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ATA DA AUDIÊCIA PÚBLICO-PRIVADA DA CORSAN – PPP (PARCERIA PÚBLICO PRIVADA) – 27/11/2017

Aos vinte e sete dias do mês de novembro do ano de 2017, às 17horas, no auditório do prédio 14 da ULBRA (Universidade LUTERANA DO BRASIL), na cidade de Canoas RS, estiveram reunidos o Senhor Flávio Ferreira Presser, Diretor-Presidente da Companhia Riograndense de Saneamento –CORSAN; o representante do secretário de obras habitação e saneamento do Estado do ; o Presidente do Conselho de administração da companhia CORSAN, Dr. Augusto Filho; prefeitos de , O Sr. Miki Breier, o prefeito de Sr. Ernani de Freitas; o prefeito de Viamão, Sr. André Nunes Pacheco; o Deputado Estadual Juvir Costella, que aqui representa a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. Carlos Búrigo, Secretário de Estado de Planejamento, Governança e Gestão.

Dando início a reunião, o Sr Flávio Presser apresentou-se e informou como será a audiência e logo apresentou a todos o site da CORSAN -www.CORSAN.com.br- para que, se alguém desejar, poderá consultar todos os processos para a realização desta audiência. Foi informado também que, todas as etapas da realização do projeto estão obedecendo às leis, e a equipe está cumprindo todas as etapas, sendo uma delas esta audiência e outra o edital. O Sr Flávio informou que esta audiência foi amplamente divulgada através dos meios de comunicação e em seguida informou o objetivo da audiência. Dando continuidade foi ressaltado que alguns técnicos da Empresa CORSAN juntamente com algumas empresas privadas sentiram a necessidade de realizar este projeto, ou seja: A execução de obras de infraestrutura em esgotamento sanitário, complementando a infraestrutura instalada e/ou as obras executadas pela CORSAN, incluindo o crescimento vegetativo ao longo do contrato, melhorias e manutenção, e a operação dos Sistemas de esgotamento Sanitário.

De acordo com estudos dos técnicos foram definidos 09 municípios da região metropolitana. Os municípios que participarão do projeto são: , Cachoeirinha, Canoas, , Eldorado do Sul, Gravataí, Guaíba, e Viamão, por serem municípios com maior densidade demográfica. O Sr Flávio comentou sobe as razões da priorização dos sistemas Integrados da RMPA e foram apresentadas, sendo elas: Área de maior concentração populacional do estado, demandando maior planejamento e infraestrutura urbana; maior complexidade operacional; contribuirá para a qualidade de água e dois dos rios mais poluídos do Brasil: Sinos e Gravataí; Possibilitará à CORSAN concentrar esforços nos investimentos e na operação dos serviços nos demais municípios da RMPA e do Estado; composição de investimentos da CORSAN em parceria com setor privado dando viabilidade ao Projeto, sem drenar recursos de outros municípios. Por fim, foram ressaltadas as razões da escolha pela PPP, sendo elas a estratégia da Companhia para mantê-la pública e a alternativa de financiamento para a universalização dos serviços. O Sr Flávio ressaltou a importância da água e dos rios e na necessidade de cuidar destes rios que são poluídos, visando um planejamento melhor no futuro. Foram citados os problemas de saneamento que as cidades de São Paulo, a capital do país, e algumas regiões do nordeste estão passando pela falta de água. Outro fator informado foi sobre a possibilidade de remunerar a empresa aprovada através da tarifa. Foi informado também que a equipe de trabalho estudou os casos de PPP com sucesso e os casos sem sucesso e estes modelos foram bem estudados até ser escolhido o melhor. Em seguida foi explicado que o modelo trazido para a realização desta PPP, foi com modelos de contratos que resguardam a empresa e a sociedade. Por fim, foram ressaltados os benefícios que esta PPP trará para a comunidade. O Sr Presser citou exemplos de estudos da ONU sobre o fornecimento de água. O apresentador informou também que o projeto trará geração de renda para a população como melhorar a qualidade de vida da população da região da Grande e consequentemente vai melhorar a qualidade de vida dos rios. Em seguida foi ressaltado novamente que um dos objetivos para esta PPP é melhorar e manter a empresa pública CORSAN. Por fim, o Sr Flávio ressaltou que este processo é transparente e foi conduzido pelos próprios empregados da empresa. Dando continuidade, o presidente da mesa apresentou outras autoridades que estavam presentes: Dr. Victor H. da Silva, da Procuradoria-Geral que fez parte deste grupo que analisou o nosso projeto de PPP; o prefeito Sr. Sperotto, está sendo representado pelo diretor de habitação, Sr. Joacir Panazzolo; o Sr. Emílio Neto que é vereador de Canoas; o Sr. Ivo Fiorotti também Vereador de Canoas; o Sr. Gelson Antunes que é vereador de Eldorado do Sul; a Sra. Rute Viegas Pereira, que é vereadora de Esteio; o Sr. Léo Damer, outro vereador. Alguns técnicos importantes da diretoria da CORSAN: Sr. Luciano Eli Martin que é o Diretor Comercial; o Sr. Marcos Diretor de Expansão; o Sr. Eduardo Carvalho, Diretor de Operação e o Sr. Jorge Luiz Costa Melo que é o Diretor Financeiro. Também estiveram presentes o Sr. Flávio Leal, Secretário de Planejamento de Eldorado do Sul, o Sr. João Ferreira, Secretário de Habitação de Eldorado do Sul; o Sr. Luiz Antônio Castro diretor da Regulação do Pró-Sinos; o Sr. Nilton Magalhães Secretário Geral do Governo de Viamão, o Sr. Bruno Vanuzzi Secretário de Parcerias Estratégicas do Município de Porto Alegre; o Sr. Felipe Teixeira, Promotor de Justiça Regional aqui representando a Procuradoria Geral de Justiça; a Sra. Jussara Camil Pires, Presidente da AGS. O Sr Flávio agradeceu a presença de todos e passou a palavra ao Dr Augusto, representando o Secretário de obras, Sr. Fabiano Pereira. O Sr Augusto deu segmento a esta audiência e também ressaltou a importância de melhorar o abastecimento de água e do tratamento de esgoto sanitário. Ele informou que a CORSAN concorre com outras empresas no estado e que a empresa tem que prestar serviços de qualidade para o estado, mas, atualmente não existem condições financeiras parta melhorar os serviços, então foi grifado que a PPP é uma atividade de vital importância para a comunidade e o resultado, após esta parceria, será o estado prestando um serviço com eficiência para a população e por fim, elogiou a iniciativa da CORSAN, pois com este projeto funcionando, será revertido em melhorias para o bem comum. A palavra foi passada para o prefeito de Cachoeirinha Sr, Miki Breier para sua manifestação.O prefeito cumprimentou os presentes e ressaltou a importância da PPP. Ele informou que tem visto que esse tipo de parceria que tem sido feito em outros estados e que verificou que estados e outros municípios que não tem esta parceria, tem tido dificuldades, e comentou que os municípios já estão participando deste debate já há algum tempo. Foi comentado novamente que muitos municípios não teriam como fazer melhorias se não fosse esta PPP. O prefeito ressaltou que precisamos melhorar a qualidade de vida dos rios, do saneamento das cidades, mas que hoje podem ser vistos dificuldades com a poluição e com o fornecimento de água. O prefeito de Cachoeirinha também comentou que os municípios já estão participando há algum tempo deste debate e que compreendem a importância da Companhia Rio-grandense de Saneamento nesta questão solidária que citou aqui o presidente Presser. Por fim ressaltou que muitos municípios do nosso estado não teriam condições sozinhos de ter o atendimento da água. Dando segmento a audiência, a palavra foi passada para o prefeito de Eldorado do Sul, Sr. Ernani de Freitas. O Prefeito de Eldorado do Sul tomou a palavra e após cumprimentar os presentes, informou que o motivo da presença da sua cidade com a PPP, é dar qualidade de vida para a sua cidade e que está aqui para discutir e realizar o apoio a este projeto e que esta parceria venha ao encontro da melhoria de sua cidade. Foi ressaltado que as prefeituras não podem mais esperar por algum trabalho de melhoria e que o momento é este e que todos temos que fazer parte desta parceria na análise e na pareceria com a PPP da CORSAN. O Sr Flávio passou a palavra para o prefeito de Viamão Sr. André Luis Pacheco, O Sr. André cumprimentou a todos e elogiou a importância da realização deste projeto. Ele lembrou que, na última gestão como vice-prefeito de Viamão, tiveram dificuldades e inclusive teve discussão da justiça sobre o saneamento, pois na época foi solicitado melhoria do saneamento da cidade. O Sr André ressaltou o momento de dificuldade que o estado tem e que esta parceria trará um trabalho mais concreto e com melhores prazos. O Sr prefeito de Viamão informou que todos queremos qualidade de vida e melhoria no desenvolvimento econômico para a população e que esta é a proposta ideal para este momento, e por fim, o prefeito ressaltou que apoia esta parceria. O Deputado Sr. Jovino Costela tomou a palavra e ressaltou a transparência da audiência pública. Elogiou o comparecimento dos prefeitos e das autoridades participantes. Ele lembrou a todos que a ideia das PPPs surgiu em 2011 e que a CORSAN começou a estudar a possibilidade da realização desta PPP. Foi destacado que esta audiência é para que todos possam perceber o planejamento que será feito e para que a empresa continue sendo pública. O Sr. deputado informou que é defensor da parceria público privada e também citou outras regiões do país tem parceria público-privada e que estão bem sucedidas e os governantes destes lugares são de outros partidos diferentes. Por fim, o deputado Sr. Jovino ressaltou que é necessário avançar no que é importante para a realização desta PPP, a qual será pioneira no estado. O Sr Flávio Presser, tomou a palavra novamente e ressaltou a importância das autoridades da cidade de Alvorada estarem presentes na audiência. Dando segmento, o presidente da mesa Sr. Flávio Presser, explicou que conforme o regimento da audiência foi convidado o Sr. Luís Felipe para fazer parte da mesa como um auditor neutro de caráter de imparcialidade entre a CORSAN e com os parceiros privados. A palavra foi passada então ao Senhor Auditor Luís Felipe. Ao tomar a palavra, às 18h34mim, o Sr. Felipe chamou para compor a mesa além do Diretor Sr. Flávio Presser; a gerente do projeto de parceria público-privada, Sra. Alessandra Cristina Fagundes dos Santos e os membros da equipe: Sr. Marcelo Santos da Rocha, Sr. Eden José Ferreira Soares, Sr. José Homero Finamor Pinto, Sr. Juliano Nunes da Silva e o Sr. Luiz Carlos Filho. Em seguida o auditor leu o regulamento desta audiência pública, o qual se encontra integralmente no site da CORSAN. O Sr. Felipe leu o regulamento da audiência pública: “REGULAMENTO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA I. OBJETO: A Audiência Pública terá por objetivo apresentar o Projeto de Parceria Público-Privada, na modalidade de concessão administrativa, que será desenvolvida na Região Metropolitana de Porto Alegre. DATA e HORÁRIO: dia 27 de novembro de 2017, às 17h. TEMPO DE DURAÇÃO: 3 (três) horas. LOCAL: Auditório 14-A do Prédio 14 da ULBRA, localizada na Avenida , nº 8001, no Município de Canoas. II. PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS: a) O Aviso de Audiência Pública foi publicado no Diário Oficial do Estado na edição do dia 17/11/2017 e jornais de grande circulação da capital e das nove cidades beneficiadas. b) A participação na Audiência Pública está condicionada à regular inscrição dos interessados. c) As inscrições serão realizadas presencialmente, no local da audiência pública, mas antes do seu início. Deverão ser informados os seguintes dados: i) Nome: ii) CPF/CNPJ: iii) Email: iv) Endereço: v) Telefone: vi) Órgão/Entidade representado(a): d) Todos os participantes terão sua identificação registrada quando acessarem as instalações em que será realizada a Audiência Pública e somente poderão adentrar ao recinto se estiverem portando o respectivo documento de identificação. III. PROCEDIMENTOS: 1. SOLENIDADE DE ABERTURA. a) A Audiência Pública será iniciada com a apresentação da agenda e esclarecimentos a respeito de seu procedimento e condução, no local, data e horário previstos. Logo depois, será formada a Mesa Diretora. b) O Diretor-Presidente da CORSAN dará início aos trabalhos e comporá a Mesa Diretora. c) O mediador da Audiência Pública deverá ser um cidadão de conduta ilibada, não pertencente ao quadro de empregados da CORSAN, preferencialmente escolhido entre integrantes dos órgãos de controle da Administração Pública. d) Poderão ser convocados para tomar assento à mesa, técnicos e consultores, conforme exigir a exposição dos trabalhos. 2. EXPOSIÇÃO TÉCNICA, QUESTIONAMENTOS E CONTRIBUIÇÕES. 2.1. Primeiramente será realizada apresentação da PPP em linguagem simples e entendível pelo público, com a abordagem das principais características do projeto. O tempo de exposição será de cerca de 40 (quarenta) minutos. 2.2. Questionamentos e contribuições: Os participantes da Audiência poderão se manifestar sobre o assunto apresentado de duas formas: - por escrito através de formulário próprio a ser distribuído até uma hora depois do tempo de apresentação; ou - manifestação oral com prévia inscrição. Os questionamentos e as observações serão dirigidos ao Coordenador dos Trabalhos, que os distribuirá aos integrantes da Mesa que estiverem mais afeitos aos temas abordados. Os questionamentos e manifestações orais terão o tempo limite de 2 (dois) minutos, por participante. Mas, nesse caso, serão recebidas inscrições até o término da apresentação do tema. Para o bom andamento dos trabalhos, serão recebidos 10 (dez) pedidos para manifestação oral. Após as manifestações orais será realizado um intervalo de 10 minutos para a distribuição dos questionamentos feitos por escrito e orais, que deverão ser respondidos até o final do tempo previsto para a duração da Audiência Pública. As intervenções orais ou por escrito devem guardar relação com o objeto da Audiência Pública. Não serão consideradas as manifestações com objeto diverso ainda que relacionados aos serviços prestados pela CORSAN. Todos os questionamentos, respondidos ou não, por ocasião da Sessão Pública, terão suas respostas publicadas no site do Projeto (www.parceriaCORSAN.com.br).

Após ler o regulamento, o Sr. Luís Felipe passou a palavra para a Senhora Alessandra Cristina Fagundes dos Santos para o início e a apresentação dos trabalhos, e novamente, ressaltou que quem quiser participar deverá se inscrever conforme norma. Foi ressaltado também que manifestações não inscritas não serão consideradas. A Sra. Alessandra tomou a palavra e informou que este trabalho tem sido desenvolvido com o corpo técnico da CORSAN desde 2011. A Sra técnica da CORSAN apresentou seus colegas Sr. Doutor Ciro Gartner que é o superintendente jurídico; o colega João Madeira que atua na área comercial, o colega Sr. Gerson Cavazzola que é engenheiro da companhia e o Sr. José Luiz Finamor, que está presente no auditório, o Sr. Márcio Vargas que é economista. Foi informado que os técnicos que foram apresentados são todos técnicos da CORSAN, de carreira, que acompanharam o processo, se não desde o início, como Alessandra e outros que foram se agregando ao longo do tempo como modelo de abrangência e como uma alternativa para a melhoria de saneamento da população. Em seguida um vídeo foi apresentado informando como será feita esta PPP. No vídeo foi apresentado o investimento que cada país deve contribuir para realizar o saneamento, mas que atualmente não há condições de realizar este trabalho. Foi ressaltado que a PPP não é uma privatização, mas uma parceria que atenderá vários municípios. Após a apresentação do vídeo, o Sr. Eden José, advogado da CORSAN, apresentou em, slides um desenho de como seria a modelagem do negócio. Ele informou vários detalhes importantes sobre a PPP: que numa abordagem inicial, um conceito de parceria público-privada é extraído tanto da lei federal nº 11079 quanto da lei estadual de nº 12234; que a parceria público-privada é uma espécie de concessão de serviço e obras públicas e dentro dela existem duas divisões, ela pode adotar uma vertente patrocinada ou uma vertente de concessão administrativa. O Dr. Eden informou também que a CORSAN por opção e pelo regime se enquadrar melhor aquela sistemática em que os contratos de programas são desenvolvidos com os municípios e Estado, a companhia, optou pela modalidade de concessão administrativa, em que nela o ente público aparece como um tomador de serviços, e o parceiro privado por sua vez, prestam esses serviços para o parceiro público, ou seja ele não tem uma relação direta com o usuário, ele não cobra tarifa do usuário, ele é remunerado sim pelo parceiro público por meio de uma contraprestação. O Dr. Eden seguiu informando que o desenho da modelagem do negócio entre a CORSAN e a empresa privada, foi descrito o objeto desta maneira: como operação e manutenção dos sistemas de esgoto sanitário; com execução de obras de infraestrutura e ampliações e melhorias e também alguma vertente na área de execução de programas comerciais de hidrometração e caça a fraude. Foi ressaltado que esse é o objeto tanto da licitação, e de sua vez logicamente do contrato de parceria pública privada. Foi estimado que o prazo contratual fosse de 35 anos, um valor de investimento da SPE, que é uma sociedade de propósito específico, de 1,85 bilhão, a previsão de universalização do serviço em 11 anos, alcançando uma meta de 87.3%, e o valor do contrato trazido para valor presente e aqui se representa a soma de todas as contraprestações que vão ser pagas ao parceiro privado durante a vigência do contrato, 9.4 bilhões de Reais. Em seguida foi apresentado um mapa e mostrado um desenho da área de abrangência do projeto com as 09 cidades envolvidas, já citadas antes. Como já foi destacado no início dessa apresentação pelo presidente, ele está concentrado em nove municípios da região metropolitana, que são Canoas, Alvorada, Viamão, Cachoeirinha, Gravataí, Esteio, Sapucaia do Sul, Guaíba e Eldorado do Sul. Foi informado que nesses nove municípios nós temos atualmente uma população urbana de 15 milhões de pessoas, prevemos que em 2052 ela vai atingir 1.8 milhão, e hoje temos uma população atendida de 363 mil e pretendemos com a execução desse objeto alcançar 1,5 milhões de pessoas. Foi informado que além da descrição do objeto, prazo contratual e forma de contraprestação, tudo isso tem como pressuposto uma divisão de responsabilidades entre parceiro público e privado. São várias as responsabilidades atribuídas a cada entidade. O Sr. Eden mostrou, em slides, algumas das divisões de responsabilidades das empresas, dos municípios da CORSAN e da sociedade. Por fim, foi lembrado que a modalidade de PPP escolhida, foi a modalidade de concessão administrativa da parceria público-privada, porque ela se encaixa melhor no regime que a companhia tem atualmente vigente com os municípios, em que hoje existe a gestão associada dos serviços, onde estado e municípios firmam convênio de cooperação, autorizando que a CORSAN preste por meio de dispensa de licitação, os serviços de saneamento e abastecimento de água e esgotamento sanitário, tudo isso regulado pelas agências reguladoras que atuam nesse âmbito da CORSAN que atualmente são duas. Dando seguimento, o Sr. Eden também comentou que existem as diretorias regionais e as OSs da CORSAN e com a parceria, a CORSAN terá uma gestão da PPP ao lado das diretorias, a sociedade de propósito específico executando o objeto da parceria pública privada, o verificador independente, que é um terceiro diferente da CORSAN e do parceiro privado, o qual vai auxiliar o parceiro público, na análise desse contrato mês a mês. Haverá atingimento de metas e sistema de mensuração de desempenho e como isso tudo vai refletir na contraprestação mensal do parceiro privado. Foi informado que além disso, vai existir também um conselho de PPP e dentro dele terão três comitês: um comitê de construção, um comitê de gestão e um comitê comercial, os quais vão servir para a resolução dos eventuais conflitos que surgirem. Sobre a licitação foi dito que vai ser formada uma comissão especial de licitação com colaboradores da CORSAN e por exigência da lei estadual de PPP, um membro da administração direta e essas pessoas vão formar a comissão especial de licitação, que vai analisar a documentação apresentada no seu momento adequado. Também por exigência da lei estadual vai ser realizada uma fase de pré-qualificação daqueles que pretendem participar da licitação. Foi ressaltado que a lei estadual de licitações exige que seja feita uma pré-qualificação e então foi adotado esse conceito da lei 8666 que trata, estabelece o regime de pré- qualificação e antecipada as exigências técnicas da licitação para esse momento. A modalidade da licitação vai ser concorrência internacional, tal como a lei faculta. Vai ser admitida a participação de consórcios, oportunidade em que aqueles que se consorciarem em terão que mostrar uma capacidade financeira 30% superior aqueles participantes isolados. Também vai ser exigir a garantia de proposta dos licitantes, e o critério de julgamento adotado é o menor valor da contraprestação a ser pago ao parceiro privado, levando em consideração o metro cúbico de esgoto faturado. Esse é o critério de julgamento que já se tem experiência de outras PPPs no mercado e que ela proporciona a busca pelo menor valor da contraprestação dentro da licitação. Por fim, o Sr. Eden informou que a CORSAN vai exigir a prestação de garantias para execução do contrato do parceiro privado, de sua vez também vai apresentar garantia de pagamento de contraprestação. Vão ser indicados para garantia os recebíveis da CORSAN, assim como acontece em qualquer contrato de financiamento que se tem hoje, BNDS, FGTS, Funasa...O Sr Eden explicou detalhadamente como serão as exigências da COSRAN e outros detalhes jurídicos e ao longo da apresentação informou também que está tudo documentado e que trouxe apenas informações importantes para esta audiência. Após a finalização da apresentação do Sr. Eden a palavra foi passada para o Sr Juliano, engenheiro civil da CORSAN.

O Sr Juliano, engenheiro civil, da diretoria da CORSAN, tomou a palavra e apresentou também em slides como será a transferência operacional para a realização do projeto. Foi ressaltado que a empresa privada vai conhecer a CORSAN para acompanhar os Sistemas de como funcionam, pois a parceira vai acompanhar e operar ao longo dos 35 anos. Este prazo poderá levar até seis meses e ate que a operação passe para o novo operador, será acompanhado pela CORSAN. Em seguida foi apresentada a modelagem da PPP e o plano de investimentos em forma de gráficos e prazos com projetos de licenciamentos. Dando continuidade a audiência, o arranjo da expansão do Projeto foi apresentado em uma planilha com a meta de cobertura com coleta e tratamento de esgoto sendo de 87,3% em até 11 anos de projeto. Nesta planilha aparecem detalhados os percentuais de cada cidade com início em 2018 e com final entre 2028/ 2052. Ainda nesta planilha aparecem os investimentos da CORSAN, investimento da PPP, investimento CORSAN e PPP e como ficará a Universalização a ser Mantida pela PPP. Novamente em slides foram apresentados os municípios que participarão deste projeto. Em seguida em slides foi detalhado as redes de cada cidade e seus problemas e melhorias de como serão implantadas algumas ETES e redes ao longo dos 11 anos, alguns pontos de arroios, rios e lago Guaíba. Dando segmento a apresentação, foi mostrado um estudo que foi realizado com a UFRGS e a CORSAN, sobre a apresentação da modelagem da PPP, em que serão coletados amostra para estimar e acompanhar a sedimentação do material, para dimensionar a melhoria ou não do leito das águas. O Sr. Juliano agradeceu aos presentes e passou a palavra ao Senhor Marcelo, técnico da CORSAN. O Sr. Marcelo continuou a explanação, na parte de programas comerciais, e explicou como a CORSAN trabalha com a tarifa conforme os usuários utilizam. Também foi explicado o mecanismo de pagamento e sistema de mensuração de desempenho – SMD. Foi ressaltado novamente que a comunidade continuará se relacionando com a CORSAN e que a empresa não terá contato com os usuários, mas que o usuário pagará os serviços para a CORSAN e a CORSAN pagará para a empresa Privada através de fatura. Em outros slides o Sr. Juliano apresentou detalhadamente cidade por cidade envolvida no projeto, informando sobre melhorias que serão feitas e como serão estes processos. Após apresentar toda a parte técnica deu por encerrada a apresentação da CORSAN em slides. Em seguida a Sra. Alessandra tomou a palavra novamente e ressaltou que todo esse material apresentado ficará a disposição na CORSAN para quem quiser consultar e informou como serão as próximas etapas para a realização deste projeto. A palavra foi passada para o mediador que deu segmento ao andamento da audiência e informou que após a apresentação do tema, conforme o regulamento desta audiência pública, está encerrada a entrega de questionamentos orais e daqueles que tenham sido escritos e pretendem obter resposta ainda durante audiência. Questionamentos por escrito poderão ser feitos por mais uma hora, lembrando que as respostas serão posteriormente publicadas no site do projeto. O Auditor chamou os primeiros 10 inscritos para as perguntas orais, conforme previsto no edital e o auditor solicitou que a pergunta deverá ser feita em dois minutos e que é necessário se apresentar dizendo o nome e a entidade que representa antes do início da pergunta. Foi chamada a senhora Neusa Teresinha K. A Sra. Neusa Teresinha comentou sobre a sua preocupação se vai ou não ter aumento da tarifa de água e esgoto e que ela não conseguiu entender esse processo. Ela comentou que o técnico falou na contraprestação mensal. Ela pediu que em nível de população, isso aí teria que ser mais bem esclarecido para que não reflita em custo no bolso do povo. O segundo inscrito foi chamado. Sr.Vereador Bamberg de Canoas. Para o Sr. Bamberg, ao seu entendimento, a qualidade no saneamento, trará impacto positivo para a população, inclusive no ponto de vista econômico. Informou que ele gostaria de saber como ficará o fundo municipal da sua cidade. Ele não entendeu como será a parceria da CORSAN. E em seguida fez vários questionamentos: Como será a parceria do terceiro e como será a parceria de Canoas? Canoas ficará dentro de que lote? Que empresa que realizará este? Por que a empresa vencedora irá gerenciar os hidrômetros? Esta pergunta muitos moradores querem saber. O Sr. Bamberg seguiu questionando: “Em que momento e como após a realização da parceria da PPP público-privado o processo licitatório será repassado ao consumidor. Os novos valores da tarifa na conta, considerado que boa parte da rede já está instalada no nosso município, tais como os nos bairros Mathias Velho e outras regiões, Cinco Colônias, Jardim Atlântico, Guajuviras? Porque não a CORSAN? Há possibilidade de deixar mais claro estes questionamentos? Por que a empresa vencedora irá gerenciar o parque de hidrômetros? O Sr. Bamberg seguiu comentando: “Essa é a pergunta que muitos moradores nos fizeram, porque a empresa vai gerenciar os hidrômetros e não a própria CORSAN? Essa é a pergunta que está em aberto, e por que, se nós sabemos que a CORSAN captou 216 milhões do PAC 2 e esse investimento aí o contrato permanece vigente, não há possibilidade de continuar buscando esses valores para que o município possa também fazer esse enfrentamento com a CORSAN? E será essa possibilidade de deixar mais claro aquela parceria pública privada, porque ela assusta grande maioria da população, porque nós temos entendimento que onde foi privatizado, que não quer dizer que a parceria público-privada seja privatização, mas estamos realmente abrindo uma porta para que futuras privatizações possam acontecer.” O terceiro participante foi o Sr. José Luís Vargas Silva, ex. funcionário da CORSAN, o Sr. José Luís informou que está falando em nome de vários colegas. O Sr José tomou a palavra e falou que está preocupado com a CORSAN, pois no passado a empresa investiu no chamado Projeto Rio Guaíba e ficou lá os esgotos, nunca foram utilizados pelo usuários e ficaram enterrados. O Sr. José seguiu questionando: "Primeira pergunta: no novo projeto o que garante que ocorrerá a ligação do usuário com o sistema? E por que isso é importante? Tem outra dúvida, vai ser o que determinará a geração da receita além da melhor qualidade de vida? Outro detalhe: A empresa vencedora terá já garantido antecipadamente o valor mínimo, a nossa contraprestação da CORSAN vai ser “x”, ou dependerá do acréscimo que houver em função da extensão das novas redes, da migração dessa rede com o sistema da CORSAN,? Se for pré-fixado, o que pode ocorrer, eu não conheço o detalhe, mas se for, poderá haver uma descapitalização da empresa, por quê? Terá que pagar mil, se por acaso as ligações não gerarem esse valor de 1000 de acréscimo, a CORSAN terá que pagar. Essa é a dúvida, se essa forma de pagamento será apenas em função do acréscimo das novas economias de esgoto, ou será um valor fixo independente da comunidade ter ou não ser ligada. O que a CORSAN está fazendo para que de alguma maneira tenha respaldo legal para que todos tenham que ligar?” o Sr José Luis Vargas agradeceu aos presentes e o quarto participante seguiu com os questionamentos. O Sr. Fábio Araújo Leal, Vereador de Eldorado do Sul, ocupando o cargo de planejamento do município fez sua colocação. O Sr. Araújo Informou que tomou conhecimento pelo projeto. Ele ressaltou que Eldorado compõe apenas 2% de todos os outros municípios e saúda a PPP e informa que ficou muito satisfeito com a PPP e a pergunta é:Onde eu assino?

O quinto participante foi o Sr Valdir Junior, representante da Agenda 2020. Ao dar início a sua comunicação, o Sr Valdir informou que a Agenda 2020 é uma organização sem fins lucrativos, apartidária que se utiliza do trabalho voluntário para desenvolver projetos que visam a melhoria das condições de vida do Estado do Rio Grande do Sul. Ele comentou que este projeto da universalização do saneamento foi um dos principais projetos encaminhados aos então candidatos Tarso Genro e Antônio Sartori quando do início do segundo turno da última eleição em 2014. O Sr. Valdir saúda a CORSAN pela coragem de levar a frente este projeto e por se tornar um espelho para outros projetos para cumprir a necessidade econômica e fez seu questionamento: “Gostaria que fossem detalhados os impactos que a comunidade sofrerá na realização deste projeto. Que impactos são estes citados pelo Sr Flávio Presser?” Em seguida o Auditor chamou o sexto participantes, o Sr. Paulo Menzel também da agenda 2020. O Sr Paulo Menzel comentou que os estudos nos mostram que hoje no atual sistema a cada R$ 1 investido em saneamento resulta em benefícios R$ 4 na área de saúde. Sua questão foi essa: “Pelo novo sistema, quantos reais serão agregados na área da saúde? “ O sétimo participante foi o Sr. Ernani, morador do Bairro Fátima em Canoas. O Sr Ernani comentou que Canoas vai financiar bastante esse empreendimento, sendo privado ou público, basicamente saneamento é feito com dinheiro do usuário, ou do contribuinte. Ele lamentou que a cidade de Canoas não estivesse sendo representada pelo executivo aqui nesta audiência. Ele informou que Canoas participou do plano de saneamento básico em 2014, que foi feito todo um plano para poder, com as verbas do PAC fazer uma série de investimentos, que iria dotar a cidade conforme foi explanado. O Sr Ernani comentou que a sua pergunta basicamente é: “Como é que está previsto o usuário ter participação na gestão de qualquer parceria? Porque se não nós continuaremos a pagar e na hora não conseguiríamos fazer gestão necessário, ou será meramente uma direção única da CORSAN, delegando para o privado que a gente não ter acesso? Porque essa coisa do tele atendimento?" O Sr Ernani comenta também que teleatendimento é muito ruim para o usuário que não é bem atendido. Outro aspecto citado pelo Sr Ernani é que a sociedade tem que começar a pregar o não consumo. “Se nós queremos ter uma sociedade mais moderna, nós teremos que passar a pregar a não geração, e o esgoto também seria uma forma de educação ambiental, com a não geração e aí eu quero ser retribuído por não gerar.” O Sr Ernani agradeceu aos presentes e o oitavo participante foi chamado. A oitava participante foi a Sra. Roseli Dias da Cáritas Brasileira, Regional do Rio Grande do Sul, aqui também na condição de moradora de Canoas. A Sra. Roseli ressaltou a importância do debate sobre o tema que a sociedade tem que fazer, pois ela comenta que o governo não pode chegar ao município como o de Canoas e informar a comunidade contribuições a um documento já feito. Ela questiona: “Acho que nós temos que fazer o debate na essência.” Qual é o interesse privado naquilo que é direito humano que não é mercadoria, porque aqui está a questão do esgoto, logo está a questão da água.” A segunda questão da Sra. Roseli foi: "Por que ao longo de 35 anos falando de universalização não se chega ao 100%?" A nona participante foi a Vereadora de Canoas, Sra. Maria Eunice Wolf. A vereadora iniciou sua comunicação comentando que na Câmara de Vereadores de Canoas teve aprovado por unanimidade a proposta de realizar um debate, também uma audiência pública com os vereadores e os municípios, por essa razão central de que município de Canoas é enorme e vai ter que fazer grande investimento. Ela ressalta: “Eu deixo aqui, reivindico a definição da Câmara de Vereadores de Canoas de participar desse debate e eu convido, junto com os técnicos, para se fazer presente no próximo período o quanto antes” Ela informa que todos querem o melhor para a sociedade e faz seu primeiro questionamento. “Primeiro, essa audiência é regional, então esta parte da região que está sendo convocada”. Ela questionou: " Então como é que fica a hipótese de o município não aprovar, naquele município não sai o projeto? A outra pergunta que faço é como está toda a política de desenvolvimento tecnológico, pois 35 anos é uma vida, é uma geração, e os trabalhadores da CORSAN, a menos que sejam para extinguir esse quadro e não ter mais esse quadro, então tem que ter uma combinação de transferência tecnológica, de planificação.” Ela questionou também que a CORSAN tem que ser mais clara no prazo de implantação. A Sra. Maria Eunice questionou também sobre que é necessário detalhar qual estágio de cada município. A vereadora seguiu questionando: “Qual é a taxa de retorno do investidor? Se vai ser pago um por um do serviço prestado e precisa 11 anos, eu pergunto porque 35 anos? Se for um por um está quitado, se não, qual é a taxa de retorno?” E por fim fez os últimos questionamentos: "Neste processo feito município por município, abre a licitação, a licitação é aberta sem a consulta aos municípios, sem autorização da câmara de vereadores, do executivo, como é este processo? Porque pelo informe aqui vai ser ainda apontado. Último, de onde que vem os recursos?” O último participante foi o Sr.Vereador Ivo Fiorotti, da Câmara Municipal de Canoas. O Sr Ivo iniciou sua comunicação também lamentando a falta de participação do executivo da cidade de Canoas, já que a cidade de Canoas tem uma grande participação neste projeto. Ele informou que quer reforçar aqui a decisão dos vereadores que aprovaram há cerca de 20 dias de a CORSAN ir á Câmara de Canoas para nos aprofundarmos no debate do tema desta audiência. Ele seguiu fazendo os questionamentos e pediu que ficasse mais claro: “Por que vão substituir a redes, elas vão durante 11 anos o grosso de investimento, depois o restante até os 35 anos é menor, e a depreciação do que é colocado, quando estiver uma sucata no fim, vem tudo para o poder público. A necessidade de fazer manutenção, são muitas as perguntas e as questões” Ele seguiu comentando: ele informou que a CORSAN já esteve várias vezes na Câmara de Vereadores, e os vereadores já pleitearam várias vezes porque que a taxa básica tem que ser separada do consumo, pois tem cidades que a taxa básica não é separada do consumo. E questionou: “Na lógica aqui é sobre um total, é sobre consumo da água, é sobre o volume? Então concluindo, nós saímos dessa audiência pública com muito mais questões e dúvidas do que respostas.” Após a comunicação do último participante, deu-se um intervalo de 10 minutos. Após o intervalo, o auditor retomou os trabalhos e informou que todos os questionamentos ficarão no site da CORSAN e serão respondidos e suas respostas ficarão também no site da CORSAN a disposição para quem desejar consultar. O mediador informou que as perguntas foram separadas em bloco e tema e serão respondidas desta forma. O Sr. Marcelo Santos da Rocha respondeu os questionamentos sobre a tarifa conforme segue. O Sr Marcelo informou que vai responder o questionamento da Sra. Neusa sobre quanto ela iria pagar a tarifa e seguiu respondendo sobre o questionamento do Sr. Bamberg e sobre valores mínimos perguntados pelo senhor José Luiz Vargas e também sobre a questão perguntada sobre hidrômetros e por fim o questionamento da Sra. Maria Ivanice que fala sobre a TIR de onde vêm os recursos, e do vereador Ivo que fala também da questão do serviço básico e do consumo. O Sr Marcelo seguiu com a comunicação: “Foi feito um bloco único de perguntas para fins da questão de tarifa. A Sra Neusa diz que o retorno de esgoto de uma residência é de 50% e nos falamos de um para um a gente tem aqui que separar as tarifas que são pagas pelos usuários da CORSAN e já são pagas hoje e aquilo que a CORSAN vai pagar para o parceiro privado. Lá é uma sistemática de cobrança e de faturamento contra o parceiro privado existe já uma sistemática de cobrança e faturamento da CORSAN para seus usuários hoje. Foi dito que essa sistemática não se altera. O Sr. Marcelo explicou detalhadamente que essa sistemática hoje como funciona em qualquer imóvel de Canoas ou de qualquer uma das cidades que são objetos da PPP ou de todas as demais que estão em contrato com a CORSAN o volume de esgoto faturado por mês é o mesmo volume de água faturada para o imóvel. foi dito também que a norma técnica diz que o volume de água que entra no imóvel e 80% retorna como esgoto e está lá na tabela tarifária da CORSAN para fazer essa relação de 80 a 100 é cobrado por metro cúbico quando o esgoto é tratado 70% do preço base da água. Então poderíamos até se fosse pela Norma dizer que volta 80% do volume, mas eu cobro100% da água, a gente diz volta a 100% da água, mas a gente cobra 70% do volume. A CORSAN já faz isso essa relação, foi informado para a Sra. Neusa, não muda. Vai se continuar na tabela tarifária ao preço de 70% quando o esgoto é coletado e tratado e se cobra sim 50% quando ele é apenas afastado sem tratamento. Foi ressaltado que tem um bairro de Canoas que ainda vive nessa condição de, que ainda é parte do Guajuviras. O Sr Marcelo continuou respondendo: “Então é assim que se faz a tarifa. Nada tem a ver com o valor da contraprestação mensal ao parceiro privado, a não ser num ponto. Que ponto é este? O volume. O volume que a CORSAN vai cobrar do usuário é o mesmo volume, não preço, que a CORSAN também vai pagar ao parceiro, o mesmo volume. Os preços são distintos. O preço que cobrar do usuário nada tem a ver com o preço que a CORSAN vai pagar para o parceiro. As coisas têm que ser separadas, mas hoje os coeficientes a CORSAN já trabalha com 70%, enquanto poderia cobrar 80%.” Em seguida seguiu falando sobre os Hidrômetros. Foi informado que será um serviço básico mais consumo, respondeu para o Sr Vereador Ivo. Foi informado que a CORSAN tem uma tarifa efetivamente diferente das demais, não só do estado, como do país. Provavelmente uma tarifa igual à da CORSAN, nós temos notícias do DEMAE e da SANEAGO no Estado de Goiás, as demais todas trabalham com regime de demanda, ou seja, para um metro cúbico gasto se paga uma demanda de 10, a COPASA em Minas uma demanda de 6, mas normalmente 10 se nós virmos em congêneres aqui do próprio Estado que em Uruguaiana que saiu da CORSAN, quem consome 1 paga 10 quem consome 2 paga 10, quem consome 9 paga 10. A CORSAN tem um serviço básico por economia, mas a partir dali quem consome 1 é 1, 2 é 2 e assim sucessivamente. Então o regime tarifário efetivamente é diferente. Isso também não se altera, a relação tarifária não se altera. Foi retomada a questão do Parque de hidrômetros e foi dito que a CORSAN trabalha num regime tarifário que o consumo de 1 é importante, de 2 é importante, de 3 também. o Sr Marcelo informou: "Se o usuário consumisse 2 mas nós cobrássemos 10, de 0 a 10 nós nem precisaríamos nos preocupar com a medição, não precisaríamos nem de vultosos investimentos em hidrometração e nós temos necessidade de fazer esses vultosos investimentos na questão de hidrometração." O Sr. Marcelo pediu auxílio para o Sr João que é o superintendente da área para falar sobre o parque de hidrômetros da região metropolitana hoje, pois está defasado na ordem de 46 ou 47%, ou seja, foi destacado que é preciso renovar esse parque de hidrômetros por que está acontecendo alguns problemas em função de um hidrômetro antigo, ou seja, medindo mal, medindo menos, a gente está disponibilizando a água para o imóvel e não está medindo tudo que está disponibilizando. Então foi dito que a CORSAN está perdendo e quando um perde todos perdem, porque a ineficiência de um é paga pelo todo. Em seguida o Sr Marcelo seguiu comentando que a PPP, quando começou os trabalhos, foi unânime no processo de manifestação de interesse, que a empresa tinha uma perda aparente e que era possível ganhar numa escala de eficiência em água, se algumas iniciativas fossem feitas de maior agilidade em alguns processos de renovação de parque e alguns processos de fraude. Então foi informado que os técnicos efetivamente buscaram agregar esse valor, já que a água fica para CORSAN e esgoto fica inteiramente para o parceiro, mas como a base é o volume, quanto maior o volume melhor para a CORSAN, melhor para o parceiro numa relação ganha-ganha e é justo também que se tenha um parque de hidrômetros adequado, que meça adequadamente, ninguém quer medir a mais nem a menos, quer medir o que foi utilizado, e dentro de uma escala de consumo racional, se as pessoas tiverem um consumo racional, vai ter um volume menor de água, portanto vai ter um volume menor de esgoto, vai ter uma redução na sua tarifa ressaltou o comunicador. Foi retomada a questão da Sra. Neusa, e foi informado que a empresa não muda a estrutura tarifária hoje vigente e ela continua igual, pois tem o mesmo volume. Em seguida foi comentado sobre a fala da Vereadora Maria Eunice, que ela pergunta qual a TIR do empreendimento. Foi dito que isso é extremamente importante e relevante. A TIR que a CORSAN trabalha é a TIR média do mercado para este tipo de infraestrutura de longo prazo, são 10%, que foi calculado para fins de modelo de negócio uma TIR de 10% é uma TIR de referência. Também a grande questão é de onde vêm os recursos da PPP e investimentos que são da parceria público-privada são de endividamento do parceiro privado, é dele próprio onde ele vá buscar financiamento enfim, mas é dele. Foi ressaltado que esses recursos vem do parceiro privado a parte que é do parceiro privado. A parte que é da CORSAN, é responsabilidade da CORSAN, aquilo que já tem ou BNDS, ou CF ou AGU, ou outro que seja recursos próprios da CORSAN, as coisas não são distintas, mas aquilo que for da responsabilidade dos parceiros é de recursos deles e a origem do recurso dele. Sobre a pergunta do Sr José Luís sobre qual é o valor mínimo da contraprestação, se existe valor mínimo. Foi informado que na verdade o valor mínimo parte de zero porque ele está ligado à contraprestação e uma parte fixa que é de obra, ou seja, a obra vai começar, então quando não tem nada de obra ainda feita, efetiva, pronta a conectar, não tem nada para ser pago. O Sr Marcelo ressaltou que a medida que a obra vai avançando aquele percentual de avanço da obra que vai sendo pago na parte fixa. Na parte variável é o volume do esgoto de quem estiver conectado, não é quem passa a rede na frente, é de quem está com rede na frente e conectado. O segundo bloco de perguntas foi dividido sobre o tema das ligações e em seguida os outros técnicos responderam sobre questões jurídicas e técnicas conforme segue: “ O técnico engenheiro seguiu respondendo sobre o tema das ligações que a CORSAN vai remunerar o parceiro privado pela operação em cima do volume de esgoto faturado Ele retomou algumas questões que o Marcelo havia respondido e informou que a CORSAN vai remunerar o parceiro privado somente em cima das ligações que foram realizadas pelos usuários, por isso, o volume de esgoto faturado compôs aquela forma que o Sr. Marcelo apresentou. O técnico seguiu respondendo: “O que é importante a respeito da cobrança pela disponibilidade? " foi dito que a cobrança pela disponibilidade foi regrada pelas duas agências regulatórias, existem resoluções nesse sentido, que regram todo o procedimento em relação àqueles usuários que não se conectarem seus imóveis à rede coletora. Dentro desse regramento tem duas questões muito importantes a se considerar: a primeira: esse valor da cobrança pela disponibilidade não vai ser repassado ao parceiro privado, Por que a empresa quer deste parceiro aquele apoio, tanto ao município quanto à CORSAN, para fazer com que os usuários se conectem. Foi informado que os técnicos vão nós continuar com todo estímulo para que os usuários entendam o seu papel dentro desse projeto. Em seguida o técnico comentou que as respostas agora serão relacionadas ao tema ligações. O técnico Sr João fez um apanhado das questões e complementando essa questão aqui do José Luiz sobre o que o Marcelo acabou de falar, no modelo a empresa vai remunerar o parceiro privado pela operação em cima do volume de esgoto faturado. Foi comentado que entra aquela importância que foi perguntado a respeito daquele usuário que não se liga. A CORSAN vai remunerar o parceiro privado somente em cima das ligações que foram realizadas pelos usuários, por isso, o volume de esgoto faturado compôs aquela forma que Marcelo apresentou. Foi ressaltado que a cobrança pela disponibilidade foi regrada pelas duas agências regulatórias, e existem resoluções nesse sentido, que regram todo o procedimento em relação àqueles usuários que não se conectarem seus imóveis à rede coletora. E o comunicador complementou dizendo que dentro desse regramento tem duas questões muito importantes a se considerar: a primeira: esse valor da cobrança pela disponibilidade não vai ser repassado ao parceiro privado, porque a empresa quer deste parceiro aquele apoio, tanto ao município quanto à CORSAN, para fazer com que os usuários se conectem. A CORSAN vai continuar com todo estímulo para que os usuários entendam o seu papel dentro desse projeto e se conectem. Por isso essa resolução tanto da AGERGS quanto do consórcio pró-sinos, para que os usuários se vejam estimulados a ligar e entendam seu papel dentro dessa parceria pelo futuro que nós estamos dizendo. Foi ressaltado que não é só um slogan bonito que a CORSAN está fazendo, ou uma campanha de marketing, realmente é uma parceria que tem que ser entendida, uma parceria entre a CORSAN, entre o município que adere ao projeto, e também tem que ser do usuário que faz parte desse sistema. Porque se o esgoto não estiver tratado lá no final, não adianta nada ficar discutindo se o recurso do A G U existe ou não existe, por que o usuário tem que conectar o seu imóvel, mas também a CORSAN está fazendo a parte dela juntamente com o Ministério Público dentro do projeto Resanear, que foi incorporado também pelas duas resoluções das agências regulatórias em que aquele usuário que não se ligar no sistema dentro de um tempo previsto e que vai passar a pagar a sua conta de esgoto maior por não ter se ligado. Foi informado que esse valor vai ajudar a fazer a ligação daquele usuário que é classificado como social no cadastro da CORSAN, ou seja, aquele usuário que em tese não tem condições de fazer a sua ligação intradomiciliar e se vai ter a sua ligação inteiramente paga e vai ser paga com os recursos desse projeto de cobrança pela disponibilidade. Foi informado também que essa obrigação que a CORSAN está assumindo em todo estado, os técnicos também vão colocar para o parceiro privado que vencer a licitação que vai fiscalizar e vai fazer a ligação intradomiciliar. Foi informado que essa é a parceria, só que o privado continua recebendo pelo volume faturado de esgoto, por que nesta região existe já um percentual de usuários que já tem sua ligação de esgoto. foi informado comentado uma informação importante que o parceiro privado vai iniciar sua operação já tendo um volume de receitas recebendo considerando já uma parte dessa planta de esgoto que já está instalada, que vai ser em torno de 30 a 35%. "Então essa lógica, esse desenho matemático e financeiro para equilibrar as contas para todo mundo, isso os técnicos procuraram fazer dentro desse projeto." O técnico seguiu comentando sobre a respeito do AGU da terceira seleção, que foi perguntado pela Vereadora Sra. Maria e pelo Sr. Bamberg também. foi informado que é um assunto que vem de dois lugares. "Esse valor é um recurso que está contingenciado pelo Governo Federal. Os técnicos passaram com esse estudo até 2016 com a CORSAN executando esses duzentos e dezesseis milhões dentro desse projeto da PPP. Chegou num determinado momento quando os técnicos perceberam que estavam contingenciados todos os recursos da terceira janela do PAC 2, que afetou toda a bacia dos Sinos, foi indicado para a diretoria que o mais seguro para atender o contrato de programa com Canoas. O comunicador informou que alguém aqui se manifestou, que participou desses estudos e sabe que existem obrigação e metas que a CORSAN tem que atingir para isso, e os técnicos da CORSAN por cautela, indicaram para a diretoria colocar esses recursos dentro desse projeto. Dando continuidade na resposta dos questionamentos foi comentado que, com a responsabilidade que esse contrato de repasse assinado pelo Governo do Estado e pela união, ele continua vigente, pois são os recursos que estão contingenciados, então foi colocado uma regra dentro do contrato, se vocês forem ler lá no edital de licitação no contrato, está previsto, e mepresa está avisando para os licitantes que se houver uma liberação dos recursos, a CORSAN vai precisar repactuar, tanto essas obrigações, ou quem sabe a empresa possa também negociar para transferir esses recursos para outros municípios aqui da bacia dos Sinos que se viram prejudicados, mas isso é uma situação que com o andar do projeto e ele vai se ajustando. foi ressaltado que empresa não podia era ficar com essa obrigação para a CORSAN, sem ter o dinheiro para executar, porque a empresa tinha uma previsão de execução de obra com projetos tudo pronto ainda temos duzentos e dezesseis milhões e não tínhamos mais o recurso, assim como não temos para , para Santo Antônio...etc.. Foi dito que são vários municípios que precisam, inclusive já foi tema de debate dentro do comitê sinos, junto com o Ministério Público que atua nessa região dos Sinos, todos esses recursos eles estão contingenciados. Sobre a questão da participação da sociedade nesse projeto foi comentado que no início da apresentação quando o advogado Eden destacou a questão da governança do contrato, lá existe uma previsão de conselho de PPP e alguns comitês técnicos. Naquele conselho de PPP que vai se reunir, pelo menos ordinariamente uma vez por ano, tem a participação não somente da CORSAN, Governo do Estado, todos os municípios envolvidos bem como a participação dos usuários, de alguma forma representados por suas entidades, por suas associações. Então lá tanto a CORSAN quanto a SPE vão prestar contas do que estão fazendo, por que é um casamento longo de 35 anos, que a se espera. Dando segmento na comunicação, foi dito que assim como município assina o contrato com a CORSAN assim também se espera que esse contrato dure um tempo e que transcorra de uma forma razoavelmente bem, da mesma forma essa contratação que se está fazendo. Foi ressaltado que os técnicos da CORSAN previram esse conselho de PPP justamente para ter esse acento, pois o Ministério Público vai ser convidado, o Tribunal de Contas, todos os órgãos de controle, agência regulatória. Foi ressaltado também que abaixo desse conselho tem três comitês técnicos e que esses comitês técnicos contam com as participações dos Municípios, juntamente com a CORSAN, a SPE e um deles de gestão, também vai ter a participação das agências. Os técnicos estamos elaborando um modelo em que a sociedade possa ir acompanhando, e também o poder concedente esteja próximo dessa gestão. Foi informado o site que tem sido divulgado é o: parceriacorsan.com.br, e que não vai ser só um site somente para acompanhamento da licitação, pois a empresa vai deixar ele no ar para depois ser acompanhada a gestão do contrato. Então ele vai mudando o teor das informações a partir do momento da assinatura do contrato, e a sociedade vai poder acompanhar aqueles indicadores que foram apresentados em slides. Foi ressaltado que a sociedade vai poder acompanhar as metas de evolução do comprimento das obras, então o site vai passar a ser um canal "Full Time" de acompanhamento dos números desse contrato de PPP, pois ele vai servir para isso. Foi dito que os técnicos e a CORSAN voltarão para Canoas para fazer essa audiência pública e se espera que seja a partir do encaminhamento do projeto do município para submeter à consideração dos vereadores. Foi comentado que se tiver que fazer uma audiência, ou uma reunião, o que a câmara de vereadores decidir, a CORSAN através dos técnicos estarão presentes. Foi dito que uma etapa de audiência pública demanda muito tempo para a equipe técnica. Os técnicos da CORSAN se manifestaram até para dizer que a escolha de Canoas é realmente pela sua representatividade populacional, mas este projeto vai passar por todos os 14 vereadores então é uma oportunidade, como aconteceu inclusive em Eldorado do Sul, em que toda vez que esse projeto chega à Câmara de Vereadores para aprovação dos vereadores, a CORSAN vai estar presente. Foi dito quer é uma oportunidade para debater o projeto sim. É uma oportunidade para os vereadores se manifestarem sim e que esse é o momento que a sociedade tem que discutir localmente e matar todas essas dúvidas que ainda possam permanecer. O técnico da CORSAN seguiu comentando que o tema é muito importante e que detém uma complexidade, mas, por exemplo, se forem analisar o plano de Saneamento de Canoas, a TIR do plano de Saneamento de Canoas é 12%. Ele informou que chegou a ser traçado um cenário com 20% e depois se fez um cenário que os estudos na época e quem participou daqueles estudos na época, entendeu ser mais adequado estabelecer uma TIR de 12%, está lá no plano de saneamento em Canoas, do fundo de gestão compartilhada. Dando continuidade na comunicação, o técnico da CORSAN informou que: " Aqui nós ainda estamos conversando com os municípios, mas todos os municípios que compõem essa área de abrangência, eles vão ter fundo de gestão compartilhada. Nós vamos ajustar um pouco as regras dos Fundos atrelados às receitas de esgoto que a CORSAN vai auferir, porque aí a gente vem mais uma vez com aquela questão da parceria. Então no fundo ele vai permanecer nos municípios, acho que é um recurso importante que os municípios têm para administrar questões afetas à saneamento básico, e nós vamos ajustar estes fundos para que eles permaneçam ao longo da vigência do contrato e também a gente está pedindo que seja prorrogado." Dando segmento na audiência e nas respostas, o quarto bloco de perguntas foi respondido por ouro técnico da COSRAN. O técnico respondeu o bloco relativo às perguntas sobre os impactos da PPP. Foi dito que tinha um conjunto de perguntas que eu ele ia se deter, mas algumas já foram respondidas pela Sra. Alessandra. Dando segmento, ele respondeu: Em relação aos impactos, que foram perguntas feitas pelo Sr. Valdir e pelo Sr. Paulo da agenda 2020, de reconhecer a metodologia. Foi informado que para cálculo desses impactos, nós contratamos uma empresa de consultoria, que fez esse mesmo cálculo para região de São Paulo e a metodologia que eles usaram para calcular esses impactos foi a chamada insumo-produto, que é a mesma metodologia do cálculo do PIB, cálculo do produto e o comunicador comentou: "Insumo é gasto, produto – venda, comércio. Então se tem o que se gasta, que seria o custo, e tem o que se ganha, que seria o benefício. Então é isso que foi feito. Foram eleitos alguns desses elementos pela dificuldade de calcular todo impacto, mas foi feito a questão da renda, a questão do emprego, a questão da saúde, a questão da valorização imobiliária, a questão do aumento da produtividade, que são as que me recordo, são os benefícios. E os custos advindos do pagamento, a despesa que as pessoas vão ter com a implantação das redes de esgotamento sanitário." O técnico informou que está falando em benefícios e custos sociais e não da empresa. São as pessoas." Foi dito também que mais uma questão que são as interferências de mobilidade nas cidades, certa perda de tempo nas obras, e enãi aí montou-se os custos. Então benefícios menos custos da aplicação dos investimentos nessa área, que são 1,35 bilhões, virou em resultado de 32.5 bilhões de reais." Foi ressaltada também a questão da melhoria da qualidade dos recursos hídricos da região em que é mais ou menos a projeção que a ONU faz hoje de 1 para 7 a 1 para 9, e que nós estamos exatamente nesse intervalo. Então esta metodologia obviamente que pode se deixar a disposição para as pessoas que quiserem estudar analisar, mas é um trabalho complexo." O Sr Flávio Presser comentou sobre questões a audiência já respondidas e ressaltou que o Sr. Bamberg fez uma pergunta e o Sr. Nilo Moraes de Cachoeirinha também fez outra sobre se os municípios não aceitarem. O Sr. Flávio Presser informou que o risco que a CORSAN corre é exatamente esse, dos Municípios não aceitarem a PPP, porque aí obviamente a empresa não terá condições de atender contratos de programas que estão lastreadas nos planos municipais de saneamento básico, que foram feitas dentro de um cenário que era do PLASNAB e que era o cenário da época, que não faltaria recursos públicos e a inflação não existiria, que o déficit público estaria controlado, que teria a suficiência de dinheiro para qualquer coisa. Isso foi o cenário de 2010. foi dito que a sociedade percebeu que era o contrario, pois não houve melhorias e que hoje nem os recursos comprometidos estão totalmente garantidos. O Sr Flávio Presser seguiu comentando: Os recursos da A G U estão sendo cortados porque não há o recurso entre aquilo que foi lançado nos editais do PAC e aquilo que foi empenhado orçamentariamente, a relação é de 14 para 1. cada 14 bilhões que foram lançados tinha no orçamento gravado um bilhão, e isso na verdade agora leva a que os recursos de financiamentos públicos, obviamente sejam cada vez mais rarefeitos. Foi informado que o quanto foi lançado este ano para todo o setor de saneamento em termos de financiamento de FGTS, apenas dois Bilhões de reais, sendo que para essa chamada foram incluídos todos os municípios com menos de 50 mil habitantes, que antes eram recursos do AGU da FUNASA, agora estes recursos estão sendo disputados pelas companhias nos serviços municipais. Foi ressaltado que dois Bilhões de reais não resolve problema nenhum e então querer na realidade uma solução que é fantasiosa, isso pode levar a que nós tenhamos um sério risco de não poder cumprir os contratos de programa e à medida que os contratos de programa não são cumpridos, o Tribunal de Contas aponta essa irregularidade aos prefeitos, o Ministério entrar com ações civis públicas para o rompimento contratual. Foi informado que este é o mecanismo e que a CORSAN está pagando um TAC em Canoas que ainda tem que ser pago 30 milhões de reais até o fim do contrato em 2017, por conta de investimentos não feitos. Em Santa Maria há uma multa de 20 milhões de reais por não ter feito as obras do bairro Camobi. A ação civil pública que o prefeito André falou aqui de Viamão, era de rompimento contratual. O Sr Flávio seguiu comentando que se nós formos falar com o Ministério Público de Gravataí, ele apoia o rompimento com a CORSAN, o Ministério Público diz que a CORSAN não está conseguindo fazer os investimentos pelos quais ela se comprometeu. Ele falou: "Então o grande risco que nós temos não é das prefeituras saírem, o grande risco que nós corremos é realmente não sair a PPP. Na realidade uma das razões que eu coloquei aqui para nós escolhermos os nove municípios é que eu falei que o sistema é integrado, por exemplo, Cachoeirinha recebe o esgoto de Gravataí, como é que nós vamos na verdade fazer? Será que Gravataí terá que criar outra estação de tratamento de esgoto para tratar o seu esgoto ou vai utilizar a estrutura que nós já temos em Cachoeirinha. Viamão trata seu esgoto em Alvorada e assim por diante. Aqui na região de Canoas, Esteio e Sapucaia, eu quero dizer o seguinte: Esteio não tem área apropriada para tratamento de esgoto. Então Portanto o esgoto de lá vai ter que ser derivado para, ou Canoas, ou Sapucaia. Assim por diante, são sistemas integrados, então para romper os contratos na realidade não será tão fácil assim." Foi informado que tem uma súmula do Supremo Tribunal Federal que diz o seguinte: regiões metropolitanas o saneamento é função comum, portanto a titularidade é compartilhada entre estado e municípios e a parceria nada mais é do que isto." o Sr Flávio informou que a primeira P que nós temos é pública, é a parceria entre os estados e municípios, uma parceria que é muito maior do que a parceria privada. A privada é só para nove municípios e só para esgoto. Foi dito que a CORSAN continua sendo responsável por todos os contratos para fazer o abastecimento de água. O Sr Flávio ressaltou que quem se endivida na PPP não é a CORSAN, será o parceiro privado, ele que vai trazer o dinheiro, a empresa pública não vai se endividar. A empresa poderá captar recursos internacionais no valor de 200 milhões de dólares, que é a parte financiada, mais uma contrapartida da CORSAN de sete milhões de dólares, portanto cerca de um milhão de reais para melhorar o sistema de água da região metropolitana, porque ela corre sério risco se não tiver seus sistemas integrados. Foi dito que Gravataí é um rio que seca no verão, portanto não pode ser ele fonte de abastecimento única de uma cidade. O Sr Flávio seguiu comentando: " Só para dar um exemplo. Então o fato de ter uma PPP está nos possibilitando também aumentar investimentos em água, razão pelo qual, uma vez isso colocado e demonstrado aos prefeitos, eu quero dizer que todos eles estão cientes desses benefícios, todos eles na realidade estão discutindo as alterações do Fundo Municipal, as alterações do prazo contratual, que basicamente é isso que pode alterar os contratos que hoje nós temos com os municípios. E tem muita confiança que as nove cidades onde estão previstas esta parceria, realmente vão se alinhar a ela, porque esta é a melhor alternativa que eles têm. Passamos a responder o quinto bloco de perguntas que envolvem o tema universalização dos serviços. O Sr Flávio lembrou que todas as perguntas depois terão suas respostas publicadas no site do projeto. Em seguida, respondendo à pergunta sobre porque a universalização o técnico informou que em 97% e não em 100%, foi dito que o próprio Plano Nacional de saneamento básico considera que de 3 A 4% das economias em cada sistema, não são ligadas ao sistema público de saneamento por estarem na área rural e urbana, por exemplo, por estarem em áreas impróprias para que a infraestrutura chegue, por exemplo, em áreas de risco, ou próximas de Arroios, em que a incapacidade técnica de que o esgoto seja coletado dentro do sistema. Foi informado que utilizando esse número de 97% de economias com universalização, o que você entendeu para esse contrato, é que desses 97%, como o próprio PLASNAB também identifica, 10% podem ser atingidos com sistemas individuais. Então de 97 tirando 10% para sistemas individuais, se obriga a SPE e a CORSAN a fazer 87% em sistemas separador absoluto. Então no final das contas a universalização no contrato com o parceiro privado é de 87%, porém em paralelo, junto com o município, teremos um sistema individual naquelas casas em que tecnicamente é inviável o sistema separador absoluto, somando 10% e chegando aos 97%, conforme o Plano Nacional de saneamento básico indica. O técnico seguiu respondendo sobre as obras da empresa no início do projeto e depois como isso vai ser entregue para a CORSAN, na realidade tem duas situações: o pesado das obras é nos primeiros 11 anos, então ele tem que atingir os 87% nos primeiros 11 anos, mas o parceiro privado continua tendo obras todos os anos até o final do contrato, por que nós continuamos tendo economias acrescidas ao sistema pelo crescimento vegetativo da população. Além disso, a expectativa técnica das associações brasileiras hoje, é que tubo de PVC, por exemplo, durem 60 anos ou mais, então a lógica seria que esses tubos ainda vão estar numa qualidade boa, excelente, depois que o contrato terminar. Foi informado também que além disso, todos os ativos da empresa tanto as redes quanto as elevatórias e as estações de tratamento que eles implantarem no sistema ou aqueles já implantados pela CORSAN que serão cedidos para uso pelo parceiro privado, eles irão retornar a CORSAN como ativo na contabilidade da CORSAN, e sendo amortizados pela tarifa como ativos no sistema do município. Então ele vai ao final do contrato retornar ao município, como o AGU hoje já acontece, depois de implantado ele é do município, cedido à CORSAN. E para finalizar foi informado que tem mais a questão do desenvolvimento tecnológico durante esses 35 anos. É um contrato longo demais para prever tudo que pode acontecer durante 35 anos e que algumas regras estão pontuadas ali, por exemplo, alteração nos indicadores de desempenho a cada três anos, troca de informações e de sistemas de informação entre CORSAN e parceiro privado, treinamentos, toda essa situação, ela vai continuar acontecendo durante os 35 anos, inclusive a parceira privada tem a obrigação de todo o projeto que ela for implantar, ela tem que aprovar previamente com a CORSAN, para que a CORSAN tenha o "know how" técnico daquilo que a empresa quer implantar no município, ela não possa implantar o que ela quiser, ela tem que passar pela CORSAN, e a CORSAN vai aprender aquela tecnologia nova, vai aprovar ou vai negar, e vai querer continuar com uma coisa mais consolidada. Então ao longo dos 35 anos, essa troca de informações vai acabar acontecendo por exigência do próprio contrato. foi informado que fora a parte técnica, uma questão que ficou antes: por que 35 anos de contrato? Foi respondido que: " Apesar de ele executar as obras em 11 anos, olhando a contraprestação mensal, ele só vai receber por tudo aquilo depois dos 35 anos. A ideia é que os 35 anos é um prazo ótimo para que o valor da contraprestação mensal caiba na conta da CORSAN e na conta que o usuário já paga para CORSAN. Se a empresa antecipasse, como acontece com o financiamento com FGTS, o BNDS são 15 anos, caixa são 20 anos, essa conta mensal e anual seria mais alta. Nós estamos pegando o recurso que o privado vai ter que buscar nos bancos e onde ele conseguir, e pagando esse investimento em 35 anos, e não nos 20 que a caixa e o FGTS e o BNDS nos obrigaram a pagar. Então a CORSAN está diminuindo um pouco, amortizando no prazo mais longo para pagar uma prestação menor mês a mês, tendo impacto menor no fluxo de caixa da empresa, sobrando mais recurso, como presidente comentou, para outros investimentos em outros municípios no sistema de água, não impactando na tarifa. Não será preciso aumentar a tarifa porque a conta cabe dentro da tarifa. " Passamos ao sexto e o único bloco de respostas referente ao tema processo licitatório O técnico da CORSAN seguiu respondendo que foram levantados alguns temas sobre licitação e contrato informou que não haverá lotes na licitação, não haverá divisão de um ou dois municípios comporem um ou mais lotes. O técnico ressaltou: "Vai ser uma licitação única que abrangerá todos os nove municípios. E dentro disso, apenas uma empresa vai prestar os serviços nesses nove municípios. Apenas uma empresa vai executar o objeto contratual, ela vai ficar responsável pela prestação dos serviços no território desses nove municípios. O que vai acontecer é que dentro da licitação, aquele que tiver a melhor proposta escolhida, vai ser obrigado a criar uma sociedade de propósito específico. O que significa isso? O objeto social dessa sociedade empresária vai ser única e exclusivamente a execução do contrato de PPP com a CORSAN. Então além de não existir lotes nas licitações, apenas uma empresa vai ficar responsável pela execução do objeto." Também foi questionada a questão da autorização dos municípios para poder licitar este objeto; a empresa acredita, a partir da interpretação dos técnicos, de que essa autorização dos municípios é necessária para o início da fase licitatória, não para as fases preparatórias de estudo, que inclui esta audiência pública. Então de fato a autorização dos municípios vai ter que estar formal e vigente no início do procedimento licitatório. Acreditamos que essa interpretação traz uma maior segurança para o projeto, tanto para aqueles que vão participar quanto para a CORSAN, levando em conta principalmente a extensão do prazo contratual que é de 35 anos. Então escorados em autorizações formais dos municípios mediante lei municipal, traz uma segurança bem maior para o projeto do que outra interpretação. Sobre uma pergunta escrita relacionada à responsabilidade da CORSAN em relação a eventuais danos ambientais o técnico informou que vai ser traçada uma linha bem precisa entre aquilo que aconteceu antes e aquilo que aconteceu depois da assinatura do contrato. Aqueles danos ambientais que ocorreram antes da assinatura do contrato ficará em responsabilidade da CORSAN e aqueles que forem causados depois da assinatura do contrato vão ser de responsabilidade do parceiro privado. O técnico reforçou que as respostas estarão no site do projeto: parceriacorsan.com.br.” Após as considerações finais dos técnicos a palavra foi passada para o Sr. diretor- presidente da CORSAN, Sr. Flávio Pereira Presser, para suas considerações finais. O Sr. Diretor Flávio Presser agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância desta PPP e que o propósito desta audiência e da equipe é cada vez mais tirar as dúvidas da população, a fim de passar confiança para a sociedade para que ela tenha abastecimento de água potável e um ambiente salubre gerando qualidade de vida e também ressaltou que esta PPP é a melhor alternativa para as cidades. O Diretor seguiu comunicando: “ tem várias questões que acabaram não sendo tratados porque também o tempo é limitado, mas são benefícios que a própria CORSAN tem, por que seus custos de transação, os custos de licitação e de contratação vão ser extremamente reduzidos, os nossos riscos vão ser reduzidos, nós vamos ter a garantia do faturamento, que é para nós o mais importante. Enfim, são várias as razões que nos levam a acreditar que essa PPP talvez não seja a única, mas ela é a melhor alternativa que a companhia tem para poder atender aos seus usuários, para poder fazer com que ela permaneça pública. Mais uma vez agora me despedindo e todas as respostas tem o serviço que está gravando a nossa conversa, nós vamos fazer a degravação e nós vamos ter resposta de todos os quesitos que aqui foram formulados se não adequadamente respondidos, depois vocês terão acesso e poderão obviamente trazer pedidos de maiores informações.” Por fim o Sr. Auditor deu por encerrada a audiência pública, e para constar, esta ata foi lavrada e ficará no processo da PPP, nos arquivos da CORSAN.