Kardebraile057 E

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Kardebraile057 E KARDEBRAILE Órgão da Sociedade Pró-Livro-Espírifa em Braille Ano XVI Março/Setembro. 1975 Ns. 57 e 58 Rio de Janeiro BRASIL EDIÇÕES DO LIVRO ESPIRITA EM BRAILLE Gráfica Editora SPLEB Obras editadas 1957 — "O que é o Espiritismo" 1958 — "O Principiante Espírita" 1960 — "O Evangelho Segundo o Espiritismo" 1961 — "Biografia de Vultos Espíritas" 1963 — "O Livro dos Espíritos" 1965 — "O Livro dos Médiuns" 1971 — "O Céu e o Inferno" 1974 — "A Gênese" Reedições 1964/69 - "O que é o Espiritismo" 1965/69 -- "O Evangelho Segundo o Espiritismo" KARDEBRAILE Órgão da Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille (Impresso em tinta e em Braille) PUBLICAÇÃO SEMESTRAL Ano XVI Março/Setembro 1975 Ns. 57 e 58 Diretor-Responsável Dire tor-Secre tário Luis Antonio Millecco Marcus Vinícius Telles Reda tor-Chef e José Moraes Ribeiro Redatores Secretários 1 Fernando Jorge Uchôa, Oswaldo Santiago e Hercen Hildebrandt EXPANSÃO • DA ,SPLEB Os textos espíritas, transcritos para o Braille, chegam a cegos espí­ ritas, instituições espíritas e Bibliotecas Públicas em 53 cidades, sendo 11 Capitais, a saber: MANAUS (AM- ARAÇATUBA (SP) BAURU (SP) BELÉM ......v (PA' BELÉM - i (SP) CAMPINA GRANDE'-(PB' CARANDIRU (SP) RECIFE (PE FRANCA (SP) ITABAIANINHA (SE MATÃO (SP) FEIRA DE SANTANA .... (BA' JUNDIAÍ (SP) SALVADOR . (BA PRESIDENTE PRUDENTE (SP) BELO HORIZONTE (MG RIBEIRÃO PRETO (SP) CAMBUQUIRA (MG SANTOS (SP) ITUMBIARA (GO SANTO ANDRÉ (SP) JUIZ DE FORA (MG SÃO PAULO (SP) LAMBARI (MG SOROCABA (SP) UBERABA (MG CURITIBA (PR) UBERLÂNDIA (MG CAUBÉ (PR) VITÓRIA (ES LONDRINA (PR) BARRA DO PIRAI (RJ FLORIANÓPOLIS (SC) CAMPOS (RJ SÃO FRANCISCO DO SUL (SC) CAXIAS (RJ XAPECÓ (SC) FRIBURGO (RJ PASSO FUNDO (RS) ITAPERUNA (RJ RIO GRANDE (RS) MURIQUI (RJ ITUIUTABA (MG) NITERÓI (RJ PALMELO (GO) PETRÓPOLIS (RJ CAMPO GRANDE (MT) REZENDE (RJ PARANAIBA (MT) RIO DE JANEIRO (SPLEB) (GB S. BERNARDO DO CAMPO (SP) ANDRADINA (SP BAGÉ (RS) EXTERIOR AGOLADA DE CIMA (CORUCHE) (PORTUGAL) LISBOA (PORTUGAL) PORTO (PORTUGAL) PÓVOA DE SANTA IRIA (PORTUGAL) ALQUEIRÃO (PORTUGAL) BUENOS AIRES (ARGENTINA) BADAJÓS (ESPANHA) CALIFÓRNIA (U.S.A.) EDITORIAL DOIS EVENTOS, UM DESTINO 1825: surgia nova luz no século das luzes. Toda uma coletividade, até então castigada pelo preconceito e pela discriminação, começou a dar os seus primeiros passos, embora vacilantes, no caminho de sua libertação intelec­ tual. É que surgiu na gloriosa França de Kardec o enge­ nhoso sistema idealizado por Luis Braille. Através desse novo método de leitura, soava o "Abre-te Sésamo" que fa­ ria ruir por terra as muralhas de estagnação e obscuran­ tismo entre os quais jaziam aprisionados milhares de criaturas humanas que ansiavam, ao menos, por ilumi­ nação interior. 1825: raiava nova luz no século das luzes. Após pe­ ríodo em que todo um povo conheceu alternativas de caos e despotismo, começaria uma era nova em que as mais profundas transformações coincidiriam com o mais longo período de paz e estabilidade da história do Império Brasileiro. É que no Rio de Janeiro renasceu Longínus com o nome de Pedro de Alcântara, segundo imperador do Brasil. Após várias encarnações de sofrimentos volun­ tários, mais uma vez Longínus provava seu amor ao Cristo, aceitando-lhe a determinação de retorno às lides terrenas e, desta vez, reencarnaria sob o teto estrelado do Cruzeiro, na Pátria do Evangelho, Coração do Mundo. Por que tão profunda significativa "coincidência"? Que singular ligação poderia haver entre esses dois espíritos, na aparência, tão distintos um do outro? Através de seu maravilhoso sistema, Luis Braille abriu clareiras na densa floresta em que vagavam desorientados os seus irmãos em provas. Com sua chegada ao poder, Pedro de Alcântara abriu caminhos para que sua Pátria se 5 aproximasse um pouco mais da ascenção luminosa que a espera. Luis Braille, ao possibilitar leitura aos cegos, disse sem palavras: "Já não sois párias nem inválidos". Pedro de Alcântara, ao perceber que os cegos podiam ler, lavrou o decreto que instituía o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, exclamando: "A cegueira já quase não é uma des­ graça". 1825: criação do Sistema Braille, nascimento de Pe­ dro de Alcântara — dois eventos na realidade, todavia um só destino porque ambos foram luz e projetaram luz. Que o primeiro continue a advogar a causa daqueles a quem começou a libertar. Quanto ao segundo, sabemos que está hoje mais ao nosso lado do que nunca porque foi ele quem, no plano espiritual, ao lado de outros mensageiros de mais alto, projetou na Terra esse farol bendito que conhecemos com o nome de Sociedade Pró Livro Espírita em Braille. «A VOZ BA SOCIEDADE PRÓ LIVRO ESPÍRITA EM BRAILLE» Você leitor que é Splebiano ou Amigo da SPLEB, não deixe de ouvir e prestigiar o nosso Programa Radiofônico, que, sob a direção e apresentação de Luiz Antonio Milleco, é transmitido todos os domingos entre as 7,45 e 8,00 da manhã, através da onda da Rádio Rio de Janeiro, a "Emissora da Fraternidade" de proprie­ dade da Fundação Cristã Espírita e Cultural "Paulo de Tarso" — Ouça e fale com seus amigos. 6 EXPEDIENTE CORRESPONDÊNCIA: Redação e Administração Rua Tomás Coelho, 51 — Aldeia Campista -- ZC-11 -• 20.000 Recebemos e agradecemos KARDEBRAILE DO EXTERIOR: * Não se responsabiliza pelos El Sol de Oro — Buenos Ayres artigos assinados. — Argentina Idealismo — Rafaela — Sta. * A parte editorial diz da sua Fé — Argentina orientação. Evolucion — Caracas — Vene­ * Não participa de polêmicas zuela nem as promove. DO BRASIL: * Aceita contribuições destina­ Brasília — DF das a manter em dia suas A Candeia edições. Goiás Goiás Espírita — Goiânia * Solicita artigos de colabora­ ção. Minas Gerais Espiritismo e Ciência — Juiz * Aceita noticiário sobre o mo­ de Fora vimento Espírita, no Brasil O Médium — Juiz de Fora e no Exterior. Divulgação Espírita Cristã — Uberlândia O Triângulo Espírita — Ube­ raba Rio Grande do Sul Esperanto-Aldono — Bagé Paraná O Mundo Espírita — Curitiba São Paulo, Capital O Imortal •— Cambe André . Luiz Despertador Pernambuco Jornal Espírita Boletim Depart. Mocidade FEP O Semeador — FESP — Recife Interior Rio de Janeiro, Capital A Nova Era — Franca O Cruzado — C.M.E. Comunicação — S. Bernardo O Idealista — Vila Valqueire do Campo Reformador — F.E.B. Correio Fraterno do ABC — S. Revista Estudos Espíritas — Bernardo do Campo Bento Ribeiro O Clarim — Matão Serviço Espírita de Informa­ Revista Internacional do Espi­ ções — SEI ritismo — Matão Caso de Mudança, comunique seu novo endereço. 7 COLABORAÇÃO SERVIR — Sentimento ou Obrigação? (J. Moraes Ribeiro) "Cada um contribua segundo propôs no seu co­ ração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (Paulo aos Corintios II — Cap. 9 v. 7) — Neste trecho da 2.11 Epístola aos Corintios nos dá o Apóstolo Paulo o real sentido das palavras de Jesus: "A cada um segundo as suas obras." Uma vez mais, o Grande Apóstolo dos Gentios, mui sabiamente interpreta o espí­ rito que vivifica e não a letra que mata. — Nós, os espiritistas, costumamos dizer que é assim que interpretamos o Evangelho do Cristo, isto é, em Espí­ rito e Verdade. Se assim fosse não estaríamos fazendo nada de extraordinário, estaríamos sendo, nada mais nada menos que, ESPÍRITAS. — Acontece porém que uma grande parcela da cole­ tividade espírita está se deixando influir mais pela letra, incorrendo nos mesmos erros e desvios que, há vinte sé­ culos, os "Cristãos" têm incidido: sectarismo; intolerância; desamor. Estamos, talvez sem o sentirmos, criando uma "mentalidade espírita — cristã" tão fora da realidade dos ensinos e exemplos de Jesus e tão distante do Cristo como o tem feito a grande maioria dos "Cristãos" em todos os tempos. 8 — Reconhecemos a existência, no meio espírita, de inúmeras realizações de vulto em testemunho do "Amai-vos uns aos outros". As diversas modalidades de Assistência Social; as Campanhas do Quilo; as do Agasalho; as Visitas Fraternas etc. Mas sentimos também em todas elas, com raras exceções, a existência de um vazio que não permite às mesmas atingirem o idealismo, os propósitos e o des­ prendimento que as deviam envolver. — As clarinadas que se fazem no chamamento das cria­ turas às boas obras devem ter como objetivo primordial o de tão somente "DESPPERTAR" e jamais o de "OBRI­ GAR". Qual será o mérito, ante Deus, daquele que atende constrangido pela obrigação ou amedrontado pelas incri­ minações, mas, jamais sentindo alegria no coração? Qual o mérito do que idealiza ou realiza, tendo no âmago algo de vaidade e presunção, porque necessita demonstrar que é "bom"? — As boas obras não precisam ser precedidas de anúncios. Elas, quando sinceras, se exteriorizam espon­ taneamente, sem escolher dia, hora ou local. — É imprescindível, pois já não é sem tempo, que nós os Espíritas despertemos para a realidade do Cris­ tianismo puro, real, singelo, ou seja, o Cristianismo ensi­ nado e exemplificado por JESUS que é só AMOR. Vamos pois: "ORIENTAR — exemplificando e não EXIGIR — criticando". — Que cada criatura responda por seus próprios atos e deixemos a Deus somente a Deus o mérito de julgar. 9 TÓPICOS & NOTÍCIAS — ELEIÇÕES: braile, tornando-se uma das pio­ No próximo mês de novem­ neiras, no Brasil, no trabalho bro o Conselho Deliberativo da de transcrever para o braille SPLEB estará se reunindo Or­ obras de interesse didático e dinariamente a fim de deliberar cultural para os cegos. sobre o seguinte: Por sua iniciativa pessoal man­ a) — Apreciar o Relatório da dou vir da América do Norte Presidência e o Balanço Anual uma máquina de escrever para da Tesouraria. escrita braille. Na década de 50, b — Eleger e Empossar a Di­ contando com a ajuda de sua retoria e Comissões que exer­ filha D. Maria Pego Amorim cerá o mandato no biênio 1976/ Joviano e sua irmã D. Maria 1977. Pego Santos, dedicou-se a trans­ crição para o braille do "O Pe­ — ESCOLA ESPÍRITA queno Dicionário da Lingua DE EVANGELIZAÇÃO Portuguesa", ficando constituído IRMÃO MARIUS: de 64 volumes.
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