LÍNGUA PORTUGUESA Ensino Fundamental II
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LÍNGUA PORTUGUESA Ensino Fundamental II Daniéla Ramos Vieira, Luziane Patricio Siqueira Rodrigues e Sonia Regina de Brito Fonseca Caneppa Fascículo 9 Unidades 20 e 21 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Governador Vice-Governador Wilson Witzel Claudio Castro Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação Leonardo Rodrigues Secretário de Estado de Educação Pedro Fernandes FUNDAÇÃO CECIERJ Presidente Carlos Eduardo Bielschowsky PRODUÇÃO DO MATERIAL CEJA (CECIERJ) Elaboração de Conteúdo Diretoria de Material Impresso Daniéla Ramos Vieira Ulisses Schnaider Luziane Patricio Siqueira Rodrigues Produção Gráfica Sonia Regina de Brito Fonseca Caneppa Fábio Rapello Alencar Diretoria de Material Didático Projeto Gráfico Bruno José Peixoto Núbia Roma Coordenação de Ilustração Design Instrucional André Amaral Flávia Busnardo Paulo Vasques de Miranda Programação Visual Alexandre d’Oliveira Design Instrucional Renata Vittoretti Capa André Amaral Revisão de Língua Portuguesa Equipe CEDERJ Copyright © 2019 Fundação Cecierj / Consórcio Cederj Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e/ou gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Fundação. C391 CEJA : Centro de educação de jovens e adultos. Ensino fundamental II. Língua portuguesa / Daniéla Ramos Vieira, Luziane Patricio Siqueira Rodrigues, Sonia Regina de Brito Fonseca Caneppa. Rio de Janeiro : Fundação Cecierj, 2019. Fasc. 9 – unid. 20 - 21 42p.; 21 x 28 cm. ISBN: 978-85-458-0195-5 1. Português. 2. Poesia. 3. Poema. 4. Versificação. I.Vieira, Daniéla Ramos. II. Rodrigues, Luziane Patricio Siqueira. III. Caneppa, Sonia Regina de Brito fonseca. 1. Título. CDD: 469.07 Referências bibliográficas e catalogação na fonte, de acordo com as normas da ABNT. Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sumário Unidade 20 5 Poesia, poema & versificação Unidade 21 25 Qual sua música preferida? Prezado(a) Aluno(a), Seja bem-vindo a uma nova etapa da sua formação. Estamos aqui para auxiliá-lo numa jornada rumo ao aprendizado e conhecimento. Você está recebendo o material didático impresso para acompanha- mento de seus estudos, contendo as informações necessárias para seu aprendizado e avaliação, exercício de desenvolvimento e fixação dos conteúdos. Além dele, disponibilizamos também, na sala de disciplina do CEJA Virtual, outros materiais que podem auxiliar na sua aprendizagem. O CEJA Virtual é o Ambiente virtual de aprendizagem (AVA) do CEJA. É um espaço disponibilizado em um site da internet onde é possível encon- trar diversos tipos de materiais como vídeos, animações, textos, listas de exercício, exercícios interativos, simuladores, etc. Além disso, também existem algumas ferramentas de comunicação como chats, fóruns. Você também pode postar as suas dúvidas nos fóruns de dúvida. Lembre-se que o fórum não é uma ferramenta síncrona, ou seja, seu professor pode não estar online no momento em que você postar seu questionamento, mas assim que possível irá retornar com uma respos- ta para você. Para acessar o CEJA Virtual da sua unidade, basta digitar no seu na- vegador de internet o seguinte endereço: http://cejarj.cecierj.edu.br/ava Utilize o seu número de matrícula da carteirinha do sistema de con- trole acadêmico para entrar no ambiente. Basta digitá-lo nos campos “nome de usuário” e “senha”. Feito isso, clique no botão “Acesso”. Então, escolha a sala da discipli- na que você está estudando. Atenção! Para algumas disciplinas, você precisará verificar o número do fascículo que tem em mãos e acessar a sala correspondente a ele. Bons estudos! Poesia, poema & versificação Língua Portuguesa - Fascículo 9 - Unidade 20 Objetivos de aprendizagem 1. reconhecer a importância das relações entre poema, poesia e o contexto sociocultural; 2. diferenciar poema de poesia; 3. identifi car elementos estruturais do poema; 4. reconhecer a concordância entre nomes e verbos. Ensino Fundamental II Poesia, forma textual que nos permite brincar com palavras para ex- pressar alegria, tristeza, dor, satisfação... Mas por que essa forma de expressão nos acompanha há séculos e ainda desperta tantos senti- mentos? Segundo Aristóteles, filósofo grego, há na humanidade uma disposição natural para a melodia e o ritmo, e, por isso, as pessoas tendem a se encantar pela poesia. Nessa unidade, vamos mergulhar na leitura de poemas. Vamos começar? 1. Linguagem poética Conotativo Significado que 1.1. Poesia e poema damos a uma palavra em função Poesia e poema não são sinônimos, apesar de, muitas vezes, serem de seu contexto, tratados como tal. A poesia é a forma textual pela qual expressamos fora do sentido literal. Por exemplo: nossos sentimentos em uma linguagem figurada, ou seja, utilizando as Essa menina é um palavras em seu sentido conotativo. É uma forma de fazer arte com anjo. (Significa que palavras. Já o poema é o gênero textual escrito de forma mais estrutu- a menina é doce, bondosa, segundo rada – geralmente, com as palavras organizadas em versos e estro- o imaginário fes – em que há poesia. Muitas vezes, faz uso de rimas e métrica, que popular conclui que veremos mais adiante. um anjo seja, no entanto não deve ser interpretado em 1.2. Conhecendo a poesia e o poema seu sentido literal, como se a menina Texto I tivesse asas e auréola.) Vozes-mulheres (Conceição Evaristo) Versos Cada linha do A voz de minha bisavó poema é chamada ecoou criança de verso. nos porões do navio. ecoou lamentos Estrofes de uma infância perdida. O agrupamento A voz de minha avó dos versos de um poema é chamado ecoou obediência de estrofe. aos brancos-donos de tudo. 6 Ensino Fundamental II A voz de minha mãe ecoou baixinho revolta no fundo das cozinhas alheias debaixo das trouxas roupagens sujas dos brancos pelo caminho empoeirado rumo à favela A minha voz ainda ecoa versos perplexos com rimas de sangue e fome. A voz de minha filha recolhe todas as nossas vozes recolhe em si as vozes mudas caladas engasgadas nas gargantas. A voz de minha filha recolhe em si a fala e o ato. O ontem – o hoje – o agora. Na voz de minha filha se fará ouvir a ressonância O eco da vida-liberdade. Como você sente após a leitura? Diferente do que algumas pessoas pensam, às vezes, a poesia não vai ter aquele “ar romântico”, mas sim crítico, falando sobre questões históricas e sociais. No entanto, nota- mos que a linguagem figurada, a expressividade, o despertar de senti- mentos permanecem. É isso que faz deste texto um poema, e não sim- plesmente um texto informativo sobre as angústias que a escravidão deixou. Sobre a “voz” do poema: diferentemente dos textos narrativos, em que temos um narrador, no poema, chamamos essa voz que apa- rece de eu-lírico. Língua Portuguesa - Fascículo 9 - Unidade 20 7 Texto II Morte e vida Severina (João Cabral de Melo Neto) [...] Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar algum roçado de cinza. Mas, para que me conheçam melhor Vossas Senhorias e melhor possam seguir a história de minha vida, passo a ser o Severino que em vossa presença emigra. [...] Literatura e cordel No Texto II, temos um exemplo de poema com inspiração na litera- É uma forma tura de cordel. impressa de texto poético produzido em uma linguagem informal, Texto III que aparece principalmente Epigrama n. 2 nas regiões Norte (Cecília Meireles) e Nordeste do país. Sua forma de És precária e veloz, Felicidade. recitar, ou seja, de falar, declamar a Custas a vir e, quando vens, não te demoras. poesia acontece em Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo, ritmo musical. 8 Ensino Fundamental II e, para te medir, se inventaram as horas. Felicidade, és coisa estranha e dolorosa: Fizeste para sempre a vida ficar triste: Porque um dia se vê que as horas todas passam, e um tempo despovoado e profundo, persiste. Note que os três textos apresentados até o momento são poemas, apesar de o Texto III – diferentemente dos Textos I e II – possuir uma escrita mais sistemática, tendo uma estrutura (quantidade de versos e estrofes) padronizada, inclusive com a preocupação de rimar palavras. Anote as respostas em seu caderno. Atividade 1 Sobre o Texto I, ao longo do poema, há uma passagem do tempo, marcada por acontecimentos que marcam épocas diferentes. De que épocas o eu-lírico está falando? O Texto II nos fala sobre a vida “Severinos”. Segundo o texto, como é essa vida? Justifique com versos do poema. O Texto III é escrito em uma estrutura semelhante aos demais tex- tos? Justifique com suas próprias palavras. Das alternativas a seguir, indique em seu caderno a que conclusão é possível chegar sobre os Textos I, II e III: O Texto I é uma poesia, e os Textos II e III são poemas. Os Textos I e II são poemas, e o Texto III é uma poesia. Os Textos I e I são poesias, e o Texto III é um poema. Todos os textos são poemas. Anote as respostas em seu caderno. Língua Portuguesa - Fascículo 9 - Unidade 20 9 2. A estrutura do poema O modo como os versos são organizados no papel pode realçar ou complementar o significado de um poema. Aversificação é a composição de um texto em versos. A métrica é a medida dos versos, isto é, o número de sílabas poéticas apresentadas em cada verso. A divisão em sílabas poéticas é baseada na maneira como a poesia é falada ou declamada e, por isso, nem sempre ela coincide com a divisão em sílabas gramaticais. Apenas para que você saiba mais, vale dizer que, quando contamos o Escansão número de sílabas poéticas de um verso, fazemos a sua escansão. É a divisão dos versos de um Curiosidades poema realizada Atualmente, há uma página na internet que realiza a escan- a partir de sua são de versos.