BOLETIM DA Repúmca PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE 2° SUPLEMENTO
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Segunda-feira, 1 de Junho de 2009 I SÉRIE — Número 21 BOLETIM DA REPÚmCA PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE 2° SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Regulamento de Inspecção Fitossanitária e de Quarentena Vegetal AVISO CAPÍTULO I A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das Disposições gecais indicações necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado' Para publicação no «Boletim da República» A r t ig o 1 Definições SUMÁRIO Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por: Conselho de Ministros: 1. ABELHAS: denominação comum de insectos pertencentes Decreto n." 5/2009: à ordem Hymenoptera, responsáveis pela produção de mel. Aprova o Regulamento de Inspecção Fitossanitária e Quarentena 2. ACÇÃO FITOSSANITÁRIA: qualquer operação oficial, Vegetal. como a inspecção, vigilância, teste ou tratamento, levados a. cabo pela Autoridade Nacional Fitossanitária para implementar qualquer medida fitossanitária. CONSELHO DE MINISTROS 3. ACTO OFICIAL; qualquer acto estabelecido, autorizado, Decreto n." 5/2009 executado ou ordenado pela Autoridade Nacional Fitossanitária ou executado por qualquer entidade pública em nome desta. de 1 de Junho 4. ANÁLISE DE RISCO DE PRAGAS (PRA): processo de Em Moçambique o sector agrícola tem revelado nos últimos avaliação biológica ou outras provas científicas e económicas anos um potencial crescente para a exportação, o que impõe ao para determinar se uma praga deverá ser sujeita a controlo e para País a necessidade de aumentar a sua capacidade na observação determinar o alcance de qualquer medida fitossanitária dos padrões fitossanitários e de qualidade internacionais, correspondente. incluindo a monitoria de pragas, análise de riscos da propagação 5. APREENSÃO: manter o produto consignado à guarda ou de pragas e inspecção fitossanitária, bem como elevar a sua confinamento oficial como medida fitossanitária, podendo òu credibilidade regional e internacional na emissão da documentação fitossanitária. não ser devolvido ao proprietário. Nestes termos, com o fim de estabelecer o quadro jurídico 6. ÁREA DE BAIXA PREVALÊNCIA DE PRAGAS: uma sobre a Inspecção Fitossanitária e Quarentena Vegetal, ao abrigo área, país ou parte do país ou uma região ou parte dela assim da alínea f) do n° 1 do artigo 204 da Constituição da República, identificada pelas autoridades competentes, na qual uma praga o Conselho de Ministros decreta: específica ocorre a baixos níveis, sujeita a medidas efectivas de Artigo 1. É aprovado o Regulamento de Inspecção Fitossanitária prospecção controlo e erradicação. e de Quarentena Vegetal, em anexo ao presente Decreto e que 7. ÁREA LIVRE DE PRAGAS: uma área na qual não se dele faz parte integrante. verifica a ocorrência de uma praga específica, sendo demonstrado através de uma evidência científica e na qual oficialmente se Art. 2. É revogada toda a legislação que contrarie o presente mantérp esta condição. Decreto. Art. 3. O presente Decreto entra em vigor 90 dias após a sua 8. ÁREA EM PERIGO: área do território nacional onde os publicação. factores ecológicos favorecem o estabelecimento da praga, cuja presença na área resultará em significativas perdas económicas. Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 17 de Fevereiro 9. ANF - Autoridade Nacional Fitossanitária. de 2009. 10. CAT- Comité de Aconselhamento Técnico Publique-se. 11. CONFISCAR: deter o produto consignado para efeito de A Primeira-Ministra, Luís a Dias Diogo. destruição. 112—(46) l SÉRIE— NÚMERO 21 12. CONTAMINAÇÕES: presença de organismos nocivos 33. PRAGA: qualquer espécie, estirpe ou biótipo de planta, nos produtos sujeitos a controlo. animal ou agente patogénico nocivo pan> as plantas ou produtos 13. CONTROLO: eliminação, contenção ou erradicação de das plantas. uma população de pragas. 34. PRAGAS REGULAMENTADAS pragas de plantas 14. EMBALAGENS: qualquer material utilizado para cobrir, objecto de quarentena ou regulamentadas e não objecto de envolver ou proteger produtos sujeitos a controlo. quarentena. 15 ESTAÇÕES DE QUARENTENA PÓS ENTRADA: 35. PRAGAS DE QUARENTENA: pragas que causam danos qualquer local aprovado pela autoridade nacional fitossanitária potencialmente, económicos para uma área em perigo e desse para a observação ou para posterior inspecção após realizada a modo ainda não presentes nessa área ou com uma presença muito importação. reduzida, mas que estejam a ser oficialmente controladas. 16. EXPORTADOR: pessoa singular ou colectiva que é 36. PRAGAS REGULAMENTADAS E NÃO DE QUA consignatária da mercadoria que sai do País. RENTENA: pragas de plantas não objecto de quarentena que 17. IMPORTADOR: pessoa singular ou colectiva a quem afecta o uso dessas plantas podendo trazer um impacto vai consignada a mercadoria que enira no País. económico não suportável para o País e sendo por isso a sua 18. INSPECÇÃO FITOSSANITÁRIA: exame visual de entrada e circulação no País objecto de medidas de controlo. produtos sujeitos a controlo, com o fim de se determinar a 37. PRODUTO CONSIGNADO: Produtos sujeitos a controlo, existência de pragas ou verificar o cumprimento dos requisitos que estejam a entrar «u a sair do território nacional fitossanitários. acompanhados de um único certificado fitossanitário de 19. Inspector FITOSSANITÁRIO: funcionário nomeado ou importação ou de exportação, conforme seja o caso. designado para realizar a inspecção fitossanitária. 38. PRODUTOS DE PLANTAS: sementes, materiais não 20. IPPC: International Plant Protection Convention; manufacturados provenientes de plantas e os produtos designada em português por Cjnvenção Fitossanitária manufacturados que, pela sua natureza e/ou o seu processamento, Internacional (CFI). possam criar riscos para introdução e/ou propagação de pragas 21. LICENÇA FITOSSANITÁRIA DE IMPORTAÇÃO: de plantas no território moçambicano. documento oficial que impõe condições e requisitos para a 39. PROPRIETÁRIO: qualquer pessoa que, em relação a importação de produtos sujeitos a controlo, emitido pela ANF qualquer produto, tenha esse produto em seu poder ou exerça ou por outra entidade pública a quem esta tenha delegado essa sobre ele o controlo efectivo, posse, simples detenção ou uso; competência. 40. QUARENTENA VEGETAL. confinamento oficial de 22. MEDIDA PROVISÓRIA: medida fitossanitária produtos sujeitos a controlo numa zona ou área específica para estabelecida sem nenhuma prova lécnica, para colmatar uma observação, testagem, tratamento ou aplicação doutra medida falta de informação adequada no momento do acto. fitossanitária apropriada realizado pela ANF ou por esta 23. Medidas de emergência: medidas fitossanitárias ordenado e supervisado. estabelecidas perante uma situação fitossanitária nova ou 41. RETENÇÃO: apreensão da mercadoria para análises inesperada, que podem ou não ser provisórias. laboratoriais. 24. MEDIDAS FITOSSANITÁRIAS: qualquer legislação ou 42. SPS: Sanitary and Phytosanitary Measures, em português procedimento oficial que tem por objectivo prevenir a introdução designado por Medidas Sanitárias e Fitossanitárias. e/ou propagação de pragas e produtos de plantas sujeitas a 43. TRATAMENTO FITOSSANITÁRIA: qualquer forma quarentena ou destinada a limitar o impacto económico de de desinfecção ou desinfestação por um processo físico, químico, pragas não regulamentadas. mecânico ou outro realizado pela ANF ou por esta ordenado e 25. OBJECTO DE QUARENTENA: qualquer organismo supervisado. nocivo ou vegetal ou qualquer praga de vegetais. 44. TRÂNSITO: quando as mercadorias chegam ao País 26. ORGANISMOS NOCIVOS: qualquer forma viva animal procedentes do exterior, e são consignados sem rotura de carga ou vegetal ou qualquer praga de vegetais. para outro País destinto, independentemente da duração 27. PAÍS DE ORIGEM: País onde foram cultivados os temporária da estadia no País. vegetais. 45. TRANSPORTE: qualquer meio utilizado para o 28. PAÍS DE PROCEDÊNCIA: País onde importados os trarisporte de mercadoria, incluindo aviões, barcos, camiões, produtos sujeitos a controlo e qualquer outro material sujeito à contentores, vagões e outros; presente disposição, independentemente de ser país de origem 46. VEGETAIS: Todas as plantas vivas e partes de plantas destes ou não. incluindo sementes. 29. PLANTA: qualquer organismo vivo de natureza vegetal 47. WTO: World Trade Organization, em português ou parte dela. designado por Organização Mundial do Comércio. 30. PRODUTOS SUJEITOS A CONTROLO: qualquer 48. ZONA TAMPÃO: área estabelecida ao longo da zona planta, parte dela, produto de plantas, produtos apícolas, meios infectada e/ou infestada, onde são mantidas medidas de controlo de cultura, embalagem, recipiente, solo, outros organismos, específicas de acordo coito a epidemiologia da praga. objecto ou material capaz de abrigar ou propagar pragas. 31. POSTp OFICIAL DE ENTRADA OU SAÍDA: fronteira A r tig o 2 do País, incluindo aeroportos, portos, postos fronteiriços Objecto e âmbito territorial terrestres ou outros locais indicados ou identificados por lei. 32. POSTO DE INSPECÇÃO FITOSSANITÁRIA (PIF): 1.0 presente Regulamento estabelece normas para prevenção Locais estabelecidos pela autoridade ANF juntos dos pontos de e controlo da propagação de pragas no País. entrada ou saída. 2.0 presente Regulamento aplica-se a todo território nacional. OE JUNHO DE 2009 112—(47) A r t i g o 3 li) Fixar as espécies vegetais que podem ser hospedeiras alternativas de organismos nocivos e como tal proibir Objectivos a sua cultura ou ordenar a sua erradicação;