e infração nos formulários próprios do Sistema Estadual de Meio Ambiente e encaminharão os respectivos processos à entidade vinculada à Semad responsável pela autuação. §3º – A atuação da Polícia Ambiental da PMMG, mediante delegação de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama –, far-se-á com a interveniência da Semad, observado o disposto no §2º deste artigo. §4º – O valor referente às multas arrecadadas com a aplicação de penalidades administrativas previstas nesta Lei constituirá receita própria da entidade vinculada à Semad responsável pela fiscalização e lavratura do respectivo auto de infração. Art. 16-C – O autuado tem o prazo de vinte dias contados da notificação da autuação para apresentar defesa dirigida ao órgão responsável pela autuação, facultada a juntada dos documentos que julgar convenientes. §1º – A defesa será processada pelo órgão competente pela autuação, na forma prevista na Lei nº 14.184, de 31 de janeiro de 2002, e o processo será decidido pelo Presidente da Feam, pelo Diretor-Geral do IEF ou pelo Diretor-Geral do Igam, conforme o caso, ainda que a fiscalização tenha sido exercida por órgão conveniado nos termos do §1º do art. 16-B. §2º – Da decisão caberá recurso, no prazo de trinta dias, independentemente de depósito ou caução, dirigido ao Copam ou ao CERH, conforme o caso, mantida a competência do Conselho de Administração do IEF na hipótese de aplicação da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002.

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§3º – Na hipótese do disposto no inciso IV do caput do art. 16-B, as medidas emergenciais e a suspensão ou redução de atividades serão executadas imediatamente, em caráter temporário, podendo o interessado apresentar defesa no prazo de até dez dias, a qual será submetida ao Presidente da Feam, ao Diretor-Geral do IEF ou ao Diretor- Geral do Igam, conforme o caso, que decidirá a questão no prazo de cinco dias, contados da data de apresentação da defesa, sob pena de cancelamento da penalidade. Art. 16-D – Fica a pessoa física ou jurídica responsável por empreendimento que provocar acidente com dano ambiental obrigada a: I – adotar, com meios e recursos próprios, as medidas necessárias para o controle da situação, com vistas a minimizar os danos à saúde pública e ao meio ambiente, incluindo as ações de contenção, recolhimento, neutralização, tratamento e disposição final dos resíduos gerados no acidente, bem como para a recuperação das áreas impactadas, de acordo com as condições e os procedimentos estabelecidos ou aprovados pelo órgão ambiental competente; II – adotar as providências que se fizerem necessárias para prover as comunidades com os serviços básicos, caso os existentes fiquem prejudicados ou suspensos em decorrência do acidente ambiental; III – reembolsar ao Estado e às entidades da Administração indireta as despesas e os custos decorrentes da adoção de medidas emergenciais para o controle da ocorrência e dos efeitos nocivos que possa causar à população, ao meio ambiente e ao patrimônio do Estado ou de terceiros; IV – indenizar ao Estado e às entidades da Administração indireta as despesas com transporte, hospedagem e alimentação relativas ao deslocamento de pessoal necessário para atender à ocorrência, bem como outras despesas realizadas em decorrência do acidente. §1º – A obrigação prevista no caput deste artigo independe da indenização dos custos de licenciamento do empreendimento e da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TFAMG -, instituída pela Lei nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003. §2º – Os valores de que tratam os incisos III e IV deste artigo poderão ser objeto de contestação por parte do infrator, por meio de recurso interposto no prazo de trinta dias contados da data da notificação. §3º – Os recursos a que se refere o §2º serão analisados, quando relativos a valores inferiores a R$500.000,00 (quinhentos mil reais), pelo Presidente da Feam, pelo Diretor- Geral do IEF ou pelo Diretor-Geral do Igam, conforme o caso, e os relativos a valores superiores serão analisados pelo presidente do Copam, conforme dispuser o regulamento.”. Art. 18 – O art. 5º da Lei nº 12.582, de 17 de julho de 1997, que dispõe sobre a reorganização do Instituto Estadual de Florestas – IEF -, fica acrescido do seguinte inciso VII, renumerando-se os demais:

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“Art. 5º – ...... VII – coordenar, orientar, fiscalizar e supervisionar a execução das atividades de gestão da fauna no território do Estado, em articulação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama;”. Art. 19 – O §3º do art. 30 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 30 – ...... § 3º – Os remanescentes da Mata Seca, caracterizados pelo complexo de vegetação da floresta estacional decidual, caatinga arbórea, caatinga arbustiva arbórea, caatinga hiperxerófila, florestas associadas com afloramentos calcários e outros, mata ciliar e vazante e seus estágios sucessionais, terão a sua conceituação e as modalidades de uso definidas em lei específica.”...... Art. 24 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 25 – As alterações promovidas por esta Lei nos arts. 16 e 17 da Lei nº 7.772, de 1980, e o disposto nos arts. 16-A, 16-B, 16-C e 16-D da mesma Lei, surtirão efeito noventa dias após a publicação desta Lei. Art. 26 – Ficam revogados os incisos VI e VII do art. 4º da Lei nº 12.585, de 17 de julho de 1997, e os arts. 51 e 52 da Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de janeiro de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado ANEXO I ...... ANEXO II ......

NORMA: LEI Nº 15.973, de 12/1/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 1.925/2004 Autoria: Dep. Padre João - PT Regulamentação Total: Decreto nº 44.720, de 12/2/2008 Dispõe sobre a Política Estadual de Apoio à Agricultura Urbana e dá outras providências.

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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: ...... Art. 3º – São objetivos da Política Estadual de Apoio à Agricultura Urbana: ...... VIII – estimular práticas de cultivo, criação e beneficiamento que previnam, combatam e controlem a poluição e a erosão em quaisquer de suas formas; protejam a flora, a fauna e a paisagem natural e tenham como referência a agricultura sustentável; IX – estimular práticas que evitem, minimizem, reutilizem, reciclem, tratem e disponham adequadamente dos resíduos poluentes, perigosos ou nocivos ao meio ambiente, à saúde humana e ao bem- estar público; ...... Art. 11 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de janeiro de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.976, de 13/1/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 1.408/2004 Autoria: Dep. Gustavo Valadares – PFL Regulamentação Total: Decreto nº 44.345, de 4/7/2006 Institui a política estadual de apoio à produção e à utilização do biodiesel e de óleos vegetais. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituída a Política Estadual do Biodiesel, a ser implementada nos termos desta Lei. Parágrafo único – A política instituída por esta Lei se insere na política estadual de desenvolvimento agrícola, estabelecida pela Lei nº 11.405, de 28 de janeiro de 1994. Art. 2º – A Política Estadual do Biodiesel tem os seguintes objetivos: I – apoiar a produção e a utilização do biodiesel e de óleos vegetais como fonte de energia renovável;

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II – integrar o Estado no esforço de introdução do biodiesel e de óleos vegetais na matriz energética nacional, em consonância com as ações do governo federal; III – garantir os benefícios sociais, ambientais e econômicos decorrentes da utilização do biodiesel; IV – buscar o aumento da produtividade e da melhoria da qualidade das oleaginosas produzidas no Estado. Art. 3º – Para implementar a política de que trata esta Lei, serão observadas as seguintes diretrizes: I – articulação com os setores produtivo e agroindustrial relacionados à produção de óleos vegetais, especialmente aqueles que utilizam matéria-prima oriunda do Estado; II – integração das ações públicas e privadas para o setor em consonância com as diretrizes e as ações do governo federal relativas a energia; III – estímulo à agricultura familiar para: a) adoção da cultura de oleaginosas; b) extração de óleos vegetais; c) consumo próprio e venda do produto na região; IV – respeito à legislação ambiental, com a adoção de medidas de controle da poluição e da contaminação do meio ambiente; V – apoio e incentivo à organização da produção e do produtor rural; VI – estímulo a investimentos públicos e privados para o desenvolvimento sustentado da cultura de oleaginosas; VII – gestão compartilhada com representantes dos setores produtivo agrícola e agroindustrial das diversas regiões do Estado. Art. 4º – Na implantação da política de que trata esta Lei, compete ao Poder Executivo: I – realizar um zoneamento agronômico, social e ambiental, para orientar o desenvolvimento do cultivo de oleaginosas e a produção do biodiesel nas diversas regiões do Estado, que especifique: a) a aptidão para o cultivo de oleaginosas; b) o potencial para produção de culturas de oleaginosas pela agricultura familiar; c) as zonas mais adequadas à instalação de unidades industriais para produção de biodiesel; II – destinar recursos para o financiamento de projetos de pesquisa e desenvolvimento voltados para a produção de oleaginosas, extração de óleos vegetais e processamento do biodiesel; III – promover assistência técnica e extensão, quanto às técnicas de manejo agrícola, de desenvolvimento e utilização de cultivares, técnicas de extração e refino de óleos vegetais e técnicas de adaptação de motores e uso de biodiesel como combustível;

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IV – incentivar a expansão da cultura de oleaginosas no Estado, com vistas a suprir a demanda da indústria mineira; V – promover a articulação entre os setores envolvidos na cadeia produtiva do biodiesel e dos óleos vegetais; VI – incentivar a produção e comercialização de oleaginosas pela agricultura familiar, se necessário, com a criação de linha especial de crédito agrícola; VII – estabelecer sistema de informação de produção de oleaginosas, classificado por região, com dados sobre a extração de óleos vegetais, comercialização e processamento do biodiesel; VIII – (Vetado); IX – criar grupo de trabalho, composto por representantes dos diversos setores e regiões do Estado, com o objetivo de promover estudos, articular ações e acompanhar questões relacionadas ao biodiesel; X – promover campanha informativa sobre os benefícios ambientais, sociais e econômicos da adoção do biodiesel; XI – estimular a adoção de motores a biodiesel por comunidades isoladas, para a geração de energia elétrica; XII – incentivar a produção de excedentes para a exportação. Parágrafo único – (Vetado). Art. 5º – O Estado promoverá gradualmente a substituição do diesel mineral pelo biodiesel na frota automotiva e nos motores estacionários a diesel de sua propriedade, na forma e no prazo estabelecidos em regulamento. Art. 6º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber, no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 13 de janeiro de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 15.979, de 13/1/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 2.266/2005 Autoria: Dep. Lúcia Pacífico – PTB Cria a Estação Ecológica do Cercadinho e dá outras providências.

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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica criada a Estação Ecológica do Cercadinho, situada no Município de Belo Horizonte, com área total de 224,8933ha (duzentos e vinte e quatro vírgula oito mil novecentos e trinta e três hectares), cujos limites e confrontações constam do memorial descritivo no Anexo I desta Lei. (Termo “anexo” substituído por “Anexo I”, pelo parágrafo único do art. 2º da Lei nº 18.042, de 13/1/2009.) Parágrafo único – A Estação Ecológica criada por esta Lei tem por finalidade proteger o manancial de abastecimento público do Cercadinho, bem como o aqüífero, a flora, a fauna, o solo e a paisagem do local. Art. 2º – A administração da Estação Ecológica do Cercadinho compete ao Instituto Estadual de Florestas – IEF –, em conjunto com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa-MG –, ou sua sucessora, se integrante da estrutura do Estado. Parágrafo único – As áreas de captação, tratamento e distribuição de águas utilizadas pela Copasa-MG continuarão sob a sua administração e fiscalização. Art. 3º – O IEF, com o apoio da Copasa-MG, elaborará o plano de manejo da Estação Ecológica do Cercadinho no prazo de até dezoito meses após a publicação desta Lei. § 1º – O plano de manejo incluirá o zoneamento da área e o desenvolvimento de programas de manejo, de administração e de educação ambiental; § 2º – Incumbe ao IEF a fiscalização do cumprimento do plano de manejo. Art. 4º – Fica declarada de utilidade pública e de interesse social, para fins de desapropriação de pleno domínio, mediante acordo ou processo judicial, a área necessária à implantação da Estação Ecológica do Cercadinho, compreendida nos limites previstos no Anexo I desta Lei. (Termo “anexo” substituído por “Anexo I” pelo parágrafo único do art. 2º da Lei nº 18.042, de 13/1/2009.) Parágrafo único – Até que as terras destinadas à Estação Ecológica do Cercadinho estejam sob o efetivo domínio e posse do poder público, fica proibida qualquer forma de desmatamento de vegetação nativa ou outra atividade que possa contrariar as finalidades de criação da Estação Ecológica, de que trata o parágrafo único do art. 1º. Art. 4º-A – Fica autorizada a utilização da área da Estação Ecológica do Cercadinho, delimitada pela poligonal de vértices 1 a 19, 19B e 20 a 33 e coordenadas e lados descritos no Anexo II desta Lei, com perímetro de 2.416,8473m (dois mil quatrocentos e dezesseis vírgula oito mil quatrocentos e setenta e três metros) e com área de 125.423,6975m 2 (cento e vinte e cinco mil quatrocentos e vinte e três vírgula seis mil novecentos e setenta e cinco metros quadrados), para a execução de obras de infra-estrutura de interligação

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entre a Rodovia BR-356 e a Rodovia MG-030 e de acesso a essas rodovias, mediante prévia aprovação do órgão responsável pela administração da Estação Ecológica, sem prejuízo da necessidade de licenciamento ambiental e de outras exigências legais e observados os pré-requisitos de utilidade pública e interesse social. § 1º – As obras de infra-estrutura de que trata o caput serão acompanhadas da recuperação da cobertura vegetal da área compreendida entre o limite do leito da antiga ferrovia de acesso à Mina de Águas Claras e os pés dos taludes externos da pista da Rodovia BR-356, no sentido Belo Horizonte – Rio de Janeiro, e de implantação de iluminação pública no perímetro definido no Anexo II. § 2º – A concessão da licença de operação da alça viária a que se refere o caput e de seus acessos fica condicionada ao plantio da cobertura vegetal para recuperação ambiental da área e à implantação da iluminação pública a que se refere o § 1o. § 3º – A recuperação da cobertura vegetal da área a que se refere o § 1º se fará com o plantio de espécimes de porte arbóreo, com densidade mínima de dez mudas a cada 100m2 (cem metros quadrados). § 4º – Fica vedada, na área autorizada para construção das pistas de tráfego da alça viária a que se refere o caput e de seus acessos, qualquer outra construção, inclusive estruturas de apoio ao tráfego, tais como postos policiais fixos ou postos de gasolina, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e outras. (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 18.042, de 13/1/2009.) Art. 4º-B – Todo empreendimento residencial, comercial ou industrial que, em função de sua construção, instalação ou ampliação, possa provocar significativo aumento do fluxo de veículos no sistema viário do entorno da Estação Ecológica do Cercadinho fica sujeito a licenciamento ambiental no âmbito do Estado. (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 18.042, de 13/1/2009.) Art. 5º – A forma e o montante da contribuição financeira para proteção e implementação da Estação Ecológica do Cercadinho, a que se obrigam órgãos e empresas públicas ou privadas nos termos do art. 47 da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, serão determinados em regulamento.Parágrafo único. A contribuição financeira de que trata o caput não poderá ser inferior a 50% (cinqüenta por cento) do montante necessário à proteção e implementação da Estação Ecológica de que trata esta Lei. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 13 de janeiro de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – GOVERNADOR DO ESTADO ANEXO I (Anexo renumerado pelo art. 2º da Lei nº 18.042, de 13/1/2009.) Memorial descritivo elaborado com base nas cartas da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte – Prodabel –, escala 1: 2.000, folhas números 5143, 5144, 5145, 5243, 5244 e 5245, com as seguintes características:

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Projeção: UTM (Universal Transversa de Mercator) Meridiano Central: 45º – W.GR. Datum Vertical: Marégrafo Imbituba – SC. Datum horizontal: Chuá – MG.Partindo do ponto zero, marco Boa Vista, de coordenadas planas “UTM”, N = 7.790.231m e E = 608.634m, situado na altitude de 1.237,30 metros, no vértice da cerca de divisa, segue-se sempre pela cerca, pelo divisor de águas, com o azimute de 357º.08’15" (trezentos e cinqüenta e sete graus oito minutos e quinze segundos) e, com a distância de 8,01 metros, encontra-se o ponto 1, de coordenadas N = 7.790.239m e E = 608.633,60m. Do ponto 1, segue-se com o azimute de 18º.40’18" (dezoito graus quarenta minutos e dezoito segundos) e, com a distância de 91,83 metros, encontra-se o ponto 2, de coordenadas N = 7.790.326m e E = 608.663m. Do ponto 2, segue-se com o azimute de 143º.07’48" (cento e quarenta e três graus sete minutos e quarenta e oito segundos) e, com a distância de 70,00 metros, encontra-se o ponto 3, de coordenadas N = 7.790.271m e E = 608.705m, na altitude de 1.231 metros. Do ponto 3, segue-se com o azimute de 139º.42’28" (cento e trinta e nove graus quarenta e dois minutos e vinte oito segundos) e, com a distância de 60,00 metros, encontra-se o ponto 4, de coordenadas N = 7.790.224m e E = 608.744m, na altitude de 1.220 metros. Do ponto 4, segue-se com o azimute de 117º.24’27" (cento e dezessete graus vinte e quatro minutos e vinte e sete segundos) e, com a distância de 30,41 metros, encontra-se o ponto 5, de coordenadas N = 7.790.210m e E = 608.771m. Do ponto 5, segue-se com o azimute de 93º.56’43" (noventa e três graus cinqüenta e seis minutos e quarenta e três segundos) e, com a distância de 29,07 metros, encontra-se o ponto 6, de coordenadas N = 7.790.208m e E = 608.800m. Do ponto 6, segue-se com o azimute de 80º.32’16" (oitenta graus trinta e dois minutos e dezesseis segundos) e, com a distância de 48,66 metros, encontra-se o ponto 7, de coordenadas N = 7.790.216m e E = 608.848m, na altitude de 1.216 metros. Do ponto 7, segue-se com o azimute de 74º.52’34" (setenta e quatro graus cinqüenta e dois minutos e trinta e quatro segundos) e, com a distância de 38,33 metros, encontra-se o ponto 8, de coordenadas N = 7.790.226m e E = 608.885m, na altitude de 1.210 metros. Do ponto 8, segue-se com o azimute de 48º.56’43" (quarenta e oito graus cinqüenta e seis minutos e quarenta e três segundos) e, com a distância de 41,11 metros, encontra-se o ponto 9, de coordenadas N = 7.790.253m e E = 608.916m, na altitude de 1.205 metros. Do ponto 9, segue-se com o azimute de 37º.44’48" (trinta e sete graus quarenta e quatro minutos e quarenta e oito segundos) e, com a distância de 39,20 metros, encontra-se o ponto 10, de coordenadas N = 7.790.284m e E = 608.940 m. Do ponto 10, segue-se com o azimute de 14º.15’52" (quatorze graus quinze minutos e cinqüenta e dois segundos) e, com a distância de 60,88 metros, encontra-se o ponto 11, de coordenadas N = 7.790.343m e E = 608.955m, na altitude de 1.201 metros. Do ponto 11, segue-se com o azimute de 5º.00’47" (cinco graus e quarenta e sete segundos) e, com a distância de 57,22 metros, encontra-se o ponto 12, de coordenadas N = 7.790.400m e E = 608.960m. Do ponto 12, segue-se com o azimute de 18º.26’06" (dezoito graus vinte e seis minutos e seis segundos)

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e, com a distância de 50,60 metros, encontra-se o ponto 13, de coordenadas N = 7.790.448m e E = 608.976m. Do ponto 13, segue-se com o azimute de 348º.41’24" (trezentos e quarenta e oito graus quarenta e um minutos e vinte e quatro segundos) e, com a distância de 20,40 metros, encontra-se o ponto 14, de coordenadas N = 7.790.468m e E = 608.972m, situado no vértice da cerca, na borda da estrada de serviço. Do ponto 14, segue-se com o azimute de 15º.15’18" (quinze graus quinze minutos e dezoito segundos) e, com a distância de 45,61 metros, encontra-se o ponto 15, de coordenadas N = 7.790.512m e E = 608.984m, situado no vértice da cerca, na borda da estrada de serviço. Do ponto 15, segue-se com o azimute de 354º.33’35" (trezentos e cinqüenta e quatro graus trinta e três minutos e trinta e cinco segundos) e, com a distância de 42,19 metros, encontra-se o ponto 16, de coordenadas N = 7.790.554m e E = 608.980m. Do ponto 16, segue-se com o azimute de 319º.30’50" (trezentos e dezenove graus trinta minutos e cinqüenta segundos) e, com a distância de 53,91 metros, encontra- se o ponto 17, de coordenadas N = 7.790.595m e E = 608.945m. Do ponto 17, segue-se com o azimute de 339º.46’31" (trezentos e trinta e nove graus quarenta e seis minutos e trinta e um segundos) e, com a distância de 20,25 metros, encontra-se o ponto 18, de coordenadas N = 7.790.614m e E = 608.938m. Do ponto 18, segue-se com o azimute de 355º.29’10" (trezentos e cinqüenta e cinco graus vinte e nove minutos e dez segundos) e, com a distância de 381,18 metros, encontra-se o ponto 19, de coordenadas N = 7.790.994m e E = 608.908m, situado no vértice da cerca. Do ponto 19, continua-se pela cerca, no divisor de águas. Segue-se com o azimute de 360º – (trezentos e sessenta graus) e, com a distância de 76,00 metros, encontra-se o ponto 20, de coordenadas N = 7.791.070m e E = 608.908m, situado no vértice da cerca, na altitude de 1.025m. Do ponto 20, segue-se com o azimute de 9º.12’40" (nove graus doze minutos e quarenta segundos) e, com a distância de 149,93 metros, encontra-se o ponto 21, de coordenadas N = 7.791.218m e E = 608.932m. Do ponto 21, deixa-se a cerca, segue-se contornando a área do Copaclube, com o azimute 110º.08’11" (cento e dez graus oito minutos e onze segundos) e, com a distância de 95,86 metros, encontra-se o ponto 22, de coordenadas N = 7.791.185m e E = 609.022m. Do ponto 22, segue-se com paralelismo de 2 metros com o eixo da L.T., com o azimute de 61º.49’17" (sessenta e um graus quarenta e nove minutos e dezessete segundos) e, com a distância de 31,76 metros, encontra- se o ponto 23, de coordenadas N = 7.791.200m e E = 609.050m. Do ponto 23, deixa-se o paralelismo com L.T., segue-se pela cerca limítrofe entre o Copaclube e a Estação de Bombeamento d’água da Copasa. Segue-se com o azimute de 341º.13’19" (trezentos e quarenta e um graus treze minutos e dezenove segundos) e, com a distância de 52,81 metros, encontra-se o ponto 24, de coordenadas N = 7.791.250m e E = 609.033m, situado na margem direita do Córrego Cercadinho. Do ponto 24, segue-se pela margem direita do Córrego Cercadinho, no sentido montante, com o azimute de 106º.51’30" (cento e seis graus cinqüenta e um minutos e trinta segundos) e, com a distância de 34,48 metros, encontra-se o ponto 25, de coordenadas N = 7.791.240m e E = 609.066m, situado na margem direita do Córrego Cercadinho, próximo à ponte sobre o referido córrego. Do ponto 25, segue-se em

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paralelismo com a estrada, com o azimute de 346º.10’41" (trezentos e quarenta e seis graus dez minutos e quarenta e um segundos) e, com a distância de 129,76 metros, encontra-se o ponto 26, de coordenadas N = 7.791.366m e E = 609.035m, situado na curva da estrada, na altitude de 979 metros. Do ponto 26, continua-se em paralelismo com a estrada, com o azimute de 283º.31’23" (duzentos e oitenta e três graus trinta e um minutos e vinte e três segundos) e, com a distância 81,25 metros, encontra-se o ponto 27, de coordenadas N = 7.791.385m e E = 608.956m, situado no final da Avenida Senador Lima Guimarães, no Bairro Buritis, na altitude de 969 metros, entre as portarias da Copasa e do Copaclube, onde termina o limite de confrontação com os terrenos do Copaclube. Do ponto 27, continua-se sempre pela cerca, confrontando com diversos loteamentos habitados, sempre envolvendo a bacia do Córrego Cercadinho. Segue-se com o azimute de 54º.48’41" (cinqüenta e quatro graus quarenta e oito minutos e quarenta e um segundos) e, com a distância de 95,44 metros, encontra-se o ponto 28, de coordenadas N = 7.791.440m e E = 609.034m, situado no vértice da cerca, na altitude de 996 metros. Do ponto 28, segue-se com o azimute de 86º.34’24" (oitenta e seis graus trinta e quatro minutos e vinte e quatro segundos) e, com a distância de 334,60 metros, encontra-se o ponto 29, de coordenadas N = 7.791.460m e E = 609.368m, situado no vértice da cerca, na altitude de 1.098 metros. Do ponto 29, segue-se com o azimute de 135º.15’09" (cento e trinta e cinco graus quinze minutos e nove segundos) e, com a distância de 321,03 metros, encontra-se o ponto 30, de coordenadas N = 7.791.232m e E = 609.594m, na altitude de 1.151,90 metros. Do ponto 30, segue-se com o azimute de 122º.56’42" (cento e vinte e dois graus cinqüenta e seis minutos e quarenta e dois segundos) e, com a distância de 213,30 metros, encontra-se o ponto 31, de coordenadas N = 7.791.116m e E = 609.773m, na altitude de 1.159 metros. Do ponto 31, segue-se com o azimute de 125º.26’34" (cento e vinte e cinco graus vinte e seis minutos e trinta e quatro segundos) e, com a distância de 281,09 metros, encontra-se o ponto 32, de coordenadas N = 7.790.953m e E = 610.002m, na altitude de 1.104 metros, situado bem próximo da quina do prédio da Copasa. Do ponto 32, segue-se com o azimute de 119º.58’06" (cento e dezenove graus cinqüenta e oito minutos e seis segundos), passando pela portaria da Copasa, cruzando a BR-356 e, com a distância de 286,27 metros, encontra-se o ponto 33, de coordenadas N = 7.790.810m e E = 610.250m, situado na borda da rodovia de Nova Lima (MG-30). Do ponto 33, segue-se com o azimute de 211º.19’43 (duzentos e onze graus dezenove minutos e quarenta e três segundos) e, com a distância de 80,78 metros, encontra-se o ponto 34, de coordenadas N = 7.790.741m e E = 610.208m, situado também na borda da rodovia de Nova Lima. Do ponto 34, segue-se com o azimute de 198º.26’06" (cento e noventa e oito graus vinte e seis minutos e seis segundos) e, com a distância de 79,06 metros, encontra-se o ponto 35, de coordenadas N = 7.790.666m e E = 610.183m, situado na borda da rodovia de Nova Lima. Do ponto 35, segue-se envolvendo a área de recarga, com o azimute de 98º.24’12" (noventa e oito graus vinte e quatro minutos e doze segundos) e, com a distância de 88,95 metros, encontra-se o ponto 36, de coordenadas N = 7.790.653m e E = 610.271m. Do ponto 36, segue-se confrontando com

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a área loteada, com o azimute de 102º.39’09" (cento e dois graus trinta e nove minutos e nove segundos) e, com a distância de 50,22 metros, encontra-se o ponto 37, de coordenadas N = 7.790.642m e E = 610.320m. Do ponto 37, segue-se com o azimute de 169º.06’52" (cento e sessenta e nove graus seis minutos e cinqüenta e dois segundos) e, com a distância de 52,95 metros, encontra-se o ponto 38, de coordenadas N = 7.790.590m e E = 610.330m. Do ponto 38, segue-se com o azimute de 157º.31’14" (cento e cinqüenta e sete graus trinta e um minutos e quatorze segundos) e, com a distância de 31,38 metros, encontra-se o ponto 39, de coordenadas N = 7.790.561m e E = 610.342m. Do ponto 39, segue-se com o azimute de 171º.52’12" (cento e setenta e um graus cinqüenta e dois minutos e doze segundos) e, com a distância de 28,28 metros, encontra-se o ponto 40, de coordenadas N = 7.790.533m e E = 610.346m. Do ponto 40, segue-se delimitando parte da área de recarga, com o azimute de 140º.58’28" (cento e quarenta graus cinqüenta e oito minutos e vinte e oito segundos) e, com a distância de 122,29 metros, encontra-se o ponto 41, de coordenadas N = 7.790.438m e E = 610.423m, na altitude de 1.160 metros, situado no eixo do antigo ramal ferroviário de Águas Claras. Do ponto 41, segue-se com o azimute de 227º.15’57" (duzentos e vinte e sete graus quinze minutos e cinqüenta e sete segundos) e, com a distância de 393,46 metros, encontra-se o ponto 42, de coordenadas N = 7.790.171m e E = 610.134m, na altitude de 1.169,80 metros, situado no eixo do ramal ferroviário, no pontilhão sobre a rodovia de Nova Lima. Do ponto 42, segue-se com o azimute de 227º.24’33" (duzentos e vinte e sete graus vinte e quatro minutos e trinta e três segundos) e, com a distância de 218,69 metros, encontra-se o ponto 43, de coordenadas N = 7.790.023m e E = 609.973m, situado no eixo, no início da curva do ramal ferroviário. Do ponto 43, deixa-se o ramal ferroviário, segue-se subindo o morro, com o azimute de 193º.51’17" (cento e noventa e três graus cinqüenta e um minutos e dezessete segundos) e, com a distância de 229,68 metros, encontra- se o ponto 44, de coordenadas N = 7.789.800m e E = 609.918m, na altitude de 1.221 metros, situado no canto da cerca dos terrenos da Faculdade Milton Campos. Do ponto 44, segue- se com o azimute de 174º.23’38" (cento e setenta e quatro graus vinte e três minutos e trinta e oito segundos) e, com a distância de 163,78 metros, encontra-se o ponto 45, de coordenadas N = 7.789.637m e E = 609.934m, situado no divisor dos Municípios de Belo Horizonte e Nova Lima, na altitude de 1.261 metros. Do ponto 45, segue-se sempre pelo divisor de águas municipal, com o azimute de 250º.42’36" (duzentos e cinqüenta graus quarenta e dois minutos e trinta e seis segundos) e, com a distância de 42,38 metros, encontra-se o ponto 46, de coordenadas N = 7.789.623m e E = 609.894m, na altitude de 1.257 metros. Do ponto 46, segue-se com o azimute de 196º.52’49" (cento e noventa e seis graus cinqüenta e dois minutos e quarenta e nove segundos) e, com a distância de 151,53 metros, encontra-se o ponto 47, de coordenadas N = 7.789.478m e E = 609.850m, na altitude de 1.281,50 metros, no morro do Rabelo. Do ponto 47, deixa-se o divisor de águas entre os Municípios de Belo Horizonte e Nova Lima. Segue-se pelas águas vertentes do Município de Belo Horizonte, com o azimute de 236º.53’44" (duzentos e trinta e seis graus cinqüenta e três minutos e quarenta e quatro segundos) e, com a distância de

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298,44 metros, encontra-se o ponto 48, de coordenadas N = 7.789.315m e E = 609.600m. Do ponto 48, segue-se com o azimute de 249º.38’04" (duzentos e quarenta e nove graus trinta e oito minutos e quatro segundos) e, com a distância de 140,80 metros, encontra-se o ponto 49, de coordenadas N = 7.789.266m e E = 609.468m, na altitude de 1.235 metros. Do ponto 49, segue-se com o azimute de 242º.35’33 (duzentos e quarenta e dois graus trinta e cinco minutos e trinta e três segundos) e, com a distância de 121,65 metros, encontra-se o ponto 50, de coordenadas N = 7.789.210m e E = 609.360m, na altitude de 1.247,60 metros. Do ponto 50, segue-se com o azimute de 254º.34’40" (duzentos e cinqüenta e quatro graus trinta e quatro minutos e quarenta segundos) e, com a distância de 30,08 metros, encontra-se o ponto 51, de coordenadas N = 7.789.202m e E = 609.331m, na altitude de 1.252 metros. Do ponto 51, segue-se com o azimute de 335º.13’29" (trezentos e trinta e cinco graus treze minutos e vinte nove segundos) e, com a distância de 71,59 metros, encontra-se o ponto 52, de coordenadas N = 7.789.267m e E = 609.301m, na altitude de 1.218,60 metros. Do ponto 52, segue-se passando sucessivamente pela rodovia BR- 356, pelo ramal ferroviário, com o azimute de 353º.04’12" (trezentos e cinqüenta e três graus quatro minutos e doze segundos) e, com a distância de 364,66 metros, encontra-se o ponto 53, de coordenadas N = 7.789.630m e E = 609.258m, na altitude de 1.143,50 metros, situado no vértice da cerca. Do ponto 53, segue-se pela cerca do ramal ferroviário com o azimute de 244º.43’20" (duzentos e quarenta e quatro graus quarenta e três minutos e vinte segundos) e, com a distância de 119,44 metros, encontra-se o ponto 54, de coordenadas N = 7.789.578m e E = 609.149m, na altitude de 1.158 metros, situado no vértice da cerca. Do ponto 54, segue-se com o azimute de 241º.06’05" (duzentos e quarenta e um graus seis minutos e cinco segundos) e, com a distância de 142,78 metros, encontra- se o ponto 55, de coordenadas N = 7.789.509m e E = 609.024m, na altitude de 1.180 metros, situado no vértice da cerca. Do ponto 55, deixa-se a cerca da faixa do ramal ferroviário, segue-se sempre pela cerca de divisa, com o azimute de 320º.39’56" (trezentos e vinte graus trinta e nove minutos e cinqüenta e seis segundos) e, com a distância de 358,13 metros, encontra-se o ponto 56, de coordenadas N =7.789.786m e E =608.797m, na altitude de 1.216 metros, situado no vértice da cerca. Do ponto 56, segue-se com o azimute de 336º.44’13" (trezentos e trinta e seis graus quarenta e quatro minutos e treze segundos) e, com a distância de 232,94 metros, encontra-se o ponto 57, de coordenadas N = 7.790.000m e E = 608.704m. Do ponto 57, segue-se com o azimute de 340º.46’10" (trezentos e quarenta graus quarenta e seis minutos e dez segundos) e, com a distância de 182,16 metros, encontra-se o ponto 58, de coordenadas N = 7.790.172m e E = 608.644m, na altitude de 1.232 metros, situado no vértice da cerca. Do ponto 58, segue-se com o azimute de 350º.22’49" (trezentos e cinqüenta graus vinte e dois minutos e quarenta e nove segundos) e, com a distância de 59,84 metros, encontra-se o ponto zero; ponto inicial desta descrição. O perímetro descrito tem uma extensão de 7.231,32m (sete mil duzentos e trinta e um metros e trinta e dois centímetros).”

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ANEXO II (a que se refere o art. 4º-A da Lei nº 15.979, de 13 de janeiro de 2006.) Coordenadas UTM dos marcos (vértices) da poligonal – Quadro 1 – e Memorial descritivo – Quadro 2 – da poligonal envolvente da área autorizada para construção da interligação da BR-356 à MG-030.

Quadro 1 – Coordenadas UTM dos vértices da poligonal

COORDENADAS NORTE COORDENADAS ESTE VÉRTICES (UTM) (UTM) Marco 1 7.789.870,89 609.692,24 Marco 2 7.789.988,45 609.793,57 Marco 3 7.789.978,7 609.813,26 Marco 4 7.790.015,92 609.846,71 Marco 5 7.790.007,92 609.882,83 Marco 6 7.790.007,92 609.897,71 Marco 7 7.790.010,4 609.912,99 Marco 8 7.790.018,89 609.926,71 Marco 9 7.790.057,45 609.953,27 Marco 10 7.790.173,66 610.085,07 Marco 11 7.790.178,71 610.097,52 Marco 12 7.790.164,76 610.116 Marco 13 7.790.160 610.120,49 Marco 14 7.790.187,87 610.150,07 Marco 15 7.790.203,43 610.133,72 Marco 16 7.790.238,05 610.108,83 Marco 17 7.790.308,66 610.098,65 Marco 18 7.790.535,5 610.169,46 Marco 19 7.790.585,86 610.170,89 Marco 19-b 7.790.711,32 610.233,15 Marco 20 7.790.711,12 610.125,61 Marco 21 7.790.713,23 610.121,07 Marco 22 7.790.658,81 610.094,5 Marco 23 7.790.619,36 610.082,49 Marco 24 7.790.578,46 610.077,59 Marco 25 7.790.582,7 610.058,3 Marco 26 7.790.523,22 610.045,21 Marco 27 7.790.498,59 610.038,77 Marco 28 7.790.474,55 610.030,42 Marco 29 7.790.304,55 609.946,66 Marco 30 7.790.151,02 609.835,55 Marco 31 7.790.070,55 609.766,27 Marco 32 7.790.038,83 609.738,74 Marco 33 7.789.926,09 609.630,16

395 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Quadro 2 – Memorial Descritivo

LADOS VÉRTICES AZIMUTES DISTÂNCIAS (m) 1 Marco 1 -> Marco 2 40º 45' 32" NE 155,2 2 Marco 2 -> Marco 3 116º 20' 06" SE 21,98 3 Marco 3 -> Marco 4 41º 56' 48" NE 50,04 4 Marco 4 -> Marco 5 102º 28' 42" SE 37 5 Marco 5 -> Marco 6 90º 01' 23" NE 14,88 6 Marco 6 -> Marco 7 80º 46' 30" NE 15,48 7 Marco 7 -> Marco 8 58º 14' 51" NE 16,14 8 Marco 8 -> Marco 9 34º 33' 27" NE 46,82 9 Marco 9 -> Marco 10 48º 35' 55" NE 175,72 10 Marco 10 -> Marco 11 67º 55' 06" NE 13,44 11 Marco 11 -> Marco 12 127º 02' 41" SE 23,15 12 Marco 12 -> Marco 13 136º 42' 35" SE 6,54 13 Marco 13 -> Marco 14 46º 42' 21" NE 40,64 14 Marco 14 -> Marco 15 313º 36' 06" NE 22,57 15 Marco 15 -> Marco 16 324º 16' 49" NW 42,63 16 Marco 16 -> Marco 17 351º 47' 33"NW 71,34 17 Marco 17 -> Marco 18 17º 20' 08" NE 237,64 18 Marco 18 -> Marco 19 01º 38' 13" NE 50,38 19 Marco 19 -> Marco 19b 26º 24' 40" NE 140,05 19B Marco 19b -> Marco 20 269º 52' 51" NW 107,55 20 Marco 20 -> Marco 21 294º 57' 56" NW 4,99 21 Marco 21 -> Marco 22 206º 01' 32" SW 60,56 22 Marco 22 -> Marco 23 197º 03' 09" SW 41,27 23 Marco 23 -> Marco 24 186º 42' 29" SW 41,19 24 Marco 24 -> Marco 25 282º 24' 29" NW 19,75 25 Marco 25 -> Marco 26 192º 24' 32" SW 60,91 26 Marco 26 -> Marco 27 194º 39' 23" SW 25,45 27 Marco 27 -> Marco 28 199º 09' 01" SW 25,45 28 Marco 28 -> Marco 29 206º 13' 49" SW 189,51 29 Marco 29 -> Marco 30 215º 53' 37" SW 189,51 30 Marco 30 -> Marco 31 220º 43' 32" SW 106,19 31 Marco 31 -> Marco 32 220º 57' 45" SW 42 32 Marco 32 -> Marco 33 223º 55' 12" SW 156,53 33 Marco 33 -> Marco 1 131º 38' 28 SE 83,070"

(Anexo acrescentado pelo art. 2º da Lei nº 18.042, de 13/1/2009.)

396 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

NORMA: LEI Nº 16.133 de 26/5/2006

Proposição: Projeto de Lei nº 2.643/2005

Autoria: Dep. Luiz Fernando Faria – PP

Autoriza o Poder Executivo a doar ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba – Cefet-RP – o imóvel que especifica e altera a Lei nº 15.178, de 16 de junho de 2004, que define os limites de conservação da Serra da Piedade.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

......

Art. 3º – O parágrafo único do art. 1º da Lei nº 15.178, de 16 de junho de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º – ......

Parágrafo único – As coordenadas a que se refere o caput deste artigo delimitam uma área de 1.947,49ha (um mil novecentos e quarenta e sete vírgula quarenta e nove hectares) e um perímetro de 29.316,31m (vinte e nove mil trezentos e dezesseis vírgula trinta e um metros).”.

Art. 4º – O Anexo da Lei nº 15.178, de 2004, passa a vigorar na forma do Anexo desta lei.

Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 26 de maio de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil.

AÉCIO NEVES – Governador do Estado

ANEXO (a que se refere o art. 4º da Lei nº 16.133, de 26 de maio de 2006) ANEXO (a que se refere o art. 1º da Lei nº 15.178, de 16 de junho de 2004)

PONTO COORDENADA NORTE COORDENADA LESTE 1 7.808.755,13 636.685,82 2 7.808.448,60 637.187,76 3 7.808.018,10 637.425,43 4 7.807.578,24 637.352,76 5 7.807.468.68 637.272,66

397 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

6 7.807.427,11 637.089,30 7 7.807.452,92 636.840,79 8 7.807.541,11 636.473,04 9 7.807.553,76 636.391,69 10 7.807.693,79 636.192,49 11 7.807.531,70 635.696,36 12 7.807.324,65 635.308,81 13 7.807.179,03 634.992,96 14 7.807.170,47 634.855,21 15 7.807.191,99 634.529,75 16 7.807.064,65 634.503,93 17 7.806.856,78 634.203,20 18 7.806.681,90 633.496,06 19 7.806.662,48 633.206,66 20 7.806.523,82 632.932,91 21 7.806.247,58 632.568,62 22 7.806.052,30 632.886,78 23 7.805.894,39 634.522,38 24 7.805.939,40 636.336,61 25 7.806.161,21 636.372,70 26 7.806.300,67 636.812, 23 27 7.806.389,90 636.878, 07 28 7.806.407,33 637.484,29 29 7.806.011,91 637.503,54 30 7.806.003,03 637.782,66 31 7.806.340,80 637.892,82 32 7.806.372,49 638.397,36 33 7.806.052,34 638.432,31 34 7.805.957,60 638.504,38 35 7.805.896,97 638.800,26 36 7.806.178,88 639.187,72 37 7.806.258,14 639.711,61 38 7.807.211,71 639.277, 82 39 7.807.323,84 639.501,04 40 7.807.752,30 639.758,77 41 7.807.644,40 640.253,13 42 7.808.064,77 640.206,07 43 7.808.580,57 640.288,67 44 7.810.764,16 642.849,86 45 7.811.090,07 642.648,80 46 7.811.063,54 642.413,62 47 7.810.326,89 638.300,82 48 7.809.963,85 638.013,47 49 7.809.642,67 638.118,07 50 7.809.416,27 637.434,38 51 7.809.279,43 637.153,27

398 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

NORMA: LEI Nº 16.183, de 20/6/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 2.813/2005 Autoria: Dep. Antônio Andrade – PMDB Institui a Comenda Gerardus Sanders. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituída a Comenda Gerardus Sanders, que tem como finalidade homenagear pessoas e instituições que se tenham dedicado ao desenvolvimento da agricultura, da pecuária, do abastecimento, do saneamento básico e do meio ambiente do cerrado no Estado. Art. 2º – A Comenda Gerardus Sanders será administrada por um Conselho, constituído de representantes dos seguintes órgãos e entidades, indicados por seus titulares e nomeados pelo Governador: I – Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais; II – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento; III – Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; IV – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; V – Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais; VI – Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes; VII – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais – Faemg; VIII – Sindicato dos Produtores Rurais de Paracatu; IX – Associação dos Produtores de Sementes do Estado de Minas Gerais; X – Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu – Coopervap; XI – Prefeitura Municipal de Paracatu. §1º – O Conselho elegerá, anualmente, dentre seus membros, um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário Executivo. §2º – O Prefeito Municipal de Paracatu será o Presidente de Honra do Conselho, sem direito a voto. §3º O Presidente do Conselho representará social e juridicamente a Comenda. Art. 3º – Compete ao Conselho da Comenda Gerardus Sanders: I – propor, em caráter sigiloso, a concessão da Comenda e deliberar sobre ela; II – zelar pelo prestígio da Comenda e pela fiel execução da lei e do regulamento a ela pertinentes;

399 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

III – avaliar as propostas para a concessão da Comenda que lhe forem encaminhadas; IV – propor medidas necessárias ao bom desempenho de suas funções; V – suspender ou cancelar o direito de uso da Comenda, em razão de ato incompatível com a sua dignidade; VI – elaborar seu regimento interno. §1º – As deliberações de que tratam os incisos I e V do caput deste artigo se darão por maioria dos membros do Conselho. §2º – As propostas para a concessão da Comenda devem conter o nome completo, a qualificação e os dados biográficos do candidato e a indicação dos serviços por ele prestados. §3º – A relação dos agraciados, em número máximo de dez, será publicada por ato do Governador do Estado. Art. 4º – O Conselho da Comenda Gerardus Sanders se reunirá uma vez ao ano, por convocação de seu Presidente ou de um terço de seus membros, nas dependências da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Art. 5º – A Comenda Gerardus Sanders será concedida, anualmente, em cerimônia a realizar- se durante a Exposição Agropecuária de Paracatu, de cujo calendário oficial passa a fazer parte. §1º – Os agraciados receberão, das mãos do Governador do Estado, medalha e diploma assinado pelo Governador do Estado, pelo Presidente, pelo Presidente de Honra, pelo Vice-Presidente e pelo Secretário do Conselho, de acordo com o cerimonial estabelecido pelo regimento interno. §2º – Fora do calendário da Exposição Agropecuária de Paracatu, a Comenda Gerardus Sanders só poderá ser outorgada por motivo de força maior e a juízo de seu Conselho. Art. 6º – O Conselho manterá livro de registro, no qual serão inscritos, em ordem cronológica, os nomes dos agraciados com a Comenda, sua identificação e suas realizações. Art. 7º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias. Parágrafo único – O decreto regulamentador desta Lei definirá as especificações da medalha e do diploma, bem como as condições e particularidades de sua concessão. Art. 8º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de junho de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 16.194, de 23/6/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 2.565/2005 Autoria: Dep. João Leite – SEM PARTIDO

400 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Acrescenta inciso e parágrafo ao art. 61 da lei nº 13.317, de 24 de setembro de 1999, que contém o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O art. 61 da Lei nº 13.317, de 24 de setembro de 1999, fica acrescido dos seguintes inciso XVI e parágrafo único: “Art. 61 – ...... XVI – providenciar, às suas expensas, a correta higienização de uniformes, botas, luvas e demais equipamentos de proteção individual dos empregados que estejam expostos a substâncias ou produtos nocivos a eles ou ao meio ambiente, podendo, para tal, contratar serviços de terceiros, desde que licenciados pelo órgão ambiental competente. Parágrafo único – Para fins do disposto no inciso XVI do caput deste artigo, entende- se por substância ou produto nocivos: I – à saúde do trabalhador os previstos nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, em especial a NR 15; II – ao meio ambiente a substância ou produto que, como resultado da lavagem de uniformes, botas, luvas e demais equipamentos de proteção individual, crie efluente poluidor que não possa ser lançado em corpos de água ou em canalizações públicas e privadas, por contrariar a legislação em vigor.”. Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 23 de junho de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 16.197, de 26/6/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 48/2003 Autoria: Dep. Rogério Correia – PT Cria a Área de Proteção Ambiental de Vargem das Flores, situada nos Municípios de Betim e Contagem, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

401 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Art. 1º – Fica criada a Área de Proteção Ambiental de Vargem das Flores – APA Vargem das Flores, unidade de conservação de uso sustentável localizada nos Municípios de Betim e Contagem, constituída pela bacia hidrográfica situada a montante do barramento do reservatório de água de Vargem das Flores. Parágrafo único – A APA Vargem das Flores abrange uma superfície total de 12.263ha (doze mil duzentos e sessenta e três hectares) e sua delimitação geográfica é a descrita no Anexo desta lei. Art. 2º – A APA Vargem das Flores tem por objetivos: I – favorecer a manutenção da diversidade biológica; II – proteger e conservar os recursos ambientais, especialmente o lago formado pela barragem de Várzea das Flores e os córregos e drenagens que para ele afluem; III – garantir a qualidade dos recursos hídricos existentes na APA para o abastecimento público de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH; IV – contribuir para a ordenação do uso e da ocupação do solo, considerando a necessidade de preservação dos recursos ambientais; V – promover ações com vistas à recuperação de áreas degradadas. Art. 3º – A APA Vargem das Flores disporá de um conselho normativo e deliberativo, constituído por representantes de órgãos públicos das esferas estadual e municipal, de organizações da sociedade civil e da população residente, observando-se, em sua composição, a paridade entre o poder público e a sociedade civil. Art. 4º – A APA Vargem das Flores será implantada, supervisionada, administrada e fiscalizada pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF, em articulação com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa – e com outros órgãos e entidades estaduais e municipais e com organizações não-governamentais, na forma do regulamento. Parágrafo único – O IEF, sem prejuízo de sua competência, poderá firmar convênios e acordos com órgãos e entidades públicas ou privadas para a gestão da APA Vargem das Flores. Art. 5º – A aprovação, pelos Municípios, de parcelamento do solo e a construção de rodovias e vias de acesso pelo poder público na APA Vargem das Flores dependerão de licença ambiental emitida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam. Art. 6º – Após a instalação do conselho previsto no art. 3º, a aprovação a que se refere o art. 5º e o licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos modificadores do meio ambiente na APA serão precedidos de manifestação desse órgão. Art. 7º – O Estado estabelecerá incentivos e linhas especiais de crédito para projetos de preservação ambiental, de racionalização do uso e ocupação do solo e de melhoria das condições sanitárias no âmbito da APA Vargem das Flores. Art. 8º – O Poder Executivo, no prazo de até cento e oitenta dias contados da data de publicação desta Lei, editará decreto que disporá sobre:

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I – a constituição e a competência do sistema de gestão da APA Vargem das Flores, com definição de prazo para sua instalação, observado o disposto nos arts. 3º e 4º desta Lei; II – o zoneamento ecológico e econômico da bacia hidrográfica constituinte da APA Vargem das Flores e as atividades a serem encorajadas, limitadas, restringidas ou proibidas em cada zona, nos termos da legislação vigente; III – a contribuição financeira da empresa responsável pelo abastecimento de água ou que faça uso de recursos hídricos, beneficiária da proteção proporcionada pela APA Vargem das Flores, nos termos do art. 47 da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000;

IV – as diretrizes para a divulgação das medidas previstas nesta Lei, visando ao esclarecimento da comunidade local, e os órgãos responsáveis pela sua execução. Parágrafo único – O decreto previsto no caput deste artigo basear-se-á em proposta a ser elaborada sob a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, assegurada a participação de órgãos estaduais e municipais afins, de entidades não-governamentais, comunidades, empresas, entidades locais de classe, universidades e centros de pesquisa. Art. 9º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 26 de junho de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

ANEXO (a que se refere o art. 1º da Lei nº 16.197, de 26 de junho de 2006) Memorial Descritivo da APA Vargem das Flores O memorial descritivo da APA Vargem das Flores foi elaborado com base nas cartas topográficas do Plambel – Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte – escala 1:25.000, folhas SE-23-ZC-V-4-S0 Betim; SE-23-ZC-4-N0 Caracóis; SE- 23-ZC-4-SE Contagem e SE-23-ZC-V-4-NE Ribeirão das Neves, com as seguintes características: Projeção: UTM (Universal Transversa de Mercator) Meridiano Central: 45º W.GR. Datum Vertical: Marégrafo Imbituba – SC. Datum Horizontal: Córrego Alegre – MG. Partindo do ponto zero, de coordenadas planas “UTM” N = 7.797.490m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil quatrocentos e noventa metros) e E = 586.980m (quinhentos e oitenta e seis mil novecentos e oitenta metros), situado na ombreira direita da barragem, segue-se através do Município de Betim, sempre pelo divisor de águas, com o azimute de 22º06’34" (vinte e dois graus, seis minutos e trinta e quatro segundos) e, com a distância

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de 345,40m (trezentos e quarenta e cinco vírgula quarenta metros), encontra-se o ponto 1 na altitude aproximada de 860m (oitocentos e sessenta metros) e de coordenadas N = 7.797.810m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil oitocentos e dez metros) e E = 587.110m (quinhentos e oitenta e sete mil cento e dez metros). Do ponto 1, segue-se com o azimute de 343º04’21" (trezentos e quarenta e três graus, quatro minutos e vinte e um segundos) e, com a distância de 240,42m (duzentos e quarenta vírgula quarenta e dois metros), encontra-se o ponto 2, de coordenadas N = 7.798.040m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil e quarenta metros) e E = 587.040m (quinhentos e oitenta e sete mil e quarenta metros). Do ponto 2, segue-se com o azimute de 285º56’43" (duzentos e oitenta e cinco graus, cinqüenta e seis minutos e quarenta e três segundos) e, com a distância de 364,01m (trezentos e sessenta e quatro vírgula zero um metros), encontra-se o ponto 3, de coordenadas N = 7.798.140m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil cento e quarenta metros) e E = 586.690m (quinhentos e oitenta e seis mil seiscentos e noventa metros). Do ponto 3, segue-se com o azimute de 349º52’31" (trezentos e quarenta e nove graus, cinqüenta e dois minutos e trinta e um segundos) e, com a distância de 284,43m (duzentos e oitenta e quatro vírgula quarenta e três metros), encontra-se o ponto 4, decoordenadas N = 7.798.420m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil quatrocentos e vinte metros) e E = 586.640m (quinhentos e oitenta e seis mil seiscentos e quarenta metros). Do ponto 4, segue-se com o azimute de 322º07’30" (trezentos e vinte e dois graus, sete minutos e trinta segundos) e, com a distância de 342,05m (trezentos e quarenta e dois vírgula zero cinco metros), encontra-se o ponto 5, de coordenadas N = 7.798.690m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil seiscentos e noventa metros) e E = 586.430m (quinhentos e oitenta e seis mil quatrocentos e trinta metros). Do ponto 5, segue-se com o azimute de 280º00’29" (duzentos e oitenta graus, zero minutos e vinte e nove segundos) e, com a distância de 172,63m (cento e setenta e dois vírgula sessenta e três metros), encontra-se o ponto 6, na altitude de 980m (novecentos e oitenta metros) e de coordenadas N = 7.798.720m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil setecentos e vinte metros) e E = 586.260m (quinhentos e oitenta e seis mil duzentos e sessenta metros). Do ponto 6, segue-se com o azimute de 267º23’51" (duzentos e sessenta e sete graus, vinte e três minutos e cinqüenta e um segundos) e, com a distância de 220,23m (duzentos e vinte vírgula vinte e três metros), encontra-se o ponto 7, de coordenadas N = 7.798.710m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil setecentos e dez metros) e E = 586.040m (quinhentos e oitenta e seis mil e quarenta metros). Do ponto 7, atravessa-se a garganta, segue-se com o azimute de 302º52’07" (trezentos e dois graus, cinqüenta e dois minutos e sete segundos) e, com a distância de 386,94m (trezentos e oitenta e seis vírgula noventa e quatro metros), encontra-se o ponto 8, de coordenadas N = 7.798.920m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil novecentos e vinte metros) e E = 585.715m (quinhentos e oitenta e cinco mil setecentos e quinze metros). Do ponto 8, segue-se com o azimute de 330º23’44" (trezentos e trinta graus, vinte e três minutos e quarenta e quatro segundos) e, com a distância de 253,03m (duzentos e cinqüenta e três vírgula zero três metros), encontra-se o ponto 9, na altitude de 1.030m (mil e trinta metros) e de coordenadas N = 7.799.140m (sete milhões setecentos e noventa e nove mil cento e

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quarenta metros) e E = 585.590m (quinhentos e oitenta e cinco mil quinhentos e noventa metros). Do ponto 9, segue-se com o azimute de 9º27’44" (nove graus, vinte e sete minutos e quarenta e quatro segundos) e, com a distância de 638,69m (seiscentos e trinta e oito vírgula sessenta e nove metros), encontra-se o ponto 10, de coordenadas N = 7.799.770m (sete milhões setecentos e noventa e nove mil setecentos e setenta metros) e E = 585.695m (quinhentos e oitenta e cinco mil seiscentos e noventa e cinco metros). Do ponto 10, segue-se com o azimute de 17º21’14" (dezessete graus, vinte e um minutos e quatorze segundos) e, com a distância de 419,08m (quatrocentos e dezenove vírgula zero oito metros), encontra-se o ponto 11, de coordenadas N = 7.800.170m (sete milhões oitocentos mil cento e setenta metros) e E = 585.820m (quinhentos e oitenta e cinco mil oitocentos e vinte metros), situado no arruamento de loteamento Santa Rita. Do ponto 11, segue-se com o azimute de 358º28’21" (trezentos e cinqüenta e oito graus, vinte e oito minutos e vinte e um segundos) e, com a distância de 375,13m (trezentos e setenta e cinco vírgula treze metros), encontra-se o ponto 12, de coordenadas N = 7.800.545m (sete milhões oitocentos mil quinhentos e quarenta e cinco metros) e E = 585.810m (quinhentos e oitenta e cinco mil oitocentos e dez metros), situado também no arruamento. Do ponto 12, segue-se com o azimute de 21º48’05" (vinte e um graus, quarenta e oito minutos e cinco segundos) e, com a distância de 834,70m (oitocentos e trinta e quatro vírgula setenta metros), encontra-se o ponto 13, de coordenadas N = 7.801.320m (sete milhões oitocentos e um mil trezentos e vinte metros) e E = 586.120m (quinhentos e oitenta e seis mil cento e vinte metros). Do ponto 13, segue-se com o azimute de 29º30’41" (vinte e nove graus, trinta minutos e quarenta e um segundos) e, com a distância de 609,02m (seiscentos e nove vírgula zero dois metros), encontra-se o ponto 14, na altitude de 984m (novecentos e oitenta e quatro metros) e de coordenadas N = 7.801.850m (sete milhões oitocentos e um mil oitocentos e cinqüenta metros) e E = 586.420m (quinhentos e oitenta e seis mil quatrocentos e vinte metros). Do ponto 14, segue-se com o azimute de 57º55’34" (cinqüenta e sete graus, cinqüenta e cinco minutos e trinta e quatro segundos) e, com a distância de 885,10m (oitocentos e oitenta e cinco vírgula dez metros), encontra- se o ponto 15, de coordenadas N = 7.802.320m (sete milhões oitocentos e dois mil trezentos e vinte metros) e E = 587.170m (quinhentos e oitenta e sete mil cento e setenta metros). Do ponto 15, segue-se com o azimute de 357º20’13" (trezentos e cinqüenta e sete graus, vinte minutos e treze segundos) e, com a distância de 430,46m (quatrocentos e trinta vírgula quarenta e seis metros), encontra-se o ponto 16, de coordenadas N = 7.802.750m (sete milhões oitocentos e dois mil setecentos e cinqüenta metros) e E = 587.150m (quinhentos e oitenta e sete mil cento e cinqüenta metros). Do ponto 16, segue-se com o azimute de 45º48’25" (quarenta e cinco graus, quarenta e oito minutos e vinte e cinco segundos) e, com a distância de 502,10m (quinhentos e dois vírgula dez metros), encontra- se o ponto 17, de coordenadas N = 7.803.100m (sete milhões oitocentos e três mil e cem metros) e E = 587.510m (quinhentos e oitenta e sete mil quinhentos e dez metros). Do ponto 17, segue-se com o azimute de 24º43’38" (vinte e quatro graus, quarenta e três minutos e trinta e oito segundos) e, com a distância de 836,72m (oitocentos e trinta e seis vírgula setenta e dois metros), encontra-se o ponto 18, de coordenadas N = 7.803.860m

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(sete milhões oitocentos e três mil oitocentos e sessenta metros) e E = 587.860m (quinhentos e oitenta e sete mil oitocentos e sessenta metros). Do ponto 18, segue-se com o azimute de 358º38’10" (trezentos e cinqüenta e oito graus, trinta e oito minutos e dez segundos) e, com a distância de 420,12m (quatrocentos e vinte vírgula doze metros), encontra-se o ponto 19, de coordenadas N = 7.804.280m (sete milhões oitocentos e quatro mil duzentos e oitenta metros) e E = 587.850m (quinhentos e oitenta e sete mil oitocentos e cinqüenta metros). Do ponto 19, segue-se com o azimute de 330º38’32" (trezentos e trinta graus, trinta e oito minutos e trinta e dois segundos) e, com a distância de 367,15m (trezentos e sessenta e sete vírgula quinze metros), encontra-se o ponto 20, de coordenadas N = 7.804.600m (sete milhões oitocentos e quatro mil e seiscentos metros) e E = 587.670m (quinhentos e oitenta e sete mil seiscentos e setenta metros). Do ponto 20, segue-se com o azimute de 299º21’28" (duzentos e noventa e nove graus, vinte e um minutos e vinte e oito segundos) e, com a distância de 550,73m (quinhentos e cinqüenta vírgula setenta e três metros), encontra-se o ponto 21, na altitude de 1.020m (mil e vinte metros) e de coordenadas N = 7.804.870m (sete milhões oitocentos e quatro mil e oitocentos e setenta metros) e E = 587.190m (quinhentos e oitenta e sete mil cento e noventa metros). Do ponto 21, segue-se com o azimute de 11º43’59" (onze graus, quarenta e três minutos e cinqüenta e nove segundos) e, com a distância de 663,87m (seiscentos e sessenta etrês vírgula oitenta e sete metros), encontra-se o ponto 22, de coordenadas N = 7.805.520m (sete milhões oitocentos e cinco mil quinhentos e vinte metros) e E = 587.325m (quinhentos e oitenta e sete mil trezentos e vinte e cinco metros). Do ponto 22, segue-se com o azimute de 54º24’40" (cinqüenta e quatro graus, vinte e quatro minutos e quarenta segundos) e, com a distância de 1.297,32m (mil duzentos e noventa e sete vírgula trinta e dois metros), encontra-se o ponto 23, de coordenadas N = 7.806.275m (sete milhões oitocentos e seis mil duzentos e setenta e cinco metros) e E = 588.380m (quinhentos e oitenta e oito mil trezentos e oitenta metros), situado no Município de Contagem. Do ponto 23, segue-se pelo Município de Contagem, com o azimute de 13º37’37" (treze graus, trinta e sete minutos e trinta e sete segundos) e, com a distância de 339,56m (trezentos e trinta e nove vírgula cinqüenta e seis metros), encontra-se o ponto 24, de coordenadas N = 7.806.605m (sete milhões oitocentos e seis mil seiscentos e cinco metros) e E = 588.460m (quinhentos e oitenta e oito mil quatrocentos e sessenta metros). Do ponto 24, segue-se com o azimute de 311º23’55" (trezentos e onze graus, vinte e três minutos e cinqüenta e cinco segundos) e, com a distância de 506,58m (quinhentos e seis vírgula cinqüenta e oito metros), encontra-se o ponto 25, de coordenadas N = 7.806.940m (sete milhões oitocentos e seis mil novecentos e quarenta metros) e E = 588.080m (quinhentos e oitenta e oito mil e oitenta metros). Do ponto 25, segue-se com o azimute de 15º29’19" (quinze graus, vinte e nove minutos e dezenove segundos) e, com a distância de 861,28m (oitocentos e sessenta e um vírgula vinte e oito metros), encontra- se o ponto 26, de coordenadas N = 7.807.770m (sete milhões oitocentos e sete mil setecentos e setenta metros) e E = 588.310m (quinhentos e oitenta e oito mil trezentos e dez metros). Do ponto 26, segue-se pela divisa entre os Municípios de Contagem e Esmeraldas, com o azimute de 79º15’40" (setenta e nove graus, quinze minutos e quarenta segundos) e,

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com a distância de 590,34m (quinhentos e noventa vírgula trinta e quatro metros), encontra- se o ponto 27, de coordenadas N = 7.807.880m (sete milhões oitocentos e sete mil oitocentos e oitenta metros) e E = 588.890m (quinhentos e oitenta e oito mil oitocentos e noventa metros). Do ponto 27, segue-se com o azimute de 52º21’09" (cinqüenta e dois graus, vinte um minutos e nove segundos) e, com a distância de 442,04m (quatrocentos e quarenta e dois vírgula zero quatro metros), encontra-se o ponto 28, de coordenadas N = 7.808.150m (sete milhões oitocentos e oito mil cento e cinqüenta metros) e E = 589.240m (quinhentos e oitenta e nove mil duzentos e quarenta metros). Do ponto 28, segue-se com o azimute de 85º21’52" (oitenta e cinco graus, vinte e um minutos e cinqüenta e dois segundos) e, com a distância de 371,21m (trezentos e setenta e um vírgula vinte e um metros), encontra-se o ponto 29, de coordenadas N = 7.808.180m (sete milhões oitocentos e oito mil cento e oitenta metros) e E = 589.610m (quinhentos e oitenta e nove mil seiscentos e dez metros). Do ponto 29, segue-se com o azimute de 315º00’00" (trezentos e quinze graus) e, com a distância de 579,83m (quinhentos e setenta e nove vírgula oitenta e três metros), encontra-se o ponto 30, de coordenadas N = 7.808.590m (sete milhões oitocentos e oito mil quinhentos e noventa metros) e E = 589.200m (quinhentos e oitenta e nove mil e duzentos metros). Do ponto 30, segue-se com o azimute de 16º55’39" (dezesseis graus, cinqüenta e cinco minutos e trinta e nove segundos) e, com a distância de 480,83m (quatrocentos e oitenta vírgula oitenta e três metros), encontra- se o ponto 31, de coordenadas N = 7.809.050m (sete milhões oitocentos e nove mil e cinqüenta metros) e E = 589.340m (quinhentos e oitenta e nove mil trezentos e quarenta metros). Do ponto 31, segue-se com o azimute de 47º14’22" (quarenta e sete graus, quatorze minutos e vinte e dois segundos) e, com a distância de 1.266,69m (mil duzentos e sessenta e seis vírgula sessenta e nove metros), encontra-se o ponto 32, de coordenadas N = 7.809.910m (sete milhões oitocentos e nove mil novecentos e dez metros) e E = 590.270m (quinhentos e noventa mil duzentos e setenta metros). Do ponto 32, segue-se com o azimute de 93º13’28" (noventa e três graus, treze minutos e vinte e oito segundos) e, com a distância de 355,56m (trezentos e cinqüenta e cinco vírgula cinqüenta e seis metros), encontra-se o ponto 33, de coordenadas N = 7.809.890m (sete milhões oitocentos e nove mil oitocentos e noventa metros) e E = 590.625m (quinhentos e noventa mil seiscentos e vinte e cinco metros). Do ponto 33, segue-se com o azimute de 3º31’17" (três graus, trinta e um minutos e dezessete segundos) e, com a distância de 651,23m (seiscentos e cinqüenta e um vírgula vinte e três metros), encontra-se o ponto 34, de coordenadas N = 7.810.540m (sete milhões oitocentos e dez mil quinhentos e quarenta metros) e E = 590.665m (quinhentos e noventa mil seiscentos e sessenta e cinco metros). Do ponto 34, segue-se pela divisa entre os Municípios de Contagem e Ribeirão das Neves, com o azimute de 104º45’38" (cento e quatro graus, quarenta e cinco minutos e trinta e oito segundos) e, com a distância de 863,50m (oitocentos e sessenta e três vírgula cinqüenta metros), encontra-se o ponto 35, de coordenadas N = 7.810.320m (sete milhões oitocentos e dez mil trezentos e vinte metros) e E = 591.500m (quinhentos e noventa e um mil e quinhentos metros). Do ponto 35, segue-se com o azimute de 75º09’16" (setenta e cinco graus, nove minutos e dezesseis segundos) e, com a distância de 858,66m (oitocentos e

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cinqüenta e oito vírgula sessenta e seis metros), encontra-se o ponto 36, de coordenadas N = 7.810.540m (sete milhões oitocentos e dez mil quinhentos e quarenta metros) e E = 592.330m (quinhentos e noventa e dois mil trezentos e trinta metros). Do ponto 36, segue-se com o azimute de 169º56’22" (cento e sessenta e nove graus, cinqüenta e seis minutos e vinte e dois segundos) e, com a distância de 629,68m (seiscentos e vinte e nove vírgula sessenta e oito metros), encontra-se o ponto 37, de coordenadas N = 7.809.920m (sete milhões oitocentos e nove mil novecentos e vinte metros) e E = 592.440m (quinhentos e noventa dois mil quatrocentos e quarenta metros). Do ponto 37, segue-se em direção ao marco geodésico do IBGE, denominado Serrinha, com o azimute de 101º28’55" (cento e um graus, vinte e oito minutos e cinqüenta e cinco segundos) e, com a distância de 653,07m (seiscentos e cinqüenta e três vírgula zero sete metros), encontra-se o ponto 38, de coordenadas N = 7.809.790m (sete milhões oitocentos e nove mil setecentos e noventa metros) e E = 593.080m (quinhentos e noventa e três mil e oitenta metros). Do ponto 38, segue-se com o azimute de 126º38’03" (cento e vinte e seis graus, trinta e oito minutos e três segundos) e, com a distância de 486m (quatrocentos e oitenta e seis metros), encontra- se o ponto 39. Do ponto 39, segue-se com o azimute de 103º17’06" (cento e três graus, dezessete minutos e seis segundos) e, com a distância de 739,80m (setecentos e trinta e nove vírgula oitenta metros), encontra-se o ponto 40, de coordenadas N = 7.809.330m (sete milhões oitocentos e nove mil trezentos e trinta metros) e E = 594.190m (quinhentos e noventa e quatro mil cento e noventa metros). Do ponto 40, segue-se com o azimute de 181º15’16" (cento e oitenta e um graus, quinze minutos e dezesseis segundos) e, com a distância de 1.370,33m (mil trezentos e setenta vírgula trinta e três metros), encontra-se o ponto 41, situado dentro da área da subestação de Neves, da Cemig, de coordenadas N = 7.807.960m (sete milhões oitocentos e sete mil novecentos e sessenta metros) e E = 594.160m (quinhentos e noventa e quatro mil cento e sessenta metros). Do ponto 41, segue-se com o azimute de 117º38’46" (cento e dezessete graus, trinta e oito minutos e quarenta e seis segundos) e, com a distância de 948,26m (novecentos e quarenta e oito vírgula vinte e seis metros), encontra-se o ponto 42, de coordenadas N = 7.807.520m (sete milhões oitocentos e sete mil quinhentos e vinte metros) e E = 595.000m (quinhentos e noventa e cinco mil metros). Do ponto 42, segue-se com o azimute de 151º23’22" (cento e cinqüenta e um graus, vinte e três minutos e vinte e dois segundos) e, com a distância de 501,20m (quinhentos e um vírgula vinte metros), encontra-se o ponto 43, de coordenadas N = 7.807.080m (sete milhões oitocentos e sete mil e oitenta metros) e E = 595.240m (quinhentos e noventa e cinco mil duzentos e quarenta metros). Do ponto 43, segue-se com o azimute de 101º18’36" (cento e um graus, dezoito minutos e trinta e seis segundos) e, com a distância de 407,92m (quatrocentos e sete vírgula noventa e dois metros), encontra-se o ponto 44, de coordenadas N = 7.807.000m (sete milhões oitocentos e sete mil metros) e E = 595.640m (quinhentos e noventa e cinco mil seiscentos e quarenta metros). Do ponto 44, segue-se acompanhando um trecho da rodovia BR-040, com o azimute de 136º21’11" (cento e trinta e seis graus, vinte e um minutos e onze segundos) e, com a distância de 898,28m (oitocentos e noventa e oito vírgula vinte e oito metros), encontra-se o ponto 45, de coordenadas N = 7.806.350m (sete milhões oitocentos e seis

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mil trezentos e cinqüenta metros) e E = 596.260m (quinhentos e noventa e seis mil duzentos e sessenta metros). Do ponto 45, segue-se com o azimute de 164º25’09" (cento e sessenta e quatro graus, vinte e cinco minutos e nove segundos) e, com a distância de 1.079,68m (mil e setenta e nove vírgula sessenta e oito metros), encontra-se o ponto 46, de coordenadas N = 7.805.310m (sete milhões oitocentos e cinco mil trezentos e dez metros) e E = 596.550m (quinhentos e noventa e seis mil quinhentos e cinqüenta metros). Do ponto 46, segue-se atravessando a rodovia BR-040, com o azimute de 28º01’28" (vinte e oito graus, um minuto e vinte oito segundos) e, com a distância de 702,35m (setecentos e dois vírgula trinta e cinco metros), encontra-se o ponto 47, de coordenadas N = 7.805.930m (sete milhões oitocentos e cinco mil novecentos e trinta metros) e E = 596.880m (quinhentos e noventa e seis mil oitocentos e oitenta metros). Do ponto 47, segue-se com o azimute de 96º58’06" (noventa e seis graus, cinqüenta e oito minutos e seis segundos) e, com a distância de 453,35m (quatrocentos e cinqüenta e três vírgula trinta e cinco metros), encontra-se o ponto 48, de coordenadas N = 7.805.875m (sete milhões oitocentos e cinco mil oitocentos e setenta e cinco metros) e E = 597.330m (quinhentos e noventa e sete mil trezentos e trinta metros). Do ponto 48, segue-se com o azimute de 140º56’15" (cento e quarenta graus, cinqüenta e seis minutos e quinze segundos) e, com a distância de 444,32m (quatrocentos e quarenta e quatro vírgula trinta e dois metros), encontra-se o ponto 49, de coordenadas N = 7.805.530m (sete milhões oitocentos e cinco mil quinhentos e trinta metros) e E = 597.610m (quinhentos e noventa e sete mil seiscentos e dez metros). Do ponto 49, segue-se com o azimute de 123º18’38" (cento e vinte três graus, dezoito minutos e trinta e oito segundos) e, com a distância de 418,81m (quatrocentos e dezoito vírgula oitenta e um metros), encontra-se o ponto 50, na altitude de 990m (novecentos e noventa metros) e de coordenadas N = 7.805.300m (sete milhões oitocentos e cinco mil e trezentos metros) e E = 597.960m (quinhentos e noventa e sete mil novecentos e sessenta metros). Do ponto 50, deixa-se a divisa em comum com o Município de Ribeirão das Neves, segue-se pelo interior do Município de Contagem, com o azimute de 189º22’20" (cento e oitenta e nove graus, vinte e dois minutos e vinte segundos) e, com a distância de 1.043,93m (mil e quarenta e três vírgula noventa e três metros), encontra-se o ponto 51, de coordenadas N = 7.804.270m (sete milhões oitocentos e quatro mil duzentos e setenta metros) e E = 597.790m (quinhentos e noventa e sete mil setecentos e noventa metros). Do ponto 51, segue-se atravessando novamente a rodovia BR-040, com o azimute de 216º10’47" (duzentos e dezesseis graus, dez minutos e quarenta e sete segundos) e, com a distância 830,06m (oitocentos e trinta vírgula zero seis metros), encontra-se o ponto 52, situado no limite da faixa da BR-040 e de coordenadas N = 7.803.600m (sete milhões oitocentos e três mil seiscentos metros) e E = 597.300m (quinhentos e noventa e sete mil e trezentos metros). Do ponto 52, segue-se com o azimute de 178º21’48" (cento e setenta e oito graus, vinte e um minutos e quarenta e oito segundos) e, com a distância de 700,29m (setecentos vírgula vinte e nove metros), encontra-se o ponto 53, de coordenadas N = 7.802.900m (sete milhões oitocentos e dois mil e novecentos metros) e E = 597.320m (quinhentos e noventa e sete mil trezentos e vinte metros). Do ponto 53, segue-se com o azimute de 214º22’49" (duzentos e quatorze graus, vinte e

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dois minutos e quarenta e nove segundos) e, com a distância de 460,43m (quatrocentos e sessenta vírgula quarenta e três metros), encontra-se o ponto 54, de coordenadas N = 7.802.520m (sete milhões oitocentos e dois mil quinhentos e vinte metros) e E = 597.060m(quinhentos e noventa e sete mil e sessenta metros). Do ponto 54, segue-se com o azimute de 157º09’59" (cento e cinqüenta e sete graus, nove minutos e cinqüenta e nove segundos) e, com a distância de 412,31m (quatrocentos e doze vírgula trinta e um metros), encontra-se o ponto 55, na altitude de 942m (novecentos e quarenta e dois metros) e de coordenadas N = 7.802.140m (sete milhões oitocentos e dois mil cento e quarenta metros) e E = 597.220m (quinhentos e noventa e sete mil e duzentos e vinte metros). Do ponto 55, segue-se com o azimute de 131º38’01" (cento e trinta e um graus, trinta e oito minutos e um segundo) e, com a distância de 481,66m (quatrocentos e oitenta e um vírgula sessenta e seis metros), encontra-se o ponto 56, de coordenadas N = 7.801.820m (sete milhões oitocentos e um mil oitocentos e vinte metros) e E = 597.580m (quinhentos e noventa e sete mil quinhentos e oitenta metros), situado a 420m (quatrocentos e vinte metros) ao lado do marco Tapera, do IBGE. Do ponto 56, segue-se com o azimute de 208º48’39" (duzentos e oito graus, quarenta e oito minutos e trinta e nove segundos) e, com a distância de 456,51m (quatrocentos e cinqüenta e seis vírgula cinqüenta e um metros), encontra-se o ponto 57, de coordenadas N = 7.801.420m (sete milhões oitocentos e um mil quatrocentos e vinte metros) e E = 597.360m (quinhentos e noventa e sete mil trezentos e sessenta metros). Do ponto 57, segue-se com o azimute de 229º45’49" (duzentos e vinte e nove graus, quarenta e cinco minutos e quarenta e nove segundos) e, com a distância de 340,59m (trezentos e quarenta vírgula cinqüenta e nove metros), encontra-se o ponto 58, de coordenadas N = 7.801.200m (sete milhões oitocentos e um mil e duzentos metros) e E = 597.100m (quinhentos e noventa e sete mil e cem metros). Do ponto 58, segue-se com o azimute de 141º31’11" (cento e quarenta e um graus, trinta e um minutos e onze segundos) e, com a distância de 498,20m (quatrocentos e noventa e oito vírgula vinte metros), encontra-se o ponto 59, de coordenadas N = 7.800.810m (sete milhões oitocentos mil oitocentos e dez metros) e E = 597.410m (quinhentos e noventa e sete mil quatrocentos e dez metros). Do ponto 59, segue-se com o azimute de 197º56’58" (cento e noventa e sete graus, cinqüenta e seis minutos e cinqüenta e oito segundos) e, com a distância de 746,32m (setecentos e quarenta e seis vírgula trinta e dois metros), encontra-se o ponto 60, na altitude de 920m (novecentos e vinte metros) e de coordenadas N = 7.800.100m (sete milhões oitocentos mil e cem metros) e E = 597.180m (quinhentos e noventa e sete mil cento e oitenta metros). Do ponto 60, segue-se com o azimute de 152º39’00" (cento e cinqüenta e dois graus e trinta e nove minutos) e, com a distância de 652,99m (seiscentos e cinqüenta e dois vírgula noventa e nove metros), encontra-se o ponto 61, de coordenadas N = 7.799.520m (sete milhões setecentos e noventa e nove mil quinhentos e vinte metros) e E = 597.480m (quinhentos e noventa e sete mil quatrocentos e oitenta metros). Do ponto 61, segue-se com o azimute de 132º03’52" (cento e trinta e dois graus, três minutos e cinqüenta e dois segundos), e com a distância de 1.104,54m (mil cento e quatro vírgula cinqüenta e quatro metros),

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encontra-se o ponto 62, de coordenadas N = 7.798.980m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil novecentos e oitenta metros) e E = 598.300m (quinhentos e noventa e oito mil e trezentos metros). Do ponto 62, segue-se com o azimute de 175º04’22" (cento e setenta e cinco graus, quatro minutos e vinte e dois segundos) e, com a distância de 582,15m (quinhentos e oitenta e dois vírgula quinze metros), encontra-se o ponto 63, de coordenadas N = 7.798.200m (sete milhões setecentos e noventa e oito mil e duzentos metros) e E = 598.350m (quinhentos e noventa e oito mil trezentos e cinqüenta metros). Do ponto 63, segue-se com o azimute de 206º33’54" (duzentos e seis graus, trinta e três minutos e cinqüenta e quatro segundos) e, com a distância de 469,57m (quatrocentos e sessenta e nove vírgula cinqüenta e sete metros), encontra-se o ponto 64, de coordenadas N = 7.797.780m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil setecentos e oitenta metros) e E = 598.140m (quinhentos e noventa e oito mil cento e quarenta metros). Do ponto 64, segue-se com o azimute de 173º17’25" (cento e setenta e três graus, dezessete minutos e vinte e cinco segundos) e, com a distância de 342,34m (trezentos e quarenta e dois vírgula trinta e quatro metros), encontra-se o ponto 65, na altitude de 944m (novecentos e quarenta e quatro metros) e de coordenadas N = 7.797.440m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil quatrocentos e quarenta metros) e E = 598.180m (quinhentos e noventa e oito mil cento e oitenta metros). Do ponto 65, segue-se com o azimute de 223º21’48" (duzentos e vinte e três graus, vinte e um minutos e quarenta e oito segundos) e, com a distância de 495,18m (quatrocentos e noventa e cinco vírgula dezoito metros), encontra-se o ponto 66, de coordenadas N = 7.797.080m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil e oitenta metros) e E = 597.840m (quinhentos e noventa e sete mil oitocentos e quarenta metros). Do ponto 66, segue-se com o azimute de 183º10’47" (cento e oitenta e três graus, dez minutos e quarenta e sete segundos) e, com a distância de 360,55m (trezentos e sessenta vírgula cinqüenta e cinco metros), encontra-se o ponto 67, de coordenadas N = 7.796.720m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil setecentos e vinte metros) e E = 597.820m (quinhentos e noventa e sete mil oitocentos e vinte metros). Do ponto 67, segue-se com o azimute de 241º06’48" (duzentos e quarenta e um graus, seis minutos e quarenta e oito segundos) e, com a distância de 662,42m (seiscentos e sessenta e dois vírgula quarenta e dois metros), encontra-se o ponto 68, dentro do perímetro urbano de Contagem, de coordenadas N = 7.796.400m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil e quatrocentos metros) e E = 597.240m (quinhentos e noventa e sete mil duzentos e quarenta metros). Do ponto 68, segue-se sempre pelo perímetro urbano de Contagem, com o azimute de 248º01’13" (duzentos e quarenta e oito graus, um minuto e treze segundos) e, com a distância de 895,06m (oitocentos e noventa e cinco vírgula zero seis metros), encontra-se o ponto 69, de coordenadas N = 7.796.065m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil e sessenta e cinco metros) e E = 596.410m (quinhentos e noventa e seis mil quatrocentos e dez metros). Do ponto 69, segue-se com o azimute de 277º37’41" (duzentos e setenta e sete graus, trinta e sete minutos e quarenta e um segundos) e, com a distância de 565m (quinhentos e sessenta e cinco metros), encontra-se o ponto 70, de

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coordenadas N = 7.796.140m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil cento e quarenta metros) e E = 595.850m (quinhentos e noventa e cinco mil oitocentos e cinqüenta metros). Do ponto 70, atravessa-se o bairro Bernardo Monteiro, segue-se com o azimute de 222º40’59" (duzentos e vinte e dois graus, quarenta minutos e cinqüenta e nove segundos) e, com a distância de 612,15m (seiscentos e doze vírgula quinze metros), encontra-se o ponto 71, de coordenadas N = 7.795.690m (sete milhões setecentos e noventa e cinco mil seiscentos e noventa metros) e E = 595.435m (quinhentos e noventa e cinco mil quatrocentos e trinta e cinco metros). Do ponto 71, segue-se com o azimute de 286º55’39' (duzentos e oitenta e seis graus, cinqüenta e cinco minutos e trinta e nove segundos) e, com a distância de 601,04m (seiscentos e um vírgula zero quatro metros), encontra-se o ponto 72, de coordenadas N = 7.795.865m (sete milhões setecentos e noventa e cinco mil oitocentos e sessenta e cinco metros) e E = 594.860m (quinhentos e noventa e quatro mil oitocentos e sessenta metros), situado na divisa dos Municípios de Betim e Contagem. Do ponto 72, continua-se pelo Município de Contagem, segue-se com o azimute de 353º07’48" (trezentos e cinqüenta e três graus, sete minutos e quarenta e oito segundos) e, com a distância de 418m (quatrocentos e dezoito metros), encontra-se o ponto 73, de coordenadas N = 7.796.280m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil duzentos e oitenta metros) e E = 594.810m (quinhentos e noventa e quatro mil oitocentos e dez metros). Do ponto 73, segue-se com o azimute de 25º06’53" (vinte e cinco graus, seis minutos e cinqüenta e três segundos) e, com a distância de 353,41m (trezentos e cinqüenta e três vírgula quarenta e um metros), encontra-se o ponto 74, de coordenadas N = 7.796.600m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil e seiscentos metros) e E = 594.960m (quinhentos e noventa e quatro mil novecentos e sessenta metros). Do ponto 74, segue-se com o azimute de 347º14’33" (trezentos e quarenta e sete graus, quatorze minutos e trinta e três segundos) e, com a distância de 271,71m (duzentos e setenta e um vírgula setenta e um metros), encontra-se o ponto 75, de coordenadas N = 7.796.865m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil oitocentos e sessenta e cinco metros) e E = 594.900m (quinhentos e noventa e quatro mil e novecentos metros). Do ponto 75, segue- se com o azimute de 14º15’00" (quatorze graus e quinze minutos) e, com a distância de 325m (trezentos e vinte e cinco metros), encontra-se o ponto 76, situado nos terrenos da Fumec, de coordenadas N = 7.797.180m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil cento e oitenta metros) e E = 594.980m (quinhentos e noventa e quatro mil novecentos e oitenta metros). Do ponto 76, segue-se com o azimute de 280º21’45" (duzentos e oitenta graus, vinte e um minutos e quarenta e cinco segundos) e, com a distância de 889,51m (oitocentos e oitenta e nove vírgula cinqüenta e um metros), encontra-se o ponto 77, de coordenadas N = 7.797.340m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil trezentos e quarenta metros) e E = 594.105m (quinhentos e noventa e quatro mil cento e cinco metros), situado fora do perímetro urbano de Contagem. Do ponto 77, segue-se com o azimute de 255º04’07" (duzentos e cinqüenta e cinco graus, quatro minutos e sete segundos) e, com a distância de 543,35m (quinhentos e quarenta e três vírgula trinta e cinco metros), encontra-se o ponto 78, de coordenadas N = 7.797.200m (sete milhões

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setecentos e noventa e sete mil e duzentos metros) e E = 593.580m (quinhentos e noventa e três mil quinhentos e oitenta metros). Do ponto 78, segue-se com o azimute de 239º02’10" (duzentos e trinta e nove graus, dois minutos e dez segundos) e, com a distância de 466,48m (quatrocentos e sessenta e seis vírgula quarenta e oito metros), encontra-se o ponto 79, de coordenadas N = 7.796.960m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil novecentos e sessenta metros) e E = 593.180m (quinhentos e noventa e três mil cento e oitenta metros). Do ponto 79, segue-se com o azimute de 292º31’14" (duzentos e noventa e dois graus, trinta e um minutos e quatorze segundos) e, com a distância de 887,69m (oitocentos e oitenta e sete vírgula sessenta e nove metros), encontra- se o ponto 80, de coordenadas N = 7.797.300m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil e trezentos metros) e E = 592.360m (quinhentos e noventa e dois mil trezentos e sessenta metros). Do ponto 80, segue-se com o azimute de 285º49’34" (duzentos e oitenta e cinco graus, quarenta e nove minutos e trinta e quatro segundos) e, com a distância de 660,02m (seiscentos e sessenta vírgula zero dois metros), encontra-se o ponto 81, na altitude de 915m (novecentos e quinze metros) e de coordenadas N = 7.797.480m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil quatrocentos e oitenta metros) e E = 591.725m (quinhentos e noventa e um mil setecentos e vinte e cinco metros). Do ponto 81, segue-se com o azimute de 320º45’45" (trezentos e vinte graus, quarenta e cinco minutos e quarenta e cinco segundos) e, com a distância de 387,33m (trezentos e oitenta e sete vírgula trinta e três metros), encontra-se o ponto 82, de coordenadas N = 7.797.780m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil setecentos e oitenta metros) e E = 591.480m (quinhentos e noventa e um mil quatrocentos e oitenta metros). Do ponto 82, segue-se com o azimute de 258º50’43" (duzentos e cinqüenta e oito graus, cinqüenta minutos e quarenta e três segundos) e, com a distância de 723,67m (setecentos e vinte e três vírgula sessenta e sete metros), encontra-se o ponto 83, de coordenadas N = 7.797.640m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil seiscentos e quarenta metros) e E = 590.770m (quinhentos e noventa mil setecentos e setenta metros). Do ponto 83, segue-se com o azimute de 220º17’32" (duzentos e vinte graus, dezessete minutos e trinta e dois segundos) e, com a distância de 1.206,15m (mil duzentos e seis vírgula quinze metros), encontra-se o ponto 84, de coordenadas N = 7.796.720m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil setecentos e vinte metros) e E = 589.990m (quinhentos e oitenta e nove mil novecentos e noventa metros), situado no Alto do Paiol. Do ponto 84, segue-se com o azimute de 260º39’54" (duzentos e sessenta graus, trinta e nove minutos e cinqüenta e quatro segundos) e, com a distância de 369,90m (trezentos e sessenta e nove vírgula noventa metros), encontra-se o ponto 85, de coordenadas N = 7.796.660m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil seiscentos e sessenta metros) e E = 589.625m (quinhentos e oitenta e nove mil seiscentos e vinte e cinco metros), situado na divisa dos Municípios de Contagem e Betim. Do ponto 85, continua-se pela mesma divisa, com o azimute de 311º43’09" (trezentos e onze graus, quarenta e três minutos e nove segundos) e, com a distância de 555,99m (quinhentos e cinqüenta e cinco vírgula noventa e nove metros), encontra-se o ponto 86, de coordenadas N = 7.797.030m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil e trinta metros) e E = 589.210m (quinhentos e oitenta e nove mil duzentos e dez metros). Do ponto 86, segue-

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se com o azimute de 260º50’16" (duzentos e sessenta graus, cinqüenta minutos e dezesseis segundos) e, com a distância de 314,01m (trezentos e quatorze vírgula zero um metros), encontra-se o ponto 87, situado no morro do Monjolo, no Município de Betim, de coordenadas N = 7.796.980m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil novecentos e oitenta metros) e E = 588.900m (quinhentos e oitenta e oito mil e novecentos metros). Do ponto 87, segue-se como azimute de 210º57’50" (duzentos e dez graus, cinqüenta e sete minutos e cinqüenta segundos) e, com a distância de 349,86m (trezentos e quarenta e nove vírgula oitenta e seis metros), encontra-se o ponto 88, situado também no morro do Monjolo, de coordenadas N = 7.796.680m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil seiscentos e oitenta metros) e E = 588.720m (quinhentos e oitenta e oito mil setecentos e vinte metros). Do ponto 88, segue-se com o azimute de 267º36’51" (duzentos e sessenta e sete graus, trinta e seis minutos e cinqüenta e um segundos) e, com a distância de 840,73m (oitocentos e quarenta vírgula setenta e três metros), encontra-se o ponto 89, de coordenadas N = 7.796.645m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil seiscentos e quarenta e cinco metros) e E = 587.880m (quinhentos e oitenta e sete mil oitocentos e oitenta metros). Do ponto 89, segue-se com o azimute de 288º00’15" (duzentos e oitenta e oito graus, zero minuto e quinze segundos) e, com a distância de 630,89m (seiscentos e trinta vírgula oitenta e nove metros), encontra-se o ponto 90, de coordenadas N = 7.796.840m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil oitocentos e quarenta metros) e E = 587.280m (quinhentos e oitenta e sete mil duzentos e oitenta metros). Do ponto 90, segue-se com o azimute de 235º42’47" (duzentos e trinta e cinco graus, quarenta e dois minutos e quarenta e sete segundos) e, com a distância de 266,27m (duzentos e sessenta e seis vírgula vinte e sete metros), encontra-se o ponto 91, de coordenadas N = 7.796.690m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil seiscentos e noventa metros) e E = 587.060m (quinhentos e oitenta e sete mil e sessenta metros). Do ponto 91, segue-se com o azimute de 331º17’39" (trezentos e trinta e um graus, dezessete minutos e trinta e nove segundos) e, com a distância de 239,43m (duzentos e trinta e nove vírgula quarenta e três metros), encontra-se o ponto 92, de coordenadas N = 7.796.900m (sete milhões setecentos e noventa e seis mil e novecentos metros) e E = 586.945m (quinhentos e oitenta e seis mil novecentos e quarenta e cinco metros). Do ponto 92, segue-se com o azimute de 10º37’11" (dez graus, trinta e sete minutos e onze segundos) e, com a distância de 244,15m (duzentos e quarenta e quatro vírgula quinze metros), encontra-se o ponto 93, situado na ombreira esquerda da barragem, de coordenadas N = 7.797.140m (sete milhões setecentos e noventa e sete mil cento e quarenta metros) e E = 586.990m (quinhentos e oitenta e seis mil novecentos e noventa metros). Do ponto 93, segue-se com o azimute de 358º21’48" (trezentos e cinqüenta e oito graus, vinte e um minutos e quarenta e oito segundos) e, com a distância de 350,14m (trezentos e cinqüenta vírgula quatorze metros), encontra-se o ponto zero, ponto inicial desta descrição. O perímetro descrito tem uma extensão de 53.947m (cinqüenta e três mil novecentos e quarenta e sete metros) e envolve uma superfície de 12.263ha (doze mil duzentos e sessenta e três hectares)

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NORMA: LEI Nº 16.260, de 18/7/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 1.915/2004 Autoria: Dep. Ricardo Duarte – PT Institui o Dia Estadual do Cerrado e o Prêmio Guimarães Rosa. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica instituído o Dia Estadual do Cerrado, a ser comemorado anualmente no dia 27 de junho. Parágrafo único – As comemorações alusivas ao Dia Estadual do Cerrado incluem seminários, debates, oficinas, campanhas, concursos e outras atividades que contribuam para o conhecimento, a valorização e a preservação do cerrado mineiro e das diversas manifestações da cultura material e imaterial das populações da região do cerrado. Art. 2º – Fica instituído o Prêmio Guimarães Rosa, a ser concedido, no Dia Estadual do Cerrado, a organizações governamentais e não-governamentais, instituições educacionais, institutos de pesquisa, empresas privadas e pessoas físicas que se destacarem por ações nas áreas de conservação, manejo sustentável, pesquisa, educação ambiental, memória e patrimônio cultural do cerrado mineiro. Parágrafo único – O Governador do Estado, em solenidade anual, conferirá diploma e medalha ao agraciado com o Prêmio Guimarães Rosa. Art. 3º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias contados da data de sua publicação. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 18 de julho de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 16.315, de 10/8/2006 Proposição: Projeto de Lei nº 3.139/2006 Autoria: Governador Aécio Neves Modifica o inciso VII do art. 3º da Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, acrescenta parágrafo ao art. 8º da Lei nº 15.980, de 13 de janeiro de 2006, e revoga dispositivo da Lei nº 11.397, de 6 de janeiro de 1994.

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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O inciso VII do art. 3º da Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, que dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – Fhidro -, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º – ...... VII – 50% (cinqüenta por cento) da cota destinada ao Estado a título de compensação financeira por áreas inundadas por reservatórios para a geração de energia elétrica, conforme o disposto nas Leis Federais nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, e nº 8.001, de 13 de março de 1990.”. Art. 2º – Fica acrescentado ao art. 8º da Lei nº 15.980, de 13 de janeiro de 2006, que cria o Fundo de Equalização do Estado de Minas Gerais, o seguinte § 7º: “Art. 8º ...... § 7º – O agente financeiro poderá ser depositário de recursos do Fundo, observado o disposto no art. 17 da Lei Complementar nº 91, de 19 de janeiro de 2006, e no regulamento.”. Art. 3º – Fica revogado o inciso III do art. 5º da Lei nº 11.397, de 7 de janeiro de 1994, que cria o Fundo para a Infância e a Adolescência – FIA. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 10 de agosto de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 16.655, de 5/1/2007 Proposição: Projeto de Lei nº 3.499/2006 Autoria: Dep. Rogério Correia – PT Dá denominação à nascente situada no Parque Ecológico Doutor Cezar Rodrigues Campos, no Bairro Conjunto Confisco, no Município de Belo Horizonte. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica denominada Nascente do Confisco – Nascente da Paz a nascente situada no Parque Ecológico Doutor Cezar Rodrigues Campos, no Bairro Conjunto Confisco, no Município de Belo Horizonte.

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Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 5 de janeiro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil.

AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 16.679, de 10/1/2007

Proposição: Projeto de Lei nº 2.876/2005

Autoria: Governador Aécio Neves

Regulamentação Total: Decreto nº 44.665, de 29/11/2007

Dispõe sobre o Fundo Pró-Floresta e dá nova redação ao inciso I do art. 2º da Lei nº 14.646, de 24 de junho de 2003, que dispõe sobre o Fundo de Apoio Habitacional da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais – Fundhab.

O VICE-GOVERNADOR, no exercício do cargo de GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º – O Fundo Pró-Floresta, criado pela Lei n.º 11.398, de 6 de janeiro de 1994, passa a reger-se por esta Lei, observado o disposto na Lei Complementar nº 91, de 19 de janeiro de 2006.

Art. 2º – O Fundo Pró-Floresta tem por objetivo fomentar o florestamento e o reflorestamento no Estado, com a finalidade de suprir a cadeia produtiva do setor florestal, incrementar as exportações de produtos de base florestal, minimizar o impacto da exploração de formações vegetais nativas e complementar programas de conservação da biodiversidade, em consonância com as Leis nºs 11.405, de 28 de janeiro de 1994, e 14.309, de 19 de junho de 2002.

§ 1º – Os objetivos estabelecidos no caput serão realizados por meio de financiamento:

I – de empreendimentos dedicados à produção e à comercialização de mudas florestais, madeira em toras ou lenha, carvão, látex, resinas, óleos essenciais e outros produtos e subprodutos oriundos de plantios florestais, destinados à utilização comercial, industrial ou doméstica;

II – de gastos necessários à adoção de medidas de controle ou demais exigências ambientais previstas em lei relativas à atividade econômica do setor.

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§ 2º – O prazo para concessão de financiamento com recursos do Fundo será de doze anos contados da data de publicação desta Lei, podendo ser prorrogado por quatro anos uma única vez, por ato do Poder Executivo, com base na avaliação de desempenho do Fundo. Art. 3º – Podem ser beneficiários de operações de financiamento com recursos do Fundo Pró-Floresta, observados os objetivos estabelecidos no art. 2º desta Lei: I – produtor rural integrado a empresa florestal, industrial ou agroindustrial instalada ou em processo de instalação no Estado, para execução de investimentos relacionados com o contrato de fornecimento de madeira reflorestada e subprodutos à empresa contratante; II – produtor rural, inclusive da agricultura familiar, vinculado a projeto de cooperativa ou associação, ou independente, nos termos do regulamento, permitida a adoção de sistemas agrossilvopastoris integrados; III – empresa de produção e comercialização de mudas florestais, de serviços de florestamento e de reflorestamento; IV – empresa florestal ou industrial consumidora de matéria-prima de origem florestal que apresente projeto de implantação ou de manejo de florestas. Art. 4º – São recursos do Fundo Pró-Floresta: I – os de dotações consignadas no orçamento do Estado e os de créditos adicionais; II – os provenientes de operações de crédito interno e externo de que o Estado seja mutuário e destinadas ao Pró- Floresta; III – retornos, relativos ao principal e encargos, de financiamentos concedidos pelo Pró-Floresta; IV – resultados de aplicações financeiras das disponibilidades temporárias; V – os de outras origens, conforme disposto na Lei Orçamentária Anual. § 1º – O Fundo Pró-Floresta transferirá ao Tesouro Estadual recursos para pagamento integral ou parcial de serviço e amortização de dívidas contraídas pelo Estado em operações de crédito interno e externo destinadas ao Fundo, na forma e nas condições estabelecidas em regulamento. § 2º – O superávit financeiro do Fundo, apurado no término de cada exercício, será mantido em seu patrimônio, ficando autorizada sua utilização nos exercícios seguintes. Art. 5º – O Fundo Pró-Floresta, de natureza e individuação contábeis, será rotativo, e seus recursos serão aplicados sob a forma de financiamento reembolsável, nos termos do inciso III do art. 3º da Lei Complementar nº 91, de 2006, observadas as disposições desta Lei e de seu regulamento, sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 4º e no § 4º do art. 9º desta Lei. Art. 6º – Os financiamentos com recursos do Fundo Pró-Florestaestão sujeitos às seguintes condições gerais: I – exigência de contrapartida de recursos do beneficiário de no mínimo 20% (vinte por cento) do total dos investimentos relativos ao valor do projeto;

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II – prazo total de financiamento de até cento e sessenta e oito meses, incluídos carência e amortização, conforme modalidade de investimento; III – encargos, na forma de: a) reajuste do saldo devedor por índice de preços ou taxa financeira; b) juros limitados a 12% (doze por cento) ao ano, aplicados ao saldo devedor reajustado conforme dispõe a alínea “a”; IV – exigência de garantias reais ou fidejussórias, isolada ou cumulativamente, a critério do agente financeiro. § 1º – Fica autorizada a aplicação de redutor integral ou parcial do índice de preços ou da taxa financeira a que se refere a alínea “a” do inciso III do caput. § 2º – São requisitos para a concessão de financiamento com recursos do Fundo Pró-Floresta: I – conclusão favorável de análise do proponente e do projeto a ser financiado, em seus aspectos técnicos, econômicos, financeiros, jurídicos e cadastrais; II – comprovação de atendimento das exigências da legislação ambiental, no que for aplicável. § 3º – O prazo de financiamento de que trata o inciso II do caput poderá ser ampliado, a critério do grupo coordenador, no caso de cultura florestal com previsão de tempo excepcionalmente longo para o início do retorno do investimento, conforme o disposto no regulamento desta lei. Art. 7º – O regulamento do Fundo estabelecerá: I – parâmetros operacionais e complementares relativos às condições gerais e aos requisitos estabelecidos no art. 6º; II – outros requisitos e normas relativas aos processos de enquadramento e de aprovação das solicitações de financiamento; III – sanções e penalidades para os casos de inadimplemento técnico e financeiro e de irregularidades praticadas pela empresa durante a vigência do contrato de financiamento, sem prejuízo das responsabilidades civis, penais e administrativas aplicáveis. Art. 8º – O Fundo Pró-Floresta terá como gestora a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Seapa, com as atribuições definidas em regulamento, nos termos dos arts. 8º, no que couber, e 9º, inciso I, da Lei Complementar nº 91, de 2006. Art. 9º – O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S. A. – BDMG é o agente financeiro do Fundo Pró-Floresta, com as atribuições definidas em regulamento, nos termos dos arts. 8º, no que couber, e 9º, inciso III, da Lei Complementar nº 91, de 2006, e o mandatário do Estado para contratar as operações de financiamento e para efetuar a cobrança dos créditos concedidos em todas as instâncias. § 1º – A remuneração do agente financeiro será de 3% (três por cento) ao ano, incluída na taxa de juros de que trata o inciso III, alínea “b”, do caput do art. 6º, ficando, também,

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autorizado a cobrar do beneficiário taxa de abertura de crédito no valor de até 1% (um por cento) do valor total do financiamento, bem como o ressarcimento de despesas relativas a avaliação de garantias.

§ 2º – Fica o agente financeiro autorizado a: I – aplicar suas normas internas de recuperação de crédito em atos de cobrança, incluindo a inserção dos devedores e seus coobrigados em órgãos de proteção ao crédito; II – renegociar prazos e forma de pagamento de valores vincendos, em conformidade com suas normas aplicáveis; III – realizar acordos para recebimento de valores, podendo transigir com relação a penalidades decorrentes de inadimplemento do beneficiário, bem como repactuar prazos, forma de pagamento e cálculo do saldo devedor, observadas suas normas internas de recuperação de crédito e preservado o interesse público;

IV – receber bens em dação em pagamento para quitação de financiamento concedido e promover sua alienação, nesse caso podendo debitar dos valores resultantes das alienações a serem transferidos ao Fundo os gastos incorridos pelo Banco na avaliação, transferência, administração e guarda dos referidos bens e as despesas relativas a procedimentos judiciais, a título de ressarcimento pelos referidos gastos.

§ 3º – O BDMG, observadas as normas legais aplicáveis e com autorização prévia do grupo coordenador, poderá estabelecer convênio ou contrato com instituição pública ou privada, bem como com cooperativas e associações de produtores rurais devidamente legalizadas para: I – a realização de estudos sobre a avaliação do desempenho do Fundo e do impacto socioambiental dos projetos financiados, visando ao seu aprimoramento; II – a operacionalização dos financiamentos, no caso de beneficiário previsto nos incisos I e II do caput do art. 3º desta Lei, incluindo: a) a assistência aos proponentes na elaboração de projetos que pleiteiem financiamentos com recursos do Fundo; b) a emissão de pareceres sobre a viabilidade dos projetos; c) o acompanhamento dos projetos financiados. § 4º – Os custos decorrentes de convênio ou contrato a que se refere o § 3º caberão integralmente ao Fundo, sem prejuízo do cronograma de liberação dos financiamentos aprovados, na forma de ressarcimento ao BDMG pelos gastos incorridos ou na forma de pagamento direto à entidade conveniada ou contratada, conforme dispuser o regulamento. Art. 10 – Ao final de cada exercício civil, o BDMG, ouvidas as Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão e de Fazenda, debitará ao Fundo os valores correspondentes a saldos de contrato de financiamento vencidos e não recebidos, considerados irrecuperáveis depois de esgotadas as medidas de cobrança administrativas ou judiciais cabíveis, ou os

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caracterizados nos termos do inciso II do § 3º do art. 14 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000, assim como quantias despendidas pelo Banco em decorrência de procedimentos judiciais. Art. 11 – O grupo coordenador do Fundo Pró-Floresta é formado por um representante de cada um dos seguintes órgãos e entidades: I – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento; II – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão; III – Secretaria de Estado de Fazenda; IV – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; V – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico; VI – Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S. A.; VII – Instituto Estadual de Florestas; VIII – Instituto Mineiro de Gestão das Águas; IX – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais; X – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais; XI – Instituto Mineiro de Agropecuária. Parágrafo único – As atribuições e competências do grupo coordenador serão estabelecidas em regulamento, observadas as disposições aplicáveis da Lei Complementar nº 91, de 2006. Art. 12 – Os demonstrativos financeiros do Fundo obedecerão ao disposto na Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, e nos demais atos normativos aplicáveis. Art. 13 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei, estabelecendo regras de transição para os pleitos de financiamentos protocolados no BDMG e as operações já aprovadas até a data de publicação desta Lei. Art. 14 – Ficam revogadas, a partir da data de publicação do regulamento desta lei, e sem prejuízo das operações contratadas: I – a Lei nº 11.398, de 6 de janeiro de 1994; II – a Lei nº 12.991, de 30 de julho de 1998; III – a Lei nº 14.079, de 5 de dezembro de 2001. Parágrafo único – Permanecerão em vigor, até noventa dias após a edição do regulamento desta Lei, as normas específicas dos diplomas infralegais relativos às leis mencionadas no caput deste artigo, para uso restrito nas regras de transição a que se refere o art. 13 desta Lei...... Art. 16 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 10 de janeiro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil. ANTONIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA – Governador em exercício.

NORMA: LEI Nº 16.687, de 11/1/2007 Proposição: Projeto de Lei nº 2.493/2005 Autoria: Dep. Laudelino Augusto – PT Dep. Maria Tereza Lara – PT Regulamentação Total: Decreto nº 44.962, de 25/11/2008 Dispõe sobre a elaboração da Agenda 21 Estadual. O VICE-GOVERNADOR, no exercício do cargo de GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O desenvolvimento sustentável no Estado de Minas Gerais será orientado pela Agenda 21 Estadual. Art. 2º – A Agenda 21 Estadual será elaborada pelo poder público com ampla participação da sociedade civil, observado o disposto na Agenda 21 Brasileira. Parágrafo único – Na elaboração da Agenda 21 Estadual, o poder público assegurará a participação do Fórum Agenda 21 do Estado de Minas Gerais. Art. 3º – Para a consecução do disposto no art. 2º, incumbe ao Estado: I – apoiar as iniciativas do Fórum Agenda 21 do Estado de Minas Gerais para a consecução de seus objetivos; II – promover audiências públicas, seminários e fóruns; III – instituir comissão e grupos de trabalho temáticos; IV – divulgar a importância da participação da sociedade no processo de elaboração da Agenda 21 Estadual; V – criar mecanismos de financiamento; VI – promover a articulação com a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Sustentável e Apoio às Agendas 21 locais e a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Brasileira, de que trata o Decreto Federal de 3 de fevereiro de 2004; VII – incentivar e apoiar os Municípios na elaboração de Agendas 21 locais; VIII – promover consulta pública pelos meios eletrônicos; IX – tornar disponíveis aos interessados dados e informações.

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Parágrafo único – A participação em grupos de trabalho ou em comissão será considerada prestação de serviços relevantes, não remunerada. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 11 de janeiro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil. ANTONIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA – Governador em exercício

NORMA: LEI Nº 16.689, de 11/1/2007 Proposição: Projeto de Lei nº 2.562/2005 Autoria: Dep. Carlos Gomes – PT Acrescenta dispositivos à Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta de lixo, e à Lei nº 15.441, de 11 de janeiro de 2005, que regulamenta o inciso I do § 1º do art. 214 da Constituição do Estado. O VICE-GOVERNADOR, no exercício do cargo de GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica acrescentado à Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, o seguinte art. 4º-A: “Art. 4º-A – Os órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta do Estado instituirão coleta seletiva de lixo, de acordo com o disposto nesta lei, na hipótese de inexistência de legislação municipal pertinente, obedecidas as seguintes diretrizes: I – as atividades de coleta seletiva de resíduos recicláveis, tais como papel, papelão, plástico, metal e vidro, integrarão iniciativas voltadas para a educação ambiental; II – os recipientes para coleta de resíduos recicláveis serão dispostos em local de fácil acesso e identificados por meio de cores padronizadas para cada tipo de material, conforme parâmetros definidos pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam; III – o material coletado poderá ser doado para associações e cooperativas de catadores de lixo e, na falta destas, para instituições congêneres. Parágrafo único – Mediante procedimento licitatório, poderão ser feitas parcerias com empresas e instituições da iniciativa privada para receber em doação os recipientes a que se refere o inciso II do caput deste artigo, permitida a cessão à instituição doadora,

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nos termos do contrato de parceria, de até um oitavo da área dos recipientes, pelo período máximo de seis meses, para veiculação de propaganda.”.

Art. 2º – Fica acrescentado à Lei nº 15.441, de 11 de janeiro de 2005, o seguinte art. 6º-A:

“Art. 6º-A – As atividades de educação ambiental na rede pública de ensino incluirão, sob orientação do colegiado escolar, a implantação de sistema de recolhimento seletivo de resíduos recicláveis.

§ 1º – Na implantação do sistema de que trata o “caput”, serão dispostos, em local de fácil acesso, recipientes para coleta de resíduos recicláveis, identificados por meio de cores padronizadas para cada tipo de material, conforme parâmetros definidos pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam.

§ 2º – Mediante procedimento licitatório, poderão ser feitas parcerias com empresas e instituições da iniciativa privada para receber em doação os recipientes a que se refere o § 1º, permitida a cessão à instituição doadora, nos termos do contrato de parceria, de até um oitavo da área dos recipientes, pelo período máximo de seis meses, para veiculação de propaganda.

§ 3º – O estabelecimento de ensino, a critério do colegiado escolar, poderá:

I – comercializar o material coletado, revertendo o lucro da venda em benefício da caixa escolar;

II – doar o material coletado a associações ou cooperativas de catadores de lixo e, na falta destas, para instituições congêneres.”.

Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 11 de janeiro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil.

ANTONIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA – Governador em exercício.

NORMA: LEI DELEGADA Nº 125, de 25/1/2007

Proposição: Resolução da ALMG nº 5294/2006

Autoria: Governador Aécio Neves Dispõe sobre a estrutura orgânica básica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IX do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Resolução nº 5.294, de 15 de dezembro de 2006, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, decreta a seguinte Lei:

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CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de que trata o inciso XII do art. 19 da Lei Delegada n.º 112, de 25 de janeiro de 2007, tem sua estrutura orgânica básica definida nesta Lei Delegada. Parágrafo único – Para os efeitos desta Lei Delegada, a expressão “Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”, o termo “Secretaria” e a sigla “SEMAD” se equivalem. CAPÍTULO II DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA Art. 2º – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável tem por finalidade planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar, controlar e avaliar as ações setoriais a cargo do Estado, relativas à proteção e à defesa do meio ambiente, ao gerenciamento dos recursos hídricos e à articulação das políticas de gestão dos recursos ambientais, visando ao desenvolvimento sustentável, competindo-lhe: I – formular e coordenar a política estadual de meio ambiente e desenvolvimento sustentável e a política global do Estado relativa às atividades setoriais de saneamento ambiental, supervisionando sua execução nas instituições que compõem sua área de competência; II – formular planos e programas em sua área de competência, observadas as determinações governamentais, em articulação com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão; III – promover a aplicação das normas de preservação, conservação, controle e desenvolvimento sustentável dos recursos ambientais e zelar por sua observância, em articulação com órgãos federais, estaduais e municipais, bem como coordenar e supervisionar as ações voltadas para a proteção ambiental; IV – planejar, propor e coordenar a gestão ambiental integrada no Estado, com vistas à manutenção dos ecossistemas e do desenvolvimento sustentável; V – articular-se com os organismos que atuam na área do meio ambiente e especificamente na área de recursos hídricos, com a finalidade de garantir a execução da política ambiental e de gestão de recursos hídricos do Estado; VI – estabelecer e consolidar, em conjunto com órgãos e entidades que atuam na área ambiental, as normas técnicas a serem por eles observadas, coordenando as ações pertinentes; VII – identificar os recursos naturais do Estado essenciais ao equilíbrio do meio ambiente, compatibilizando as medidas preservacionistas e conservacionistas com a exploração racional, conforme as diretrizes do desenvolvimento sustentável; VIII – coordenar e supervisionar os planos, programas e projetos de proteção de mananciais e de gestão ambiental de bacias hidrográficas, bem como as atividades relativas à qualidade ambiental, ao controle da poluição e à preservação, à conservação e ao uso sustentável dos recursos hídricos, das florestas e da biodiversidade, inclusive os recursos ictiológicos;

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IX – coordenar o zoneamento ambiental do Estado, em articulação com instituições federais, estaduais e municipais; X – planejar e coordenar planos, programas e projetos de educação e extensão ambiental e supervisionar sua execução nas instituições que compõem sua área de competência; XI – representar o Governo do Estado no Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA – e em outros conselhos nos quais tenham assento os órgãos ambientais e de gestão dos recursos hídricos das unidades federadas; XII – homologar e fazer cumprir as decisões do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH –, observadas as normas legais pertinentes; XIII – coordenar, em conjunto com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, as atividades dos núcleos de gestão ambiental das Secretarias de Estado com representatividade no COPAM; XIV – estabelecer cooperação técnica, financeira e institucional com organismos nacionais e estrangeiros, visando à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável do Estado; XV – planejar, organizar e promover as atividades de controle e fiscalização referentes ao uso dos recursos ambientais do Estado e ao combate da poluição, definidas na legislação federal e estadual; XVI – definir normas e procedimentos para a compatibilização e unificação do licenciamento ambiental e de outros atos autorizativos a cargo da FEAM, do IEF e do IGAM, criando uma base unificada de dados georreferenciados que contenha as informações necessárias ao desempenho daquelas entidades; XVII – propor normas a serem estabelecidas para os procedimentos referentes ao licenciamento ambiental, observadas as deliberações do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA – e do COPAM, considerando as peculiaridades técnicas das atividades efetiva e potencialmente poluidoras, as alternativas tecnológicas disponíveis, o tamanho do empreendimento, a utilização dos recursos ambientais, o impacto ambiental, entre outras variáveis a serem definidas em regulamento, por ato do Governador do Estado. XVIII – definir os índices de qualidade para cada região do Estado a serem observados na concessão do licenciamento ambiental, estabelecendo padrões diferenciados conforme os níveis de antropismo de cada região, as peculiaridades locais, dos ecossistemas e dos recursos hídricos e considerando a qualidade do ar, da água, do solo, do subsolo, da fauna, da flora e da cobertura florestal, aferidos pelo monitoramento sistemático e permanente da situação ambiental do Estado; XIX – estabelecer normas técnicas e operacionais para fiscalização do meio ambiente no Estado, a ser executado pela Polícia Ambiental da Polícia Militar de Minas Gerais em estreita articulação com a FEAM, o IEF e o IGAM;

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XX – definir a regionalização administrativa de suas entidades vinculadas, de forma unificada, com até treze unidades regionais; XXI – promover, por meio do Comitê Gestor da Fiscalização Ambiental Integrada – CGFAI, o planejamento e o monitoramento da fiscalização ambiental integrada do Estado, coordenando a atuação da FEAM, do IEF, do IGAM e da Polícia Ambiental da Polícia Militar de Minas Gerais e de outros órgãos e entidades da Administração estadual, em articulação com o Governo Federal por meio do IBAMA; XXII – exercer a coordenação administrativa, técnica e operacional das Superintendências Regionais de Meio Ambiente e da Superintendência da Região Central-Metropolitana nos procedimentos relativos aos processos de regularização ambiental, com o apoio da FEAM, do IGAM e do IEF; XXIII – coordenar a formulação, a execução e a avaliação das atividades administrativas, financeiras, contábeis, de recursos humanos, planejamento, modernização e informação das instituições que compõem o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA -, observadas as diretrizes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão; XXIV – exercer outras atividades correlatas. Parágrafo único – Para os efeitos desta Lei Delegada, recursos ambientais são os recursos bióticos e abióticos existentes no território do Estado essenciais à manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado e à sadia qualidade de vida da população, compreendendo a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, as florestas, a fauna e a flora. CAPÍTULO III DA ESTRUTURA ORGÂNICA BÁSICA Art. 3º – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável tem a seguinte estrutura orgânica básica: I – Gabinete; II – Assessoria Jurídica; III – Auditoria Setorial; IV – Assessoria de Apoio Administrativo; V – Assessoria de Comunicação Social; VI – Comitê Gestor da Fiscalização Ambiental Integrada – CGFAI VII – Subsecretaria de Inovação e Logística do Sistema Estadual de Meio Ambiente: a) Superintendência de Planejamento e Modernização Institucional; b) Superintendência de Recursos Humanos; c) Superintendência de Recursos Logísticos e Manutenção; d) Superintendência de Contabilidade e Finanças;

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VIII – Subsecretaria de Gestão Ambiental Integrada: a) Superintendência de Licenciamento e Atos Autorizativos; b) Superintendência de Coordenação Técnica; c) Superintendência da Região Central Metropolitana de Meio Ambiente; d) Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em número de até doze. Parágrafo único – As finalidades e as competências das unidades previstas neste artigo, assim como a estrutura orgânica complementar e suas atribuições, serão estabelecidas em decreto. CAPÍTULO IV DA ÁREA DE COMPETÊNCIA Art. 4º – Integram a área de competência da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: I – por subordinação administrativa: a) Conselhos Estaduais: 1. Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM; 2. Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH; II – por vinculação: a) Fundação: 1. Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM; b) Autarquias: 1. Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM; 2. Instituto Estadual de Florestas – IEF. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 5º – O Grupo Coordenador da Fiscalização Ambiental Integrada – GCFAI –, criado pelo art. 6º da Lei n.º 15.972, de 12 de janeiro de 2006, passa a denominar-se Comitê Gestor da Fiscalização Ambiental Integrada – CGFAI. Parágrafo único – O CGFAI tem como finalidade promover o planejamento e o monitoramento da fiscalização ambiental no Estado, a ser executada pela FEAM, pelo IEF e pelo IGAM com o apoio operacional da Polícia Ambiental da Polícia Militar de Minas Gerais, bem como de coordenar o atendimento às denúncias de problemas ambientais dirigidas ao SISEMA, competindo-lhe: I – estabelecer as diretrizes para a fiscalização ambiental e planejar, de forma integrada, com base na identificação dos principais problemas ambientais do Estado, as ações governamentais necessárias à implantação de normas de controle;

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II – coordenar a aplicação da legislação ambiental, resguardadas as atribuições legais e regulamentares pertinentes a cada órgão ou entidade; III – coordenar a realização de ações emergenciais relativas a problemas ambientais, de modo a contribuir para a redução de riscos iminentes de danos ao meio ambiente; IV – coordenar o recebimento e o atendimento às denúncias dirigidas ao SISEMA, em especial dos pedidos de informações e de vistorias técnicas oriundas do Ministério Público. Art. 6º – O art. 6º da Lei nº 15.972, de 12 de janeiro de 2006, fica acrescido dos seguintes §§ 4º e 5º, e seu § 2º passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6º (...). § 2º – São membros do CGFAI: I – o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que é o seu Presidente; II – o Secretário-Executivo do Comitê Gestor da Fiscalização Ambiental Integrada - CGFAI; III – o Diretor de Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar de Minas Gerais, que é seu Coordenador Operacional. (...). § 4º – O Presidente do CGFAI será substituído, em caso de impedimento, pelo Secretário Executivo do CGFAI. § 5º – As Diretorias de Monitoramento e Fiscalização Ambiental da FEAM, do IEF e do IGAM subordinam-se, técnica e operacionalmente, ao CGFAI”. Art. 7º – Fica instituído o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA, com a finalidade de regionalizar as medidas emanadas do Sistema Nacional de Meio Ambiente, criado pela Lei Federal nº 6.983, de 31 de agosto de 1981, por meio da articulação coordenada do órgão e das entidades que o integram. §1º – Integram o SISEMA: I – a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; II – a Fundação Estadual de Meio Ambiente; III – o Instituto Mineiro de Gestão das Águas; IV – o Instituto Estadual de Florestas. V – Os Núcleos de Gestão Ambiental das Secretarias de Estado integrantes do COPAM; VI – A Polícia Ambiental da Polícia Militar de Minas Gerais.” § 2º – As competências do SISEMA serão definidas em regulamento. (Vide art. 1º da Lei Delegada nº 156, de 25/1/2007.)

(Vide art. 1º da Lei Delegada nº 157, de 25/1/2007.)

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(Vide art. 1º da Lei Delegada nº 158, de 25/1/2007.) Art. 8º – Fica revogada a Lei Delegada n.º 62, de 29 de janeiro de 2003. Art. 9º – Esta Lei Delegada entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 de janeiro de 2007, 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI DELEGADA Nº 156, de 25/1/2007 Proposição: Resolução da ALMG nº 5294/2006 Autoria: Governador Aécio Neves Altera a Lei Delegada nº 73, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a estrutura orgânica básica da Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM. O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IX do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Resolução nº 5.294, de 15 de dezembro de 2006, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, decreta a seguinte Lei Delegada: Art. 1º – Os arts. 1º, 2º e 3º da Lei Delegada nº 73, de 29 de janeiro de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º A Fundação Estadual de Meio Ambiente, de que trata a alínea “a” do inciso IX do art. 28 da Lei Delegada nº 112, de 25 de janeiro de 2007, tem autonomia administrativa e financeira, personalidade jurídica de direito público, prazo de duração indeterminado e sede e foro na Capital do Estado. § 1º – A FEAM vincula-se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e tem a sua estrutura básica definida nesta Lei. § 2º – A FEAM integra, no âmbito estadual e na esfera de sua competência, o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA, criado pelo art. 7º da Lei Delegada nº 125, de 25 de janeiro de 2007. § 3º – Para os efeitos desta Lei Delegada a expressão “Fundação Estadual de Meio Ambiente”, o termo “Fundação” e a sigla “FEAM” se equivalem. Art. 2º – A FEAM tem por finalidade executar, no âmbito do Estado, a política de proteção, conservação e melhoria da qualidade ambiental, no que concerne à prevenção e à correção da poluição ou da degradação ambiental provocada pelas atividades industriais, minerarias e de infra-estrutura, bem como promover e realizar estudos e pesquisas sobre tecnologias ambientais e sobre a poluição e a qualidade do ar e do solo e apoiar

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tecnicamente as unidades executoras dos processos de regularização ambiental e as unidades colegiadas, observadas as deliberações do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH – e as diretrizes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Parágrafo único – As atribuições e as competências específicas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para o alcance das finalidades de que trata o “caput” deste artigo serão estabelecidas em decreto.

Art. 3º – A Fundação Estadual de Meio Ambiente tem a seguinte estrutura orgânica básica:

I – Unidade Colegiada:

a) Conselho Curador;

II – Direção Superior:

a) Presidente;

b) Vice-Presidente;

III – Unidades Administrativas:

a) Gabinete;

b) Procuradoria;

c) Auditoria Seccional;

d) Diretoria de Qualidade e Gestão Ambiental;

e) Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento;

f) Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental;

g) Gerência de Planejamento e Modernização Institucional;

h) Gerência de Recursos Humanos;

i) Gerência de Logística e Manutenção;

j ) Gerência de Contabilidade e Finanças.

§ 1º – As competências e composição do Conselho Curador, as competências das unidades previstas neste artigo, assim como a denominação e as competências das unidades da estrutura complementar serão estabelecidas em decreto. § 2º – Os cargos dos titulares das unidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo são de livre nomeação e exoneração do Governador do Estado, salvo os referidos nas alíneas “g”, “h”, “i” e “j” do inciso III, que são de livre nomeação e exoneração do Presidente da FEAM.

§ 3º – As unidades de que tratam as alíneas “g”, “h”, “i” e “j” do inciso III são subordinadas tecnicamente à Subsecretraria de Inovação e Logística do Sistema Estadual de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.”.

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Art. 2º – A Fundação alterará seu Estatuto de forma a adequá-lo às modificações determinadas nesta Lei Delegada e no decreto que a regulamentar.

Art. 3º – Ficam revogados os art. 11, 12, 13 e 14 da Lei Delegada nº 73 de 29 de janeiro de 2003.

Art. 4º – Esta Lei Delegada entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 de janeiro de 2007, 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI DELEGADA Nº 157, de 25/1/2007 Proposição: Resolução da ALMG nº 5294/2006 Autoria: Governador Aécio Neves Altera a Lei Delegada nº 83, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM.

O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IX do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Resolução n.º 5.294, de 15 de dezembro de 2006, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, decreta a seguinte Lei Delegada: Art. 1º – Os arts.1º e 3º da Lei Delegada n.º 83, de 29 de janeiro de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º – A autarquia Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM – de que trata a alínea “b” do inciso IX do art. 28 da Lei Delegada nº 112, de 25 de janeiro de 2007, tem autonomia administrativa e financeira, personalidade jurídica de direito público, prazo de duração indeterminado, sede e foro na Capital do Estado. § 1º – O Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM – vincula- se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e tem a sua estrutura orgânica básica definida nesta Lei Delegada.

§ 2º – O IGAM integra, no âmbito estadual e na esfera de sua competência, o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA –, criado no art. 7 º da Lei Delegada nº 125, de 25 de janeiro de 2007. § 3º – Para os efeitos desta Lei Delegada, a expressão “Instituto Mineiro de Gestão das Águas”, o termo “Instituto” e a sigla “IGAM” se equivalem.

(...)

432 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Art. 3º – O Instituto Mineiro de Gestão das Águas tem a seguinte estrutura orgânica básica: I – Unidade Colegiada: a) Conselho de Administração; II – Direção Superior: a) Diretor Geral; b) Vice-Diretor Geral; III – Unidades Administrativas: a) Gabinete; b) Procuradoria; c) Auditoria Seccional; d) Diretoria de Gestão de Recursos Hídricos; e) Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental; f) Gerência de Planejamento e Modernização Institucional; g) Gerência de Gestão; h) Gerência de Contabilidade e Finanças. § 1º – As competências e a composição do Conselho de Administração, a descrição das competências das unidades previstas neste artigo, assim como a denominação e a descrição das competências das unidades da estrutura orgânica complementar serão estabelecidas em decreto. § 2º – Os titulares das unidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo são de livre nomeação e exoneração do Governador do Estado, salvo os das alíneas “f”, “g” e “h” do inciso III, que são de livre nomeação e exoneração do Diretor Geral do IGAM. § 3º – As unidades de que tratam as alíneas “f”, “g” e “h” do inciso III são subordinadas tecnicamente à Subsecretaria de Inovação e Logística do Sistema Estadual de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”. Art. 2º – O Instituto alterará seu Regulamento, de modo a adequá-lo às modificações determinadas nesta Lei Delegada e no decreto que a regulamentar. Art. 3º – Ficam revogados os arts. 9º, 10, 11 e 12 da Lei Delegada nº 83, de 29 de janeiro de 2003. Art. 4º – Esta Lei Delegada entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 de janeiro de 2007, 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

433 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

NORMA: LEI DELEGADA Nº 158, de 25/1/2007 Proposição: Resolução da ALMG nº 5294/2006 Autoria: Governador Aécio Neves Altera a Lei Delegada nº 79, de 29 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a estrutura orgânica básica do Instituto Estadual de Florestas – IEF. O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IX do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Resolução n.º 5.294, de 15 de dezembro de 2006, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, decreta a seguinte Lei Delegada: Art. 1º – Os arts.1º e 3º da Lei Delegada n.º 79, de 29 de janeiro de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º – A autarquia Instituto Estadual de Florestas – IEF – de que trata a alínea “c” do inciso IX do art. 28 da Lei Delegada nº 112, de 25 de janeiro de 2007, tem autonomia administrativa e financeira, personalidade jurídica de direito público, prazo de duração indeterminado, sede e foro na Capital do Estado. § 1º – O Instituto Estadual de Florestas – IEF – vincula-se à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e tem a sua estrutura orgânica básica definida nesta Lei Delegada. § 2º – O IEF integra, no âmbito estadual e na esfera de sua competência, o Sistema Estadual de Meio Ambiente – SISEMA –, criado pelo art. 7º da Lei Delegada nº 125, de 25 de janeiro de 2007. § 3º – Para os efeitos desta Lei Delegada, a expressão “Instituto Estadual de Florestas”, o termo “Instituto” e a sigla “IEF” se equivalem. (...) Art. 3º – O Instituto Estadual de Florestas tem a seguinte estrutura orgânica básica: I – Unidade Colegiada: a) Conselho de Administração; II – Direção Superior: a) Diretor Geral; b) Vice-Diretor Geral; III – Unidades Administrativas: a) Gabinete; b) Procuradoria; c) Auditoria Seccional; d) Diretoria de Biodiversidade;

434 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

e) Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental; f) Diretoria de Áreas Protegidas; g) Diretoria de Desenvolvimento e Conservação Florestal; h) Gerência de Planejamento e Modernização Institucional;

i) Gerência de Recursos Humanos; j) Gerência de Logística e Manutenção; l ) Gerência de Contabilidade e Finanças. § 1º – As competências e a composição do Conselho de Administração, a descrição das competências das unidades previstas neste artigo, assim como a denominação e a descrição das competências das unidades da estrutura orgânica complementar serão estabelecidas em decreto. §2º – Para a consecução do disposto no parágrafo anterior poderão ocorrer criações, fusões, alterações de denominação, transferências e desmembramentos nas unidades da estrutura complementar.

§ 3º – Os titulares das unidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo são de livre nomeação e exoneração do Governador do Estado, salvo os das alíneas “h”, “i”, “j” e “l” do inciso III que são de livre nomeação e exoneração do Diretor Geral do IEF. § 4º – As unidades de que tratam as alíneas “h”, “i”, “j” e “l” do inciso III são subordinadas tecnicamente à Subsecretraria de Inovação e Logística do Sistema Estadual de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”. Art. 2º – O Instituto alterará seu Regulamento, de modo a adequá-lo às modificações determinadas nesta Lei Delegada e no decreto que a regulamentar.

Art. 3º – Ficam revogados os arts. 9º, 10, 11 e 12 da Lei Delegada nº 79, de 29 de janeiro de 2003. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 dias do mês de janeiro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186 º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI DELEGADA Nº 178, de 29/1/2007

Proposição: Resolução da ALMG nº 5294/2006 Autoria: Governador Aécio Neves

Regulamentação Total: Decreto nº 44.667, de 3/12/2007

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Dispõe sobre a reorganização do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM – e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso IX do art. 90, da Constituição do Estado, e tendo em vista o disposto na Resolução nº 5.294, de 15 de dezembro de 2006, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, decreta a seguinte Lei Delegada:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art.1º – O Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM -, instituído pelo Decreto nº 18.466, de 29 de abril de 1977, e alterado pelas Leis nº 9.514, de 29 de dezembro de 1987 e nº 12.585, de 17 de julho de 1997, passa a ser regido por esta Lei

Parágrafo único – Para os efeitos desta Lei, a sigla “COPAM” e a palavra “Conselho” equivalem à denominação “Conselho Estadual de Política Ambiental”.

Art. 2º – O Conselho é órgão normativo, colegiado, consultivo e deliberativo, subordinado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD. CAPÍTULO II DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA Art. 3º – O COPAM tem por finalidade deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e técnicas, padrões e outras medidas de caráter operacional, para preservação e conservação do meio ambiente e dos recursos ambientais, bem como sobre a sua aplicação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pelas entidades a ela vinculadas e pelos demais órgãos locais. § 1º – São considerados órgãos seccionais os órgãos ou as entidades da administração pública estadual cujas atividades estejam associadas às de proteção e controle do uso dos recursos ambientais. § 2º – As Superintendências Regionais de Meio Ambiente – SUPRAMs – da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável exercerão funções de órgãos seccionais do COPAM, no âmbito das respectivas competências. § 3º – São considerados órgãos locais os órgãos ou as entidades municipais responsáveis pelas atividades referidas no § 2º nas suas respectivas jurisdições. Art. 4º – Compete ao COPAM: I – definir as áreas em que a ação do governo relativa à qualidade ambiental deva ser prioritária; II – estabelecer normas técnicas e padrões de proteção e conservação do meio ambiente, observadas a legislação federal e a estadual, bem como os objetivos definidos nos planos de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado;

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III – aprovar normas sobre a concessão dos atos autorizativos ambientais, no âmbito de sua competência, inclusive quanto à classificação das atividades por parte e potencial poluidor; IV – compatibilizar planos, programas e projetos potencialmente modificadores do meio ambiente com as normas e padrões estabelecidos pela legislação ambiental vigente, visando à garantia da qualidade de vida e dos direitos fundamentais da sociedade e do indivíduo; V – estabelecer diretrizes para a integração dos municípios, mediante convênio, na aplicação das normas de licenciamento e fiscalização ambiental; VI – acompanhar o planejamento e o estabelecimento de diretrizes de ações de fiscalização e de exercício de poder de polícia administrativa desenvolvidos pelos órgãos e entidades ambientais estaduais; VII – disciplinar exclusivamente os dispositivos contidos na Lei nº 14.181, de 17 de janeiro de 2002, na Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, e na Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980; VIII – analisar, orientar e licenciar, por intermédio de suas Unidades Regionais Colegiadas, a implantação e a operação de atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente, determinando igualmente a relocalização, a suspensão ou o encerramento dessas atividades, quando necessário, ouvido o órgão seccional competente; IX – autorizar a exploração florestal disciplinada pela Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, nos termos do regulamento desta Lei;

X – discutir e propor programas de fomento à pesquisa aplicada à área ambiental, bem como projetos de desenvolvimento sustentável; XI – homologar acordos, visando à transformação de penalidade pecuniária em obrigação de execução de medidas de interesse de proteção ambiental, além das exigidas em lei; XII – aprovar relatórios de impacto ambiental; XIII – propor ao Executivo a criação e a extinção das Câmaras Temáticas, bem como instituir e extinguir grupos de trabalho para análise de temas específicos, quando se fizer necessário, por meio de deliberação; XIV – atuar conscientizando a sociedade acerca da necessidade de participação no processo de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, com vistas ao uso sustentado dos recursos naturais; XV – decidir, em grau de recurso, através da Câmara Normativa e Recursal, como última instância administrativa, sobre as penalidades aplicadas por infração à legislação ambiental, bem como sobre o licenciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento das atividades sujeitas ao controle ambiental; XVI – determinar a compensação ambiental a que se refere o art. 36 da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000; XVII – deliberar sobre o zoneamento ecológico econômico do Estado

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XVIII – aprovar o relatório de qualidade do meio ambiente, a ser elaborado com base nos indicadores ambientais do Estado; XIX – homologar, nos termos do art. 2º da Lei nº 10.583, de 2 de janeiro de 1992, a lista de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção XX – propor a criação e reclassificação de unidades de conservação do Estado; XXI – deliberar, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, sobre zoneamento e planos de gestão de unidades de conservação de uso sustentável; XXII – estabelecer diretrizes para aplicação dos recursos previstos no art. 214, § 3º da Constituição Estadual e de fundos de apoio à política ambiental e de desenvolvimento sustentável; XXIII – aprovar os mapas de zoneamento e o calendário da pesca no Estado, com vistas ao desenvolvimento sustentável da fauna aquática; XXIV – responder a consultas sobre matéria de sua competência, orientar os interessados e o público em geral quanto à aplicação de normas e padrões de proteção ambiental e divulgar relatório sobre qualidade ambiental; XXV – aprovar seu regimento interno; e XXVI – exercer as atividades correlatas que lhe forem delegadas. CAPÍTULO III DA ESTRUTURA Art. 5º – O COPAM tem a seguinte estrutura: I – Presidência; II – Plenário; III – Câmara Normativa e Recursal; IV – Câmaras Temáticas; V – Secretaria Executiva; e VI – Unidades Regionais Colegiadas, em número máximo de quatorze. § 1º – A Presidência é exercida pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que fará o controle de legalidade dos atos e decisões da Câmara Normativa e Recursal e das Unidades Regionais Colegiadas. § 2º – O Plenário é o órgão superior de deliberação do COPAM. § 3º – As Câmaras Temáticas e as Unidades Regionais Colegiadas do Copam são apoiadas e assessoradas tecnicamente pelo órgão seccional competente e pelas SUPRAMs, aos quais incumbe prover os meios necessários ao seu funcionamento. § 4º – A Função de Secretário Executivo do COPAM é exercida pelo Secretário Adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com apoio da Subsecretaria de Gestão Ambiental Integrada.

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§ 5º – O Poder Executivo estabelecerá, em decreto, as regras de funcionamento e a composição do COPAM, observada a representação paritária entre o poder público e a sociedade civil e assegurada a participação dos setores produtivos, técnico-científicos e de defesa do meio ambiente. § 6º – A sede, a competência e a jurisdição das unidades de que trata o inciso VI do caput deste artigo serão estabelecidas em decreto. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 6º – O produto da arrecadação de multa aplicada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –, pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF –, pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM – ou pelo COPAM constituirá receita do órgão ou da entidade vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, responsável pela autuação e respectivo processo administrativo. Art. 7º – Os órgãos seccionais de apoio ao COPAM instituirão os emolumentos e outros valores pecuniários, necessários à aplicação da legislação do meio ambiente e de gestão dos recursos hídricos, aí incluídos os custos operacionais relacionados com as atividades de licenciamento ambiental. Parágrafo único – Os valores correspondentes às etapas de vistoria e análise para o licenciamento ambiental serão fixados em resolução do Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Art. 8º – Decreto fixará as normas de transição para o funcionamento do COPAM até que a estrutura definida por esta Lei seja implantada definitivamente. Art. 9º – O inciso V e o parágrafo único do art. 43 da Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999 passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 43 – ...... V – aprovar, em prazo fixado em regulamento, sob pena de perda da competência para o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor; ...... Parágrafo único – A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor compete, na falta do Comitê de Bacia Hidrográfica, ao CERH, por meio de câmara a ser instituída com esta finalidade a qual terá assessoramento técnico do IGAM.” (nr)

Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 – Fica revogada a Lei nº 12.585, de 17 de julho de 1997. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 29 de janeiro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado.

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NORMA: LEI Nº 16.908, de 3/8/2007 Proposição: Projeto de Lei nº 68/2007 Autoria: Dep. Paulo Guedes – PT Altera a Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, que dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – Fhidro – e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O inciso II do art. 5º da Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5º – ...... II – não reembolsável, para pagamento de despesa de consultoria e de custo de execução de programa, projeto ou empreendimento de proteção e melhoria dos recursos hídricos, aprovados pelo comitê da bacia hidrográfica da área de influência do projeto ou empreendimento, ou, na falta deste, pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH –, após análise da respectiva agência de bacia ou entidade equiparada ou do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam;”. Art. 2º – Fica acrescentado ao art. 5º da Lei nº 15.910, de 2005, o seguinte § 4º: “Art. 5º – ...... § 4º – Na aplicação de recursos não vinculados, será dada prioridade ao financiamento de projetos que visem: I – à elaboração de plano diretor de recursos hídricos de bacia hidrográfica; II – à implantação de sistema de informação e cadastramento de usuários de recursos hídricos.”. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 3 de agosto de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 16.918, de 6/8/2007 Proposição: Projeto de Lei nº 11/2007 Autoria: Governador Aécio Neves

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Altera os arts. 14 e 16-B da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O art. 14 e o § 3º do art. 16-B da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 14 – A aplicação de equipamento de controle da poluição, o tratamento de efluente industrial ou de qualquer tipo de material poluente despejado ou lançado, a adoção de medidas para a redução dos gases de efeito estufa e a conservação de recursos naturais constituem fatores relevantes a serem considerados pelo governo do Estado na concessão de estímulos em forma de financiamento, incentivo fiscal e ajuda técnica......

Art. 16-B – ......

§ 3º – A atuação da Polícia Ambiental da PMMG, mediante delegação de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama -, far-se-á com a interveniência da Semad, observado o disposto no § 1º deste artigo.”

Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 6 de agosto de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 17.039, de 16/10/2007

Proposição: Projeto de Lei nº 347/2007 Autoria: Dep. Doutor Viana – PFL Altera o art. 4º da Lei nº 10.627, de 16 de janeiro de 1992, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O caput do art. 4º da Lei nº 10.627, de 16 de janeiro de 1992, passa a vigorar com a seguinte redação:

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“Art. 4º – São obrigadas a realizar auditorias ambientais periódicas, com intervalo máximo de dois anos, as empresas ou atividades de elevado potencial poluidor, entre as quais:”

Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de outubro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil.

AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 17.107, de 30/10/2007

Proposição: Projeto de Lei nº 469/2007

Autoria: Dep. Gustavo Corrêa – PFL

Altera o art. 62 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA, no exercício do cargo de GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS,

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1 – O caput do art. 62 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 62 – Esgotados os prazos para a interposição de recurso, os produtos e subprodutos florestais apreendidos pela fiscalização serão:

I – destinados preferencialmente a programas de construção de habitações populares desenvolvidos pelo poder público;

II – alienados em hasta pública, destruídos ou inutilizados, quando for o caso;

III – doados pela autoridade ambiental competente, mediante prévia avaliação, a instituição científica, hospitalar, penal, militar, pública ou outras com fins benemerentes, mediante justificativa em requerimento próprio, lavrando-se o respectivo termo.”.

Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de outubro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil.

ALBERTO PINTO COELHO – Governador em Exercício

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NORMA: LEI Nº 17.110, de 1/11/2007 Proposição: Projeto de Lei nº 370/2007 Autoria: Dep. Dalmo Ribeiro Silva – PSDB Dispõe sobre o reconhecimento de localidade como estância climática ou hidromineral e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA, no exercício do cargo de GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS,

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O reconhecimento de localidade como estância climática ou hidromineral se dará por meio de lei específica, atendidos os requisitos estabelecidos nesta Lei. Art. 2º – São requisitos gerais para o reconhecimento de localidade como estância climática ou hidromineral: I – infra-estrutura hoteleira com oferta de, no mínimo, cinqüenta apartamentos;

II – infra-estrutura de lazer com quadras poliesportivas e piscinas, com pelo menos uma quadra e uma piscina cobertas;

III – área verde de dimensão superior a 10.000m2 (dez mil metros quadrados), contígua aos limites da localidade; IV – serviço médico permanente; V – plano diretor municipal em que conste, no mínimo: a) o zoneamento econômico-ecológico do Município; b) a planta cadastral, na escala de 1:10.000, com a delimitação das áreas consideradas como de preservação permanente e de proteção da estância; c) o plano de urbanismo, nele incluído o paisagismo dos sítios de interesse para o lazer e o turismo e de seus acessos; d) a previsão de:

1) infra-estrutura de saneamento ambiental, com abastecimento de água e esgotamento sanitário e pluvial em 100% (cem por cento) da localidade; 2) fornecimento de energia elétrica em 100% (cem por cento) da localidade; 3) serviço de coleta seletiva e disposição adequada de lixo. Art. 3º – Poderá ser reconhecida como estância climática a localidade que atender, além dos requisitos gerais estabelecidos no art. 2º., no mínimo, aos seguintes requisitos específicos, comprovados por estudo climatológico baseado em séries de dados relativas a um período de trinta anos, obtidas nas estações climatológicas localizadas no Estado:

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I – variação entre as médias anuais das temperaturas mínimas e máximas menor ou igual a 10º C (dez graus Celsius); II – umidade relativa média anual maior que 60% (sessenta por cento), admitida a variação, para menos, de até 10% (dez por cento) desse índice, nos resultados obtidos no local; III – número anual de horas de insolação superior a duas mil. Art. 4º – O projeto de lei que vise ao reconhecimento de estância climática será instruído com os seguintes documentos: I – memorial descritivo, com coordenadas georreferenciadas, dos limites da área do Município a ser declarada estância climática; II – estudo climatológico a que se refere o caput do art. 3º, elaborado por profissional legalmente habilitado, que comprove a ocorrência de microclima com caraterísticas que atendam ao disposto nesta lei; III – declaração comprobatória do atendimento ao disposto no art. 2º desta Lei, fornecida pela Secretaria de Estado de Turismo. Art. 5º – Poderá ser reconhecida como estância hidromineral a localidade que, além dos requisitos gerais estabelecidos no art. 2º., atenda aos seguintes requisitos específicos: I – fonte de água mineral, termal ou radioativa com comprovada ação medicamentosa, com vazão mínima de 250.000 L (duzentos e cinqüenta mil litros) por vinte e quatro horas e cuja explotação esteja legalizada por concessão de lavra; II – instalações crenoterápicas de uso público, adequadas à natureza das águas; III – área de proteção ambiental da fonte com dimensões estabelecidas por estudo técnico elaborado por profissional legalmente habilitado; IV – laboratório que realize exames bacteriológicos periódicos para verificação da pureza das águas explotadas ou contrato com entidade habilitada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM – para a realização desses serviços. § 1º – Quando na localidade existir mais de uma fonte de água mineral, termal ou radioativa com propriedades químicas e físico-químicas semelhantes, segundo a classificação estabelecida no Decreto-Lei Federal nº 7.841, de 8 de agosto de 1945, que contém o Código de Águas Minerais, poderão ser somadas as respectivas vazões para a apuração do cumprimento do requisito previsto no inciso I do caput deste artigo. § 2º – A vazão de águas minerais artificialmente captadas por poço profundo será calculada com base no nível dinâmico de água, medido durante período não inferior a vinte e quatro horas. § 3º – A vazão de fontes naturalmente captadas será calculada pela média aritmética dos resultados de medições mensais consecutivas tomadas no decorrer de um ano. Art. 6º – O projeto de lei que vise ao reconhecimento de estância hidromineral será instruído com os seguintes documentos:

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I – reprodução integral do título minerário de concessão de lavra das fontes existentes na localidade, com a data de sua publicação no “Diário Oficial da União”;

II – relatório, elaborado por técnico legalmente habilitado, contendo, no mínimo:

a) o resultado completo das análises físico-químicas e bacteriológicas das águas minerais da localidade, executadas por laboratório credenciado pelo órgão oficial competente;

b) o resultado dos laudos de medição da vazão das fontes da localidade; c) a planta, na escala de 1:200, das instalações crenoterápicas existentes na localidade, acompanhada de memorial descritivo;

d) a comprovação, mediante laudo de órgão estadual ou federal competente, da ação medicamentosa das águas de fonte existente na localidade; III – declaração comprobatória do atendimento ao disposto no art. 2º desta Lei, fornecida pela Secretaria de Estado de Turismo. Art. 7º – Ficam reconhecidas como estâncias climáticas a localidade de Monte Verde, Distrito do Município de Camanducaia, e a localidade de Maria da Fé, sede do Município de Maria da Fé. Parágrafo único – O reconhecimento de que trata este artigo será considerado revogado se, no prazo de cinco anos contados da data de publicação desta Lei, não for editada lei específica para o reconhecimento das estâncias referidas no caput, atendidos os requisitos estabelecidos por esta Lei.

Art. 8º – Ficam mantidos os reconhecimentos das estâncias hidrominerais do Estado efetuados até a data de promulgação desta Lei.

Art. 9º – Fica revogada a Lei nº 13.459, de 12 de janeiro de 2000. Art. 10 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, ao 1º de novembro de 2007; 219º da Inconfidência Mineira e 186º da Independência do Brasil.

ALBERTO PINTO COELHO – Governador em Exercício.

NORMA: LEI Nº 17.353, de 17/1/2008

Proposição: Projeto de Lei nº 1.116/2007 Autoria: Dep. Ana Maria Resende – PSDB

Dispõe sobre a alteração do uso do solo nas áreas de ocorrência de mata seca. (Vide inciso III do art. 4º da Lei nº 18.030, de 12/12/2009.)

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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – A alteração do uso do solo na áreas de ocorrência de mata seca obedecerá ao disposto nesta Lei. § 1º – Para efeitos desta Lei, considera-se mata seca o complexo vegetacional que compreende a floresta estacional decidual, a caatinga arbórea e a caatinga hiperxerófila. § 2º – O disposto nesta Lei não se aplica às áreas de ocorrência de floresta estacional decidual sob domínio da Mata Atlântica, regidas pela Lei Federal nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Art. 2º – Fica permitida a alteração do uso do solo para implantação de projeto agropecuário sustentável em 60% (sessenta por cento) da área total de propriedade rural onde ocorra mata seca em fase primária e que apresente cobertura florestal remanescente nativa igual ou superior a 80% (oitenta por cento) da área total. Parágrafo único – Nas propriedades em que não ocorra o previsto no caput deste artigo, será permitida a supressão dos estágios inicial, médio e avançado da mata seca, para implantação de projeto agropecuário sustentável em 70% (setenta por cento) da área total da propriedade. Art. 3º – O uso alternativo do solo nas áreas de mata seca incluídas no Projeto Jaíba obedecerá às condicionantes aprovadas em seu licenciamento. Art. 4º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 17 de janeiro de 2008; 220º da Inconfidência Mineira e 187º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 17.503, de 26/5/2008 Proposição: Projeto de Lei nº 612/2007 Autoria: Dep. Weliton Prado – PT Altera o art. 2º da Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica acrescentado ao art. 2º da Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, o seguinte inciso VI:

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“Art. 2º......

VI – incentivar a constituição de associações e cooperativas destinadas à coleta de materiais passíveis de reciclagem, por meio da criação de linhas de crédito com condições especiais e de apoio técnico à execução dos seus objetivos.”(nr)

Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 26 de maio de 2008; 220º da Inconfidência Mineira e 187º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 17.608, de 1º/7/2008 Proposição: Projeto de Lei nº 1.583/2007 Autoria: Governador Aécio Neves Altera os arts. 2º e 8º da Lei nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003, que institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais – TFAMG – e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º – Os incisos I, II e III do art. 2º da Lei nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação, ficando o artigo acrescido do parágrafo único que segue:

“Art. 2º – ...... I – microempresa a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, cuja receita bruta anual seja igual ou inferior ao limite estabelecido no inciso I do art. 3º da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006;

II – empresa de pequeno porte a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº 10.406, de 2002, cuja receita bruta anual se enquadre nos limites estabelecidos no inciso II do art. 3º da Lei Complementar Federal nº 123, de 2006; III – empresa de médio porte a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº 10.406, de 2002, cuja receita bruta anual seja superior ao limite máximo estabelecido no inciso II do art. 3º da Lei Complementar Federal nº 123, de 2006, e igual ou inferior a R$12.000.000,00 (doze milhões de reais);

......

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Parágrafo único – Para efeito de enquadramento nos incisos do caput e na tabela constante do Anexo III desta Lei, será considerado o somatório das receitas brutas de todos os estabelecimentos do contribuinte.” Art. 2º – O caput do art. 8º da Lei nº 14.940, de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8º – A TFAMG é devida por estabelecimento e tem por base de cálculo os valores constantes no Anexo III desta Lei, expressos em Ufemg vigente na data do vencimento.” Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 1º de julho de 2007. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, 1º de julho de 2008; 220º da Inconfidência Mineira e 187º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 17.682, de 25/7/2008 Proposição: Projeto de Lei nº 725/2007 Autoria: Dep. Doutor Viana – DEM Dá nova redação ao art. 2º da Lei nº 10.883, de 2 de outubro de 1992, que declara de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte, no Estado de Minas Gerais, o pequizeiro Caryocar brasiliense. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O art. 2º da Lei nº 10.883, de 2 de outubro de 1992, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 2º – O abate do pequizeiro Caryocar brasiliense só será admitido quando necessário à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou de relevante interesse social, mediante prévia autorização do poder público e compromisso formal entre o empreendedor e o órgão ambiental competente do plantio de vinte e cinco mudas catalogadas e identificadas da mesma espécie, por árvore a ser abatida. § 1º – Caberá aos responsáveis pelo abate do pequizeiro, com o acompanhamento de profissional legalmente habilitado, o plantio das mudas a que se refere o caput e o monitoramento do seu desenvolvimento por um prazo mínimo de cinco anos, bem como o plantio de novas mudas para substituir aquelas que não se desenvolverem, garantido o acesso da comunidade local aos frutos produzidos pelas árvores plantadas. § 2º – O plantio a que se refere o caput será efetuado no território do Município em que se localiza o empreendimento, em sistemas de enriquecimento florestal.

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§ 3º – No Município em que houver Conselho Municipal de Meio Ambiente, o abate de pequizeiros em área urbana ou distrito industrial legalmente constituído poderá ser autorizado por esse órgão, observado o disposto neste artigo.” Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 de julho de 2008; 220º da Inconfidência Mineira e 187º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 17.727, de 13/8/2008 Proposição: Projeto de Lei nº 952/2007 Autoria: Dep. Roberto Carvalho – PT Dispõe sobre a concessão de incentivo financeiro a proprietários e posseiros rurais, sob a denominação de Bolsa Verde, para os fins que especifica, e altera as Leis nº s 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, e 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O Estado concederá incentivo financeiro a proprietários e posseiros rurais, sob a denominação de Bolsa Verde, nos termos desta Lei, para identificação, recuperação, preservação e conservação de: I – áreas necessárias à proteção das formações ciliares e à recarga de aqüíferos; e II – áreas necessárias à proteção da biodiversidade e ecossistemas especialmente sensíveis, conforme dispuser o regulamento. Parágrafo único – A bacia hidrográfica será considerada como unidade físico-territorial de planejamento e gerenciamento para concessão do benefício de que trata esta Lei. Art. 2º – O benefício de que trata esta Lei será concedido anualmente em forma de auxílio pecuniário, nas condições que dispuser o regulamento. Art. 3º – Na concessão do benefício de que trata esta Lei terão prioridade os proprietários ou posseiros que se enquadrem nas seguintes categorias: I – agricultores familiares; e

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II – produtores rurais cuja propriedade ou posse tenha área de até quatro módulos fiscais. § 1º – O benefício de que trata esta Lei será progressivamente estendido a todos os proprietários e posseiros rurais do Estado, observadas as disponibilidades orçamentária e financeira. § 2º – Poderão também ser beneficiários desta Lei os proprietários de áreas urbanas que se enquadrarem nos parâmetros definidos nos incisos I e II do art. 1º desta Lei, conforme dispuser o regulamento. Art. 4º – O Poder Executivo poderá efetuar parte do pagamento do benefício de que trata esta Lei utilizando-se de créditos inscritos em dívida ativa do Estado, conforme critérios socioeconômicos e regionais definidos em regulamento. § 1º – Os créditos inscritos em dívida ativa a que se refere o caput deste artigo serão convertidos em títulos ao portador emitidos pelo Tesouro Estadual. § 2º – Os créditos de que trata o caput deste artigo poderão ser utilizados para pagamento de: I – tributos estaduais; II – dívida ativa com o governo estadual; III – lance em leilão de bens do Estado; e IV – serviços prestados pelo Estado. Art. 5º – Os recursos para a concessão do benefício de que trata esta Lei serão provenientes: I – de consignação na Lei Orçamentária Anual e de créditos adicionais; II – de 10% (dez por cento) dos recursos do Fundo de Recuperação, Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO; III – da conta Recursos Especiais a Aplicar, conforme o art. 50 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002; IV – da compensação pela utilização dos recursos naturais, conforme o art. 36 da Lei nº 14.309, de 2002; V – de convênios celebrados pelo Poder Executivo com agências de bacias hidrográficas ou entidades a elas equiparadas e com órgãos e entidades da União e dos Municípios; VI – de doações, contribuições ou legados de pessoas físicas e jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras; e VII – de dotações de recursos de outras origens. Art. 6º – O art. 4º da Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso X: “Art. 4º – ......

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X – concessão de incentivo financeiro a proprietários e posseiros rurais, para identificação, recuperação, preservação e conservação de áreas necessárias à proteção e à recarga de aqüíferos, nos termos da legislação vigente.” (nr)

Art. 7º – O caput do art. 31 da Lei nº 14.309, de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 31 – O poder público, por meio dos órgãos competentes, criará normas de apoio e incentivos fiscais e concederá incentivos especiais para o proprietário ou posseiro rural que: ...... ” Art. 8º – O inciso IV do art. 32 da Lei nº 14.309, de 2002, passa a vigorar com a redação a seguir, ficando o artigo acrescido do seguinte inciso VII:

“Art. 32 – ...... IV – o fornecimento gratuito de mudas de espécies nativas ou ecologicamente adaptadas, produzidas com a finalidade de recompor a cobertura vegetal natural; ...... VII – a concessão de incentivo financeiro a proprietários e posseiros rurais, para recuperação, preservação e conservação de áreas necessárias à proteção da biodiversidade e ecossistemas especialmente sensíveis, nos termos da legislação vigente...... ” Art. 9º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 13 de agosto de 2008; 220º da Inconfidência Mineira e 187º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 18.023, de 9/1/2009 Proposição: Projeto de Lei nº 2307/2008 Autoria: Dep. Domingos Sávio – PSDB Dep. Antônio Carlos Arantes – PSC Dep. José Henrique – PMDB Altera o art. 10 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

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Art. 1º – O § 2º do art. 10 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, passa a vigorar com a redação que segue, ficando o artigo acrescido do seguinte § 4º: “Art. 10 – ...... § 2º – No caso de reservatório artificial resultante de barramento construído sobre drenagem natural ou artificial, a área de preservação permanente corresponde à estabelecida nos termos das alíneas “d” e “e” do inciso III do caput deste artigo, exceto a área de preservação permanente de represa hidrelétrica, que terá sua abrangência e sua delimitação definidas no plano diretor da bacia hidrográfica, observada a legislação pertinente, sem prejuízo da compensação ambiental...... § 4º – Na inexistência do plano diretor a que se refere o § 2º deste artigo, a área de preservação permanente de represa hidrelétrica terá a largura de 30m (trinta metros), sem prejuízo da compensação ambiental e da obrigação de recuperar as áreas de preservação permanente degradadas, assegurados os usos consolidados, inclusive para fins de exploração de atividades agrícolas com culturas perenes de porte arbóreo ou arbustivo, e os atos praticados até a data de publicação do plano diretor.” (nr) Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 9 de janeiro de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 18.024, de 9/1/2009 Proposição: Projeto de Lei nº 1888/2007 Autoria: Governador Aécio Neves Altera a Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, que dispõe sobre o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – FHIDRO –, e o art. 23 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Os dispositivos abaixo relacionados da Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005, passam a vigorar com a seguinte redação:

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“Art. 2º – O FHIDRO tem por objetivo dar suporte financeiro a programas e projetos que promovam a racionalização do uso e a melhoria dos recursos hídricos, quanto aos aspectos qualitativos e quantitativos, inclusive aqueles relacionados com a prevenção de inundações e o controle da erosão do solo, em consonância com as Leis Federais nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e com a Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999......

Art. 4º – ...... III – concessionárias de serviços públicos municipais que tenham por objetivo atuar nas áreas de saneamento e meio ambiente;

IV – consórcios intermunicipais regularmente constituídos que tenham por objetivo atuar nas áreas de saneamento e meio ambiente;

...... VII – as seguintes entidades civis previstas nos arts. 46 a 49 da Lei nº 13.199, de 1999:

a) consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográficas; b) associações de usuários de recursos hídricos;

c) organizações técnicas de ensino e pesquisa; e

d) organizações não-governamentais. Parágrafo único – Os beneficiários de recursos não reembolsáveis deverão apresentar comprovação de sua atuação na preservação, na conservação ou na melhoria dos recursos naturais.

Art. 5º – O FHIDRO, de natureza e individualização contábeis, terá seus recursos aplicados, nos termos do art. 3º da Lei Complementar nº 91, de 21 de dezembro de 2006, nas seguintes modalidades: I – reembolsável, para elaboração de projetos, realização de investimentos fixos e aquisição de equipamentos, em projetos ou empreendimentos de proteção e melhoria dos recursos hídricos, de comprovada viabilidade técnica, social e ambiental, analisada pelo Grupo Coordenador, e de comprovada viabilidade econômica e financeira, analisada pelo agente financeiro; II – não reembolsável, para pagamento de despesas de consultoria, elaboração e implantação de projetos ou empreendimentos de proteção e melhoria dos recursos hídricos, aprovados pelos comitês de bacias hidrográficas da respectiva área de influência ou, na falta ou omissão destes, pelo CERH; e

III – como contrapartida financeira assumida pelo Estado em operações de crédito ou em instrumentos de cooperação financeira que tenham como objeto o financiamento de programas e projetos de proteção e melhoria dos recursos hídricos.

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§ 1º – Os recursos do FHIDRO serão aplicados na proporção de até 30% (trinta por cento) sob a forma reembolsável e de, no mínimo, 70% (setenta por cento) sob a forma não reembolsável. § 2º – Excepcionalmente, após aprovação do Grupo Coordenador, poderão ser liberados recursos para modalidade diversa daquelas definidas nos incisos I e II do caput, desde que se utilize, exclusivamente, a fonte de recursos prevista no inciso VIII do caput do art. 3º desta Lei. § 3º – O prazo para concessão de financiamento com recursos do FHIDRO será de doze anos contados da data de publicação desta Lei, facultado ao Poder Executivo propor sua prorrogação, com base em avaliação de desempenho do Fundo. § 4º – Na aplicação de recursos não reembolsáveis, será dada prioridade ao financiamento de projetos que tenham por objetivo: I – implantar os instrumentos de gestão de recursos hídricos, nos termos da Lei nº 13.199, de 1999; II – proteger, conservar e recuperar bacias hidrográficas; e III – proteger, conservar e recuperar áreas de recarga de aqüíferos e com mananciais estratégicos para a garantia do abastecimento público de água de populações urbanas e rurais. § 5º – O superávit financeiro do FHIDRO, apurado ao término de cada exercício fiscal, será mantido em seu patrimônio, ficando autorizada a sua utilização nos exercícios seguintes, inclusive em aplicação na criação e na estruturação de unidades de conservação estaduais e municipais, de domínio público, relevantes para a preservação de recursos hídricos. § 6º – Poderão ser aplicados recursos não reembolsáveis do FHIDRO para a elaboração de projetos que visem à destinação final de resíduos sólidos urbanos, na forma a ser estabelecida em regulamento. § 7º – Fica vedada a deliberação sobre aplicação de recursos ad referendum do Grupo Coordenador do FHIDRO. Art. 6º – Na definição das modalidades operacionais específicas dos programas de financiamentos reembolsáveis, serão observadas as seguintes condições gerais: ...... § 1º – Para a obtenção do financiamento previsto neste artigo, os beneficiários deverão apresentar contrapartidas de, no mínimo, 20% (vinte por cento) do valor dos investimentos a serem realizados...... § 3º – O Grupo Coordenador do FHIDRO poderá estabelecer, por decisão unânime, critérios distintos de financiamento, relativos a prazo, valor e forma de amortização, respeitadas as demais condições previstas neste artigo, nos casos de empreendimento de interesse socioeconômico para o Estado......

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Art. 8º – O agente financeiro dos recursos reembolsáveis do FHIDRO é o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. – BDMG, que terá as seguintes atribuições: ...... III – liberar os recursos reembolsáveis do FHIDRO, obedecendo à regulamentação dos programas instituídos com recursos do Fundo; e IV – emitir relatórios de acompanhamento dos recursos reembolsáveis do FHIDRO, na forma solicitada.

Parágrafo único – ...... II – comissão máxima de 3% a.a. (três por cento ao ano), incluída na taxa de juros de que trata o inciso III do caput do art. 6º. Art. 9º – O BDMG atuará como mandatário do Estado para contratar operação de financiamento com recursos reembolsáveis do FHIDRO e para efetuar a cobrança dos créditos concedidos, podendo, para tanto, recorrer às medidas judiciais cabíveis...... Art. 10 – Compete à Secretaria de Estado de Fazenda - SEF, a supervisão das atividades da SEMAD como agente financeiro de recursos não reembolsáveis, como agente executor e como gestor do FHIDRO, especialmente no que se refere à elaboração da proposta orçamentária e do cronograma de receita e despesa.

§ 1º – A supervisão da SEF, tal como prevista no caput deste artigo, estende-se às atividades do BDMG, em sua condição de agente financeiro de recursos reembolsáveis do FHIDRO. § 2º – A SEMAD e o BDMG, no âmbito de suas respectivas competências como agentes, ficam obrigados a apresentar relatórios específicos à SEF, na forma solicitada.” (nr) Art. 2º – A Lei nº 15.910, de 2005, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 6º-A:

“Art. 6º-A – Na definição das modalidades operacionais específicas dos programas de financiamento não reembolsável, serão observadas as seguintes condições gerais:

I – prazo total de execução do projeto de, no máximo, quarenta e oito meses; e II – apresentação, pelos beneficiários, de contrapartida de, no mínimo, 10% (dez por cento) do valor das despesas. § 1º – A definição das contrapartidas para fins das operações de financiamento não reembolsável será objeto de regulamento. § 2º – As penalidades e os procedimentos a serem aplicados em relação aos casos de inadimplemento e de irregularidades praticadas pelos beneficiários de operações com recursos não reembolsáveis serão definidos em regulamento.”

Art. 3º – O caput do art. 7º da Lei nº 15.910, de 2005, passa a vigorar com a seguinte redação, ficando o artigo acrescido dos seguintes §§ 1º, 2º e 3º:

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“Art. 7º – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – exercerá as funções de gestor e de agente executor do FHIDRO, bem como de mandatária do Estado para a liberação de recursos não reembolsáveis, além das seguintes atribuições: ...... § 1º – As funções de agente executor atribuídas à SEMAD serão exercidas conforme estabelecido em regulamento, observados a Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, o Decreto nº 43.635, de 20 de outubro de 2003, o Decreto nº 44.293, de 10 de maio de 2006, e a Resolução Conjunta SEPLAG e AUGE nº 5.958, de 2006. § 2º – Compete ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM –, órgão vinculado à SEMAD, exercer, conforme regulamento, as atribuições de Secretaria Executiva do FHIDRO. § 3º – Do total dos recursos não reembolsáveis reservados anualmente ao FHIDRO, 1,5% (um e meio por cento) serão destinados à Secretaria Executiva, observadas as vedações expressas no art. 5º da Lei Complementar nº 91, de 2006.” (nr) Art. 4º – O art. 23 da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, fica acrescido do seguinte inciso VI, passando o seu inciso VI a vigorar como VII: “Art. 23 – ...... VI – a área de proteção de mananciais, assim considerada a área de recarga de aqüíferos ou área com mananciais estratégicos para a garantia do abastecimento público de água de populações urbanas e rurais, que pode estar inserida em propriedade particular, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelo proprietário;” (nr) Art. 5º – Ficam revogados os §§ 2º, 4º e 5º do art. 6º da Lei nº 15.910, de 21 de dezembro de 2005. Art. 6º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 9 de janeiro de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 18.028, de 12/1/2009 Proposição: Projeto de Lei nº 530/2007 Autoria: Dep. Padre João - PT Acrescenta o art. 9º-A à Lei nº 10.545, de 13 de dezembro de 1991, que dispõe sobre produção, comercialização e uso de agrotóxico e afins e dá outras providências.

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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Fica acrescentado à Lei nº 10.545, de 13 de dezembro de 1991, o seguinte art. 9º-A: “Art. 9º-A – Sem prejuízo das exigências contidas na legislação federal, os órgãos competentes do sistema operacional da agricultura e de meio ambiente estabelecerão, em regulamento, normas técnicas para a aplicação de agrotóxico com o uso de aeronaves, nas quais serão definidas, pelo menos: I – a distância mínima entre o local da aplicação e cidades, povoações, áreas rurais habitadas e moradias isoladas; II – a distância mínima entre o local da aplicação e mananciais de abastecimento público, mananciais de água e agrupamentos de animais. Parágrafo único – O descumprimento das normas a que se refere o caput deste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa, nos termos do inciso II do caput do art. 14.”. Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de janeiro de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 18.030, de 12/1/2009 Proposição: Projeto de Lei nº 637/2007 Autoria: Deputado Dinis Pinheiro - PSDB Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA DISTRIBUIÇÃO DA PARCELA DA RECEITA DO ICMS PERTENCENTE AOS MUNICÍPIOS Seção I Dos Critérios Art. 1º – A parcela da receita do produto da arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

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Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS – pertencente aos Municípios, de que trata o § 1º do art. 150 da Constituição do Estado, será distribuída nos percentuais indicados no Anexo I desta Lei, conforme os seguintes critérios: ...... VIII – meio ambiente; ...... Subseção III Do Critério “Meio Ambiente” Art. 4º – Os valores decorrentes da aplicação dos percentuais relativos ao critério “meio ambiente”, de que trata o inciso VIII do art. 1º, serão distribuídos aos Municípios da seguinte forma: I – parcela de 45,45% (quarenta e cinco vírgula quarenta e cinco por cento) do total aos Municípios cujos sistemas de tratamento ou disposição final de lixo ou de esgoto sanitário, com operação licenciada ou autorizada pelo órgão ambiental estadual, atendam, no mínimo, a, respectivamente, 70% (setenta por cento) e 50% (cinqüenta por cento) da população urbana, observadas as seguintes diretrizes: a) o valor máximo a ser atribuído a cada Município não excederá o seu investimento inicial para a implantação do sistema, estimado com base na população atendida e no custo médio per capita dos sistemas de aterro sanitário, usina de compostagem de lixo e estação de tratamento de esgotos sanitários, custo este fixado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental - Copam -, observado o disposto em regulamento; b) sobre o valor calculado na forma da alínea “a” incidirá um fator de qualidade variável de 0,1 (um décimo) a 1 (um), apurado anualmente, conforme disposto em regulamento, com observância de pressupostos de desempenho operacional, gestão multimunicipal e localização compartilhada do sistema, tipo e peso de material reciclável selecionado e comercializado no Município por associação ou cooperativa de coletores de resíduos e energia gerada pelo sistema; e c) o limite previsto na alínea “a” decrescerá, anualmente, na proporção de 20% (vinte por cento) de seu valor, a partir do décimo primeiro ano subseqüente àquele do licenciamento ou autorização para operacionalização do sistema; II – parcela de 45,45% (quarenta e cinco vírgula quarenta e cinco por cento) do total com base no Índice de Conservação do Município, calculado de acordo com o Anexo IV desta Lei, considerando-se as unidades de conservação estaduais, federais, municipais e particulares e área de reserva indígena, com cadastramento, renovação de autorização e demais procedimentos a serem definidos em regulamento; III – parcela de 9,1% (nove vírgula um por cento) do total com base na relação percentual entre a área de ocorrência de mata seca em cada Município, nos termos da Lei nº 17.353, de 17 de janeiro de 2008, e a área total deste, informada pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF.

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§ 1º – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável fará publicar, até o último dia do trimestre civil, os dados constitutivos dos índices a que se refere este artigo relativos ao trimestre imediatamente anterior, com a relação de Municípios habilitados segundo os incisos I, II e III do caput deste artigo, para fins de distribuição dos recursos no trimestre subseqüente. § 2º – O fator de qualidade a que se refere a alínea “b” do inciso I do caput deste artigo incidirá sobre os índices de repasse de recursos a serem aplicados a partir de 1º de janeiro do segundo ano de vigência desta Lei. § 3º – A Fundação João Pinheiro fará apurar o valor máximo a que se refere a alínea “a” do inciso I do caput deste artigo, bem como os novos índices a serem aplicados quando o valor máximo a ser atribuído a cada Município for atingido, promovendo a publicação dos percentuais a serem aplicados nos futuros repasses...... Art. 15 – Ficam revogados os arts. 1º, 2º e 4º, os Anexos I a IV e a Tabela Fator de Conservação para Categorias de Manejo de Unidades de Conservação da Lei nº 13.803, de 27 de dezembro de 2000. Art. 16 – Esta Lei entra em vigor no primeiro dia do exercício subseqüente ao de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de janeiro de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado ANEXO I (a que se refere o art. 1º da Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009.)

Critérios de distribuição Percentuais/exercício 2009 2010 a partir de 2011 VAF (art. 1º, I) 79,68 79,68 75,00 Área geográfica (art.1º, II) 1,00 1,00 1,00 População (art. 1º, III) 2,71 2,71 2,70 População dos 50 Municípios mais 2,00 2,00 2,00 populosos (art. 1º, IV) Educação (art. 1º, V) 2,00 2,00 2,00 Produção de alimentos (art. 1º, VI) 1,00 1,00 1,00 Patrimônio cultural (art. 1º, VII) 1,00 1,00 1,00 Meio ambiente (art. 1º, VIII) 1,00 1,00 1,10 Saúde (art. 1º, IX) 2,00 2,00 2,00 Receita própria (art. 1º, X) 2,00 2,00 1,90 Cota mínima (art. 1º, XI) 5,50 5,50 5,50 Municípios mineradores (art. 1º, XII) 0,11 0,11 0,01 Recursos hídricos (art. 1º, XIII) 0,00 0,00 0,25 Municípios sede de estabelecimentos 0,00 0,00 0,10 penitenciários (art. 1º, XIV) Esportes (art. 1º, XV) 0,00 0,00 0,10 Turismo (art. 1º, XVI) 0,00 0,00 0,10 ICMS solidário (art. 1º, XVII) 0,00 0,00 4,14 Mínimo "per capita" (art. 1º, XVIII) 0,00 0,00 0,10 Total 100,00 100,00 100,00

459 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

ANEXO II

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ANEXO III

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ANEXO IV

(a que se refere o inciso II do caput do art. 4º da Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009.)

Índice de Conservação do Município - IC

I - Índice de Conservação do Município “i”

ICi = FCMi, onde:

FCE

a) FCMi = Fator de Conservação do Município “i”;

b) FCE = Fator de Conservação do Estado.

II – FCE - Fator de Conservação do Estado

FCE = FCMi, onde:

a) FCMi = Fator de Conservação do Município “i”

FCMi = FCMi,i;

b) FCMi,j = Fator de Conservação da Unidade de Conservação “j” no Município “ i “.

III – FCMi,j = Ár ea UCi,j x FC x FQ, onde:

Área Mi

a) Área UCi,j = Área da Unidade de Conservação “j” no Município “i”;

b) Área Mi = Área do Município “i”;

c) FC = Fator de Conservação relativo à categoria de unidade de conservação ou área indígena, conforme tabela;

d) FQ = Fator de Qualidade, variável de 0,1 (um décimo) a 1 (um), relativo a planejamento, estrutura de gestão, apoio do Município, infra-estrutura física, pessoal, financiamento, situação fundiária, conhecimento e conservação, entre outros parâmetros, conforme deliberação normativa do Copam. (1)

Nota:

1 – O Fator de Qualidade será igual a 1 (um) até que sejam ponderadas as variáveis e disciplinada sua aplicação, por meio de deliberação normativa do Copam.

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Tabela Fator de Conservação para Categorias de Manejo de Unidades de Conservação

Unidades GRUPO CATEGORIA DE MANEJO CÓDIGO FATOR DE de CONSERVAÇÃO conserva - FC ção Proteção Estação ecológica EE 1,0 integral Reserva biológica RB 1,0 Parque nacional, estadual PAQ 1,0 e municipal natural Monumento natural MN 1,0 Refúgio da vida silvestre RVS 1,0 Uso sustentável Reserva RPPN 1,0 particular do patrimônio natural Reserva extrativista RESEX 0,5 Reserva de desenvolvimento REDES 0,5 sustentável Floresta nacional, FLO 0,3 estadual ou municipal Reserva de fauna RF 0,3 Área de relevante ARIE 0,3 interesse ecológico Área de Zona da ZVS 0,5 Proteção vida Ambiental I - silvestre APA I Demais DZ 0,1 zonas Área de Proteção Ambiental APA II 0,025 II, estadual ou federal Outras Reserva particular de RPRA 0,1 categorias recomposição ambiental de unidades de conservação , definidas em lei e declaradas pelo poder público estadual, com o respectivo fator de conservação Área indígena AI 0,5

ANEXO V

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ANEXO VI

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461 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

NORMA: LEI Nº 18.031, de 12/1/2009 Proposição: Projeto de Lei nº 1269/2007 Autoria: Governador Aécio Neves Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º – A Política Estadual de Resíduos Sólidos far-se-á com base nas normas e diretrizes estabelecidas por esta Lei, em consonância com as políticas estaduais de meio ambiente, educação ambiental, recursos hídricos, saneamento básico, saúde, desenvolvimento econômico, desenvolvimento urbano e promoção da inclusão social.

Parágrafo único – Sujeitam-se à observância do disposto nesta Lei os agentes públicos e privados que desenvolvam ações que, direta ou indiretamente, envolvam a geração e a gestão de resíduos sólidos.

Art. 2º – Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do disposto nesta Lei, as normas homologadas pelos órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA –, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA –, do Sistema Nacional de Metrologia e Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO – e da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Art. 3º – A gestão de resíduos sólidos radioativos ou resultantes de pesquisas e atividades com organismos geneticamente modificados reger-se-á por legislação específica. Art. 4º – Para os efeitos desta Lei, considera-se:

I – avaliação do ciclo de vida do produto o estudo dos impactos causados à saúde humana e ao meio ambiente durante o ciclo de vida do produto; II – ciclo de vida do produto a série de etapas que envolvem a concepção do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a destinação dos resíduos; III – coleta seletiva o recolhimento diferenciado de resíduos sólidos previamente selecionados nas fontes geradoras, com o intuito de encaminhá-los para reutilização, reaproveitamento, reciclagem, compostagem, tratamento ou destinação final adequada;

IV – compostagem o processo de decomposição biológica de fração orgânica biodegradável de resíduos sólidos, efetuado por uma população diversificada de organismos em condições controladas, até a obtenção de um material humificado e estabilizado;

V – consórcio público o contrato firmado entre Municípios ou entre Estado e Municípios para, mediante a utilização de recursos materiais e humanos de que cada um dispõe,

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realizar conjuntamente a gestão dos resíduos sólidos, observado o disposto na Lei Federal nº 11.107, de 6 de abril de 2005; VI – consumo sustentável o consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhor qualidade de vida, sem comprometer o atendimento das necessidades e aspirações das gerações futuras; VII – destinação final o encaminhamento dos resíduos sólidos para que sejam submetidos ao processo adequado, seja ele a reutilização, o reaproveitamento, a reciclagem, a compostagem, a geração de energia, o tratamento ou a disposição final, de acordo com a natureza e as características dos resíduos e de forma compatível com a saúde pública e a proteção do meio ambiente; VIII – disposição final a disposição dos resíduos sólidos em local adequado, de acordo com critérios técnicos aprovados no processo de licenciamento ambiental pelo órgão competente; IX – fluxo de resíduos sólidos a série de etapas por que passam os resíduos sólidos, desde a geração até a destinação final;

X – gerador de resíduos sólidos a pessoa física ou jurídica que descarta um bem ou parte dele, por ela adquirido, modificado, utilizado ou produzido; XI – gestão integrada dos resíduos sólidos o conjunto articulado de ações políticas, normativas, operacionais, financeiras, de educação ambiental e de planejamento desenvolvidas e aplicadas aos processos de geração, segregação, coleta, manuseio, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos; XII – gestor a pessoa física ou jurídica responsável pela gestão dos resíduos sólidos; XIII – limpeza pública o conjunto de ações, de responsabilidade dos Municípios, relativas aos serviços públicos de coleta e remoção de resíduos sólidos de geração difusa e de seu transporte, tratamento e destinação final, e aos serviços públicos de limpeza em logradouros públicos e corpos d’água e de varrição de ruas;

XIV – logística reversa o conjunto de ações e procedimentos destinados a facilitar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos aos geradores, para que sejam tratados ou reaproveitados em seu próprio ciclo produtivo ou no ciclo produtivo de outros produtos; XV – manejo integrado de resíduos sólidos a forma de operacionalização dos resíduos sólidos gerados pelas instituições privadas e daqueles de responsabilidade dos serviços públicos, compreendendo as etapas de redução, segregação, coleta, manipulação, acondicionamento, transporte, armazenamento, transbordo, triagem, tratamento, comercialização e destinação final adequada dos resíduos, observadas as diretrizes estabelecidas no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos; XVI – Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos o documento integrante do processo de licenciamento que apresenta um levantamento da situação, naquele momento, do sistema de manejo dos resíduos sólidos, a pré-seleção das alternativas mais viáveis e o

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estabelecimento de ações integradas e diretrizes relativas aos aspectos ambientais, educacionais, econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais e legais para todas as fases de gestão dos resíduos sólidos, desde a sua geração até a destinação final; XVII – prevenção da poluição, redução na fonte ou não geração a adoção de práticas, processos, materiais ou energias que evitem ou minimizem, em volume, concentração ou periculosidade, a geração de resíduos na fonte, nas atividades de produção, transporte, consumo e outras, com o objetivo de reduzir os riscos para a saúde humana e para o meio ambiente; XVIII – reaproveitamento o processo de utilização dos resíduos sólidos para outras finalidades, sem sua transformação biológica, física ou química; XIX – reciclagem o processo de transformação de resíduos sólidos, que pode envolver a alteração das propriedades físicas ou químicas dos mesmos, tornando-os insumos destinados a processos produtivos; XX – rejeitos os resíduos sólidos que, depois de esgotadas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos viáveis econômica e ambientalmente, destinem-se a disposição final ambientalmente adequada; XXI – resíduos industriais os provenientes de atividades de pesquisas, de transformação de matérias-primas em novos produtos, de extração mineral, de montagem e manipulação de produtos acabados, inclusive aqueles gerados em áreas de utilidade, apoio, depósito ou administração das referidas indústrias ou similares; XXII – resíduos de serviços de saúde os provenientes de atividades exercidas na área de saúde, que, por suas características, necessitam de processos diferenciados de manejo, exigindo ou não tratamento prévio a sua disposição final; XXIII – resíduos sólidos os resíduos em estado sólido ou semi- sólido resultantes de atividade industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, inclusive os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e os resíduos gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água; XXIV – resíduos sólidos domiciliares os provenientes de residências, edifícios públicos e coletivos, e os de comércio, serviços e indústrias, desde que apresentem as mesmas características dos provenientes de residências; XXV – resíduos sólidos especiais ou diferenciados os que, por seu volume, grau de periculosidade ou degradabilidade ou por outras especificidades, requeiram procedimentos especiais ou diferenciados para seu manejo e destinação final, considerando os impactos negativos e os riscos à saúde e ao meio ambiente; XXVI – resíduos sólidos pós-consumo os resultantes do descarte de bens duráveis, não duráveis ou descartáveis pelo consumidor após sua utilização original; XXVII – resíduos sólidos reversos os que, por meio da logística reversa, podem ser tratados e reaproveitados em novos produtos, na forma de insumos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos;

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XXVIII – resíduos urbanos os produzidos por residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, pela poda e pela limpeza de vias e logradouros públicos; XXIX – responsabilidade compartilhada o princípio que, na forma da lei ou de contrato, atribui responsabilidades iguais para geradores de resíduos sólidos, pessoas públicas ou privadas, e seus contratados, quando esses geradores vierem a utilizar-se dos serviços de terceiros para a execução de qualquer das etapas da gestão, do gerenciamento e do manejo integrado dos resíduos sólidos sob sua responsabilidade; XXX – responsabilidade socioambiental compartilhada o princípio que imputa ao poder público e à coletividade a responsabilidade de proteger o meio ambiente para as presentes e futuras gerações; XXXI – reutilização o processo de utilização dos resíduos sólidos para a mesma finalidade, sem sua transformação biológica, física ou química; XXXII – tecnologias ambientalmente adequadas as tecnologias de prevenção, redução, transformação ou eliminação de resíduos sólidos ou poluentes na fonte geradora, as quais visam à redução de desperdícios, à conservação de recursos naturais, à redução, à transformação ou à eliminação de substâncias tóxicas presentes em matérias-primas ou produtos auxiliares, à redução da quantidade de resíduos sólidos gerados por processos e produtos e à redução de poluentes lançados no ar, no solo e nas águas; XXXIII – tratamento o processo destinado à redução de massa, volume, periculosidade ou potencial poluidor dos resíduos sólidos, que envolve alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas; XXXIV – unidade recicladora a unidade física, de propriedade de pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que tenha como objetivo reciclar resíduos sólidos; XXXV – unidade receptora de resíduos sólidos a instalação licenciada pelos órgãos ambientais para a recepção, a segregação e o acondicionamento temporário de resíduos sólidos; XXXVI – usuário dos serviços de limpeza pública o indivíduo que produz resíduos sólidos de geração difusa ou aufere efetivo proveito da prestação dos serviços de limpeza pública; XXXVII – valorização de resíduos sólidos a requalificação do resíduo sólido como subproduto ou material de segunda geração, agregando-lhe valor por meio da reutilização, do reaproveitamento, da reciclagem, da valorização energética ou do tratamento para outras aplicações. CAPÍTULO II DA CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Art. 5º – Os resíduos sólidos serão classificados quanto à natureza e à origem, com vistas a atribuir responsabilidades e dar- lhes a adequada destinação. § 1º – Quanto à natureza, os resíduos sólidos serão classificados como: I – resíduos Classe I – Perigosos aqueles que, em função de suas características de toxicidade, corrosividade, reatividade, inflamabilidade, patogenicidade ou explosividade, apresentem significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental;

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II – resíduos Classe II – Não-perigosos, sendo:

a) Resíduos Classe II-A – Não inertes aqueles que não se enquadram nas classificações de Resíduos Classe I – Perigosos ou de Resíduos Classe II-B – Inertes, nos termos desta Lei, podendo apresentar propriedades tais como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água; b) Resíduos Classe II-B – Inertes aqueles que, quando amostrados de forma representativa e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água vigentes, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

§ 2º – Quanto à origem, os resíduos sólidos serão classificados como: I – de geração difusa os produzidos, individual ou coletivamente, por geradores dispersos e não identificáveis, por ação humana ou animal ou por fenômenos naturais, abrangendo os resíduos sólidos domiciliares, os resíduos sólidos pós-consumo e aqueles provenientes da limpeza pública;

II – de geração determinada os produzidos por gerador específico e identificável. CAPÍTULO III DA POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Seção I

Dos Princípios e Diretrizes

Art. 6º – São princípios que orientam a Política Estadual de Resíduos Sólidos: I – a não-geração;

II – a prevenção da geração;

III – a redução da geração;

IV – a reutilização e o reaproveitamento;

V – a reciclagem; VI – o tratamento; VII – a destinação final ambientalmente adequada;

VIII – a valorização dos resíduos sólidos. Art. 7º – São diretrizes da Política Estadual de Resíduos Sólidos:

I – a participação da sociedade no planejamento, na formulação e na implementação das políticas públicas, bem como na regulação, na fiscalização, na avaliação e na prestação de serviços, por meio das instâncias de controle social;

II – a promoção do desenvolvimento social, ambiental e econômico;

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III – a integração das ações de governo nas áreas de meio ambiente, ciência e tecnologia, educação, saneamento básico, recursos hídricos, saúde pública, desenvolvimento econômico e urbano, inclusão social e erradicação do trabalho infantil; IV – a universalidade, a regularidade, a continuidade e a funcionalidade dos serviços públicos de manejo integrado de resíduos sólidos; V – a responsabilidade socioambiental compartilhada entre poder público, geradores, transportadores, distribuidores e consumidores no fluxo de resíduos sólidos; VI – o incentivo ao uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados bem como o desenvolvimento de novos produtos e processos, com vistas a estimular a utilização das tecnologias ambientalmente adequadas; VII – a integração, a responsabilidade e o reconhecimento da atuação dos catadores nas ações que envolvam o fluxo de resíduos sólidos, como forma de garantir-lhes condições dignas de trabalho; VIII – a descentralização político-administrativa; IX – a integração dos entes federados na utilização das áreas de destinação final de resíduos sólidos; X – a constituição de sistemas de aprovisionamento de recursos financeiros que garantam a continuidade de atendimento dos serviços de limpeza pública e a adequada destinação final; XI – o direito à informação quanto ao potencial impacto dos resíduos sólidos sobre o meio ambiente e a saúde pública; XII – a promoção de padrões de produção e consumo sustentáveis; XIII – a adoção do princípio do poluidor pagador; XIV – o desenvolvimento de programas de capacitação técnica e educativa sobre a gestão ambientalmente adequada de resíduos sólidos. Seção II Dos Objetivos Art. 8º – A Política Estadual de Resíduos Sólidos tem por objetivos: I – estimular a gestão de resíduos sólidos no território do Estado, de forma a incentivar, fomentar e valorizar a não-geração, a redução, a reutilização, o reaproveitamento, a reciclagem, a geração de energia, o tratamento e a disposição final adequada dos resíduos sólidos; II – proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente e preservar a saúde pública; III – sensibilizar e conscientizar a população sobre a importância de sua participação na gestão de resíduos sólidos; IV – gerar benefícios sociais, econômicos e ambientais;

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V – estimular soluções intermunicipais e regionais para a gestão integrada dos resíduos sólidos; VI – estimular a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias e processos ambientalmente adequados para a gestão dos resíduos sólidos. Art. 9º – Para alcançar os objetivos previstos no art. 8º, cabe ao poder público: I – supervisionar e fiscalizar a gestão dos resíduos sólidos efetuada pelos diversos responsáveis, de acordo com as competências e obrigações estabelecidas na legislação;

II – desenvolver e implementar, nos âmbitos municipal e estadual, programas e metas relativos à gestão dos resíduos sólidos;

III – fomentar: a) a destinação dos resíduos sólidos de forma compatível com a preservação da saúde pública e a proteção do meio ambiente; b) a ampliação de mercado para materiais reutilizáveis, reaproveitáveis e recicláveis; c) o desenvolvimento de programas de capacitação técnica contínua de gestores na área de gerenciamento e manejo integrado de resíduos sólidos; d) a divulgação de informações ambientais sobre resíduos sólidos; e) a cooperação interinstitucional entre os órgãos das três esferas de governo e destes com os comitês de bacias hidrográficas; f) a implementação de programas de educação ambiental, com enfoque específico nos princípios estabelecidos por esta Lei; g) a adoção de soluções locais ou regionais no equacionamento de questões relativas ao acondicionamento, ao armazenamento, à coleta, ao transporte, ao tratamento e à destinação final de resíduos sólidos; h) a valorização dos resíduos sólidos e a instituição da logística reversa; i) a formação de organizações, associações ou cooperativas de catadores dedicados à coleta, à separação, ao beneficiamento e à comercialização dos resíduos sólidos; j) a implantação do sistema de coleta seletiva nos Municípios; l) a utilização adequada e racional dos recursos naturais; m) a recuperação e remediação de vazadouros, lixões e áreas degradadas pela disposição inadequada de resíduos sólidos; n) a sustentabilidade econômica do sistema de limpeza pública; o) a inclusão social dos catadores; p) o desenvolvimento e a implementação, nos níveis municipal e estadual, de programas relativos à gestão dos resíduos sólidos que respeitem as diversidades e compensem as desigualdades locais e regionais;

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q) o incentivo ao desenvolvimento de programas de gerenciamento integrado de resíduos sólidos, com a criação e a articulação de fóruns e de conselhos municipais e regionais para garantir a participação da comunidade; r) a instituição de linhas de crédito e financiamento para a elaboração e a implantação de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos; s) o incentivo à parceria entre o Estado, os Municípios e entidades privadas; t) o apoio técnico e financeiro aos Municípios na formulação e na implantação de seus Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos; u) a implementação de novas fontes de informação sobre perfil e impacto ambiental de produtos e serviços, por meio do incentivo à autodeclaração na rotulagem, à divulgação de dados sobre a avaliação do ciclo de vida do produto e à certificação ambiental; v) as ações que visem ao uso racional de embalagens; x) as pesquisas epidemiológicas em áreas adjacentes a usinas de reciclagem, aterros sanitários, lixões e pontos de despejos, para monitoramento de agravos à saúde decorrentes do impacto causado por essas atividades. Seção III Dos Instrumentos Art. 10 – São instrumentos da Política Estadual de Resíduos Sólidos: I – os indicadores para o estabelecimento de padrões setoriais relativos à gestão dos resíduos sólidos; II – os Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, elaborados com base em padrões setoriais, com definição de metas e prazos; III – a cooperação técnica e financeira para viabilização dos objetivos da Política Estadual de Resíduos Sólidos; IV – o sistema integrado de informações estatísticas voltadas para as ações relativas à gestão dos resíduos sólidos; V – o inventário estadual de resíduos sólidos industriais, instituído pela Resolução Conama nº 313, de 2002; VI – a previsão orçamentária de recursos financeiros destinados às práticas de prevenção da poluição gerada pelos resíduos sólidos bem como à recuperação das áreas contaminadas por eles; VII – os incentivos fiscais, financeiros e creditícios destinados a atividades que adotem medidas de não-geração, redução da geração, reutilização, reaproveitamento, reciclagem, geração de energia, tratamento ou disposição final de resíduos sólidos; VIII – o controle e a fiscalização; IX – os programas de incentivo à adoção de sistemas de gestão ambiental pelas empresas;

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X – os incentivos para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias ligadas à gestão de resíduos sólidos; XI – os programas de incentivo à comercialização e ao consumo de materiais recicláveis ou reciclados, voltados para os mercados locais; XII – o planejamento regional integrado da gestão dos resíduos sólidos nas microrregiões definidas por lei estadual; XIII – as auditorias para os projetos implantados no Estado que recebam recursos públicos estaduais ou federais ou financiamento de instituições financeiras. CAPÍTULO IV

DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Seção I Disposições Preliminares Art. 11 – São serviços públicos de caráter essencial, de responsabilidade do poder público municipal, a organização e o gerenciamento dos sistemas de segregação, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares. Parágrafo único. A coleta, o acondicionamento, o armazenamento, o transporte, o tratamento e a destinação final de resíduos sólidos domiciliares serão executados em condições que garantam a proteção à saúde pública, a preservação ambiental e a segurança do trabalhador.

Art. 12 – Os usuários dos sistemas de limpeza urbana ficam obrigados a acondicionar os resíduos para coleta de forma adequada e em local acessível ao sistema público de coleta regular, cabendo- lhes observar as normas municipais que estabeleçam a seleção dos resíduos no local de origem e indiquem as formas de acondicionamento para coleta. Art. 13 – A coleta dos resíduos sólidos urbanos se dará de forma preferencialmente seletiva. Art. 14 – Compete aos geradores de resíduos das atividades industrial e minerária a responsabilidade pelo seu gerenciamento, desde a sua geração até a destinação final, incluindo: I – a separação e a coleta interna de resíduos de acordo com suas classes e características;

II – o acondicionamento, a identificação e o transporte interno, quando for o caso; III – a manutenção de áreas para a sua operação e armazenagem;

IV – a apresentação de resíduos para coleta externa, quando for o caso, de acordo com as normas pertinentes e na forma exigida pelas autoridades competentes; V – o transporte, o tratamento e a destinação final dos resíduos, na forma exigida pela legislação pertinente. Art. 15 – O gerenciamento dos resíduos industriais, especialmente os perigosos, desde a geração até a destinação final, será feito de forma a atender os requisitos de proteção ambiental e de saúde pública, com base no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

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Art. 16 – A administração pública deverá optar preferencialmente, nas suas compras e contratações, pela aquisição de produtos de reduzido impacto ambiental, que sejam recicláveis ou reciclados e não perigosos, devendo especificar essas características na descrição do objeto das licitações, observadas as formalidades legais.

Seção II Das Proibições Art. 17 – São proibidas as seguintes formas de destinação dos resíduos sólidos: I – lançamento “in natura” a céu aberto, sem tratamento prévio, em áreas urbanas e rurais; II – queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou equipamentos não licenciados para esta finalidade, salvo em caso de decretação de emergência sanitária e desde que autorizada pelo órgão competente; III – lançamento ou disposição em lagoa, curso d’água, área de várzea, cavidade subterrânea ou dolina, terreno baldio, poço, cacimba, rede de drenagem de águas pluviais, galeria de esgoto, duto condutor de eletricidade ou telefone, mesmo que abandonados, em área sujeita a inundação e em área de proteção ambiental integral. Art. 18 – Ficam proibidas, nas áreas de destinação final de resíduos sólidos: I – a utilização de resíduos sólidos como alimentação animal; II – a catação de resíduos sólidos em qualquer hipótese; III – a fixação de habitações temporárias ou permanentes.

Parágrafo único – Na hipótese de ocorrência das situações previstas nos incisos I e II do caput deste artigo, o Município deverá apresentar proposta de inserção social para as famílias de catadores, incluindo programas de ressocialização para crianças, adolescentes e adultos e a garantia de meios para que passem a freqüentar a escola, medidas que passarão a integrar o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município.

Art. 19 – O solo e o subsolo somente poderão ser utilizados para armazenamento, acumulação, tratamento e disposição final de resíduos sólidos se essas ações forem feitas de forma técnica e ambientalmente adequada e autorizadas pelo órgão ambiental competente.

Art. 20 – O licenciamento pelo órgão de controle ambiental para disposição de resíduos em cava de mina exaurida, mina subterrânea ou área degradada depende da comprovação do não- comprometimento da qualidade do ambiente ou da saúde pública, em conformidade com o Plano Estadual de Recursos Hídricos. Parágrafo único – O procedimento de que trata o caput não se aplica às regiões cársticas. Seção III Dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Art. 21 – A gestão integrada de resíduos sólidos compreende as atividades referentes à elaboração e à implementação dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,

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assim como sua fiscalização e seu aperfeiçoamento, e o controle dos serviços de manejo integrado dos resíduos sólidos. Art. 22 – Elaborarão Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos: I – os Municípios e os gerenciadores; II – os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, prestadores de serviços e as demais fontes geradoras previstas em regulamento. § 1º – Comprovada a utilização de serviço público de coleta prestado pelo Município ou a contratação de serviço terceirizado de gerenciamento, as fontes geradoras mencionadas no inciso II do caput ficarão dispensadas da elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. § 2º – Os Municípios poderão estabelecer consórcios intermunicipais para a elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Art. 23 – O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos será elaborado segundo os princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei e conterá, no mínimo: I – informações sobre a origem, a caracterização e o volume de resíduos sólidos gerados, bem como os prazos para sua destinação; II – os procedimentos a serem adotados na segregação, na coleta, na classificação, no acondicionamento, no armazenamento, no transporte, no tratamento e na destinação final licenciada, conforme a classificação dos resíduos sólidos, indicando-se os locais e as condições em que essas atividades serão executadas; III – as ações preventivas e corretivas a serem praticadas no caso de situações de manuseio incorreto ou acidentes; IV – a forma de operacionalização das exigências relativas à gestão de resíduos sólidos, bem como as intervenções necessárias e as possibilidades reais de implementação de tais exigências; V – as modalidades de manuseio que correspondam às particularidades dos resíduos sólidos e dos materiais que os constituem, inclusive no que se refere aos resíduos provenientes dos serviços de saúde, com vistas à proteção da saúde pública e do meio ambiente; VI – os procedimentos a serem adotados pelos prestadores de serviços e as respectivas formas de controle; VII – os indicadores de desempenho operacional e ambiental; VIII – as formas de participação da sociedade no processo de implementação, fiscalização e controle social do Plano; IX – as ações ou os instrumentos que poderão ser utilizados para promover a inserção das organizações produtivas de catadores de materiais recicláveis e de outros operadores de resíduos sólidos na coleta, no beneficiamento e na comercialização desses materiais. § 1º – O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios estabelecerá a forma de gestão dos resíduos sólidos de geração difusa e conterá, além do previsto nos

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incisos do caput, normas gerais de conduta para os geradores de resíduos sólidos, bem como instruções e diretrizes para que estes elaborem seus Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. § 2º – Serão asseguradas formas de participação da sociedade no processo de elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Art. 24 – O acesso a recursos do Estado destinados a entidades públicas municipais responsáveis pela gestão de resíduos sólidos de geração difusa fica condicionado à previsão, nos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios, de incentivos econômico-financeiros que estimulem a participação do gerador, do comerciante, do prestador de serviços e do consumidor nas atividades de segregação, coleta, manuseio e destinação final dos resíduos sólidos. Seção IV Da Logística Reversa Art. 25 – A instituição da logística reversa tem por objetivos: I – promover ações para garantir que o fluxo dos resíduos sólidos gerados seja direcionado para a sua cadeia produtiva ou para cadeias produtivas de outros geradores; II – incentivar a substituição dos insumos por outros que não degradem o meio ambiente; III – estimular a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis; IV – promover o alinhamento entre os processos de gestão empresarial e mercadológica e os de gestão ambiental, com o objetivo de estabelecer estratégias sustentáveis; V – propiciar condições para que as atividades produtivas alcancem níveis elevados de eficiência e sustentabilidade. Art. 26 – Na implementação da logística reversa, caberá: I – ao consumidor: a) acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados e adotar práticas que possibilitem a redução de sua geração; b) dispor adequadamente, após a utilização dos produtos, os resíduos sólidos reversos para coleta; II – ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: a) adotar tecnologias que permitam absorver ou reaproveitar os resíduos sólidos reversos oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; b) articular com os geradores de resíduos sólidos a implementação da estrutura necessária para garantir o fluxo de retorno dos resíduos sólidos reversos oriundos dos serviços de limpeza urbana; c) manter postos de coleta para os resíduos sólidos reversos e dar destinação final ambientalmente adequada aos rejeitos;

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III – ao fabricante e ao importador de produtos: a) recuperar os resíduos sólidos na forma de novas matérias- primas ou novos produtos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos; b) desenvolver e implementar tecnologias que absorvam os resíduos sólidos reversos ou eliminem-nos de sua produção; c) manter postos de coleta de resíduos sólidos reversos disponíveis aos revendedores, comerciantes e distribuidores e dar destinação final ambientalmente adequada aos rejeitos; d) garantir, em articulação com sua rede de comercialização, o fluxo de retorno dos resíduos sólidos reversos; e) divulgar informações sobre a localização dos postos de coleta dos resíduos sólidos reversos e mensagens educativas de combate ao descarte inadequado, por meio de campanhas publicitárias e programas; IV – aos revendedores, comerciantes e distribuidores de produtos: a) receber, acondicionar e armazenar temporariamente, de forma ambientalmente segura, os resíduos sólidos reversos oriundos dos produtos revendidos, comercializados ou distribuídos; b) manter postos de coleta para os resíduos sólidos reversos disponíveis aos consumidores; c) informar o consumidor sobre a coleta dos resíduos sólidos reversos e sobre seu funcionamento. Art. 27 – Os resíduos sólidos reversos coletados pelos serviços de limpeza urbana serão dispostos em instalações ambientalmente adequadas e seguras, para que os geradores providenciem o retorno para o ciclo do produto ou para outro ciclo produtivo. Parágrafo único – Para o cumprimento do disposto neste artigo, o responsável pelos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos priorizará a contratação de organizações produtivas de catadores de materiais recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda. CAPÍTULO V DAS OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES Art. 28 – O órgão ambiental competente manterá banco de dados atualizado com informações relativas a resíduos sólidos gerados, especialmente os industriais e perigosos, indústrias de reciclagem, transporte e destinação final devidamente licenciados. Art. 29 – Os geradores de resíduos sólidos são responsáveis pela gestão dos mesmos. Art. 30 – Caso o órgão ambiental competente verifique que o gerador prestou informações errôneas ou equivocadas que possam causar danos ou prejuízos aos consumidores ou ao meio ambiente, fica o responsável obrigado a reparar o eventual dano causado, nos termos da legislação vigente.

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Art. 31 – Os resíduos sólidos de geração determinada que não possuam características de toxicidade, patogenicidade, reatividade, corrosividade, inflamabilidade e explosividade poderão ser equiparados aos resíduos sólidos domiciliares e destinados a aterros sanitários licenciados, a critério dos Municípios.

Art. 32 – O gestor poderá contratar terceiros, devidamente licenciados pelo órgão competente, para a execução de quaisquer das etapas do processo de gestão dos resíduos sólidos. Art. 33 – São obrigações dos geradores de resíduos sólidos: I – de fabricantes e importadores: a) adotar tecnologias que permitam reduzir, reutilizar, reaproveitar ou reciclar os resíduos sólidos especiais; b) coletar os resíduos sólidos especiais, em articulação com sua rede de comercialização e com o poder público municipal, com a implementação da estrutura necessária para garantir o fluxo de retorno desses resíduos e dar-lhes destinação final ambientalmente adequada, sob pena de responder civil e criminalmente, nos termos da legislação ambiental;

c) garantir que estejam impressas nos materiais que acondicionam os produtos de sua responsabilidade, em local visível e destacado, informações sobre as possibilidades de reutilização e tratamento dos resíduos e sobre os riscos ambientais resultantes do descarte no solo, em curso d’água ou qualquer outro local que não aquele previsto em lei ou autorizado pelo órgão ambiental competente;

II – de revendedores, comerciantes e distribuidores:

a) articular com os fabricantes e importadores e com o poder público municipal a coleta e a implementação da estrutura necessária para garantir o fluxo de retorno dos resíduos sólidos especiais e dar-lhes disposição final ambientalmente adequada, sob pena de responder civil e criminalmente, nos termos da legislação ambiental; b) garantir o recebimento dos resíduos sólidos especiais, criar e manter locais destinados a sua coleta e informar ao consumidor a localização desses postos; III – de consumidores, após a utilização do produto, efetuar a entrega dos resíduos sólidos especiais aos comerciantes e distribuidores ou destiná-los aos postos de coleta. § 1º – Na operação de coleta e manuseio dos resíduos sólidos recicláveis, poderá ser incentivada a parceria ou a contratação formal das organizações de catadores existentes no Município, com vistas ao atendimento das diretrizes da política instituída por esta Lei, as quais passarão a responder solidariamente pelo adequado armazenamento e gerenciamento dos resíduos, até que ocorra a sua efetiva entrega ao gerador responsável. § 2º – O poder público municipal poderá instituir formas de ressarcimento pela prestação efetiva dos serviços públicos de coleta, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos.

Art. 34 – O gerador sob cuja responsabilidade for realizado o transporte de resíduos sólidos adotará as medidas necessárias para que este seja realizado em condições que

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garantam a segurança do pessoal envolvido e a preservação do meio ambiente e da saúde pública, bem como o cumprimento da legislação aplicável. Art. 35 – Cabe aos geradores a que se refere o art. 34: I – administrar e custear o gerenciamento integrado dos resíduos sólidos sob sua responsabilidade; II – garantir a segurança na implementação das ações, de forma a oferecer o menor risco possível para os consumidores, catadores e demais operadores de resíduos sólidos e à população; III – zelar pela segurança e pela manutenção de áreas para armazenagem temporária; IV – manter atualizadas e disponíveis para consulta pelos órgãos competentes informações completas sobre as atividades e o controle do manejo dos resíduos sólidos sob sua responsabilidade; V – desenvolver programas de capacitação continuada e assistida, voltados para a gestão integrada de resíduos sólidos. Art. 36 – No caso de ocorrência envolvendo resíduos sólidos que coloque em risco o meio ambiente e a saúde pública, verificada desde a geração até a destinação final do resíduo, será responsável pela execução de medidas corretivas: I – o gerador, nos acidentes ocorridos em seu centro produtivo; II – o gerador e o transportador, nos acidentes ocorridos durante o transporte dos resíduos sólidos; III – o gerador e o gerenciador dos centros de coleta e das unidades de destinação final, nos acidentes ocorridos em suas instalações. § 1º – Em caso de ocorrência acidental que envolva resíduos sólidos com características perigosas ou danosas ao meio ambiente, o responsável comunicará o ocorrido aos órgãos ambientais e de saúde pública competentes, na maior brevidade possível, obrigando- se ainda a indenizar e recuperar a área degradada, sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis. § 2º – Nos casos em que não for identificado o gerador responsável pela ocorrência, o poder público assumirá a responsabilidade pela definição dos mecanismos institucionais, administrativos e financeiros que se fizerem necessários para a recuperação do local. § 3º – O gerador responsável por resíduo derramado, vazado ou despejado acidentalmente fornecerá, complementarmente, quando solicitado pelo órgão ambiental competente, todas as informações relativas à quantidade e à composição do referido material, bem como a sua periculosidade e aos procedimentos de desintoxicação e descontaminação. Art. 37 – Os gerenciadores de unidades receptoras de resíduos sólidos deverão requerer aos órgãos competentes registro de encerramento de atividades, quando da sua ocorrência. Parágrafo único – A formalização do pedido de registro a que se refere o caput deverá, para as atividades previstas em regulamento, ser acompanhada de relatório conclusivo de

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auditoria ambiental atestando a qualidade do solo, do ar e das águas na área de impacto do empreendimento. Art. 38 – O Estado apoiará, de modo a ser definido em regulamento, os Municípios que gerenciarem os resíduos sólidos urbanos em conformidade com seus Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Art. 39 – O órgão municipal competente fiscalizará a adoção das medidas destinadas à higiene, à saúde e à segurança e o acompanhamento dos operadores de resíduos sólidos e manterá profissional técnico habilitado para a implementação de tais medidas. Art. 40 – É de responsabilidade dos órgãos ambientais estaduais e municipais, em função da competência designada para atividades de impacto regional ou local, o controle ambiental, compreendendo o licenciamento e a fiscalização, sobre todo e qualquer sistema, público ou privado, de geração, coleta, transporte, armazenamento, tratamento de resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos. Art. 41 – Respeitadas as diversidades regionais, locais, econômicas e logísticas, ficará a cargo do Estado e dos Municípios a implementação das políticas públicas que se mostrarem mais adequadas ao atendimento das diretrizes estabelecidas nesta Lei, notadamente daquelas relativas: I – à regulamentação do mercado de reciclagem no âmbito do seu território, respeitados os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência;

II – à articulação entre os gestores, visando ao estabelecimento de parcerias e de cooperação técnica e financeira; III – ao estabelecimento da responsabilidade dos geradores de resíduos reversos; IV – ao incentivo à pesquisa de técnicas de tratamento de resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos; V – à criação de novos mercados para os produtos reciclados e recicláveis; VI – à inserção social e econômica das organizações produtivas de catadores de materiais recicláveis.

Art. 42 – A pessoa física ou jurídica contratada ou responsável, em qualquer hipótese, pela execução de etapa do manejo integrado de resíduos sólidos e os geradores desses resíduos sólidos, inclusive o poder público, são solidariamente responsáveis pelos atos praticados no exercício de sua atividade. CAPÍTULO VI

DOS PROCEDIMENTOS RELATIVOS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS

Art. 43 – A metodologia a ser empregada no manuseio dos resíduos sólidos especiais será objeto do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Art. 44 – Cabe aos Municípios, na elaboração de suas políticas de resíduos sólidos:

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I – determinar, de acordo com as normas vigentes e de modo a garantir a proteção da saúde, as formas de acondicionamento, transporte, armazenamento, e tratamento dos resíduos sólidos especiais, bem como da disposição final ambientalmente adequada de seus rejeitos; II – criar, instalar e manter, no âmbito de sua competência, centros de coleta adequados para o recolhimento e o armazenamento dos resíduos sólidos especiais, até que se dê a disposição final ambientalmente adequada de seus rejeitos, bem como determinar que os geradores particulares adotem providências de igual natureza; III – promover, em conjunto com os geradores de resíduos sólidos especiais, estudos e pesquisas destinados a desenvolver processos com vistas à redução de resíduos e oferecer alternativas sustentáveis para o seu tratamento e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. CAPÍTULO VII DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PERIGOSOS Art. 45 – Os órgãos estaduais competentes editarão as normas relativas à gestão dos resíduos sólidos perigosos. Art. 46 – O transporte, o armazenamento, o depósito, a guarda e o processamento de resíduos perigosos no Estado depende de prévia autorização dos órgãos ambientais competentes. Parágrafo único – A importação e a exportação de resíduos perigosos deverão ser comunicadas ao Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam. CAPÍTULO VIII DAS PENALIDADES Art. 47 – A ação ou a omissão das pessoas físicas ou jurídicas que caracterizem inobservância dos preceitos desta Lei e de seus regulamentos sujeitam os infratores às seguintes penalidades administrativas, sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis: I – advertência; II – multa simples; III – multa diária; IV – apreensão de animais, produtos, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; V – suspensão parcial ou total de atividade; VI – restritiva de direitos; VII – embargo de obra ou atividade; VIII – demolição de obra.

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§ 1º – A multa, de R$50,00 (cinqüenta reais) a R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), será corrigida periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente. § 2º – O regulamento desta Lei estabelecerá a pauta tipificada das infrações. CAPÍTULO IX DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 48 – Os instrumentos econômicos e financeiros da Política Estadual de Resíduos Sólidos são os previstos na Lei nº 14.128, de 19 de dezembro de 2001. Art. 49 – O Poder Executivo enviará à Assembléia, no prazo de cento e vinte dias contados da data de publicação desta Lei, projeto de lei dispondo sobre o Fundo Estadual de Resíduos Sólidos. Art. 50 – O art. 4º da Lei nº 14.128, de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º – Os benefícios relativos à Política Estadual de Reciclagem de Materiais serão concedidos exclusivamente ao usuário, ao produtor e ao comerciante cadastrados na SEMAD.”(nr) Art. 51 – Ficam acrescentados à Lei nº 14.128, de 2001, os seguintes arts. 4º-A a 4º-N: “Art. 4º-A – Em observância às disposições constitucionais, o poder público estadual proporá alternativas de fomentos e incentivos creditícios ou financeiros para indústrias e instituições que se dispuserem a trabalhar com produtos reciclados ou a fabricar ou desenvolver novos produtos ou materiais a partir de matérias-primas recicladas. Art. 4º-B – O Estado, observadas as políticas de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, estabelecidas pelas leis de diretrizes orçamentárias, ou por meio de incentivos creditícios, atuará com vistas a estruturar linhas de financiamento para atender prioritariamente as iniciativas de: I – prevenção ou redução da geração, reutilização, reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos no processo industrial produtivo; II – desenvolvimento de pesquisas e produtos que atendam aos princípios de preservação e conservação ambiental; III – apoio aos Municípios para a elaboração e a implantação dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a que se refere a Lei que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos; IV – apoio às organizações produtivas de catadores de materiais recicláveis para implantação de infra-estrutura física e aquisição de equipamentos; V – aplicação de tecnologias adequadas ao manejo integrado de resíduos sólidos, incluindo os resíduos sólidos domiciliares; VI – aproveitamento energético de resíduos sólidos orgânicos de origem urbana e rural; VII – aproveitamento dos resíduos sólidos rurais orgânicos provenientes da pecuária intensiva;

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VIII – implantação e manutenção de sistemas municipais de limpeza urbana que busquem a sustentabilidade por meio de taxas ou tarifas; IX – implantação e manutenção de sistemas regionais de destinação final de resíduos sólidos urbanos. Art. 4º-C – Quando da aplicação das políticas de fomentos ou incentivos creditícios destinadas a atender aos objetivos constantes no art. 4º-B, as instituições oficiais de crédito estaduais estabelecerão critérios que possibilitem: I – o aumento da capacidade de endividamento do beneficiário; II – o aumento do limite financiável; III – a aplicação da menor taxa de juros do sistema financeiro; IV – a redução das taxas de juros aplicáveis à operação; V – os parcelamentos das operações de crédito e financiamento. Art. 4º-D – Para que sejam atendidos os objetivos da Política Estadual de Resíduos Sólidos, os entes públicos, no âmbito de suas competências, deverão editar leis com o objetivo de promover incentivos fiscais, financeiros ou creditícios, respeitadas as limitações da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000, para as entidades dedicadas à reutilização, à reciclagem e ao tratamento de resíduos sólidos, bem como para o desenvolvimento de programas voltados para a gestão integrada de resíduos, em parceria com as organizações de catadores e outros operadores de resíduos sólidos. Art. 4º-E – A existência de Política de Resíduos Sólidos no âmbito do Município é fator condicionante para a transferência voluntária de recursos e a concessão de financiamento por parte do Estado para a implementação e a manutenção de projetos de destinação final ambientalmente adequada. Art. 4º-F – O Estado e os Municípios poderão instituir e orientar a execução de programas de incentivo de projetos de interesse social, inclusive projetos destinados ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, com a participação de investidores privados, mediante operações estruturadas de financiamento realizadas com recursos de fundos privados de investimento, de capitalização ou de previdência complementar. Art. 4º-G – O Estado estabelecerá diretrizes e fornecerá meios para a criação de fundos estadual e municipais de resíduos sólidos, cujas programações serão orientadas para a produção, a instalação e a operação de sistemas e processos destinados à criação, à absorção ou à adequação de tecnologias, iniciativas de educação ambiental, inserção social e contratação de associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, em consonância com as prioridades definidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício. Art. 4º-H – As instituições públicas ou privadas que promovam ações complementares às obrigatórias, nos moldes da legislação aplicável e em consonância com os objetivos, princípios e diretrizes da Política Estadual de Resíduos Sólidos, terão prioridade na concessão de benefícios financeiros ou creditícios por parte dos organismos de crédito e fomento ligados ao poder público estadual.

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Art. 4º-I – As pessoas jurídicas de direito privado que invistam em ações de capacitação tecnológica com o objetivo de criar, desenvolver ou absorver inovações para a redução, a reutilização e o tratamento de resíduos sólidos ou a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos terão prioridade no recebimento de incentivos fiscais ou financeiros instituídos para esta finalidade. Parágrafo único – Na realização das ações de capacitação mencionadas no caput, será dada preferência à contratação de universidades, instituições de pesquisa e outras empresas com capacitação técnica reconhecida, ficando o titular da contratação responsável pela administração do contrato e pelo controle da utilização e da aplicação prática dos resultados dessas ações.

Art. 4º-J – O Estado adotará instrumentos econômicos visando a incentivar: I – programas de coleta seletiva eficientes e eficazes, preferencialmente em parceria com organizações de catadores;

II – Municípios que se dispuserem a receber resíduos sólidos provenientes de soluções consorciadas. Art. 4º-K – Os serviços de limpeza urbana e de coleta de lixo serão custeados, preferencialmente, por tarifas e taxas. Art. 4º-L – A unidade recicladora gozará de benefícios fiscais e tributários, nos termos de normas específicas editadas pelo Poder Executivo.

Parágrafo único – Os benefícios de que trata o caput serão concedidos sob a forma de créditos especiais, deduções, isenções de impostos, tarifas diferenciadas, prêmios, empréstimos e demais modalidades especificamente estabelecidas na legislação pertinente. Art. 4º-M – O Estado estabelecerá formas de incentivos fiscais para a aquisição, pelos Municípios, de equipamentos apropriados ao setor de limpeza urbana. Parágrafo único. A concessão dos incentivos previstos no caput fica condicionada à comprovação, pelos Municípios, da existência de Política Municipal de Resíduos Sólidos.

Art. 4º-N – As entidades e organizações que promovam ações relevantes na gestão de resíduos sólidos receberão incentivos do Estado, nos termos da lei, sob a forma de créditos especiais, deduções, isenções tributárias, tarifas diferenciadas, prêmios, empréstimos e demais modalidades de incentivo estabelecidas na legislação pertinente.”

Art. 52 – A ementa da Lei nº 14.128, de 2001, passa a ser: “Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais e sobre os instrumentos econômicos e financeiros aplicáveis à Gestão de Resíduos Sólidos.” (nr) Art. 53 – O prazo para a elaboração dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios será estabelecido pelo Copam, observado o prazo máximo de cinco anos contados da data de publicação da regulamentação desta Lei.

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Art. 54 – A alínea “a” do inciso VIII do art. 1º da Lei nº 13.803, de 27 de dezembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação, ficando acrescentada ao inciso a seguinte alínea “d”: “Art. 1º – ...... VIII – ...... a) parcela de, no máximo, 50% (cinqüenta por cento) do total será distribuída aos Municípios cujos sistemas de tratamento ou disposição final de lixo ou de esgoto sanitário, com operação licenciada pelo órgão ambiental estadual, atendam, no mínimo, a 70% (setenta por cento) e 50% (cinqüenta por cento) da população, respectivamente, sendo que o valor máximo a ser atribuído a cada Município não excederá seu investimento, estimado com base na população atendida e no custo médio “per capita” dos sistemas de aterro sanitário, usina de compostagem de lixo e estação de tratamento de esgotos sanitários, fixado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam -, bem como aos Municípios que comprovadamente tenham implantado em seu território sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos; ...... d) os recursos recebidos na forma da alínea “a” serão utilizados prioritariamente na contratação de cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis, para a realização de serviços de coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos;”(nr) ...... Art. 55 – Aplica-se o disposto no art. 224 da Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, à Lei nº 10.545, de 13 de dezembro de 1991, e ao Decreto nº 41.203, de 8 de agosto de 2000, que a regulamenta. Art. 56 – Fica revogada a Lei nº 16.682, de 10 de janeiro de 2007. Art. 57 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 12 de janeiro de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

NORMA: LEI Nº 18.042, de 13/1/2009 Proposição: Projeto de Lei nº 2880/2008 Autoria: Dep. Adalclever Lopes – PMDB Dep. Gilberto Abramo – PMDB Altera a Lei nº 15.979, de 13 de janeiro de 2006, que cria a Estação Ecológica do Cercadinho.

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O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – Ficam acrescentados à Lei nº 15.979, de 13 de janeiro de 2006, os seguintes arts. 4º-A e 4º-B: “Art. 4º-A – Fica autorizada a utilização da área da Estação Ecológica do Cercadinho, delimitada pela poligonal de vértices 1 a 19, 19B e 20 a 33 e coordenadas e lados descritos no Anexo II desta Lei, com perímetro de 2.416,8473m (dois mil quatrocentos e dezesseis vírgula oito mil quatrocentos e setenta e três metros) e com área de 125.423,6975m 2 (cento e vinte e cinco mil quatrocentos e vinte e três vírgula seis mil novecentos e setenta e cinco metros quadrados), para a execução de obras de infra-estrutura de interligação entre a Rodovia BR-356 e a Rodovia MG-030 e de acesso a essas rodovias, mediante prévia aprovação do órgão responsável pela administração da Estação Ecológica, sem prejuízo da necessidade de licenciamento ambiental e de outras exigências legais e observados os pré-requisitos de utilidade pública e interesse social. § 1º – As obras de infra-estrutura de que trata o caput serão acompanhadas da recuperação da cobertura vegetal da área compreendida entre o limite do leito da antiga ferrovia de acesso à Mina de Águas Claras e os pés dos taludes externos da pista da Rodovia BR-356, no sentido Belo Horizonte – Rio de Janeiro, e de implantação de iluminação pública no perímetro definido no Anexo II. § 2º – A concessão da licença de operação da alça viária a que se refere o caput e de seus acessos fica condicionada ao plantio da cobertura vegetal para recuperação ambiental da área e à implantação da iluminação pública a que se refere o § 1º. § 3º – A recuperação da cobertura vegetal da área a que se refere o § 1º se fará com o plantio de espécimes de porte arbóreo, com densidade mínima de dez mudas a cada 100m2 (cem metros quadrados). § 4º – Fica vedada, na área autorizada para construção das pistas de tráfego da alça viária a que se refere o caput e de seus acessos, qualquer outra construção, inclusive estruturas de apoio ao tráfego, tais como postos policiais fixos ou postos de gasolina, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e outras. Art. 4º-B – Todo empreendimento residencial, comercial ou industrial que, em função de sua construção, instalação ou ampliação, possa provocar significativo aumento do fluxo de veículos no sistema viário do entorno da Estação Ecológica do Cercadinho fica sujeito a licenciamento ambiental no âmbito do Estado.”. Art. 2º – O Anexo da Lei nº 15.979, de 2006, passa a vigorar como Anexo I, ficando acrescentado àquela Lei o Anexo II, na forma do Anexo desta Lei. Parágrafo único – Nos arts. 1º e 4º da Lei nº 15.979, de 2006, o termo “Anexo” fica substituído pela expressão “Anexo I”. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 13 de janeiro de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado ANEXO (a que se refere o art. 2º da Lei nº 18.042, de 13 de janeiro de 2009.) “ANEXO II (a que se refere o art. 4º-A da Lei nº 15.979, de 13 de janeiro de 2006.) Coordenadas UTM dos marcos (vértices) da poligonal – Quadro 1 – e Memorial descritivo – Quadro 2 – da poligonal envolvente da área autorizada para construção da interligação da BR-356 à MG-030. Quadro 1 – Coordenadas UTM dos vértices da poligonal

VÉRTICES COORDENADAS NORTE (UTM) COORDENADAS ESTE (UTM) Marco 1 7789870,8913 609692,2415 Marco 2 7789988,4512 609793,5689 Marco 3 7789978,7019 609813,2638 Marco 4 7790015,9167 609846,7082 Marco 5 7790007,9216 609882,8306 Marco 6 7790007,9155 609897,7129 Marco 7 7790010,3971 609912,9891 Marco 8 7790018,8883 609926,7093 Marco 9 7790057,4502 609953,2688 Marco 10 7790173,6570 610085,0734 Marco 11 7790178,7066 610097,5207 Marco 12 7790164,7577 610116,0017 Marco 13 7790159,9970 610120,4870 Marco 14 7790187,8659 610150,0672 Marco 15 7790203,4333 610133,7208 Marco 16 7790238,0463 610108,8312 Marco 17 7790308,6592 610098,6458 Marco 18 7790535,5048 610169,4554 Marco 19 7790585,8625 610170,8935 Marco 19-b 7790711,3156 610233,1541 Marco 20 7790711,1239 610125,6072 Marco 21 7790713,2346 610121,0746 Marco 22 7790658,8149 610094,5034 Marco 23 7790619,3643 610082,4924 Marco 24 7790578,4592 610077,5906 Marco 25 7790582,7033 610058,3005 Marco 26 7790523,2181 610045,2129 Marco 27 7790498,5935 610038,7730 Marco 28 7790474,5492 610030,4229 Marco 29 7790304,5508 609946,6612 Marco 30 7790151,0244 609835,5522 Marco 31 7790070,5497 609766,2710 Marco 32 7790038,8339 609738,7366 Marco 33 7789926,0874 609630,1623

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Quadro 2 – Memorial Descritivo LADOS VÉRTICES AZIMUTES DISTÂNCIAS (m) 1 Marco 1 -> Marco 2 40º 45' 32" NE 155,2 2 Marco 2 -> Marco 3 116º 20' 06" SE 21,98 3 Marco 3 -> Marco 4 41º 56' 48" NE 50,04 4 Marco 4 -> Marco 5 102º 28' 42" SE 37 5 Marco 5 -> Marco 6 90º 01' 23" NE 14,88 6 Marco 6 -> Marco 7 80º 46' 30" NE 15,48 7 Marco 7 -> Marco 8 58º 14' 51" NE 16,14 8 Marco 8 -> Marco 9 34º 33' 27" NE 46,82 9 Marco 9 -> Marco 10 48º 35' 55" NE 175,72 10 Marco 10 -> Marco 11 67º 55' 06" NE 13,44 11 Marco 11 -> Marco 12 127º 02' 41" SE 23,15 12 Marco 12 -> Marco 13 136º 42' 35" SE 6,54 13 Marco 13 -> Marco 14 46º 42' 21" NE 40,64 14 Marco 14 -> Marco 15 313º 36' 06" NE 22,57 15 Marco 15 -> Marco 16 324º 16' 49" NW 42,63 16 Marco 16 -> Marco 17 351º 47' 33"NW 71,34 17 Marco 17 -> Marco 18 17º 20' 08" NE 237,64 18 Marco 18 -> Marco 19 01º 38' 13" NE 50,38 19 Marco 19 -> Marco 19b 26º 24' 40" NE 140,05 19B Marco 19b -> Marco 20 269º 52' 51" NW 107,55 20 Marco 20 -> Marco 21 294º 57' 56" NW 4,99 21 Marco 21 -> Marco 22 206º 01' 32" SW 60,56 22 Marco 22 -> Marco 23 197º 03' 09" SW 41,27 23 Marco 23 -> Marco 24 186º 42' 29" SW 41,19 24 Marco 24 -> Marco 25 282º 24' 29" NW 19,75 25 Marco 25 -> Marco 26 192º 24' 32" SW 60,91 26 Marco 26 -> Marco 27 194º 39' 23" SW 25,45 27 Marco 27 -> Marco 28 199º 09' 01" SW 25,45 28 Marco 28 -> Marco 29 206º 13' 49" SW 189,51 29 Marco 29 -> Marco 30 215º 53' 37" SW 189,51 30 Marco 30 -> Marco 31 220º 43' 32" SW 106,19 31 Marco 31 -> Marco 32 220º 57' 45" SW 42 32 Marco 32 -> Marco 33 223º 55' 12" SW 156,53 33 Marco 33 -> Marco 1 131º 38' 28 SE 83,070"

NORMA: LEI Nº 18.043, de 23/1/2009 Proposição: Projeto de Lei nº 1444/2007 Autoria: Governador Aécio Neves Modifica o Decreto nº 20.597, de 4 de junho de 1980, que define área de proteção especial, situada nos Municípios de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Matozinhos, para fins do disposto no art. 13 da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979.

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O POVO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, por seus representantes, decretou e eu, sem seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º – O caput do art. 1º do Decreto nº 20.597, de 4 de junho de 1980, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º – Fica definido como área de proteção especial – APE -, destinada à proteção de mananciais, patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, para fins do disposto no art. 13 da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, o território compreendendo o Município de Confins e partes dos Municípios de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Funilândia e Prudente de Morais, contido em perímetro elaborado com base nas cartas topográficas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, na escala de 1:50.000 – códigos SE-23-X-C-V e SE- 23-Z-C-VI da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –, com a seguinte descrição: começa na foz do Riacho do Gordura sobre o Rio das Velhas e sobe por este Rio até seu encontro com a Rodovia MG-010; segue por essa Rodovia no sentido de Lagoa Santa até encontrar o perímetro da Zona de Expansão Metropolitana de Lagoa Santa; acompanha esse perímetro no sentido anti-horário até a confluência do Córrego Olhos d’Água com o Córrego do Barreiro; sobe pelo Córrego do Barreiro, seguindo o perímetro urbano de Lagoa Santa, e continua por esse perímetro até encontrar a Rua Acadêmico Nilo de Figueiredo; segue por essa Rua até seu encontro com a Rua Salgado Filho; segue por essa Rua até seu encontro com a Rodovia MG- 424; segue por essa Rodovia no sentido de Belo Horizonte até encontrar o perímetro da Zona de Expansão Metropolitana do Município de Lagoa Santa; segue por esse perímetro até seu encontro com o Ribeirão da Mata; sobe por esse Ribeirão até encontrar o perímetro da zona urbana do Município de Pedro Leopoldo; acompanha esse perímetro em sentido anti-horário até encontrar a estrada que liga Pedro Leopoldo a Mocambeiro; segue por essa estrada no sentido de Mocambeiro até seu entroncamento com a estrada que liga Matozinhos a Mocambeiro; segue por essa estrada no sentido de Matozinhos até seu entroncamento com a Rodovia MG-424; segue por essa Rodovia no sentido de Sete Lagoas até atingir o limite entre os Municípios de Matozinhos e Prudente de Moraes; segue acompanhando esse limite municipal em direção ao Rio das Velhas até encontrar a estrada que liga Prudente de Moraes à Fazenda Casa Branca, passando pelo povoado de São Bento; segue por essa estrada no sentido daquela Fazenda até seu encontro com o Riacho do Gordura; desce por esse Riacho até sua foz no Rio das Velhas, onde teve início a descrição do perímetro.” (nr) Art. 2º – O art. 2º do Decreto nº 20.597, de 1980, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 2º – Para fins de proteção da área definida no art. 1º serão observadas as seguintes condições: I – ficam declaradas de preservação permanente as áreas: a) necessárias à proteção de monumentos naturais notáveis, sítios arqueológicos, paleontológicos e espeleológicos; b) necessárias à proteção de espécies da flora ou da fauna ameaçadas de extinção ou endêmicas;

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c) necessárias à criação ou à manutenção de corredores ecológicos entre áreas protegidas; d) definidas como prioritárias para a conservação da biodiversidade, nos termos da rede de Áreas Protegidas conforme previsto no Decreto nº 44.500, de 3 de abril de 2007, observado o zoneamento ecológico econômico da área de proteção ambiental APA Carste Lagoa Santa; e) necessárias à recarga hídrica da área cárstica; e f) de dolinas e as áreas sob sua influência; II – a exploração ou a supressão de vegetação nativa nas áreas não declaradas de preservação permanente, quando admissível e executada com observância da legislação florestal pertinente, atenderá aos seguintes critérios: a) implantação de empreendimentos novos, preferencialmente, em áreas já substancialmente alteradas ou degradadas; b) manifestação do órgão gestor da APA Carste Lagoa Santa; e c) compensação ambiental por meio da instituição de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN – dentro da APE, em área equivalente, em extensão e características ecológicas, à área a ser desmatada; III – a concessão de outorga de água e a autorização ou licenciamento de qualquer empreendimento ou atividade modificadora do meio ambiente dependerão de: a) avaliação específica de seus impactos sobre o patrimônio cultural, arqueológico, paleontológico, espeleológico e turístico; b) estudo prévio que demonstre a viabilidade ambiental da intervenção e avalie seus impactos sobre o aqüífero cárstico; e c) Estudo de Impacto Ambiental – EIA -, conforme previsto no Decreto Federal nº 99.556, de 1º de outubro de 1990. § 1º – As áreas de que tratam as alíneas “a”, “b”, “c”, “e” e “f” do inciso I do caput deste artigo serão aprovadas pelo Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM -, a partir de estudo técnico apresentado pelo órgão competente, no prazo de cento e oitenta dias. § 2º – Quando verificada pelo órgão ambiental a inexistência de local adequado para a instituição da RPPN, nos termos da alínea “c” do inciso II do caput , o empreendedor instituirá, dentro da APE, área de recomposição florestal com espécies nativas, com extensão equivalente à da área a ser desmatada, ficando o empreendedor ou seus sucessores responsáveis pela manutenção da área até que a vegetação recomposta se torne, em porte e densidade, idêntica à vegetação suprimida, vedada destinação futura que implique corte da vegetação recomposta. § 3º – Na impossibilidade de cumprimento do disposto no § 2º, o empreendedor doará ao órgão ambiental competente área de extensão equivalente a, no mínimo, duas vezes a área a ser desmatada, localizada no interior de unidade de conservação de domínio

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público estadual, pendente de regularização fundiária, preferencialmente na mesma bacia hidrográfica. § 4º – O COPAM instituirá, no prazo máximo de cento e oitenta dias contados da publicação desta Lei, cadastro com dados georreferenciados dos sítios arqueológicos, espeleológicos e paleontológicos existentes na APE.” (nr) Art. 3º – A concessão de outorga de água e a autorização ou licenciamento de qualquer empreendimento ou atividade modificadora do meio ambiente só poderão ocorrer após o cumprimento das exigências estabelecidas nos §§ 1º e 4º do art. 2º do Decreto nº 20.597, de 1980. Art. 4º – A ementa do Decreto nº 20.597, de 1980, passa a ser: “Define área de proteção especial, compreendendo o Município de Confins e partes dos Municípios de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Funilândia e Prudente de Morais, para fins do disposto no art. 13 da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979.” (nr) Art. 5º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 23 de janeiro de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES – Governador do Estado

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3 – ÍNDICE TEMÁTICO

A

Abelha, proteção, conservação, preservação: Lei nº 14.009/2001 Ver também Apicultura Acidente ambiental Barragem, responsabilidade sobre custos: Lei nº 15.056/2004 Depósito de resíduo industrial, responsabilidade sobre custos: Lei nº 15.056/2004 Informações sobre risco de acidente ambiental, acesso: Lei nº 15.971/2006 Obrigações dos responsáveis: Lei nº 15.056/2004, Lei nº 15.972/2006 Relatório de avaliação de risco ambiental: Lei nº 15.399/2004 Agência de bacia hidrográfica: Lei nº 13.199/1999 Agenda 21 Estadual: Lei nº 16.687/2007 Agressão ao meio ambiente, serviço disque-denúncia: Lei nº 14.986/2004 Agricultura Agricultura intensiva, bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992 Área degradada, recuperação: Lei nº 15.909/2005 Certificação Certificado Ambiental da Propriedade Agrícola – ISO-Agrícola: Lei nº 14.089/2001 Certificado de Produto Agrícola Não Transgênico: Lei nº 14.127/2001 Selo de Qualidade Ambiental do Estado de Minas Gerais: Lei nº 14.324/2002 Sistema Estadual de Certificação de Qualidade Ambiental: Lei nº 14.324/2002 Defesa sanitária vegetal: Lei nº 15.697/2005 Desenvolvimento florestal: Lei nº 11.405/1994 Educação ambiental, agricultor: Lei nº 14.089/2001 Irrigação e drenagem: Lei nº 11.405/1994 Mata seca: Lei nº 17.353/2008 Política estadual de apoio à agricultura urbana: Lei nº 15.973/2006 Política estadual de desenvolvimento agrícola: Lei nº 11.405/1994 Preservação ambiental: Lei nº 11.405/1994 Produto orgânico Certificado de origem e qualidade: Lei nº 14.968/2004 Política estadual para a promoção do uso de sistemas orgânicos de produção vegetal e animal: Lei nº 14.968/2004

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Proteção ambiental: Lei nº 11.405/1994 Queima controlada: Lei nº 10.312/1990 Resíduo agrícola, combustível alternativo, produção: Lei nº 11.405/1994 Solo agrícola: Lei nº 11.405/1994, Lei nº 12.596/1997 Ver também Fruticultura; Inseticida Agropecuária ver Agricultura; Agrotóxico; Pecuária Agrotóxico Aplicação, uso de aeronave: Lei nº 10.545/1991, Lei nº 18.028/2009 Armazenamento, Lei nº 10.545/1991 Cadastramento: Lei nº 10.545/1991, Lei nº 14.125/2001 Comercialização: Lei nº 10.545/1991 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 10.545/1991 Eliminação do emprego: Lei nº 14.968/2004 Penalidades, infração à legislação: Lei nº 10.545/1991 Produção: Lei nº 10.545/1991 Registro: Lei nº 10.545/1991 Repressão ao uso indiscriminado: Constituição Estadual de 1989 (art. 248) Transporte: Lei nº 10.545/1991 Utilização: Lei nº 10.545/1991, Lei nº 18.028/2009 Água Água para abastecimento público: Lei nº 9.367/1986, Lei nº 10.793/1992, Lei nº 11.720/1994, Lei nº 12.503/1997, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.317/1999, Lei nº 13.771/2000, Lei nº 13.960/2001, Lei nº 16.197/2006 Água para geração de energia elétrica: Lei nº 12.503/1997 Água residual industrial, tratamento: Lei nº 9.367/1986 Água subterrânea Administração: Lei nº 13.771/2000, Lei nº 14.596/2003 Áreas de proteção dos aquíferos, classificação: Lei nº 13.771/2000 Cadastro: Lei nº 13.771/2000 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 13.771/2000 Conservação: Lei nº 13.771/2000, Lei nº 14.596/2003 Direito de uso, outorga: Lei nº 13.771/2000 Penalidades, infração à legislação: Lei nº 13.771/2000, Lei nº 14.596/2003 Poluição, conceito para efeitos da lei: Lei nº 13.771/2000 Proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 250), ADCT 1989 (art. 86), Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.771/2000, Lei nº 14.596/2003 Água superficial, proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 250), Lei nº 13.199/1999 Água termal, proteção: Lei nº 11.020/1993

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Aqüífero, proteção e recarga: ADCT 1989 (art. 86), Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.771/ 2000, Lei nº 17.727/2008 Domínio público patrimonial do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 12) Programa Estadual de Conservação da Água: Lei nº 12.503/1997 Ver também Recursos hídricos Alimento transgênico, rotulagem: Lei nº 13.494/2000 APA ver Área de proteção ambiental APE ver Área de proteção especial Apicultura Exploração integrada com a fruticultura: Lei nº 15.909/2005 Incentivo ao desenvolvimento: Lei nº 14.009/2001 APP ver Área de preservação permanente Aqüicultura Barragem, utilização de tanque-rede: Lei nº 14.181/2002, Lei nº 15.261/2004 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.181/2002 Incentivo: Lei nº 14.181/2002 Licença e registro: Lei nº 14.181/2002 Política estadual de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado: Lei nº 14.181/2002 Ver também Fauna; Flora; Pesca; Piscicultura Ar interno , qualidade: Lei nº 13.317/1999 Área de interesse ecológico Bacia Hidrográfica do Rio Pandeiros, área de proteção ambiental: Lei nº 11.901/1995 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Área de preservação permanente Área de Preservação Permanente da Bacia Hidrográfica do Rio Uberabinha – APP do Rio Uberabinha: Lei nº 11.931/1995 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002, Lei 18.023/2009 Destinação: Lei nº 14.309/2002 Manejo: Lei nº 14.309/2002 Represa de usina hidrelétrica: Lei nº 14.309/2002, Lei 18.023/2009 Reservatório artificial: Lei nº 14.309/2002, Lei 18.023/2009 Utilização: Lei nº 14.309/2002 Vegetação nativa, supressão: Lei nº 14.309/2002 Área de produção, conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Área de proteção ambiental APA das Lagoas Marginais do Rio Doce e de Seus Afluentes: Lei nº 11.832/1995 APA das Lagoas Marginais do Rio Piracicaba e de Seus Afluentes: Lei nº 11.831/1995

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APA das Lagoas Marginais do Rio São Francisco e de Seus Afluentes: Lei nº 11.943/1995 Área de Proteção Ambiental – APA – Fazenda Capitão Eduardo: Lei nº 13.958/2001 Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio do Machado – APA do Rio do Machado: Lei nº 13.373/1999 Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Uberaba – APA do Rio Uberaba: Lei nº 13.183/1999 Área de Proteção Ambiental da Serra do Lopo – APA Serra do Lopo: Lei nº 11.936/1995 Área de Proteção Ambiental de Vargem das Flores – APA Vargem das Flores: Lei nº 16.197/2006 Área de Proteção Ambiental do Rio Pandeiros – APA do Rio Pandeiros: Lei nº 11.901/1995 Área de Proteção Ambiental Mata do Krambeck – APA Mata do Krambeck: Lei nº 10.943/1992, Lei nº 11.336/1993 Área de Proteção Ambiental Sul Região Metropolitana de Belo Horizonte – APA Sul RMBH: Lei nº 13.960/2001 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Área de proteção de mananciais, conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 18.024/2009 Área de proteção especial Área de Proteção Especial – APE – Carste Lagoa Santa: Lei nº 18.043/2009 Gruta Rei do Mato: Lei nº 8.670/1984 Área de relevante interesse ecológico Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Área produtiva com restrição de uso, conceito para efeitos da lei, classificação: Lei nº 14.309/2002 Árvore Buriti, declaração, interesse comum, imune de corte: Lei nº 13.635/2000 Ipê-amarelo, declaração, interesse comum, imune de corte, preservação permanente: Lei nº 9.743/1988 Pequizeiro ( Caryocar brasiliense) , declaração, interesse comum, imune de corte, preservação permanente: Lei nº 10.883/1992, Lei nº 17.682/2008 Ver também Flora; Floresta; Mata; Vegetação Assoreamento Controle: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Prevenção: Lei nº 7.000/1977, Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 10.793/ 1992, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 14.309/ 2002 Aterro Proibição

492 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Área de preservação permanente: Lei nº 11.931/1995 Área de proteção ambiental: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 11.943/1995, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.373/1999 Bacias de mananciais para abastecimento: Lei nº 10.793/1992 Veredas: Lei nº 9.375/1986 Segurança, verificação: Lei nº 15.056/2004 Auditoria ambiental: Lei nº 10.627/1992, Lei nº 15.017/2004, Lei nº 17.039/2007 Ver também Fiscalização ambiental

B

Balsa, utilização para exploração mineral em rios e cursos d’água: Lei nº 10.595/1992 Barragem Acidente ambiental, responsabilidade sobre custos: Lei nº 15.056/2004 Aqüicultura: Lei nº 14.181/2002, Lei nº 15.261/2004 Assistência social à população de áreas inundadas: Constituição Estadual de 1989 (art. 194), Lei nº 12.812/1998, Lei nº 15.012/2004 Construção, área de reserva legal: Lei nº 14.309/2002 Energia elétrica, fornecimento às áreas inundadas: Constituição Estadual de 1989 (art. 298) Escada para peixes de piracema, construção: Lei nº 12.488/1997 Malha rodoviária, recomposição em áreas inundadas: Constituição Estadual de 1989 (art. 298) Segurança, verificação: Lei nº 15.056/2004 Usina hidrelétrica, estação de piscicultura: Lei nº 11.863/1995 Ver também Represa Batata, unidade lavadora: Lei nº 12.589/1997 Bateria, coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Biodiesel, utilização como fonte de energia renovável: Lei nº 15.976/2006 Biodiversidade Fundo Pró-Floresta: Lei nº 16.679/2007 Política Estadual de Desenvolvimento do Ecoturismo: Lei nº 14.368/2002 Políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.972/2006, Lei nº 17.107/2007 Preservação, proteção: Lei nº 13.960/2001, Lei nº 13.965/2001, Lei nº 14.007/2001, Lei nº 14.089/2001, Lei nº 14.181/2002, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 14.968/2004,

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Lei nº 15.082/2004, Lei nº 15.258/2004, Lei nº 16.197/2006, Lei nº 16.679/2007, Lei nº 17.727/2008 Bolsa Verde: Lei nº 17.727/2008 Bomba, utilização para exploração mineral em rios e cursos d’água: Lei nº 10.595/1992 Buriti, declaração, interesse comum, imune de corte: Lei nº 13.635/2000

C

Caatinga Proteção: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.972/2006 Uso do solo, projeto agropecuário: Lei nº 17.353/2008 Ver também Flora; Floresta; Mata; Vegetação Cadastro Agrotóxico, registro: Lei nº 10.545/1991, Lei nº 14.125/2001 Água subterrânea: Lei nº 13.771/2000 Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais: Lei nº 14.940/2003, Lei nº 17.608/2008 Espécie nativa, produtos: Lei nº 14.309/2002 Produtor, comerciante, produto orgânico: Lei nº 14.968/2004 Carste Lagoa Santa, área de proteção especial: Lei nº 18.043/2009 Carvão vegetal Cerrado: Lei nº 13.047/1998 Utilização, licenciamento ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 217) Vegetação nativa, manejo florestal: Lei nº 14.309/2002 Ver também Produto florestal Catador de lixo, cooperativa: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 15.441/2005, Lei nº 16.689/ 2007, Lei nº 17.503/2008, Lei nº 18.031/2009 CEDIF – Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Difusos: Lei nº 14.086/2001 Ver também Órgãos e entidades Cemitério, instalação em bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992 CERH-MG – Conselho Estadual de Recursos Hídricos: Lei nº 12.188/1996, Lei nº 13.199/1999 Ver também Órgãos e entidades Cerrado Centro de referência, pequi, produto nativo do cerrado: Lei nº 13.965/2001 Cerrado em estágio secundário de regeneração: Lei nº 13.047/1998

494 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Cerrado nativo: Lei nº 13.047/1998 Comenda Gerardus Sanders: Lei nº 16.183/2006 Dia Estadual do Cerrado: Lei nº 16.260/2006 Exploração: Lei nº 13.047/1998 Penalidades, infração à legislação: Lei nº 13.047/1998 Prêmio Guimarães Rosa: Lei nº 16.260/2006 Programa Mineiro de Incentivo ao Cultivo, à Extração, ao Consumo, à Comercialização e à Transformação do Pequi e demais Frutos e Produtos Nativos do Cerrado – Pró- Pequi: Lei nº 13.965/2001 Proteção: Lei nº 11.931/1995 Uso racional: Lei nº 13.047/1998, Lei nº 13.965/2001 Ver também Flora; Vegetação Certificação Certificado Ambiental da Propriedade Agrícola – ISO-Agrícola: Lei nº 14.089/2001 Certificado de origem e qualidade, produto orgânico: Lei nº 14.968/2004 Certificado de Produto Agrícola Não Transgênico: Lei nº 14.127/2001 Certificado de Recomposição de Reserva Legal – CRRL: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.027/2004 Programa de Certificação Ambiental da Propriedade Agrícola: Lei nº 14.089/2001 Selo de Qualidade Ambiental do Estado de Minas Gerais, produtos industrializados e agrícolas: Lei nº 14.324/2002 Sistema Estadual de Certificação de Qualidade Ambiental, produtos industrializados e agrícolas: Lei nº 14.324/2002 Chuva intensa, política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes: Lei nº 15.660/2005 Ver também Inundação Cianeto de sódio, utilização em exploração mineral e garimpagem em rios e cursos d’água: Lei nº 10.595/1992 Coleta seletiva de lixo Administração pública: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 16.689/2007 Bateria: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Cooperativa de catadores de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 15.441/2005, Lei nº 16.689/2007, Lei nº 17.503/2008, Lei nº 18.031/2009 Disquete de computador: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Educação ambiental: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 15.441/2005, Lei nº 16.689/2007 Entulho de construção civil: Lei nº 14.128/2001 Lâmpada fluorescente: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Metal: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 16.689/2007

495 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Papel e papelão: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 16.689/2007 Penalidades, infração à legislação: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Pilha: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Plástico: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 16.689/2007 Política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003, Lei nº 16.689/2007, Lei nº 17.503/2008 Política estadual de reciclagem de materiais: Lei nº 14.128/2001 , Lei nº 18.031/2009 Resíduo reciclável: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 14.577/2003, Lei nº 15.441/2005, Lei nº 16.689/2007, Lei nº 17.503/2008 Resíduo sólido doméstico e hospitalar: Lei nº 13.317/1999 Vidro: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 16.689/2007 Ver também Reciclagem de materiais; Lixo; Resíduos Combustíveis Biodiesel: Lei nº 15.976/2006 Fonte renovável, incentivo fiscal para aquisição de veículo: Lei nº 13.162/1999, Lei nº 14.558/2002 Política estadual de apoio à produção e à utilização do biodiesel e de óleos vegetais: Lei nº 15.976/2006 Produto florestal, utilização: Constituição Estadual de 1989 (art. 217) Resíduo agrícola e agroindustrial, combustível alternativo, produção: Lei nº 11.405/1994 Veículo de frota oficial: Lei nº 13.162/1999, Lei nº 14.558/2002, Lei nº 15.976/2006 Comenda Comenda Antônio Secundino de São José: Lei nº 10.573/1991 Comenda Gerardus Sanders: Lei nº 16.183/2006 Ver também Concessão honorífica Comércio, estabelecimentos infratores da legislação ambiental, publicidade: Lei nº 13.393/1999 Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, competência: Resolução da Assembléia Legislativa nº 5.176/1997 Comitê de bacia hidrográfica: Lei nº 13.199/1999 Conceito para efeitos da lei Agrotóxico: Lei nº 10.545/1991 Água subterrânea: Lei nº 13.771/2000 Aqüicultura: Lei nº 14.181/2002 Área de preservação permanente: Lei nº 14.309/2002 Área de produção: Lei nº 14.309/2002 Área de proteção ambiental: Lei nº 14.309/2002 Área de proteção de mananciais: Lei nº 14.309/2002, Lei 18.023/2009

496 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Área de relevante interesse ecológico: Lei nº 14.309/2002 Área produtiva com restrição de uso: Lei nº 14.309/2002 Auditoria ambiental: Lei nº 10.627/1992, Lei nº 15.017/2004 Avaliação do ciclo de vida do produto: Lei nº 18.031/2009 Chuva intensa: Lei nº 15.660/2005 Ciclo de vida do produto: Lei nº 18.031/2009 Coleta seletiva, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Compostagem, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Consórcio público, gestão de resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Consumo sustentável: Lei nº 18.031/2009 Degradação ambiental: Lei nº 7.772/1980 Desastre decorrente de chuva intensa: Lei nº 15.660/2005 Destinação final, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Disposição final, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Ecoturismo: Lei nº 14.368/2002 Educação ambiental: Lei nº 15.441/2005 Empresa de grande porte: Lei nº 14.940/2003 Empresa de médio porte: Lei nº 14.940/2003, Lei nº 17.608/2008 Empresa de pequeno porte: Lei nº 14.940/2003, Lei nº 17.608/2008 Estação ecológica: Lei nº 14.309/2002 Floresta estadual: Lei nº 14.309/2002 Fluxo, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Gerador, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Gestão integrada, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Gestor, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Incêndio florestal: Lei nº 10.312/1990 Incentivo especial: Lei 13.199/1999, Lei nº 17.727/2008 Informações básicas sobre o meio ambiente: Lei nº 15.971/2006 Lagoa marginal: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.943/1995 Limpeza pública, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Logística reversa, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Manancial para abastecimento público: Lei nº 10.793/1992 Manejo integrado, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Mata seca: Lei nº 17.353/2008 Meio ambiente: Lei nº 7.772/1980 Microempresa: Lei nº 14.940/2003, Lei nº 17.608/2008 Monumento natural: Lei nº 14.309/2002

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Parque: Lei nº 14.309/2002 Pesca: Lei nº 14.181/2002 Plano de gestão integrada de resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Poluição, águas subterrâneas: Lei nº 13.771/2000 Poluição ambiental: Lei nº 7.772/1980 Produto agrícola não transgênico: Lei nº 14.127/2001 Produto orgânico: Lei nº 14.968/2004 Produtor orgânico: Lei nº 14.968/2004 Reaproveitamento, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Reciclagem, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Refúgio da vida silvestre: Lei nº 14.309/2002 Rejeito, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Reserva biológica: Lei nº 14.309/2002 Reserva extrativista: Lei nº 14.309/2002 Reserva legal: Lei nº 14.309/2002 Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA: Lei nº 15.027/2004 Resíduo de serviços de saúde: Lei nº 13.796/2000, Lei nº 18.031/2009 Resíduo industrial: Lei nº 18.031/2009 Resíduo perigoso: Lei nº 13.796/2000 Resíduo sólido: Lei nº 13.796/2000 , Lei nº 18.031/2009 Resíduo sólido domiciliar: Lei nº 18.031/2009 Resíduo sólido especial ou diferenciado: Lei nº 18.031/2009 Resíduo sólido pós-consumo: Lei nº 18.031/2009 Resíduo sólido reverso: Lei nº 18.031/2009 Resíduo urbano: Lei nº 18.031/2009 Responsabilidade compartilhada, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Responsabilidade socioambiental compartilhada: Lei nº 18.031/2009 Reutilização, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Rio de preservação permanente: Lei nº 15.082/2004 Salubridade ambiental: Lei nº 11.720/1994 Saneamento básico: Lei nº 11.720/1994, Lei nº 13.317/1999, Lei nº 15.474/2005 Sítio arqueológico: Lei nº 11.726/1994 Sítio espeleológico: Lei nº 11.726/1994 Sítio paleontológico: Lei nº 11.726/1994 Solo agrícola: Lei nº 12.596/1997 Tecnologia ambientalmente adequada, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Terra devoluta indisponível: Lei nº 11.020/1993

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Terra devoluta reservada: Lei nº 11.020/1993 Unidade de conservação: Lei nº 14.309/2002 Unidade de conservação de proteção integral: Lei nº 14.309/2002 Unidade de conservação de uso sustentável: Lei nº 14.309/2002 Unidade receptora, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Unidade recicladora, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Usuário, serviço de limpeza pública: Lei nº 18.031/2009 Valorização, resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Veredas: Lei nº 9.375/1986, Lei nº 9.682/1988 Vigilância ambiental: Lei nº 13.317/1999, Lei nº 15.474/2005 Concessão honorífica Comenda Antônio Secundino de São José: Lei nº 10.573/1991 Comenda Gerardus Sanders: Lei nº 16.183/2006 Diploma Amigo dos Rios: Lei nº 12.305/1996 Diploma de Mérito Ambiental: Lei nº 12.581/1997 Diploma de Mérito Florestal: Lei nº 4.612/1967, Lei nº 5.093/1968, Lei nº 12.581/1997 Medalha do Mérito Ambiental do Estado de Minas Gerais: Lei nº 9.583/1988 Medalha 500 Anos – Rio São Francisco: Lei nº 13.928/2001 Prêmio de Produtividade de Vigilância Epidemiológica e Ambiental – PPVEA: Lei nº 15.474/2005 Prêmio Estadual de Economia e Reciclagem de Material: Lei nº 13.460/2000 Prêmio Guimarães Rosa: Lei nº 16.260/2006 Conselho estadual Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Difusos – Cedif: Lei nº 14.086/2001 Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 9.514/ 1987, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 178/2007 Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG: Lei nº 12.188/1996, Lei nº 13.199/1999 Ver também Órgãos e entidades Conservação do meio ambiente Diploma de Mérito Ambiental: Lei nº 12.581/1997 Diretrizes gerais: Lei nº 7.772/1980 Legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10) Políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado: Lei nº 14.309/2002 Ver também Desenvolvimento sustentável; Proteção ambiental; Unidade de conservação Construção de unidades habitacionais em zona rural, preservação ambiental: Lei nº 11.265/1993

499 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Cooperativa de catadores de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 15.441/2005, Lei nº 16.689/ 2007, Lei nº 17.503/2008 , Lei nº 18.031/2009 Copam – Conselho Estadual de Política Ambiental: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 9.514/ 1987, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 178/2007 Ver também Órgãos e entidades Cota de reserva florestal, vegetação nativa: Lei nº 14.309/2002 Curso d’água Assoreamento, prevenção: Lei nº 7.000/1977, Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 10.793/1992, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 13.199/ 1999, Lei nº 14.309/2002 Balsa, draga e bomba, utilização em exploração mineral: Lei nº 10.595/1992 Cianeto de sódio e mercúrio, utilização em exploração mineral e garimpagem: Lei nº 10.595/1992 Lançamento Esgoto sanitário: Lei nº 2.126/1960, Lei nº 13.317/1999 Resíduos industriais: Lei nº 2.126/1960, Lei nº 7.772/1980, Lei nº 9.367/1986 Ver também Lago; Lagoa, Recursos hídricos; Rio

D

Dano ambiental ver Degradação ambiental Data comemorativa Aniversário do descobrimento do Rio São Francisco: Lei nº 13.928/2001 Dia da Proteção à Vida e ao Meio Ambiente: Lei nº 7.531/1979 Dia Estadual do Cerrado: Lei nº 16.260/2006 Semana de Prevenção e Combate a Inundações: Lei nº 15.660/2005 Semana dos Rios e das Águas: Lei nº 10.821/1992, Lei nº 13.412/1999 Degradação ambiental Auditoria ambiental: Lei nº 10.627/1992 Bacias de mananciais para abastecimento público: Lei nº 10.793/1992 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 7.772/1980 Controle: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10) Penalidades, infração à legislação: Lei nº 7.772/1980 Políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado: Lei nº 14.309/2002 Prevenção: Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 11.405/1994

500 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Publicidade, estabelecimentos infratores da legislação ambiental: Lei nº 13.393/1999 Recuperação de área degradada por atividade agropecuária: Lei nº 15.909/2005 Relatório de avaliação de risco ambiental: Lei nº 15.399/2004 Ver também Assoreamento; Erosão; Impacto Ambiental; Poluição Ambiental; Resíduos Denúncia, agressão ao meio ambiente, serviço telefônico: Lei nº 14.986/2004 Depósito Produto tóxico, bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992 Resíduo industrial tóxico, segurança: Lei nº 15.056/2004 Desenvolvimento sustentável Agenda 21 Estadual: Lei nº 16.687/2007 Águas subterrâneas: Lei nº 13.771/2007 Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – Fhidro: Lei nº 15.910/2005, Lei nº 16.315/2006, Lei nº 16.908/2007, Lei nº 18.024/2009 Política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado: Lei nº 14.181/2002, Lei nº 15.261/2004 Política estadual de desenvolvimento agrícola: Lei nº 11.405/1994 Política estadual de desenvolvimento do ecoturismo: Lei nº 14.368/2002 Política estadual de recursos hídricos: Lei nº 13.199/1999 Políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado: Lei nº 14.309/2002 Programa de Certificação Ambiental da Propriedade Agrícola: Lei nº 14.089/2001 Projeto agropecuário sustentável: Lei nª 17.353/2008 Pró-Pequi: Lei nº 13.965/2001 Reserva, sinalização: Lei nº 14.353/2002 Turismo, represas e lagos: Lei nº 15.258/2004 Ver também Conservação ambiental; Proteção ambiental Desmatamento Madeira proveniente de desmatamento autorizado, bens móveis, licitação: Lei nº 13.209/1999 Permissão, casos: Lei nº 13.047/1998, Lei nº 14.309/2002 Proibição: Área de preservação permanente: Lei nº 11.931/1995 Área de proteção ambiental: Lei nº 10.943/1992, Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.936/1995, Lei nº 11.943/1995, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 13.958/2001 Estação Ecológica do Cercadinho: Lei nº 15.979/2006 Veredas: Lei nº 9.375/1983

501 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Vegetação nativa, produto e subproduto florestal, comercialização: Lei nº 14.309/2002 Ver também Floresta; Produto ou subproduto florestal; Vegetação Diploma Diploma Amigo dos Rios: Lei nº 12.305/1996 Diploma de Mérito Ambiental: Lei nº 12.581/1997 Diploma de Mérito Florestal: Lei nº 4.612/1967, Lei nº 5.093/1968, Lei nº 12.581/1997 Ver também Concessão honorífica Direitos difusos, defesa: Lei nº 14.086/2001 Disquete de computador, coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Draga, utilização para exploração mineral em rios e cursos d’água: Lei nº 10.595/1992 Drenagem Drenagem pluvial: Lei nº 11.720/1994, Lei nº 13.317/1999 Política estadual de desenvolvimento agrícola: Lei nº 11.405/1994 Proibição Área de preservação permanente: Lei nº 11.931/1995 Área de proteção ambiental: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.943/1995, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.373/1999 Veredas: Lei nº 9.375/1983 Terra devoluta: Lei nº 11.020/1993 Ver também Irrigação

E

Ecossistema, proteção e recuperação: Constituição Estadual de 1989 (art. 10, art. 214, art. 250), Lei nº 11.405/1994, Lei nº 11.726/1994, Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/ 1995, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 11.943/1995, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 13.800/2000, Lei nº 13.958/2001, Lei nº 13.960/2001, Lei nº 14.181/2002, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 14.968/2004, Lei nº 15.028/ 2004, Lei nº 15.082/2004, Lei nº 15.258/2004, Lei nº 17.727/2008 Ecoturismo Área de proteção ambiental: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.943/1995 Bacias de mananciais para abastecimento público, permissão: Lei nº 10.793/1992 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.368/2002 Empreendimento ou serviço, implantação: Lei nº 14.368/2002 Incentivo: Lei nº 14.007/2001, Lei nº 14.181/2002, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 14.368/2002 Lagoa marginal: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.943/1995 Penalidades, infração à legislação: Lei nº 14.368/2002

502 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Política estadual de desenvolvimento do ecoturismo: Lei nº 14.368/2002 Sinalização, locais de interesse: Lei nº 14.353/2002 Ver também Turismo Educação ambiental Agricultor: Lei nº 14.089/2001 Biodiversidade: Lei nº 14.309/2002 Capacitação de professor: Lei nº 15.441/2005 Coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 15.441/2005, Lei nº 16.689/2007 Competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Conceito para efeitos da lei: Lei nº 15.441/2005 Currículo escolar, ensino fundamental e médio: Lei nº 15.476/2005 Diretrizes gerais: Lei nº 15.441/2005, Lei nº 16.689/2007 Fauna e flora aquáticas: Lei nº 14.181/2002 Escola pública, mensagens educativas em cadernos escolares: Lei nº 11.824/1995 Incentivo: Lei nº 11.720/1994, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 14.007/2001, Lei nº 14.181/ 2002, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.082/2004 Patrimônio arqueológico, paleontológicos ou espeleológicos: Lei nº 11.726/1994 Rádio e televisão: Lei nº 14.309/2002 Reciclagem de materiais, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 18.031/2009 EIA ver Estudo de Impacto Ambiental – EIA Empreendimento potencialmente danoso ao meio ambiente Financiamento público, acesso: Lei nº 11.038/1993 Relatório de avaliação de risco ambiental: Lei nº 15.399/2004 Ver também Poluição ambiental; Resíduos Empresa Desenquadramento, microempresa, empresa de pequeno porte, infração à legislação ambiental: Lei nº 12.708/1997 Incentivos à preservação ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 213) Ver também Comércio; Empreendimento potencialmente danoso ao meio ambiente; Estabelecimento hospitalar; Indústria Energia elétrica, fontes alternativas Biodiesel: Lei nº 15.976/2006 Energia eólica: Lei nº 15.698/2005 Óleos vegetais: Lei nº 15.976/2006 Entulho da construção civil, coleta seletiva de lixo: Lei nº 14.128/2001 Erosão Controle: Constituição Estadual de 1989 (art. 214, art. 248)

503 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Prevenção e combate: Lei nº 7.000/1977, Constituição Estadual de 1989 (art. 214, art. 216), Lei nº 10.793/1992, Lei nº 10.943/1992, Lei nº 11.405/1994, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 12.596/1997, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.910/2005, Lei nº 15.973/2006 , Lei nº 18.024/2009 Ver também Solo; Solo agrícola Escada para peixes de piracema, construção em barragens: Lei nº 12.488/1997 Esgoto sanitário: Lei nº 2.126/1960, Lei nº 10.627/1992, Lei nº 10.793/1992, Lei nº 11.720/1994, Lei nº 13.317/1999, Lei nº 14.508/2002 Espécies ameaçadas de extinção, relação: Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 10.583/1992 Ver também Fauna; Flora Estabelecimento hospitalar, bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992 Estação ecológica Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Estação Ecológica da Mata dos Ausentes: Lei nº 11.731/1994 Estação Ecológica de Acauã: Lei nº 11.731/1994 Estação Ecológica de Água Limpa: Lei nº 11.731/1994 Estação Ecológica de Mar de Espanha: Lei nº 11.731/1994 Estação Ecológica do Cercadinho: Lei nº 15.979/200 6, Lei nº 18.042/2009 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Ver também Horto florestal; Parque estadual; Reserva biológica Estância climática, requisitos para reconhecimento: Lei nº 17.110/2007 Estância hidromineral Fundo de Proteção e Recuperação Ambiental da Estância Hidromineral de Araxá: Lei nº 7.000/1967 Requisitos para reconhecimento: Lei nº 17.110/2007 Estudo de Impacto Ambiental – EIA, previsão: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 12.596/ 1997, Lei nº 12.812/1998, Lei nº 13.317/1999, Lei nº 15.972/2006 Explosivos, indústria: Lei nº 9.931/1989 Extrativismo vegetal ou mineral, bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992

F

Fator de conservação, categoria de manejo, unidades de conservação: Lei nº 18.030/2009

504 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Fauna Educação ambiental: Lei nº 14.181/2002 Escada para peixes de piracema, construção em barragens: Lei nº 12.488/1997 Espécies ameaçadas de extinção, relação: Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 10.583/1992 Estação de piscicultura, represa de usina hidrelétrica, construção: Lei nº 11.863/1995 Fauna aquática, proteção: Lei nº 14.181/2002, Lei nº 15.082/2004 Fauna migratória, proteção: Lei nº 14.309/2002 Legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10) Preservação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 11, art. 214) Proteção: Área de preservação permanente: Lei nº 11.931/1995 Área de proteção ambiental: Lei nº 10.943/1992, Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.943/1995, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 13.958/2001 Área de proteção especial: Lei nº 8.670/1 984 , Lei nº 18.043/2009 Competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 11, art.214) Escada para peixes de piracema, barragem: Lei nº 12.488/1997 Estação ecológica: Lei nº 15.979/2006 Parque estadual: Lei nº 4.731/1968, Lei nº 7.041/1977 Política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado: Lei nº 14.181/2002, Lei nº 15.261/2004 Política estadual de apoio à agricultura urbana: Lei nº 15.973/2006 Política estadual de recursos hídricos: Lei nº 13.199/1999 Políticas florestal e de proteção à biodiversidade do Estado: Lei nº 14.309/2002 Programa estadual de incentivo à piscicultura: Lei nº 14.578/2003 Rio de preservação permanente, declaração: Lei nº 15.082/2004 Reserva, sinalização: Lei nº 14.353/2002 Ver também Aqüicultura; Pecuária; Pesca Fazenda Capitão Eduardo, área de proteção ambiental: Lei nº 13.958/2001 Feam – Fundação Estadual do Meio Ambiente: Lei nº 9.525/1987, Lei nº 12.583/1997, Lei Delegada nº 73/2003, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 156/2007 Ver também Órgãos e entidades Fhidro – Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais: Lei nº 15.910/2005, Lei nº 16.315/2006, Lei nº 16.908/2007, Lei nº 18.024/2009 Financiamento pelo poder público Concessão, condições

505 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Adoção de medidas de proteção ao meio ambiente: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 16.918/2007, Lei nº 17.727/2008, Lei nº 18.031/2009 Cumprimento da legislação ambiental: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 11.038/1993, Lei nº 11.396/1994, Lei nº 12.708/1997, Lei nº 16.697/2007 Destinação, melhoria e conservação ambiental: Lei nº 15.019/2004 Empreendimento potencialmente danoso ao meio ambiente, licenciamento ambiental: Lei nº 11.038/1993 Perda ou suspensão, casos: Lei nº 10.312/1990 Produto orgânico, produção: Lei nº 14.968/2004 Ver também Fundo estadual; Incentivo fiscal Fiscalização ambiental, Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais: Lei nº 14.940/2003, Lei nº 15.972/2006, Lei nº 17.608/2008 Ver também Auditoria ambiental Flora Cerrado, produto nativo: Lei nº 13.965/2001 Educação ambiental: Lei nº 14.181/2002 Espécie exótica, reposição florestal: Lei nº 14.309/2002 Espécie nativa Carvão vegetal, manejo ecológico, produção: Lei nº 14.309/2002 Exploração: Lei nº 13.965/2001, Lei nº 14.309/2002 Reposição florestal: Lei nº 14.309/2002 Espécies ameaçadas de extinção, relação: Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 10.583/1992 Flora aquática, proteção: Lei nº 14.181/2002 Flora melífera, proteção, conservação e preservação: Lei nº 14.009/2001 Gramínea, plantação em margem de rodovia: Lei nº 14.309/2002 Legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10) Preservação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 11, art. 214) Produto e subproduto, aproveitamento: Lei nº 14.309/2002 Proteção Área de preservação permanente: Lei nº 11.931/1995 Área de proteção ambiental: Lei nº 11.901/1995, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 13.958/2001 Área de proteção especial: Lei nº 8.670/198 4, Lei nº 18.043/2009 Competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 11, art. 214) Estação ecológica: Lei nº 15.979/2006 Parque estadual: Lei nº 4.731/1968, Lei nº 7.041/1977 Política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado: Lei nº 14.181/2002

506 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Política estadual de apoio à agricultura urbana: Lei nº 15.973/2006 Políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado: Lei nº 14.309/2002 Ver também Árvore; Floresta; Jardim botânico; Mata; Produto florestal; Vegetação Floresta Cota de reserva florestal, vegetação nativa: Lei nº 14.309/2002 Diploma de Mérito Florestal: Lei nº 4.612/1967, Lei nº 5.093/1968, Lei nº 12.581/1997 Exploração florestal: Lei nº 14.309/2002 Floresta estacional decidual Proteção: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.972/2006 Uso do solo, projeto agropecuário: Lei nº 17.353/2008 Floresta estadual, conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Fundo Pró-Floresta: Lei nº 16.679/2007 Incêndio florestal, prevenção e combate: Lei nº 10.312/1990, Lei nº 14.309/2002 Legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10) Motosserra, comercialização, porte e utilização: Lei nº 10.173/1990 Preservação: Constituição Estadual de 1989 (art. 11) Produto e subproduto, aproveitamento: Lei nº 14.309/2002 Proteção Área de proteção ambiental: Lei nº 10.943/1992, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.373/1999 Parque estadual: Lei nº 6.126/1973, Lei nº 7.660/1979, Lei nº 8.022/1981 Política estadual de desenvolvimento agrícola: Lei nº 11.405/1994 Políticas florestal e de proteção à biodiversidade do Estado: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.972/2006 Reflorestamento: Lei nº 1.197/1954 Reposição florestal: Lei nº 14.309/2002 Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.027/2004 Servidão florestal: Lei nº 14.309/2002 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Ver também , Árvore; Caatinga; Cerrado; Desmatamento; Flora; Horto florestal; Jardim botânico; Mata; Parque estadual; Reflorestamento; Taxa estadual; Vegetação Fórum Agenda 21 do Estado de Minas Gerais: Lei Nº 16.687/2007 Fruticultura, exploração integrada com apicultura: Lei nº 15.909/2005 Ver também Agricultura Fundação Estadual do Meio Ambiente – Feam: Lei nº 9.525/1987, Lei nº 12.583/1997, Lei Delegada nº 73/2003, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 156/2007 Ver também Órgãos e entidades

507 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Fundese – Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico do Estado de Minas Gerais: Lei nº 11.396/1994 Fundif – Fundo Estadual de Defesa de Direitos Difusos: Lei nº 14.086/2001 Fundo estadual Fundo de Desenvolvimento Regional do Jaíba: Lei nº 15.019/2004 Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico do Estado de Minas Gerais – Fundese: Lei nº 11.396/1994 Fundo de Proteção e Recuperação Ambiental da Estância Hidromineral de Araxá: Lei nº 7.000/1977 Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – Fhidro: Lei nº 15.910/2005, Lei nº 16.315/2006, Lei nº 16.908/2007, Lei nº 17.727/2008, Lei nº 18.024/2009 Fundo de recuperação, preservação e conservação ambiental da Bacia do Rio São Francisco, previsão: ADCT 1989 (art. 126) Fundo Estadual de Defesa de Direitos Difusos – Fundif: Lei nº 14.086/2001 Fundo Pró-Floresta: Lei nº 16.679/2007 Ver também Financiamento pelo poder público; Incentivo fiscal

G

Garimpo em rio e curso d’água, proibição de utilização de mercúrio e cianeto de sódio: Lei nº 10.595/1992 Ver também Recursos hídricos; Recursos minerais Gruta Rei do Mato , área de proteção especial: Lei nº 8.670/1984

H

Horto florestal Horto florestal de Anhumas: Lei nº 11.731/1994 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Ver também Estação ecológica; Parque estadual; Reserva biológica

508 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

I

ICMS ecológico , distribuição, arrecadação, municípios: Lei nº 13.803/2000, Lei nº 18.030/2009 IEF – Instituto Estadual de Florestas: Lei nº 2.606/1962, Lei nº 8.666/1984, Lei nº 9.686/1988, Lei nº 12.582/1997, Lei Delegada nº 79/2003, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 158/2007 Igam – Instituto Mineiro de Gestão das Águas: Lei nº 12.584/1997, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.771/2000, Lei nº 14.596/2003, Lei Delegada nº 83/2003, Lei nº 15.972/ 2006, Lei Delegada nº 157/2007 Ilhas fluviais e lacustres Domínio público patrimonial do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 12) Proteção ambiental: Lei nº 13.800/2000 Impacto ambiental Estudo de Impacto Ambiental – EIA, previsão: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 12.596/ 1997, Lei nº 12.812/1998, Lei nº 13.317/1999, Lei nº 15.972/2006 Informação ambiental, publicação no diário oficial: Lei nº 15.971/2006 Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, previsão: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 11.726/ 1994, Lei nº 12.596/1997, Lei nº 12.812/1998, Lei nº 15.972/2006 Ver também Acidente ambiental; Degradação ambiental; Licenciamento ambiental; Poluição ambiental; Resíduos Imune de corte, declaração Buriti: Lei nº 13.635/2000 Ipê-amarelo: Lei nº 9.743/1988 Pequizeiro ( Caryocar brasiliense) : Lei nº 10.883/1992, Lei nº 17.682/2008 Incêndio Bombeiro voluntário: Lei nº 13.369/1999 Corpo de Bombeiros Militar, competência: Constituição Estadual de 1989 (art. 142) Incêndio florestal Combate: Lei nº 10.312/1990 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 10.312/1990 Penalidades, infração à legislação: Lei n°10.312/1990, Lei nº 14.309/2002 Prevenção: Lei nº 10.312/1990, Lei nº 14.309/2002 Programa Brigada Voluntária de Incêndio: Lei nº 13.369/1999 Programa de Incentivo à Formação de Bombeiros Voluntários: Lei nº 13.369/1999 Incentivo creditício, reciclagem de materiais: Lei nº 14.128/2001, Lei nº 18.031/2009 Incentivo especial, proprietário ou posseiro rural: Lei n º 14.309/2002, Lei nº 17.727/2008 Incentivo financeiro

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Proprietário ou posseiro rural: Lei 13.199/1999, Lei nº 17.727/2008 Reciclagem de materiais: Lei nº 14.128/2001, Lei nº 18.031/2009 Incentivo fiscal Condições para concessão Adoção de medidas de proteção ao meio ambiente: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 16.918/2007 Cumprimento, legislação ambiental: Lei nº 7.772/1980 Empresas, preservação ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 213) Energia eólica, equipamento, produtor: Lei nº 15.698/2005 Produto orgânico, produção: Lei nº 14.968/2004 Proprietário de áreas de interesse ecológico, Estrada Real: Lei nº 13.173/1999 Proprietário ou posseiro rural: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 17.727/2008 Ver também Financiamento pelo poder público, Fundo estadual Índice de Conservação do Município: Lei nº 13.803/2000, Lei nº 18.030/2009 Indústria Higienização, uniformes e equipamentos de proteção do trabalhador: Lei nº 13.317/ 1999, Lei nº 16.194/2006 Indústria poluente, bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992 Instalação, proibição: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 11.943/1995 Produto agroindustrial, eliminação do emprego de agrotóxico: Lei nº 14.968/2004 Produto inflamável ou explosivo: Lei nº 9.931/1989 Produto tóxico: Lei nº 9.931/1989 Publicidade, estabelecimentos infratores da legislação ambiental: Lei nº 13.393/1999 Reciclagem de materiais: Lei nº 14.128/2001 , Lei nº 18.031/2009 Resíduos Indústria de açúcar, álcool e aguardente, tratamento: Lei nº 9.367/1986 Produção, aguardente, redução, impacto ambiental: Lei nº 13.949/2001 Selo de Qualidade Ambiental do Estado de Minas Gerais, produtos industrializados e agrícolas: Lei nº 14.324/2002 Sistema Estadual de Certificação de Qualidade Ambiental: Lei nº 14.324/2002 Utilização, material reciclado: Lei nº 14.128/2001, Lei nº 18.031/2009 Informação ambiental Acesso: Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 15.971/2006 Bancos de dados: Lei nº 15.971/2006 Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais: Lei nº 14.940/2003, Lei nº 17.608/2008

510 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Divulgação, lei estadual de política florestal: Lei nº 14.309/2002 Publicidade , diário oficial do Estado Informações básicas sobre o meio ambientes: Lei nº 15.971/2006 Relação de estabelecimentos infratores da legislação ambiental: Lei nº 13.393/1999 Resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Sistema de informações ambientais: Lei nº 15.971/2006 Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos: Lei nº 13.199/1999 Infração à legislação ambiental, penalidades ver Legislação ambiental Inseticida, uso, Estudo de Impacto Ambiental – EIA: Lei nº 13.317/1999 Ver também Agricultura; Agrotóxico Instituto Estadual de Florestas – IEF: Lei nº 2.606/1962, Lei nº 8.666/1984, Lei nº 9.686/ 1988, Lei nº 12.582/1997, Lei Delegada nº 79/2003, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 158/2007 Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam: Lei nº 12.584/1997, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.771/2000, Lei nº 14.596/2003, Lei Delegada nº 83/2003, Lei nº 15.972/ 2006, Lei Delegada nº 157/2007 Interesse comum , declaração Buriti: Lei nº 13.635/2000 Ipê-amarelo: Lei nº 9.743/1988 Pequizeiro ( Caryocar brasiliense) : Lei nº 10.883/1992, Lei nº 17.682/2008 Veredas: Lei nº 9.375/1986, Lei nº 9.682/1988 Inundação Assistência social à população de áreas inundadas por reservatórios: Constituição Estadual de 1989 (art. 194), Lei nº 12.812/1998, Lei nº 15.012/2004 Política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas: Lei nº 15.660/2005 Programa de Assistência às Populações Atingidas pela Construção de Barragens – Pró-Assiste: Lei nº 12.812/1998, Lei nº 15.012/2004 Semana de Prevenção e Combate a Inundações: Lei nº 15.660/2005 Ver também Chuva intensa Ipê-amarelo, declaração, interesse comum, imune de corte, preservação permanente: Lei nº 9.743/1988 Irrigação Bacias de mananciais para abastecimento público, permissão: Lei nº 10.793/1992 Barragem, escada para peixes de piracema, construção: Lei nº 12.488/1997 Distrito Agroindustrial do Jaíba: Lei nº 15.019/2004 Política estadual de desenvolvimento agrícola: Lei nº 11.405/1994 Ver também Agricultura; Drenagem; Solo Agrícola ISO-Agrícola – Certificado Ambiental da Propriedade Agrícola: Lei nº 14.089/2001

511 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

J

Jardim botânico , previsão de implantação: Lei nº 7.340/1978, Lei nº 8.022/1981 Ver também Flora; Floresta; Horto Florestal; Parque Estadual

L

Lago Barragem, Várzea das Flores, proteção: Lei nº 16.197/2006 Lançamento de esgoto sanitário: Lei nº 2.126/1960 Domínio público patrimonial do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 12) Turismo, exploração econômica: Lei nº 15.258/2004 Ver também Recursos hídricos Lagoa Lagoa marginal Conceito para efeitos da lei: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.943/1995 Proteção: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.943/1995 Lançamento Esgoto sanitário: Lei nº 2.126/1960 Resíduos industriais: Lei nº 2.126/1960, Lei nº 9.367/1986 Ver também Recursos hídricos Lâmpada fluorescente, coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Lavra em rio e curso d’água, proibição de utilização de mercúrio e cianeto de sódio: Lei nº 10.595/1992 Legislação ambiental Fiscalização, cumprimento: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 15.972/2006 Infração, penalidades: Lei nº 7.302/1978, Lei nº 7.772/1980, Lei nº 9.367/1986, Lei nº 9.743/1988, Lei nº 10.312/1990, Lei nº 10.545/1991, Lei nº 10.595/1992, Lei nº 10.793/1992, Lei nº 10.883/1992, Lei nº 11.396/1994, Lei nº 11.936/1995, Lei nº 12.503/1997, Lei nº 12.589/1997, Lei nº 12.708/1997, Lei nº 13.047/1998, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 13.393/1999, Lei nº 13.635/2000, Lei nº 13.766/2000, Lei nº 13.771/2000, Lei nº 13.796/2000, Lei nº 13.949/2001, Lei nº 13.958/2001, Lei nº 14.086/2001, Lei nº 14.181/2002, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 14.368/2002, Lei nº 14.577/2003, Lei nº 14.596/2003, Lei nº 14.940/2003, Lei nº 14.968/2004, Lei nº 15.056/2004, Lei nº 15.178/2004, Lei nº 15.399/2004, Lei nº 15.971/2006, Lei nº 15.972/2006, Lei nº 17.107/2007, Lei nº 18.031/2009

512 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Ver também Informação ambiental Licenciamento ambiental Área de preservação permanente: Lei nº 14.309/2002 Barragem: Lei nº 15.056/2004 Carvão vegetal: Constituição Estadual de 1989 (art. 217) Certificado de Qualidade Ambiental, produtos industrializados e agrícolas, concessão: Lei nº 14.324/2002 Depósito de resíduo industrial tóxico: Lei nº 15.056/2004 Empreendimento de aproveitamento de recursos hídricos: Lei nº 12.812/1998 Empreendimento e atividade geradores de resíduos perigosos: Lei nº 13.796/2000 Empreendimento e atividade potencialmente poluidores: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 11.038/1993, Lei nº 15.972/2006 Empreendimento minerário: Lei nº 14.309/2002 Empreendimento potencialmente danoso ao meio ambiente: Lei nº 11.038/1993 Estabelecimento em margem de rodovia: Lei nº 14.508/2002 Exploração florestal: Lei nº 14.309/2002 Informações, acesso: Lei nº 15.971/2006 Produto florestal, utilização: Constituição Estadual de 1989 (art. 217) Suinocultura: Lei nº 13.999/2001 Unidade lavadora de batata: Lei nº 12.589/1997 Lixo Depósito em bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992 Lixo atômico, instalação de depósito, proibição: Lei nº 9.547/1987 Tratamento, assistência a municípios: Constituição Estadual de 1989 (art. 183, art. 245) Ver também Coleta seletiva de lixo; Resíduos

M

Madeira proveniente de desmatamento autorizado, bens móveis, licitação: Lei nº 13.209/1999 Manancial para abastecimento público, proteção: Lei nº 10.793/1992, Lei nº 11.020/ 1993, Lei nº 11.265/1993, Lei nº 15.979/2006 Ver também Recursos hídricos Manejo Área de preservação permanente: Lei nº 14.309/2002

513 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Área de proteção ambiental: Lei nº 14.309/2002 Cerrado: Lei nº 13.047/1998, Lei nº 13.965/2001 Estação Ecológica do Cercadinho: Lei nº 15.979/2006 Fauna e flora aquáticas: Lei nº 14.181/2002 Floresta: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 16.679/2007 Refúgio da vida silvestre: Lei nº 14.309/2002 Reserva biológica: Lei nº 14.309/2002 Reserva extrativista: Lei nº 14.309/2002 Resíduos domésticos e hospitalares: Lei nº 13.317/1999 Solo agrícola: Lei nº 11.405/1994, Lei nº 12.596/1997 Unidades de conservação: Lei nº 13.803/2000, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 18.030/2009 Vegetação nativa: Lei nº 14.309/2002 Mata Mata Atlântica Patrimônio ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Proteção: Lei nº 14.309/2002 Mata ciliar, proteção e recuperação: Lei nº 10.793/1992, Lei nº 11.363/1993, Lei nº 11.901/1995 Lei nº 11.931/1995, Lei nº 12.503/1997, Lei nº 12.582/1997, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 13.958/2001, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 17.727/2008 Mata do Krambeck, área de proteção ambiental: Lei nº 10.943/1992, Lei nº 11.336/1993 Mata Seca Conceito para efeitos da lei: Lei nº 17.353/2008 Proteção: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.972/2006 Uso do solo, projeto agropecuário: Lei nº 17.353/2008 Ver também Caatinga; Cerrado; Floresta Medalha Medalha Mérito Ambiental do Estado de Minas Gerais: Lei nº 9.583/1988 Medalha 500 Anos – Rio São Francisco: Lei nº 13.928/2001 Ver também Concessão honorífica Melhoria ambiental Diploma do Mérito Ambiental: Lei nº 12.581/1997 Diretrizes gerais: Lei nº 7.772/1980 Ver também Conservação ambiental; Preservação ambiental; Proteção ambiental Mercúrio, utilização em exploração mineral e garimpagem em rios e cursos d’água: Lei nº 10.595/1992 Metal, coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 16.689/2007

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Mineração ver Recursos minerais Ministério Público Competência, proteção ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 120, art. 121, art. 125) Monumento natural Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Declaração, Pico do Itabirito: ADCT 1989 (art. 84) Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Motosserra, comercialização, porte e utilização florestal: Lei nº 10.173/1990 Museu de História Natural, previsão, instalação: Lei nº 7.340/1978

N

Nascente ver Rio

O

Óleos vegetais, utilização, fonte de energia renovável: Lei nº 15.976/2006 Organismos Geneticamente Modificados – OGM, alimentos resultantes: Lei nº 13.494/2000 Órgãos e entidades Conselho Estadual da Pesca e da Aqüicultura: Lei nº 14.181/2002 Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Difusos – Cedif: Lei nº 14.086/2001 Conselho Estadual de Política Ambiental – Copam: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 9.514/ 1987; Lei nº 15.972/2006; Lei Delegada nº 178/2007 Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG: Lei nº 12.188/1996, Lei nº 13.199/1999 Conselho Estadual de Saneamento Básico: Lei nº 11.720/1994 Fundação Estadual do Meio Ambiente – Feam: Lei nº 9.525/1987, Lei nº 12.583/ 1997, Lei Delegada nº 73/2003, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 156/2007 Instituto Estadual de Florestas – IEF: Lei nº 2.606/1962, Lei nº 8.666/1984, Lei nº 9.686/1988, Lei nº 12.582/1997, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 158/2007 Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam: Lei nº 12.584/1997, Lei nº 13.199/ 1999, Lei nº 14.596/2003, Lei Delegada nº 83/2003, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 157/2007

515 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad: Lei nº 11.903/1995, Lei nº 12.188/1996, Lei nº 12.277/1996 Lei nº 12.581/1997, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.451/2000, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 125/2007

P

Papel e papelão, coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 16.689/2007 Parque Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Parque Ecológico Doutor Cezar Rodrigues Campos, nascente, denominação: Lei nº 16.655/2007 Parque Estadual da Serra da Canastra: Lei nº 4.731/1968 Parque Estadual da Serra do Brigadeiro: Lei nº 9.655/1988 Parque Estadual da Serra do Cipó: Lei nº 6.605/1975, Lei nº 6.681/1975 Parque Estadual de Anhumas: Lei nº 11.731/1994 Parque Estadual de Grão Mogol: Lei nº 15.814/2005 Parque Estadual de Nova Baden: Lei nº 11.731/1994 Parque Estadual do Itacolomi: Lei nº 4.495/1967 Parque Estadual do Krambeck: Lei nº 10.943/1992, Lei nº 11.336/1993 Parque Estadual do Rio Preto: Lei nº 11.172/1993 Parque Estadual Presidente Wenceslau Brás: Lei nº 7.041/1977 Parque Florestal da Jaíba: Lei nº 6.126/1973, Lei nº 11.731/1994 Parque Florestal de Ibitipoca: Lei nº 6.126/1973 Parque Florestal Estadual da Baleia: Lei nº 8.022/1981 Parque Florestal Estadual de Itajubá: Lei nº 7.660/1979 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Ver também Flora; Floresta; Horto Florestal; Jardim botânico Patrimônio ambiental Campo rupestre: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Caverna: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Mata atlântica: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Paisagem notável: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Terra devoluta, destinação, proteção: Lei nº 11.020/1993 Vereda: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Patrimônio arqueológico, proteção: Lei nº 11.726/1994 , Lei nº 18.043/2009

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Patrimônio cultural, declaração, trecho mineiro do Rio São Francisco: Lei nº 14.007/2001 Patrimônio espeleológico, proteção: Lei nº 11.726/1994, Lei nº 13.173/1999 Patrimônio genético, preservação: Lei nº 14.309/2002 Patrimônio natural Proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 251), Lei nº 7.000/1977, Lei nº 10.943/ 1992, Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.943/1995, Lei nº 12.398/ 1996, Lei nº 14.368/2002 Reserva Particular do Patrimônio Natural: Lei n º 14.309/2002 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Terra pública, destinação, preservação: Lei nº 11.020/1993 Patrimônio paisagístico Declaração, trecho mineiro do Rio São Francisco: Lei nº 14.007/2001 Proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 10), Lei nº 11.726/1994, Lei nº 13.958/ 2001, Lei nº 18.043/2009 Terra devoluta, destinação, preservação: Lei nº 11.020/1993 Turismo, exploração econômica: Lei nº 11.726/1994 Patrimônio paleontológico, proteção: Lei nº 11.726/1994 Patrimônio turístico, declaração, trecho mineiro do Rio São Francisco: Lei nº 14.007/2001 Pecuária Anabolizante, repressão ao uso: Constituição Estadual de 1989 (art. 248) Pecuária intensiva, bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992 Política estadual de desenvolvimento agrícola: Lei nº 11.405/1994 Produto orgânico Certificado de origem e qualidade: Lei nº 14.968/2004 Política estadual para a promoção do uso de sistemas orgânicos de produção vegetal e animal: Lei nº 14.968/2004 Recuperação de área degradada por atividade agropecuária: Lei nº 15.909/2005 Ver também Fauna; Suinocultura Peixe de piracema, construção de escada em barragem: Lei nº 12.488/1997 Pequizeiro ( Caryocar brasiliense ) Abate, critérios, autorização: Lei nº 10.883/1992, Lei nº 17.682/2008 Declaração, interesse comum, imune de corte, preservação permanente: Lei nº 10.883/ 1992, Lei nº 17.682/2008 Pesca Classificação: Lei nº 14.181/2002 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.181/2002 Conselho Estadual da Pesca e da Aqüicultura: Lei nº 14.181/2002

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Diretrizes gerais: Lei nº 14.181/2002 Fiscalização: Lei nº 14.181/2002 Lagoa marginal: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.943/1995 Legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10) Licença e registro: Lei nº 14.181/2002 Manancial para abastecimento público: Lei nº 10.793/1992 Pesca desportiva, amadorística ou turística: Lei nº 14.007/2001, Lei nº 15.082/2004 Política estadual de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado: Lei nº 14.181/2002, Lei nº 15.261/2004 Proibição, casos: Lei nº 9.375/1986, Lei nº 14.181/2002 Rede e tarrafa, proibição: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.931/ 1995, Lei nº 11.943/1995, nº 13.183/1999, Lei nº 13.373/1999 Rio de preservação permanente, fomento: Constituição Estadual de 1989 (art. 250) Zoneamento: Lei nº 14.181/2002 Ver também Aqüicultura; Fauna; Peixe de piracema; Piscicultura Peixe de piracema, escada, construção em barragens: Lei nº 12.488/1997 Pico Pico do Ibituruna, tombamento, declaração monumento natural: ADCT 1989 (art. 84) Pico do Itabirito Declaração monumento natural: ADCT 1989 (art. 84) Limites de conservação: Lei nº 10.726/1992 Pico do Itambé, tombamento, declaração monumento natural: ADCT 1989 (art. 84) Pilha, coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003 Piscicultura Estação de piscicultura, represa de usina hidrelétrica, construção: Lei nº 11.863/1995 Manancial para abastecimento público : Lei nº 10.793/1992 Programa estadual de incentivo à piscicultura: Lei nº 14.578/2003 Ver também Aqüicultura; Fauna; Pesca Plano de gerenciamento de resíduos sólidos: Lei nº 13.796/2000 Plano de gestão integrada de resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Plano diretor de recursos hídricos de bacias hidrográficas: Lei nº 13.199/1999 Plano estadual Plano Estadual de Manejo Ambiental de Resíduos Domésticos e Hospitalares: Lei nº 13.317/1999 Plano Estadual de Recursos Hídricos: Lei nº 13.199/1999 Plano Estadual de Saneamento Básico – PESB: Lei nº 11.720/1994 Plástico, coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 16.689/2007

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Política estadual Política cultural do Estado de Minas Gerais: Lei nº 11.726/1994 Política de incentivo ao uso da energia eólica: Lei nº 15.698/2005 Política de proteção à biodiversidade: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 17.107/2007 Política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado: Lei nº 14.181/2002, Lei nº 15.261/2004 Política estadual de apoio à agricultura urbana: Lei nº 15.973/2006 Política estadual de apoio à produção e à utilização do biodiesel e de óleos vegetais: Lei nº 15.976/2006 Política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003, Lei nº 16.689/2007, Lei nº 17.503/2008 Política estadual de desenvolvimento agrícola: Lei nº 11.405/1994 Política estadual de desenvolvimento do ecoturismo: Lei nº 14.368/2002 Política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas: Lei nº 15.660/2005 Política estadual de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente: Lei nº 7.772/1980 Política estadual de reciclagem de materiais: Lei nº 14.128/2001, Lei nº 18.031/2009 Política estadual de recursos hídricos: Lei nº 13.199/1999 Política estadual de resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Política estadual de saneamento básico: Lei nº 11.720/1994 Política estadual para a promoção do uso de sistemas orgânicos de produção vegetal e animal: Lei nº 14.968/2004 Política florestal: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 17.107/2007 Poluição ambiental Auditoria ambiental: Lei nº 10.627/1992, Lei nº 15.017/2004, Lei nº 17.039/2007 Cadastro técnico estadual de atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos ambientais: Lei nº 14.940/2003, Lei nº 17.608/2008 Combate Competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 11) Municípios, priorização: Constituição Estadual de 1989 (art. 166) Política estadual de apoio à agricultura urbana: Lei nº 15.973/2006 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 7.772/1980 Controle: Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 7.772/1980, Lei nº 16.918/2007 Informações, acesso: Lei nº 15.971/2006 Legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10) Prevenção: Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 14.368/2002; Lei nº 15.973/2006 Publicidade, estabelecimentos infratores, legislação ambiental: Lei nº 13.393/1999

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Recursos hídricos: Lei nº 10.595/1992, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.771/2000 Relatório de avaliação de risco ambiental: Lei nº 15.399/2004 Ver também Acidente ambiental; Degradação ambiental; Impacto Ambiental; Poluição sonora; Resíduos Poluição sonora Penalidades, infração à legislação: Lei nº 7.302/1978 Proteção contra a poluição sonora: Lei nº 7.302/1978, Lei nº 7.604/1979, Lei nº 10.100/1990, Lei nº 12.627/1997 Ruído Medição, nível: Lei nº 7.302/1978, Lei nº 10.100/1990 Permissão: Lei nº 7.302/1978 Proibição: Lei nº 7.302/1978, Lei nº 7.604/1979, Lei nº 12.627/1997 Posseiro rural, concessão de incentivos para recuperação, preservação e conservação do meio ambiente: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 17.727/2008 Prêmio Prêmio de Produtividade de Vigilância Epidemiológica e Ambiental – PPVEA: Lei nº 15.474/2005 Prêmio Estadual de Economia e Reciclagem de Material: Lei nº 13.460/2000 Prêmio Guimarães Rosa: Lei nº 16.260/2006 Ver também Concessão honorífica Preservação ambiental Assistência a municípios: Constituição Estadual de 1989 (art. 245) Defesa sanitária vegetal: Lei nº 15.697/2005 Incentivos a empresas: Constituição Estadual de 1989 (art. 213) Política estadual de desenvolvimento agrícola: Lei nº 11.405/1994 Política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas: Lei nº 15.660/2005 Ver também Área de preservação permanente, Co nservação ambiental; Melhoria ambiental; Proteção ambiental Preservação permanente, declaração Ipê-amarelo: Lei nº 9.743/1988 Pequizeiro ( Caryocar brasiliense) : Lei nº 10.883/1992, Lei nº 17.682/2008 Veredas: Lei nº 9.375/1986, Lei nº 9.682/1988 Pró-Assiste – Programa de Assistência às Populações Atingidas pela Construção de Barragens: Lei nº 12.812/1998, Lei nº 15.012/2004 Produto inflamável, indústria: Lei nº 9.931/1989 Produto Agrícola Não Transgênico Certificação: Lei nº 14.127/2001

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Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.127/2001 Produto orgânico Certificado de origem e qualidade: Lei nº 14.968/2004 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.968/2004 Penalidades, infração à legislação: Lei nº 14.968/2004, Política estadual para a promoção do uso de sistemas orgânicos de produção vegetal e animal: Lei nº 14.968/2004 Produto ou subproduto florestal Apreensão, destinação: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 17.107/2007 Aproveitamento socioeconômico: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 17.107/2007 Cadastro, exploração, consumo, industrialização, comercialização: Lei nº 14.309/2002 Combustível, licenciamento ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 217) Madeira proveniente de desmatamento autorizado, bens móveis, licitação: Lei nº 13.209/1999 Utilização, licenciamento ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 217) Ver também Desmatamento, Floresta; Vegetação Programa estadual Programa Brigada Voluntária de Incêndio: Lei nº 13.369/1999 Programa de Assistência às Populações Atingidas pela Construção de Barragens – Pró-Assiste: Lei nº 12.812/1998, Lei nº 15.012/2004 Programa de Certificação Ambiental da Propriedade Agrícola: Lei nº 14.089/2001 Programa de Incentivo à Formação de Bombeiros Voluntários: Lei nº 13.369/1999 Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real: Lei nº 13.173/1999 Programa Estadual de Conservação da Água: Lei nº 12.503/1997 Programa Estadual de Economia de Material: Lei nº 13.460/2000 Programa Estadual de Incentivo à Piscicultura: Lei nº 14.578/2003 Programa Mineiro de Incentivo ao Cultivo, à Extração, ao Consumo, à Comercialização e à Transformação do Pequi e demais Frutos e Produtos Nativos do Cerrado – Pró-Pequi: Lei nº 13.965/2001 Proprietário rural, concessão de incentivos para recuperação, preservação e conservação do meio ambiente: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 17.727/2008 Proteção ambiental Competência e dever do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10, art. 190, art. 214) Defesa sanitária vegetal: Lei nº 15.697/2005 Direito, povo: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Diretrizes gerais: Constituição Estadual de 1989 (art. 214 a art. 217), Lei nº 7.772/1980 Legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10)

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Ministério Público, função: Constituição Estadual de 1989 (art. 120 e art. 121) Municípios, priorização: Constituição Estadual de 1989 (art. 166) Penalidades, infração à legislação: Lei nº 7.772/1980 Polícia Militar, competência, policiamento: Constituição Estadual de 1989 (art. 142) Política estadual de desenvolvimento agrícola : Lei nº 11.405/1994 Política estadual de fomento à economia popular solidária no Estado de Minas Gerais: Lei nº 15.028/2004 Procuradoria-Geral de Justiça, iniciativa, legislação: Constituição Estadual de 1989 (art. 125) Turismo: Constituição Estadual de 1989 (art. 243) Ver também Área de proteção ambiental, Área de proteção especial, Conservação ambiental; Melhoria ambiental; Preservação ambiental Publicidade Informações básicas, meio ambiente: Lei nº 15.971/2006 Relação, estabelecimentos infratores, legislação ambiental: Lei nº 13.393/1999 Ver também Informação ambiental

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Reciclagem de materiais Administração pública: Lei nº 13.460/2000 Entulho da construção civil: Lei nº 14.128/2001 Indústria da reciclagem de materiais: Lei nº 14.128/2001 Metal: Lei nº 14.128/2001 Papel: Lei nº 14.128/2001 Plástico: Lei nº 14.128/2001 Política estadual de reciclagem de materiais: Lei nº 14.128/2001 , Lei nº 18.031/2009 Prêmio Estadual de Economia e Reciclagem de Material: Lei nº 13.460/2000 Programa Estadual de Economia de Material: Lei nº 13.460/2000 Resíduos sólido e líquido : Lei nº 14.128/2001, Lei nº 18.031/2009 Vidro: Lei nº 14.128/2001 Ver também Coleta de lixo; Resíduos Recomposição ambiental Proprietário rural: Lei nº 14.309/2002 Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.027/2004

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Ver também Floresta; Reflorestamento Recursos ambientais Conceito para efeitos da lei: Lei nº 12.581/1997 Proteção: Lei nº 12.581/1997 Recursos hídricos Agência de bacia hidrográfica: Lei nº 13.199/1999 Aqüíferos, proteção: Lei nº 13.199/1999, Lei nº 17.727/2008 Assoreamento, prevenção: Lei nº 7.000/1977, Constituição Estadual de 1989 (art. 214), Lei nº 10.793/1992, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 13.199/ 1999, Lei nº 14.309/2002 Classificação de corpos d’água: Lei nº 13.199/1999 Cobrança por uso: Lei nº 13.199/1999 Comitê de bacia hidrográfica: Lei nº 13.199/1999 Compensação a municípios, exploração, restrição de uso: Lei nº 13.199/1999 Diploma de Mérito Ambiental: Lei nº 12.581/1997 Direito de pesquisa e exploração, concessão: Constituição Estadual de 1989 (art. 11) Direito de uso, outorga: Lei nº 13.199/1999 Domínio patrimonial do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 12) Ecossistema aquático, proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 250) Exploração: Constituição Estadual de 1989 (art. 11) Fundo Estadual de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais – Fhidro: Lei nº 15.910/2005, Lei nº 16.315/2006, Lei nº 16.908/2007, Lei nº 18.024/2009 Gestão integrada: Lei nº 13.199/1999 Manancial para abastecimento público, proteção: Lei nº 10.793/1992, Lei nº 11.020/1993 Obras de uso múltiplo, rateio de custos: Lei nº 13.199/1999 Organização não governamental: Lei nº 13.199/1999 Organização técnica de ensino e pesquisa: Lei nº 13.199/1999 Órgãos e entidades: Lei nº 12.188/1996, Lei nº 12.277/1996, Lei nº 12.581/1997, Lei nº 12.584/1997, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 14.596/2003, Lei Delegada nº 83/ 2003, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 125/2007, Lei Delegada nº 157/2007 Outorga de direito de uso: Lei nº 13.199/1999 Penalidades, infração à legislação: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 15.972/2006 Plano Diretor de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas: Lei nº 13.199/1999 Plano Estadual de Recursos Hídricos: Lei nº 13.199/1999 Política estadual de prevenção e combate a desastres decorrentes de chuvas intensas: Lei nº 15.660/2005 Política Estadual de Recursos Hídricos: Constituição Estadual de 1989 (art. 249 a 251, art. 254 ), Lei nº 13.199/1999

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Programa Estadual de Conservação da Água: Lei nº 12.503/1997 Proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 216, art. 249 a 250) Semana dos Rios e das Águas: Lei nº 10.821/1992, Lei nº 13.412/1999 Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SEGRH/MG: Constituição Estadual de 1989 (art. 250), ADCT 1989 (art.85), Lei nº 13.199/1999 Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos: Lei nº 13.199/1999 Terra devoluta, destinação, proteção: Lei nº 11.020/1993 Ver também Água; Área de proteção ambiental; Barragem; Curso d’água; Drenagem; Esgoto sanitário; Inundação; Irrigação; Lago; Lagoa; Represa; Reservatório; Rio Recursos minerais Atividade extrativa, proibição, bacias de mananciais para abastecimento público: Lei nº 10.793/1992 Direito de pesquisa e exploração, concessão: Constituição Estadual de 1989 (art. 11) Empreendimento minerário, licenciamento ambiental: Lei nº 14.309/2002 Exploração Proibição, utilização de mercúrio e cianeto de sódio em rio e curso d’água: Lei nº 10.595/1992 Recursos financeiros resultantes, aplicação: Constituição Estadual de 1989 (art. 252 a 253) Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Minerários: Constituição Estadual de 1989 (art. 250), ADCT 1989 (art.85) Reflorestamento Bacia de mananciais: Lei nº 10.793/1992 Diploma de Mérito Florestal: Lei nº 4.612/1967, Lei nº 5.093/1968, Lei nº 12.581/1997 Empresa consumidora, carvão vegetal: Constituição Estadual de 1989 (art. 217) Espécie nativa Fabricação, tonel, aguardente: Lei nº 13.949/2001 Utilização: Constituição Estadual de 1989 (art. 216) Floresta nativa, produto e subproduto florestal: Lei nº 14.309/2002 Fomento: Constituição Estadual de 1989 (art. 216) Fundo Pró-Floresta: Lei nº 16.679/2007 Incentivo: Lei nº 1.197/1954 Políticas florestal e de proteção à biodiversidade: Lei nº 14.309/2002 Ver também Floresta Refúgio da vida silvestre Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Rejeitos radioativos, instalação de depósito, proibição: Lei nº 9.547/1987

524 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Relatório de avaliação de risco ambiental: Lei nº 15.399/2004 Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, previsão: Lei nº 7.772/1980, Lei nº 12.596/ 1997, Lei nº 12.812/1998, Lei nº 15.972/2006 Represa Turismo, exploração econômica: Lei nº 15.258/2004 Usina hidrelétrica Área de preservação permanente: Lei nº 14.309/2002, Lei 18.023/2009 Estação de piscicultura: Lei nº 11.863/1995 Ver também Barragem Reserva biológica Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Reserva Biológica da Jaíba: Lei nº 11.731/1994 Reserva Biológica da Mata dos Ausentes: Lei nº 11.731/1994 Reserva Biológica de Acauã: Lei nº 11.731/1994 Reserva Biológica de Mar de Espanha: Lei nº 11.731/1994 Reserva Biológica de Nova Baden: Lei nº 11.731/1994 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Reserva extrativista Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Sinalização: Lei nº 14.353/2002 Reserva legal Área de preservação permanente: Lei nº 14.309/2002 Barragem, construção: Lei nº 14.309/2002 Certificado de Recomposição de Reserva Legal – CRRL: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.027/2004 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Demarcação: Lei nº 14.309/2002 Propriedade rural: Lei nº 14.309/2002 Recomposição: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.027/2004 Reserva Particular de Recomposição Ambiental – RPRA: Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.027/2004 Reserva particular do patrimônio natural, sinalização: Lei nº 14.353/2002 Reservatório, assistência social, população, áreas inundadas: Constituição Estadual de 1989 (art. 194), Lei nº 12.812/1998, Lei nº 15.012/2004 Resíduos Agrotóxico: Lei nº 10.545/1991 Reciclagem: Lei nº 14.128/2001, Lei nº 18.031/2009 Resíduo agrícola e agroindustrial, combustível alternativo, produção: Lei nº 11.405/1994 Resíduo de serviços de saúde: Lei nº 13.796/2000, Lei nº 18.031/2009

525 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Resíduo industrial: Lei nº 18.031/2009 Depósito, segurança: Lei nº 15.056/2004 Indústria de açúcar, álcool e aguardente, tratamento: Lei nº 9.367/1986, Lei nº 13.949/2001 Lançamento, curso d’água: Lei nº 2.126/1960, Lei nº 7.772/1980, Lei nº 9.367/1986 Resíduo perigoso Acidente ambiental: Lei nº 7.772/1980 Auditoria ambiental: Lei nº 10.627/1992 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 13.796/2000 Controle, empreendimento e atividade geradores de resíduos perigosos: Lei nº 13.796/2000 Depósito, segurança: Lei nº 15.056/2004 Descarte, procedimento especial: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.577/2003, Lei nº 15.973/2006 Licenciamento ambiental, empreendimento e atividades geradores de resíduos perigosos: Lei nº 13.796/2000 Plano de gerenciamento de resíduos sólidos, origem, serviço de saúde: Lei nº 13.796/2000 Resíduo reciclável, coleta seletiva: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 14.577/2003, Lei nº 15.441/2005, Lei nº 16.689/2007, Lei nº 17.503/2008, Lei nº 18.031/2009 Resíduo sólido Classificação: Lei nº 18.031/2009 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 13.796/2000, Lei nº 18.031/2009 Gestão: Lei nº 18.031/2009 Logística reversa: Lei nº 18.031/2009 Obrigações e responsabilidades: Lei nº 18.031/2009 Penalidades, infração à legislação: Lei nº 18.031/2009 Plano de gestão integrada de resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Política estadual de resíduos sólidos: Lei nº 18.031/2009 Proibições: Lei nº 18.031/2009 Rejeito: Lei nº 18.031/2009 Resíduo sólido doméstico: Lei nº 13.317/1999, Lei nº 13.796/2000 Resíduo sólido especial: Lei nº 18.031/2009 Resíduo sólido hospitalar: Lei nº 13.317/1999, Lei nº 13.796/2000 Resíduo sólido perigoso: Lei nº 18.031/2009 Resíduo sólido urbano, disposição final, tratamento: Lei nº 14.129/2001 Ver também Degradação ambiental; Impacto ambiental; Poluição ambiental

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RIMA ver Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Rio Balsa, draga e bomba, utilização em exploração mineral, proibição: Lei nº 10.595/1992 Cianeto de sódio, utilização em exploração mineral e garimpagem, proibição: Lei nº 10.595/1992 Diploma Amigo dos Rios: Lei nº 12.305/1996 Domínio público patrimonial do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 12) Mercúrio, utilização em exploração mineral e garimpagem, proibição: Lei nº 10.595/1992 Nascente Parque Ecológico Doutor Cezar Rodrigues Campos, denominação: Lei nº 16.655/2007 Proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 250), Lei nº 11.931/1995, Lei nº 14.309/2002 Vegetação nativa, supressão: Lei nº 14.309/2002 Patrimônio do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 12) Pesca desportiva, prática náutica, recreação, rio de preservação permanente: Constituição Estadual de 1989 (Art. 250) Recreação pública, rio de preservação permanente: Constituição Estadual de 1989 (Art. 250) Represa, turismo: Lei nº 15.258/2004 Rio Cipó, preservação permanente, declaração: Lei nº 15.082/2004 Rio de preservação permanente Conceito para efeitos da lei: Lei nº 15.082/2004 Declaração, objetivos: Lei nº 15.082/2004 Proibições: Lei nº 15.082/2004 Rio do Machado, bacia hidrográfica, área de proteção ambiental: Lei nº 13.373/1999 Rio Doce, lagoas marginais, área de proteção ambiental: Lei nº 11.832/1995 Rio Grande, preservação permanente, declaração: Lei nº 15.082/2004 Rio Jequitinhonha, preservação permanente, declaração: Lei nº 15.082/2004 Rio Pandeiros Bacia hidrográfica, área de proteção ambiental: Lei nº 11.901/1995 Preservação permanente, declaração: Lei nº 15.082/2004 Rio Peruaçu, preservação permanente, declaração: Lei nº 15.082/2004 Rio Piracicaba, lagoas marginais, área de proteção ambiental: Lei nº 11.831/1995 Rio São Francisco Aniversário do descobrimento: Lei nº 13.928/2001 Fundo estadual, recuperação, preservação, bacia hidrográfica: ADCT 1989 (art. 126) Lagoas marginais, área de proteção ambiental: Lei nº 11.943/1995

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Medalha 500 Anos – Rio São Francisco: Lei nº 13.928/2001 Nascente, proteção: Lei nº 4.731/1968 Preservação permanente, declaração: Lei nº 15.082/2004 Trecho mineiro, declaração patrimônio cultural, paisagístico e turístico do Estado: Lei nº 14.007/2001 Rio Uberaba, bacia hidrográfica, área de preservação permanente: Lei nº 13.183/1999 Rio Uberabinha, bacia hidrográfica, área de preservação permanente: Lei nº 11.931/1995 Semana dos Rios e das Águas: Lei nº 10.821/1992, Lei nº 13.412/1999 Sumidouro, proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 250) Terra devoluta, destinação, proteção: Lei nº 11.020/1993 Rodovia Estação Ecológica do Cercadinho, construção de alça viária: Lei nº 15.979/2006, Lei nº 18.042/2009 Faixa de domínio, retirada, vegetação: Lei nº 12.702/1997 Margem Licenciamento ambiental, estabelecimento: Lei nº 14.508/2002 Plantação de gramínea para prevenção de incêndio: Lei nº 14.309/2002

S

Salubridade ambiental, conceito para efeitos da lei: Lei nº 11.720/1994 Saneamento básico Assistência a municípios: Constituição Estadual de 1989 (art. 183, art. 245) Conceito para efeitos da lei: Lei nº 11.720/1994, Lei nº 13.317/1999, Lei nº 15.474/2005 Conselho Estadual de Saneamento Básico – CESB: Lei nº 11.720/1994 Plano Estadual de Saneamento Básico – PESB, previsão: Constituição Estadual de 1989 (art. 192), Lei nº 11.720/1994 Política estadual de saneamento básico: Lei nº 11.720/1994 Previsão, orçamento do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 158) Promoção, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 11 e art. 186) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad: Lei nº 11.903/1995, Lei nº 12.188/1996, Lei nº 12.581/1997, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.451/2000, Lei nº 15.972/2006, Lei Delegada nº 125/2007 SEGRH-MG – Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos: Lei nº 13.199/1999 Segurança de barragens: Lei nº 15.056/2004

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Selo de Qualidade Ambiental do Estado de Minas Gerais, produtos industrializados e agrícolas: Lei nº 14.324/2002 Serra Área de Proteção Ambiental da Serra do Lopo: Lei nº 11.936/1995 Parque Estadual da Serra da Canastra: Lei nº 4.731/1968 Parque Estadual da Serra do Brigadeiro: Lei nº 9.655/1988 Parque Estadual da Serra do Cipó: Lei nº 6.605/1975, Lei nº 6.681/1975 Serra da Piedade Área de conservação, limites: Lei nº 15.178/2004, Lei nº 16.133/2006 Plano de Recuperação de Área Degradada: Lei nº 15.178/2004 Tombamento, declaração monumento natural: ADCT 1989 (art. 84) Serra de Ibitipoca, tombamento, declaração monumento natural: ADCT 1989 (art. 84) Serra de São Domingos, tombamento, declaração monumento natural: ADCT 1989 (art. 84) Serra do Cabral, tombamento, declaração monumento natural: ADCT 1989 (art. 84) Serra do Caraça, tombamento, declaração monumento natural: ADCT 1989 (art. 84) Serra do Curral, Parque Estadual Presidente Wenceslau Brás: Lei nº 7.041/1977 Serviço disque-denúncia, agressão ao meio ambiente: Lei nº 14.986/2004 Servidão florestal: Lei nº 14.309/2002 Sinalização, locais de interesse ecológico, ecoturismo: Lei nº 14.353/2002 Sistema Estadual Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SEGRH-MG: Constituição Estadual de 1989 (art. 250), ADCT (art. 85), Lei nº 13.199/1999 Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Minerários: Constituição Estadual de 1989 (art. 250), ADCT 1989 (art.85) Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos: Lei nº 13.199/1999 Sistema Estadual de Saneamento Básico: Lei nº 11.720/1994 Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC: Lei nº 14.309/2002 Sítio arqueológico, paleontológico ou espeleológico: Lei nº 11.726/1994 Solo Conservação: Constituição Estadual de 1989 (art. 214, art. 216) Defesa, legislação, competência do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 10) Erosão: Lei nº 7.000/1977, Lei nº 10.793/1992, Lei nº 10.943/1992, Lei nº 11.405/ 1994, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 12.596/1997, Lei nº 13.183/ 1999, Lei nº 13.199/1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 14.309/2002, Lei nº 15.910/ 2005, Lei nº 15.973/20 06, Lei nº 18.024/2009 Mata seca, uso do solo, projeto agropecuário: Lei nº 17.353/2008 Parcelamento do solo, bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992

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Uso alternativo: Lei nº 14.309/2002 Ver também Solo agrícola Solo agrícola Conceito para efeitos da lei: Lei nº 12.596/1997 Conservação: Lei nº 11.405/1994, Lei nº 12.596/1997 Desertificação, recuperação: Lei nº 11.405/1994, Lei nº 12.596/1997, Lei nº 14.309/2002 Drenagem: Lei nº 11.405/1994 Erosão: Constituição Estadual de 1989 (art. 248), Lei nº 11.405/1994, Lei nº 12.596/1997 Irrigação: Lei nº 11.405/1994 Manejo: Constituição Estadual de 1989 (art. 248), Lei nº 11.405/1994, Lei nº 12.596/1997 Ocupação: Lei nº 12.596/1997 Recuperação: Constituição Estadual de 1989 (art. 248), Lei nº 11.405/1994, Lei nº 12.596/1997 Uso: Lei nº 11.405/1994, Lei nº 12.596/1997 Ver também Agricultura; Solo Suinocultura Licenciamento ambiental: Lei nº 13.999/2001 Suinocultura intensiva, bacias de mananciais para abastecimento público, proibição: Lei nº 10.793/1992 Ver também Pecuária

T

Taxa estadual Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais – TFAMG: Lei nº 6.763/1975, Lei nº 14.940/2003, Lei nº 15.972/2006, Lei nº 17.608/2008 Taxa Florestal: Lei nº 6.763/1975, Lei nº 11.363/1993, Lei nº 12.582/1997 Terra devoluta Conceito para efeitos da lei: Lei nº 11.020/1993 Destinação, preservação e proteção ambiental: Lei nº 7.373/1978, Constituição Estadual de 1989 (art. 10), Lei nº 11.020/1993 Domínio público patrimonial do Estado: Constituição Estadual de 1989 (art. 12) Terra pública, destinação, preservação e proteção ambiental: Lei nº 7.373/1978, Constituição Estadual de 1989 (art. 10), Lei nº 11.020/1993 Terraplenagem, proibição

530 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

Área de preservação permanente: Lei nº 11.931/1995 Área de proteção ambiental: Lei nº 11.831/1995, Lei nº 11.832/1995, Lei nº 11.901/ 1995, Lei nº 11.943/1995, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.373/1999 Transgênicos, rotulagem: Lei nº 13.494/2000 Turismo Patrimônio natural, preservação, proteção, utilização sustentada: Lei nº 12.398/1996 Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real: Lei nº 13.173/1999 Proteção ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 243) Sítio arqueológico, paleontológico ou espeleológico: Lei nº 11.726/1994 Ver também Ecoturismo

U

Unidade de conservação Classificação: Lei nº 14.309/200 2, Lei nº 18.024/2009 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 14.309/2002 Criação: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Fator de conservação, categoria de manejo: Lei nº 18.030/2009 Reclassificação, categoria de manejo: Lei nº 11.731/1994 Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC: Constituição Estadual de 1989 (art. 10), Lei nº 14.309/2002 Terra devoluta, destinação, proteção: Lei nº 11.020/1993 Ver também Área de preservação permanente; Área de proteção ambiental; Área de relevante interesse ecológico; Estação ecológica; Floresta; Monumento natural; Parque estadual; Refúgio da vida silvestre; Reserva biológica; Reserva extrativista; Reserva particular do patrimônio natural Unidade lavadora de batata: Lei nº 12.589/1997 Usina hidrelétrica Energia elétrica, fornecimento, áreas inundadas: Constituição Estadual de 1989 (art. 298) Malha rodoviária, recomposição, áreas inundadas: Constituição Estadual de 1989 (art. 298) Represa Área de preservação permanente: Lei nº 14.309/2002, Lei 18.023/2009 Estação de piscicultura: Lei nº 11.863/1995

531 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

V

Vegetação Atividade extrativa, proibição, bacias de mananciais para abastecimento público: Lei nº 10.793/1992 Defesa sanitária vegetal: Lei nº 15.697/2005 Estação Ecológica do Cercadinho, recuperação: Lei nº 15.979/2006, Lei nº 18.042/2009 Proteção: Lei nº 10.943/1992, Lei nº 11.336/1993, Lei nº 11.931/1995 Retirada, faixa de domínio, rodovia: Lei nº 12.702/1997 Vegetação ciliar, proteção : Lei nº 10.793/1992, Lei nº 11.363/1993, Lei nº 11.901/1995, Lei nº 11.931/1995, Lei nº 12.503/1997, Lei nº 12.582/1997, Lei nº 13.183/1999, Lei nº 13.199/ 1999, Lei nº 13.373/1999, Lei nº 13.958/2001, Lei nº 17.727/2008 Vegetação nativa Cota de reserva florestal: Lei nº 14.309/2002 Exploração: Lei nº 14.309/2002 Plano de manejo florestal: Lei nº 14.309/2002 Políticas florestal e de proteção à biodiversidade do Estado: Lei nº 14.309/2002 Proteção: Constituição Estadual de 1989 (art. 216), Lei nº 11.931/1995, Lei nº 14.309/ 2002 Reposição florestal: Lei nº 14.309/2002 Servidão florestal: Lei nº 14.309/2002 Supressão: Lei nº 14.309/2002 Ver também Desmatamento; Flora; Floresta; Produto e subproduto florestal Veredas Classificação: Lei nº 9.375/1986, Lei nº 9.682/1988 Conceito para efeitos da lei: Lei nº 9.375/1986, Lei nº 9.682/1988 Declaração, preservação permanente, interesse comum: Lei n° 9.375/1986, Lei nº 9.682/ 1988 Patrimônio ambiental: Constituição Estadual de 1989 (art. 214) Proteção: Lei nº 9.375/1986, Lei nº 9.682/1988, Lei nº 14.309/2002 Vidro, coleta seletiva de lixo: Lei nº 13.766/2000, Lei nº 14.128/2001, Lei nº 16.689/2007 Vigilância ambiental: Lei nº 13.317/1999, Lei nº 15.474/2005 Vinhoto, tratamento: Lei nº 9.367/1986

Z

Zoonose, controle, Estudo de Impacto Ambiental: Lei nº 13.317/1999

532 • • • • • • • • • • • • • • • • M E I O A M B I E N T E • • • • • • • • • • • • • • • •

4 – REFERÊNCIAS

BARROS, Lucivaldo Vasconcelos. Fontes de Informação Jurídico-ambiental : Sítios, dicionários, bibliografias e outras referências para pesquisa. Belo Horizonte: Fórum, 2007. 125 p.

MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Gerência-Geral de Documentação e Informação. Gerência de Biblioteca e Arquivo. Manual para apresentação das publicações da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais . Belo Horizonte, 2004. 173 p.

MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Gerência-Geral de Documentação e Informação. Gerência de Referência Legislativa. Datas Comemorativas de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2006. 256 p. (Coleção Temática da Legislação do Estado de Minas Gerais, 1)

MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Gerência-Geral de Documentação e Informação. Gerência de Referência Legislativa. Legislação Mineira . Disponível em: http://www.almg.gov.br/index.asp?grupo=legislacao&diretorio=njmg&arquivo=legislacao_mineira

MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Gerência-Geral de Documentação e Informação. Gerência de Referência Legislativa. Thesaurus da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais . Belo Horizonte, 2003. 513 p.

MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Regimento Interno da Assembleia Legislativa: Resolução nº 5.176, de 6 de novembro de 1997 . 7ª ed. Belo Horizonte, 2006. 325 p.

MINAS GERAIS. Constituição, 1989. Constituição do Estado de Minas Gerais . 13ª ed. Belo Horizonte: Assembleia Legislativa, 2007. 212 p.

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