Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer !

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Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer ! _, Universidade Federal do Rio de Janeiro Museu Nacional Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social Luís Edmundo de Souza Moraes Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer ! A Seção Brasileira do Partido Nazista e a Questão Nacional Dissertação de Mestrado Rio de Janeiro 1996 Luís Edmundo de Souza Moraes Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer! A Seção Brasileira do Partido Nazista e a Questão Nacional n Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (\ Rio de Janeiro 1996 (' r Á Renato da Rocha Pitzer (in memorian) grande amigo e camarada, que me abriu as portas do até então pouco explorado mundo dapesquisa. Ás muitas Lucianas da minha vida: à Luciana auxiliar de pesquisa, à Luciana pesquisadora, à Luciana leitora, à Luciana revisora, à Luciana datilógrafa, à Luciana advogada, à Luciana companheira, à Luciana amante, e à {\ Luciana que conseguiu numa síntese mágica e singular reunir todasestas inseparáveis Lucianas em uma só, esta dissertação é o meu presente apaixonado. r\ Agradecimentos Não podia começar a não ser pelas pessoas com as quais, em todas as idas e voltas da vida, sempre pude contar. Não só por terem me possibilitado, em momentos dos mais variados, suportes dos mais diversos para que tivesse acesso à formação de que este trabalho é uma das consequências. Há aqui uma história na qual progressivamente aprendi a importância de tê-los . e de vivê-los fazendo com que eu não possa hoje falar genericamente em pai e mãe mas sim em meu pai e minha mãe. A vocês dois, de quem em muitos momentos a página em branco me afastou, meu carinho. Também fazem parte deste trabalho a coragem e a força de Sylvia, querida irmã e inegável referência de vida; o companheirismo e o carinho de Nícia, a amizade de Aldo e as alegrias de Bernardoe de Helena. Desde o princípio deste trabalho, iniciado antes mesmo de ter ingresso no curso de mestrado, onde ele ganhou corpo, algumas pessoas foram fundamentais para que ele deixasse o seu lugar de vago projeto. Marcelo Alves e Artur, grandes anugos, cuJa ajuda e incentivo foram de fundamental importância para que eu desse os pnmelfos passos no curso que agora concluo. Ao lado deles, o incentivo e a confiança de Alexandra, Vanessa, Letícia, Andréa, Elisa e, mais tardiamente, Joca, tomaram alguns momentos e decisões menos dificeis. n Luciana, Roberta, Pedro Simonard e Stephânia realizaram parte significativa do levantamento de dados e indexação das fontes. Nos quase três anos que com eles convivi a partir de 1993, uns em período maior outros menor, evidenciou-se que a competência e a seriedade de seu trabalho de assistência à pesquisa fez com que fosse possível não paralizar o trabalho de arquivo mesmo nos momentos em que minha disponibilidade para tal era nenhuma. A eles devo a possibilidade de controlar um corpo documental que é o eixo articulador deste trabalho, com especial menção à dificílima tarefa de Luciana de me ensinar a ler, a reconhecer as partes e a, finalmente, caminhar sozinho por um processo judicial. Esta acessaria, que me abriu as portas para um mundo n até então completamente estranho, é efetivamente impagável. n Porém, este trabalho teria sido em muito dificultado se não fosse a presteza e a competência de alguns dos funcionários e coordeadores de projetos dos arquivos públicos nos quais desenvolvemos o nosso trabalho. com os quais lidamos. No Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, onde realizamos parte significativa de nossa pesquisa, os Profs. Henrique Sammet e Luis Henrique Sombra, sempre disponíveis, nos possibilitaram um trabalho mais produtivo com documentação. Através deles agradeço também a direção bem como a todos os funcionários da referida instituição com os quais convivemos por um significativo período. No Arquivo Nacional, marcante foi a pessoalidade no trato cotidiano e a extremada competência e atenciosidade de Sátiro Ferreira Nunes, que para mim tomou-se referência de servidor público qualificado. Desde que ingressei como estudante no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (MN/UFRJ) pude contar com a orientação sempre segura da .r--. Professora Giralda Seyferth, que tanto nas discussões sobre esta dissertação de mestrado iii ./'"""\ como fora dele corngm rotas, aliviou angústias e, com sua singular generosidade intelectual tomou possível a realização deste trabalho. Desta nada fácil empresa também participou de forma especial o Prof Dr. Antônio Carlos de Souza Lima, sem cujo suporte, conselhos e ensinamentos, em 0 momentos dos mais decisivos, minha formação e capacitação apresentariam ainda mais debilidades do que apresentam. A ele meu reconhecimento por seu constante incentivo e cobrança que fizeram parte de suas tentativas, nem sempre bem sucedidas, de fazer de um estudante um pesquisador. Dois outros professores tem também um lugar particular neste meu percurso: os Profs. Drs. Federico Neiburg e Márcio Goldman, mestres sempre presentes e amigos, incentivadores e críticos cujos ensinamentos busquei maximamente possível incorporar no texto desta dissertação. Em seus nomes agradeço por extensão a todos os professores do programa que de formadireta ou indireta contribuíram para a consecussão deste trabalho. n Por todo este período, permeado por tensões bem como por prazeres, lugar Í\ de destaque tem os meus inesquecíveis e adoráveis colegas de turma (e agregados), hoje sólidas amizades, que descobri interlocutores sagazes e com quem experimentei intenso intercâmbio: Octávio Bonet, Deyse Justus, Patrícia Burke, Sara Alonso, Nilton Santos, /\ Paulo Neri, Ana Cláudia, Ana Tereza, Paulo de Góes, Gustavo e Ludrnila, Adriana, Joana, Karina, Marcos Otávio, Sérgio Ricardo, Clinton, Patrícia Scholl. A eles devo os nossos também inesquecíveis Rituais Ndembu, as sofridas (pelo menos p'rá mim) partidas de futebol, os perfeitos churrascos (talvez melhor seria chamá-los de assados!) e até mesmo as quase tensas reuniões de um especial grupo de estudos. A vocês, o meu agradecimento é por terem me possibilitado a experiência de uma convivência tão frutífera e prazerosa. IV í\ À Cristina e Isabel, Tânia e Aurora, meu sincero agradecimento por vocês serem pessoas tão atenciosas, carinhosas, disponíveis e competentes, amenizando e muitas vezes evitando meus tropeços no cotidiano de minha vida no Programa. Finalmente à Noel, um dos melhores e mais saudáveis ansiolíticos que pude descobrir nos dificeis momentos da redação desta dissertação. r', n r-. r-. ' "' t'\ " t' r-'\ 'l r--- " n (\ t'\ " V (\ r\ 'I (\ Á primeira vista, a mercadoria parece ser coisa trivial, imediatamente compreensível. Analisando-a, vê-se que ela é algo muito estranho, cheia de sutilezas metafísicas e argúcias teológicas. (..) É evidente que o ser humano, por sua atividade, modifica do modo que lhe é útil a forma dos elementos naturais. Modifica, por exemplo, a forma da madeira quando de/afaz uma mesa. Não obstante a mesa ainda é madeira, coisa prosaica, material. Mas, logo que se revela mercadoria, transforma-se em algo ao mesmo tempo perceptível e impalpável. Além de estar com os pés no chão, firma sua posição perante as outras mercadorias e expande as idéias fixas de sua cabeça de madeira, fenômeno mais fantástico do que se dançasse por iniciativa própria. (.. .) A mercadoria é misteriosa simplesmente por encobrir as características sociais do próprio trabalho dos homens, apresentando-ascomo características materiais e propriedades sociais inerentes aos produtos do trabalho. (. ..) Uma relação social definida, estabelecidaentre os homens, assume a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas. (Karl Marx, O Capital, Livro 1) A verdadeira imagem do passado perpassa, veloz. O passado só se deixafixar, como imagem que relampeja irreversivelmente, no momento em que é reconhecido(...). (Walter Benjamim, Sobre o Conceito de História) VI ,,,.....,, Resumo Este trabalho tem o objetivo de exercitar uma determinada forma de pensar o fenômeno nacional tomando como caso específico de análise as representações sobre nação e nacionalidade com as quais a seção brasileira do Partido Nacional Socialista (NSDAP) operava, e alguns dos efeitos produzidos por este conjunto de concepções na relação por ele pautada com a população genericamente classificada como "alemães" entre as décadas de 30 e 40. Para isso lançamos mão de um corpo documental que abrange os assim chamados ''textos doutrinários" do partido, textos publicados em uma de suas revistas brasileiras bem como documentos partidários apreendidos e depoimentos de alguns de seus membros feitos à polícia política brasileira. Para o desenvolvimento da questão proposta, perseguimos as articulações verificadas no discurso nacionalista do partido entre os critérios por ele acionados para delimitar as fronteiras da nação alemã e portanto para estabelecer os limites de grupo no interior do qual busca fazer valer seus projetos. ·" vii Abstract The objective of the present study is to exercise a deterrnined way of thinking the national phenomenon. Our focus are the representations on nation and nationality handled by the Brazilian section of the Nazi Party, and some of the effects brought about by this body of concepts for the relationships established by ,,,--,.... the party with the Population generically labeled as "German", between the 30's and the 40's. To <leal with this specific nationalist discourse, we made use of a collection of documents comprising the so called "doctrinal texts" of the movement, texts published in one of its Brazilian periodicals and documents
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