KARDEBRAILE

Órgão

da Sociedade Pró-Livro-Espírifa

em Braille

Ano XVI Março/Setembro. 1975 Ns. 57 e 58

Rio de Janeiro BRASIL EDIÇÕES

DO LIVRO ESPIRITA EM BRAILLE

Gráfica Editora SPLEB

Obras editadas

1957 — "O que é o Espiritismo" 1958 — "O Principiante Espírita" 1960 — "O Evangelho Segundo o Espiritismo" 1961 — "Biografia de Vultos Espíritas" 1963 — "O Livro dos Espíritos" 1965 — "O Livro dos Médiuns" 1971 — "O Céu e o Inferno" 1974 — "A Gênese" Reedições 1964/69 - "O que é o Espiritismo" 1965/69 -- "O Evangelho Segundo o Espiritismo" KARDEBRAILE

Órgão da Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille (Impresso em tinta e em Braille)

PUBLICAÇÃO SEMESTRAL

Ano XVI Março/Setembro 1975 Ns. 57 e 58

Diretor-Responsável Dire tor-Secre tário

Luis Antonio Millecco Marcus Vinícius Telles

Reda tor-Chef e José Moraes Ribeiro

Redatores Secretários 1 Fernando Jorge Uchôa, Oswaldo Santiago e Hercen Hildebrandt EXPANSÃO • DA ,SPLEB

Os textos espíritas, transcritos para o Braille, chegam a cegos espí­ ritas, instituições espíritas e Bibliotecas Públicas em 53 cidades, sendo 11 Capitais, a saber:

MANAUS (AM- ARAÇATUBA (SP) BAURU (SP) BELÉM ...... v (PA' BELÉM - i (SP) CAMPINA GRANDE'-(PB' CARANDIRU (SP) RECIFE (PE FRANCA (SP) ITABAIANINHA (SE MATÃO (SP) FEIRA DE SANTANA .... (BA' JUNDIAÍ (SP) SALVADOR . (BA PRESIDENTE PRUDENTE (SP) BELO HORIZONTE (MG RIBEIRÃO PRETO (SP) CAMBUQUIRA (MG SANTOS (SP) ITUMBIARA (GO SANTO ANDRÉ (SP) JUIZ DE FORA (MG SÃO PAULO (SP) LAMBARI (MG SOROCABA (SP) UBERABA (MG CURITIBA (PR) UBERLÂNDIA (MG CAUBÉ (PR) VITÓRIA (ES LONDRINA (PR) BARRA DO PIRAI (RJ FLORIANÓPOLIS (SC) CAMPOS (RJ SÃO FRANCISCO DO SUL (SC) CAXIAS (RJ XAPECÓ (SC) FRIBURGO (RJ PASSO FUNDO (RS) ITAPERUNA (RJ RIO GRANDE (RS) MURIQUI (RJ ITUIUTABA (MG) NITERÓI (RJ PALMELO (GO) PETRÓPOLIS (RJ CAMPO GRANDE (MT) REZENDE (RJ PARANAIBA (MT) (SPLEB) (GB S. BERNARDO DO CAMPO (SP) ANDRADINA (SP BAGÉ (RS)

EXTERIOR AGOLADA DE CIMA (CORUCHE) (PORTUGAL) LISBOA (PORTUGAL) PORTO (PORTUGAL) PÓVOA DE SANTA IRIA (PORTUGAL) ALQUEIRÃO (PORTUGAL) BUENOS AIRES (ARGENTINA) BADAJÓS (ESPANHA) CALIFÓRNIA (U.S.A.) EDITORIAL

DOIS EVENTOS, UM DESTINO

1825: surgia nova luz no século das luzes. Toda uma coletividade, até então castigada pelo preconceito e pela discriminação, começou a dar os seus primeiros passos, embora vacilantes, no caminho de sua libertação intelec­ tual. É que surgiu na gloriosa França de Kardec o enge­ nhoso sistema idealizado por Luis Braille. Através desse novo método de leitura, soava o "Abre-te Sésamo" que fa­ ria ruir por terra as muralhas de estagnação e obscuran­ tismo entre os quais jaziam aprisionados milhares de criaturas humanas que ansiavam, ao menos, por ilumi­ nação interior.

1825: raiava nova luz no século das luzes. Após pe­ ríodo em que todo um povo conheceu alternativas de caos e despotismo, começaria uma era nova em que as mais profundas transformações coincidiriam com o mais longo período de paz e estabilidade da história do Império Brasileiro. É que no Rio de Janeiro renasceu Longínus com o nome de Pedro de Alcântara, segundo imperador do Brasil. Após várias encarnações de sofrimentos volun­ tários, mais uma vez Longínus provava seu amor ao Cristo, aceitando-lhe a determinação de retorno às lides terrenas e, desta vez, reencarnaria sob o teto estrelado do Cruzeiro, na Pátria do Evangelho, Coração do Mundo.

Por que tão profunda significativa "coincidência"?

Que singular ligação poderia haver entre esses dois espíritos, na aparência, tão distintos um do outro?

Através de seu maravilhoso sistema, Luis Braille abriu clareiras na densa floresta em que vagavam desorientados os seus irmãos em provas. Com sua chegada ao poder, Pedro de Alcântara abriu caminhos para que sua Pátria se

5 aproximasse um pouco mais da ascenção luminosa que a espera.

Luis Braille, ao possibilitar leitura aos cegos, disse sem palavras: "Já não sois párias nem inválidos". Pedro de Alcântara, ao perceber que os cegos podiam ler, lavrou o decreto que instituía o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, exclamando: "A cegueira já quase não é uma des­ graça".

1825: criação do Sistema Braille, nascimento de Pe­ dro de Alcântara — dois eventos na realidade, todavia um só destino porque ambos foram luz e projetaram luz. Que o primeiro continue a advogar a causa daqueles a quem começou a libertar. Quanto ao segundo, sabemos que está hoje mais ao nosso lado do que nunca porque foi ele quem, no plano espiritual, ao lado de outros mensageiros de mais alto, projetou na Terra esse farol bendito que conhecemos com o nome de Sociedade Pró Livro Espírita em Braille.

«A VOZ BA SOCIEDADE PRÓ LIVRO ESPÍRITA EM BRAILLE»

Você leitor que é Splebiano ou Amigo da SPLEB, não deixe de ouvir e prestigiar o nosso Programa Radiofônico, que, sob a direção e apresentação de Luiz Antonio Milleco, é transmitido todos os domingos entre as 7,45 e 8,00 da manhã, através da onda da Rádio Rio de Janeiro, a "Emissora da Fraternidade" de proprie­ dade da Fundação Cristã Espírita e Cultural "Paulo de Tarso" — Ouça e fale com seus amigos.

6 EXPEDIENTE CORRESPONDÊNCIA: Redação e Administração Rua Tomás Coelho, 51 — Aldeia Campista -- ZC-11 -• 20.000

Recebemos e agradecemos KARDEBRAILE

DO EXTERIOR: * Não se responsabiliza pelos El Sol de Oro — Buenos Ayres artigos assinados. — Argentina Idealismo — Rafaela — Sta. * A parte editorial diz da sua Fé — Argentina orientação. Evolucion — Caracas — Vene­ * Não participa de polêmicas zuela nem as promove. DO BRASIL: * Aceita contribuições destina­ Brasília — DF das a manter em dia suas A Candeia edições. Goiás Goiás Espírita — Goiânia * Solicita artigos de colabora­ ção. Minas Gerais Espiritismo e Ciência — Juiz * Aceita noticiário sobre o mo­ de Fora vimento Espírita, no Brasil O Médium — Juiz de Fora e no Exterior. Divulgação Espírita Cristã — Uberlândia O Triângulo Espírita — Ube­ raba Rio Grande do Sul Esperanto-Aldono — Bagé Paraná O Mundo Espírita — Curitiba São Paulo, Capital O Imortal •— Cambe André . Luiz Despertador Pernambuco Jornal Espírita Boletim Depart. Mocidade FEP O Semeador — FESP — Recife Interior Rio de Janeiro, Capital A Nova Era — Franca O Cruzado — C.M.E. Comunicação — S. Bernardo O Idealista — do Campo Reformador — F.E.B. Correio Fraterno do ABC — S. Revista Estudos Espíritas — Bernardo do Campo Bento Ribeiro O Clarim — Matão Serviço Espírita de Informa­ Revista Internacional do Espi­ ções — SEI ritismo — Matão

Caso de Mudança, comunique seu novo endereço.

7 COLABORAÇÃO

SERVIR — Sentimento ou Obrigação? (J. Moraes Ribeiro)

"Cada um contribua segundo propôs no seu co­ ração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria"

(Paulo aos Corintios II — Cap. 9 v. 7)

— Neste trecho da 2.11 Epístola aos Corintios nos dá o Apóstolo Paulo o real sentido das palavras de Jesus: "A cada um segundo as suas obras." Uma vez mais, o Grande Apóstolo dos Gentios, mui sabiamente interpreta o espí­ rito que vivifica e não a letra que mata.

— Nós, os espiritistas, costumamos dizer que é assim que interpretamos o Evangelho do Cristo, isto é, em Espí­ rito e Verdade. Se assim fosse não estaríamos fazendo nada de extraordinário, estaríamos sendo, nada mais nada menos que, ESPÍRITAS.

— Acontece porém que uma grande parcela da cole­ tividade espírita está se deixando influir mais pela letra, incorrendo nos mesmos erros e desvios que, há vinte sé­ culos, os "Cristãos" têm incidido: sectarismo; intolerância; desamor. Estamos, talvez sem o sentirmos, criando uma "mentalidade espírita — cristã" tão fora da realidade dos ensinos e exemplos de Jesus e tão distante do Cristo como o tem feito a grande maioria dos "Cristãos" em todos os tempos.

8 — Reconhecemos a existência, no meio espírita, de inúmeras realizações de vulto em testemunho do "Amai-vos uns aos outros". As diversas modalidades de Assistência Social; as Campanhas do Quilo; as do Agasalho; as Visitas Fraternas etc. Mas sentimos também em todas elas, com raras exceções, a existência de um vazio que não permite às mesmas atingirem o idealismo, os propósitos e o des­ prendimento que as deviam envolver.

— As clarinadas que se fazem no chamamento das cria­ turas às boas obras devem ter como objetivo primordial o de tão somente "DESPPERTAR" e jamais o de "OBRI­ GAR". Qual será o mérito, ante Deus, daquele que atende constrangido pela obrigação ou amedrontado pelas incri­ minações, mas, jamais sentindo alegria no coração? Qual o mérito do que idealiza ou realiza, tendo no âmago algo de vaidade e presunção, porque necessita demonstrar que é "bom"?

— As boas obras não precisam ser precedidas de anúncios. Elas, quando sinceras, se exteriorizam espon­ taneamente, sem escolher dia, hora ou local.

— É imprescindível, pois já não é sem tempo, que nós os Espíritas despertemos para a realidade do Cris­ tianismo puro, real, singelo, ou seja, o Cristianismo ensi­ nado e exemplificado por JESUS que é só AMOR. Vamos pois: "ORIENTAR — exemplificando e não EXIGIR — criticando".

— Que cada criatura responda por seus próprios atos e deixemos a Deus somente a Deus o mérito de julgar.

9 TÓPICOS & NOTÍCIAS

— ELEIÇÕES: braile, tornando-se uma das pio­ No próximo mês de novem­ neiras, no Brasil, no trabalho bro o Conselho Deliberativo da de transcrever para o braille SPLEB estará se reunindo Or­ obras de interesse didático e dinariamente a fim de deliberar cultural para os cegos. sobre o seguinte: Por sua iniciativa pessoal man­ a) — Apreciar o Relatório da dou vir da América do Norte Presidência e o Balanço Anual uma máquina de escrever para da Tesouraria. escrita braille. Na década de 50, b — Eleger e Empossar a Di­ contando com a ajuda de sua retoria e Comissões que exer­ filha D. Maria Pego Amorim cerá o mandato no biênio 1976/ Joviano e sua irmã D. Maria 1977. Pego Santos, dedicou-se a trans­ crição para o braille do "O Pe­ — ESCOLA ESPÍRITA queno Dicionário da Lingua DE EVANGELIZAÇÃO Portuguesa", ficando constituído IRMÃO MARIUS: de 64 volumes. Esta transcirção Desde 17 de agosto de 1974 levou cerca de 4 anos e os vo­ acha-se em pleno funcionamen­ lumes respectivos foram doados to, em nossa Sede, esta Escola ao Instituto Benjamim Constant, de Evangelização para crianças, onde se acham em uma estante cujo nome é uma homenagem própria denominada "Julia Pego ao nosso inesquecível Fundador de Amorim". e Presidente Mario Travassos. Foi a Professora Julia uma Com aulas aos sábados no das fundadoras da Instituição horário de 15.00 às 15.40 horas, das Cegas Helen Keller, tendo sua frequência tem sido, em sido sua Secretária durante vá­ média, de 15 a 18 alunos na rios anos. faixa de 5 a 12 anos. No 2." sábado de cada mês, Em seu sepultamento rea­ após a aula, realiza-se uma reu­ lizado no dia 30 no Cemitério nião entre pais e professores. de São João Batista, com a presença de grande número de — PROFESSORA JULIA parentes, amigos e pessoas gra­ PEGO DE AMORIM: tas. A SPLEB se fez represen­ No dia 29 de novembro de 1974 tar por uma Comissão de Dire­ desencarnou, aos 95 anos de ida­ tores tendo a frente o Presidente de, esta nossa querida Amiga e Luiz Antonio Milleco. dedicada cooperadora da SPLEB. Além de grande Mestra do Ma­ — BRASIL, LENDAS, gistério de nosso Estado, foi ela MITOS E VERDADES: uma denodada Amiga dos Ce­ Eis o título da crônica que gos, a eles dedicando a maior Luiz Antonio Millecco escreve e parte de seu tempo tão logo se a Rádio Rio de Janeiro - a Emis­ aposentou como Professora Ju­ sora da Fraternidade transmite bilada. todas as quintas-feiras as 16.00 Inicialmente lia livros para horas. Nestas crônicas Luiz An­ os cegos. Depois aprendeu o tonio apresenta sob um prisma

10 espiritualista as coisas de nosso virava muito ao contato vigoro­ folclore. Não deixem de ouvi-la. so e sob fluidos potencializados dos denodados trabalhadores, — — CANTINHO DO é usada uma pequena tijeta. "CÍRCULO DE ESTUDOS ESTRELA DE BELÉM": O alfabeto é mudado de posi­ Graças ao trabalho que vem ção várias vezes durante as ses­ desenvolvendo o CEEB na pes­ sões que são realizadas com as quisa e comprovação da mediu- precauções de um trabalho de nidade nos cegos, mereceu a efeito fsíico. Os médiuns e assis­ SPLEB, da qual o CEEB é "fi­ tentes são recomendados a fazer lho", uma belíssima reportagem, um certo jejum, com abstinên­ inserida na Revista Internacio­ cia de carne, fumo e bebidas nal de Espiritismo — Matão, alcoólicas. A sessão é iniciada SP., em seu número de setem­ com uma prece e um comentá­ bro de 1974, intitulada: CEGOS rio evangélico, geralmente men­ ESTUDAM O ESPIRITISMO, sagens em braile. que, data vénia, vamos trans­ Enquanto o Prof. Millecco e crever: seus companheiros colocam os "Até o momento a "Sociedade dedos no copo e iniciam o tra­ Pró-Livro Espírita em Braile" balho mediúnico, os assistentes passou desapercebida no pano­ prolongam nos comentários rama espírita brasileiro. Foi o evangélicos. Mensagens de alto Jornalista Antônio de Souza Lu­ valor moral sao recebidas, assim cena, diretor do Museu Espírita como respostas a questões pro­ da Imagem e do Som, quem postas pelos assistentes. O tra­ foi encontrar esses notáveis balho medianímico é rápido, as companheiros na labuta da di­ letras erradas são imediatamen­ fusão da mensagem espírita, te corrigidas. Entre as manifes­ tarefa que foi abraçada con­ tações o Presidente roda várias juntamente ao estudo das obras vezes o alfabeto, que não é em básicas e consequente reforma braile nem em relevo. Nisto íntima. O jornalista Lucena in­ encontramos o ponto mais enig­ forma que o notável grupo da mático dos trabalhos. O Prof. SPLEB vem realizando sessões Millecco está desenvolvendo me- de tiptologia valendo-se do co­ diunidade psicográfica e já vem po com todos os proveitos que recebendo excelentes resulta­ a Providência Divina reserva aos dos: ele já redige nomes e fra­ seus trabalhadores nas tarefas ses. mais árduas. À frente do digno trabalho se encontra o Prof. O "Kardebraile" é o porta-voz Luiz Antonio Millecco, cego de da SPLEB. Urge que a imprensa nascença e dotado de faculda­ espírita dê uma maior cobertu­ des mediúnicas. Seus colabora­ ra a esse trabalho tão digno de dores mais de perto são: sua elogios e merecedor de todo o esposa D. Isa Millecco, Profes­ nosso aplauso. sora Iracema Hildebrandt e o O que está acontecendo na Wallace, todos cegos de nascen­ SPLEB muito nos sensibiliza e ça. Empregam, um alfabeto de­ constitui além disso, um evento senhado em cartolina e, em lu­ realmente sensacional no seio gar do tradicional copo, — que do Espiritismo."

11 SUPLEMENTO

SOCIEDADE PRÓ-LIVRO ESPÍRITA EM BRAILLE S P L E B RELATÓRIO E PRESTAÇÃO DE CONTAS 19 7 4 INTRODUÇÃO Ao recebermos das mãos do nosso companheiro Marcus Viní­ cius Telles o cargo que então ocupava de Presidente da SPLEB não ignorávamos as dificuldades que nos aguardavam. Tratava-se de prosseguir a obra ciclópica daquele que, como gênio tutelar, esteve à frente desta casa durante um período de pouco mais de duas décadas. Aliás, essas dificuldades já haviam sido por nós assinaladas tanto perante este Conselho quanto através do Progra­ ma "A Voz da Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille" ao enunciarmos o plano de ação a que nos propúnhamos. Todavia, confiados no Cristo, pusemos mãos à obra e com seu Divino auxílio, nosso programa de ação se desenvolve, normal e grada­ tivamente .

PRIMEIRA PARTE Dos registros constantes do Livro de Atas ressaltaremos os seguintes assuntos: 1 — Escola de Evangelização Irmão Marius — Em cumprimento ao seu programa de ação, a nova Direotria submeteu à Comissão Bibliográfica a criação de uma escola de Evangelho para crianças, que foi denominada Escola de Evangelho para crianças, que foi denominada Escola de Evangelização Irmão Marius, em homenagem ao nosso inesquecível presidente. A escola foi inaugurada dia 17 de agosto e tem tido a frequência média de 20 alunos. 2 — Cassete — Retomando e atualizando a antiga idéia das gravações SPLEB carinhosamente acalentada por Mário Travassos, estamos entrando, efetivamente, na área do Cassete. As gravações em cartucho não substituirão as obras em braile. Antes, comple­ tarão extraordinariamente o nosso trabalho, de vez que permitirão à SPLEB fazer, no que se refere à literatura espírita e espiritua­ lista, o que já estão fazendo outras instituições com relação à cultura geral, ou seja, atualizar os cegos ampliando-lhes o nível de informações e dinamizando-lhes o conhecimento. 3 — Verbas do MEC — a) A esperada verba do CENESP para 1973 (Cr§ 20.000,00) foi recebida e utilizada na compra de material de consumo; b) A verba de 1974, que orça em CrS 12.000,00 será empregada na compra de maquinaria, o que só não foi realizado por dificuldades de importação, de vez que não houve ainda res­ posta por parte das firmas consultadas na Alemanha e Inglaterra; c) Para 1975 foi solicitada ao CENESP a verba de CrS 17.500,00, que se destina à compra de uma prensa manual para colagem, um tesourão, e um esteriógrafo para matrizes.

12 4 — Comissão de Preparo de Eleições — Tendo em vista o cumprimento do artigo 23 do Regimento Interno foram propostos para integrar a Comissão de Preparo de Eleições, Maria Aparecida Gusmão Baptista, Elcy Fernandes, Vinícius Cuneo, Severiano da Silva, Osvaldo Fernandes. A referida Comissão deverá examinar proposta de chapa para o quatriênio 74/78. 5 — Comissão de Festas — Esta Comissão, constituída pelas consócias Elza Martinho Villard, Raphaela Milleco, Zélia Santiago, Ana Rodrigues de Araújo, Amyr de Medeiros, encarregou-se de efetivar, mediante organização de uma barraca, a participação da SPLEB na IX Feira da IX R.A. de . Este empreendi­ mento, levado a efeito nos dias 4, 5 e 6 de outubro, rendeu à SPLEB a quantia líquida de CrS 5.722,05 Acrescente-se a isso que o deputado Paschoal Citadino propôs a inclusão no orçamento de 1975 de uma verba de CrS 18.000,00 a ser distribuída entre as ins­ talações de beneficência que participaram da IX Feira da Pri­ mavera. A cada instituição caberá a quantia de CrS 1.000,00. 6 — A Voz da SPLEB — O programa da Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille continua sendo levado ao ar pela Rádio Rio de Janeiro, Emissora da Fraternidade, aos sábados, às 7 horas e 45 minutos. 7 — Apoio ao COPA e ao CEB — a) O Centro Operacional Pe­ dro de Alcântara, originário do Simpósio que a SPLEB promo­ veu em 1970, continua na medida de nossas possibilidades, rece­ bendo nosso apoio. Seu material de propaganda tem sido por nós publicado através de Kardebraile. e pela A Voz da SPLEB. b) Por sua vez, o Círculo de Estudos Estrela de Belém, nascido da última Bienal Splebiana, com a finalidade precípua de dar seguimento às pesquisas sobre fenômenos anímicos e mediúnicos nos cegos, con­ tinua levando a efeito suas atividades em nossa sede. 8 — Reunião de Reabastecimento — Por orientação de nossos instrutores espirituais, foi instituída uma reunião mensal de rea­ bastecimento para aqueles que militam na SPLEB e no Círculo de Estudos Estrela de Belém. A primeira reunião foi realizada no mês de novembro de 1973; esse encontro fraterno é levado a efeito na sede da SPLEB às últimas sextas-feiras de cada mês, das 16 horas e 30 minutos às dezessete horas. SEGUNDA PARTE Os seguintes dados extraídos dos Relatórios dos diversos órgãos dão a imagem de suas atividades: SECRETARIA: Expediente — Correspondência recebida: em tinta. 67; em brai- le, 20; telegramas, 2. Total: 89. Correspondência expedida: em tinta, 34; em braile, 18. Total: 52. Expedição: 804 volumes — Kardebraile em braile, 150; Karde­ braile em tinta, 360; A Gênese, 105; O Céu e o Inferno, 1; O Evan­ gelho segundo o Espiritismo, 150; O Livro dos Médiuns, 5; Voltei,

13 6; Contos e Apólogos, 5; O Evangelho em Casa, 2; O Livro dos Espíritos, 16; Alvorada Cristã, 2; O que é o Espiriitsmo, 2. TESOURARIA: A prestação de contas consta do Balanço anexo aprovado pela Comissão Fiscal. REUNIÕES: Diretoria e Comissões, 9; Comissão Bibliográfica, 9; Comissão Fiscal, 2; Culto, 50 (5 gratulatorias, 4 votivas, 4 palestras). Fre­ quência média, 50; Conselho Deliberativo, 1; Reabastecimento, 10. QUADRO SOCIAL: Sócios existentes — 334. CURSOS BALBINA DE MORAIS: Funcionou o curso de braile, com uma frequência de 16 alunos, alguns oriundos do Instituto de Educação. Diplomados, 7 alunos. Funcionou a Escola de Evangelização Irmão Marius com uma frequência média de 20 alunos. BIBLIOTECA CASEMIRO CUNHA: Encracia: em tinta, 5 vols.; em braile, 3 vols. Continua em curso a organização material da Biblioteca contendo, atualmente, 209 obras em braile e 210 em tinta. A Biblioteca de Cassete ainda está em fase de organização, contando já com fitas virgens e algum material gravado. DEPARTAMENTO EDITORIAL DA SPLEB a) Seção de transcrição: obras transcritas, 15 vols.; obras em transcrição, 11 vols. b) Seção de impressão: Reedições: Os Men­ sageiros, 4 vols.; Alvorada Cristã. 4 vols.; O Evangelho Segundo o Espiritismo, 85 vols.; O Livro dos Espíritos, 56 vols. Impressão: A Gênese (1.' vol.) Em fase de impressão, no I.B.C., os 2°, 3.°, 4.° e 5.° vols. de A Gênese, c) Encadernação: em brochura: 120 vols. prontos; em preparo, 38 vols.; encadernados: 47 vols. CONCLUSÃO Quando subimos uma montanha, temos duas alternativas: pri­ meira, olhamos para frente e nos deixamos envolver pelo desânimo por percebermos quanto ainda nos falta para atingirmos o cume; segunda, olhamos para tras e nosso coração se enche de alegria e gratidão a Deus porque notamos a distância que, por sua Infinita Misericórdia, nos separa dos obstáculos já superados. É exata­ mente essa atitude mental que adotamos ao concluirmos o pre­ sente Relatório. Não ignoramos que há muito a fazer, reconhece­ mos que estamos apenas no início de uma luta árdua e que, para vencê-la não poderemos poupar o máximo de nosso esforço e de nossa energia. Todavia, temos todos os motivos para confiar no amparo Divino que sabemos, não nos faltará. Ele se tem manifes­ tado através dos amigos espirituais que nos assistem e dos com­ panheiros encarnados que cooperam conosco, quer com seu trabalho, quer com sua crítica construtiva. Essa é a convicção que nos sustenta, esse é o entusiasmo que nos faz repetir com o nosso primeiro o inesquecível presidente: "Pra frente, custe o que custar".

14 SOCIEDADE PRÓ-LIVRO ESPÍRITA EM BRAILLE MOVIMENTO CONTÁBIL DO PERÍODO DE 1 11/73 A 31.10.74

Saldo existente MGVIMtllO Saldo existente CONTAS de 1-11-73 a em 31-10-73 31-10-74 em 3I-1U-74

ADMINISTRAÇÃO Créditos Mensalidades 71.689,36 21.883,00 93.572,36 Donativos Lista de Natal 5.997,35 4.852,80 10.850,15 Subvenções (CENESP) 31.995,1)0 31.995,00 Outros 54.552,58 2.193,08 56.745,66

Rendas Eventuais Vendas diversas (papéis, prendas, pescaria) 135,00 6.213,07 6.348,07 Juros (Bancos) 252,54 4.097,93 4.350,47 Letras da Eletrobrás 2.310,00 2.310,00 Juros e Resgate (Letras Eletrobrás) 974,50 1.282,59 2.257,09 Outros 11.414,53 11.414,53

TOTAL 145.015,86 74.827,47 219.843,33

Débitos Despesas com administr. 47.320,77 30.942 65 78.263,42 Despesas c/prest. da sede 58.000,00 12.000,00 70.000.00 Outras desp com a sede 29.155,71 2.497,40 31.653,11

TOTAL 134.476,48 45.440,05 179.916,53

SALDO 10.539,38 29.387.42 39.926,80

PLANO DE SUBSCRIÇÃO EDITORIAL Receita — Donativos 291,26 — 291,26 Débito 291,26 291,26 SALDO — — — COMPRA DE MAQUINA Receita — Donativos 1.579.31 — 1.579.31 Débito 236,36 236,36 SALDO 1.342,95 1.342,95

SALDO GERAL 11.882,33 29.387,42 41.269,75

RAPHAELA MILLECCO" MARIO KLINGER 1.' Tesoureiro Vice-Presidente • •• ®»

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( Expediente Rua Tomás Coelho, 51 \ de 2.a a 6.a feira Aldeia Campista das 9,00 às 11,00 ZC-11 — 20.000 e ! das 14,00 às 16,30 es