Anistia Internacional
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ANISTIA INTERNACIONAL INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO © AP Photos / Imagine China Mulher chora após sua casa ser demolida no bairro de Yangji, município de Guangzhou, na província de Guangdong, China. Remoções repentinas e violentas foram executadas extensamente, quase sempre depois de ameaças e hostilidades contra os moradores. © AP Photos / Imagine China Lápides colocadas pelos ativistas da Anistia Internacional durante a Conferência da ONU relativa ao Tratado sobre o Comércio de Armas, realizada em Nova York, nos EUA, em julho de 2012. A ação visava a conscientizar sobre os efeitos do comércio desregulado de armas. © Control Arms- Andrew Kelly ANISTIA INTERNACIONAL A Anistia Internacional é um movimento mundial com mais de 3 milhões de apoiadores, membros e ativistas que se mobilizam para que os direitos humanos reconhecidos internacionalmente sejam respeitados e protegidos. Trabalhamos por um mundo em que cada pessoa possa desfrutar de todos os direitos contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em outras normas internacionais pertinentes. A missão da Anistia Internacional é desenvolver pesquisas e ações para prevenir e pôr fim aos abusos mais graves contra todos os direitos humanos: civis, políticos, sociais, culturais e econômicos. Desde a liberdade de expressão e de associação até a integridade física e mental, e desde a proteção contra a discriminação até o direito à moradia – esses direitos formam um todo indivisível. A Anistia Internacional é financiada,sobretudo, por seus membros e por doações privadas. Fundos governamentais não são aceitos nem buscados para investigar ou para fazer campanhas contra abusos dos direitos humanos. A Anistia Internacional é independente de quaisquer governos, ideologias políticas, interesses econômicos ou religiões. A Anistia Internacional é um movimento democrático cujas decisões políticas mais importantes são tomadas por representantes de todas as seções nacionais durante as assembleias do Conselho Internacional, que se reúne a cada dois anos. Os atuais membros do Comitê Executivo Internacional, eleitos pelo Conselho para que implementem suas decisões, são: Bernard Sintobin (Bélgica, Flandres – tesoureiro internacional), Guadalupe Rivas (México – vice-presidente), Julio Torales (Paraguai), Nicole Bieske (Austrália), Pietro Antonioli (Itália – presidente), Rune Arctander (Noruega), Sandra S. Lutchman (Países Baixos) and Zuzanna Kulinska (Polônia). Unidos contra a injustiça, trabalhamos juntos pelos direitos humanos. Publicado em 2013 Anistia Internacional Brasil Todos os direitos reservados. originalmente em inglês por Praça São Salvador, 5-Casa, Nenhuma parte desta Anistia Internacional Laranjeiras, CEP 22.231-170, publicação poderá ser Secretariado Internacional Rio de Janeiro - RJ reproduzida, armazenada Peter Benenson House email: [email protected] em sistema de recuperação 1 Easton Street ou transmitida, em qualquer Londres WC1X ODW Gráfica J. Sholna formato ou por qualquer Reino Unido R. Bonfim, 397 - São Cristóvão meio eletrônico, mecânico, CEP 20930-450 por fotocópia, gravação Tradução: Galeno Faé de Almeida Rio de Janeiro - RJ e/ou outros, sem a Revisão gramatical: Susana Azeredo autorização prévia Diagramação: Niura Fernanda ISBN: 878-86210-483-2 dos editores. Índice AI: POL 10/001/2013 © Amnesty International 2013 www.anistia.org.br www.amnesty.org ANISTIA INTERNACIONAL INFORME 2013 – ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO Este relatório abrange o período entre janeiro e dezembro de 2012. 13 Jovem refugiada malinesa no campo de refugiados de Tinfaguate, na região de Ayorou, no Níger, abril de 2012. Ela levou um tiro no braço ao tentar proteger sua filha durante um ataque das milícias contra seu vilarejo. © Amnesty International ÍNDICE INFORME ANUAL 2013 Sobre a AI Iêmen/88 Abreviaturas Índia/92 Irã/96 PARTE I Iraque/100 Introdução Israel/Territórios Palestinos Ocupados/104 Os direitos humanos não Itália/108 conhecem fronteiras/13 Japão /111 Líbia/112 PARTE II Mali/117 Países México/120 Afeganistão/33 Mianmar/124 África do Sul/36 Moçambique/127 Alemanha/40 Palestina/129 Angola/42 Paquistão/132 Arábia Saudita/44 Paraguai/136 Argentina/47 Peru/137 Austrália/49 Portugal/139 Bolívia/50 Reino Unido/140 Brasil/51 República Democrática do Congo/143 Canadá/55 Rússia/147 China/57 Síria/152 Colômbia/61 Somália/157 Cuba/66 Timor-Leste/160 Egito/68 Tunísia/161 Espanha/72 Turquia/165 Estados Unidos da América/75 Uruguai/168 França/79 Venezuela/169 Grécia/82 Zimbábue/171 Guiné-Bissau/84 Haiti/86 Informe 2013 - Anistia Internacional ABREVIATURAS ACNUR, a agência da ONU para os refugiados Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados AI Anistia Internacional CEDAW Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher CEDEAO Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental CERD Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial CIA Agência Central de Informações dos EUA CICV Comitê Internacional da Cruz Vermelha Comitê CEDAW Comitê da ONU para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher Comitê CERD Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura e das Penas ou Tratamentos Cruéis ou Degradantes Convenção da ONU contra a Tortura Convenção da ONU contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes Convenção da ONU sobre Desaparecimentos Forçados Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra os Desaparecimentos Forçados Convenção da ONU sobre Refugiados Convenção relativa ao Status dos Refugiados Convenção Europeia dos Direitos Humanos Convenção [Europeia] para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais EUA Estados Unidos da América FPNU Fundo de População das Nações Unidas LGBTI Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais ONG Organização Não Governamental OEA Organização dos Estados Americanos OIT Organização Internacional do Trabalho OMS Organização Mundial da Saúde ONU Organização das Nações Unidas OSCE Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa OTAN Organização do Tratado do Atlântico Norte PIDCP Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos PIDESC Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos Sociais e Culturais Relator especial da ONU sobre a liberdade de expressão Relator especial sobre a promoção e a proteção do direito à liberdade de opinião e de expressão Relator especial da ONU sobre a tortura Relator especial da ONU sobre a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes Relator especial da ONU sobre a violência contra a mulher Relator especial sobre a violência contra a mulher, suas causas e consequências Relator especial da ONU sobre povos indígenas Relator especial sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais dos povos indígenas SADC Comunidade de Desenvolvimento da África Austral UA União Africana UE União Europeia UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância Informe 2013 - Anistia Internacional © AP Photo/Hasan Jamali Manifestante do Bahrein com foto do ativista de direitos humanos encarcerado Nabeel Rajab. Dezembro de 2012. Defensores dos direitos humanos e outros ativistas foram hostilizados, detidos e condenados pelas autoridades, sendo vilificados pelos meios de comunicação estatais. INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL PARTE UM: INTRODUÇÃO 13 © Amnesty International O secretário-geral, Salil Shetty, e outros delegados da Anistia Internacional, com moradores da comunidade de Bodo, visitam o local de um vazamento de petróleo nos arredores da cidade de Bodo, na área do governo local de Gokana, estado de Rivers, na região nigeriana do Delta do Níger. Novembro de 2012. OS DIREITOS HUMANOS INTRODUÇÃO NÃO CONHECEM INFORME ANUAL FRONTEIRAS 2013 Salil Shetty, secretário-geral “A injustiça em qualquer lugar ameaça a justiça em todos os lugares. Estamos presos em uma rede inescapável de mutualidade, entrelaçados no tecido único do destino. Tudo o que afeta alguém diretamente afeta a todos indiretamente.” Martin Luther King Jr, "Carta da Prisão de Birmingham", 16 de abril de 1963, EUA No dia 9 de outubro de 2012, Malala Yousafzai, de 15 anos, foi atingida por um tiro na cabeça disparado por talibãs no Paquistão. Seu crime foi defender o direito das meninas à educação. Seu meio foi um blog. Assim como aconteceu com Mohamed Bouazizi, cujo ato em 2010 provocou uma onda de protestos que tomou o Oriente Médio e o norte da África, a determinação de Malala ultrapassou as fronteiras do Paquistão. A coragem e o sofrimento humanos, combinados ao poder das mídias sociais, livres de fronteiras, têm transformado nossa compreensão da luta por direitos humanos, igualdade e justiça e têm provocado uma mudança nos discursos sobre soberania e direitos humanos. Nos mais diversos lugares e enfrentando sérios riscos, as pessoas tomaram as ruas e os espaços virtuais para denunciar a repressão e a violência dos governos e de outros atores poderosos. Por meio de blogs, das redes sociais e da imprensa tradicional, criaram um sentimento de solidariedade internacional, que manteve viva a memória de Mohamed e os sonhos de Malala. Informe 2013 - Anistia Internacional 13 Essa coragem, somada à capacidade de comunicar um anseio profundo por liberdade, justiça e direitos, assustou os detentores do poder. Declarações de apoio às pessoas que protestavam contra a opressão e a discriminação contrastavam de modo