BENOÎT DELÉPINE E GUSTAVE KERVERN Mammuth: “A Redenção Está Na Morcela, E Porque Não?” - Les Inrocks SINOPSES SINOPSE CURTA

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

BENOÎT DELÉPINE E GUSTAVE KERVERN Mammuth: “A Redenção Está Na Morcela, E Porque Não?” - Les Inrocks SINOPSES SINOPSE CURTA UM FILME DE BENOÎT DELÉPINE E GUSTAVE KERVERN Mammuth: “A redenção está na morcela, e porque não?” - Les Inrocks SINOPSES SINOPSE CURTA Chegado à merecida reforma, o sexagenário Serge Pillardosse descobre que não a pode gozar porque alguns ex-empregadores esqueceram-se de o declarar! Incentivado pela mulher, monta a sua velha mota dos anos 70, uma Mammuth, e parte à procura dos seus antigos patrões, reencontrando pelo caminho velhos amigos e familiares. SINOPSE Serge Pillardosse fez 60 anos. Trabalha desde os 16, nunca esteve desempregado, nunca esteve doente. Mas a hora da reforma chegou e é a desilusão: faltam-lhe os pontos necessários para ter direito a ela, alguns empregadores esqueceram-se de o declarar! Incentivado pela mulher, Catherine, monta na sua velha mota dos anos 70, uma Mammuth que é a razão de ser da sua alcunha, e parte em busca dos seus recibos de salário, regressando aos lugares da juventude. Uma viagem que o leva a juntar-se com antigos patrões, amigos e membros da família que há muito não via. Na estrada, começa a perceber que as pessoas sempre o viram como um imbecil sem educação. Cheio de dúvidas, perseguido pelas aparições do fantasma de Yasmine, o seu primeiro amor perdido num dramático acidente de mota, a sua jornada para recuperar os papéis em falta vai-se transformando, pouco a pouco, numa futilidade. A salvação chega pelas mãos da sua jovem sobrinha, que acorda o poeta feliz ador- mecido dentro dele. Em vez de envelhecer lentamente em direcção à morte, Mammuth decide dar um novo começo à sua vida. 3 UMA DECLARAÇÃO DOS AUTORES Queríamos um filme que fosse engraçado e emotivo. Engraçado porque estamos a confrontar um homem “deficiente em termos sociais” com uma sociedade moderna que está para lá do seu alcance. Emotivo pela mesma razão. Uma espécie de mamute num mundo de raposas. Que se safam muito melhor que ele no meio da multidão. A emoção emerge a partir da sua devota afeição pelas três mulheres da sua vida. A mulher Catherine (Yolande Moreau) que todos os dias tem de aturar as suas fraquezas e, mesmo assim, o ama profundamente. Yasmine (Isabelle Adjani), o primeiro amor de juventude, anjo da guarda/fantasma que aparece ao seu lado nos momentos de aguda depressão. E a sobrinha (Miss Ming), cuja frescura e imaginação lhe abrem horizontes que ele nunca suspeitaria existirem. Quanto ao humor, embora menos negro e ácido que nos nossos filmes anteriores, está omnipresente, denunciando, sem o parecer, as condições laborais do nosso país envelhecido e a pouca esperança da nossa juventude. Como toda a gente sabe, só o riso pode deitar abaixo o medo… Queríamos um protagonista que fosse, ao mesmo tempo, forte e perdido, impressio- nante e afectuoso. Este filme foi escrito para Gérard Depardieu. Embora não seja pre- ciso mais nada para provar a sua genialidade, queríamos confrontá-lo com uma forma de filmar, mais modesta e livre e com actores não profissionais menos previsíveis, já para não falar de emoções reais que o levassem a dar o melhor de si mesmo. Em termos estilísticos, queríamos um filme simples na sua montagem e enquadramen- tos, prefe-rindo longos planos fixos e planos sequência. Tal como nos nossos filmes anteriores, o mais importante para nós é usar o tamanho do ecrã de cinema para narrar a cena, muitas vezes com vários níveis de leitura, sem ter de enfatizar este ou aquele detalhe. Cabe ao espectador escolher aquilo a que quer prestar atenção. Por outro lado, nas nossas escolhas de enquadramento, incluímos sempre elementos dissonantes que lhe dão um pouco de confusão ou de mistério, por vezes quase imper- ceptível, para nunca cair na banalidade ou no esteticismo gratuito. 4 PEQUENO LÉXICO DE CARÁCTER INFORMATIVO Benoît Delépine e Gustave Kervern por Jérôme Mallien MITOLOGIA “Mammuth é a história de um tipo que tenta regressar a casa. É Ulisses.” ANARQUIA “Mammuth é, sem dúvida, um filme menos anarca que Aaltra ou Louise-Michel. Enfim, aparentemente. Ainda que para os adeptos da sintetização, não possamos fazer mais do que dizer que se trata da história de um homem que parte com a sua mota e que regressa com uma djellaba. Bem, não podemos estar a dizer a cada filme: é preciso matar os patrões. Isso cansa. De qualquer maneira, o ponto de vista é o mesmo, o es- pírito está lá. Seja como for, não estamos sempre obrigados a fazer a mesma coisa. O importante é não nos chatearmos. Porque se te chateias, acaba tudo, estás morto.” 5 ONIRISMO “Os nossos filmes são realistas poéticos. São realistas porque partem do mundo real. E são poéticos porque tentam escapar dele. Mas, atenção: para nós, os tipos que apanham coisas nas lixeiras são poéticos.” ADMINISTRAÇÃO “Quando deixo o imaginário ‘Groland’, volto-me para o inferno administrativo. Há nele o suficiente para dar um tiro na cabeça, tal é a estupidez. A única porta de saída é a loucura. É essa a história dos papéis. Mas enquanto procuramos os documentos administrativos para a sua reforma, há também toda uma história que regressa, onde trabalhámos, onde vivemos. É nostalgia pura.” CONTO “Não se trata de um conto, nem nada que se pareça. Li demasiados quando era peque- no. Não estamos no mundo dos contos e das lendas, é preciso criá-los.” CONTO (BIS) “É verdade que há uma casa cor-de-rosa, com uns bizarros anões de jardim um pouco por todo o lado. Mas não é uma casa de contos, apenas uma casa pintada de cor-de- -rosa num terreno apodrecido. Se quiseres, é como nas casas ocupadas em Berlim, com a excepção de que aqui não é colectiva. Se fazes o mesmo no teu pavilhão dos subúrbios, vais fazê-lo sozinho, sem ter pessoas convencidas desde o princípio. Va- mos gritar aos loucos, aos furiosos. É disso que gostamos.” MOTA “Gérard conduz uma Münch 1200 de 1972 no filme. Deve haver uma dezena no mundo, esta foi-nos confiada por um coleccionador. Uma mota alemã dos anos 60, nunca tínhamos visto uma coisa assim: o inventor agarrou num motor de automóvel e colo- cou--a no quadro de uma mota. Quando era pequeno, no campo, a mota representava para mim uma forma de libertação.” 6 TRABALHO “Claro que é um filme sobre o trabalho. Sobre a brutalidade do trabalho. Porque no momento em que esticas o pernil, nem sequer é a isso que te agarras. Mamuth é um tipo que vive no presente.” PARVO “Não é que o Mammuth seja parvo. Vive alheado.” DEPARDIEU “No princípio da rodagem, não era generoso, porque está habituado a actuar em filmes onde há actores. Connosco não há actores, há passantes. Depois, as coisas ficaram melhores. Globalmente, é um gajo que dá tudo, ficas com a impressão de que está sempre nu. Descobriu uma série de truques: quando Mammuth toma banho no rio, como um bebé grande, é ele. É um dom: colocámo-lo em situações impossíveis e ele avançou.” MOREAU “Sem ela, era impossível fazer Louise-Michel. E face a Mammuth, só havia uma Catherine possível.” ADJANI “É a Mulher de Branco que aparece à beira de todas as estradas depois de um aci- dente. Um espectro, mas que repreende Mammuth, que o agarra pelos cabelos. É um fantasma que dá pontapés no rabo das pessoas, seja como for, as mulheres estão sempre a dar pontapés no rabo dos homens. Adjani foi genial. Tivemo-la três dias; quando não estava a interpretar, estava a filmar com uma câmara Super 8 ao pé de Gérard. As imagens estão no filme.” GODIN (NOËL, CHAMADO DE ATIRADOR DE TARTES) “Está em todos os nossos filmes, aqui é uma estátua, a estátua do atirador de tartes, a que chamamos Tartóbulo. É preciso ter olho para o encontrar. De cada vez que lhe pegamos, temos sempre a mesma apreensão: que nos diga que estamos a transigir, que perdemos a agressividade. Que acabe por nos atirar com tartes.” E OS OUTROS “Existe mundo neste filme. Benoît Poelvoorde, que é um pouco a nossa mascote e será bom que um dia lhe encontremos um papel de protagonista, Blutch, Catherine Hosmalin, Philippe Nahon, Bouli Lanners, Anna Mouglalis, Siné, Rémy Kolpa Kopoul (com quem Gérard discutiu muito). São pessoas…” SOM “A nossa obsessão, desde sempre. O som é o contrário da literatura, é o contrário do guião. É o cinema.” ANACRONISMO “Claro que é um filme anacrónico. Mesmo a imagem é anacrónica. Com os 8 mm, película velha que já ninguém usa. Na verdade, já ninguém a fabrica. Fizemos um stock, voltaremos a servir-nos dele. Queríamos uma verdadeira beleza da imagem, queríamos uma coisa que não se vê hoje. É o preto e branco a cores. Nunca fizemos making of, aqui fizemos um: foi o Fred Poulet que o filmou, em Super 8 mm. Estará no DVD.” 8 ACTORES “Recorremos muitas vezes a actores não profissionais, pessoas que conhecemos ou que encontramos durante a rodagem. Como não temos guião, a maioria das vezes filmamos em continuidade, quando encontramos alguém dizemos: olha, aquele ficará bem aqui. E esco- lhemo-lo. Pedimos-lhe que seja sincero, que não faça de conta. Os nossos filmes estão cheios de gente parecida connosco. Portanto, não somos directores de actores ou de não actores. Não somos directores de nada. Somos apenas cornacas. O importante é aquilo que os ac- tores têm no coração. E depois usamos um truque: que não tenham medo do ridículo.” PERFEIÇÃO “Parvoíces. O filme só nos agrada quando é imperfeito.” “O trabalho, o meu dedo mindinho diz-me que passei a vida a trabalhar. Toda a vida a contar as horas Toda a vida a verter suor.
Recommended publications
  • Before the Forties
    Before The Forties director title genre year major cast USA Browning, Tod Freaks HORROR 1932 Wallace Ford Capra, Frank Lady for a day DRAMA 1933 May Robson, Warren William Capra, Frank Mr. Smith Goes to Washington DRAMA 1939 James Stewart Chaplin, Charlie Modern Times (the tramp) COMEDY 1936 Charlie Chaplin Chaplin, Charlie City Lights (the tramp) DRAMA 1931 Charlie Chaplin Chaplin, Charlie Gold Rush( the tramp ) COMEDY 1925 Charlie Chaplin Dwann, Alan Heidi FAMILY 1937 Shirley Temple Fleming, Victor The Wizard of Oz MUSICAL 1939 Judy Garland Fleming, Victor Gone With the Wind EPIC 1939 Clark Gable, Vivien Leigh Ford, John Stagecoach WESTERN 1939 John Wayne Griffith, D.W. Intolerance DRAMA 1916 Mae Marsh Griffith, D.W. Birth of a Nation DRAMA 1915 Lillian Gish Hathaway, Henry Peter Ibbetson DRAMA 1935 Gary Cooper Hawks, Howard Bringing Up Baby COMEDY 1938 Katharine Hepburn, Cary Grant Lloyd, Frank Mutiny on the Bounty ADVENTURE 1935 Charles Laughton, Clark Gable Lubitsch, Ernst Ninotchka COMEDY 1935 Greta Garbo, Melvin Douglas Mamoulian, Rouben Queen Christina HISTORICAL DRAMA 1933 Greta Garbo, John Gilbert McCarey, Leo Duck Soup COMEDY 1939 Marx Brothers Newmeyer, Fred Safety Last COMEDY 1923 Buster Keaton Shoedsack, Ernest The Most Dangerous Game ADVENTURE 1933 Leslie Banks, Fay Wray Shoedsack, Ernest King Kong ADVENTURE 1933 Fay Wray Stahl, John M. Imitation of Life DRAMA 1933 Claudette Colbert, Warren Williams Van Dyke, W.S. Tarzan, the Ape Man ADVENTURE 1923 Johnny Weissmuller, Maureen O'Sullivan Wood, Sam A Night at the Opera COMEDY
    [Show full text]
  • CELEBRATING FORTY YEARS of FILMS WORTH TALKING ABOUT 39 Years, 2 Months, and Counting…
    5 JAN 18 1 FEB 18 1 | 5 JAN 18 - 1 FEB 18 88 LOTHIAN ROAD | FILMHOUSECinema.COM CELEBRATING FORTY YEARS OF FILMS WORTH TALKING ABOUT 39 Years, 2 Months, and counting… As you’ll spot deep within this programme (and hinted at on the front cover) January 2018 sees the start of a series of films that lead up to celebrations in October marking the 40th birthday of Filmhouse as a public cinema on Lothian Road. We’ve chosen to screen a film from every year we’ve been bringing the very best cinema to the good people of Edinburgh, and while it is tremendous fun looking back through the history of what has shown here, it was quite an undertaking going through all the old programmes and choosing what to show, and a bit of a personal journey for me as one who started coming here as a customer in the mid-80s (I know, I must have started very young...). At that time, I’d no idea that Filmhouse had only been in existence for less than 10 years – it seemed like such an established, essential institution and impossible to imagine it not existing in a city such as Edinburgh. My only hope is that the cinema is as important today as I felt it was then, and that the giants on whose shoulders we currently stand feel we’re worthy of their legacy. I hope you can join us for at least some of the screenings on this trip down memory lane... And now, back to the now.
    [Show full text]
  • Communiqué De Presse
    LE JURY DES LONGS MÉTRAGES 2019 La 26e édition du FESTIVAL INTERNATIONAL DU FILM FANTASTIQUE DE GÉRARDMER se déroulera du 30 janvier au 3 février 2019. Le Jury des Longs Métrages sera co-présidé par les réalisateurs, scénaristes, producteurs et comédiens français : BENOÎT DELÉPINE & GUSTAVE KERVERN © DR Les cinéastes Gustave Kervern et Benoit Delépine font leurs premières armes à la télévision, l’un pour « Le plein de Super », et l’autre pour « Les Guignols de l’info ». Le duo naît de leur rencontre sur les plateaux de l’émission « Groland », incarnation du vent de liberté qui soufflait alors sur Canal+. Fidèles à l’esprit contestataire de la chaîne, ils irriguent leurs réalisations d’une apparente désinvolture, faite d’improvisation et de surréalisme dès leur premier long-métrage Aaltra (2004). Dans leurs films suivants, Avida (2006), Louise Michel (2008), Mammuth (2010), Le Grand soir (2012), ils poursuivent leur vision du monde et mettent en scène des personnages marginaux, laissés pour compte: Yolande Moreau, Benoît Poelvoorde, Mathieu Kassovitz, Albert Dupontel, Gérard Depardieu, Bouli Lanners ou encore Isabelle Adjani se succèdent ainsi devant leur caméra, aux côtés de comédiens non professionnels. En 2014, ils collaborent avec Michel Houellebecq, écrivain lauréat du Prix Goncourt pour « La carte et le territoire » et personnage central sur lequel se construit leur film Near Death Experience. Ils retrouvent ensuite Gérard Depardieu et Benoît Poelvoorde pour leur road-movie Saint Amour (2016). Leur dernière réalisation I Feel Good,
    [Show full text]
  • Dp La Bonne Epouse Fr-Nl-En
    PRESENTE / PRESENTEERT LA BONNE EPOUSE un film de / een film van Martin PROVOST avec / met Juliette BINOCHE, Yolande MOREAU, Noémie LVOVSKY, Edouard BAER RENDEZ-VOUS UNIFRANCE 2020 – OPENING FILM FESTIVAL DE MONS 2020 – OPENING FILM France / Frankrijk– 2020 – DCP – Couleur/Kleur – 2.39 :1 – 5.1 VO avec ST NL / OV met NL OT - 109’ Distribution / Distributie : IMAGINE SORTIE NATIONALE RELEASE 11/03/2020 KIJKWIJZER / CINECHECK : 12 - peur/angst T : +32 2 331 64 31 / M Tinne Bral : +32 499 25 25 43 photos / foto's : http://press.imaginefilm.be SYNOPSIS FR Tenir son foyer et se plier au devoir conjugal sans moufter : c’est ce qu’enseigne avec ardeur Paulette Van Der Beck dans son école ménagère. Ses certitudes vacillent quand elle se retrouve veuve et ruinée. Est-ce le retour de son premier amour ou le vent de liberté de mai 68 ? Et si la bonne épouse devenait une femme libre ? NL Boersch, Elzas, eind 1967. Paulette Van Der Beck en haar man runnen al jaren een huishoudschool. Hun missie is om tienermeisjes te trainen om perfecte huisvrouwen te worden die onderdanig zijn aan hun man. Na de plotselinge dood van haar man ontdekt Paulette dat de school op de rand van het faillissement staat en moet ze kordaat optreden. Maar terwijl voorbereidingen worden getroffen voor de Beste huishouden competitie-televisieshow, beginnen zij en haar levendige studenten te twijfelen aan het nut ervan. EN Paulette Van Der Beck and her husband have been running the housekeeping school of Bitche in Alsace for many years. Their mission is to train teenage girls to become the perfect housewives at a time when women were expected to be subservient to their husband.
    [Show full text]
  • A Film by Catherine BREILLAT Jean-François Lepetit Présents
    a film by Catherine BREILLAT Jean-François Lepetit présents WORLD SALES: PYRAMIDE INTERNATIONAL FOR FLASH FILMS Asia Argento IN PARIS: PRESSE: AS COMMUNICATION 5, rue du Chevalier de Saint George Alexandra Schamis, Sandra Cornevaux 75008 Paris France www.pyramidefilms.com/pyramideinternational/ IN PARIS: Phone: +33 1 42 96 02 20 11 bis rue Magellan 75008 Paris Fax: +33 1 40 20 05 51 Phone: +33 (1) 47 23 00 02 [email protected] Fax: +33 (1) 47 23 00 01 a film by Catherine BREILLAT IN CANNES: IN CANNES: with Cannes Market Riviera - Booth : N10 Alexandra Schamis: +33 (0)6 07 37 10 30 Fu’ad Aït Aattou Phone: 04.92.99.33.25 Sandra Cornevaux: +33 (0)6 20 41 49 55 Roxane Mesquida Contacts : Valentina Merli - Yoann Ubermulhin [email protected] Claude Sarraute Yolande Moreau Michael Lonsdale 114 minutes French release date: 30th May 2007 Screenplay: Catherine Breillat Adapted from the eponymous novel by Jules Barbey d’Aurevilly Download photos & press kit on www.studiocanal-distribution.com Produced by Jean-François Lepetit The storyline This future wedding is on everyone’s lips. The young and dissolute Ryno de Marigny is betrothed to marry Hermangarde, an extremely virtuous gem of the French aristocracy. But some, who wish to prevent the union, despite the young couples’ mutual love, whisper that the young man will never break off his passionate love affair with Vellini, which has been going on for years. In a whirlpool of confidences, betrayals and secrets, facing conventions and destiny, feelings will prove their strength is invincible... Interview with Catherine Breillat Film Director Photo: Guillaume LAVIT d’HAUTEFORT © Flach Film d’HAUTEFORT Guillaume LAVIT Photo: The idea “When I first met producer Jean-François Lepetit, the idea the Marquise de Flers, I am absolutely “18th century”.
    [Show full text]
  • Juliette BINOCHE Yolande MOREAU Noémie LVOVSKY Edouard BAER François BERLÉAND LA BONNE ÉPOUSE
    LES FILMS DU KIOSQUE présentent Juliette BINOCHE Yolande MOREAU Noémie LVOVSKY Edouard BAER François BERLÉAND LA BONNE ÉPOUSE Un film de Martin PROVOST 1h49 - France / Belgique - 2,39 - 5.1 Visa : 149.412 DE RETOUR AU CINÉMA LE 22 JUIN photos et dossier de presse téléchargeables sur www.memento-films.com DISTRIBUTION RELATIONS PRESSE MEMENTO FILMS DISTRIBUTION Marie-Christine DAMIENS [email protected] [email protected] Tél. : 01 53 34 90 39 Tél. : 01 42 22 12 24 Synopsis Tenir son foyer et se plier au devoir conjugal sans moufter : c’est ce qu’enseigne avec ardeur Paulette Van Der Beck dans son école ménagère. Ses certitudes vacillent quand elle se retrouve veuve et ruinée. Est-ce le retour de son premier amour ou le vent de liberté de mai 68 ? Et si la bonne épouse devenait enfin une femme libre ? Entretien avec Martin Provost D’où est venue l’idée de La Bonne Épouse ? Le film est né d’une rencontre. J’avais loué un été une maison dans le Cotentin qui appartenait à une dame de 80 ans qui se prénommait Albane. Elle était noble, mais vivait en fermière, avec ses bêtes. Nous avons sympathisé, et elle m’a raconté comment elle avait décidé, après la guerre, de ne pas faire d’études, contre l’avis de ses parents, parce qu’elle préférait aller à l’école ménagère pour rester avec ses copines. Je ne savais pas exactement ce qu’était une “école ménagère“, mais l’entendant me parler de son expérience, j’ai vu des images défiler.
    [Show full text]
  • A Film by André Téchiné
    ARP Sélection presents GOLDEN YEARS a film by André Téchiné France / 2017 / 103’ / 1:85 / 5.1 / French INTERNATIONAL PUBLICITY International Press WOLF Consultants T: +49 157 7474 9724 (in Cannes) M: +33 7 60 21 57 76 [email protected] DOWNLOAD PRESS MATERIALS at: www.wolf-con.com/download International Sales Celluloid Dreams 2 rue Turgot - 75009 Paris T +33 1 49 70 03 70 www.celluloid-dreams.com The true love story of Paul and Louise who get married on the eve of WWI. Injured, Paul deserts. Louise decides to hide him dressed as a woman. He soon becomes “Suzanne” a Parisian celebrity in the Roaring 20’s. When granted amnesty, he is challenged to live as a man again. A Dream Come True for Historians by Fabrice Virgili and Danièle Voldman While doing some scholarly work at the Paris police archives, we stumbled across the extraor- dinary story of Paul and Louise, two young people who fell in love in early twentieth-century Paris. When war was declared in July 1914, Paul was mobilized and sent to the front. What then followed was, to say the least, a baroque adventure that could not help but interest André Téchiné, who in 1976 directed the intriguing Barocco. The couple found separation difficult, and Paul could not take the fighting, horror and carnage. Wounded, he deserted and escaped back to Louise. And thus began their ‘golden’ years, escaping the military authorities who were hunting down failed patriots. Paul the deserter disguised himself as a woman and, for ten years, until a general amnesty was declared, Paul became Suzanne and lived as a flapper with Louise.
    [Show full text]
  • BUSAN 2015 +33 6 60 58 85 33 | [email protected]
    PARIS OFFICE: 5, rue Darcet, 75017 Paris, France www.le-pacte.com Tel: +33 1 44 69 59 59 Fax: +33 1 44 69 59 42 OFFICIAL SELECTION - World Cinema IN POST-PRODUCTION THE BRAND NEW TESTAMENT SAINT AMOUR COMPLETED IRREPLACEABLE THE FRANKENSTEIN COMPLEX VALLEY OF LOVE IN PRODUCTION HALF SISTER, FULL LOVE TEAM SPIRIT I AM A SOLDIER FACE DOWN LIBRARY ATTENDING FROM OCTOBER 2ND TO 5TH BEXCO CENTER EFP BOOTH # E07 (HALL 4) Nathalie Jeung | Sales Executive BUSAN 2015 +33 6 60 58 85 33 | [email protected] Creature Designers: The Frankenstein Complex The Brand New Testament Screenings THE BRAND NEW TESTAMENT – World Cinema Fri. 2nd 10.00am Sohyang Theater Official Screening Wed. 7th 4.00pm Lotte Cinema 9 Official Screening Busan – World Cinema Click here for Trailer FANTASTIC FILM SITGES MONTRÉAL HAMBURG FILM BFI LONDON FESTIVAL AUSTIN FILM FESTIVAL NOUVEAU CINEMA FESTIVAL FILM FESTIVAL Official Selection Official Selection Opening Film Opening Film Official Selection A FILM BY JACO VAN DORMAEL God exists! He lives in Brussels. He’s a real bastard, odious with his wife and Original Title: Le Tout nouveau testament daughter. We know a lot about his son, but very little about his daughter. Her name is Ea and she’s ten years old. One day, she revolts Cast: Benoît Poelvoorde, Catherine Deneuve, François Damiens, Yolande Moreau, Pili Groyne against her father, hacks his computer and leaks to the entire world Producer: Terra Incognita Films Genre: Dark Comedy Duration: 113 min Language: French their inevitable date of death by SMS… Completed Click here for Excerpt A FILM BY ALEXANDRE PONCET AND GILLES PENSO Movie creatures have never been as popular as they are today! Yet the art of creating monsters for the big screen is as old as cinema itself..
    [Show full text]
  • Téléchargez LE CATALOGUE 2021
    DU 9 AU 13 JUIN 2021 3 ORGANISATION 5 ÉDITORIAUX 15 COMPÉTITION LONGS MÉTRAGES 33 COMPÉTITION COURTS MÉTRAGES 43 PANORAMA PRIX DU PUBLIC 55 LE MONDE ÉMOIS PRIX DU PUBLIC 63 JEUNESSE 67 PAR AMOUR SALLE DE JEUX DE LA MUSIQUE 71 CATLEYA LOUNGE BAR 75 CINÉ SWANN & PREMIERS RENDEZ-VOUS BRASSERIE VUE MER 83 RENCONTRES PROFESSIONNELLES 89 PROMENADE MARCEL PROUST - 14390 CABOURG INDEX 95 CASINO - ÉVÉNEMENTS REMERCIEMENTS RESTAURANT - BAR Entrée en salle de jeux réservée aux personnes majeures non interdites de jeux, sur présentation d’une pièce d’identité en cours de validité ou d’une carte Players Plus. Casino Partouche Cabourg, 300 000€, promenade Marcel Proust 14390 Cabourg, RCS 409268786 CAEN JOUER COMPORTE DES RISQUES : ISOLEMENT, ENDETTEMENT... APPELEZ LE 09 74 75 13 13 (APPEL NON SURTAXÉ) ORGAnIsATIOn FESTIVAL DU FILM DE CABOURG AssOCIATIOn LOI 1901 HÔTEL DE VILLE, PLACE BRUNO COQUATRIX, 14390 CABOURG PRÉsIDEnT DÉLÉGUÉE GÉnÉRALE RÉGIE AUDIOVIsUELLE Guillaume Laurant Suzel Pietri Hervé Drezen TRÉsORIER DIRECTRICE ARTIsTIQUE PROJECTIOnnIsTEs Olivier Pétré Marielle Pietri Sébastien Aubert Sylvain de Cressac sECRÉTAIRE REsPOnsABLE Sébastien Dumont Christophe Rivière DEs PARTEnARIATs Marco Redjil Sixte de Nanteuil MEMBREs BUREAU DE PRESSE Christine Citti REsPOnsABLE Alexandre Di Carlo Fabienne Henrot DEs JURYs ET TALEnTs Audrey Le Pennec Leslie Ricci Manuela Justine Brigitte Béliveau Jean-Louis Ripamonti REsPOnsABLE COMMUnICATIOn DIGITALE sECTIOn COURT MÉTRAGE Marie Grouin-Rigaux MEMBREs BIEnFAITRICEs COORDInATIOn CATALOGUE Emmanuelle Béart
    [Show full text]
  • Un Film De Benoît Delépine& Gustave Kervern
    LES FILMS DU WORSO ET NO MONEY PRODUCTIONS PRÉSENTENT BLANCHE DENIS CORINNE GARDIN PODALYDÈS MASIERO DE LA COMÉDIE-FRANÇAISE UN FILM DE BENOÎT DELÉPINE & GUSTAVE KERVERN VINCENT LACOSTE BENOÎT POELVOORDE BOULI LANNERS VINCENT DEDIENNE PHILIPPE REBBOT ET MICHEL HOUELLEBECQ LES FILMS DU WORSO et NO MONEY PRODUCTIONS présentent BLANCHE GARDIN DENIS PODALYDÈS CORINNE MASIERO DE LA COMÉDIE-FRANÇAISE un film deBEN OÎT DELÉPINE et GUSTAVE KERVERN 2020 / France / Couleur / Durée : 1h46 SORTIE LE 16 OCTOBRE Matériel presse téléchargeable sur : www.metropolefilms.com DISTRIBUTION RELATIONS PRESSE Métropole Films STAR PR 5360, Boulevard St-Laurent Bonne Smith Montréal - QC - H2T 1S1 Tél. : +1 416 488 4436 Tél. : 514 223 5511 Fax : +1 416 488 8438 [email protected] [email protected] SYNOPSIS Dans un lotissement du nord de la France, trois voisins sont en prise avec les nouvelles technologies et les réseaux sociaux. Il y a Marie, victime de chantage avec une sextape, Bertrand, dont la fille est harcelée au lycée, et Christine, chauffeur VTC dépitée de voir que les notes de ses clients refusent de décoller. Ensemble, ils décident de partir en guerre contre les géants d’internet. Une bataille foutue d’avance, quoique… Dans la lignée de votre travail cinématographique, EFFACER L’HISTORIQUE est à la fois un “film ENTRETIEN période gilets jaunes” et une critique drôle et cinglante de l’ère numérique. Quelle était votre idée première ? Comment naissent les films chez vous ? BENOÎT DELÉPINE Benoit Delépine - C’est notre 10ème film avec Gustave, on forme un duo d’amis et de cinéastes, et en fait, on met nos vies dans nos films.
    [Show full text]
  • NAOSHIMA Dossier De Présentation EN.1.1
    NAOSHIMA Written by Martin Provost and Séverine Werba A film by Martin Provost 7 avenue Franklin D. Roosevelt 75008 Paris +33 1 55 34 98 08 - [email protected] SAS au capital de 45 000 € - RCS 813 251 535 - APE 5911 C - TVA FR44 813 251 535 Two French women, Irène, a renowned sexologist, and Joséphine, her interpreter, meet by chance in Japan, go in search of a lost and future love, and discover, beyond temporality, the mysterious and marvelous ties that unite all human beings. 2 CASTING CATHERINE DENEUVE as IRÈNE 3 SANDRINE KIBERLAIN as JOSÉPHINE 4 NOTE OF INTENT I went to Japan for the first time 4 years ago with my film “Violette”. I took advantage of the trip to take a break there for 3 weeks. I, of course, went to visit Kyoto and its temples, the Emperor’s marvelous gardens, but I also endeavored to get off the beaten track by going to visit Ozu’s grave in Kamakura, by walking through the wild forests, by spending the night in a traditional Osen usually reserved for the Japanese and by trying to immerse myself in the simplest fashion in this culture that seemed so foreign to me. And then I went to Naoshima. It was a very powerful experience. On this industrial island, one man, Soichiro Fukutake, had had the brilliant idea of asking Tadao Ando to design a modern and contemporary art center in the midst of nature. I live in France very close to Giverny where Monet painted his famous Waterlilies. His landscapes are familiar to me because, like him before, I live just on the banks of the Seine, very close to the church of Vétheuil, where he had his first house, in the hills of Chantemesle which he painted so often.
    [Show full text]
  • Combattants Punks / Le Grand Soir De Gustave Kervern Et Benoît Delépine, France, 2012, 92 Min]
    Document généré le 30 sept. 2021 00:48 Ciné-Bulles Combattants punks Le Grand Soir de Gustave Kervern et Benoît Delépine, France, 2012, 92 min Stéphane Defoy Volume 30, numéro 4, automne 2012 URI : https://id.erudit.org/iderudit/67506ac Aller au sommaire du numéro Éditeur(s) Association des cinémas parallèles du Québec ISSN 0820-8921 (imprimé) 1923-3221 (numérique) Découvrir la revue Citer ce compte rendu Defoy, S. (2012). Compte rendu de [Combattants punks / Le Grand Soir de Gustave Kervern et Benoît Delépine, France, 2012, 92 min]. Ciné-Bulles, 30(4), 59–59. Tous droits réservés © Association des cinémas parallèles du Québec, 2012 Ce document est protégé par la loi sur le droit d’auteur. L’utilisation des services d’Érudit (y compris la reproduction) est assujettie à sa politique d’utilisation que vous pouvez consulter en ligne. https://apropos.erudit.org/fr/usagers/politique-dutilisation/ Cet article est diffusé et préservé par Érudit. Érudit est un consortium interuniversitaire sans but lucratif composé de l’Université de Montréal, l’Université Laval et l’Université du Québec à Montréal. Il a pour mission la promotion et la valorisation de la recherche. https://www.erudit.org/fr/ en rond, comme si Kervern et Delépine ES avaient manqué d’inspiration. La conclu- U sion est faible et le récit multiplie les retour- nements de situation peu con vain cants. Il y a néanmoins quelques scènes mémorables, CRITIQ comme celle où les frères parlent simulta- nément de deux sujets à leur père, qui les dévisage, hagard et incapable de placer un mot. Le passage où celui-ci tente de persua- der les deux hommes qu’il n’est pas leur père dans l’espoir de se débarrasser d’eux est un autre moment de pur délice d’hu- mour absurde.
    [Show full text]