Beleza E Arte Não Se Põe Na Mesa – E Sim, No Palco

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Beleza E Arte Não Se Põe Na Mesa – E Sim, No Palco FAGNER COMEMORA 40 ANOS DE CARREIRA NO TEATRO BRADESCO Turnê apresenta sucessos e novidades para festejar quatro décadas de história Crédito: Léo Aversa Para mais fotos em alta resoluçõa acesse: http://www.teatrobradesco.com.br/imprensaProgramacao.php Um dos artistas mais completos e originais da história da música popular do Brasil, Raimundo Fagner Cândido Lopes, celebra 40 anos de carreira com um pé no seu passado de glória e outro no futuro. O cantor, compositor, músico e produtor cearense sobe ao palco do Teatro Bradesco, dias 10 e 11 de outubro, às 21h30. No 37º álbum, com músicas inéditas compostas com parceiros como Fausto Nilo e Zeca Baleiro, o cantor apresenta show em que condensa no roteiro as músicas e os passos mais decisivos dessas quatro décadas de consagração popular, tomando-se como ponto de partida o lançamento, em 1973, de seu primeiro cultuado álbum, Manera fru fru, manera – “O último pau-de-arara”, que foi relançado no formato de vinil no ano passado. Além de incluir os maiores hits do artista, o show promove o reencontro de Fagner com o violonista e guitarrista cearense Manassés de Souza, músico de sonoridade singular que contribuiu para cristalizar o som marcante de discos gravados por Fagner nos anos 70 e 80. De início, os 40 anos de carreira vão ser festejados por Fagner neste novo show de caráter retrospectivo, repleto de sucessos.“Canto muito para o povo e penso nesse show como uma oportunidade de botar o povo para cantar comigo. Oitenta por cento das músicas do roteiro são composições conhecidas”, adianta Fagner. A estreia nacional da nova turnê teve início em São |Paulo e Rio de Janeiro. Aliás foi no Rio de Janeiro onde o cearense nascido em Fortaleza (CE), mas registrado em Orós (CE), se deslocou em 1971, vindo de Brasília (DF). Era o início da corrente migratória que deslocou emergentes artistas nordestinos para o efervescente eixo Rio-São Paulo na primeira metade da década de 70. Uma vez no Rio, Fagner – que debutara no mercado fonográfico em 1971 com compacto simples dividido com o artista Wilson Cirino – despertou de imediato as atenções de duas cantoras com faro aguçado para detectar compositores talentosos ainda pouco ouvidos. Elis Regina (1945 – 1982) e Nara Leão (1942 – 1989) se encantaram de imediato com a obra de Fagner, que já naquela época fazia música embebida em poesia. Um som que apresentou de cara uma visão contemporânea e original da música nordestina. Sem rótulos ou fronteiras estéticas, Fagner soube de imediato reprocessar os sons e as tradições musicais da Nação Nordestina – presidida por Luiz Gonzaga (1912 – 1989) – com uma linguagem pop que explicitava influências de Beatles e Jovem Guarda. Com seus olhos de farol, Elis logo focou Mucuripe, lançada por em show (É Elis) e disco (Elis) de 1972. Nara daria voz e prestígio a músicas de Fagner como convidada do álbum Manera fru fru, manera. Marco da MPB, este disco apresentou ao Brasil a voz rascante de Fagner, cantor dono de um timbre único. De lá para cá, Fagner gravou 36 álbuns e vendeu mais de 20 milhões de discos. A importância dessa discografia é traduzida mais pelos nomes envolvidos na ficha técnica do que pelos números superlativos. Basta dizer que dois desses 36 álbuns foram gravados, divididos e assinados por Fagner com ninguém menos do que Luiz Gonzaga, tendo sido o primeiro feito por iniciativa do Rei do Baião. “Eu saí muito cedo do Ceará, mas ‘bebi’ muito Gonzaga na juventude. Só que, quando eu vim para o Rio, comecei a me distanciar do Nordeste. Gravei com muita gente – Agnaldo Timóteo, Beth Carvalho, Cauby Peixoto, Cazuza (1958 – 1990), Chico Buarque, Farofa Carioca, Joanna, Mercedes Sosa (1935 – 2009) ... Nos anos 80, eu procurei Gonzaga com a ideia de a gente gravar um disco juntos, mas, no começo, ele não entendeu muito não... Mas um pot-pourri que gravei com Gonzaga em um disco dele estourou no Nordeste. Foi aí que ele, que dava mais importância ao mercado nordestino do que ao carioca, me ligou e disse: ‘Agora eu tô na sua mão! Que é que você quer?’. Aí, através do Gonzaga, eu voltei com cargas e ouvidos para o Nordeste”, lembra Fagner, contando como concretizou a ideia do álbum Luiz Gonzaga & Fagner, lançado em 1984 e sucedido dois anos depois por Gonzagão & Fagner (1986). Músicas de Luiz Gonzaga – a quem Fagner planeja prestar novo tributo fonográfico desta vez em dueto com Elba Ramalho – estarão no show. É possível que o público ouça A morte do vaqueiro (Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho, 1963) e uma leitura pop de Asa branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1947). O roteiro vai ser até certo ponto flexível, já que Fagner fará no show um bloco de voz & violão que lhe possibilitará improvisar músicas e atender alguns pedidos do público. Mas os grandes hits nem precisarão ser pedidos, pois já estão garantidos no show. É certo que a plateia vai fazer coro com Fagner em sucessos como Canteiros (Fagner sobre poema de Cecília Meireles, 1973), Revelação (Clésio e Clodô, 1978), Fanatismo (Fagner sobre poema de Flobela Espanca, 1981), Dezembros (Fagner, Zeca Baleiro e Fausto Nilo, 2003), Noturno (Graco e Caio Sílvio, 1979), Eternas ondas (Zé Ramalho, 1980), Cartaz (Francisco Casaverde e Fausto Nilo, 1984), Me leve (Cantiga para não morrer) (Fagner e Ferreira Gullar, 1984) e Borbulhas de amor (Tenho um coração) (Juan Luis Guerra em versão em português de Ferreira Gullar, 1991), entre outros hits entremeados no roteiro com algumas novidades. Música inédita na voz de Fagner, Aonde Deus possa me ouvir (Vander Lee, 2002) é uma dessas novidades incluídas no roteiro. A melancólica canção vai integrar o repertório do disco que Fagner prepara com repertório essencialmente inédito para lançar ainda em 2013. Uma das músicas novas deste disco, aliás, é a primeira parceria de Fagner com o compositor mineiro Vander Lee. O retorno de Manassés à banda de Fagner também é, de certa forma, uma novidade a ser festejada pelo público que acompanha os discos e shows do cantor e compositor desde os anos 70. Nascido em Maranguape (CE), o músico cearense – hábil no toque da viola, do violão, da guitarra, do cavaquinho e da guitarra portuguesa - começou a tocar com Fagner em 1978, recém-chegado de Paris, e teve um disco produzido pelo artista. O som de seus instrumentos já foi ouvido no quinto álbum do cantor, Revelação (CBS, 1978). “A volta de Manassés caiu como uma luva nas comemorações destes 40 anos. A presença dele sempre foi forte. A viola do Manassés é única. O som dele é especial, particular”, caracteriza Fagner, acrescentando que o show comemorativo de seus 40 anos de carreira vai ser feito com uma banda “bem redonda”. Fagner se refere à banda formada pelos músicos com quem já vem dividindo o palco nos últimos anos. Cristiano Pinho (guitarra), Marcus Vinnie (teclados), Michel Higor (teclados e acordeom), André Carneiro (baixo) e Rick de la Torre (bateria) vão se juntar a Manassés Souza (violões, guitarra e viola) neste espetáculo que vai reiterar o caráter sofisticado e ao mesmo tempo popular do cancioneiro gravado por Fagner ao longo desses 40 anos. “Minha música faz parte da vida das pessoas, tendo marcado namoro, casamento... É impressionante. E um fato que me chama atenção é que o pessoal que me ouve desde lá atrás vem passando para as novas gerações o amor pela minha música. É uma emoção! Sentimento é o que move a minha música”, resume Fagner, artista que sempre expressou suas opiniões com personalidade e contundência, sem medo de exercitar sua liberdade de expressão. “Eu falo o que penso. Acerto, erro, mas essa coragem de me posicionar é o que gera a confiança do público em mim e no meu trabalho”, argumenta o cantor. Raimundo Fagner Cândido Lopes sabe o que diz. E o que canta. Com fé no que virá, o artista celebra seu passado em show que mira o futuro. Um presente para seu grande e fiel público. SERVIÇO RAIMUNDO FAGNER 40 ANOS DE CARREIRA Classificação: 12 anos Duração aprox.: 80 min. SÃO PAULO Dias 10 e 11 de outubro Sexta-feira e sábado, às 21h30 Teatro Bradesco (Rua Turiassú, 2100 / 3º piso – Bourbon Shopping São Paulo) www.teatrobradesco.com.br Setor Valor Frisa 3º andar (1ª fila) R$ 80,00 Frisa 2º andar (2ª fila) R$ 120,00 Frisa 2º andar (1ª fila) R$ 140,00 Balcão Nobre R$ 150,00 Frisa 1º andar (2ª fila) R$ 170,00 Frisa 1º andar (1ª fila) R$ 180,00 Plateia (O a W) R$ 210,00 Plateia (A a N) R$ 240,00 Camarote R$ 260,00 - 50% de desconto para titulares do Cartão Alelo Cultura, na compra de um ingresso, pago com o Cartão Alelo Cultura (vale-cultura), adquirido somente na bilheteria do Teatro Bradesco – limitado a 100 ingressos; -25% de desconto para cliente Bradesco, na compra de até 4 ingressos, além de um guichê exclusivo na bilheteria do teatro. Desconto válido apenas para pagamentos com os cartões Bradesco; -25% de desconto para usuário dos cartões Zaffari Card e Bourbon Card, na compra de até 2 ingressos por titular do cartão na bilheteria do teatro; - 10% de desconto para titulares do Cartão Alelo Cultura, na compra de um ingresso, pago com o Cartão Alelo Cultura (vale-cultura), adquirido somente na bilheteria do Teatro Bradesco. * Descontos não cumulativos com meia entrada e outras promoções, limitado até 200 ingressos de cada sessão/espetáculo. ATENÇÃO: Não será permitida a entrada após o início do espetáculo. Capacidade: 1439 pessoas Acesso para deficientes Estacionamento: Self – Primeiras duas horas R$ 9,00 Hora adicional R$ 2,00 Valet – Primeira hora R$ 14,00 Hora adicional R$ 10,00 Motos – Primeiras duas horas R$ 9,00 Hora adicional R$ 2,00 Vendas: Ingresso Rápido: 4003-1212 www.ingressorapido.com.br Bilheteria Teatro Bradesco: Piso Perdizes do Bourbon Shopping São Paulo - Rua Turiassú, 2100, 3º piso, Pompéia/ Horário de funcionamento: Domingo a Quinta das 12h às 20h, Sexta e Sábado das 12h às 22h.
Recommended publications
  • RETRATOS DA MÚSICA BRASILEIRA 14 Anos No Palco Do Programa Sr.Brasil Da TV Cultura FOTOGRAFIAS: PIERRE YVES REFALO TEXTOS: KATIA SANSON SUMÁRIO
    RETRATOS DA MÚSICA BRASILEIRA 14 anos no palco do programa Sr.Brasil da TV Cultura FOTOGRAFIAS: PIERRE YVES REFALO TEXTOS: KATIA SANSON SUMÁRIO PREFÁCIO 5 JAMELÃO 37 NEY MATOGROSSO 63 MARQUINHO MENDONÇA 89 APRESENTAÇÃO 7 PEDRO MIRANDA 37 PAULINHO PEDRA AZUL 64 ANTONIO NÓBREGA 91 ARRIGO BARNABÉ 9 BILLY BLANCO 38 DIANA PEQUENO 64 GENÉSIO TOCANTINS 91 HAMILTON DE HOLANDA 10 LUIZ VIEIRA 39 CHAMBINHO 65 FREI CHICO 92 HERALDO DO MONTE 11 WAGNER TISO 41 LUCY ALVES 65 RUBINHO DO VALE 93 RAUL DE SOUZA 13 LÔ BORGES 41 LEILA PINHEIRO 66 CIDA MOREIRA 94 PAULO MOURA 14 FÁTIMA GUEDES 42 MARCOS SACRAMENTO 67 NANA CAYMMI 95 PAULINHO DA VIOLA 15 LULA BARBOSA 42 CLAUDETTE SOARES 68 PERY RIBEIRO 96 MARIANA BALTAR 16 LUIZ MELODIA 43 JAIR RODRIGUES 69 EMÍLIO SANTIAGO 96 DAÍRA 16 SEBASTIÃO TAPAJÓS 44 MILTON NASCIMENTO 71 DORI CAYMMI 98 CHICO CÉSAR 17 BADI ASSAD 45 CARLINHOS VERGUEIRO 72 PAULO CÉSAR PINHEIRO 98 ZÉ RENATO 18 MARCEL POWELL 46 TOQUINHO 73 HERMÍNIO B. DE CARVALHO 99 CLAUDIO NUCCI 19 YAMANDU COSTA 47 ALMIR SATER 74 ÁUREA MARTINS 99 SAULO LARANJEIRA 20 RENATO BRAZ 48 RENATO TEIXEIRA 75 MILTINHO EDILBERTO 100 GERMANO MATHIAS 21 MÔNICA SALMASO 49 PAIXÃO CÔRTES 76 PAULO FREIRE 101 PAULO BELLINATI 22 CONSUELO DE PAULA 50 LUIZ CARLOS BORGES 76 ARTHUR NESTROVSKI 102 TONINHO FERRAGUTTI 23 DÉRCIO MARQUES 51 RENATO BORGHETTI 78 JÚLIO MEDAGLIA 103 CHICO MARANHÃO 24 SUZANA SALLES 52 TANGOS &TRAGEDIAS 78 SANTANNA, O Cantador 104 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) PAPETE 25 NÁ OZETTI 52 ROBSON MIGUEL 79 FAGNER 105 (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ANASTÁCIA 26 ELZA SOARES 53 JORGE MAUTNER 80 OSWALDO MONTENEGRO 106 Refalo, Pierre Yves Retratos da música brasileira : 14 anos no palco AMELINHA 26 DELCIO CARVALHO 54 RICARDO HERZ 80 VÂNIA BASTOS 106 do programa Sr.
    [Show full text]
  • Porto Alegre, 1980. a Capital Dos Gaúchos Amanhece Fria E
    Porto Alegre, 1980. A capital dos gaúchos amanhece fria e ensolarada. As ruas estão tomadas por um grande contingente de militares e policiais, pessoas indo e vindo, outras acomodando-se em suas janelas. Mulheres, homens, crianças, padres, freiras, devotos de todas as ordens sociais, políticas, econômicas e culturais caminham em busca de um lugar na calçada para vê-lo passar. Um helicóptero sobrevoa o céu, limpo e extremamente azul, repleto de balões coloridos que carregam pequenos cartazes da Zero Hora com a frase: “Bem-Vindo João Paulo”. Em toda a extensão da Farrapos1 é possível ouvir os fiéis cantando “Tá chegando a hora. A noite já vem raiando, meu bem, e o Papa vem chegando agora”. Não demorou muito até o papa móvel aparecer: João Paulo II acena, sorri e abençoa os porto- alegrenses ao passar pelas ruas da cidade desde o Aeroporto Salgado Filho até a Praça da Matriz. O público vibra com suas pequeninas bandeirinhas brancas. Algumas pessoas filmam essa célebre visita com suas câmeras filmadoras portáteis, enquanto outras, registram esse momento apenas em suas memórias através de uma luneta. A multidão segue o papa móvel em romaria até a Praça da Matriz, onde João Paulo II é recebido com entusiasmo pelos jovens da capital: “Ucho, ucho, ucho! O Papa é gaúcho!”. No dia seguinte, em frente ao Gigantinho, diversos fiéis e vocacionados aguardam para um encontro com o Papa. Fazem parte deste público muitos membros de entidades tradicionalistas gaúchas 1 Avenida Farrapos: uma das principais vias da cidade de Porto Alegre/RS. Inaugurada nos anos 1940 na gestão do Sr.
    [Show full text]
  • Linguagens Olhar Sobre As Metáforas Cantadas Por
    LINGUAGENS Revista Letrando, v. 2 jul./dez. 2012 OLHAR SOBRE AS METÁFORAS CANTADAS POR MERCEDES SOSA E OUTROS CANTORES DURANTE AS DITADURAS MILITARES NA ARGENTINA E OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA* Elissandro dos Santos Santana** Resumo: Esse trabalho é fruto do projeto Elaboração de Material Didático para o ensino de Língua Espanhola e o recorte é a música no ensino de espanhol como língua estrangeira (ELE): uma abordagem interdisciplinar e multicultural. O corpus de investigação, letras e biografias de cantores e cantoras censurados em ditaduras da América Latina, serviu como pano de fundo para a análise de algumas das metáforas presentes nas canções interpretadas por Mercedes Sosa e outros artistas de países latino-americanos como Brasil, Chile e Cuba. Palavras-chave: Música; Espanhol; Interdisciplinar; Multicultural; Ditaduras; América Latina. Resumen: Ese trabajo es fruto del proyecto Elaboración de Material Didáctico para la enseñanza de Lengua Española y el recorte es la música en la enseñanza de español como lengua extranjera (ELE): un abordaje interdisciplinar y multicultural. El corpus de investigación, letras y biografías de cantores y cantoras censurados en dictaduras de América Latina, sirvió para el análisis de algunas de las metáforas presentes en las canciones interpretadas por Mercedes Sosa y otros artistas de países latinoamericanos como Brasil, Chile y Cuba. Palabras-clave: Música; Español; Interdisciplinar; Multicultural; Dictaduras; América Latina. Introdução Nunca é demasiado conhecer a história da América Latina e, por isso, esse trabalho se propõe revelar por meio das metáforas presentes em muitas das canções interpretadas pela saudosa rainha do folclore argentino, Mercedes Sosa, e outros cantores de países como Brasil, Chile e Cuba, um pouco do que foi a ditadura no Continente.
    [Show full text]
  • História, Arte E Atitude Educativa: Tensões Étnicas E Políticas
    HISTÓRIA, ARTE E ATITUDE EDUCATIVA: TENSÕES ÉTNICAS E POLÍTICAS MANUEL COELHO ALBUQUERQUE* Resumo: Este artigo analisa as tensões geradas entre as novas ações e representações construídas sobre os índios nas décadas de 1970 e 80 e algumas imagens e concepções tradicionais a respeito desses povos. Destaca-se o papel educativo das artes na formação e na sen- sibilização da sociedade brasileira para as questões da etnicidade, direitos e cidadania dos povos indígenas. As artes (música, cinema, teatro...) se alimentavam das aspirações de movimentos sociais e ao mesmo tempo colaboravam para a fixação de concepções que se confrontavam com certas imagens estabelecidas, ou reforçavam outras, como às da pretensa inevitabilidade do “desaparecimento indígena”. Neste sentido, os novos significados de canções e obras literárias, por meio de releituras deste universo de transições, confi- guram-se em ações e discursos que se opõem e dialogam com algu- mas concepções tradicionais. Palavras-chave: História e Educação; Arte; Etnicidade. Abstract: History, art and educational attitude: ethnic and political tensions. The aim of this study is to examine the tensions between the new actions and representations built on the indians during the decades of 1970s and 1980s and some images as well as traditional _________________ * Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e docente da Universida- de Estadual Vale do Acaraú (UVA) e pelas Faculdades INTA. E-mail: <[email protected]>. Cordis. Comunicação, Modernidade e Arquitetura, n. 8, jan./jun. pp. 89-117, 2012. Manuel Coelho Albuquerque 90 views about these people. We highlight the educational role of arts in training and awareness of brazilian society to issues of ethnicity, citizenship and rights of indigenous peoples.
    [Show full text]
  • Batuqueiros Da Paulicéia”, Com 4 Shows Na Chopperia Do Sesc-Pompéia
    Osvaldinho da Cuíca lança o livro “Batuqueiros da Paulicéia”, com 4 shows na Chopperia do Sesc-Pompéia Com mais de 50 anos de carreira, músico se apresenta de 7 a 10 de maio e recebe convidados especiais para mostrar a qualidade do Samba de São Paulo. Uma frase infeliz de Vinícius de Moraes, a famosa “São Paulo é o túmulo do samba!”, fez cristalizar-se um antigo preconceito contra o samba paulista. Os trabalhos de grandes sambistas de São Paulo, como Henricão, Geraldo Filme, Adoniran Barbosa e Toquinho (o mais prolífico parceiro do poeta), sempre foram lembrados como casos que desmentiam tal injustiça, mas uma defesa do samba de São Paulo, como um todo, dificilmente passou de um esboço. Até porque, em boa medida, os próprios paulistas não conhecem bem a sua grandeza. Daí o impulso do sambista Osvaldinho da Cuíca e do crítico e pesquisador André Domingues se unirem para sistematizar e escrever a história do samba paulista no livro Batuqueiros da Paulicéia – Enredos do Samba de São Paulo (Editora Barcarolla), que será lançado com uma série de quatro shows na Chopperia do Sesc-Pompéia, entre os dias 7 e 10 de maio. A obra segue as diversas trilhas do samba de São Paulo, apontando seus nomes e acontecimentos fundamentais desde o início do século XX até o presente, do remoto samba- rural ao “samba-de-raiz” de hoje em dia, passando, ainda, por diversas manifestações como a marcha-sambada, a batucada de engraxates, o samba-rock e as experiências da chamada Vanguarda Paulistana. Nos shows de lançamento, o mestre Osvaldinho mostrará o repertório descrito em Batuqueiros da Paulicéia , relembrando músicas de antigos carnavais paulistanos, sambas de rua, sambas-rurais e sucessos de sambistas importantes da nossa história, como Henricão, Geraldo Filme, Adoniran Barbosa e ele próprio, um artífice muito privilegiado dessa história, com seus 51 anos de carreira.
    [Show full text]
  • The Legal Guardianship of Animals.Pdf
    Edna Cardozo Dias Lawyer, PhD in Law, Legal Consultant and University Professor The Legal Guardianship of Animals Belo Horizonte - Minas Gerais 2020 © 2020 EDNA CARDOZO DIAS Editor Edna Cardozo Dias Final art Aderivaldo Sousa Santos Review Maria Celia Aun Cardozo, Edna The Legal Guardianship of Animals / — Edna Cardozo Dias: Belo Horizonte/Minas Gerais - 2020 - 3ª edition. 346 p. 1. I.Título. Printed in Brazil All rights reserved Requests for this work Internet site shopping: amazon.com.br and amazon.com. Email: [email protected] 2 EDNA CARDOZO DIAS I dedicate this book To the common mother of all beings - the Earth - which contains the essence of all that lives, which feeds us from all joys, in the hope that this work may inaugurate a new era, marked by a firm purpose to restore the animal’s dignity, and the human being commitment with an ethic of life. THE LEGAL GUARDIANSHIP OF A NIMALS 3 Appreciate Professor Arthur Diniz, advisor of my doctoral thesis, defended at the Federal University of Minas Gerais - UFMG, which was the first thesis on animal law in Brazil in February 2000, introducing this new branch of law in the academic and scientific world, starting the elaboration of a “Animal Rights Theory”. 4 EDNA CARDOZO DIAS Sumário Chapter 1 - PHILOSOPHY AND ANIMALS .................................................. 15 1.1 The Greeks 1.1.1 The Pre-Socratic 1.1.2 The Sophists 1.1.3 The Socratic Philosophy 1.1.4 Plato 1.1.5 Peripathetism 1.1.6 Epicureanism 1.1.7 The Stoic Philosophy 1.2 The Biblical View - The Saints and the Animals 1.2.1 St.
    [Show full text]
  • "¿Porqué Este Genio No Domina Todavía El Mundo De La Música?"
    CONCIERTO DE VITOR RAMIL El productor londinense John Armstrong dijo: "¿Porqué este genio no domina todavía el mundo de la música?" DOMINGO 23 DE NOVIEMBRE, 19H Entrada 8 € anticipada y amigos CAT i Amigos CAMEC / 10 € taquilla Centre Artesà Tradicionàrius, Plaça Anna Franck s/n, Barcelona VENDA ANTICIPADA https://www.codetickets.com/cat-centre-artesa-tradicionarius/ca/codetickets.com/128/ Vitor Ramil es uno de los más relevantes cantautores brasileños de la actualidad. Ha resignificado la música del sur de Brasil, alimentada con ritmos y temáticas cercanas a Uruguay y Argentina en torno a la idea del ' Templadismo ' en oposición al Tropicalismo 'de Brasil más conocido. Sus temas han sido grabados por Mercedes Sosa, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Caetano Veloso y Gal Costa, autor de la música de '12 segundos de oscuridad ', canción que abre el disco homónimo de Jorge Drexler. En 2011 ganó el Premio de la Música Brasileña como Mejor Cantante. En este concierto coproducido entre HAMACAS-Casa América Cataunya y Centro Artesano Tradicionàrius presentará un repertorio de sus dos últimos discos: 'Délibáb' y 'Foi no más que hicimos'. Links Programa ‘Encuentro en el estudio’ http://www.youtube.com/watch?v=cKZbFrTHgFg Último disco 'Foi No més que Vem' (2013) https://www.youtube.com/watch?v=DuZTHeL5VCk VITOR RAMIL Compositor, cantante, instrumentista y escritor, es autor de nueve discos, tres novelas y un ensayo. Nació y vive en el estado de Rio Grande do Sul, en el extremo sur de Brasil. Grabó su primer disco a los 18 años. Desde entonces ha lanzado A Paixao de V segundo ela proprio, Tango, À beca, Ramilonga - A estética do friío -, Tambong, longes, Satolep Sambatown y Délibáb.
    [Show full text]
  • A Partir Da Literatura Menor De Violeta Parra Em “Volver a Los Diecisiete”
    LATITUDE, vol. 12, n.1, pp. 172-192, 2018. Vol. 12, n.1, pp. 1-5, 2018 Resistências e devires: um “bom encontro” a partir da literatura menor de Violeta Parra em “Volver a los diecisiete” Resumo A partir da perspectiva de “literatura menor”, sendo esta Silvana Tótora compreendida como o conjunto de textos produzidos por grupos Doutora em Ciências Sociais socialmente marginalizados, referenciada pelos filósofos Gilles pela Pontifícia Universidade Deleuze e Félix Guattari (2014), este texto dedica-se a um Católica de São Paulo (PUCS/SP), docente do estudo da literatura de Violeta Parra, especialmente da sua Departamento de Política e do música “Volver a los diecisiete”, cantada pelos artistas Programa de pós-graduação Mercedes Sosa, Milton Nascimento, Gal Costa, Caetano Veloso strictu sensu em Ciências e Chico Buarque. Trata-se, portanto, além de analisar a natureza Sociais da PUC/SP. social, política e coletiva do enunciado poético de Parra, de verificar a potência de resistência que o encontro dos referidos artistas propicia no campo artístico, musical, político, literário e Antonio Henrique Maia filosófico. Lima Palavras-chave: Resistência; Literatura Menor; Encontro; Doutorando em Ciências So- ciais pela Pontifícia Universida- Violeta Parra; Mercedes Sosa. de Católica de São Paulo. Bolsista do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico Abstract e Tecnológico. Professor de From the minor literature's perspective, understood as the set of Filosofia na Faculdade Campo Grande. writings from minority groups according to the philosophers Gilles Deleuze and Félix Guattari (2014), this text is dedicated to studying the literature of Violeta Parra on her song "Volver a Raul Gomes Da Silva los diecisiete" covered by Mercedes Sosa, Milton Nascimento, Graduado em letras-português e Gal Costa, Caetano Veloso, and Chico Buarque.
    [Show full text]
  • 1 a América Latina Na Música Popular Brasileira: Dois Idiomas E Um Coro
    ISSN: 1983-8379 A América Latina na Música Popular Brasileira: dois idiomas e um coro-canção. Marcelo Ferraz de Paula* RESUMO: O presente estudo desenvolve a hipótese de que a temática em torno da ideia de América Latina foi tema dos mais relevantes para a cultura brasileira durante os anos 1960 e 1970, sendo a música popular um dos vetores sintomáticos desta investida. Analisando algumas canções do período, o trabalho busca compreender as motivações histórica que trouxeram o pensamento comunitário e a fulguração americanista para o centro de nossas produções artísticas, bem como os procedimentos formais utilizados pelos compositores, com destaque ao recurso da coralidade. PALAVRAS-CHAVE: América Latina; Canção; MPB; Comunitarismo; Coralidade. RESUMEN: Esto estudio desarrolla la hipótesis de que la América Latina fue tema importante en la cultura brasileña en los años 1960 y 1970, siendo la música popular uno de los movimientos más sintomáticos de este interés. Analisando algunas canciones de la época, el trabajo busca comprender las motivaciones históricas que trajeron el pensamiento comunitarista y la fulguración americanista hacia el centro de nuestras producciones artísticas, así como los procedimientos formales utilizados por los compositores, en especial el uso de la coralidad. PALABRAS-CLAVE: América Latina; Canción; MPB; Comunitarismo; Coralidad. 1. A ilha e as pontes “Eu sou apenas um rapaz latino-americano”. Este conhecido refrão cantado por Belchior confirma a popularidade de uma perspectiva que até o final dos anos de 1960 não era tão comum na cultura brasileira. Sua abertura enunciativa está afinada com uma tendência da canção brasileira que se declarava, aquela altura, abertamente latino-americana.
    [Show full text]
  • Session Handout Brazilian Carnival
    SESSION HANDOUT BRAZILIAN CARNIVAL Presenters Priscila Sartori – Brazil Ludmilla Marzano – Brazil Karla Mead - Brazil Session Handout Presenters Priscila Sartori Ludmilla Marzano Karla Mead Schedule 10 min: Introduction 10 min: Breakdown Forró 10 min: Breakdown Funk Carioca 10 min: Breakdown Axé 20 min: Breakdown Samba 60 min: Master Class (Total: 2 hours) Session Objective Learn 4 of the most exciting rhythms from Brazil, Forró, Funk Carioca, Axé, and Samba. Use them to spice up your classes, and to make your students feel as if they are at the Brazilian Carnival Festival in Brazil. Learn how to modify or intensify the rhythms with your special moves, by adding your own flavor to them. History & Background Forró From the Northeast of Brazil, Forró is the most popular rhythm danced. Different types of music can be used to dance the Forró. Traditionally, the three instruments used to play Forró are accordion, zabumba and a metal triangle. The dance becomes very different as you cross the borders of the Northeast into the Southeast. As part of the popular culture it is in constant change. The dance known as college Forró is the most common style between the middle-class students of colleges and universities in the Southeast, having influences of other dances like salsa and samba-rock. The traditional music to dance the forró was brought to the Southeast from the Northeast by Luiz Gonzaga, who transformed the baião (a word originated from baiano and assigned a warm-up for artists to search for inspiration before playing) into a more sophisticated rhythm. In later years, forró achieved popularity throughout Brazil, in the form of a slower genre known as xote, which has been influenced by pop-rock music to become more acceptable by Brazilian youth of Southeast, South and Central regions.
    [Show full text]
  • Universidade Do Rio De Janeiro Centro De Letras E Artes Instituto Villa Lobos Curso De Licenciatura Em Musica
    UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE LETRAS E ARTES INSTITUTO VILLA LOBOS CURSO DE LICENCIATURA EM MUSICA AS TRANSFORMACOES DO SAMBA URBANO NAS DECADAS DE: 1980, 1990 ATE OS DIAS ATUAIS. FRANKLIN RODRIGUES GAMA MO DE JANEIRO, 2005 AS TRANSFORMACOES DO SAMBA URBANO NAS DECADAS DE: 1980,1990 ATE OS DIAS ATUAIS por FRANKLIN RODRIGUES GAMA Monografia apresentada para conclusdo do curso de Licenciatura Plena em Educacäo Artistica — Habilitacao em MAsica do Instituto Villa-Lobos, Centro de Letras e Artes da UNIRIO, sob a orientacäo do Professor Luiz Ricardo da Cunha Ventura. Rio de Janeiro, 2005 A menuiria de Maria Helena Rodrigues Gama ii AGRADECIMENTOS Agradeco a minha mulher, Maria Stella, por facilitar o cumprimento de tal tarefa. Tambem a Gelson Gama que desde o meu principio como mUsico me fez entender a musica brasileira. Jorge Gama que nab me deixou desistir. Aos colaboradores Luiz Otavio, Ivam Paulo, Roberto Gnattali, Marcelo Pizzot, Bira Haway. A Monica Duarte (pura paciência). Ao meu orientador, Luiz Ricardo Ventura. A toda comunidade académica. Aos sambistas, agradeco pela manutencão do samba. A minha cachorra, Dina, que nos momentos de pesquisa sentava-se ao meu lado e numa companhia silenciosa colaborava para minha tranqiiilidade e finalmente, agradeco muito e em especial, a Maria Helena Rodrigues Gama, por prosseguir junto a mim nesta jornada mesmo sem estar aqui. iii GAMA, Franklin Rodrigues. As transformaceles do samba urbano na dócada de 1980, 1990 ate os dias atuais. Monografia (Licenciatura em Miisica) — Programa de Graduacao em Müsica, Centro de Letras e Artes, IVL (Instituto Villa — lobos/ IJNI — RIO).
    [Show full text]
  • Atualizado Em 07/12/2013 MUSICAS SOBRE a (Ou Inspirado Na
    Atualizado em 07/12/2013 MUSICAS SOBRE A (ou inspirado na) CIDADE DO RIO DE JANEIRO, SEUS BAIRROS, MORROS, FAVELAS, PRAIAS, BARES, ETC. Contribuições de membros do grupo aberto do facebook ‘Músicas dos bairros e lugares do Rio de Janeiro’ (criado no início de 2013, por Luiz Felipe Souza Coelho). (Ao final da lista há comentários, endereços de artigos, etc.) A ADEUS, MANGUEIRA (de Herivelto Martins e Grande Otelo) (Juscelino me chamou/ eu vou morrer de saudades, mas vou/ Adeus, Mangueira/ Adeus, meu Vigário Geral) com Trio de Ouro (Lourdinha Bittencourt, Herivelto Martins e Raul Sampaio) http://www.youtube.com/watch?v=LeucxV2F2AY ALAGADOS (de Bi Ribeiro, João Barone e Herbert Vianna: os Paralamas do Sucesso) com Paralamas http://www.youtube.com/watch?v=cfi9K97ulmE ALÔ MADUREIRA (de João Nogueira) com João Nogueira http://www.youtube.com/watch?v=3E2OuIZBLsw com Arlindo Cruz http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/arlindo-cruz/alo- madureira/2648308 AMANTE DO RIO (de e com) Martinho da Vila http://www.youtube.com/watch?v=SaPO6RPRTeM http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/martinho-da-vila/amante-do- rio/1757389 AMOR NAS ESTRELAS (de Fausto Nilo e Roberto de Carvalho) com Nara Leão http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=quQyN5-LuOc ; com Leila Pinheiro e Roberto Menescal http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=xtWIl3I0fy8 APANHEI UM RESFRIADO (de Sá Roris e Leonel Azevedo) com Almirante (Henrique Foréis Domingues) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=h01jV41a2ZQ AQUELE ABRAÇO (de
    [Show full text]