Instituto Histórico Da Ilha Terceira Boletim Hmórico
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INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA BOLETIM HMóRICO-DA hr—1 VOL. LI-LII 1 993-1994 INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA PATROCINADO E SUBSIDIADO PELA SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E CULTURA SEDE Edifício de S. Francisco DIRECÇÃO (1993-1994) Presidente - Dr. Álvaro Pereira da Silva Leal Monjardino Secretário - Dr. José Guilherme Reis Leite Tesoureiro - Dr. Francisco dos Reis Maduro Dias TODA A CORRESPONDÊNCIA DEVE SER DIRIGIDA À DIRECÇÃO DO INSTITUTO A publicação de qualquer trabalho não significa concordância do Instituto com as doutrinas, ideias ou conclusões nele contidas, que são sempre da responsabilidade exclusiva do autor. (Art0 15° do Regulamento do Instituto) INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA BOLETIM HMóRICO-DA Umm VOL. LI-LII 1993-1994 ANGRA DO HEROÍSMO BOLETIM DO INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA (31 de Dezembro de 1994) SÓCIOS CORRESPONDENTES : - Dr. Alberto Borges dos Santos - Doutor José Medeiros Ferreira - Doutor Alberto Vieira - Dr. José Olívio Mendes Rocha - Doutora Ana Ma Ferreira - Dr. José Pereira da Costa - Dr. António Santos Pereira - Almirante Jesus Salgado Alba - Doutor Avelino Meneses - Padre Júlio da Rosa - Doutora Carmen Maria Radulet - Leonel Holmes - Dr. Celestino Sachetti - Dr. Luís Manuel Machado Meneses - Dr1 Clara Sá Pereira da Costa - Doutor Luís Manuel Vieira Andrade - Dr. Daniel António Pereira - Eng" Luís Ricardo Hintze Ribeiro Jardim - Doutor Donald Warrin - Doutor Manuel Lobo Cabrera - Doutor Douglas Wheeler - General Manuel de Sousa Meneses - Doutor Eduíno de Jesus - Dr1 Maria Antonieta Soares de Azevedo - Ermelindo Ávila - Dr3 Maria Augusta Lima Cruz - Dr. Fernando Aires - Dr3 Maria Margarida Roque Lalanda Gonçalves - Doutor Fernando Castelo Branco - Doutora Maria Teresa Vermette - Dr. Fernando Rui Corte Real e Amaral - Dr. Mário Mesquita - Arq" Francisco Riopardense de Macedo - Dr3 Mary Lin Salvador - Dr. Gonçalo Nemésio - Dr. Miguel António Jasmins Pereira Rodrigues - Dr. Hugo Moreira - Miguel Figueiredo Corte Real - Dr3 Isabel Cid - Doutor Nereu do Vale Pereira - Cónego Doutor Isaías da Rosa Pereira - Dr. Nestor de Sousa - Dr. João Afonso Corte-Real - Doutora Norberta Bettencourt Amorim - João Gabriel Ávila - Doutor Onésimo Teotónio Almeida - Dr. Jorge Couto - Oriolando Sousa da Silva - Dr. Jorge Felizardo - Pedro da Silveira - Doutor José de Almeida Pavão - Ten-Cor. Dr. Rui Carita - José Leite Pereira da Cunha - Dr. Rui Martins - Ten. Cor. Eng0 José Magalhães Cymbron - Doutor Salvador Dias Arnaut - Dr. José Manuel Bettencourt da Câmara - Dr. Tomás da Rosa - Arq" José Manuel Fernandes - Dr. Victor Hugo Forjaz - Doutor José Martins Garcia - Dr. Victor Rodrigues INSTITUTO HISTÓRICO DA ILHA TERCEIRA (31 de Dezembro de 1994) SÓCIOS EFECTIVOS : Dr. Álvaro Pereira da Silva Leal Monjardino (Presidente) Prof. Doutor António Manuel Bettencourt Machado Pires Dr. António Maria de Orneias Ourique Mendes Emanuel Félix Borges da Silva Francisco Ernesto de Oliveira Martins Dr. Francisco dos Reis Maduro Dias (Tesoureiro) Dr. Helder Fernando Parreira de Sousa Uma Arqs Luis António Guizado Durão Luis Manuel Conde Vieira Pimentel Dra D. Mariana dos Prazeres Júlio Miranda Mesquita íUrKtradaBMtaFttiicaítajivodíkgiooHefásro) Padre Dr. Jacinto Monteiro da Câmara Pereira João Dias Afonso Padre Dr. João Maria de Sousa Mendes Dr. Jorge Eduardo Abreu Pamplona Forjaz Dr. José Guilherme Reis Leite (Secretário) Dr. José Leal Armas Coronel Alberto Hugo Rocha Lisboa (Governador do Castelo de São João Baptista) Dr. José Olívio Mendes Rocha (Director do Museu de Angra do Heroísmo) Dr. José Orlando Noronha da Silveira Bretão Dr. Rafael Valadão dos Santos Dr. Rui Ferreira Ribeiro de Meirelles Valdemar Mota de Orneias da Silva Gonçalves Dr. Victor Manuel Pereira Silva Duarte (Director Regional dos Assuntos Culturais) SÓCIOS HONORÁRIOS : Dr. Agnelo Orneias do Rego (Licenciado em Direito) Prof. Doutor Artur Teodoro de Matos (Prol. da Universidade Nova de Lisboa) Prof. Doutor Dante de Laytano (Director do Museu do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil) Drã D. Elsa Brunilde Lemos de Mendonça (Prof3 Electiva do Ensino Secundário) ArqQ Fernando Augusto Sousa Prof. Doutor Frederic Mauro (Prof. da Universidade de Paris) Dr. João Bernardo de Oliveira Rodrigues (Prof. Jubilado do Liceu de Ponta Delgada) Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão (Presidente da Academia Portuguesa de História) Prof. Doutor Joel Serrão (Prof. da Universidade Nova de Lisboa) Sua Exã Reverendíssima o Sr. D. José Pedro da Silva (Bispo resignatário de Viseu) Prof. Doutor José Enes Pereira Cardoso (Prof. da Universidade dos Açores) Dr. Manuel Coelho Baptista de Lima (Presidente Honorário do I.H.I.T.) Prof. Doutor Walter Fernando Piazza (Prof. da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil) Prof. Doutor Wilhelm Giése (Prof. da Universidade de Hamburgo) Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira 9 IV COLÓQUIO "OS AÇORES E O ATLÂNTICO" * Por: Aurélio da Fonseca Em nome de Sua Excelência o Presidente do Governo Regional e no meu próprio, na qualidade de Secretário Regional da Educação e Cul- tura, começaria por vos saudar, congratulando-me com a realização, por parte do Instituto Histórico da Ilha Terceira, deste seu IV Colóquio, subordi- nado ao tema "Os Açores e o Atlântico", desta feita em comemoração do cinquentenário da vinda das Forças Aliadas para os Açores. Hoje, volvido meio século, os Açores continuam, como a partir desse ano de 1943, a ser, não só peça fundamental para a política externa e de defesa de Portugal, como ponto chave para as potências continentais, no que toca à segurança do Atlântico Norte. Foi tremendo o impacto, no quotidiano pacato das gentes destas ilhas, ocasionado pela vinda, nesse período conturbado, de milhares de ho- * Discurso proferido pelo Secretário Regional da Educação e Cultura do Governo Regional dos Açores na sessão de Abertura do "IV Colóquio os Açores e o Atlân- tico", realizado em Angra do Heroísmo, de 7 a 9 de Outubro de 1993. 10 Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira mens de diferentes nacionalidades, com variadas formas de ser e de estar na vida. Algumas das suas consequências políticas, económicas, culturais e sociais ainda se projectam até aos nossos dias. Actualmente, não obstante o desanuviamento internacional decorrente da derrocada dos regimes comunistas do Leste Europeu e da reunificação da Alemanha, com a consequente passagem de uma bipolari- dade entre os dois grandes gigantes militares encabeçados pelos Estados Unidos da América do Norte e pela União das Repúblicas Socialistas So- viéticas, para a presente multipolaridade, não se vislumbra, infelizmente, a tão almejada paz e segurança indispensáveis para o progresso dos povos e das nações que enquadram o xadrez político contemporâneo. As profundas assimetrias de desenvolvimento e os recalcamentos resultantes do especinhar, de muitos anos de raízes étnicas, religiosas e culturais, inquestionavelmente diferentes que voltam de novo a vir à luz do dia, num desejo legítimo de afirmação e de defesa de uma identidade esmagada e ignorada, nalguns casos, de forma trágica e bárbara, durante demasiado tempo, fazem surgir, como cogumelos, conflitos que poderão ser apelidados de regionais, em novas zonas de instabilidade política. Do apoio à navegação à vela, passando pela hegemonia da pro- pulsão a carvão, com a necessidade do respectivo reabastecimento nesta zona do Atlântico, até à afirmação do poderio aéreo, nas décadas de 30/40, mais as comunicações telegráficas, com todos os cabos que por aqui foram amarrados, com um contributo inegável para o encurtar desse último grande conflito mundial que atormentou então a Humanidade, os Açores têm conti- nuado a estar presentes numa afirmação constante da sua importância geopolítica e geoestratégica. Da Guerra Fria, aos conflitos Israelo-Arabes, do combate nas Falklands à Operação Tempestade no Deserto, para desem- bocarmos, mais recentemente, no "Restaurar da Esperança" na Somália, tem sido um nunca mais parar de se tomar evidente, perante a comunidade internacional, que a nossa Região não é só importante como estação mete- reológica, como se mantém vital, face ao binómio custos/eficácia e qualidade dos resultados obtidos, como plataforma para intervenção num hemisfério muito alargado. Com a abertura ao exterior das sociedades do Centro e do Leste Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira 11 Europeu, com a globalização e internacionalização da economia que leva a uma liberdade de circulação de pessoas, bens, capitais e serviços de há muito desejada, mas que conduz a uma cada vez maior competição e concor- rência entre os povos e as nações, impõem-se novas formas de solidariedade e entreajuda tanto nacional como mundial, com especial destaque, no nosso caso, para a europeia. A melhoria do nível e da qualidade de vida das nossas gentes é demasiado evidente para ser negada. A integração na Comunidade Económica Europeia do nosso País permitiu à Região, com a sua autonomia, desenvol- ver-se e vir-se progressivamente a afirmar, graças ao disponibilizar de recursos financeiros adicionais, num clima de paz, de estabilidade e de confiança, que se contrapõe à guerra, à fome e à doença que grassam por tantas outras paragens. Não tenhamos contudo dúvida, até porque ultimamente todos estamos a senti-los na pele, nas nossas casas, na nossa vida colectiva, que todos estes acontecimentos, à escala Mundial, têm reflexos no nosso quotidiano. A crise é generalizada e se até afecta os grandes, onde temos tantos irmãos nossos emigrados, é inevitável que irá sobrar algo