COMPANHIA ANTONIO GADES APRESENTA FUEGO EM SETEMBRO NA CAPITAL

Espetáculo concebido por Antonio Gades e foi inspirado no balé . Porto Alegre recebe apresentação dia 25 de setembro no Teatro do Bourbon Country

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A Companhia Antonio Gades traz a Porto Alegre Fuego, espetáculo de Antonio Gades e Carlos Saura inspirado no balé El Amor Brujo, de . Com realização da Opus Promoções e da Dell’Arte Soluções Culturais, a montagem terá apresentação única no Teatro do Bourbon Country dia 25 de setembro, às 21h.

Estreada em 1989 no Théâtre du Châtelet, em Paris, Fuego cativou o público parisiense que presenciou as primeiras interpretações do balé. Uma longa turnê pela França, Itália, Alemanha, Suíça, Japão e Brasil seguiu-se à estreia. O espetáculo integra as comemorações do 10º aniversário da morte de Antonio Gades (1936-2004), ícone maior da dança flamenca.

Pouco antes de criar a obra, Gades passava por uma dificílima situação pessoal. A ruptura com a sua esposa, Pepa Flores, além do falecimento do seu pai e a trágica morte do seu irmão Enrique, quem até então era parte da Companhia. Cansado também das constantes turnês do seu balé ao redor do mundo, decidiu se afastar dos palcos. Começou, então, um período de reflexão e descanso, que encerra em 1989, chamado por vários projetos artísticos entre os quais está a inauguração da Ópera do Cairo, a participação na celebração dos dez anos da criação do Balé Nacional da Espanha e o pedido do Teatro de Châtelet de Paris para a realização do balé Fuego.

O estado de ânimo de Gades se reflete nessa obra que tenta fugir da fantasia do roteiro original contando a história de uma alienação mental e rodeando-a de uma atmosfera onírica e tenebrosa. A sua breve existência nos permite uma aproximação, hoje, a uma obra de Gades quase como se fosse a primeira vez. Muitos dos recursos empregados ali nunca se repetiram, e constituem hoje uma surpresa que fazem com que a obra mantenha o seu frescor.

Antonio Gades soube reunir grandes profissionais para trabalharem em conjunto na execução das suas obras: Carlos Saura, Gerardo Vera, o Maestro Jesús López Cobos, Rocío Jurado são alguns dos grandes nomes que se uniram para essa versão cênica de El Amor Brujo. Além disso, durante a montagem, contou com Goyo Montero como maestro de baile, o iluminador Dominique You (hoje Diretor Técnico da Companhia Antonio Gades), e a atual Diretora Artística da Companhia, Stella Arauzo.

SINOPSE DE FUEGO

Prólogo Com a cortina abaixada começam a ser ouvidos os primeiros acordes de El Amor Brujo, aqueles que servirão de tema para “o fantasma”. A música prossegue mais misteriosa e envolvente... Sobre essa introdução, ouve-se um ritmo trepidante de sapateio e palmas que pouco a pouco toma conta do ambiente sonoro. Levanta-se a cortina.

1 - Briga O ritmo se intensifica e acentua quando vemos no palco, iluminados por feixes de luz, uns vinte homens que brigam aos pares utilizando navalhas e bengalas marcando o ritmo com os seus gestos e movimentos. É uma briga de morte ritualizada pela dança. Os homens mudam de par, evoluem pelo palco estabelecendo contrastes de movimentos e atitudes. Entre aqueles que brigam se destaca José, um homem alto, de traços marcantes, de cigano, que manipula com habilidade de especialista uma navalha. O seu adversário não o ataca. Avançam e retrocedem até que em um descuido de José, ele é esfaqueado pelo seu adversário.

José está ferido de morte e cambaleia. O seu adversário para assustado. Todos os homens param de brigar. Saem do palco abandonando a José. A luz se concentra sobre ele que, com lentidão exasperante, vai caindo. Finalmente, José cai ao chão e ali permanece imóvel, morto. Nesse momento ouvem-se os agressivos compassos do início de El Amor Brujo e tudo escurece e assim permanecerá até o final da música.

2 - Varal O palco se ilumina lentamente. O palco está dividido em dois espaços definidos, à direita encontra-se o destinado ao varal. Lentamente descem os lençóis brancos que estão pendurados de uma espécie de balanços presos por cordas. Parecem sudários iluminados por uma penumbra que pouco a pouco vai abrindo.

Amanhece no povoado e vão entrando no decorado os homens, que trazem cadeiras e bancos de palha, os músicos surgem com os seus violões. Começam a sentar. Os músicos afinam os seus instrumentos. Tudo em um ambiente relaxado, sem pressas. Vai se definindo uma melodia, um ritmo e alguém começa uma canção... Vão surgindo sobre o palco as mulheres cantando em coro a canção, que agora se generaliza. A maioria das mulheres é jovem, e estão vestidas com saias e blusas de cores fortes, levam cestos e baldes para recolher a roupa penduradas nos varais. Agora domina a claridade, a brancura. As mulheres começam a retirar os lençóis. Entre essas mulheres está Candela, uma jovem atrativa, protagonista desta história. Enquanto vão recolhendo a roupa, as mulheres se divertem rindo de Candela, que vai se casar em um mês com Carmelo. Cantam e dançam o Tanguillo pa cuando es la bosa em um ambiente cordial e divertido. A dança se torna mais sensual e provocante. A dança termina entre gritos, brincadeiras e risadas. As mulheres recolhem os seus baldes, os seus cestos com a roupa e vão saindo do palco deixando a Candela sozinha. Do grupo de homens vem Carmelo procurando por Candela, a sua noiva está com ela e o casa começa uma dança a dois, intensa e apaixonada.

Mudam as luzes e o casal de isola de tudo e de todos. Quando a dança se torna mais íntima e Carmelo e Candela se abraçam, ouvem-se os primeiros acordes de El Espectro. De repente, como iluminado por um relâmpago, surge José "O fantasma", que vem do mundo das trevas para perturbar os apaixonados. Candela não pode conter a atração que sente por ele e, como levada por uma estranha e escura força interior que a puxa, tenta ir ao seu encontro, mas Carmelo a impede. A partir de então "o fantasma" perseguirá o casal sempre que tentem se amar.

3 - Natais Todo mundo reunido para comemorar o Natal. Formando grupos de famílias, aos quais ocasionalmente se integram algumas amizades, sentam-se nas cadeiras de palha ao redor dos fogões e utilizam instrumentos típicos: panderetas e pandeiros, zabumba e pilões, cantam e dançam com alegria canções de Natal. Vemos a Candela e a Carmelo que participam da festa cantando e dançando animadamente. Quando a festa está em seu apogeu surge, iluminado violentamente, "o fantasma". Todo mundo fica imóvel, "o fantasma" desaparece com a mesma rapidez com que surgiu.

O tempo parece parar para todo mundo, exceto para Candela, que como em transe, começa a dançar a canção de Falla: “Eu não sei, não sei o que há comigo…” Todos permanecem imobilizados, paralisados, surpresos como em uma fotografia instantânea, enquanto Candela dança entre eles. Quando Candela acaba de dançar, volta a vida, o movimento, o ritmo, as canções e o ambiente de festa de antes, como se nada tivesse acontecido... A festa continua e todos vão saindo do palco, exceto Candela, que alguma força misteriosa a mantém presa no lugar... Quando Candela está sozinha no palco ouvem-se novamente os acordes de "o fantasma". Surge o fantasma iluminado violentamente, Candela, transtornada, puxada por uma força irresistível, começa a caminhar em sua direção. Dançam La danza del terror, uma dança violenta e ritualizada. Os violões, ao final, misturam-se aos pandeiros.

4 - O Orvalho Homens que se fazem de cavalo, com mulheres nas costas, surgem no palco. As mulheres desmontam e começam a dançar por "sevillanas" ao som do pandeiro. O grupo se recolhe e canta Y tu mirar. Nesse momento surgem no palco, pela esquerda, Candela e Carmelo. Aproximam-se lentamente até se encontrarem e, sem se tocarem, giram um ao redor do outro em uma dança amorosa, lenta e formal.

Agora dançam todos novamente, o ritmo se acelera e os casais evoluem no palco. Todos param quando um casal dança "sevillanas", um casal cinquentão com a sabedoria ancestral da sua raça. A esse casal unem-se os demais. A dança se generaliza e todos voltam a participar da festa enquanto as "sevillanas" se tornam mais primitivas e rituais. E chega a tarde... A luz se torna misteriosa. Canta-se novamente Y tu mirar e Carmelo dança com Candela uma "sevillanas" lenta, densa, carregada de emoção e sentimento... Nesse momento se ouvem os acordes que anunciam "o fantasma". O casal de separa. Mais uma vez "o fantasma" vem perturbar a suas vidas.

5 - A Feiticeira Enquanto Candela permanece desolada no palco, Carmelo vai procurar a Feiticeira. Surge Carmelo com a Feiticeira. Ela se dirige ao lugar onde está Candela. Candela à esquerda e Carmelo à direita da Feiticeira, permanecem imóveis enquanto ela começa o seu ritual. A feiticeira faz o seu exorcismo. No centro do palco surge um feixe de luz vermelha que simboliza o fogo. Soam as primeiras badaladas que antecedem a Danza del Fuego. Ao seu compasso, vão surgindo na parte decorada todos os homens e mulheres do povoado e vão ocupando o palco.

6 - A Dança do Fogo Começa a Dança do Fogo. Ao redor da fogueira, vão se organizando homens e mulheres. Com exceção de Carmelo todos dançam a dança do fogo. Fazem um círculo luminoso e ao redor dele dançam em ritual. Candela dança cada vez mais compenetrada, contagiada pela intensidade da música. O ritmo se acelera até ter espasmos... Candela entra em transe. Todos ficam à sua volta. Candela, no limite das suas forças, cai no círculo de fogo desmaiada, como se estivesse morta...

O fogo se apaga lentamente. Todos se afastam dali, deixando Candela sozinha no palco. É quando surge Carmelo. Encaminha-se até a mulher que jaz no chão. Ajoelha-se junto a Candela quando o fogo começa a se extinguir. Ouve-se, ao longe, os acordes de "o fantasma". Será possível que a dança do fogo não tenha conseguido eliminar o malefício? Levantam-se Carmelo e Candela, e começam a dançar juntos. Dançam o baile de El Fuego Fatuo. O malefício parece definitivamente eliminado! Mas não... Torna-se a ouvir os acordes da música "o fantasma". Aparece "o fantasma". Mas desta vez, Carmelo está disposto a lutar contra ele e consegue, mesmo com dificuldade, levar Candela com ele.

7 - O Final O povo todo acompanha Candela e Carmelo no espaço cênico para enfrentar "o fantasma". O casal fica no centro e os demais se afastam para permanecerem na penumbra, esperando os acontecimentos. Uma vez no centro do cenário, Carmelo dança com Candela uma dança apaixonada. Quando a melodia faz alusão à música "o fantasma", ele aparece iluminado de forma brilhante. Assim como surgiu, desaparece e Candela e Carmelo dançam novamente. "O fantasma" torna a aparecer, para novamente sumir... Surge novamente "o fantasma" marcando os compassos agressivos que o anunciam. "O fantasma", imagem do mal, do inferno, da morte.

Na sua frente se organiza o povo: a vida. Todos cantam "Tú eres aquel mal gitano..." Como reação, "o fantasma" inicia um ritmo selvagem, tentando dominar o espaço sonoro. Mas os grupos de homens e mulheres se organizam e seguem o trepidante ritmo, avançando em direção a "o fantasma". “O fantasma” se enfrenta ao povo, que retrocede perante a sua força... Reorganizam-se e avançam contra ele, cercando-o. “O fantasma” não consegue se enfrentar à sua avassaladora força, e fica encurralado. No final, “o fantasma” é derrotado e desaparece na multidão. O decorado escurece... Amanhece e se ouve a canção de Falla: “Ya está despuntando el día” Surgem no cenário Candela e Carmelo vestidos para o casamento. O povoado todo está contente com a celebração do casamento.

8 - O Casamento Soam os primeiros acordes de Alborea interpretada no violão. Um grupo de homens se dirige até onde está Carmelo e o erguem, carregando-o nos ombros. Enquanto isso, as mulheres estão cantando Alborea “Hermanita de mi alma…” Os dois grupos de organizam atrás e ao redor dos noivos e como se fossem passos da Semana Santa, passeando-os pelo cenário, seguindo o ritmo da canção. Os dois grupos se separam, abrem e se enfrentam... No meio do alvoroço final, e, finalmente, os noivos se encontram e se abraçam. Descem das alturas e uma vez em terra, alguém grita: “Viva os noivos! Que dancem os noivos!”. Todos começam a bater palmas seguindo um ritmo e Candela e Carmelo dançam por tangos em braços do povo todo.

FICHA ARTÍSTICA

Coreografia e cenografia: Antonio Gades e Carlos Saura Decoração e vestuário: Gerardo Vera Iluminação: Gades, Saura, You Música El Amor Brujo, de Manuel de Falla: Gravação da Orquestra Nacional da Espanha dirigida por Jesús López Cobos. Músicas interpretadas por Rocío Jurado Composições e arranjos: Gades, Solera e Freire Direção artística: Stella Arauzo Direção geral: Eugenia Eiriz Patronato: María Esteve (Presidenta), Eugenia Eiriz e Josep Torrent Corpo de baile: María Nadal, Mayte Chico, Silvia Vidal, Ana del Rey, Virginia Guiñales, Luisa Serrano, Carolina Pozuelo, Raquel Ortega, Jairo Rodríguez, Elías Morales, Pepe Vento e Álvaro Guitarristas: Antonio Solera e Camarón de Pitita Maestro de Baile: Goyo Montero Direção técnica e de produção: Dominique You Técnico de Luzes: Marc Bartolo Técnica de som: Beatriz Anievas Técnica de vestuário: Carmen Sánchez

Solistas: Candela - Mª José López / Esmeralda Manzanas Carmelo - Miguel Lara / Jacob Guerrero Fantasma - Miguel Ángel Rojas Feiticeira - Ángela Núñez “La Bronce

SOBRE ANTONIO GADES

Antonio Gades nasceu em Elda (Alicante), em novembro de 1936, no seio de uma família humilde. Nesse mesmo ano, o seu pai parte voluntário à frente de combate de Madri, em defesa da República Espanhola e posteriormente toda a família se muda para um bairro da periferia da capital. Com onze anos, Gades abandona a escola, apesar de gostar muito de estudar, e procura emprego para ajudar à família: primeiro como mensageiro de um estúdio de fotografia e, depois, como tipógrafo linotipista em um jornal madrilenho, o ABC.

O seu primeiro contato com a dança aconteceu casualmente, "por fome", aos 15 anos de idade. Uma andaluza vizinha da sua casa tinha lhe aconselhado a se inscrever na academia de dança da professora Palitos. Três meses mais tarde é contratado para atuar em um espetáculo de variedades. Aconselhada por Manolo Castellanos, Pilar López vai ver o jovem dançarino, a quem incorpora na sua companhia e batiza com o nome artístico de Antonio Gades. Com Pilar López estudou dança clássica junto a todas as demais disciplinas da dança popular espanhola: a jota navarra, o andaluz e as danças de escola. Permaneceu nove anos com aquela a quem consideraria para sempre a sua "Maestra", realizando em 1960 a sua primeira turnê pelo Japão, como primeiro dançarino. Nesse período se produz outro encontro fundamental: com o mundo do poeta andaluz Federico García Lorca, através da leitura de uma edição clandestina do seu Romancero Gitano.

Gades compreendeu logo que o seu meio de expressão mais autêntico seria o flamenco, a dança e o cantar andaluz; e que era a Andaluzia árida e seca de García Lorca do que ele gostava, não aquela pitoresca criada para o turista. Em 1961, depois de deixar a companhia de Pilar López, muda-se para a Itália, onde trabalha como dançarino e coreógrafo no Teatro da Ópera de Roma (coreografia com Antón Dolin para o Bolero de Ravel), no Festival de Spoleto com Giancarlo Menotti (coreografia para Carmen de Bizet), e no Scala de Milão (Carmen e El amor Brujo, de Falla). É nos anos 60 que começa a forjar o seu personalíssimo estilo coreográfico. Para Gades era necessário eliminar todo resquício de mau gosto (as lantejoulas, as decorações que naquela época "prostituíam" o flamenco), para tentar ressaltar a essência da dança. Na procura por esse novo ponto de vista sobre a coreografia, foram importantes o conhecimento e a atenção a correntes artísticas contemporâneas, como o movimento abstrato (Mondrian) e o surrealismo, na pintura e na literatura.

Em 1974 estreia em Roma a obra Bodas de Sangre, inspirada no drama de García Lorca, uma obra maestra que o consagrou ao sucesso internacional junto com a sua já consolidada companhia; no entanto, os fuzilamentos de 1975 na Espanha e um profundo senso de responsabilidade moral o induzem a sair da dança. Apenas a amizade e a persuasão de Alicia Alonso e outros dançarinos do Balé Nacional de , com os quais tinha tido a oportunidade de trabalhar anteriormente, serviram, três anos mais tarde para conduzi-lo novamente à dança e a continuar expressando as suas ideias através da arte. Convidado pela formação cubana, em 1978, inicia uma turnê pelos Estados Unidos, durante a qual interpreta o papel de Hilarión no balé Giselle. Naquele mesmo ano, a nova Espanha, nascida após a chegada da democracia, encarrega-o da criação e direção do Balé Nacional Espanhol. Gades concentra o trabalho de formação na recuperação da memória coreográfica espanhola do século XX. Em 1981, depois de um encontro com o diretor Carlos Saura, o seu balé Bodas de Sangre transforma-se em filme. A dupla Gades/Saura se transforma em um dos maiores difusores da arte flamenca a nível internacional. O produtor Emiliano Piedra propõe continuar essa colaboração e, em 1983, nasce o filme Carmen. Naquele mesmo ano, Gades cria o balé Carmen para o teatro, diretamente inspirado na narração de Prosper Mérimée. Um caminho análogo segue para o balé Fuego (1989), criando depois do filme Ek Amor Brujo (1986) seguindo uma livre interpretação da obra de Manuel de Falla. Em 1994 estreia, em Gênova, aquela que seria a sua última coreografia, Fuenteovejuna.

A dissolução, em 1998, da Companhia, não significa o afastamento de Gades dos palcos, uma vez que a partir de então, supervisiona as reposições que outras formações fazem dos seus balés. Morre em 20 de julho de 2004 depois de ter criado uma Fundação encarregada de zelar pela integridade e defesa do seu patrimônio artístico. O seu imenso trabalho transcendeu o âmbito coreográfico para se transformar em uma referência indiscutível na historiografia do teatro universal.

SOBRE A FUNDAÇÃO ANTONIO GADES

A Fundação Antonio Gades é uma instituição privada, sem fins lucrativos, criada em 2004 com o objetivo de zelar pela manutenção, o cuidado e a difusão da obra do coreógrafo e dançarino espanhol. Para tanto, a FAG custodia e cataloga os fundos dos arquivos legados por Antonio Gades, apoia e supervisiona a reconstrução das suas coreografias, edita publicações que estudam a sua obra e promove atividades educacionais destinadas a aproximar o público da dança espanhola e do flamenco. As linhas de ação da Fundação estão estruturadas nos seguintes aspectos: Conservação, Difusão, Formação e Ação Social.

Uma das iniciativas de maior transcendência da Fundação é a divulgação do legado artístico de Antonio Gades através dos espetáculos oferecidos no mundo todo pela sua própria companhia de dança. Com a direção artística de Stella Arauzo, a Companhia está composta atualmente por pessoas que trabalharam um longo período com o maestro alicantino, ajudando os novos membros na interiorização da sua filosofia estética e ética aplicada à dança. Os seus espetáculos, apresentados com o rigor, o talento, a unidade conceitual e a profundidade que Gades exigia, são, talvez, a mais eficaz forma de divulgar a dimensão da sua arte, que bebeu da enorme riqueza do folclore espanhol e das formas de expressão populares e o uniu ao legado histórico e à linguagem do balé clássico.

Esse trabalho, junto ao realizado pelo Arquivo da Fundação, está permitindo que as novas gerações de dançarinos atuais conheçam o legado e a figura de Antonio Gades e encontrem na sua filosofia uma causa que lhes permita descobrir o "por que danço". Como ele costumava dizer: "A dança não é o passo, mas sim o que há entre um passo e outro". A Fundação foi criada por Gades no ano de 2004 e está dirigida pela sua viúva, Eugenia Eiriz, com o apoio de María Esteve (filha de Gades, atriz) e o seu colaborador mais próximo, Josep Torrent.

SOBRE A COMPANHIA ANTONIO GADES

A Companhia Antonio Gades é, desde a sua criação, um dos grandes pilares da Dança Espanhola e Flamenca. Baseada sobre o repertório do legendário coreógrafo, tem orgulho de ser uma escola particular definida pelo maestro, que a diferencia das demais formações espanholas. Atualmente, a Companhia mistura várias gerações de artistas que tornam possível a transição direta das linhas que caracterizam a escola de Gades: uma linguagem estética e depurada, e, ao mesmo tempo, arraigada nas tradições e na cultura do povo espanhol.

Gades fez da dança espanhola um estilo universal com uma amplíssima capacidade expressiva que lhe permite levar sem palavras a todos os cantos do mundo, obras clássicas da literatura mundial como Bodas de Sangre, de Federico García Lorca ou Fuenteovejuna, de , sem esquecer Carmen, assinada junto a Carlos Saura e ficou como uma das aproximações de referência desse mito tão espanhol quanto universal. O espetáculo atrai e satisfaz os gostos de todo tipo de público independente da sua idade, nível cultural ou nacionalidade.

SOBRE STELLA ARAUZO Diretora Artística Companhia Antonio Gades

Nasceu em Madri, onde começou os seus primeiros estudos de dança com a mestra Mariemm, em cuja companhia fez a sua estreia profissional com 13 anos de idade, passando posteriormente pelos Balés de Maria Rosa e de Rafael Aguilar. Com 17 anos, entra na Companhia de Antonio Gades e o maestro lhe entrega o papel de "mãe" em Bodas de Sangre. A partir de 1988, interpreta o papel de protagonista de Carmen, de Antonio Gades, substituindo a , um papel que corresponde perfeitamente ao seu forte temperamento e intensidade dramática.

Em 1989, no Théâtre du Châtelet, interpreta Candela, papel protagonista da obra Fuego, de Antonio Gades. Também dança na Companhia de Rafael Aguilar, no balé Rango, antes de voltar à Companhia Antonio Gades, em 1994, para novamente dar vida à personagem Carmen, fazendo parte também da montagem de Fuenteovejuna. Nos últimos anos, trabalha com os dançarinos de Granada, Manolete y Juan Andrés Maya. Monta coreografias como Flamenco livre e El Amor Brujo, na Suécia, e participa nos filmes Callas Forever, sob a direção de Franco Zeffirelli. Também realiza uma turnê pela Europa com o guitarrista Peco Peña e estará presente na La Arena de Verona, com a Companhia de Camborio. Em 2002 foi assistente de Mario Maya, começando um trabalho docente que se consolida na escola Carmen de las Cuevas, de Granada, onde dá aulas magistrais.

Em 2004 retorna aos palcos compaginando as suas atuações no Tablao Marbellí Rincón de Chinitas, com a direção artística da obra La Pasión, de Juan Andrés Maya. A Fundação Antonio Gades lhe entrega, em setembro de 2004, a direção artística da Companhia Antonio Gades, formação na qual volta a interpretar o papel de Carmen. Sob a sua direção, recuperam-se tanto Carmen quanto Bodas de Sangre e Suite Flamenca e Fuenteovejuna. Em 2011 realiza a coreografia para a estreia, na Espanha, da ópera Ainadamar, que conta com a participação da Companhia Antonio Gades.

A essa atividade, soma os cursos, oficinas e aulas magistrais que, organizadas pela Fundação Antonio Gades em colaboração com as demais entidades do mundo da dança, que dá tanto na Espanha quanto no exterior. A sua fidelidade e conhecimento da filosofia artística de Gades devolveram a Companhia às mais elevadas esferas da dança espanhola.

Pedidos de credenciamento de imprensa deverão ser enviados até o dia 21 de setembro para o e-mail [email protected] com nome, função e RG dos profissionais que desejam fazer a cobertura e uma breve descrição da pauta a ser realizada. O pedido não caracteriza credenciamento automático. É necessária a confirmação por e-mail da Agência Cigana.

Classificação: livre Duração: 80 minutos

Patrocínio: Zaffari e Tramontina

SERVIÇO COMPANHIA ANTONIO GADES EM FUEGO Dia 25 de setembro Quinta, às 21h Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80 / 2º andar – Shopping Bourbon Country) www.teatrodobourboncountry.com.br

Setor Valor Galerias ESGOTADO R$ 50,00 Mezanino ESGOTADO R$ 50,00 Plateia Alta ESGOTADO R$ 100,00 Plateia Baixa ESGOTADO R$ 200,00 Camarotes ESGOTADO R$ 280,00

Informações para a imprensa:

ANDRESSA GRIFFANTE – assessora de imprensa – 51 9219.6098 [email protected] JÉSSICA BARCELLOS – assessora de imprensa – 51 9863.6363 [email protected] CÁTIA TEDESCO – diretora – 51 8181.2000 [email protected] www.agenciacigana.com – 51 3907.0990 facebook.com/agenciacigana twitter.com/agenciacigana instagram.com/agenciacigana --- Apoio de assessoria de imprensa: Mauren Favero – 51 3235.4509/ 51 9857.1770 [email protected]