OTONIEL LINHARES ATUALIDADES REALIDADE DF www.anuariododf.com.br/novidades www.codeplan.df.gov.br/noticias/artigos www.brasilia.df.gov.br/ www.correioweb.com.br/ g1.globo.com/df/distrito-federal/cidade/brasilia

31 RA XXXI Fercal PARA SABER MAIS • Região integrada de desenvolvimento econômico (ou RIDE) não podem ser consideradas regiões metropolitanas brasileiras porque não se situam em um mesmo estado. Elas são criadas por legislação federal específica, que delimita os municípios que a integram e fixa as competências assumidas pelo colegiado dos mesmos. • A primeira RIDE estabelecida foi a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. Em 2002, foram instituídas duas novas RIDEs, a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro e a Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina. • Está em discussão no Congresso brasileiro o projeto de lei complementar 122 de 2009 sobre a criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Cariri-Araripe (RICA), a quarta RIDE brasileira, reunindo municípios da região do Cariri-Araripe entre os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piau.

RIDE DF • A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE/DF) foi criada pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998 e regulamentada pelo Decreto nº 2.710, de 04 de agosto de 1998, alterado pelo Decreto nº 3.445, de 04 de maio de 2000.

• A RIDE tem como objetivo articular e harmonizar as ações administrativas da União, dos estados e dos municípios para a promoção de projetos que visem à dinamização econômica e provisão de infraestruturas necessárias ao desenvolvimento em escala regional. LEI COMPLEMENTAR Nº 94, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 • O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: • Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a criar, para efeitos de articulação da ação administrativa da União, dos Estados de Goiás e e do Distrito Federal, conforme previsto nos arts. 21, inciso IX, 43 e 48, inciso IV, da Constituição Federal, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE. • § 1º A Região Administrativa de que trata este artigo é constituída pelo Distrito Federal, pelos Municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Barro Alto, Cabeceiras, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Goianésia, Luziânia, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, São João d’Aliança, Simolândia, Valparaíso de Goiás, Vila Boa e Vila Propício, no Estado de Goiás, e de Arinos, Buritis, Cabeceira Grande e Unaí, no Estado de Minas Gerais. (Redação dada pela Lei Complementar nº 163, de 2018) • § 2º Os Municípios que vierem a ser constituídos a partir de desmembramento de território de Município citado no • § 1º deste artigo passarão a compor, automaticamente, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. • Art. 2º É o Poder Executivo autorizado a criar um Conselho Administrativo para coordenar as atividades a serem desenvolvidas na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. • Parágrafo único. As atribuições e a composição do Conselho de que trata este artigo serão definidas em regulamento, dele participando representantes dos Estados e Municípios abrangidos pela RIDE. • Art. 3º Consideram-se de interesse da RIDE os serviços públicos comuns ao Distrito Federal e aos Municípios que a integram, especialmente aqueles relacionados às áreas de infra-estrutura e de geração de empregos. • Art. 4º É o Poder Executivo autorizado a instituir o Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal. • Parágrafo único. O Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal, ouvidos os órgãos competentes, estabelecerá, mediante convênio, normas e critérios para unificação de procedimentos relativos aos serviços públicos, abrangidos tanto os federais e aqueles de responsabilidade de entes federais, como aqueles de responsabilidade dos entes federados referidos no art. 1º, especialmente em relação a: • I - tarifas, fretes e seguros, ouvido o Ministério da Fazenda; • II - linhas de crédito especiais para atividades prioritárias; • III - isenções e incentivos fiscais, em caráter temporário, de fomento a atividades produtivas em programas de geração de empregos e fixação de mão-de-obra. • Art. 5º Os programas e projetos prioritários para a região, com especial ênfase para os relativos à infra-estrutura básica e geração de empregos, serão financiados com recursos: • I - de natureza orçamentária, que lhe forem destinados pela União, na forma da lei; • II - de natureza orçamentária que lhe forem destinados pelo Distrito Federal, pelos Estados de Goiás e de Minas Gerais, e pelos Municípios abrangidos pela Região Integrada de que trata esta Lei Complementar; • III - de operações de crédito externas e internas. • Art. 6º A União poderá firmar convênios com o Distrito Federal, os Estados de Goiás e de Minas Gerais, e os Municípios referidos no § 1º do art. 1º, com a finalidade de atender o disposto nesta Lei Complementar. • Art. 7º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. • Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário. • Brasília, 19 de fevereiro de 1998; 177 da Independência e 110 da República. • A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE/DF, foi criada em 1998 pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998, com o objetivo de promover a articulação da ação administrativa da União, dos estados de Goiás e de Minas Gerais e do Distrito Federal, para reduzir as desigualdades regionais causadas pela alta concentração urbana decorrente do fluxo migratório entre o Distrito Federal e os municípios vizinhos. Sua área de abrangência é de 50.612 km. • Enquanto institucionalidade legalmente constituída, a RIDE tem prioridade no recebimento de recursos públicos destinados a investimentos que estejam de acordo com os interesses consensuados entre os entes. • Esses recursos devem contemplar demandas por equipamentos e serviços públicos, fomentar arranjos produtivos locais, propiciar o ordenamento territorial e assim promover o seu desenvolvimento integrado. • Competência

• Articular, harmonizar e viabilizar as ações administrativas da União, do Distrito Federal, dos estados de Goiás e de Minas Gerais, e dos municípios que a compõem para a promoção de projetos que visem à dinamização econômica e provisão de infraestruturas necessárias ao desenvolvimento em escala regional. • Abrangência • Compõem a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE): • Distrito Federal. • Municípios do Estado de Goiás: Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Barro Alto, Cabeceiras, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Goianésia, Luziânia, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, São João d’Aliança, Simolândia, Valparaíso de Goiás, Vila Boa e Vila Propício. • Municípios do Estado de Minas Gerais: Arinos, Buritis, Cabeceira Grande e Unaí. • Essa RIDE foi criada com objetivo de buscar solução para os problemas gerados pelo crescimento desordenado de Brasília e de seu entorno, cada vez mais povoado por migrantes em busca de melhores condições de vida, que acabaram por pressionar os serviços públicos da capital do país. • As ações da RIDE têm priorizado os Arranjos Produtivos Locais (APLs), entre eles, o de fruticultura, artesanato, confecção, movelaria e pedras que são, inclusive, exportadas por meio dos APLs. O cooperativismo e o associativismo como forma de aumentar a geração de renda também são fortemente incentivados. NOVIDADE Temer sanciona expansão da região integrada do DF; veja municípios de MG e GO incluídos. Lista é formada por 10 municípios goianos e 2 mineiros. Com a alteração, Ride passa a ter 34 cidades, incluindo Brasília. (14/06/2018) O presidente da República, Michel Temer, sancionou nesta quinta-feira (14) a lei que inclui 12 municípios de Goiás e Minas Gerais na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Criada em 1998, a Ride tem o objetivo de articular ações administrativas da União, dos estados de Goiás, Minas e do Distrito Federal. O mapa coincide, na maior parte, com o que os moradores do DF costumam chamar de "região do Entorno". Até agora, 21 municípios já faziam parte da Ride, além do próprio Distrito Federal. Segundo o IBGE, somadas, essas regiões abrigam 4,4 milhões de habitantes. Sozinho, o DF tem pouco mais de 3 milhões. Os números colocam a Ride do DF como a quarta região mais populosa do país. O pódio é ocupado pelas regiões metropolitanas de São Paulo (21,4 milhões de habitantes), do Rio de Janeiro (12,4 milhões) e de (5,9 milhões) Pela proposta, passam a integrar a RIDE os seguintes municípios:

1. Alto Paraíso de Goiás (GO) 2. Alvorada do Norte (GO) 3. Barro Alto (GO) 4. Cavalcante (GO) 5. Flores de Goiás (GO) 6. Goianésia (GO) 7. Niquelândia (GO) 8. São João d’Aliança (GO) 9. Simolândia (GO) 10.Vila Propício (GO) 11.Arinos (MG) 12.Cabeceira Grande (MG)

COARIDE • O Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno(COARIDE) é o Conselho Administrativo da RIDE, criado pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998, e regulamentado pelo Decreto nº 7469, de 04 de maio de 2011, para coordenar as atividades a serem desenvolvidas na RIDE. Competências Compete ao COARIDE: • coordenar as ações dos entes federados que compõem a RIDE, visando ao desenvolvimento e à redução de suas desigualdades regionais; • aprovar e supervisionar planos, programas e projetos para o desenvolvimento integrado da RIDE; • programar a integração e a unificação dos serviços públicos que sejam comuns à RIDE; • indicar providências para compatibilizar as ações desenvolvidas na RIDE com as demais ações e instituições de desenvolvimento regional; • harmonizar os programas e projetos de interesse da RIDE com os planos regionais de desenvolvimento; • coordenar a execução de programas e projetos de interesse da RIDE; • aprovar seu Regimento Interno. • O COARIDE tem a seguinte composição: • o Ministro de Estado da Integração Nacional, que o presidirá; • o Superintendente da SUDECO; • um representante, de cada um dos seguintes Ministérios, indicados por seus titulares: – do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; – da Fazenda; e – das Cidades; • um representante da Casa Civil da Presidência da República, indicado por seu titular; • dois representantes do Ministério da Integração Nacional, indicados por seu titular; • um representante da SUDECO, indicado por seu titular; • um representante do Distrito Federal, um do Estado de Goiás e um do Estado de Minas Gerais, indicados pelos respectivos Governadores; e • um representante dos Municípios que integram a RIDE, indicado pelos respectivos Prefeitos. • Consideram-se de interesse da RIDE os serviços públicos comuns ao Distrito Federal, Estados de Goiás, Minas Gerais e aos Municípios que a integram, relacionados com as seguintes áreas: 1. Infraestrutura; 2. geração de empregos e capacitação profissional; 3. saneamento básico, em especial o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de esgoto e o serviço de limpeza pública; 4. uso, parcelamento e ocupação do solo; 5. transportes e sistema viário; 6. proteção ao meio ambiente e controle da poluição ambiental; 7. aproveitamento de recursos hídricos e minerais; 8. saúde e assistência social; 9. educação e cultura; 10. produção agropecuária e abastecimento alimentar; 11. habitação popular; 12. serviços de telecomunicação; 13. turismo; e 14. segurança pública. 1. Relevo, hidrografia, clima e vegetação • A região do Distrito Federal, localizada no Centro Oeste do País, destaca-se pela diversidade, beleza e fragilidade do seu meio ambiente. Está situada em área de cabeceira de drenagem e é divisora de águas das três maiores bacias hidrográficas do Brasil: do Tocantins, do São Francisco e do Prata (de abrangência internacional).

• Localiza-se entre os paralelos de 15° a 16°30’ de latitude sul e entre os meridianos de 47°25’ e 48°12’ de longitude a oeste do Meridiano de Greenwich. • Devido a sua localização geográfica, apresenta o fenômeno das “(águas emendadas)” – na Estação Ecológica de Águas Emendadas –, que une as bacias do Tocantins e Paraná por meio dos córregos Vereda Grande e Brejinho, respectivamente. • As águas, ao aflorarem à superfície, correm em direções oposta, seguindo a inclinação do terreno. • O Distrito Federal possui uma área de 5.788,1 km2. • Tem como limites naturais o Rio Descoberto, a oeste; e o rio Preto, a leste. Com topografia suave, apresentando altitude entre 750 e 1.349 metros, o Distrito Federal é drenado por rios que pertencem às mais importantes bacias fluviais do Brasil : Bacia Platina, Bacia São Franciscana e Bacia Amazônica

Sua altitude média é de 1.100 metros acima do nível do mar e o seu ponto mais alto é a Colina do Rodeador, que possui 1.349 metros e está localizada a noroeste do Parque Nacional de Brasília. • Ao norte e ao sul, é limitado por linhas secas que definem o quadrilátero. • Sua área está totalmente inserida na região de cerrados, que concentra aproximadamente 5% da biodiversidade vegetal do Planeta. • O Distrito Federal tem algumas áreas totalmente protegidas e outras bastante alteradas e frágeis, em função do uso inadequado do solo e das águas. • O Distrito Federal possui seis áreas consideradas prioritárias para a conservação porque são locais onde o ecossistema cerrado se encontra em maior grau de preservação. • Eles são ameaçados: 1. pela ocupação urbana, 2. pelas queimadas, 3. pela captação irregular de água, 4. pela produção de lixo, 5. pela poluição, 6. pela pesca e pelas caças predatórias Os Tesouros • Parque Nacional: é a maior unidade de conservação de Brasília, com 30 mil hectares de área. – Mais conhecido como Água Mineral, abriga todas as configurações vegetais do ecossistema cerrado, desde a mata mais densa à savana e às matas ciliares. – No lugar são encontradas centenas de plantas, como ipês, jatobás, sucupiras e outras espécies nativas, muitas delas medicinais. Um dos símbolos da fauna local é o lobo-guará. • Floresta Nacional: tem início próximo às cidades de Taguatinga e Ceilândia e vai até a barragem do Descoberto. – A Flona, como é mais conhecida, foi criada há oito anos para cobrir a invasão e a ocupação irregular de terras públicas e hoje tem mais de 9 mil hectares. – A Floresta tem uma centena de espécies vegetais e abriga um centro de estudos da fauna silvestre que já catalogou dezenas de espécies de animais. • Reserva do Guará: tem apenas 200 hectares de área, espremida entre a cidade que dá nome a ela e o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). – Como parte da área é alagada, existem fauna e vegetação aquática. Também foram catalogadas mais de 100 espécies de orquídeas diferentes. • Jardim Botânico: são 5 mil hectares, sendo a visitação permitida apenas em 526 hectares, com uma trilha ecológica de 4,5 mil metros. – É o segundo maior jardim botânico do mundo e o único no cerrado do país. – Ocupam o Jardim Botânico plantas nativas e exóticas, diversas espécies de aves e mamíferos, como o veado-campeiro, o lobo- guará, o tamanduá, a seriema e a iguana. – Em 2011, para comemorar os 26 anos, a reserva ecológica passa por reformas e construções de novos espaços. Casa de Chá, Orquidário, Jardim Contemplativo, Jardim Japonês e Jardim dos Cheiros serão criados ou restaurados para receber novos visitantes. Descoberto: a área, situada entre o DF e Goiás, tem quase 30 mil hectares administrados pela União. Na região, há um alto índice de plantas diferentes e abundantes reservas de água potável. Planaltina/Padre Bernardo: entre as duas cidades estende-se uma intensa mata de cerrado. Próxima à região encontra-se a Estação Ecológica de Águas Emendadas. VEGETAÇÃO • A vegetação na capital, porém, não se restringe às espécies nativas do cerrado. Os pesquisadores Roberta Maria Costa e Lima e Manoel Cláudio da Silva Júnior, da Universidade de Brasília (UnB), contaram mais de 15,2 mil árvores de 162 espécies diferentes espalhadas pelas quadras de Brasília. • Segundo o estudo, as árvores mais frequentes são mangueira (há mais de mil), cambuí, jambolão, saboneteira, fícus — também conhecido como barriguda —, sibipiruna, espatódea, abacateiro, amendoim bravo e ipê-rosa. • Ao contrário do que queria Lucio Costa, nem sempre a vegetação do cerrado foi preservada ao longo da construção da nova cidade.

• Por isso, em Brasília, existem mais árvores exóticas do que naturais. As árvores trazem conforto, beleza e sombra aos moradores e aos turistas da capital. • O cerrado engloba um terço do conjunto de fauna e flora brasileiro e 5% da proporção mundial. É a savana com maior biodiversidade no planeta. • No DF, o bioma não se restringe apenas às canelas-de-ema e ipês floridos facilmente encontrados nas ruas, como também surgem variações: 1. Mata Ciliar; 2. Mata de Galeria; 3. Mata Seca; 4. Cerradão; 5. Cerrado: Denso, Típico, Ralo, Rupestre 6. Campo Sujo; 7. Campo Limpo 8. Campo Rupestre 9. Vereda 10. Parque do Cerrado 11. Palmeiral

CERRADO • Dois milhões Km² • 2ª maior formação natural da América do Sul; • A savana mais rica do mundo. • 5% de todas espécies do planeta ; • 30% da biodiversidade do Brasil ; • Elo de ligação com outros Biomas: Amazônia; Caatinga; Pantanal e Mata Atlântica. • 50% da Vegetação original foi eliminada • Menos de 3% da área está efetivamente protegida. • Berço das Águas do Brasil ; • Alimenta 3 aquíferos subterrâneo: Guarani, Bambui e Urucuia; • O cerrado é uma floresta ao contrário ; • Bacias hidrográficas alimentados pelo cerrado: Amazônica, Tocantins, São Francisco, Parnaíba, Atlântico, Paraná e Paraguai. • O Cerrado é uma grande esponja.

Recursos hídricos • As principais bacias do Distrito Federal – Preto, São Bartolomeu, Descoberto e Maranhão – drenam 95% do território da região, alimentando as bacias das regiões hidrográficas do Paraná, do Tocantins, do Araguaia e do São Francisco. • Outras duas bacias existentes no DF são Corumbá e São Marcos.

BACIA DO DESCOBERTO BACIA DE SANTA MARIA BACIA SANTA MARIA • Leva até dois anos para se recuperar • Descoberto ramificado • A bacia de Santa Maria é abastecida por três córregos: Milho Cozido, Vargem Grande e o principal, o Santa Maria, que dá origem ao nome. Já a do Descoberto ocupa uma área mais extensa, e os afluentes que desaguam nele são “incontáveis”, de acordo com a Caesb. Há água que vem tanto do DF quanto de Goiás.

30/10/2017

• A bacia do rio São Bartolomeu é a maior, com aproximadamente 50% da área total, equivalente a 2.864,05 km², de acordo com dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). • A bacia do rio Preto ocupa 23% da área total e drena 1.343,75 km²; o rio Descoberto, com 14% da área total, drena 825 km², e o rio Maranhão, com 13% da área, drena 750 km². • Mesmo com uma extensão considerável, a rede hidrográfica do DF não é propícia para a pesca em escala comercial nem apresenta condições de navegabilidade. • Segundo o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram), há no DF situações de graves conflitos ambientais quanto à ocupação do solo e ao uso dos recursos hídricos. • A realidade é consequência do boom populacional e da intensificação das atividades econômicas nos setores agropecuário, industrial e de serviços nos últimos anos. Clima • O clima do Distrito Federal, segundo a classificação Köppen, é tropical. As chuvas ocorrem com mais frequência entre os meses de novembro e janeiro, e o período seco vai de junho a agosto. • O clima de Brasília é o tropical de altitude, portanto, temos um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e relativamente frio. A temperatura média anual é cerca de 21⁰C, podendo chegar a até 30⁰C no mês de setembro e aos 12⁰C a 7⁰C nas madrugadas de inverno de julho. • A umidade relativa do ar é de 70%, podendo chegar a 9% no inverno. • A cidade no período do inverno, ou seja, entre os meses de junho e setembro, tem baixa umidade do ar, que chega a 9% nos dias mais quentes. História do DF

A mudança da capital do país para o interior é uma ideia que surgiu muito antes da criação de Brasília. O nome mais lembrado da transição é o do ex-presidente , que inaugurou a cidade em 1960. A história da interiorização da sede do poder, porém, é dois séculos mais longa. Antes de JK, muitos foram os defensores do mesmo projeto: não restringir o desenvolvimento ao litoral do Brasil.

• O caminho da interiorização • 1750 • Ainda quando o Brasil era colônia, o cartógrafo genovês Francisco Tossi Colombina, durante uma viagem pelo Planalto Central, elaborou a Carta de Goiás, na qual sugeriu que a sede do governo ficasse na região. • 1761 • Dois anos antes do Rio de Janeiro se tornar a nova capital do país, o primeiro ministro de Portugal, Marquês de Pombal, defendeu as terras do vale do Amazonas como o local ideal para a construção da nova cidade. • 1789 • Os inconfidentes mineiros acreditavam que a vila mineira São João Del Rey, por ser mais bem situada que o Rio de Janeiro e pela fartura de alimentos, era o lugar ideal para abrigar a sede do governo. • 1822 • A sugestão do nome da nova capital apareceu pela primeira vez em um folheto publicado no Rio de Janeiro, intitulado Aditamento ao Projeto de Construção para Fazêlo Aplicável ao Reino do Brasil, de autoria desconhecida. • 1823 • O Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, defendeu a criação da capital no interior, longe dos portos, para garantir a segurança do país. Ele sugeriu as terras da comarca de Paracatu do Príncipe, em Minas Gerais, como o lugar ideal, e os nomes de Petrópole ou Brasília para a nova cidade. • O nome Brasília foi sugerido em 1823 por José Bonifácio e encaminhado à Assembléia Geral Constituinte do Império. 150 anos depois do chanceler Veloso de Oliveira ter apresentado a idéia ao príncipe-regente. Desde 1987, a Unesco reconhece Brasília como Patrimônio Histórico e Universal da Humanidade. • 1877 • Um dos maiores defensores da interiorização, o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro, percorreu a cavalo a região do Planalto Central para indicar as vizinhanças da Vila Formosa da Imperatriz (atual Formosa, em Goiás) como lugar ideal para construir a nova capital do país. • 1883 • Dom Bosco sonhou com uma depressão larga e comprida, próxima de um lago, entre os paralelos 15º e 20º. Uma voz dizia: “Quando se vierem a escavar as minas escondidas em meio a estes montes, aparecerá aqui a terra prometida, onde correrá leite e mel. Será uma riqueza inconcebível”. • 1891 • A transferência da capital para o interior transformou-se em preceito legal com a aprovação da ementa apresentada pelo deputado Lauro Muller na Assembleia Constituinte Republicana. Uma área de 14.400 km², onde seria construída a nova cidade, passou a pertencer à União. • 1892 • Para cumprir a Constituição, Floriano Peixoto nomeou a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, conhecida como Missão Cruls, que tinha como objetivo iniciar de fato a demarcação do Distrito Federal. • Mas somente com a Constituição republicana de 1891 é dado o primeiro passo concreto e consistente para essa mudança, com a criação de uma comissão encarregada de estudar e demarcar o local em que se ergueria essa nova capital. A comissão, encabeçada pelo astrônomo e engenheiro belga Luiz Cruls, diretor do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, era composta por 22 experts em topografia, fontes de energia, clima, geologia, fauna, flora etc. Os trabalhos começam em junho de 1892 e são concluídos em junho de 1893. • A chamada “Missão Cruls” faz o primeiro e valioso documento técnico sobre o Planalto Central de Goiás (atual Estado dentro do qual se encontra Brasília), contendo um mapa em que aparece desenhado um quadrilátero com a inscrição “Futuro Distrito Federal”. É o famoso documento chamado de “Quadrilátero Cruls”.

• 1922 • Nas comemorações do Centenário da Independência do Brasil, ocorreu o lançamento da Pedra Fundamental, no Morro do Centenário, na cidade de Planaltina. • Em 1922, nas comemorações do centenário da Independência, o Congresso Nacional Brasília – Oscar a prova definitivamente da criação da nova capital federal. Exatamente nesse “quadrilátero”, em setembro daquele mesmo ano, é colocada a primeira pedra da construção (a pedra fundamental), a poucos quilômetros de onde seria levantada finalmente a cidade. • 1934 – Getúlio Vargas • Do mesmo jeito que o seu governo, as medidas para a construção da nova capital fora,m contraditórias na Era Vargas. Variaram desde a contenção das idéias mudancistas a um impulso em favor da Marcha para oeste (1940). • “ É imperioso localizar no centro geográfico do país, poderosas forças capazes de irradiar e garantir a nossa expansão futura”. • (Getúlio Vargas – 1940) • Todavia, as atitudes foram adiadas (se é que viriam) pelo envolvimento na Segunda Guerra. • A Revolução de 30 e a ditadura varguista após 1937 até a redemocratização em 1946, provoca uma pausa e o projeto é mais uma vez postergado. • A partir de 1947, surgem várias comissões encabeçadas por militares (Marechal Polli Coelho, General Caiado de Castro, Marechal Cavalcanti de Albuquerque), que enviam outras missões a outros lugares, elaboram novos documentos, ampliam os perímetros e apresentam estudos de foto análises e foto - interpretações a uma empresa norte americana para selecionar o sítio mais adequado. O último informe desse período intitula-se “Nova Metrópole do Brasil”. • 1946/1947 – Gaspar Dutra • Este período após a saída de Vargas foi bastante interessante. Ao mesmo tempo várias coisas ocorreram. • Uma Constituição que buscava a redemocratização, uma abertura entreguista do comércio internacional brasileiro em direção aos Estados Unidos e até mesmo uma proposta de mudança transitória da capital para Belo Horizonte. Houve ainda a ratificação de decisões anteriores das outras constituições (1824, 1891, 1934 e 1937), com o detalhe da participação de Artur Bernardes, Israel Pinheiro e de Juscelino Kubtischek como constituintes. • Já em 1947 o estado de Goiás autorizou a doação ao governo federal de toda e qualquer terra devoluta compreendida na zona em que foi escolhida a futura capital. Obviamente era um passo adiante, dado no sentido de garantir a construção em território goiano. Triângulo Mineiro X Quadrilátero

• O processo de determinação da área para a nova sede do Governo também trouxe uma acirrada disputa entre os interesses das elites mineiras e goianas. Os primeiros argumentavam que o oeste mineiro trazia as condições de solo e de interligação de transportes necessários, e que o Planalto goiano, de terras áridas, seria inviável. • “Terra boa pra criar calango” • O relatório propôs evitar-se solos úmidos e buscar rochas firmes para a localização. O texto dizia: • “Uma das falhas mais comuns na localização da cidade, no passado, foi o fato de não terem sido levadas em consideração as condições geológicas. Como, por exemplo, as seguintes cidades que pagaram um alto tributo, às péssimas condições geológicas: Amsterdã, Cidade do México, Bangkok, Istambul, Boston e Chicago”. • Em Brasília, estas áreas foram evitadas e a discussão deu-se de forma secreta, para evitar a especulação imobiliária, neste caso sem muito sucesso. À medida que o projeto encaminhava-se o valor das terras na região das futuras desapropriações subiu bastante, gerando mais um problema para os defensores da obra. • “Preço da terra em GO foi majorado de 10 para mil cruzeiros” • 1946 – Comissão poli Coelho • Indicado por Gaspar Dutra, o general Djalma Poli Coelho baseou-se nos relatórios Cruls e sugeriu a ampliação do território de 14.400 Km2, em direção ao Norte e em busca de mais bacias hidrográficas. • Voltavam também as discussões entre o Triângulo Mineiro contra o quadrilátero Goiano, sendo que mais uma vez venceu a proposta goiana. • Importante aqui é a atualidade da questão colocada pelo General Poli Coelho, à medida que, ainda na década de 1940, colocava a necessidade de controle estratégico das bacias hidrográficas como preciosa riqueza. • Pedro Ludovico, político goiano da época – com grande influência –, convenceu Juscelino Kubitschek, que ainda não era presidente, a fazer uma inspeção em Goiás. • Em agosto de 1948, a Comissão chefiada pelo general Polli Coelho encerrava seus estudos decidindo pela área demarcada pela Missão Cruls. • Porém, dos 12 integrantes da comissão, cinco foram favoráveis à localização decidida pelo engenheiro Lucas Lopes, em Minas Gerais. Ou seja, Uberlândia só não se tornou capital do Brasil por dois votos. • Um ponto foi a facilidade em conseguir terras em Goiás, já que apenas uma pequena parcela era ocupada e seria de fácil desapropriação naquele momento. A necessidade de habitar o Planalto Central também foi algo pensado. O Triângulo Mineiro já tinha movimentação econômica forte, instituições de ensino superior e não precisava, naquele momento, ser mais desenvolvida. • Além disso, o momento era favorável à construção de uma capital do “zero”. JK era cercado de intelectuais ousados, e a possibilidade de criar uma cidade organizada, planejada, para ser a sede do poder daria visibilidade ao país no cenário internacional. • 1953 – Comissão Belcher • Completava-se então 30 anos desde a primeira proposta constitucional para interiorização da capital. O projeto da Comissão Poli, por exemplo, levou 05 anos para ser discutido sendo concluído só em 1953. • Ainda em 1953, com a real possibilidade da concretização da nova cidade, intensificaram-se disputas e a luta de interesse contra (principalmente os cariocas) e a favor (MG e GO, desta vez unidos) da construção. O congresso tornou-se o campo de batalha. • A empresa Norte Americana Donald J. Belcher analisou a fotometria feita pela empresa Cruzeiro do Sul. • Além da topografia, drenagem, geologia e as possibilidades agrícolas foram alvo de estudo. • O relatório propôs evitar-se solos úmidos e buscar rochas firmes para a localização. O texto dizia: • “Uma das falhas mais comuns na localização da cidade, no passado, foi o fato de não terem sido levadas em consideração as condições geológicas. Como, por exemplo, as seguintes cidades que pagaram um alto tributo, às péssimas condições geológicas: Amsterdã, Cidade do México, Bangkok, Istambul, Boston e Chicago”. • Em Brasília, estas áreas foram evitadas e a discussão deu-se de forma secreta, para evitar a especulação imobiliária, neste caso sem muito sucesso. À medida que o projeto encaminhava-se o valor das terras na região das futuras desapropriações subiu bastante, gerando mais um problema para os defensores da obra. • “Preço da terra em GO foi majorado de 10 para mil cruzeiros” • No dia 5 de fevereiro de 1955, o vice- governador de Goiás, Bernardo Sayão, espera, em Formosa, Estado de Goiás, com um comboio de seis jipes, o marechal José Pessoa [na primeira foto, em Brasília], o seu ajudante-de-ordens e secretário da Comissão, capitão Ernesto Silva, e o marechal Mário Travassos. • Depois de andar pelo cerrado por mais de quatro horas, chegam no ponto mais alto do Sítio Castanho (1.172 metros), onde é hoje o Cruzeiro — no Eixo Monumental — próximo ao Memorial JK. • No dizer do doutor Ernesto Silva, ali “é a Pedra Fundamental de Brasília”. • No dia 30 de dezembro de 1955, em solenidade realizada no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, Jorge Pelles e Jerônimo da Silva assinam a escritura de desapropriação amigável da Fazenda Bananal, que abriga, hoje, quase toda a área onde está edificada Brasília.

Governo Juscelino Kubitschek

• Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da República em 1955, juntamente com o vice- presidente João Goulart. • Nos primeiros anos do pleito, após a situação política ter tomado seus caminhos (tentativa de golpe da UDN (União Democrática Nacional) e dos militares), rapidamente JK colocou em ação o Plano de Metas e a construção de Brasília, transferindo a capital do Brasil da cidade do Rio de Janeiro para o Planalto Central. Sendo assim, abordaremos os principais feitos realizados por JK durante o seu governocomo presidente (1955-1960). • O Plano ou Programa de Metas (31 metas) tinha como principal objetivo o desenvolvimento econômico do Brasil, ou seja, pautava-se em um conjunto de medidas que atingiria o desenvolvimento econômico de vários setores, priorizando a dinamização do processo de industrialização do Brasil. • O desenvolvimentismo econômico que o Brasil viveu durante o mandato de JK priorizou o investimento nos setores de transportes e energia, na indústria de base (bens de consumos duráveis e não duráveis), na substituição de importações, destacando a ascensão da indústria automobilística, e na Educação. Para JK e seu governo, o Brasil iria diminuir a desigualdade social gerando riquezas e desenvolvendo a industrialização e consequentemente fortalecendo a economia. Sendo assim, estava lançado seu Plano de Metas: “o Brasil iria desenvolver 50 anos em 5”. • Para ampliar o desenvolvimentismo econômico brasileiro, JK considerava impossível o progresso da economia sem a participação do capital estrangeiro. • Para alcançar os objetivos do Plano de Metas era necessária uma intervenção maior do Estado na economia, priorizando, então, a entrada de capitais estrangeiros no país, principalmente pela indústria automobilística. Ressalta-se que nesse período o Brasil iniciou o processo de endividamento externo. • Os setores de energia e transporte foram considerados fundamentais para o desenvolvimentismo econômico, ressalta-se a importância do governo Vargas neste processo, com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda-RJ no ano de 1946 e da Petrobras no ano de 1953. • Outros setores que ganharam relevância foram o agropecuário; JK procurou aumentar a produção de alimentos e o setor energético, construindo as usinas Hidrelétricas de Paulo Afonso no rio São Francisco e as barragens de Furnas e Três Marias. • Contudo, tais mudanças empreendidas por JK ocasionou a acentuação da industrialização do país com um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) anual em 7%, mas não superando a inflação da dívida externa. A industrialização do país se efetivou basicamente na região sudeste, destacando neste momento a grande migração nordestina para esta região. • Após analisarmos alguns pontos do Plano de Metas, focaremos a outra promessa de campanha efetivada por JK: a construção de Brasília e a transferência da capital federal. • Em fins de 1956, depois de o Congresso Nacional ter aprovado a transferência da capital, iniciaram-se as obras da construção de Brasília. A nova capital do Brasil teria um moderno e arrojado conjunto arquitetônico realizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O Plano Piloto da cidade foi desenvolvido pelo urbanista Lúcio Costa. • Juscelino Kubitschek não foi o primeiro a falar sobre a possiblidade da transferência da capital do Brasil, desde 1891 a Constituição Federal, no seu artigo 3º, já almejava a transferência. • Na última década do século XIX, mas precisamente no ano de 1894, foi nomeada uma comissão que visitou e demarcou a área do futuro Distrito Federal no Planalto Central. Essa comissão ficou conhecida como Missão Cruls em referência ao astrônomo belga Luiz Cruls que a chefiava. • A interiorização da capital federal já era um sonho de muitos brasileiros anteriores a JK, mas foi Juscelino que efetivou a transferência da capital. • Acostumado a lidar com projetos arrojados, JK deu a ordem para o início da construção de Brasília, os trabalhos tiveram início no final de 1956. A nova capital foi inaugurada no ano de 1960. • A construção da nova capital se configurou como uma grande meta a ser cumprida. Brasília somente pôde ser efetivada a partir da grande vontade de JK, e também pelo empenho dos trabalhadores que a construíram, grande parte se constituía de migrantes da região nordeste do Brasil. • Os trabalhadores que a construíram tornaram seus primeiros moradores, ficando conhecidos como “Candangos”. • Com Juscelino Kubitschek, o interior do Brasil passou a ser visto como espaço de possibilidades, como parte integrante da civilização brasileira. • 1955/1956 – Campanhas e vitórias de JK e de Brasília • Estamos quase no inicio da construção, mas ainda houve muita discussão. A própria posse de Juscelino esteve ameaçada por um grupo de militares oposicionistas de direita, sem contar à União Democrática Nacional (UDN) que dentro do Congresso era a principal força contrária aos planos de JK. • Durante a campanha, Juscelino foi aconselhado a abandonar-la por Café Filho – vice-presidente que assumiu o país por um curto período, após o suicídio de Getúlio Vargas. Mas a insistência de JK deu-se com o argumento de que seria defensor fervoroso da democracia e da Constituição. Fazia comícios pelo país e, no inicio, Brasília não fazia parte dos planos diretos. Até que em uma festa política realizada na cidade de Jataí ocorreu o acaso. • Ao final de um discurso, Juscelino deu a palavra ao público para possíveis questionamentos. • Um rapaz conhecido por Toniquinho argumentou que, se era realmente para cumprir a Constituição, JK teria que começar as obras de transferência da Capital Federal.Perplexo com a questão levantada, o então candidato argumentou que iria sim construir nova cidade. A partir daí o projeto tornou-se um dos principais poucos programas desenvolvimentistas de JK. • 1956 • O presidente Juscelino Kubitschek encaminhou ao Congresso Nacional a “Mensagem de Anápolis”, que deu início à construção da nova capital com a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). O presidente convidou o arquiteto Oscar Niemeyer para assumir a chefia do Departamento de Urbanismo e Arquitetura. • 1957 • Um júri internacional selecionou, em março, o projeto do urbanista Lucio Costa, entre 26 trabalhos concorrentes, para a construção do Plano Piloto. Em maio, foi celebrada a primeira missa na nova capital, com um público de 15 mil pessoas, onde hoje é a região administrativa do Cruzeiro. Em 1º de outubro, JK sancionou a Lei nº 3.273, do deputado Emival Caiado (UDN-GO), que marcava para 21 de abril de 1960 a transferência da capital da União para o novo Distrito Federal. • 1960 • Na data marcada, Brasília foi inaugurada. Os candangos (como foram chamados os primeiros habitantes da nova cidade), autoridades da República, representantes estrangeiros credenciados e pessoas de toda parte do país participaram das solenidades de inauguração junto com Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Israel Pinheiro e o presidente Juscelino Kubitschek, os principais responsáveis pela transformação do sonho em realidade. Prefeitos do Distrito Federal (Brasília)

• A Prefeitura do Distrito Federal foi criada pela Lei nº 3.751 de 13 de abril de 1960, sendo seu primeiro Prefeito, o então Presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – Novacap. Em 17 de outubro de 1969, pela Emenda Constitucional nº 1, o Distrito Federal passa a ser dirigido por governadores. No acervo do Arquivo Público é possível pesquisar vários documentos textuais e iconográficos sobre a gestão desses governantes. • Israel Pinheiro da Silva – (17/04/1960 a 31/01/1961) • Mineiro de Caeté, em janeiro de 1896, Israel Pinheiro era filho do político João Pinheiro da Silva, que governou o estado de Minas Gerais em 1906. Quando foi convidado por Juscelino Kubitschek a assumir a presidência da Novacap, em 1956, já contava com extensa biografia pública, sendo pioneiro no segmento de metalurgia e da siderurgia no país, indicado em 1942, por Getúlio Vargas, para liderar a Companhia do Vale do Rio Doce. • Depois de comandar a construção de Brasília, torna-se o primeiro prefeito de Brasília, governando até a posse de Jânio Quadros em 31/01/1961. Além de responsável pela condução da construção de Brasília, foi também o responsável pela criação de diversos órgãos necessários para organização administrativa da Nova Capital, entre eles: as Secretarias Gerais de Administração e Assistência, que depois foram subdivididas em outras Secretarias e departamentos, a Fundação Educacional, Fundação Hospitalar e Fundação Zoobotânica. Foi ainda governador de Minas Gerais em 1965. Faleceu em 6 de julho de 1973, em Belo Horizonte, aos 77 anos. • Segismundo de Araújo Mello – (05/05/1960 a 05/08/1960) (Prefeito interino) • Nascido em Luziânia, estado de Goiás, em abril de 1915, foi o primeiro Secretário de Governo do Distrito Federal, presidente da Novacap e prefeito interino de maio a agosto de 1960. Teve papel importante no processo de mudança da capital para a região central do país. Foi também conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal. • Bayard Lucas de Lima – (01/02/1961 a 06/02/1961) (Prefeito interino) • Nascido em Bagé, estado do Rio Grande do Sul, em maio de 1906, formou-se em Medicina. Ocupou o governo do DF por cinco dias em fevereiro de 1961, durante a presidência de Jânio Quadros. Foi Secretário de Saúde e Educação na gestão de Israel Pinheiro e Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul. Exerceu como médico em Brasília, diversas funções, dentre elas, a de Diretor do Hospital Distrital, atual Hospital de Base de Brasília. • Paulo de Tarso Santos – (6/02/1961 a 25/08/1961) • De família abastada do interior de São Paulo, Paulo de Tarso nasceu em Araxá (MG) em janeiro de 1926. Formado em Direito pela Universidade de São Paulo, começou a carreira política em 1955 como vereador por São Paulo pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Em 1959 foi eleito deputado federal, começando, assim, sua intensa relação com a cidade. Importante parceiro na candidatura de Jânio Quadros, tem o reconhecimento pelos seus serviços prestados com a indicação como prefeito de Brasília em fevereiro de 1961. • Entre suas medidas estão a implantação de estrutura administrativa da prefeitura e a urbanização da Asa Norte e do Núcleo Bandeirante, então denominada Cidade Livre. Também foi criado no seu governo a empresa de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), a companhia de energia CEB e a contratação de médicos e professores de outros estados para atuar na nova capital. • Foi o prefeito Paulo de Tarso quem recebeu o guerrilheiro Ernesto “Che” Guevara durante sua visita à Brasília, levando o líder cubano para sobrevoar a nova capital. • Após a renúncia de Jânio Quadros, deixa a prefeitura de Brasília e assume o ministério da Educação e Cultura no governo de João Goulart. Entre os integrantes de sua equipe estavam Darcy Ribeiro, José Serra, Herbert de Souza, o Betinho e Paulo Freire, que implantou o seu método de alfabetização de adultos. Com o Golpe Militar, se exilou no Chile até 1970. Ao regressar, abriu escritório de advocacia até assumir a secretária de educação e cultura do governo Franco Montoro, em São Paulo. • Diogo Lordello d Mello – (26/08/1961 a 13/10/1961) • Nascido no município baiano de Ruy Barbosa, o advogado Diogo Lordello tinha extensa carreira acadêmcia com passagem, inclusive, pela Universidade norte-americana de Yale, onde se especializou em Comunicações. Entre 1953 e 1954 cursou o doutorado em Administração Pública na Universidade do Sul da Califórnia e em 1961 foi nomeado pelo Presidente da República Secretário-Geral de Administração da Prefeitura do Distrito Federal. Posteriormente, entre setembro e outubro do mesmo ano administrou a nova capital como prefeito interino. • Ângelo Dário Rizzi – (13/10/1961 a 6/11/1961) • Paulista de Pedreira, Dário Rizzi ocupou interinamente a prefeitura entre outubro e novembro de 1961 no regime parlamentarista do primeiro ministro • José Sette Câmara Filho – (6/11/1961 a 22/08/1962) • José Sette é mineiro de Alfenas (MG). Diplomata, foi chefe da Casa Civil do ex- presidente Juscelino Kubitschek. Em 1960 chegou ao governo do Estado de Guanabara. Durante seu mandato como prefeito de Brasília destacam-se a implantação dos jardins e elaboração de 15 superquadras da Asa Sul. Entre 1978 a 1987 foi membro da Corte Internacional de Haia. Faleceu em maio de 2002, aos 82 anos. • Ivo de Magalhães – (28/08/1962 a 31/03/1964) • Formado em engenharia pela Escola de Engenharia da UFRJ, o carioca Ivo de Magalhães substitui José Sette Câmara a convite do presidente João Goulart. Entre as principais realizações de seu governo estão a implantação do mercado SAB, além da construção do Parque Gama e do Hospital da mesma cidade. Com a chegada dos militares ao poder em 1964 buscou exílio no Uruguai. • Luiz Carlos Victor Pujol – (03/4/1964 a 09/4/1964) • O paulista Luiz Carlos Pujol assumiu a prefeitura de Brasília por apenas três dias antes exerceu várias funções públicas no governo federal antes de assumir a prefeitura interina de Brasília. • Ivan de Souza Mendes – (9/04/1964 a 18/05/1964) • General do Exército, o carioca Ivan Mendes foi o único militar a ocupar a prefeitura de Brasília. Cargo que exerceu na condição de interino de abril a maio de 1964. Durante o governo Sarney chefiou o SNI – Serviço Nacional de Informações. Esteve à frente da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. • Plínio Reis de Catanhede Almeida – (18/05/1964 a 15/03/1967) • Nomeado pelo presidente Castelo Branco, Plínio Almeida estruturou de modo definitivo a Prefeitura do Distrito Federal entre maio de 1964 e março de 1967. Levou para a prefeitura sua experiência administrativa à frente da presidência do IAPI e do IAPC, superintendência do Porto do Rio de Janeiro, Viação do Governo Parlamentarista e CISIPA. Durante o seu foi inaugurado o Hospital da L2, hoje HMIB (Hospital Materno Infantil de Brasília) • Wadjô da Costa Gomide – (31/03/1967 a 30/10/1969) • Wadjô Gomide foi o último ocupante do cargo na condição de prefeito. Isso porque na próxima gestão o ocupante da cadeira seria denominado governador. Goiano de Catalão, Gomide chegou à Brasília aos 27 anos, o que lhe confere condição de pioneiro. Engenheiro Civil formado pela Universidade de Minas Gerais, ocupou vários cargos de destaque no governo do Distrito Federal antes de assumir a prefeitura da cidade como o Departamento De Edificações e Assistência da Diretoria da Novacap, além de subprefeito do Núcleo Bandeirante. • Em seu governo foram realizadas grandes obras como a construção do Palácio do Buriti, a criação da Bandeira e do Brasão de Armas do Distrito Federal, além das instalações da Companhia Telefônica de Brasília (COTELB) e CEB (Companhia de Eletricidade de Brasília). • A emancipação da cidade do Guará surgiu em seu governo. Governadores do Distrito Federal (Brasília)

• Hélio Prates da Silveira (12/11/1969 a 02/04/1974) • Gaúcho de São Gabriel, Hélio Prates da Silveira chegou ao governo do Distrito Federal após sucessivos cargos na área militar. Foi como tenente-coronel que ocupou o cargo de primeiro governador do Distrito Federal entre 1969 a 1974. No seu governo foram construídos a Ponte das Garças (Gilberto Salomão), o Ginásio Nilson Nelson e Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Foi presidente da Companhia de Erradicação das Invasões (CEI), que deu origem à cidade de Ceilândia em março de 1971. • Antônio Avancini Fragomeni – (24/01/1973 a 29/01/1973) • O gaúcho Antônio Avancini ocupou o cargo de governo por cinco dias em janeiro de 1971. Economista, fez carreira no Banco do Brasil. No governo do Distrito Federal foi secretário de Finanças e presidente do Banco de Brasília (BRB), quando assumiu o governo do Distrito Federal. • Octávio Odílio de Oliveira Bittencourt – (14/03/1974 a 02/04/1974) • O gaúcho Antônio Avancini ocupou o cargo de governo por cinco dias em janeiro de 1971. Economista, fez carreira no Banco do Brasil. No governo do Distrito Federal foi secretário de Finanças e presidente do Banco de Brasília (BRB), quando assumiu o governo do Distrito Federal • Elmo Serejo Farias – (02/04/1974 a 29/03/1979)

• Nascido no Maranhão, Elmo Serejo foi nomeado governador do Distrito Federal pelo presidente Ernesto Geisel, notabilizando por fazer uma revolução no sistema viário da cidade. Entre as obras do seu governo destacam a Ponte Costa e Silva, viadutos da W3 Sul e Norte, Via Estrutural e duplicação da L2 Norte, Viaduto do Setor Militar Urbano, o Parque Rogério Piton Farias, hoje Parque da Cidade, Dona Sarah Kubitschek. • Aimé Alcibíades Silveira Lamaison – (29/03/1979 a 02/07/1982) • Coronel do Exército, Aimé Alcibíades era gaúcho de Passo Fundo e exerceu vários cargos no Distrito Federal antes de ser governador como a Segurança Pública do Distrito Federal e Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo. A Rodoferroviária e as instalações atuais da Novacap estão entre algumas medidas importantes do seu governo. • José Ornellas de Souza Filho – (02/07/1982 a 03/04/1985) • O Coronel do Exército carioca José Ornellas ocupou cargos importantes na esfera militar e civil antes de assumir o governo do Distrito Federal. No seu governo destacam-se as rodovias DF- 250, trecho do entroncamento da DF- 130/DF-250, BR-040 Km “0” divisa do DF/GO, BR-251 Brasília/Unaí e DF-180 Brazlândia até a divisa do Distrito Federal e Goiás. • No seu governo defendeu o decreto de criação do Arquivo Público do Distrito Federal, assinado por ele. • Ronaldo Costa Couto – (03/04/1985 a 08/05/1985) • Mineiro de Luz, o economista e historiador Ronaldo Costa Couto cursou Doutorado em História pela Sorbone, na França. Começou a vida profissional como jornalista em 1962, dedicando- se a pesquisas e estudos de interesse do setor público estadual de Minas Gerais. Entre 1974 e 1975 ocupou o cargo de Superintendente geral do desenvolvimento da Companhia Vale do Rio Doce. Esteve à frente de cargos importantes nos governos do Rio de Janeiro e Minas Gerais, como a presidência do Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais do governo de Tancredo Neves. Entre 1985 e 1987 acumulou o cargo de Ministro do Interior com o de governador do Distrito Federal. É autor do premiado livro Brasília Kubitschek de Oliveira, obra que conta a história de Brasília a partir da trajetória de JK. • José Aparecido de Oliveira – (08/05/1985 a 20/09/1988) • Nasceu em Conceição do Mato Dentro (MG) em fevereiro de 1929. Começou a carreira como jornalista, comentando sobre política no Jornal Informe Comercial, colaborando na Rádio Inconfidentes e Diários Associados. Integrante da União Democrática Nacional (UDN), foi forte opositor de Juscelino Kubitschek no governo do Distrito Federal. Nesse período participou ativamente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e da Associação Mineira de Imprensa. Em 1953 representou o Brasil no I Congresso Mundial de Jornalistas realizado no Chile em 1953. No ano seguinte foi chefe de gabinete do prefeito de Belo Horizonte, Celso Melo de Azevedo. Foi por indicação de José Sarney que José Aparecido ocupou o cargo de governador do Distrito Federal entre maio de 1985 e setembro de 1988. • Um dos grandes legados de sua administração foi trabalhar sistematicamente para o tombamento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade. O que viria a acontecer em 7 de dezembro de 1987. Outros feitos de seu governo foi a construção do Panteão da Democracia e da Liberdade, Pira da Pátria, Museu de Arte Moderna, do Gran-Circo Lar e da Casa do Cantador estão entre as obras do seu governo. Em dezembro de 1992 o presidente nomeou José Aparecido embaixador em Lisboa, Portugal. Faleceu em outubro de 2007. • Guy Affonso de Almeida Gonçalvez – (Governador interino várias vezes de 1985 a 1988) • De formação jornalística, o mineiro Guy Affonso era chefe da Casa Civil do governo de José Aparecido quando assumiu o governo interino por várias vezes entre 1985 e 1988. • Joaquim Domingos Roriz – (20/09/1988 a 12/03/1990) • O goiano Joaquim Roriz é formado em economia e começou a carreira como empresário até ser eleito vereador por Luziânia, sua cidade natal, em 1961. Em 1978 foi eleito deputado estadual e em 1982 deputado federal. Em 1986, vice-governador de Goiás na chapa de Onofre Quinan. Nos anos de 1986, 1987 e 1988 foi interventor Estadual no município de Goiânia, nomeado governador biônico do Distrito Federal em novembro de 1988 pelo então presidente José Sarney. Uma das principais ações de seu primeiro governo foi a criação da cidade satélite de Samambaia, reforma de postos de saúde, além de inúmeras obras e serviços de urbanização. • Assumiu o ministério da Agricultura e Reforma Agrária no governo Collor por 15 dias, renunciando ao cargo para disputar o governo do Distrito Federal, de onde saiu vencedor. Em 2006 é eleito senador da república. É pai das deputadas Liliane e Jaqueline Roriz. • Wanderley Vallim – (9/03/1990 a 01/01/1991) • Vice-governador de Joaquim Roriz, o paulista Wanderley Vallim foi o responsável por inaugurar o acesso à Agrovila São Sebastião (DF-135), a Rodovia Diogo Machado de Araújo (DF-140) e o Pavilhão de Feira e Eventos do Parque da Cidade. Também atuou no ramo da hotelaria. • Joaquim Domingos Roriz – (01/01/1991 a 31/12/1994) • No seu segundo mandato Joaquim Roriz construiu e inaugurou o metrô de Brasília trecho ParkShopping à Samambaia. Também construiu várias unidades de Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC), além de implementação do sistema de iluminação pública e serviços de infraestrutura de água potável e esgotos sanitários da CAESB. • Benício Tavares da Cunha Mello – (20/09/1993 a 26/09/1993) • Nascido no Rio de Janeiro em abril de 1956, no Rio de Janeiro, Benício Tavares vive em Brasília desde 1960, ano de fundação da cidade. Formado em Administração de Empresas e Técnico Legislativo do Senado Federal desde a década de 70, começou a vida política quando se destacou como chefe de gabinete do senador Maurício Correia, no início da década de 80. Em 1990 conseguiu se eleger deputado distrital pela primeira vez. De 1993 a 1994 foi presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, período em que exerceu o cargo de governador interino do Distrito Federal. • Paraplégico, vítima de acidente de carro, é engajado na luta em defesa dos portadores de necessidades especiais. Em 1975 foi um dos fundadores da Associação dos Deficientes Físicos de Brasília (ADFB). Como parlamentar, é autor da maioria da legislação que beneficia portadores de necessidades especiais no Distrito Federal. • Márcia Kubitschek – (Governadora interina várias vezes de 1991 a 1994) • Filha de Juscelino Kubitschek, Márcia Kubitschek foi deputada Constituinte de 1986 e Vice- Governadora do Distrito Federal entre 1991 a 1994 na chapa de Joaquim Roriz. Mãe de duas filhas, morreu em agosto de 2000, aos 56 anos. Na época estava à frente da vice-presidência da Embratur. • Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque (01/01/1995 a 31/12/1998) • Engenheiro mecânico formado pela Universidade Federal de Pernambuco, o pernambucano Cristovam Buarque é Doutor em Economia pela Sorbonne, Paris, em 1973. Entre 1973 a 1979 trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington e a partir de 1979 passou a lecionar na Universidade de Brasília. Foi reitor da UnB entre 1985 a 1989 e assumiu o governo do Distrito Federal de 1995 a 1998. • Durante o seu governo implantou o Programa Bolsa- Escola e a 4ª faixa da Ponte Bragueto, Ala Central do Complexo Aeroportuário de Brasília e Centros de Ensino. No seu governo também foi institucionalizado uma iniciativa que ganhou repercussão nacional, o respeito à faixa de pedestre. Em 2002 foi eleito senador no Distrito Federal e nomeado ministro da Educação do governo Lula. Em 2006 foi candidato à presidência da República pelo PDT. Atualmente ocupa novamente uma cadeira no senado brasileiro. • Arlete Avelar Sampaio – (Governadora interina várias vezes de 1995 a 1998) • Nascida em Iagiba (BA), desde 1971 vive em Brasília. Formada em medicina pela UnB, especializou-se em saúde pública. Em 1994 foi eleita vice- governadora ao lado de Cristovam Buarque, onde teve oportunidade de assumir o governo interino do DF algumas vezes. Em 2002 foi eleita deputada distrital e durante o governo de Agnelo Queiróz assumiu a secretaria de Desenvolvimento Social até janeiro de 2012, quando retornou à Câmara Legislativa do DF. • Joaquim Domingos Roriz – (01/01/1999 a 31/12/2002) • Nesse período destaca como medida do seu governo o Serviço de Atendimento ao Cidadão, o Na Hora, a construção e inauguração do balão do Aeroporto, Viaduto de Samambaia, Viaduto do Balão do Torto e dos restaurantes comunitários de Samambaia, Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá. Também inaugurou a Ponte JK e a construção do Hospital do Paranoá. • Benedito Augusto Domingos – (Governador Interino várias vezes de 1999 a 2002) • Mineiro de São Sebastião do Paraíso (MG), Benedito Domingos chegou à capital em 1958 aos 24 anos. Formado em Direito, foi indicado como administrador regional de Taguatinga em 1979, se elegendo deputado federal em 1990. Reeleito em 1994, foi vice-governador de Joaquim Roriz em 1998. • Joaquim Domingos Roriz – (01/012003 a 31/03/2006) • Eleito governador pela quarta vez, Roriz criou nesse governo o Programa Renda Universitária, deu início à construção da Biblioteca do Complexo da República e Museu Nacional, além de ter reformado e ampliado o Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Também revitalizou o sistema viário do Pistão Sul. • Maria de Lourdes Abadia – (Governadora interina várias vezes de 2003 a 2006) • Nascida em Bela Vista (GO), Maria Abadia é professora e assistente social. Em 1971, foi administradora regional de Ceilândia, permanecendo no cargo durante 14 anos. Em 1987 foi eleita deputada federal e em 1991 deputada distrital. Quatro anos, no governo de Cristovam Buarque, foi nomeada secretária de Turismo do Distrito Federal. Em 1999 voltou a ser eleita deputada federal. De 2003 a 2006 assumiu a vice-governadoria do Distrito Federal na chapa de Joaquim Roriz. • Fábio Barcellos – (Governador interino várias vezes de 2004 a 2006) • Eleito três vezes presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, o carioca Fábio Barcellos desempenhou papel fundamental nas conquistas da categoria. Foi eleito deputado distrital e presidiu a Câmara Legislativa do DF no biênio 2005/2006, período que também assumiu a função de governador interino por várias vezes. • • Maria de Lourdes Abadia (01/042006 a 31/12/2006) • De volta ao comando do Distrito Federal, desta vez por oito meses, teve como medidas relevantes melhorias urbanas, fiscalização de todas as feiras livres e permanentes da cidade, aumento de patrulhamento nas quadras do Plano Piloto, a dupla “Cosme e Damião” e inaugurou a Casa do Diabético de Planaltina. • Nesse período do seu governo também foi firmada uma parceria entre o Governo do Distrito Federal e Ministério da Cultura para a reconstrução da Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, a Igreja da Vila Planalto, destruída por um incêndio em março de 2000. O santuário é tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1998. • José Roberto Arruda – (01/01/2007 a 31/12/2010) • Mineiro de Itajubá, José Roberto Arruda estudou e formou em Engenharia, vindo para Brasília aos 21 anos em 1975 para fazer estágio na Companhia Energética de Brasília (CEB). Um ano depois, aprovado em concurso público, assume o cargo de engenheiro da empresa. A carreira política teve início no governo Aimé Lamaison, como diretor da Novacap e em seguida da CEB. • No governo de José Aparecido foi Secretário de Modernização Administrativa e Informática do Ministério das Minas e Energia. No primeiro governo Roriz, entre 1988 e 1990, assumiu o Gabinete Civil do Governo do Distrito Federal. Logo depois assumiu a Secretaria de Obras do DF construindo a primeira etapa do Metrô local com 32 quilômetros. • De 1995 a 2001 foi eleito senador da república e deputado federal em 2002. Em 2006 foi eleito governador do Distrito Federal no primeiro turno. Entre suas principais ações estão a ampliação do Estádio Bezerrão, construção de 23 escolas e do Shopping Popular da Rodoferroviária, além do Hospital de Santa Maria e quatros viadutos na EPTG. • Paulo Octávio Alves Pereira – (Governador interino várias vezes de 2007 a 2010) • Nascido em Lavras (MG), o empresário Paulo Octávio é formado em economia pela Universidade de Brasília (UnB), atuando no mercado imobiliário desde 1971. A carreira na política teve início em 1990, quando foi eleito o deputado federal mais votado daquele pleito com quase 40 mil votos. • Em 1998 voltou a ser eleito o deputado mais votado com mais de 72 mil votos. Na Câmara teve importante papel na luta pelos interesses do Turismo em Brasília. Bandeira que abraçou e levou para o Senado, em 2002. É casado com Anna Christina Kubitschek Pereira, neta do fundador de Brasília Juscelino Kubitschek. • Wilson Lima (Governador interino entre 23 de fevereiro e 19 de abril) • Goiano de Ceres, Wilson Ferreira de Lima chegou em Brasília em 1968, fixando na cidade do Gama, onde se tornou empresário no ramo de supermercado. A estreia na política aconteceu em 1990, disputando uma vaga de deputado distrital pelo Partido do Solidarismo Libertador. Após outra frustrada tentativa em 1994, finalmente consegue se eleger em 1998 pelo PSD. • Tenta a reeleição em 2002, mas obtém a suplência. Exerce eventualmente o mandato até 11 de agosto de 2004, quando assume o mandato em definitivo em razão da cassação do mandato do deputado Carlos Xavier. • Em 2006 é novamente eleito Deputado Distrital, agora pelo Prona. Em 2010 assume a presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Em 2010, diante da crise política em que Brasília vivia, assume interinamente o governo do Distrito Federal. • Rogério Schumann Rosso – (19/04/2010 a 01/01/2011) • Formado em Direito pelo UniCeub, o carioca Rogério Rosso é especialista em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e em Direito Tributário também pelo Ceub. Trabalhou em empresas como a Caterpillar Inc. e Mercedes-Benz antes de ser diretor da Fiat em Brasília. • Durante o governo de Joaquim Roriz foi secretário de Desenvolvimento Econômico e também Administrador Regional de Ceilândia. Foi durante a sua gestão na cidade satélite que surgiu o Ceilambódromo, com a transferência do carnaval do Plano Piloto para Ceilândia. Durante o governo de José Roberto foi presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Em 2006 se candidatou a deputado federal sem conseguir se eleger. • Agnelo Queiróz – (01/01/2011 a 31/12/2014) • Formado em medicina pela Universidade Federal da Bahia, o baiano Agnelo Queiroz mudou para Brasília em meados dos anos 80, onde deu os primeiros passos na carreira política atuando como presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes. Em 1990 se elege deputado distrital e quatro anos depois chega ao Congresso Nacional como deputado federal, se reelegendo em dois mandatos seguidos. • Durante o governo Lula ocupou o ministério do Esporte, se licenciando para disputar uma vaga no senado, perdendo a disputa para Joaquim Roriz. Em outubro de 2007 assume a direção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Em outubro de 2010 se elege governador do Distrito Federal. • Entre as medidas do seu governo estão a garantia do passe livre para os estudantes do Distrito Federal, beneficiando transporte gratuito para cerca de 165 estudantes. No seu governo foi construído o Estádio nacional Mané Garrincha. • Rodrigo Rollemberg (Desde 2015) • Rodrigo Rollemberg é formado em História pela Universidade de Brasília UnB, iniciando a atividade política no movimento estudantil, participando ativamente do processo de reconstrução da UNE. É filiado ao PSB, seu único partido, desde 1985. • Foi duas vezes deputado distrital (1995 a 1996 e de 1999 a 2002), secretário de Turismo (janeiro de 1996 a abril de 1998), candidato a governador (2002), secretário de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia (2004 a 2006), deputado federal (2007 a 2010) e senador (2011 a 2014). É o atual governador do Distrito Federal, eleito com 812.036 votos. • Também assumiu as pastas de Turismo, Lazer e Juventude, no governo Cristovam e Secretaria de C&T para Inclusão Social do MCT. è o 18º governador do Distrito Federal, desde 2015 no comando da capital do país. • 1962 - É empossado o primeiro conselho da Universidade de Brasília, dando início a uma nova experiência em ensino superior. Os alunos de engenharia, por exemplo, podiam estudar filosofia. O campus foi batizado com o nome de um dos seus fundadores e seu 1º reitor, o antropólogo Darcy Ribeiro. – A idéia, que se concretizou, era transformá-la num centro de criatividade fecunda. É inaugurada a Catedral de Brasília, um dos mais belos monumentos da capital, erguida numa planta circular de 70 metros de diâmetro e sustentada por 16 pilares que se unem próximo ao teto. Por essa época, as embaixadas e o Ministério das Relações Exteriores também foram transferidos para Brasília. • 1979 - Nasce a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Na cidade que nasceu ao som dos forrós, serestas e da música romântica, muito comum nos canteiros de obras, a iniciativa teria o condão de popularizar a música clássica e o ensino da música. • 1980 - O Papa João Paulo II inicia sua visita ao Brasil tendo Brasília como ponto de partida. Na Esplanada dos Ministérios, celebra missa para 800 mil pessoas. • 1981 - Em setembro, é inaugurado o "Memorial JK", que abriga os restos mortais do ex-presidente, sua biblioteca particular, objetos pessoais e variado acervo relacionado à sua vida e obra. • • 1984 - Brasília torna-se palco de múltiplas manifestações a favor da votação, pelo Congresso, da Emenda Dante de Oliveira, que restabelece as eleições diretas para a Presidência da República. A emenda foi reprovada. Nas galerias do Congresso cinco mil pessoas, com lágrimas nos olhos, entoavam o Hino Nacional. • 1986 - Em 07 de setembro, é inaugurado o Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes. O Panteão foi criado para homenagear os heróis nacionais, ou seja, aqueles brasileiros que possuíram ideais de liberdade e ou democracia. Atualmente, são homenageados dez heróis nacionais: Tiradentes, que além de ser um dos heróis nacionais é o Patrono Cívico da Nação Brasileira, Marechal Deodoro da Fonseca, Zumbi dos Palmares, D. Pedro I, Duque de Caxias, Almirante Tamandaré, José Plácido de Castro, Almirante Barroso, Alberto Santos Dumont e José Bonifácio de Andrada e Silva. • 1987 - Em 21 de abril, é inaugurado o monumento Pira da Pátria, complementando o conjunto arquitetônico do Panteão da Pátria, representando o louvor cívico de todos os brasileiros a seus heróis. Em 07 de dezembro, aos 27 anos, Brasília é reconhecida pela UNESCO como "Patrimônio Cultural da Humanidade" e em 11 de dezembro lhe confere o Diploma que oficializa o título. Este título "confirma o valor excepcional e universal de um sítio cultural ou natural que deve ser protegido para o benefício da humanidade". • 1992 - Em 27 de fevereiro, como parte das comemorações do 90º aniversário de nascimento do urbanista Lúcio Costa, é inaugurado o Espaço Lúcio Costa, na Praça dos Três Poderes. • 1999 - Nove anos depois da criação do primeiro distrito industrial, o Distrito Federal reúne quatro mil indústrias, a maioria de pequeno porte, que empregam cerca de 30 mil trabalhadores. • ` • 2000 - É concluído o projeto do Centro Cultural de Brasília, pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que irá ter um museu, biblioteca, centro musical com capacidade para duas mil pessoas, 11 salas de cinema e uma galeria subterrânea de lojas que irá unir os dois lados da Esplanada dos Ministérios. • 2006 - Em 15 de dezembro é inaugurado o Complexo Cultural da República João Herculino, do qual fazem parte a Biblioteca Leonel de Moura Brizola e o Museu Honestino Guimarães. Estes espaços foram abertos à visitação pública a partir do dia 16 de dezembro com uma exposição no Museu denominada "Niemeyer por Niemeyer" e na Biblioteca a exposição do Arquivo Público do DF intitulada "Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade". •

Características populacionais Ao todo, pouco mais de 12 mil pessoas viviam nas terras do estado de Goiás (Planaltina, Brazlândia e fazendas vizinhas) que deram origem à nova capital. Esse é o número de habitantes que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calculou no Censo Experimental realizado em 1957. Mais de 50 anos depois, os primeiros resultados do último Censo, em 2010, apontam que exatamente 2.570.160 pessoas vivem no Distrito Federal. Devido à forte migração de mão de obra para a construção da capital do país, Brasília é a unidade da Federação maior número de forasteiros. Foram cerca de 60 mil candangos (nome dado aos trabalhadores que vieram de toda parte, principalmente do Nordeste, de Goiás e de Minas, ao centro do país para construir a nova cidade). No primeiro Censo nacional que incluiu Brasília, em 1970, os nascidos na capital eram 22,2% da população. O índice foi aumentando gradativamente: 31,9% em 1980; 41,5% em 1991; e 46,8% em 2000. Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), em 2008, 48,9% da população era formada por nativos. Com mais de 50 anos, estima-se que Brasília tenha pelo menos metade da população nascida em solo brasiliense. • Levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Distrito Federal registrava uma população de 2.914.830 pessoas em julho de 2015, 2.852.372 habitantes registrados 12 meses antes, o maior percentual de crescimento do país, segundo o instituto. DF soma 3 milhões de habitantes. População no país sobe para 207 milhões, diz IBGE. (2017)

Brasília, 57 anos: conurbação e verticalidade em curso ALDO PAVIANI Professor Emérito da UnB e Pesquisador Associado do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais da UnB Publicação: 08/05/2017, no Correio Braziliense. Há 20 anos tratando da construção injusta do espaço urbano em Brasília, referimos o uso extensivo da terra, que disseminou núcleos urbanaos no território do Distrito Federal (DF). Essa espacialização ensejou o polinucleamento, visível no mapa do DF desde 1960. O povoamento privilegiou a doação de lotes, na base de uma casa, uma família, desde a criação de Taguatinga, em 1958. Pode-se perceber as vantagens da cidade estelar, em que, entre núcleos urbanos, havia vegetação, riachos, vertentes, demonstrando que o bioma cerrado proporciona qualidade ambiental, com geografia e paisagens naturais não encontradas em outras metrópoles nacionais. No estudo da evolução de Brasília, avalia-se que, a cada desconstituição de favela, o prêmio para os deslocados era um terreno, visando acomodar os que foram erradicados de invasões. Foi o caso das chamadas Grandes Invasões, com 77.702 habitantes (Codeplan, 1970), sobretudo as que ocupavam superquadras das Asas Norte e Sul do Plano Piloto, bem como das Localidades Provisórias, com 5.913 habitantes (Codeplan, 1970), erguidas nos acampamentos das construtoras, desconstituídas ao longo dos anos. Com a população desses núcleos precários criaram-se as cidades- satélites, guindadas à condição de Regiões Administrativas (RAs). Essa evolução urbana demonstra que, em 1960, Brasília, ao ser inaugurada, possuía quase 130 mil habitantes; 10 anos após, mais de 500 mil; em 1980, passou a casa do 1 milhão de habitantes, chegando, segundo estimativas da Codeplan, aos 2.906.574 habitantes, em 2015 (Pdad, 2015/2016). A capital federal apresentou crescimento populacional vertiginoso, sem precedentes no país. Portanto, ao longo do tempo, o alargamento da ocupação do território do DF resultou em: 1 — Redução das vantagens ambientais por mudanças no padrão polinucleado de povoamento; 2 — Ocupação da mancha demarcada nos mapas do DF, sem descontinuidades, emendando um núcleo urbano a outro ocasiona a conurbação — denominada de continuum urbano. A mancha formada segue a evolução secular das demais metrópoles brasileiras; 3 — O continuum urbano, visível na conurbação pioneira de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Águas Claras, veio acompanhado da necessidade de verticalizar. As construções em altura (há edifícios com 30 pisos) ocupam quase todo o território de Águas Claras. Essa RA fugiu ao padrão de um primeiro plano para a Área Complementar (AC 1) do Pdot (1977). O plano para a AC 1 do início dos anos 1980 destinava-se à descentralização de atividades o Plano Piloto, que não vingou. Já o plano posterior de Águas Claras, de 1992, exemplifica a maximização da terra urbana, com exacerbada verticalização, se comparada aos demais núcleos do DF. A Codeplan registrou quase 149 mil habitantes na área verticalizada de Águas Claras (Pdad de 2015/2016). Outras RAs apresentam verticalização, embora com menor densidade, em relação a Águas Claras. É o caso de Taguatinga, do Gama, de Samambaia e mesmo de Ceilândia. As duas últimas apresentam edifícios com centenas de apartamentos. Já Vicente Pires demonstra início de verticalização ilícita, com prédios de 4, 7 ou mais pisos, em áreas de residências unifamiliares e térreas ou com 2 pisos. 4 – Outra resultante do espraiamento urbano é a conurbação com alguns municípios do colar metropolitano, conhecido na mídia como Entorno. Pode-se afirmar que alguns dos 12 municípios contíguos, a começar por Luziânia, utilizaram antigas fazendas para iniciativas imobiliárias para fins urbanos, como Valparaíso, Cidade Ocidental, Novo Gama, Pedregal e outros. Nessas localidades foram construídas habitações ou se demarcaram lotes para uma demanda reprimida no DF. Por isso, habitantes de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, por exemplo, desejaram morar em casa própria ou terreno e mudaram para fora do DF. Transferiram-se sem perder o vínculo com Brasília, mantiveram o emprego e os estudos em universidades e escolas ou outros aspectos da vida cotidiana. A emigração se processou ao longo de muitos anos, com o que o DF perdeu população para Goiás. Por isso, nos dias atuais cerca de 1,2 milhão de pessoas se fixaram nas bordas externas ao DF. Houve expansão urbana: seis municípios abrigam 100 mil ou mais habitantes cada (Pmad/2013/2014). O processo de metropolização é evidente no ir e vir de milhares de pessoas que mantêm relações funcionais com Brasília, diariamente. Isso é demonstrado por dados estatísticos da Codeplan.

Atividades econômicas

Desde longa data, sustenta-se que Brasília deverá mudar seu perfil de atividades. Em outras palavras, sua base econômica sustentada nos serviços (terciário) vai chegando ao fim, pois o desemprego chegou para 301 mil pessoas, em junho de 2016 (Dieese/Codeplan/Setrab). O esgotamento desse modelo se deve ao fato de que tecnologias aprimoram procedimentos em atividades que ocupavam maior número de pessoas, como serviços bancários. O atual período técnico-científico e informacional, segundo o geógrafo Milton Santos, é cada vez mais exigente quanto às qualificações para o mercado de trabalho. A base da pirâmide ocupacional, mais alargada por incluir trabalhadores com o fundamental completo ou mesmo analfabetos, abriga maior volume de desempregados. Ao mesmo tempo, o topo da pirâmide, que inclui pessoas com as mais elevadas qualificações, ocupa os detentores de melhores salários, tanto no serviço público quanto no setor privado. Nas contratações e mesmo em concursos, nota-se a exigência por escolaridade mais elevada e, mesmo assim, nem sempre o emprego é oferecido para quem tem apenas o curso superior completo. O Produto Interno Bruto do Distrito Federal (PIB-DF) acumulou ao longo de 2015, em valores correntes, R$ 215,613 bilhões, resultado que manteve o Distrito Federal na oitava posição entre as maiores economias do Brasil desde o início da nova série, em 2010. Em 2014 totalizou R$ 197,432 bilhões. A expansão de 9,2% no valor nominal do PIB-DF, de 2014 para 2015, resultou da combinação do crescimento de 10,3% do deflator implícito da economia com o decréscimo de 1,0% do volume médio da produção (taxa de variação real), ou seja, os bens e serviços tiveram ganho em seus preços médios (inflação) enquanto a produção reduziu. A economia brasiliense registrou, em 2015, pela primeira vez, variação real negativa do PIB em toda sua série histórica, que começa em 1985. O indicador que mede o nível da atividade econômica no Distrito Federal retraiu 1,0%, reflexo dos cenários econômicos nacional e local. Os dados revelam que a capital do funcionalismo é um mito. A atividade terciária é dominante e, pelo desemprego existente, demonstra ter chegado a seu limite de expansão. Por isso, é chegada a hora de mudar esse perfil e investir em atividades produtivas, que gerem postos de trabalho, colaborando para a redução da desigualdade social. Distrito Federal é campeão nacional em produtividade de soja Apesar de a área plantada de soja ser considerada pequena na região, produtores conseguem 3,3 mil kg/ha, melhor até do que o colhido nos Estados Unidos. (Correio Braziliense – 2017) A produtividade da safra de soja no Distrito Federal chegou a 3,3 mil quilos por hectare (kg/ha) neste ano, cerca de 15% a mais do que a safra passada. É a maior produtividade do Brasil, considerando a área plantada de 70 mil hectares. O cultivo esse ano atingiu 215 mil toneladas, número que demonstra a pujança da cultura no DF. A maior parte da colheita — 115 mil toneladas — destinou-se ao mercado externo. Foi exportada para China, Japão e Europa. O grão no DF Área plantada 70 mil hectares Produtividade 3,3 mil kg/ha Destino Mais de 50% para o exterior Colheita início em fevereiro Brasília tem os melhores resultados agrícolas do Brasil Agricultores que se instalaram nas área rurais de São Sebastião, Paranoá e Planaltina, há 40 anos, transformaram as até então improdutivas terras do DF. (2017) Em seus primeiros 20 anos, Brasília importou grande parte do alimento que consumia. A capital simplesmente não plantava grãos. Havia o mito que o solo ácido do cerrado era improdutivo. Até que, tão audazes quanto os pioneiros que vieram erguer a cidade, produtores rurais, em grande parte do Sul do país, deram início ao plantio de soja, milho e feijão no Distrito Federal. O ano era 1977. Moradores de áreas rurais próximas a São Sebastião, Paranoá e Planaltina, por exemplo, vivia dizendo que "essa gauchada ia morrer de fome". A "gauchada" era composta por beneficiários do Programa de Assentamento do Distrito Federal (PAD-DF). Passados 40 anos, o espaço de terra da capital nas mãos dessa gente não só dá de tudo como produz 158% a mais que em outros locais do Brasil. A primeira colheita de soja de 2017 bateu recordes e chegou a 4,6 milhões de sacos, o equivalente a 279 mil toneladas. A coleta média de trigo no PAD-DF é de 6,2t de por hectare na região do programa de assentamento. A média nacional é de 2,4t/hectare. Já em Planaltina, a produtividade de milho, por exemplo, cresceu 100% nos últimos 20 anos e hoje se estende até a divisa com Cristalina (GO). O uso de máquinas de última geração, de técnicas de plantio e uma cuidadosa seleção genética estão entre as ferramentas que permitem a qualidade e a quantidade do tipo de cultivo no DF. O clima também é um aliado. Predominantemente seco, ajuda no combate a fungos. As fazendas se concentram, principalmente na área do PAD-DF, às margens da BR-251, rodovia que liga Brasília a Unaí (MG), e em Planaltina. Com uso de pivô central para a irrigação, agricultores das localidades otimizam a produção mantendo plantio e colheita de diferentes culturas durante todo o ano. Inclusive de outras, que não grãos. Os melhoramentos genéticos de sementes ajudam.

Café brasiliense fica entre os três melhores em prêmio nacional Produzidos em uma fazenda da zona rural de Sobradinho, os grãos ficaram entre os finalistas do 28º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso. Café brasiliense, produzido em uma fazenda da zona rural de Sobradinho, ficou entre os finalistas do 28º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso. Produzido na fazenda Novo Horizonte, o grão foi considerado um três melhores na premiação. Esta é a primeira vez que um produtor da região Centro-Oeste conquista o pódio.

Morador da Asa Norte, o aposentado Carlos Alberto Leite Coutinho, 73 anos, proprietário da fazenda, visita a plantação todos os dias. O Café Minelis é plantado a 1.180 metros de altitude e recebeu o nome em homenagem ao avô do produtor. Considerado um dos pioneiros do café brasiliense, Carlos produz, hoje, os grãos em uma área de 18 hectares. Ele conta que tudo começou por acaso. Em 1983, saiu da Paraíba e veio para Brasília transferido pelo Banco do Brasil. Depois, trabalhando na Secretaria do Tesouro começou a conviver com agricultores e a conhecer um pouco mais sobre o assunto. Vicente Pires: lagoas para escoar água da chuva devem ficar prontas em 2020. (06/06/2019) Lagoas pluviais terão a função de receber a água e lançá-la com menos força e volume nos córregos de Vicente Pires e Samambaia A construção de lagoas pluviais é uma das alternativas para resolver a falta de escoamento em Vicente Pires. Elas terão a função de receber a água da chuva e lançá-la com menos força e volume nos córregos de Vicente Pires e Samambaia. Dessa forma, evitaria, por exemplo, a erosão do solo e o alargamento das margens dos cursos d’água. Sistema carcerário do DF abriga 300 presos de facções criminosas Presídios têm integrantes de duas organizações com atuação no país e no exterior e de uma criada em Brasília. Autoridades estão preocupadas com a transferência dos líderes das duas primeiras para o presídio federal Três facções criminosas contam com ao menos 300 integrantes no sistema carcerário do Distrito Federal. Eles são filiados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho (CV) e Comboio do Cão. Esta última surgiu em Brasília, com seguidores no Riacho Fundo, no Recanto das Emas e em Ceilândia. Entre os faccionados, duas são mulheres e estão isoladas na Penitenciária Feminina, a Comeia. Os outros estão trancafiados na Penitenciária I e II (PDF I e PDF II) do Complexo Penitenciário da Papuda. A 500 metros da Papuda, a Penitenciária de Segurança Máxima em Brasília recebeu pela terceira vez líderes de facções com atuação em todo o país. Semana passada, chegaram nove integrantes da Família do Norte (FDN), que lideraram os massacres nos presídios de Manaus (AM). Em 22 de março, o número um do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi transferido para a capital do país. O irmão dele desembarcou um mês antes, em 13 de fevereiro. A última rebelião no sistema ocorreu em 18 de outubro de 2001, após a passagem de Marcola pela Papuda. Ele criou um braço do PCC na unidade candanga, denominado Paz, Liberdade e Direito (PLD), que encabeçou a revolta. Dois morreram e 10 ficaram feridos, entre eles, um policial militar e outro civil. Na mesma noite, representantes da segurança pública informaram que a situação estava sob controle. Muito preso para pouco agente A superlotação do sistema carcerário do Distrito Federal expõe a fragilidade de um complexo que opera 125% a mais do que o limite e ocupa o terceiro lugar da maior massa carcerária do país. São 7.398 vagas para 16.707 internos. Em celas que deveriam ter entre oito a 10 internos, há entre 30 e 40.

Mais presídios Estão em construção quatro Centros de Detenção Provisória (CDPs), com 3,2 mil novas vagas — 800 em cada. A previsão é de que fiquem prontas em um ano. Também está em andamento a reforma do bloco 3 do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), com 625 vagas. A previsão de conclusão das obras é para o segundo semestre deste ano.

Há ainda um projeto para Penitenciária III do Distrito Federal, com 600 vagas. O início das obras depende de abertura de licitação que será feita após a conclusão dos projetos complementares de engenharia. Eles estão sendo elaborados por empresa contratada pela Novacap. Impasse adia votação de medida provisória sobre região metropolitana do DF 'Agência Câmara Notícias' (24/04/2019) A votação do relatório da Medida Provisória 862/18, que permite a criação de uma região metropolitana envolvendo o Distrito Federal e municípios de Minas Gerais e Goiás, foi novamente adiada. O motivo é a falta de consenso sobre uma emenda do relator, senador José Nelto (Pode-GO), que determina a transferência de recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) para a implementação e manutenção da região metropolitana. A votação do texto tem sido adiada desde o dia 11 de abril, quando o relator apresentou emenda atribuindo à União a responsabilidade de suplementar 20% dos recursos do FCDF para a implementação e manutenção da região metropolitana. Tais recursos deveriam ser administrados de forma conjunta pelos entes federativos. “Criar a região metropolitana sem orçamento é no mínimo a gente fazer a política da chamada enganação, que fica no papel. Nós queremos saúde de verdade, segurança de verdade, educação de verdade, infraestrutura de verdade. Essa medida provisória não contempla o sonho e o desejo de todos os moradores da região metropolitana”, disse Nelto. Sem acordo com a União para as mudanças que sugere, Nelto alterou o relatório de uma maneira que desagradou ainda mais os representantes do Distrito Federal. O novo relatório, apresentado nesta quarta, retirou da União a responsabilidade de suplementar o fundo e determinou a retirada de 20% dos recursos destinados ao fundo para a região metropolitana. Inconstitucional A proposta gerou muitas críticas de parlamentares do Distrito Federal. Para eles, é inconstitucional alterar a destinação dos recursos e a aprovação geraria questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF). A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse que a intenção da MP é apenas suprir uma lacuna legal que impede o Distrito Federal de fazer parte de regiões metropolitanas. Com as mudanças propostas pelo relator, disse a deputada, estados tentam avançar sobre um dinheiro que não lhes pertence. “O que temos aqui é o fato de estados avançarem num dinheiro que hoje é previsto tão somente para cuidar do Distrito Federal. Não podemos permitir de forma nenhuma esse avanço”, disse a deputada.

Temer atende Ibaneis e assina MP da Região Metropolitana de Brasília Área engloba DF e municípios de Goiás e Minas Gerais. Outra medida transfere para o governo local a gestão da Junta Comercial do DF O presidente da República, Michel Temer (MDB), encaminhou no dia 4/12/2018, ao Congresso Nacional duas medidas provisórias que impactam diretamente o Distrito Federal. A pedido do governador eleito Ibaneis Rocha (MDB), o titular do Palácio do Planalto transferiu a Junta Comercial do DF, até então subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, para a estrutura do governo local. O órgão era o único do país que ainda estava federalizado. Outra medida cria a Região Metropolitana de Brasília, formada por municípios de Goiás e Minas Gerais e o DF. O estabelecimento de uma área reconhecida pela União facilitará a destinação de recursos federais aos governos estaduais e distrital. A decisão facilita, por exemplo, a criação de convênios entre as três unidades da Federação para implantação conjunta de recursos destinados a segurança, educação, transporte e saúde. “Hoje, para se fazer uma obra para beneficiar a região, o governo federal tinha de transferir parte dos recursos para um e parte para outro. A MP vai facilitar muito. Temos o apoio de diversas bancadas e a certeza de que logo será aprovada pelo Congresso”, disse Ibaneis. O governador eleito afirmou já ter conversado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), sobre a importância da votação das medidas. Segundo Ibaneis, a autorização para mudança da Junta Comercial para a estrutura do Governo do Distrito Federal vai melhorar a vida do setor produtivo. “Hoje em dia, o processo para a documentação de novas empresas é burocrático e demorado. Isso era uma demanda antiga do setor e que hoje sai do papel.” Nos trilhos: teste de VLT Brasília-Valparaíso começa em 30 dias (final de janeiro de 2019) Dois vagões entregues pelo Governo Federal farão viagens diárias em janeiro. Linha até Luziânia ainda não tem previsão O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará Brasília a Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal, começa a entrar nos trilhos até o fim de janeiro de 2019. No fim de janeiro, os dois vagões iniciam as viagens experimentais, sem passageiros. A fase de testes vai durar dois meses, período em que serão avaliadas estabilidade, velocidade e segurança do meio de transporte. A ideia original era que a linha fosse até Luziânia (GO), mas a atual malha ferroviária não chega até lá. Não há previsão para estender a linha até o outro município goiano. “Estou depositando muitas fichas nesse projeto do Ministério das Cidades porque são necessários apenas pequenos reparos nos trilhos e nas ferrovias, além de construir algumas estações de apoio. Dando certo, como esperamos, será uma alternativa barata, rápida e eficaz para quem mora no Entorno e trabalha no DF”, disse o governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) Apoio do governo federal Uma reunião com representantes do governo de transição e o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Silvani Alves Pereira, selou o acordo. É a pasta federal que abriga a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão responsável pela nova linha. O projeto é paralelo ao chamado “expresso pequi”, trem de alta velocidade que ligará Brasília a Goiânia. A proposta ainda está em estudo pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O VLT foi escolhido para reaproveitar linhas férreas já existentes. O modal é mais silencioso do que o metrô, por exemplo, e muito menos poluente, considerado um meio de transporte ideal na ligação entre centros urbanos e regiões com potencialidade rural. A velocidade pode chegar a 76 km/h e combustível usado é o diesel. O governo ainda analisa o valor da passagem, mas pretende utilizar a nova linha para desafogar as vias do DF que fazem ligação com a região mais densa do Entorno. Até Valparaíso, de carro, o trajeto de 37 km pode levar 45 minutos. De trem, o percurso deve ser feito em até 30 minutos: os dois vagões farão duas viagens diárias.

Para a ampliação até Luziânia, o governo local terá parceria com o Governo Federal e o Governo de Goiás. A obra consiste na reestruturação de um trecho concedido à Ferrovia Centro Atlântica (FCA), interligando a Rodoferroviária de Brasília e a Rodovia GO-010, em Luziânia. A linha tem potencial de encurtar o tempo gasto pelos moradores da cidade goiana no trajeto até o centro da capital federal, que, no horário de pico, pode chegar a duas horas. O corredor será uma das obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que também vai financiar a modernização e a ampliação do Metrô do Distrito Federal – incluindo compra de novos trens e a extensão até a Asa Norte. Trem que liga Brasília a Valparaíso passa por estudo para receber VLT O governador Ibaneis Rocha participou de uma viagem experimental entre a Rodoferroviária de Brasília e Valparaíso e disse esperar que o transporte de passageiros comece a funcionar em alguns meses. Concessionária da via destaca, no entanto, serem necessários estudos de viabilidade e aprovação da ANTT Ao embarcar em uma viagem-teste pelo trecho entre a Estação Rodoferroviária, em Brasília, até Valparaíso de Goiás, nesta terça-feira (4/6), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou que o veículo leve sobre trilhos (VLT) começará a operar "de forma mais adiantada" dentro de seis meses no trecho. O percurso feito por Ibaneis e outras autoridades teve duração de uma hora e 20 minutos. A expectativa é que, quando o VLT estiver operando, o tempo seja reduzido. "Depende da condição da via e, principalmente, das obras que forem feitas para melhorar os trilhos. Mas a viagem até Valparaíso deve demorar cerca de uma hora", disse Pedro Cunto, diretor da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A operação do VLT deve beneficiar cerca de 50 mil pessoas. Os trens terão, em média, três vagões, com capacidade, para 600 passageiros por viagem. "Há a opção de circular com vagões acoplados. Nesse modelo, seriam seis vagões, dobrando a capacidade de passageiros", explicou Cunto.

Com velocidade média de 60km/h, o intervalo entre a saída de um trem e outro pode variar de cinco a 30 minutos. Brasilienses se aproximam do Lago: DF já é o 4º do país em número de barcos Atualmente, o Paranoá abriga mais de 52 mil embarcações. Opções mais acessíveis, que permitem, por exemplo, a aquisição de cotas, atraem cada vez mais brasilienses para o espelho d'água (www.correiobraziliense.com.br)

Brasília está a cerca de mil quilômetros do mar. Porém, em meio às árvores retorcidas e ao chão de terra seca, a capital federal tem um tesouro de 48 quilômetros quadrados de área e uma população inteira que depende de suas águas, o Lago Paranoá, homônimo do rio represado que lhe deu origem. O nome vem do latim e significa “enseada do mar”. O espelho d’água abriga mais de 52 mil embarcações, o que coloca o Distrito Federal na quarta posição nacional em tamanho de frota náutica. Segundo a Marinha do Brasil, estão à frente de Brasília apenas São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. • DF registra seis mortes por H1N1 entre janeiro e setembro de 2018 • O Influenza A, ou H1N1, foi o segundo maior causador da gripe no Distrito Federal, com 107 casos registrados no período • (www.correiobraziliense.com.br) • Desde janeiro até o fim de setembro de 2018, a Secretaria de Saúde (SES-DF), o Distrito Federal registrou 1,8 mil notificações para síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O vírus sincicial respiratório (VSR), o mais comum causador da gripe, contaminou 494 pessoas. Já o Influenza A, ou H1N1, foi o segundo maior causador da doença, com 107 casos. • Mapa do feminicídio no DF: onde mais ocorre e o perfil de quem mata O Correio traça um panorama do crime que tem espantado Brasília. Desde 2015, foram quase 60 crimes, 20 deles este ano. Companheiros e ex-companheiros formam a maioria dos assassinos No ano de 2017, passado, as delegacias do DF registraram 20 ocorrências. Diante desse cenário violento contra as mulheres, formou-se uma câmara temática com representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, SSP, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Detran, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) com o objetivo de entender o padrão relacionado às mortes. Para o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Cristiano Sampaio, isso pode ajudar juízes a decidir sobre a sentença de agressores desde a primeira denúncia.

População do DF cai 2,1% em 1 ano e fica abaixo dos 3 milhões; entenda as razões Diminuição foi de 64.741 moradores. Em 2018, fecundidade no DF chegou a 1,68 filho por mulher. O número de moradores do Distrito Federal voltou a ficar abaixo dos 3 milhões. O cálculo é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou 29 de agosto as estimativas de população em todos os municípios do país em 2018. Segundo o IBGE, a estimativa para a capital caiu 2,1% em relação ao ano passado, passando de 3.039.444 para 2.974.703 pessoas – uma diminuição de 64.741. A data de referência da estimativa é 1º de julho de 2018. Hoje, Brasília é influenciada pelos seguintes movimentos: Queda gradativa na taxa de fecundidade (estimativa de 1,68 filho por mulher em 2018); Saldo migratório positivo, porém em queda; Queda no número de registro de óbitos; Alteração na divisa com municípios de Goiás. A mudança na divisa entre DF e Goiás fez a capital "perder" 2.494 moradores para o estado de 2017 para 2018, de acordo com o IBGE. Já a queda na taxa de fecundidade – principal explicação para a queda populacional – é comprovada pela redução da quantidade de crianças de 0 a 13 anos em Brasília. Em 2012, elas representavam 20,4% da população; em 2018, 17,3%. O tamanho da capital Apesar da redução, Brasília ainda é o terceiro município mais populoso do Brasil, atrás apenas de São Paulo (12.176.866) e Rio de Janeiro (6.668.927). Além de Brasília, as outras capitais que registraram diminuição foram Salvador (-3,27%), Maceió (-1,63%), João Pessoa (-1,39%), Belo Horizonte (-0,88%), Natal (-0,85%) e Porto Alegre (-0,39%).

Somando a população do Entorno, a "região metropolitana" do Distrito Federal chega a 4.341.733 pessoas. Juntas, as 27 capitais somam 49,7 milhões de habitantes, o equivalente a 23,85% da população do país: 208.494.900. População do Distrito Federal será a segunda mais idosa do país em 2060 No mesmo ano, o crescimento populacional do Distrito Federal será decrescente, segundo IBGE O número de nascimentos tende a diminuir e o de registros de óbito da população como um todo a aumentar na capital federal. Ao menos é o que indica a Projeção da População (revisão 2018), levantamento elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (25/7), apresenta um cálculo revisado da projeção da população do país, por idades, ano a ano, de 2010 a 2060. Segundo a pesquisa, a média geométrica de crescimento populacional do Distrito Federal será negativa em 2060: equivalerá a -0,10%. Este ano, esse valor é de 1,40%. De 2018 a 2060, os nascimentos cairão de 44.364 para 32.984. O número de óbitos da população como um todo, por sua vez, crescerá em mais de 30 mil. Saltará de 12.982, para 44.866. A redução no número de nascimentos e aumento na quantidade de mortes segue uma tendência nacional. No Brasil, a previsão para este ano é de 3.003.585 nascimentos e 1.349.693 mortes. Em 2060, esses números serão, respectivamente, 2.120.842 e 2.856.059. A tendência é que a população nacional cresça até 2040, indo de 208.494.900 em 2018 até 231.919.922, reduzindo nos próximos 20 anos, até chegar a 228.286.347. Diferentemente da tendência nacional, porém, a população do DF continuaria a aumentar, de 2.972.209 em 2018 aos 3.789.728 habitantes em 2060. Um dos motivos será o saldo migratório positivo para a capital. Nessa altura, o índice de pessoas com 60 anos ou mais, em relação aos jovens de até 15 anos, que, este ano, é de 33,66%, deve chegar a 207,14% no fim do período, valor acima da expectativa nacional, que é de 173,47%. A proporção de idosos para jovens no DF em 2060 será a segunda maior entre as 27 unidades da Federação, com cerca de dois para um. A Projeção da População (revisão 2018) também aponta que, naquele ano, apesar do crescimento progressivo da população, o DF terá a menor taxa de fecundidade do país. 5,6 mil litros de água por segundo serão captados de Corumbá IV em 2019 Com 80% das obras finalizadas, a previsão é de que até o fim de dezembro os problemas de abastecimento de água no Distrito Federal estejam resolvidos. Captação inicial será de 2,8 mil litros por segundo, que deve ser dobrada ainda no próximo ano Transposição do Corumbá 4 No mês julho um mês após o fim do racionamento no Distrito Federal, a obra de Corumbá IV chega à reta final. Em menos de seis meses, virá de Goiás a água definida pelo GDF como a solução para os problemas hídricos de Brasília por pelo menos duas décadas. O projeto está 80% pronto. O prazo é que até o fim de dezembro deste ano os recursos do reservatório goiano cheguem às quatro bombas de 9 metros de comprimento que serão instaladas na elevatória de captação de água bruta, em Luziânia. A partir daí, o recurso percorrerá 28km em canos até alcançar a estação de tratamento em Valparaíso de Goiás, onde, após purificado, será bombeado para Santa Maria e Gama. Compare Lago de Corumbá 173 km² Lago Paranoá 48 km²

31 RA XXXI Fercal

Questão 01 - No Mapa das unidades hidrográficas do Distrito Federal, elaborado em 1994 pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal, estão definidas três grandes bacias hidrográficas de referência − Paraná, São Francisco e Tocantins/ Araguaia −, subdivididas em outras sete, considerando os seus principais rios. Pertencem à do Paraná, pelo mapa, as bacias A. dos rios São Bartolomeu, Descoberto e Corumbá. B. do Lago Paranoá e dos rios Preto e São Marcos. C. dos rios São Bartolomeu, São Marcos e Maranhão. D. dos rios Corumbá, Preto e Descoberto. E. dos rios Descoberto, Maranhão e São Bartolomeu. QUESTÃO 02 - A Capital Federal é uma terra de contrastes, onde convivem famílias de grande poder aquisitivo com outras muito desfavorecidas. Dados do Ministério do Desenvolvimento Social referentes a 2017 mostram que mais de 67 mil famílias de Brasília vivem abaixo da linha de pobreza. São moradores de diferentes regiões administrativas (RAs), cuja renda mensal não ultrapassa R$ 85,01. As cinco regiões do Distrito Federal consideradas mais carentes e onde houve maior procura por ajuda governamental são

A. Lago Sul, Riacho Fundo, Santa Maria, Sobradinho e Buriti. B. Brazlândia, Planaltina, Guará, Samambaia e Santa Maria. C. Taguatinga, Ceilândia, Varjão, Núcleo Bandeirante e Gama. D. Ceilândia, Lago Norte, Cruzeiro, Buriti e Recanto das Emas. E. Ceilândia, Samambaia, Planaltina, Santa Maria e Taguatinga. QUESTÃO 03 - O Memorial JK foi construído em tempo recorde de 21 meses, em homenagem ao fundador de Brasília, o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Trata-se do maior museu privado do Distrito Federal e um dos maiores do Brasil. O Memorial JK foi construído e inaugurado no governo A. Fernando Henrique Cardoso. B. Itamar Franco. C. João Batista Figueiredo. D. Ernesto Geisel. E. José Sarney. QUESTÃO 04 - O Distrito Federal caracteriza-se por apresentar A. crescimento de participação do setor agropecuário a partir de 2011, o que vem contribuindo para a recuperação do Produto Interno Bruto. B. significativa perda da participação da atividade econômica de serviços no Produto Interno Bruto, entre 2011 e 2015, denotando consequência do ambiente econômico nacional. C. forte evolução positiva da participação da atividade industrial no Produto Interno Bruto desde 2011, caracterizando um novo cenário para a política ambiental da região. D. melhoria do nível de atividade econômica a partir do último trimestre de 2017, revertendo vários trimestres de comportamento negativo. E. aumento da participação, no setor de serviços, do segmento de Administração, Saúde e Educação Públicas, desde 2011, chegando a representar quase a totalidade desse setor, sendo esta uma característica própria da região. QUESTÃO 05 - No século XIX, um dos defensores mais ardorosos da ideia de transferir a capital do Brasil para o interior foi o historiador Francisco Adolfo de Vernhagen. Tendo sugerido a área que ficava entre as lagoas Formosa, Feia e Mestre de Armas, apontava as razões que justificavam sua proposta: maior integração entre as Cortes e as Províncias; posição estratégica, distante do mar e das investidas de esquadras inimigas; e A. a perspectiva de exploração de novos minérios. B. o impulso à criação de gado bovino, graças à presença de grandes pastagens. C. a qualidade do solo para a cultura de plantas oleaginosas. D. a salubridade da região, com clima capaz de atrair colonos estrangeiros. E. a presença de indígenas de índole pacífica. QUESTÃO 06 - O cerrado é a vegetação típica do Distrito Federal (DF), no entanto, existem outras formações que merecem destaque porque ajudam a compor todo um quadro natural, que é parte de uma paisagem exuberante. Quanto a esse assunto, a vegetação que integra parte da paisagem do DF é a A. mata de galeria e mata ciliar. B. floresta equatorial. C. restinga. D. araucária. E. floresta de coníferas QUESTÃO 07

Considerando que o texto apresentado se refere a um importante momento para a criação da Nova Capital, é correto afirmar que a mencionada comissão denominava-se Missão A. Cruls. B. Nova Capital. C. Gaspar Dutra. D. Polli Coelho. E. Planalto Central. QUESTÃO 08 - A regularização da ocupação do solo no Distrito Federal é um processo multidisciplinar que envolve diferentes órgãos da administração pública e é formado por várias etapas/estágios. No processo de regularização de determinada área, a etapa que deve vir em primeiro lugar é a (o) A. aprovação dos projetos de infraestrutura. B. análise da situação fundiária. C. registro cartorial do empreendimento. D. implantação de obras de infraestrutura. E. comercialização ou o repasse das unidades imobiliárias. QUESTÃO 09 - O Distrito Federal encontra-se no Planalto Central. A esta localização somam-se outras características naturais, tais como: A. A existência de diferentes biomas que se adaptam aos solos, muitos dos quais lateríticos; clima tropical semiúmido com pluviosidade média anual entre 700 e 900 mm, fortemente influenciado pelas massas de ar Tropical Atlântica e Continental; presença de rios pertencentes às bacias hidrográficas do Paraná e Tocantins-Araguaia (como o rio Preto). B. A presença de campos limpos e cerrados com forte degradação; clima tropical úmido sem estação seca e forte influência de massas de ar tropicais continentais responsáveis pelas fracas amplitudes térmicas anuais; presença de rios pertencentes às bacias do Tocantins e São Francisco (como o rio Maranhão). C. O predomínio da vegetação de cerrado; presença de rios pertencentes a importantes bacias hidrográficas brasileiras, como o rio Descoberto (bacia do Paraná); clima tropical com chuvas concentradas no verão e forte atuação de anticiclones responsáveis por baixa umidade do ar nos meses de inverno. D. A presença de rochas cristalinas resistentes aos processos erosivos; rios que fazem parte de importantes bacias hidrográficas brasileiras, como o rio São Bartolomeu (bacia do São Francisco); vegetação de cerrado entremeado de matas galerias e ciliares em forte processo de desmatamento; clima tropical úmido com 2 a 4 meses de seca provocada pelo predomínio da massa de ar Tropical Continental. QUESTÃO 10

Entre as atividades agrícolas existentes no DF, uma se destaca por ser extremamente produtiva e compor pauta de exportação do DF para outras Unidades Federativas e para o exterior. Essa atividade é o cultivo de A. frutas cítricas. B. soja. C. cana-de-açúcar. D. hortaliças. E. sorgo. QUESTÃO 11

Acerca das funções do Lago Paranoá, assinale a alternativa correta. A. A função inicial do Lago Paranoá era relativa à condição climática da região, muito seca. Ele deveria suprir as necessidades de umidade atmosférica do DF e do Entorno. B. Ao liberar completamente as ocupações irregulares na orla do Lago Paranoá, o governo do DF conseguiu garantir, na totalidade, o acesso de toda a população ao lago para o lazer, inclusive com transporte gratuito para todos. C. Uma característica importante mantida ao longo da história do Lago Paranoá é que, em nenhum momento, ele foi ameaçado pelos elementos de poluição, pois sempre teve suporte de um sistema de captação de esgotos. D. Ao captar a água do Lago Paranoá para o abastecimento de todas as regiões administrativas do DF, o governo local não colocou em risco a sobrevivência do sistema hídrico, pois a capacidade de atendimento já estava planejada. E. Entre as funções iniciais do Lago Paranoá, estava a de suprir necessidades paisagísticas de Brasília e de lazer da população; mais recentemente, a pavimentação de parte da orla incrementou o turismo local, auxiliando a questão econômica. QUESTÃO 12

Assinale a alternativa que apresenta a(s) causa(s) do fenômeno descrito no texto. A. O forte processo de industrialização e a consequente geração de empregos. B. A elaboração e a implementação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) pelo Governo do Distrito Federal. C. O surgimento de loteamentos clandestinos e a ocupação desordenada do solo. D. A organização dos espaços urbano e rural para recepção dos fluxos migratórios. E. A redefinição da política urbana com a desconstituição das ocupações irregulares. QUESTÃO 13 Com base nas informações do texto, é correto afirmar que as commodities em destaque na produção agrícola da região geoeconômica do DF e Entorno são

A. arroz e feijão. B. soja e feijão. C. mandioca e milho. D. arroz e mandioca. E. milho e soja. QUESTÃO 14 A figura apresentada corresponde ao monumento à liberdade e à democracia, construído em homenagem aos heróis da pátria, que é denominado

A. Memorial da Vitória. B. Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. C. Museu da Resistência. D. Catetinho. E. Praça da Liberdade Juscelino Kubitschek. QUESTÃO 15 - O Distrito Federal (DF) ultrapassou os 3 milhões de habitantes e já é uma das unidades mais populosas do País. Isso reflete na formação e na organização da sociedade em diversos seguimentos, inclusive na distribuição populacional das regiões administrativas e nas cidades do entorno. No que se refere a esse tema e a assuntos correlatos, assinale a alternativa correta. A. A população de Brasília é estável, pois não houve grandes alterações numéricas nas últimas décadas, em virtude da falta de espaço físico. B. A população do Entorno superou numericamente a população do DF, pois houve uma oferta maior de empregos relacionados com o setor industrial. C. A Região Integrada de Desenvolvimento do DF e do Entorno é a região metropolitana mais populosa do País, superando as metrópoles históricas, como São Paulo e Rio de Janeiro. D. A população economicamente ativa (PEA) do DF está concentrada no setor terciário da economia, no qual se estrutura o setor público e as atividades comerciais. E. A vocação industrial do DF está evidente em razão do forte desenvolvimento do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), que produz praticamente todos os produtos industriais de necessidade básica da população local. QUESTÃO 16 - A hidrografia do Distrito Federal (DF) é importante na organização das cidades, e vários aspectos são levados em consideração para a respectiva utilização. Com relação aos aspectos hidrográficos do DF, assinale a alternativa correta. A. Algumas das principais bacias hidrográficas que cortam o DF são vitais para abastecer importantes bacias hidrográficas brasileiras, como a do São Francisco, a do Paraná e a do Tocantins-Araguaia. B. O DF é rico em rios caudalosos e com grande potencial hidroelétrico. C. A área do DF possui a lagoa Joaquim Medeiros, rica em volume d’água e que ocupa a área de Brazlândia. D. O lago Paranoá foi construído originalmente com o objetivo de atender ao abastecimento de água para a população, sendo responsável pelo atendimento de Brasília integralmente. E. O fenômeno hidrográfico de Águas Emendadas localiza-se na Região Administrativa do Gama, área com maior extensão em preservação do DF. QUESTÃO 17 - De acordo com sua caracterização híbrida, é correto afirmar que o Distrito Federal

A. tem por chefe do poder executivo um prefeito. B. divide-se em municípios, sendo Brasília sua capital. C. é regido por uma constituição estadual. D. tem administração autônoma. E. está subordinado ao Ministério da Integração Nacional. QUESTÃO 18 - A seca de 1958 no Nordeste determinou a vinda de milhares de trabalhadores para a região de Brasília. Muitos desses nordestinos foram abrigados em Taguatinga, onde passaram a ser chamados, de modo pejorativo, pelo mesmo termo usado na época da escravidão para designar os pobres que praticavam agricultura itinerante no interior do Brasil: A. retirantes. B. calangos. C. candangos. D. cabeças-chatas. E. biriguis. QUESTÃO 19 - A data de 30 de novembro corresponde, no âmbito do Distrito Federal, ao feriado comemorativo

A. do nascimento de Juscelino Kubitschek de Oliveira. B. do Dia do Servidor Público. C. da padroeira N. S. da Conceição Aparecida. D. da primeira missa rezada em Brasília. E. do Dia do Evangélico. QUESTÃO 20 - Apesar da celebrada redução da criminalidade no Distrito Federal, observada pela Secretaria de Segurança Pública em 2017, os Estados Unidos da América do Norte divulgaram lista das áreas de risco a serem evitadas no Brasil, mencionando quatro regiões administrativas do Distrito Federal: A. Gama, Planaltina, Ceilândia e Riacho Fundo. B. Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá. C. Águas Claras, Santa Maria, Cruzeiro e Samambaia D. Taguatinga, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas e Planaltina. E. Varjão, Lago Norte, Samambaia e Paranoá. QUESTÃO 21 - Os primeiros habitantes da cidade de Brasília ficaram conhecidos com o nome de

A. pioneiros. B. desbravadores. C. bandeirantes. D. candangos. E. peões. QUESTÃO 22 - Misto de oca e disco voador, o Memorial Darcy Ribeiro, localizado no campus da Universidade de Brasília e inaugurado em 2010, foi projetado pelo arquiteto

A. Oscar Niemeyer. B. João Filgueiras Lima. C. Lúcio Costa. D. Márcio Kogan. E. Paulo Mendes da Rocha. QUESTÃO 23 - Renato Russo liderou a famosa banda de rock brasiliense

A. Detrito Federal. B. Capital Inicial. C. Legião Urbana. D. Bois de Gerião. E. Capitão do Cerrado. QUESTÃO 24 - O Memorial JK, onde estão depositados documentos e objetos que pertenceram a Juscelino Kubitschek e sua esposa, foi

A. construído numa área de 2.000 m2, recebendo inúmeras críticas por ocupar tanto espaço. B. inaugurado por ocasião do primeiro centenário de nascimento do ex-presidente, em 12 de setembro de 2002. C. projetado pelo arquiteto Lúcio Costa, em colaboração com Paulo Mendes da Rocha. D. preparado para receber os restos mortais de todos os presidentes da República. E. construído no mesmo local em que se rezou a primeira missa de Brasília, em 3 de maio de 1957. QUESTÃO 25 - A criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (RIDE) subordinou-se, entre outros, ao objetivo de A. promover o desenvolvimento econômico da porção do território goiano que não se integrou ao estado de Tocantins, criado pela Constituição de 1988. B. fazer do Governo Federal o principal responsável pela geração de empregos nos municípios goianos e mineiros limítrofes ao Distrito Federal. C. assegurar que o trabalho de proteção ao meio ambiente e de controle da poluição ambiental seja arcado integralmente pelos municípios integrantes da RIDE. D. transferir à União a responsabilidade direta pela operação do sistema de transporte público da região, incluindo a fixação das tarifas a serem pagas pelos usuários. E. articular, em termos de serviços públicos comuns, a ação administrativa da União, dos estados de Goiás e Minas Gerais e do Distrito Federal na região. QUESTÃO 26 - Considerando aspectos geográficos, sociais, econômicos, políticos e culturais referentes ao Distrito Federal (DF) e à Rede Integrada de Desenvolvimento do Entorno (RIDE), assinale a alternativa correta. A. Característico da construção de Brasília, o planejamento urbano foi reproduzido na ocupação das cidades que compõem o Distrito Federal. B. Vitorioso em vários pontos, o projeto de construção da nova capital no Planalto Central falhou no objetivo de interiorizar o desenvolvimento nacional. C. Com graves problemas estruturais, como transporte e segurança, o entorno do DF teve sua população bastante ampliada nas últimas décadas. D. Por sua especificidade, a RIDE omitiu a crucial questão da segurança pública na configuração das áreas de interesse para sua atuação. E. A atração exercida pelo agronegócio, particularmente em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, fez cessar o fluxo migratório para o entorno do DF. QUESTÃO 27 - Uma das mais importantes características de Brasília é o fato de que a capital brasileira não é apenas uma cidade com uma proposta urbanística moderna, mas possui também um papel geoeconômico e ideológico facilmente identificado no(a) A. respectivo papel econômico centralizado nas atividades industriais. B. autossuficiência agrícola estabelecida na região metropolitana, exportando o excedente para outras Unidades da Federação. C. priorização das atividades manufatureiras, atraídas pela abundância de matérias-primas. D. ênfase dada ao setor de atividades econômicas primárias, especialmente a mineração. E. respectiva vocação política e na predominância das atividades do setor terciário. QUESTÃO 28 - A região central de Brasília registrou, no dia 2 de abril de 2018, significativos tremores de terra, sentidos em vários prédios da região. Esse fenômeno natural causou certo pânico e a imediata desocupação, por parte de trabalhadores e residentes de Brasília, dos principais prédios localizados na capital federal. A esse respeito, assinale a alternativa que indica a causa do fenômeno sentido em Brasília.

A. Atividade vulcânica na região circunvizinha de Brasília. B. Tempestade de meteoritos. C. Movimentação da massa de ar continental equatorial. D. Movimentação de placas tectônicas. E. Terremoto cujo epicentro foi localizado no continente africano QUESTÃO 29 - A transferência da capital brasileira para o interior do país foi um longo processo que acompanhou boa parte da História do Brasil. Mesmo depois de escolhida a área onde seria construída a nova sede da administração nacional, décadas se sucederam até que, na segunda metade da década de 50 do século XX, no Governo JK, a decisão se materializasse. Entre os aspectos marcantes do quadro geográfico físico e humano do Distrito Federal, assinale a alternativa correta. A. Enquanto lidera nacionalmente a proporção de telefones celulares por habitante, o Distrito Federal padece em termos de saneamento básico, com mais da metade da população sem acesso à rede de esgoto. B. Provavelmente em face das condições climáticas da região em que se localiza, com período chuvoso curto e seca prolongada, o Distrito Federal garante o acesso à água a pouco mais de 40% da população. C. A ausência de uma rede hidrográfica na área onde se situa o Distrito Federal foi a razão determinante para a criação de um lago artificial, o Paranoá, quando da construção da nova capital. D. Com uma área de quase 6.000 km², o Distrito Federal teve condições de distribuir espacialmente sua população de tal modo que, na atualidade, é irrelevante a diferença entre os contingentes populacionais urbanos e rurais. E. Com clima tropical e vegetação de cerrado, encravado em Goiás, o Distrito Federal cresceu muito mais do que o previsto quando da construção de Brasília. Hoje, sua população ultrapassa a marca dos 2,2 milhões de habitantes. QUESTÃO 30 - A história de Brasília está marcada por fatos e percepções que antecedem à sua própria criação, tais como A. a idéia difundida, desde períodos anteriores da história nacional, acerca da necessidade de transferência da capital para o centro do país. B. a proposta concreta de Getúlio Vargas de transferir a capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central do Brasil. C. a demarcação da área do DF realizada por engenheiros britânicos imediatamente após a independência do Brasil. D. a inclusão do projeto da construção de Brasília nos programas dos candidatos à presidência da República derrotados por Juscelino Kubitschek. E. a criação da NOVACAP já no governo de Café Filho. GABARITO 1. A 17. D 2. E 18. C 3. C 19. E 4. D 20. B 5. D 21. D 6. A 22. B 7. D 23. C 8. B 24. E 9. C 25. E 10. B 26. C 11. E 27. E 12. C 28. D 13. E 29. E 14. B 30. A 15. D 16. A