Cultura E Revolução Em Cuba Nas Memórias Literárias De Dois Intelectuais Exilados, Carlos Franqui E Guillermo Cabrera Infante (1951-1968)
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BARTHON FAVATTO SUZANO JÚNIOR ENTRE O DOCE E O AMARGO: cultura e revolução em Cuba nas memórias literárias de dois intelectuais exilados, Carlos Franqui e Guillermo Cabrera Infante (1951-1968). ASSIS 2012 BARTHON FAVATTO SUZANO JÚNIOR ENTRE O DOCE E O AMARGO: cultura e revolução em Cuba nas memórias literárias de dois intelectuais exilados, Carlos Franqui e Guillermo Cabrera Infante (1951-1968). Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP – Universidade Estadual Paulista para obtenção do título de Mestre em História (Área de Conhecimento: História e Sociedade.) Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Sampaio Barbosa. ASSIS 2012 Catalogação da Publicação Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da F.C.L. – Assis – UNESP Favatto Júnior, Barthon F272e Entre o doce e o amargo: cultura e revolução em Cuba nas memórias literárias de dois intelectuais exilados, Carlos Franqui e Guillermo Cabrera Infante (1951-1968) / Barthon Favatto Suzano Júnior. Assis, 2012 197 f. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Universidade Estadual Paulista. Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Sampaio Barbosa 1. Cuba – História – Revolução, 1959. 2. Intelectuais e política. 3. Exílio. 4. Franqui, Carlos, 1921-2010. 5. Cabrera Infante, Guillermo, 1929-2005. I. Título. CDD 972.91064 AGRADECIMENTOS A realização de um trabalho desta envergadura não constitui tarefa fácil, tampouco é produto exclusivo do labor silencioso e solitário do pesquisador. Por detrás da capa que abre esta dissertação há inúmeros agentes históricos que imprimiram nas páginas que seguem suas importantes, peremptórias e indeléveis contribuições. Primeiramente, agradeço ao Prof. Dr. Carlos Alberto Sampaio Barbosa, amigo e orientador nesta, em passadas e em futuras jornadas, que como um maestro soube conduzir com rigor e sensibilidade intelectual esta sinfonia. A ele e à historiadora Daisy de Camargo, o meu carinhoso reconhecimento à epígrafe, à amizade e às palavras de força nesses onze anos. Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa concedida, que possibilitou dedicar-me exclusivamente às atividades de pesquisa e à apresentação de seus resultados em eventos acadêmicos. À Prof.ª Dr.ª Sílvia Cezar Miskulin, da Universidade de Mogi das Cruzes, o reconhecimento pelas valiosas indicações e pelos empréstimos bibliográficos, bem como aos elegantes e imprescindíveis apontamentos e ao estabelecimento de importantíssimos contatos. Esta dissertação não deixa de ser um prolongamento da dissertação de mestrado da historiadora. Ao Prof. Dr. José Luis Bendicho Beired, da UNESP de Assis, que desde a minha graduação tem acompanhado e enriquecido minha trajetória acadêmica com sua visão crítica e lúcida da História. À Prof.ª Dr.ª Idalia Morejón Arnaiz, da Universidade de São Paulo, ao Prof. Dr. Jesús Barquet, da New Mexico State University e à Prof.ª Dr.ª Mariana Martins Villaça, da Universidade Federal de São Paulo, agradeço a disponibilidade, o entusiasmo com que acompanharam a pesquisa e o envio de artigos e livros imprescindíveis, muitos dos quais indisponíveis no Brasil. Ao amigo e cubanista Eduardo Ferraz Felippe (Carioca), doutorando em História Social na Universidade de São Paulo e à minha irmã, meu orgulho, Janayna de Cássia C. Suzano, professora do Depto. de Psicologia da Universidade Federal de São João Del Rey, o agradecimento pela leitura atenta das versões primárias dos capítulos. Para Estevão Augusto, meu cunhado, a gratidão pela valiosa ajuda na formatação do exemplar final desta dissertação. O seu amplo conhecimento das ferramentas deste “Admirável Mundo Novo” dirimiu os percalços para a confecção desta obra. De Assis, jamais poderia deixar de lembrar e agradecer aos docentes, funcionários e amigos da UNESP que enriqueceram e apoiaram minha jornada. Agradecimentos especiais aos funcionários Vânia Aparecida Marques Favato, da Biblioteca Acácio José Santa Rosa, e, Marcos Francisco D’Andrea, da Seção de Pós-graduação, que não mediram esforços em sanar dúvidas e solucionar querelas. Um “salve” caloroso aos parceiros de travessia intelectual e esbórnia criativa, os historiadores e historiadoras: Artur Sinaque Bez, Edméia Ribeiro, Edson José Holtz Leme, Fábio da Silva Sousa, Igor Luis Andreo, Lucas de Almeida Pereira, Marli Aparecida Rosa, Priscila Miraz de Freitas Grecco e Rafael Morato Zanatto. A vocês devo aprendizagens e momentos inesquecíveis. À minha família, onde tudo começou, reconhecimentos especiais. À minha mãe Sônia Aparecida Coelho, a gratidão pela vida e o reconhecimento pela luta. À minha avó Wilma Caretta, em memória, e à minha tia Ângela Maria Coelho, em memória, a eterna gratidão por guiarem meus passos ontem e hoje pelo caminho de luz. Aos meus padrinhos Dílson F. Bittencourt e Ana Maria C. Bittencourt, o reconhecimento pelo exemplo, pelo carinho e pelo apoio incondicional à realização de um sonho. Ao meu primo Marcos Rogério Bittencourt e família, o apreço pela amizade e pelas histórias memoráveis. Aos meus sogros Norberto Scavone Augusto e Sandra Moscheto, minhas estimas ao incentivo, ao acolhimento, à compreensão e ao respaldo em todos os momentos. E a Marcel e Josy Carrascoza, meus cunhados, a alegria por preencherem nossas vidas com Gabriel e Laurinha. Meu reconhecimento ao cão Guido pelo obstinado companheirismo nos longos dias de escrita solitária. E, enfim, à minha esposa, Alessandra Carrascoza, a eterna gratidão por desde a graduação e ao longo desta e de outras tantas empreitadas ter sido minha bússola e o meu norte, meu porto e meu suporte. Com amor, dedico-lhe a presente obra. Que às vezes se possa dizer que é doce não contradiz sua violência; muitos dizem que o açúcar é doce, mas eu acho o açúcar violento. Roland Barthes FAVATTO JÚNIOR, Barthon. Entre o doce e o amargo: cultura e revolução em Cuba nas memórias literárias de dois intelectuais exilados, Carlos Franqui e Guillermo Cabrera Infante (1951-1968). 2012. 197 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, Assis, 2012. RESUMO Entre o doce e o amargo, a cultura e a política, a revolução e o exílio, descortina-se a frágil e quase imperceptível fronteira das representações impressas nos livros de memórias de Carlos Franqui e Guillermo Cabrera Infante, que situam e definem contornos aos itinerários culturais e políticos desses dois intelectuais de esquerda dentro da Revolução Cubana. Amigos de longa data, desde tenra juventude em Habana Vieja, o jornalista Carlos Franqui e o renomado escritor Guillermo Cabrera Infante não somente apresentaram participações ativas dentro do processo revolucionário cubano como também, alguns anos depois, dele se tornaram dissidentes e ácidos críticos. Nesta pesquisa, utilizamos as autobiografias produzidas pelos dois autores a fim de compreender os meandros que os levaram do engajamento à dissidência, mapeando as nuances de uma página recente da história cultural de Cuba: o exílio levado a cabo pela intelectualidade cubana de esquerda em relação ao regime de Fidel Castro. Palavras-chave: Revolução Cubana; memórias; exílio; intelectuais; Carlos Franqui; Guillermo Cabrera Infante. FAVATTO JÚNIOR, Barthon. Between the sweet and the bitter: culture and revolution in Cuba in the literary memories of two intellectuals in exile, Carlos Franqui and Guillermo Cabrera Infante (1951-1968). 2012. 197 p. Dissertation (Master Degree) - UNESP – Univ. Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras, Assis, 2012. ABSTRACT Between the sweet and the bitter, the culture and the politics, the revolution and the exile, opens up the fragile and almost imperceptible boundary representations of the captured memoirs of Carlos Franqui and Guillermo Cabrera Infante who place contours and define the cultural and political routes of these two left-wing intellectuals in the Cuban Revolution. Longtime friends from early youth in Habana Vieja, the journalist Carlos Franqui and the writer Guillermo Cabrera Infante had not only active participation in the Cuban revolutionary process as well as a few years later became its dissidents and critics acids. In this research, we used the autobiographies produced by the two authors in order to understand the intricacies leaving them from the commitment to the dissent, mapping the nuances of a page's recent cultural history of Cuba: the exile carried out by Cuban intellectuals of the left against the Castro regime. Keywords: Cuban Revolution; memories; exile, intellectual, Carlos Franqui, Guillermo Cabrera Infante. LISTA DE SIGLAS Acnur Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados BRAC Buró de Represión a las Actividades Comunistas CNC Consejo Nacional de Cultura DER Diretório Estudantil Revolucionário DR Diretório Revolucionário Icaic Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos M-26/7 Movimento Revolucionário 26 de Julho NG Nueva Generación NT Nuestro Tiempo ORI Organizaciones Revolucionarias Integradas PCC Partido Comunista Cubano PCUS Partido Comunista da União Soviética PSP Partido Socialista Popular PURS Partido Unificado de la Revolución Socialista R Revolución Uneac Unión Nacional de Escritores y Artistas de Cuba ə Lunes de Revolución SUMÁRIO Introdução .............................................................................................................................. 10 Primeira Parte - Gênese 1 Nuestro Tiempo: a origem de la Sociedad e outros episódios da História Cultural Cubana.....................................................................................................................................33