As Casas De Câmara E Cadeia Nas Ilhas Dos Açores
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UNIVERSIDADE DO ALGARVE As Casas de Câmara e Cadeia nos Açores (séculos XV – XVIII) Mateus Eduardo da Rocha Laranjeira Dissertação de Mestrado em História da Arte (Especialização em História da Arte Portuguesa) Trabalho efectuado sob a orientação de: Professor Doutor José Eduardo Horta Correia Professora Doutora Renata Malcher de Araújo 2013 As Casas de Câmara e Cadeia nos Açores (séculos XV-XVIII) Declaração de autoria de trabalho Declaro ser o autor deste trabalho, que é original e inédito. Autores e trabalhos consultados estão devidamente citados no texto e constam da listagem de referências incluída. Mateus Eduardo da Rocha Laranjeira Copyright de Mateus Eduardo da Rocha Laranjeira. A Universidade do Algarve tem o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicitar este trabalho através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por qualquer meio conhecido ou que venha a ser inventado, de o divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribuição com objectivos educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que seja dado crédito ao autor e editor. 2 Aos meus Pais 3 Agradecimentos O presente trabalho contou com a colaboração e o apoio de diversas pessoas e instituições que ora passo a mencionar: - Gostaria de prestar os meus mais sinceros agradecimentos ao Professor. Doutor José Eduardo Horta Correia e à Professora Doutora Renata Malcher de Araújo, pela disponibilidade e acompanhamento ao longo de todo o trabalho, mas principalmente por nunca terem deixado de acreditar neste trabalho. - Agradeço, ainda às Câmaras Municipais de, - Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, na Ilha Terceira; - Lagoa, Ponta Delgada, Ribeira Grande, Vila Franca do Campo, em São - Miguel; - Madalena, no Pico; - Velas, em São Jorge; - Junta de Freguesia de Água de Pau, em São Miguel, pela documentação e desenhos técnicos que me disponibilizaram. - Ao Museu de Angra do Heroísmo, pela cedência de documentação. - Às Direcções das Casas dos Açores em Lisboa e Faro, pela cedência de documentação utilizada na execução deste trabalho. - Ao Sr. Ermelindo Ávila, pela disponibilidade, simpatia, conhecimento e documentação relativos à primitiva câmara das Lajes do Pico. - A todos os meus verdadeiros Amigos, que acompanharam a saga do mestrado nos últimos seis anos. - Aos meus amigos Sara Freitas Duarte e José Guilherme Ávila Brasil, que me acompanharam na recolha de material para este trabalho. - À minha prima Cátia Laranjeira Guimarães, pela disponibilidade e apoio logístico no levantamento fotográfico. - Aos meus Pais, sem o seu apoio jamais teria sido possível a finalização deste trabalho. A todos o meu muito obrigado Mateus Eduardo da Rocha Laranjeira 4 Resumo Palavras-chave: Açores, concelho, casa de câmara e cadeia, arquitectura, praça. As casas de câmara e cadeia dos Açores pertencem a uma tipologia específica da arquitectura civil, um modelo que teve as suas raízes, em Portugal, no século XIV. No século seguinte, já muitos dos concelhos então existentes tinham uma casa de câmara, construída propositadamente para albergar a vereação e a audiência, mais tarde também a cadeia – a tipologia estava formada. Quando os Açores começaram a ser povoados, a organização concelhia foi transposta da metrópole para as ilhas e, com ela, o tipo de casa de câmara e cadeia. As principais vilas e cidades que se criaram nos Açores tiveram, e têm, exemplares daquele tipo de casas, onde se destacavam das demais casas pelos atributos arquitectónicos que possuíam, tendo sido apropriados, com o tempo, a partir das casas nobres, dos castelos e das igrejas, sempre associados a símbolos de poder e nobreza. Falamos de torres, escadarias exteriores, alpendres, varandas, arcos e arcarias que eram adicionados às casas de câmara e cadeia, articulando-se entre si numa composição final que as distinguia de todos os outros edifícios da vila ou cidade. A comparação das casas de câmara e cadeia dos Açores com as suas congéneres, na metrópole e no Brasil, não só as integra numa mesma família de edifícios, mas também contribui para a afirmação da tipologia no panorama da arquitectura civil, conquistando um espaço na História da Arte Portuguesa. 5 Abstract Keywords: Azores, county, city hall, architecture, square. The city halls present in the Azores islands belong to a specific typology of civil arquitecture, a model that had its roots in Portugal in the 14th century. During the following century, most of the counties had city halls, intentionally built to lodge the houses of court and the municipality, but also to install the jail – the typology was created. When Azores began to be populated, the county organization was translated to the islands, and with it came the type of the city halls. The principle towns that were created in the Azores had, or still have, examples of that kind of houses. Those buildings detach from the regular houses by the presence of several architectural attributes that, in time, were appropriated. Those attributes were related to the noble houses, the castles and the churches, always connected to symbols of power and nobility. We’re talking about towers, outside staircases, porches, balconies, archs and arcades that were added to the city halls, articulated between each others in a final composition that distinguished them among the others buildings of the town. The confrontation of the Azorean city hall buildings with the resembling buildings of the metropolis and Brazil, not only integrate them in the same family of buildings, but also contribute for the statement of the typology in the civil architecture panorama, conquering its place in the Portuguese History of Art. 6 As Casas de Câmara e Cadeia nos Açores (século XV-XVIII) Índice……………………………………………………………………………………….7 Lista de abreviaturas……………………………………………………………………..10 Introdução……………………………………………………………………………...12 Capítulo 1 A organização concelhia portuguesa e a sua transposição para as ilhas dos Açores…………………………………………….....15 Capítulo 2 Ilha Terceira……………………………………………………...……………29 2.1. Sobre os primórdios do povoamento da ilha Terceira…………………..30 2.1.1. – A primeira câmara que se fez na ilha…………………………………...37 2.2. Angra do Heroísmo……………………………………………………………….39 2.2.1. – Evolução urbana…………………………………………………….……40 2.2.2. – A casa da câmara e a cadeia de Angra – séculos XV/XVI…………...43 2.2.3. – A casa da câmara e a cadeia de Angra – séculos XVII- XIX…….......46 2.2.4. – Descrição da casa de câmara e cadeia de Angra……………………..51 2.2.5. – A praça…………………………………………………………………….55 2.3. Praia da Vitória……………………………………………………………………..59 2.3.1. – Evolução urbana………………………………………...………………..59 2.3.2. – Casas de câmara da vila da Praia………………………………...…….68 2.3.3. – Descrição da casa de câmara e cadeia da Praia da Vitória – séculosXVI/XVII…………………………………………………….. 71 2.3.4. – A praça…………………………………………………………………….77 7 Capítulo 3 Ilha de São Miguel………………………………….……………………..79 3.1. Sobre os primórdios do povoamento da ilha de São Miguel…………..80 3.2. Vila Franca do Campo……………………………………………………………94 3.2.1. – Evolução urbana………………………………………………………….94 3.2.2. – A casa de câmara de Vila Franca do Campo – séculos XV/XVI.........98 3.2.3. – A casa de câmara e cadeia de Vila Franca do Campo – séculos XVI/XVII………………………………………………………………. 99 3.2.4. – Descrição da casa de câmara e cadeia de Vila Franca do Campo – século XVIII………………………………………………. 103 3.2.5. – A praça…………………………………………………………………...111 3.3. Ponta Delgada…………………………………………………………………….113 3.3.1. – Evolução urbana….............................................................................113 3.3.2. – A casa de câmara de Ponta Delgada – séculos XV/XVI………… 117 3.3.3. – A casa de câmara e cadeia de Ponta Delgada – séculos XVII e XVIII………………………………………………………………….. 121 3.3.4. – O milagre da sua sobrevivência……………………………………….124 3.3.5. – Descrição da casa de câmara e cadeia de Ponta Delgada…………132 3.3.6. – A praça………………………………………….………………………..140 3.4. Ribeira Grande………………….…………………………………………………142 3.4.1. – Evolução urbana…………………………………………………………142 3.4.2. – A casa de câmara e cadeia da Ribeira Grande………………….……155 3.4.3. – Descrição da casa de câmara e cadeia da Ribeira Grande………….157 3.4.4. – A praça……………………………………………………………………168 3.5. Lagoa…………………………………………………………………………………171 3.5.1. – Evolução urbana…………………………….……………………………171 3.5.2. – As primeiras casas de câmara e cadeia da Lagoa – séculos XVI-XVIII……………………………………………………………….. 175 3.5.3. – A casa de câmara e cadeia da Lagoa – século XIX…………………..176 3.5.4. – Descrição da casa de câmara e cadeia da Lagoa…………………….178 3.5.5. – A praça……………………………………………………………………183 8 Capítulo 4 Ilhas do Faial, Pico e São Jorge…………...………………………186 4.1. Ilha do Faial......................................................................................................189 4.1.1. – Horta………………………………………...…………………………...192 4.1.2. – A casa de câmara e cadeia da Horta – séculos XVII-XIX……….….196 4.1.3. – A praça…………………….……………………………………………..201 4.2. Ilha do Pico.......................................................................................................206 4.2.1. – Lajes do Pico………………………………………………………….…208 4.2.2. – A casa de câmara e cadeia das Lajes do Pico – séculos XVI-XX.…210 4.2.3. – A praça……………………..…………………………………………….212 4.2.4. – Madalena do Pico…………………………………….…………………214 4.2.5. – A casa de câmara e cadeia da Madalena do Pico…………………...217 4.2.6. – Descrição da casa de câmara e cadeia……………………………….219 4.2.7. – A praça…………………………………………………………………...222 4.3. Ilha de São Jorge............................................................................................225