ASPECTOS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - FOLHA MIR-406 – - FOLHA MIR-407 – IPORÁ - MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização de Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-VG-US-MT-048 PLANO DA OBRA

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

Parte 1: Consolidação de Dados Secundários Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas Parte 3: Integração Temática Parte 4: Consolidação das Unidades

Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPLAN Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

ASPECTOS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - FOLHA MIR-406 – GUIRATINGA - FOLHA MIR-407 – IPORÁ – MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização de Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO

MARCO ANTONIO VILLARINHO GOMES MARIO VITAL DOS SANTOS

CUIABÁ

FEVEREIRO, 2001

CNEC – Engenharia S.A. GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO Dante Martins de Oliveira

VICE-GOVERNADOR José Rogério Salles

SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL Guilherme Frederico de Moura Müller

SUB SECRETÁRIO João José de Amorim

GERENTE ESTADUAL DO PRODEAGRO Mário Ney de Oliveira Teixeira

COORDENADORA DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Márcia Silva Pereira Rivera

MONITOR TÉCNICO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Wagner de Oliveira Filippetti

ADMINISTRADOR TÉCNICO DO PNUD Arnaldo Alves Souza Neto

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO DA SEPLAN

Coordenadora do Módulo Biótico/Uso do Solo LUZIA IVO DE ALMEIDA ARIMA (Geógrafa)

Coordenadora do Módulo Sócio-Econômico/ Jurídico-Institucional MARILDE BRITO LIMA (Economista)

Coordenadora do Módulo Cartografia/Geoprocessamento LIGIA CAMARGO MADRUGA (Engª Cartógrafa)

Supervisores de Tema

DALILA VARGAS OLIVARES SIFUENTE (Geógrafa) LIGIA CAMARGO MADRUGA (Enga. Cartógrafa) LUZIA IVO DE ALMEIDA ARIMA (Geógrafa) JOÃO BENEDITO PEREIRA LEITE SOBRINHO (Engo; Agrônomo) MARIA APARECIDA CERCI DE PAIVA (Enga. Agrônoma)

Consultor PNUD para o Módulo Biótico/ Uso do Solo RICARDO RIBEIRO RODRIGUES (Biólogo/Botânico)

Consultor PNUD para o Módulo Sócio-Econômico/ Jurídico Institucional SÉRGIO ADÃO SIMIÃO (Engo. Agronômo)

Consultor PNUD para Geoprocessamento/ Banco de Dados EMÍLIO CARLOS BOCHÍLIA (Analista de Organização, Sistemas e Métodos de Informações – OIM)

Supervisão do Banco de Dados GIOVANNI LEÃO ORMOND (Administrador de Banco de Dados) VICENTE DIAS FILHO (Analista de Sistema)

EQUIPE TÉCNICA DE EXECUÇÃO

CNEC - Engenharia S.A.

GERÊNCIA E COORDENAÇÃO

LUIZ MÁRIO TORTORELLO (Gerente do Projeto)

KALIL A. A. FARRAN (Coordenador Técnico)

MARCO A. V. GOMES (Coordenador Técnico do Meio Sócio- Econômico/Jurídico Institucional)

MÁRIO VITAL DOS SANTOS (Coordenador Técnico do Meio Físico- Biótico)

MARIA MADDALENA RÉ (Coordenadora de Uso e Ocupação do Solo)

EQUIPE TÉCNICA DE CAMPO

ADRIANA ROZZA (Engª Agrônoma)

FRANCISCO O. DE CARVALHO (Estagiário)

GÉZA ARBOCZ (Engº Agrônomo)

LAURA CRISTINA FEINDT URREJOLA (Geógrafa)

LUÍS CARLOS BERNACCI (Biólogo)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

MARTA CAMARGO DE ASSIS (Bióloga)

MÔNICA TAKAKO SHIMABUKURO (Bióloga)

NATÁLIA M. IVANAUSKAS (Engª Agrônoma)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

RENATO GOLDENBERG (Engº Agrônomo)

RUBENS ANTÔNIO ALVES BARRETO (Engº Florestal)

SALVADOR RIBEIRO FILHO (Engº Florestal)

EQUIPE TÉCNICA DE FOTOINTERPRETAÇÃO

LAURA CRISTINA FEINDT URREJOLA (Geógrafa)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

RUBENS ANTÔNIO ALVES BARRETO (Engº Florestal)

EQUIPE TÉCNICA DE GABINETE

DENISE TONELLO (Arquiteta)

EDUARDO CECONELO (Eng.º Civil)

FRANCISCO O. DE CARVALHO (Estagiário)

MADALENA LÓS (Bióloga)

MARCELO DE PAULA FERREIRA (Arquiteto)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

PENÉLOPE LOPES (Arquiteta)

VERA MÁRCIA ARRIGHI (Arquiteta)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 001

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E OPERACIONAIS ESPECÍFICOS ÀS FOLHAS GUIRATINGA E IPORÁ 003

2.1 DOCUMENTAÇÃO 003

2.2. INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS 003

2.3. TRABALHOS DE CAMPO 005

2.4. INTEGRAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS 007

3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO 007

3.1. FORMAÇÕES VEGETAIS 007

3.1.1. Formações Savânicas e Campestres 007

3.1.1.1. Sd - Savana Florestada (Cerradão) 007

3.1.1.2. Sa - Savana Arborizada (Cerrado) 008

3.1.1.3. Saf - Savana Arborizada com Floresta de Galeria 008

3.1.1.4. Sp - Savana Parque (Campo Cerrado) 008

3.1.1.5. Spf - Savana Parque com Floresta de Galeria 009

3.1.1.6. Sgi - Savana Gramíneo-Lenhosa (Campos Úmidos) 009

3.1.1.7. Sgr – Savana Gramíneo-Lenhosa (Campos em Afloramentos Rochosos) 009

3.1.1.8. Sav / Spv – Formações de Savana Arborizada/Florestada Associadas a Vertentes com Encraves de Matas em Grotões de Drenagem. 010

3.1.2. Formações Ripárias 010

3.1.2.1. Fj – Formação Justafluvial 010

3.1.2.2 Fa – Floresta Aluvial 011

3.1.3. Formações de Contato 011

3.1.3.1. FeS - Contato Floresta Estacional/ Savana 011

3.1.4. Formações Antrópicas 012

3.1.4.1. Fr – Floresta Remanescente 012

3.1.4.2 Fs - Formação Secundária 012

3.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 012

3.2.1. Aspectos Gerais; Ocupação e Estruturação do Território 012

3.2.2. Usos Agropecuários 015

3.2.2.1. Ap – Uso Agropecuário de Pequenas Propriedades 015

3.2.2.2. Aga – Uso Agropecuário de Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de Culturas Anuais 017

3.2.2.3. Agp – Uso Agropecuário de Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de Pastagens 017

3.2.3. Aq - Áreas de Queimada 018

3.2.4. U - Usos Urbanos 018

4. CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO ASSOCIADAS ÀS FORMAÇÕES VEGETAIS E AO USO DO SOLO 019

4.1. FEIÇÃO DE PAISAGEM – PLANALTO TAQUARI – E SERRA DA ESTRELA 021

4.2. FEIÇÃO DE PAISAGEM – REGIÃO DE GUIRATINGA 022

4.3. FEIÇÃO DE PAISAGEM – PORÇÃO CENTRO- SETENTRIONAL 024

4.4. FEIÇÃO DE PAISAGEM – REGIÃO CENTRO-SUL 024

4.5. FEIÇÃO DE PAISAGEM – ZONA DE INFLUÊNCIA DO RIO ARAGUAIA 025

5. BIBLIOGRAFIA 026

ANEXOS

ANEXO I - RELAÇÃO DAS FICHAS DE CAMPO CAMPANHA DE FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

ANEXO II – RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO

ANEXO III - FOTOGRAFIAS

ANEXO IV – FOLHAS GUIRATINGA E IPORÁ

A001 FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – MIR 406/407

LISTA DE QUADROS

001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS 004

002 PRINCIPAIS PADRÕES DE USO E RESPECTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO OBSERVADOS NA REGIÃO HOMOGÊNEA. – AHP 5. PARTICIPAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS EM NÚMERO (%) E EM ÁREA OCUPADA (%) 016

003 PRINCIPAIS PADRÕES DE USO E RESPECTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO OBSERVADOS NA REGIÃO HOMOGÊNEA. – AHP 7. PARTICIPAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS EM NÚMERO (%) E EM ÁREA OCUPADA (%) 016

LISTA DE FIGURAS

001 LOCALIZAÇÃO DAS FOLHAS GUIRATINGA E IPORÁ NO ESTADO 002

002 LOCALIZAÇÃO DAS CAMPANHAS DE CAMPO 006

003 DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA E ELEMENTOS DE INFRA- ESTRUTURA 014

004 PRINCIPAIS FEIÇÕES DE PAISAGEM 023

1

1. INTRODUÇÃO

A presente Memória Técnica refere-se aos trabalhos de mapeamento das Formações Vegetais / Uso e Ocupação do Solo, executados na parte das Folhas Guiratinga – MIR-406 (SE-22-V-A) e Iporá – MIR-407 (SE-22-V-B), compreendida no Estado de Mato Grosso. As Folhas mapeadas situam-se na porção sudeste do Estado, entre os paralelos 16o00’ e 17o00’ de latitude sul e os meridianos 54o00’ e 52o15’ de longitude oeste de Greenwich (Figura 001). Estão situadas na divisa com o Estado de Goiás, representada pelo Rio Araguaia.

O encarte compreende total ou parcialmente os municípios de Guiratinga, Torixoréu, Ribeirãozinho, , , Alto Garças e pequena porção do território de Poxoréo, , , , Alto Araguaia e .

Várias áreas urbanas situam-se nas Folhas MIR-406/407: as sedes municipais de Guiratinga, Alto Garças, Araguainha, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Torixoréu e Tesouro, além das sedes distritais de Buriti, Estrela do Leste, Alcantilados (município de Guiratinga) e Cassununga (Tesouro). A malha viária principal é composta pela rodovia federal BR-364, que interliga a região a Rondonópolis e pelas rodovias estaduais MT-100, MT-270, MT-110 e MT- 340, além de várias estradas vicinais que interligam os núcleos urbanos.

A região é polarizada a leste por Barra do Garças (MIR-391) e a oeste por Rondonópolis (MIR-405). As cidades mais importantes são Guiratinga, no entroncamento das rodovia MT-270 e MT- 110; Tesouro (MT-110 / MT-260) e Alto Garças, lindeira à BR-364.

A porção centro-oriental do encarte é compreendida na bacia do Rio Araguaia (vertente amazônica) e a porção oriental na Bacia do (vertente platina), drenada por formadores dos Rios São Lourenço e Itiquira. A maior parte da região está inserida no Planalto dos Alcantilados e, na porção sudoeste, no Planalto Taquari/Alto Araguaia, apresentando feições de relevo complexas, determinantes das condições de ocupação, com áreas aplanadas nos topos das formações serranas e situações de relevo acidentado nas vertentes.

Predominam na área as formações savânicas, associadas ao relevo dissecado; os ambientes florestais são reduzidos, geralmente relacionados às linhas de drenagem.

63°00' 61°30' 60°00' 58°30' 57°00' 55°30' 54° 52°30' 51°00' 49°30' 7° 7° SB 21 YD

220 8° 8° SC 20 XA SC 20 XB SC 21 VA SC 21 VB

244 245 246 247 9° 9° SC 20 XC SC 20 XD SC 21 VC SC 21 VD SC 21 XC SC 21 XD SC 22 VC SC 22 VD SC 22 XC

270 271 272 273 274 275 276 277 278 10° 10° SC 20 ZA SC 20 ZB SC 21 YA SC 21 YB SC 21 ZA SC 21 ZB SC 22 YA SC 22 YB SC 22 ZA

295 296 297 298 299 300 301 302 303 11° 11° SC 20 ZD SC 21 YC SC 21 YD SC 21 ZC SC 21 ZD SC 22 YC SC 22 YD SC 22 ZC

316 317 318 319 320 321 322 323 12° 12° SD 20 XBSD 21 VA SD 21 VB SD 21 XA SD 21 XB SD 22 VA SD 22 VB SD 22 XA

336 337 338 339 340 341 342 343 13° 13° SD 20 XD SD 21 VC SD 21 VD SD 21 XC SD 21 XD SD 22 VC SD 22 VD SD 22 XC

353 354 355 356 357 358 359 360 14° 14° SD 20 ZB SD 21 YA SD 21 YB SD 21 ZA SD 21 ZB SD 22 YA SD 22 YB SD 22 ZA

369 370 371 372 373 374375 376 15° 15° SD 20 ZD SD 21 YC SD 21 YD SD 21 ZC SD 21 ZD SD 22 YC SD 22 YD

385 386 387 388 389 390 391 16° 16° SE 20 XB SE 21 VA SE 21 VB SE 21 XA SE 21 XB SE 22 VA SE 22 VB

401 402 403 404 405 406 407 17° 17° SE 21 VD SE 21 XC SE 21 XD SE 22 VC

417 418 419 420 18° 18° SE 22 YA

433 19° 19° 63°00' 61°30' 60°00' 58°30' 57°00' 55°30' 54°00' 52°30' 51°00' 49°30'

500 100 200 300 km

CONVENÇÕES ADOTADAS

NN 00 NN Código da Base Cartográfica

000 Código MIR

Localização da Folha no Estado

Figura 001

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Localização do Encarte Folhas Mir 406/407 no Estado

ESCALA : gráfica Fonte: CNEC Engenharia, 2000 3

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E OPERACIONAIS ESPECÍFICOS ÀS FOLHAS GUIRATINGA E IPORÁ

A metodologia geral que norteou os trabalhos de mapeamento das Formações Vegetais / Uso e Ocupação do Solo, na escala 1:250.000, encontra-se detalhada no Relatório DSEE-VG/US-RT-001 “Uso e Ocupação do Solo e Formações Vegetais - Aspectos Gerais: Procedimentos Metodológicos e Atividades Realizadas”, onde são tratados os aspectos gerais do trabalho, tais como: dados secundários utilizados; procedimentos metodológicos seguidos no decorrer dos trabalhos; critérios de interpretação utilizados na identificação dos padrões das imagens; procedimentos específicos às diversas campanhas de campo; correlação de dados secundários e relativos a outros setores de estudo relacionados ao tema.

2.1. DOCUMENTAÇÃO

Os trabalhos de cunho regional utilizados, que abrangem as Folhas MIR-406/407, referem-se a:

 Projeto RADAMBRASIL Folha SE.22 Goiânia, escala 1:1.000.000,1983.

 Na delimitação dos padrões de uso e ocupação e das formações vegetais, abrangendo totalmente a área das Folhas estudadas, foram utilizadas as imagens de satélite LANDSAT TM5 224/71 e 224/72 (15/08/94), 225/71 e 225/72 (09/10/94), composição colorida, bandas 3, 4 e 5; para definição de padrões duvidosos (nuvens, queimadas) foi também consultado o mosaico de RADAR SE-22-V-A (Projeto RADAMBRASIL), todos na escala 1:250.000.

 Devido a defasagem temporal entre as imagens interpretadas (1994) e o estágio atual dos trabalhos, foram consultadas as folhas Guiratinga e Iporá do trabalho – Mapa da Dinâmica de Desmatamento do Estado de Mato Grosso (1999, escala 1:250.000), elaborado pela FEMA – Fundação Estadual do Meio Ambiente. Nas Folhas Temáticas foram demarcadas as áreas desmatadas entre esta data e 1997.

2.2. INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS

A interpretação das imagens de satélite seguiu aos procedimentos gerais explicitados no Relatório DSEE-VG/US-RT-001. De maneira geral, os processos de mapeamento foram realizados a partir de levantamentos florísticos e fitofisionômicos da vegetação e verificações do uso do solo em campo, aliados a fotointerpretação analógica de imagens de satélite Landsat TM 5.

Após a conclusão dos trabalhos comparou-se os resultados obtidos ao mapeamento realizado pelo Projeto RADAMBRASIL, verificando-se que, de modo geral, as principais diferenciações em relação a este. são advindas da escala mais aproximada dos trabalhos e da redução do estado de conservação da vegetação, pela intensificação dos processos de antropização ocorridos na região nos últimos anos.

4

A delimitação de áreas de contato entre as formações savânicas e a Floresta Estacional (RADAM), assim como áreas revestidas pela Savana Florestada, nem sempre podem ser observadas, porque foram substituídas pelos usos agropecuários.

Foram mapeados 14 padrões relativos às formações vegetais e 7 padrões característicos de áreas antropizadas. Estes padrões foram, em situações específicas, correlacionados constituindo legendas compostas. A legenda definida pelos padrões das imagens, corroborada pelas informações de campo, é apresentada no Quadro 001, a seguir:

QUADRO 001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS

LEGENDA PADRÃO DA IMAGEM OBSERVAÇÕES

FORMAÇÕES VEGETAIS Sd - Savana Florestada Tons de verde escuro, textura lisa. Pequenas manchas residuais entremeando (Cerradão) áreas antropizadas. Ocorre também como sub-dominante em domínio da Savana Arborizada. Sa - Savana Arborizada Tons de marrom escuro a médio Fisionomia de maior ocorrência nas Folhas (Cerrado) mesclado a tons esverdeados, tanto MIR-406/407, freqüentemente associada a em áreas planas como em áreas outras formações e à presença de Formações Saf - Savana Arborizada com dissecadas. Ciliares. Floresta de Galeria Quando presentes Formações Ciliares, Geralmente utilizada para o pastoreio, sofre a alinhamentos de verde claro ao longo ação anual ou esporádica do fogo, como das drenagens. manejo das pastagens nativas. Sp - Savana Parque Tons de marrom escuro, com As áreas mais expressivas ocorrem no centro (Campo Cerrado) mosqueamento preto, textura lisa. das Folhas MIR-406/407 e a oeste, tanto em relevos planos como dissecados. Ocorre Spf - Savana Parque com Floresta de também, como sub-dominante, associada a Galeria outras Formações Savânicas. Sgi - Savana Gramíneo-Lenhosa Tons “café” para preto. Relacionada a relevos planos em topos (Campos Úmidos) tabulares; situações próximas de drenagens, onde o solo apresenta impedimentos de drenagem, permanecendo encharcado grande parte do ano. Maior ocorrência na porção sudoeste das Folhas MIR-406/407. Sgr - Savana Gramíneo-Lenhosa Tons de marrom escuro a médio. Ocorre em locais onde os topos de relevos associada a Afloramentos Rochosos residuais apresentam afloramentos rochosos (Campos rupestres) (sudeste e centro das Folhas MIR-406/407). Estão em geral associados a outras Formações de Cerrado, pois ocorrem em áreas restritas, nas bordas das escarpas. Sav/ Spv - - Formação de Savana Tons de marrom escuro a médio com Ocorre nas vertentes escarpadas a leste, oeste, Arborizada associada a vertentes com mosqueamento esverdeado. noroeste e norte do território. encraves de Mata em grotões de drenagem Fj – Formação Justafluvial Tons de verde médio a escuro, textura Formação associada às linhas de drenagem. lisa Fa – Floresta Aluvial Tons de verde escuro. Ocupa pequenas áreas, nas Planícies Aluviais. FeS – Contato Floresta Estacional Tons de verde médio a escuro. Padrão associado a relevos dissecados. Fr – Floresta Remanecente Tons que variam do verde médio a Pequenas ocorrências associada a zonas de escuro. uso. (continua...)

5

QUADRO 001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS (...continuação) LEGENDA PADRÃO DA IMAGEM OBSERVAÇÕES

FORMAÇÕES VEGETAIS Fs – Formação Secundária Tons de verde claro com Ocorrências pouco expressivas no centro da mosqueamento marrom esverdeado. Folhas MIR-406/407, associadas a zonas de uso. USOS DO SOLO Ap - Uso Agropecuário em Pequenas Tons de rosa claro a amarelados. Ocorrência restrita à porção nordeste, próximo Propriedades a Torixoréu. Aga - Uso Agropecuário em médias e Tons de lilás a azulado. Padrão associado ao relevo plano da Serra da grandes propriedades com Estrela e da porção sudoeste das Folhas MIR- predomínio de culturas anuais 406/407. Ocorre freqüentemente associado à Formação Justafluvial. Agp - Uso Agropecuário em médias e Tons de rosa claro a médio, cinza Localizado na totalidade das folhas MIR- grandes propriedades com esbranquiçado e amarelados. 406/407, ocorre também associado a outras predomínio de pastagens legendas, às vezes como sub-dominante. Componente importante é a presença de remanescentes das Formações Ciliares, geralmente com extensão reduzida. Aq – Área de Queimada Preto. Ocorre esparsamente nas Folhas MIR-406/407. Se – Solo Exposto Tons de bege claro mosqueado de Corresponde à ocorrência de processos branco. erosivos na reegião centro-norte. M – Extrativismo Mineral Tons que variam do cinza. Corresponde a áreas de garimpo identificadas nas imagens. U – Uso Urbano Tons de rosa, formas geométricas. Corresponde aos principais centros urbanos presentes nas Folhas MIR-406/407. FONTE: CNEC, 1997.

Os padrões relativos às formações savânicas ocorrem, localmente, em mosaicos de difícil representação gráfica na escala dos trabalhos (geralmente nas situações de relevo dissecado), tendo sido, estas situações, delimitadas com legenda composta. Da mesma forma, as áreas antrópicas aparecem com freqüência associadas a remanescentes das formações naturais ou sub-dominantes nestas formações. Nestas legendas compostas, o primeiro componente é dominante.

2.3. TRABALHOS DE CAMPO

O encarte Guiratinga/Iporá foi coberto pelas seguintes Campanhas de Campo, cujos roteiros são esquematizados na Figura 002:

 02 campanhas relativas ao levantamento dos padrões de uso e das formações vegetais, realizadas nos meses de fevereiro (parte do Roteiro 8) e abril de 1997 (parte do Roteiro 11), quando foram percorridos os eixos viários transitáveis. Foram relevados os padrões de uso e das formações vegetais ao longo dos percursos, tendo sido amostrados, para definição dos padrões, 74 pontos, apresentados no Anexo I e locados nas Folhas temáticas (Pontos 01 a 74).

 A Pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica realizou entrevistas que possibilitaram a qualificação das atividades e do perfil do produtor.

54°00' 53°00' 52°30' Pontal do Paraíso Rio Araguaia a 16°00' i Cassununga a u g ra A io Tesouro R o ntin 0 ma M 1 ia 1 Torixoréu T D 3 T 4 0 M

io Estrela R do Leste M Toriparu T 2 70

Guiratinga Buriti Alcanti 270 T lado 0 M 0 R 1 io P T Ribeirãozinho ra M ta

MT 461

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7 M a rç a s Araguainha Alto Garças 17°00' MIR 406 MIR 407

Alto Araguaia/ Jataí/Uberlândia 100 20 40 60 km

CAMPANHAS DE CAMPO CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

Uso do Solo / Vegetação: Limite Municipal Roteiro 08 Limite Estadual Roteiro 11 Sede Municipal Distrito e/ou Localidade Viário Principal Hidrografia/Lago

Figura 002

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Campanhas de Campo Encarte Folhas Guiratinga / Iporá - SE. 22-V-A / SE. 22-V-B Mir 406 / 407

ESCALA : 1:1.500.000 Fonte: CNEC Engenharia, 2000 7

2.4. INTEGRAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS

Como descrito na Metodologia Geral (Relatório DSEE-VG/US-RT-001), na interpretação preliminar e no acompanhamento da campanha de campo foram utilizados dados de outros setores de estudo relacionados ao tema em tela, notadamente no que diz respeito aos aspectos de vegetação, solos, formas do relevo, padrões da ocupação, presença de equipamentos de infra-estrutura, áreas legalmente protegidas.

Após as campanhas de campo e a revisão do mapeamento preliminar dos padrões de uso e das formações vegetais, foi realizado trabalho de sistematização das informações de outros temas, necessárias à compreensão dos processos de ocupação e à descrição das formações vegetais presentes na região. Os dados primários utilizados para o processo de correlação referem-se essencialmente às observações de campo; aos resultados da pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica; aos relatórios temáticos de Vegetação, Clima, Geologia, Geomorfologia e Solos específicos às Folhas. A correlação dos dados permitiu a definição da legenda dos padrões que constam das Folhas Formações Vegetais/ Uso e Ocupação do Solo MIR-406/407.

3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO

3.1. FORMAÇÕES VEGETAIS

3.1.1. Formações Savânicas e Campestres

3.1.1.1. Sd - Savana Florestada (Cerradão)

É a expressão florestal das formações savânicas, que se desenvolve sobre solos profundos e de média fertilidade, freqüentemente podzólicos e latossolos. As árvores que constituem o dossel possuem troncos geralmente grossos, com espesso ritidoma porém sem a marcante tortuosidade geralmente observada nas savanas. A estratificação é simples e o componente arbóreo é perenifólio. Não há um estrato arbustivo nítido e o estrato graminoso esparso é entremeado de espécies lenhosas de pequeno porte. Atinge altura em torno de 15m, podendo chegar a 18m. Tem composição florística diversificada, contendo espécies das expressões mais abertas das savanas, que assumem hábito arbóreo, e da Floresta Estacional, raramente presentes em outras formações savânicas. Epífitas são raras. É também denominada “Cerradão” ou “Savana Arbórea Densa”.

São características do estrato superior espécies como: sucupira-branca (Pterodon pubescens), sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), jatobá (Hymenaea courbaril), tingui (Magonia pubescens), pau-terra (Qualea sp), pau-santo (Kielmeyera coriacea), pau-de-sobre (Emmotum nitens), jacarandás (Machaerium sp e Dalbergia sp).

Esta fisionomia ocorre de maneira pouco expressiva, geralmente associada a Savanas Arborizadas. É mais freqüente na porção central do encarte, em áreas de relevo tabular, onde prevalecem solos arenosos.

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3.1.1.2. Sa - Savana Arborizada (Cerrado)

Corresponde à fisionomia savânica propriamente dita, caracterizando-se pelo aspecto xeromorfo do componente arbustivo-arbóreo e pelo expressivo estrato herbáceo, onde predominam gramíneas cespitosas (que formam touceiras). Variações fisionômicas e estruturais, decorrentes de características pedológicas diferenciadas e de perturbações antropogênicas expressam-se pela distribuição espacial irregular de indivíduos, ora com adensamento do estrato arbustivo-arbóreo, ora com predomínio do componente herbáceo. A altura varia entre 2 e 7m. Apresenta, como característica marcante, estrato arbóreo composto de exemplares de troncos e galhos retorcidos, casca espessa e folhas grandes, muitas vezes coriáceas.

Constitui uma formação vegetal relativamente aberta, geralmente manejada com fogo, podendo representar feições alteradas de Savanas Florestadas, submetidas a pressões antrópicas.

É denominada em sentido amplo de “Cerrado”. Ocorre sobre vários tipos de solos, mais freqüentemente em latossolos álicos, mas também em solos podzólicos, concrecionários e Areias Quartzosas. Espécies características: jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), ipê-do-cerrado (Tabebuia caraiba), araticum (Annona coriacea), pequizeiro (Caryocar brasiliensis), mangaba (Hancornia speciosa), lixeirinha (Davilla elliptica), colher-de-vaqueiro (Salvertia convallariaeodora), lixeira (Curatella americana), pau-santo (Kielmeyera sp), pau- terra (Qualea sp), muricis (Byrsonima sp), entre outras. A ocorrência de lianas não se dá de forma agressiva, sendo, em sua maioria, herbáceas ou semi-lenhosas.

É a fisionomia predominante na região, encontrando-se em sua maior parte associada a áreas de uso agropecuário. Está presente também em relevos mais dissecados, em associação com expressões savânicas campestres, sobre latossolos.

3.1.1.3. Saf - Savana Arborizada com Floresta de Galeria

Esse padrão é constituído pela fisionomia da Savana Arborizada associada a formações ripárias em pequenas extensões, não sendo possível sua individualização através de fotointerpretação, na escala do trabalho.

Estas formações formam estreitas faixas ao redor dos cursos d´água, ocorrendo espécies adaptadas ao encharcamento em determinadas épocas do ano, como ingá (Inga sp), figueira (Ficus sp), pinha-do-brejo (Talauma ovata) e pindaíba-do-brejo (Xylopia emarginata). Por constituírem faixas contínuas que se destacam na paisagem de formações abertas, recebem a denominação de Floresta de Galeria ou Florestas Ciliares.

Formações florestais ripárias estão presentes em quase todas a áreas de ocorrência da Savana Arborizada.

3.1.1.4. Sp - Savana Parque (Campo Cerrado)

Nesta fisionomia, prevalece o componente herbáceo e arbustivo, com indivíduos arbóreos presentes de forma esparsa, compondo uma das expressões campestres das savanas, denominada também “Campo Cerrado”. É encontrada sob diversas condições, desde planícies de inundação até topos ou encostas pedregosas, podendo ter origem natural, decorrente das condições do substrato, ou ser resultante de ação antrópica, pelo manejo anual de queimadas para uso agropecuário.

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Embora prevaleçam gramíneas no estrato herbáceo, são também freqüentes espécies de compostas e de leguminosas sendo, portanto, a composição florística bastante diversificada. Já os componentes arbustivos e arborescentes (altura entre 1 a 2 metros) constituídos de plantas características da Savana Arborizada, são pobres em espécies. Alguns dos representantes lenhosos são: cajuzinho (Anacardium humile), araticum (Annona dioica), faveira (Dimorphandra mollis), marmelo (Alibertia sp), lobeira (Solanum lycocarpum), colher-de-vaqueiro (Salvertia convallariaeodora).

Presente em topos e vertentes em regiões dissecadas, relacionada a afloramentos rochosos. Tem ocorrência mais significativa na porção central do encarte, geralmente associada a Savanas Arborizadas.

3.1.1.5. Spf - Savana Parque com Floresta de Galeria

Constituem áreas de Savana Parque, onde estão presentes formações ripárias em pequenas extensões, não sendo possível sua individualização através de fotointerpretação, na escala do trabalho.

Estas formações formam estreitas faixas ao redor dos cursos d´água, ocorrendo espécies adaptadas ao encharcamento em determinadas épocas do ano, como ingá (Inga sp), figueira (Ficus sp), pinha-do-brejo (Talauma ovata) e pindaíba-do-brejo (Xylopia emarginata). Ao lado dessa essências tipicamente ripárias, ocorrem ainda elementos estacionais junto às regiões marginais menos atingidas pela presença de água. Por constituírem faixas contínuas que se destacam na paisagem de formações abertas, recebem a denominação de Floresta de Galeria ou Florestas Ciliares.

Floresta de Galeria estão presentes nas áreas de ocorrência de Savana Parque situadas principalmente na porção central das Folhas MIR-406/407.

3.1.1.6. Sgi - Savana Gramíneo-Lenhosa (Campos Úmidos)

Corresponde à vegetação presente em áreas deprimidas, sobre solos hidromórficos, onde o lençol freático aflora ou é muito superficial, geralmente em localidades caracterizadas por nascentes, lagoas, corixos e riachos. Caracteriza-se pela presença de flora hidrófila, isto é, que se desenvolve em ambientes úmidos. Também denominada de “Campos Úmidos”.

Desenvolve-se também sobre afloramentos rochosos ou solos muito rasos, freqüentemente com camada de laterita superficial, podendo-se encontrar campos úmidos onde a rocha é superficial, em topos de morros testemunhos e em alguns platôs em torno de buritizais e Floresta de Galeria.

No período chuvoso, estes campos permanecem encharcados, impedindo o crescimento de vegetação arbóreo-arbustiva. Assim, a vegetação apresenta apenas estrato herbáceo, sendo as espécies encontradas extremamente seletivas. São muito freqüentes as ciperáceas, gramíneas, além de outras herbáceas como cruz-de-malta (Ludwigia sp), Xyris sp, jalapa (Mandevilla sp), bem como minúsculas plantas “carnívoras” do gênero Utricularia.

Localmente, podem apresentar micro relevo constituído de pequenas elevações, onde é comum a ocorrência de espécies lenhosas arbustivas. Neste caso, recebem a denominação de “Campos de Monchões” ou “Campos de Murunduns”.

Presente a sudoeste, junto aos córregos Cachoeira Comprida, Pantanalzinho e seus afluentes, em localidade de águas emendadas, no interflúvio dos Rios Prata e das Garças.

3.1.1.7. Sgr – Savana Gramíneo-Lenhosa (Campos em Afloramentos Rochosos)

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São os “campos em afloramentos rochosos”, áreas recobertas por formações campestres de Savana sobre afloramentos em solos litólicos. Apresentam freqüentemente coloração avermelhada no imageamento em virtude da reflectância dos solos.

Nas base de rochas, onde existe acúmulo de solo, algumas pequenas árvores se desenvolvem como vinhático (Plathymenia reticulata), perdiz (Simarouba versicolor), guatambu-do-cerrado (Aspidosperma macrocarpon), entre outras. Entre as rochas predominam arbustos e subarbustos, como canela-de-ema (Vellozia sp), Microlicia sp, murici (Byrsonima sp), fruta-de-pomba (Erythroxylum sp), Mimosa sp, uma espécies de palmeira acaule do gênero Syagrus.

Bromeliáceas de pequeno porte vegetam entre as rochas e outras espécies herbáceas ocorrem em pequenas extensões, onde encontram condições para se estabelecer. Por ocasião das chuvas, podem se formar pequenos campos úmidos decorrentes do lento escoamento das águas. Neste locais é comum a ocorrência de Xyris sp, peninha (Chamaecrista sp), ciperáceas, compostas, malváceas, entre outras.

Presente nas bordas de relevos residuais, sobre afloramentos rochosos na áreas de relevo mais dissecado, freqüentemente caracterizados pela grande dominância de canelas- de-ema (Vellozia sp).

3.1.1.8. Sav / Spv – Formações de Savana Arborizada/Florestada associadas a Vertentes com encraves de Matas em Grotões de drenagem.

Ocorrem em vertentes íngremes, às vezes com afloramentos rochosos. A Savana Parque geralmente predomina na porção superior. Na meia encosta, a fisionomia dominante é Savana Arborizada com diversos níveis de biomassa. Em locais mais encaixados da vertente (“grotões”), em associação a pequenos cursos d’água, a menor a exposição ao sol e a elevada umidade favorecem o desenvolvimento de florestas fisionomicamente semelhantes às Estacionais, denominadas “Matas de Grotão”. Estas ocorrem em pequenas áreas descontínuas, formando mosaico, não sendo possível seu mapeamento como unidades fisionômicas distintas, nessa escala de trabalho.

Entre as espécies observadas nas “Matas de Grotão” associadas às escarpas de planalto estão: gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium), tapiriri (Tapirira guianensis), ipê (Tabebuia sp), guatambú (Aspidosperma sp), canela (Ocotea sp), figueira (Ficus sp), Clusia sp, pindaíba (Xilopia sp), entre outras.

Estão presentes em vertentes das serras da Saudade, a oeste e noroeste, da Estrela, na porção centro-norte, Quatro Passagens, a sudeste e em relevos movimentados presentes na extremidade nordeste do encarte.

3.1.2. Formações Ripárias

3.1.2.1. Fj – Formação Justafluvial

Compreende diversas formas de vegetação associadas a cursos d’água, que recebem distintas denominações, de acordo com suas peculiaridades, reflexo das condições do substrato onde se desenvolvem: “Veredas”, “Matas de Brejo”, “Floresta de Galeria” ou “Floresta Ciliar”.

No Domínio das Savanas, estas formações começam, em geral, em pequenos brejos ou nascedouros de ribeirões, sob a forma de alamedas de buritis (Mauritia sp),

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formando “Veredas”. Ao longo dos cursos d’água, as veredas vão progressivamente adquirindo outras espécies de árvores, dentre as quais citam-se embaúba (Cecropia pachystachya), ingá (Inga uruguensis), copaíba (Copaifera langsdorffii), tapiriri (Tapirira guianensis), congonha (Ilex sp), mulungu (Erythrina aff. mulungu), encorpando e passando a constituir faixas que margeiam as linhas de drenagem. Adquirem caráter peculiar, por se destacar na paisagem caracterizada por formações abertas e xeromorfas, e recebem a denominação de “Floresta de Galeria” ou “Floresta Ciliar”. Por vezes, passam gradualmente a ocupar as “rampas” do interflúvio, em uma transição para as formações adjacentes. Quando estas florestas se fundem no interflúvio, considera-se o fim da área nuclear do Domínio das Savanas.

Em sítios com impedimentos de drenagem formam-se matas paludosas denominadas “Matas de Brejo”, onde predominam espécies hidrófilas, como olandi (Calophyllum brasiliensis) e leiteiro (Sapium sp), pindaíba (Xylopia emarginata) e buritirama (Maurtiella armata).

Além de serem encontradas em toda a área, associadas às Savanas, em extensões não mapeáveis nesta escala de trabalho, estão presentes em extensões significativas junto ao Córrego Pantanalzinho, nos formadores do Ribeirão Ponte de Pedra, ao centro, e no Ribeirão Floriano, a oeste, além de ocorrências menores e esparsas principalmente a noroeste.

3.1.2.2. Fa – Floresta Aluvial

Ocorre seletivamente em solos aluviais, em planícies de inundação sazonal dos rios. Apresenta elementos botânicos estacionais e ombrófilos, predominando estes ou aqueles, de acordo com o domínio em que se insere. Sua composição florística, contudo, é relativamente distinta e menos diversa em relação às formações florestais de interflúvios, devido às restrições decorrentes do substrato periodicamente encharcado. Verificam-se espécies seletivas higrófilas, dentre as quais destacam-se: ingá (Inga sp), jenipapo (Genipa americana), olandi (Calophyllum brasiliensis) e leiteiro (Sapium sp). As palmeiras são indicadoras do tipo e das condições hídricas do solo, uma vez que maripá (Attalea maripa), bacuri (Attalea phalerata) e bacaba (Oenocarpus sp) dominam nas planícies aluviais. Em grotas e outros sítios de maior umidade ocorrem ainda paxiúbas (Iriartea sp) e palmiteiro (Euterpe precatoria). O baixo potencial madeireiro, a impossibilidade de exploração agrícola e a ausência de fogo, colocam este tipo de vegetação, de modo geral, em situação privilegiada em relação à sua preservação.

3.1.3. Floresta de Contato

3.1.3.1. FeS – Contato de Floresta Estacional /Savana

Corresponde a uma formação de transição, onde ambos os tipos de vegetação se alternam em padrão de mosaico, mantendo sua identidade. A transição ocorre principalmente entre a Floresta Estacional e a Savana Florestada. Elementos de ambas as formações estão presentes, havendo também significativa contribuição de espécies que são comuns a ambas as formações vegetais. Dentre estas podem ser citadas: mandiocão (Didymopanax morototoni), gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium), maricá (Physocalymma scaberrimum), cumaru (Dipteryx sp), tarumaí (Rhamnidium elaeocarpus).

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Fisionomicamente apresenta-se como uma floresta mais aberta que a Floresta Estacional, com menor quantidade de epífitas e lianas e com estratificação menos complexa. O dossel apresenta distintos graus de deciduidade, dependendo das espécies prevalecentes.

Presente de forma descontínua como pequenos fragmentos remanescentes nas áreas de uso antrópico.

3.1.4.1. Formações Antropizadas

3.1.4.2. Fr – Floresta Remanescentes

Em áreas onde florestas remanescentes estão presentes, porém com sinais de perturbações, notadamente relacionadas com a retirada seletiva de madeira. Apesar de manter elementos da floresta primária, apresentam-se com composição florística empobrecida e estrutura alterada, com redução da altura dossel, que se apresenta descontínuo e irregular. Nesta matas, espécies de valor madeireiro tornaram-se escassas.

Ocorre junto a áreas de uso agropecuário, de forma esparsa, com pequenas extensões territoriais.

3.1.4.2. Fs - Formação Secundária

Remanescente de floresta que, devido às perturbações causadas por retirada seletiva de madeiras, abertura de clareira e efeitos de borda, não apresenta características originais de estrutura, tendo altura menor, dossel irregular e raras emergentes. A composição florística é empobrecida em relação à floresta original, prevalecendo espécies secundárias e de baixo valor econômico. Geralmente apresenta pequenas extensões e encontra-se em áreas antropizadas.

Enquanto nas florestas preservadas, as lianas tem uma ocorrência discreta, nas Formações Secundárias as perturbações favorecem seu estabelecimento nas bordas, clareiras e interior, formando cortinas e colunas sobre as árvores. Entre as lianas mais comuns encontram-se representantes das famílias Bignoniaceae, Malpighiaceae, Sapindaceae, Mimosaceae, Caesalpiniaceae, Curcubitaceae, Vitaceae, Dioscoriaceae, Apocynaceae e Convolvulaceae, entre outras.

3.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

3.2.1. Aspectos Gerais: Ocupação e Estruturação do Território

As Folhas MIR-406/407 abrangem, total ou parcialmente, o território dos municípios de Guiratinga, Torixoréu, Ribeirãozinho, Ponte Branca, Araguainha, Alto Garças, Alto Araguaia, Pedra Preta, Tesouro, Pontal do Araguaia, Itiquira, Poxoréo (Figura 003).

São presentes, no território do encarte, as sedes municipais de Guiratinga, Torixoréu, Ribeirãozinho, Ponte Branca, Araguainha, Alto Garças e Tesouro, as sedes distritais de Buriti, Estrela do Leste, Alcantilados (município de Guiratinga) e Cassununga (município de Tesouro), além de inúmeras localidades: Esperança, Barra, Cafelândia do Leste, Bom Jesus, Pouso Alto, Pontal (Torixoréu), Buritizal, São Gabriel (Araguainha), Aparecida do Leste (Ponte Branca), Vila Nova e Toripuru (Guiratinga).

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A rede viária é razoavelmente estruturada, com eixos de ligação leste-oeste e sul- norte; são entretanto deficitárias as ligações na porção centro-norte das Folhas MIR-406/407, nos relevos acidentados do Planalto dos Alcantilados.

A rodovia BR-364 percorre a porção sudoeste das Folhas MIR-406/407, ligando Pedra Preta/ Rondonópolis a Alto Garças e seguindo para sudeste, em direção a Alto Araguaia e ao Estado de Goiás. Em posição centralizada às Folhas, orientada leste - oeste, a MT-270, pavimentada, interliga Guiratinga a Toripuru e Rondonópolis a oeste e, a leste, percorre a Serra da Estrela, conectando-se à MT-100 nas proximidades de Ribeirãozinho. Esta rodovia acompanha o vale do Rio Araguaia, acessando a norte Pontal do Araguaia e Barra do Garças (MIR-391); conecta-se a sul à BR-364, nas proximidades de Alto Araguaia (MIR-420). Lindeiras a este eixo viário situam-se as cidades de Araguainha, Ponte Branca, Ribeirãozinho e Torixoréu.

A rodovia MT-107 liga Alto Garças à MT-270 (localidade ), em posição centralizada no território. A MT-110 também liga a BR-364 à MT-270 (Guiratinga) e a Tesouro, prosseguindo para norte, conectando-se à BR-070 (MIR-391).

Podem ainda ser citadas as rodovias MT-461 e MT-340 que interligam a MT-107 (Cafelândia do Leste) à MT-100, respectivamente na altura de Araguainha (MT-340) e entre Ponte Branca e Ribeirãozinho (MT-461). Outras vias locais interligam áreas urbanas e distritos, com traçado descontínuo devido aos acidentes topográficos, destacando-se a freqüente ocorrência de processos erosivos, principalmente ao longo da MT-340.

A região é polarizada por Rondonópolis a oeste e por Barra do Garças a nordeste. As sedes municipais presentes no território têm funções de apoio local e regional, destacando-se Guiratinga e Alto Garças, onde há equipamentos e infra-estruturas de apoio urbano; Ponte Branca e Araguainha destacam-se pela estagnação das atividades econômicas e pela pequena infra-estrutura comercial e de serviços.

As condições edáficas e de relevo condicionaram a ocupação da região, relativamente antiga no contexto do Estado. Iniciada em função das rotas de ligação entre as regiões meridionais e setentrionais do país, que seguiam o Rio Araguaia, teve novo impulso no início do século XX, pelas atividades garimpeiras de ouro e diamante nas regiões de Ribeirãozinho, Guiratinga e Tesouro. A criação dos municípios de Guiratinga, Tesouro, Ribeirãozinho, Alto Garças, Ponte Branca, Torixoréu, Araguainha data das décadas de 30, 40 e 50, em função destas atividades de mineração. O desenvolvimento de atividades agropecuárias teve um maior incremento a partir das décadas de 70-80.

Na maior parte do território, notadamente associada a relevos acidentados, verifica- se a presença de propriedades de grande e médio porte dedicadas à pecuária em moldes tradicionais. É presente um segmento de médios produtores voltados para a agricultura mecanizada (soja, arroz, milho) concentrada em bolsões nos municípios de Guiratinga, Alto Garças e Pedra Preta (porção oeste das Folhas), associada a condições edáficas e de relevo favoráveis. Permeia o conjunto da região a presença de pequenas propriedades com culturas de subsistência, tendo presença significativa nos municípios menores e mais atrasados, como Araguainha e Ponte Branca.

De um modo geral, no entorno das principais cidades (Guiratinga, Torixoréu) ocorre uma intensificação dos usos agropecuários, com padrões de manejo melhor estruturados em relação ao conjunto da região.

54°00' 53°00' 52°30' Pontal do Paraíso Rio Araguaia a 16°00' i Cassununga a u g 11 ra A io 09 Tesouro 07 R o ntin 0 ma M 1 ia 1 Torixoréu T D 3 T 4 0 M 01 io Estrela R do Leste 05 M Toriparu T 2 70

Guiratinga Buriti Alcanti 270 T lado 0 M 0 R 1 io P T Ribeirãozinho ra M ta 04

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7 M a rç a s Araguainha 06 Alto 08 Garças 17°00' MIR 406 MIR 407 12 Alto Araguaia/ Jataí/Uberlândia 100 20 40 60 km

MUNICÍPIOS CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

01. Torixoréu Limite Municipal 02. Araguainha Limite Estadual 03. Ponte Branca 04. Ribeirãozinho Sede Municipal 05. Guiratinga Distrito e/ou Localidade 06. Alto Garças 07. Tesouro Viário Principal 08. Alto Araguaia Hidrografia/Lago 09. Poxoréo 10. Pedra Preta 11. Pontal do Araguaia 12. Itiquira

Figura 003

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Divisão Político-Administrativa e Elementos de Infra Estrutura Encarte Folhas Guiratinga / Iporá - SE. 22-V-A / SE. 22-V-B Mir 406 / 407

ESCALA : 1:1.500.000 Fonte: CNEC Engenharia, 2000 15

As atividades minerárias, que já foram base da economia de alguns municípios, ainda subsistem, apesar da menor intensidade, principalmente no município de Tesouro. Os jazimentos minerais que ocorrem na região referem-se a depósitos de diamantes associados a antigos terraços e a aluviões atuais ao longo dos Rios das Garças, Bandeira, Cassununga, Diamantino e Araguaia e em afluentes do Rio Araguainha; as margens destes rios, no âmbito das Folhas, foram objeto de intensa atividade garimpeira. Os distritos diamantíferos presentes no território, em sua porção leste, no limite com o Estado de Goiás e na porção central, correspondem ao do Rio Araguaia, Rio Diamantino, Rio das Garças e de Guiratinga, todos compreendidos na Bacia Hidrográfica do Araguaia.

Também ocorrem na região depósitos de calcário dolomítico, aplicado como corretivo dos solos na agricultura, com lavras nas cabeceiras do Rio das Garças (município de Alto Garças).

No município de Guiratinga, é presente a Gleba de Reassentamento Taruma, do INTERMAT.

3.2.2. Usos Agropecuários

A descrição dos padrões de uso ocorrentes neste território está baseada no mapeamento resultante da interpretação das imagens de satélite, e dos resultados dos levantamentos efetuados através das campanhas de campo; sua caracterização é, ainda, baseada na Pesquisa Sócio-Econômica Agronômica, realizada junto aos estabelecimentos rurais do Estado. Os resultados desta pesquisa referem-se aos sistemas de produção agropecuária característicos de 13 Regiões Homogêneas, delimitadas com base em critérios explicitados no Relatório Técnico DSEE-VG/US-RT–002.

Do conjunto de sistemas de produção agropecuária detectados em cada uma destas Regiões Homogêneas, foram correlacionados, nesta caracterização, os sistemas predominantes quanto à expressão em termos de área ocupada pelas atividades agropecuárias e quanto ao número de estabelecimentos pesquisados.

O território do encarte insere-se em sua maior parte na Região Homogênea AHP 5; a porção oriental do território (municípios de Ponte Branca, Ribeirãozinho Torixoréu e Pontal do Araguaia) está abarcada na Região Homogênea AHP 7. Estas regiões são mais abrangentes que o território mapeado nas Folhas MIR-406/407, o que faz com que os dados selecionados pressuponham um grau de generalização, apenas parcialmente corrigido pelas observações de campo e pela interpretação da imagem de satélite.

3.2.2.1. Ap - Uso Agropecuário em Pequenas Propriedades

Padrão de mapeamento caracterizado pelo predomínio do uso pecuário e secundariamente pela agricultura (mandioca, feijão, milho, arroz, café, banana). Esta tipologia de uso tem pequena expressão mapeada, na escala do trabalho, nos arredores de Torixoréu.

Nesta Região Homogênea, caracteriza-se por sistemas de produção (Quadro 003), onde predominam estabelecimentos com pecuária de média tecnologia, associados a produtores familiares de pequeno porte econômico. Esta tipologia também ocorre de forma disseminada no restante do território das Folhas MIR-406/407, não mapeada na escala do trabalho.

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QUADRO 002 PRINCIPAIS PADRÕES DE USO E RESPECTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO OBSERVADOS NA REGIÃO HOMOGÊNEA. – AHP 5. PARTICIPAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS EM NÚMERO (%) E EM ÁREA OCUPADA (%) Padrão Participação em Número Participação em Área Principais Sistemas de Produção *¹ de Uso (%) *² (%) *² Ap Pecuária de baixa tecnologia  -- Produtor empresarial de pequeno porte econômico Pecuária de baixa tecnologia     -- Produtor familiar de pequeno porte econômico Pecuária de média tecnologia  -- Produtor familiar de pequeno porte econômico Aga Agricultura de alta tecnologia      Produtor empresarial de muito grande porte econômico Agricultura de alta tecnologia  -- Produtor familiar de médio porte econômico Agricultura de alta tecnologia   Produtor familiar de grande porte econômico Agp Pecuária de média tecnologia --   Produtor empresarial de grande porte econômico Pecuária de média tecnologia    Produtor empresarial de médio porte econômico FONTE: CNEC, 1997. (*¹) a metodologia para definição dos sistemas de produção é descrita com detalhes no Relatório Técnico (DSEE- VG-US-RT-002). (*²) intervalos de porcentagem – conforme relacionado a seguir:

QUADRO 003 PRINCIPAIS PADRÕES DE USO E RESPECTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO OBSERVADOS NA REGIÃO HOMOGÊNEA. – AHP 7. PARTICIPAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS EM NÚMERO (%) E EM ÁREA OCUPADA (%) Participação Padrão Participação em Área Principais Sistemas de Produção *¹ em Número de Uso (%) *² (%) *² Ap Pecuária de média tecnologia      Produtor familiar de pequeno porte econômico Agp Pecuária de média tecnologia    Produtor empresarial de grande porte econômico Pecuária de média tecnologia    Produtor empresarial de médio porte econômico Pecuária de média tecnologia --   Produtor empresarial de muito grande porte econômico Pecuária de média tecnologia   Produtor familiar de médio porte econômico (*¹) a metodologia para definição dos sistemas de produção é descrita com detalhes no Relatório Técnico (DSEE- VG/US-RT-002). (*²) intervalos de porcentagem – conforme relacionado a seguir: Percentual, em número, do sistema de produção Percentual, em área, do sistema de produção em relação ao no total dos estabelecimentos pesquisados: total de área dos estabelecimentos pesquisados: -- menor que 5% -- menor que 5%  de 5% a 10%  de 5% a 10%   de 10,1 a 15%   de 10,1 a 15%    de 15,1 a 20%    de 15,1 a 20%     maior que 20%     maior que 20% FONTE: CNEC, 1997.

As principais características dos sistemas de produção predominantes nas Folhas MIR-406/407, obtidas na Pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica e constantes dos Quadros 002 e 003 são:

 Nos estabelecimentos de pecuária com manejo rudimentar, há utilização das pastagens naturais, com pequena aplicação de capital e baixo padrão zootécnico do rebanho;

 A pecuária, quando de baixa tecnologia, caracteriza-se pela utilização de pastagens naturais ou plantadas, com rebanhos de baixo padrão zootécnico.

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O manejo incorpora pequena aplicação de capital, podendo haver melhorias quanto ao uso de insumos e preparação das terras;

 Na agricultura de baixa tecnologia, a atividade é marcada pela força de tração manual, eventualmente complementada pela tração animal. Há uma baixa utilização de insumos, denotada pela qualidade das sementes e pelo nível de utilização de fertilizantes químicos e de calcário, com pequena aplicação de capital no manejo, melhoramento e conservação das terras e lavouras;

 Quando de média tecnologia, a atividade pecuária é marcada pela presença de pastagens plantadas, sendo que as atividades, de forma geral, incorporam o uso de insumos e melhor padrão zootécnico do rebanho. Caracteriza-se pela média aplicação de capital nas técnicas de manejo, melhoramento e conservação das terras e pastagens;

 A agricultura de alta tecnologia é realizada com práticas que refletem um alto nível tecnológico, marcado pela força de tração mecânica. Caracteriza-se pela alta aplicação de capital nas técnicas de manejo, melhoramento e conservação do solo e das lavouras, com um alto uso de insumos, denotado pela qualidade das sementes e pelo nível de utilização de fertilizantes químicos e de calcário. A gestão destes empreendimentos é de caráter empresarial, com a atividade produtiva realizada por empregados permanentes contratados, eventualmente complementadas por empregados temporários;

 Nas gestões onde o caráter é familiar, a maior parte da força de trabalho é fornecida pelos familiares do produtor, eventualmente complementada por empregados permanentes ou temporários. Nos sistemas onde a gestão é empresarial, a maior parte da força de trabalho é contratada, constituída por empregados permanentes, eventualmente complementada por empregados temporários;

 Em todos os sistemas associados a estas categorias de uso, os estabelecimentos de pequeno rendimento econômico têm receitas anuais médias inferiores a R$ 15.000,00. Nos estabelecimentos de porte econômico médio, a receita anual situa-se entre R$ 15.000,00 e 60.000,00; entre R$ 60.000,00 e 300.000,00 nos de grande porte econômico; é superior a R$ 300.000,00 nos de muito grande porte econômico (valores de dezembro de 1996).

3.2.2.2. Aga - Uso Agropecuário em Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de Culturas Anuais

Padrão predominante no quadrante sudoeste do território (município de Alto Garças), ocorrendo também na porção centro-norte (Guiratinga). É compreendido na Região Homogênea AHP5, estendendo-se com pequena expressão territorial, na Região Homogênea AHP7, no município de Torixoréu, com as mesmas características observadas na Região Homogênea AHP 5.

Caracteriza-se pelo predomínio da agricultura mecanizada (grãos), correspondendo a um conjunto de sistemas de produção, com estabelecimentos com agricultura de alta tecnologia associados a produtores empresariais de muito grande porte econômico, assim como a produtores familiares de grande e médio porte econômico (Quadro 002).

3.2.2.3. Agp - Uso Agropecuário em Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de

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Pastagens

Padrão de mapeamento caracterizado pelo predomínio de pastagens, sendo inexpressiva a participação de culturas. Esta tipologia de ocupação é caracterizada por um conjunto diversificado de sistemas de produção que ocorrem, de forma diferenciada, nas duas Regiões Homogêneas.

Na Região Homogênea AHP 5, na porção oeste do território mapeado, este padrão de uso tem expressão significativa, ocorrendo num padrão de ocupação extensiva, com grande alteração do território, destacando-se a participação de grandes e médios estabelecimentos.

É caracterizado por sistemas de produção (Quadro 002), onde predominam estabelecimentos com pecuária de média tecnologia, associados a produtores empresariais de médio e grande porte econômico, Na área mapeada, este padrão de uso é também associado a manejos rudimentares, com a utilização das pastagens naturais.

Na Região Homogênea AHP 7, este padrão de uso tem também expressão significativa, caracterizado por sistemas de produção (Quadro 003), onde predominam estabelecimentos com pecuária de média tecnologia, associados a produtores empresariais de grande, médio e muito grande porte econômico, assim como a produtores familiares de médio porte econômico. Na área em tela, este padrão de uso é também associado a estabelecimentos rurais com manejos rudimentares e à utilização de pastagens naturais.

A diversificação de manejos é decorrência das variadas e complexas feições de relevo ocorrentes no território da Folhas MIR-406/407; quando as áreas de uso ocorrem de forma descontínua, em ambientes savânicos, permanecem extensas áreas destas formações, geralmente utilizadas como pastos naturais, onde as propriedades refletem poucos investimentos. São também presentes pequenas propriedades não mapeáveis na escala de trabalho, mascaradas pelo relevo (Planalto dos Alcantilados) e pelos ambientes savânicos, correspondendo a estabelecimentos com manejos de média e baixa tecnologia e rudimentares, associados a produtores familiares de pequeno porte econômico.

3.2.3. Aq - Áreas de Queimada

Manchas de queimada de dimensões variáveis, comumente utilizadas para a abertura de áreas com vegetação natural (desmatamento) e como sistema de manejo de pastagens durante a estação seca, foram localizadas por toda a MIR-406/407, principalmente nas regiões leste, sudeste e nordeste.

3.2.4. U – Usos Urbanos

Os núcleos urbanos de maior relevância ocorrentes são formados pelas cidades de Alto Garças, situado a sudoeste, Araguainha e Ponte Branca, localizados na porção sul e Balisa e Torixoréu, situados a nordeste, Guiratinga, a oeste, Ribeirãozinho, a leste e Tesouro, ao norte. A região é polarizada pela sede urbana de Rondonópolis e caracteriza-se pela alta diversificação das funções urbanas associadas às médias densidades de equipamentos e estabelecimentos.

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4. CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO ASSOCIADAS ÀS FORMAÇÕES VEGETAIS E AO USO DO SOLO

O território do encarte é compreendido, em sua porção oeste, pela Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai e, em toda a porção centro-leste, pela Bacia do Rio Araguaia.

Na Bacia do Araguaia, a rede de drenagem é composta pelos afluentes da margem esquerda deste rio no seu alto curso: rios Diamantino, das Garças, São João e Correia, além do próprio Araguaia, que corre no sentido sul-nordeste, no limite oriental do território mapeado. A porção ocidental das Folhas é drenada pelos rios Areia e da Prata, formadores do São Lourenço e, a sudoeste, pelas cabeceiras do Rio Itiquira, na Bacia do Paraguai.

No conjunto, a região abrangida pelas Folhas MIR-406/407, inserida na região dos Planaltos Taquari/Alto Araguaia e dos Alcantilados, apresenta relevo dissecado, com presença de afloramentos rochosos da Formação Aquidauana e presença de chapadas preservadas, onde as condições topográficas e pedológicas propiciam atividades de agricultura mecanizada. Os dois planaltos apresentam grande diversidade de formas de relevos. O Planalto Taquari/Alto Araguaia caracteriza-se pela suavidade dos interflúvios tabulares, com formas dissecadas nas proximidades das bordas escarpadas.

O Planalto dos Alcantilados é constituído por um conjunto de relevos muito dissecados, influenciados pelas atividades tectônicas, que originaram patamares estruturais, posicionados em diferentes níveis altimétricos, delimitados por escarpas estruturais. Destacam-se relevos de formas tabulares amplas em correspondência à Serra da Estrela, circundada por relevos progressivamente mais dissecados. Ressalta-se a presença, neste compartimento, do “Domo do Araguainha”, estrutura circular erodida internamente, cuja gênese é ainda controversa.

A região situa-se em domínio de Clima Tropical Continental, alternadamente seco e úmido, com variações locais, função de diferentes situações de relevo e de seu posicionamento em relação à circulação atmosférica.

Na extremidade noroeste das Folhas MIR-406/407, na borda do Planalto dos Alcantilados, a pluviosidade anual média varia entre 1.600 – 1.800mm, com 4 meses secos (junho a setembro) e deficiências hídricas entre 150 - 250mm. O excedente hídrico médio é de 700 - 800mm, de novembro a abril. Estas áreas de planaltos e serras do sudeste do Estado têm, como um dos controles climáticos mais importantes, a posição e o deslocamento da frente polar, fato que pressupõe uma irregularidade no ritmo anual e sazonal da pluviosidade.

Em posição centralizada e em toda a fachada meridional das Folhas MIR-406/407, nos altos elevados do Planalto Taquari-Alto Araguaia, o fator altitude e as extensas superfícies planas de cimeira condicionam temperaturas menores no contexto regional, com médias anuais entre 21,4 - 23,0oC. Os valores médios da pluviosidade são relativamente elevados, entre 1.700 – 2.100mm; a duração e intensidade da seca estacional é atenuada, ocorrendo os menores valores regionais de deficiência hídrica (75 - 200mm). Os excedentes hídricos são de moderados a elevados, entre 800 – 1.000mm.

Nas áreas drenadas pelo Rio Diamantino e pelo Alto Araguaia, em posição rebaixada em relação aos planaltos do entorno, ocorrem totais pluviométricos mais reduzidos. A sul de Ribeirãozinho, são da ordem de 1.600 – 1.700mm; a extensão do período seco é de

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6 meses (maio a outubro), com déficit hídrico entre 200 - 250mm. Há uma diminuição nos excedentes, com totais anuais entre 700 - 800mm. Progressivamente para norte, reduzem-se os totais pluviométricos anuais (1.400 – 1.600mm), aumentando a intensidade da seca, de moderada a severa (250 - 350mm), com excedentes hídricos de pequenos a moderados (500 - 650mm), entre novembro e março.

A maior parte do território assenta sobre rochas das formações Aquidauana, Ponta Grossa, Corumbataí e sobre Superfícies Terciárias. Neste contexto, predominam solos do tipo Areias Quartzosas e, subordinadamente, cambissolos, latossolos têm também posição de destaque, ocorrendo com textura argilosa, associada às Superfícies Terciárias e com textura média, areno-argilosa, quando associados a arenitos. Nas planícies aluviais ao longo das drenagens, ocorrem solos orgânicos associados a Gleis pouco Húmicos ou Areias Quartzosas Hidromórficas.

Pelas condições pedológicas, predominam na região atividades de pecuária destacando-se, nos chapadões com ocorrência de latossolos, lavouras mecanizadas (soja, milho).

As Areias Quartzosas que predominam no território têm sua maior concentração nas porções sul e oeste. Ocorrem em relevos plano a suave ondulado, revestidos pela Savana Arborizada, originados dos arenitos das formações Aquidauana, Ponta Grossa e Corumbataí. Têm baixa fertilidade natural e sua textura arenosa propicia drenagem excessiva, com baixa retenção da umidade e de nutrientes. Sua potencialidade de uso é para a pecuária, tanto pelo aproveitamento das pastagens nativas como pelo plantio de capins exóticos resistentes (Braquiária). Ocasionalmente, podem ser utilizadas em culturas permanentes; entretanto, nas ocorrências observadas, o uso mais comum é o da pecuária, ocorrendo com freqüência pastagens muito degradadas.

Solos do tipo cambissolos álicos ocorrem em relevos suave ondulados a acidentados, onde predomina Savana Arborizada com ocorrências locais de Savana Florestada, na porção oeste das Folhas MIR-406/407, nas proximidades de Guiratinga e Alto Garças. Ocorrem como dominantes e como sub-dominantes, associados a solos litólicos e a Areias Quartzosas, freqüentemente com cascalhos e concreções. Cambissolos eutróficos têm pequena expressão, aparecendo a sudoeste e a oeste, como sub-dominantes em solos podzólicos. A potencialidade agrícola é limitada quando estes solos apresentam cascalhos e/ou ocorrem em relevos acidentados; quando em relevo suave, com boa profundidade e livre de cascalhos, têm melhores condições de aproveitamento, necessitando entretanto de correção da baixa fertilidade natural e de práticas de controle, visto a alta susceptibilidade à erosão. Na área, os que comportam uso têm atividades de pecuária.

Os latossolos têm também presença expressiva na Folhas MIR-406/407, representados pelos tipos vermelho-escuro e vermelho-amarelo, ambos distróficos, com pequena ocorrência de Latossolo Roxo, revestidos por formações savânicas. Ocorrem com textura argilosa nos chapadões, associados às superfícies terciárias, nas proximidades de Alto Garças, Guiratinga, Diamantino e Ribeirãozinho; têm textura média, no entorno de Tesouro e Guiratinga. De modo geral, desenvolvem-se culturas mecanizadas nos argilosos e, nos arenosos, pastagens plantadas. Apesar da baixa fertilidade natural, estes solos têm boas características físicas, favoráveis ao aproveitamento agrícola.

São ainda presentes, no território, solos do tipo Podzólico Vermelho-Amarelo, relacionados às rochas das formações Aquidauana e Ponta Grossa e a relevos medianamente acidentados, revestidos por formações savânicas. Ocorrem como dominantes em grande mancha imediatamente a noroeste de Torixoréu, em Ponte Branca e Araguainha e, como sub-dominantes, em várias unidades de mapeamento, dispersas no território. A

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presença de cascalhos, as condições de relevo e a alta susceptibilidade à erosão são fatores limitantes às atividades agrícolas; no campo, observa-se sua utilização com pastagens.

Solos litólicos, concrecionários e afloramentos rochosos ocorrem, de forma esparsa, geralmente como componentes de outras unidades de mapeamento. O relevo, a presença de cascalhos e concreções e a susceptibilidade à erosão inviabilizaram seu aproveitamento agrícola.

As planícies fluviais têm pouca expressão na região, não mapeáveis na escala de trabalho. Nestas situações, predominam solos orgânicos (ribeirões Ponte de Pedra e das Onças), associados a Gleis pouco Húmicos e a Areias Quartzosas Hidromórficas, estas na porção sudoeste do território. Nestas situações ocorrem, de forma descontínua, Formações Justafluviais (Formações Ciliares, Veredas) mapeadas apenas no alto curso e formadores do Ribeirão Ponte Preta e do Córrego Pantanalzinho, a sudoeste.

As formações vegetais predominantes nas regiões dissecadas são as Savanas, prevalecendo as fisionomias do tipo arborizada e parque em topos e vertentes. Subordinadamente estão presentes formações florestais no sopé das vertentes, às vezes com encraves de Florestas Estacionais em extensões não mapeáveis nesta escala de trabalho. Em terrenos dissecados com topos colinosos, sempre em áreas muito alteradas pelo uso, remanescentes de pequenas extensões e com características secundárias sugerem a presença pretérita de formações de Contato Floresta Estacional e Savana. Destacam-se, nas formações serranas, a presença de Savana Gramíneo-Lenhosa em situações de afloramentos areníticos, constituindo campos rupestres.

Esta complexidade do meio físico faz com que possam ser distinguidas, no território do encarte, cinco grandes unidades de relevo, onde as condições pedológicas e de relevo condicionaram diferentes formas de apropriação do espaço (Figura 004):

 As áreas dos “chapadões”, do Planalto Taquari/Alto Araguaia, na porção sudoeste do encarte e a porção setentrional da Serra da Estrela;

 A porção noroeste do território, centralizada por Guiratinga;

 A porção centro-setentrional do território (porção leste do município do Tesouro e Pontal do Araguaia);

 A porção central e centro-meridional das Folhas MIR-406/407;

 A porção leste do território, abarcando Torixoréu, Ribeirãozinho, Ponte Branca e Araguainha.

4.1. FEIÇÃO DE PAISAGEM – PLANALTO TAQUARI/ALTO ARAGUAIA E SERRA DA ESTRELA

O Planalto Taquari/Alto Araguaia ocupa a porção sudoeste das Folhas MIR- 406/407, em níveis altimétricos entre 700 e 900 m. Esta superfície encontra correspondência morfológica com o topo da Serra da Estrela (em posição central nas Folhas, no Planalto dos Alcantilados), ambas formadas por sistemas de aplanamento.

Esta feição é cruzada, na porção meridional, pelas rodovias BR-364, MT-110 e MT- 107; a rodovia MT-467 cruza a Serra da Estrela, interligando a região a Guiratinga e a General Carneiro. Alto Araguaia situa-se em sua extremidade sudeste.

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Os solos predominantes são os Latossolos Vermelho-Escuros, com a ocorrência de solos hidromórficos nos vales pouco entalhados, onde é comum a presença de veredas. Nos topos com cobertura pedológica de latossolos, a estrutura fundiária organiza-se em grandes e médias propriedades com atividade agrícola mecanizada e produção de soja, milho, milheto. Há também presença da pecuária com pastagens bem manejadas, predominando capins do gênero Braquiaria.

Nestes topos aplanados a ocupação agrícola é intensa; apesar da disposição dos plantios em curva de nível, reduzindo a ocorrência de processos erosivos, as áreas agrícolas estendem-se até o limite dos platôs, tendo sido observadas situações de escorregamentos nestas bordas (Serra da Estrela). Remanescentes da vegetação natural são pouco freqüentes; ocorrem, de forma mais expressiva, marginalmente às áreas de uso, constituídas por formações savânicas abertas (Savana Parque ou Arborizada). Em locais de afloramento do lençol freático, ainda ocorrem campos úmidos e “Matas de Brejo” de composição diferenciada, em função do gradiente de umidade do solo.

De modo geral, as principais linhas de drenagem são acompanhadas pelas “veredas”; em muitas situações estas formações também encontram-se alteradas pelo uso. Têm dimensões expressivas, mapeáveis na escala do trabalho, as Matas Ciliares que acompanham o Ribeirão da Onça, tributário ao Rio das Garças e o Ribeirão Ponte Preta, na Serra da Estrela.

Na porção sudoeste das Folhas MIR-406/407, no interflúvio dos rios Prata e Córrego Pantaneirinho, formador do Rio das Garças, a presença de “águas emendadas” propicia significativas formações de Savana Gramíneo-Lenhosa em áreas úmidas, contrastando com a vegetação xeromorfa que domina na região.

Nas bordas dos platôs e em níveis rebaixados, predominam Latossolos Vermelho- Amarelos e Areias Quartzosas, onde prevalecem pastagens, também com poucos remanescentes conservados, geralmente situados próximo a nascentes.

Nas escarpas, a cobertura vegetal é contínua e aparentemente melhor conservada. Em correspondência a afloramentos litólicos, estão presentes Savanas Parque e Gramíneo- Lenhosa (campos rupestres) enquanto que, em grotões encaixados, encontram-se formações florestais cuja composição florística e fisionomia assemelham-se à Floresta Estacional, com ocorrência expressiva nas vertentes da Serra da Estrela.

As áreas desmatadas no período 94/97 (FEMA) são poucas e de pequenas proporções, limítrofes a zonas de uso pecuário. Destaca-se área mais extensa, na extremidade meridional das Folhas MIR-406/407.

4.2. FEIÇÃO DE PAISAGEM – REGIÃO DE GUIRATINGA

Esta área, no quadrante noroeste das Folhas MIR-406/407, é cruzada pela Serra da Saudade, orientada norte-sul, divisor de águas entre a Bacia do Paraguai, a oeste, e do Araguaia. A serra, em altitudes de 600-750 m, apresenta desnível abrupto a oeste, limitando a região em níveis altimétricos da ordem de 390 – 400 m; o diferencial altimétrico é mais suave a leste, onde os níveis são da ordem de 600 m. A área é cruzada pela MT-270, que interliga a região a Rondonópolis e pela MT-110; Guiratinga situa-se na intersecção destas duas rodovias e Tesouro em seu limite oriental, às margens do Rio das Garças.

À exceção das vertentes da serra, de relevo acidentado e com predomínio de formações savânicas, a região apresenta relevo ondulado a suave ondulado, onde predominam solos podzólicos e cambissolos com extensas áreas de ocupação.

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O parcelamento do solo está associado aos interflúvios, sendo a região intensamente ocupada por propriedades médias a grandes, onde predomina a atividade pecuária de recria e

Bacia do Rio Paraguai Bacia do Rio Feição 03 54°00' 53°00' 52°30' Pontal do Araguaia Paraíso Feição Rio Araguaia 05 a 16°00' i Cassununga a u g ra A io Tesouro R o ntin Bacia do Rio 0 ma M 1 ia 1 Torixoréu T D Araguaia 3 T 4 0 M

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LEGENDA

Chapada e Planalto dos Guimarães - Chapada (Borda Setentrional da Bacia do Paraná) Planalto dos Alcantilados - 1 nível (Borda Setentrional da Bacia do Paraná) Planalto dos Alcantilados - 2 nível (Borda Setentrional da Bacia do Paraná) Planalto Taquari-Alto Araguaia - 1 nível (Borda Setentrional da Bacia do Paraná) Depressão do Araguaia (Sedimentos da Bacia do Araguaia) Frente de Cuesta Escarpa Estrutural

FEIÇÕES

Feição 01 - Planalto Taquari-Alto Araguaia e Serra da Estrela Feição 02 - Região de Guiratinga Feição 03 - Região Centro-Setentrional Feição 04 - Região Centro-Sul Figura 004 Feição 05 - Zona de Influência do Rio Araguaia DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Principais Feições de Paisagem Encarte Folhas Guiratinga / Iporá - SE. 22-V-A / SE. 22-V-B Mir 406 / 407 Fonte: CNEC. Compartimentação Geomorfológica Preliminar ESCALA : 1:1.500.000 do Estado de Mato Grosso, 1997 25

engorda de gado de corte em pastagens cultivadas. O manejo dos pastos reflete pouco investimento, assim como o padrão das moradias e das instalações rurais, com presença de restritos bolsões com culturas (grãos).

Nas formações naturais remanescentes que entremeiam as extensas áreas de uso, predomina a Savana Arborizada, destacando-se, a norte, a presença da Savana Florestada e, localmente, matas associadas a grotões de drenagem; as formações campestres são geralmente pastejadas.

Nesta unidade de relevo, são pouco significativas as áreas desmatadas no período 94/97, relevadas no trabalho da FEMA, sempre limítrofes a zonas de uso pecuário.

4.3. FEIÇÃO DE PAISAGEM – PORÇÃO CENTRO-SETENTRIONAL

A porção centro-norte das Folhas MIR-406/407, que abrange parte dos municípios de Tesouro e Pontal do Araguaia, apresenta feição de relevo suave ondulado a ondulado, com topos tabulares em níveis altimétricos entre 400-570 m e presença de pontões e relevos residuais. O substrato geológico corresponde à Formação Aquidauana, onde o estrato superior é constituído por bancos de arenito maciços, que formam os relevos alcantilados e o estrato inferior por sedimentos finos. Na cobertura pedológica, predominam areias quartzosas e, em menores proporções, cambissolos e latossolos. A estrutura fundiária compreende grandes e médias propriedades com atividades pecuárias em pastagens nativas e plantadas.

As restrições do meio físico fazem com que as áreas de uso sejam descontínuas; mesmo em grandes propriedades, pastagens plantadas são de pequenas proporções, concentradas nos vales, com diferentes manejos e formações naturais alteradas ocupam as situações de relevo mais acidentados.

Nestas situações com fortes impedimentos à ocupação, os campos pastejados são substituídos por formações de Savana Arborizada nas vertentes, por vezes com matas de grotão em sítios mais protegidos e úmidos, e Savanas Parque e Gramíneo-Lenhosa nos topos e nos afloramentos rochosos.

Na região são presentes atividades de mineração que provocaram o assoreamento dos cursos d’água em suas proximidades. As vias também apresentam processos erosivos que são freqüentes ao longo das estradas, limitando a trafegabilidade. Tesouro, situado imediatamente a oeste desta feição, tem funções de apoio regional à região; com infra- estrutura limitada, a cidade tem equipamentos de comércio e serviços de apoio às atividades de pecuária e de garimpo.

Áreas desmatadas no período 94/97 são, também nesta feição, de dimensões reduzidas, sempre limítrofes às zonas de uso. Localmente, pelo desenho irregular, podem corresponder a queimadas, realizadas no manejo das pastagens naturais.

4.4. FEIÇÃO DE PAISAGEM – REGIÃO CENTRO-SUL

A porção central das Folhas MIR-406/407 abarca interflúvios dos rios das Garças, Diamantino e Araguaia, nos municípios de Guiratinga, Alto Garças, Torixoréu e Araguainha. Apresenta relevos acidentados, com topos aguçados e vertentes muito dissecadas, declives acentuados, níveis altimétricos que chegam a 860 m.

A região abrange o prolongamento meridional da Serra da Estrela, região marcada pelo relevo acidentado, onde as zonas de uso são descontínuas, predominando ambientes

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naturais, muitas vezes pastejadas. Esta zona é cruzada pelas rodovias MT-340, MT-107, MT- 461 e MT-270, todas com condições precárias de trafegabilidade. Situam-se aqui as localidades de Cafelândia do Leste e Diamantino, que constituem apoios locais às atividades de pecuária e garimpo, estas desenvolvidas às margens do Rio Diamantino e tributários, onde se observam drenagens assoreadas, com solapamento das margens.

De modo geral, assim como na feição 3, as características do meio físico condicionam a permanência de ambientes naturais constituídos de formações campestres, (Savana Parque e Savana Arborizada) para o pastoreio, principalmente nos interflúvios, onde estas formações estão geralmente associadas ao uso agropecuário.

É presente, de forma localizada, a Savana Florestada, associada a vales e vertentes ocorrendo, localmente, formações ciliares.

Como o restante do território compreendido no encarte, as áreas de desmatamento ocorridas no período 94/97 (FEMA) são de pequenas proporções, em ambientes campestres, geralmente associadas a zonas de uso; pelo formato irregular das manchas, possivelmente podem corresponder a queimadas realizadas no manejo das pastagens nativas.

4.5. FEIÇÃO DE PAISAGEM – ZONA DE INFLUÊNCIA DO RIO ARAGUAIA

A região situa-se na extremidade leste do território mapeado, inserida na calha do Rio Araguaia, numa faixa que se estende paralelamente ao rio. Tem relevo colinoso com formas tabulares, onde as altas declividades restringem-se a situações isoladas. Os solos apresentam-se como um mosaico de cambissolos, Areias Quartzosas, latossolos e podzólicos.

A estrutura fundiária é de médias e grandes propriedades, com atividades de pecuária, onde predominam as fases de cria e engorda de gado de corte, em pastagens cultivadas e nativas (municípios de Torixoréu, Ponte Branca, Araguainha). A norte (municípios de Pontal do Araguaia, Torixoréu e Ribeirãozinho), a ocupação é intensa, com pastagens cultivadas, rebanhos para cria e engorda (gado Nelore). Progressivamente a sul (município de Alto Araguaia) predominam pastagens naturais em grandes propriedades, com áreas agrícolas esparsas (soja e arroz). Nas áreas periféricas, o padrão de ocupação é precário, com sinais de abandono das atividades agropecuárias e rebanhos de baixa produtividade.

Na região, predominam formações savânicas alteradas e pastagens. Além das Savanas Arborizadas e Parque pastejadas, destaca-se a permanência, em situações de relevo mais acidentado, de matas em grotões de drenagem que entremeiam estas formações, com mais expressão a norte de Ponte Branca. Também destaca-se, nas formações serranas (próximo de Araguainha), a presença de Savana Gramíneo-Lenhosa (campos rupestres) em situações de afloramentos areníticos, com presença local de campos úmidos nos platôs.

Também nesta feição, áreas de desmatamentos ocorridos no período 94/97, relevadas no trabalho da FEMA, são de pequena expressão, correspondendo a extensão de áreas de uso em ambientes savânicos.

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5. BIBLIOGRAFIA

BITTENCOURT, M. D. & PIVELLO, V. R., 1998. SIG e sensoriamento remoto orbital auxiliando o zoneamento ecológico. Investigaciones Geográficas, 36, 42p. BRASIL – Dep.Nacional de Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL, 1983 – Levantamento de Recursos Naturais. Folha Gioânia (SD-21). Rio de Janeiro. EMPAER. Diagnóstico do município de Canarana-MT. Cuiabá: EMPAER, 35p. 1997. IBGE, 1992. Manual técnica da vegetação brasileira / Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. - Rio de Janeiro: 92p. VELOSO, H.P., RANGEL-FILHO, A.L.R, LIMA, J.C.A. 1991. Classificação de vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE. Rio de Janeiro. 124p.

ANEXOS

ANEXO I - RELAÇÃO DAS FICHAS DE CAMPO CAMPANHA DE FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

MIR 406/407 Padrão de Imageamento Roteiro Ponto US Coord. Relevo Solo * (1:1.500.000) Vegetação Uso Cor Tonalidade Textura 219.002 dissecado 8 1 8.221.680 (vale) Rd verde escura sombreado mata de grotão --- 222.705 8 2 8.220.356 dissecado --- verde escura sombreado cerrado --- 231.825 Urbano 8 3 8.224.233 ------(Tesouro) 344.445 8 4 8.225.790 drenagem --- verde escura lisa galeria --- 344.766 verde / escura lisa 8 5 8.220.276 suave ondulado --- cinza clara lisa cerrado pastagem 351.188 8 6 8.224.852 suave ondulado PVd verde escura lisa cerrado --- 334.216 8 7 8.217.350 suave ondulado --- marrom escura rugoso savana arborizada (cerrado) --- 191.106 forte ondulado a 11 8 8.203.665 ondulado litólico branca clara mosqueada --- pasto 193.459 11 9 8.201.480 suave ondulado podzólico vermelho amarelo verde escura rugosa domínio savana pasto sujo 193.422 forte ondulado a verde / 11 10 8.203.576 ondulado litólico marrom escura mosqueada campo (rupestre) --- 194.642 forte ondulado a podzólico vermelho amarelo verde / 11 11 8.202.719 ondulado a litólico marrom escura mosqueada cerrado c/ afloramento pasto sujo 199.800 ondulado a forte 11 12 8.200.629 ondulado cambissolo verde média rugosa domínio savana pasto sujo 212.782 floresta de galeria (Córrego 8 13 8.202.292 fundo de vale A.Q.a verde escura --- Fundo) --- 315.177 mosqueada cinza e 8 14 8.200.000 dissecado --- rosa clara verde escuro cerrado pasto novo 330.035 Sombra mosqueada cerrado (alterado) com 8 15 8.207.462 dissecado PVd verde clara rosa e cinza floresta ciliar --- 332.618 cinza / preta / 8 16 8.207.482 dissecado --- multicor rosa rugoso --- pastagem 179.595 podzólico vermelho 11 17 8.200.046 ondulado amarelo verde média lisa floresta ciliar --- 180.209 média afloramentos e 11 18 8.195.784 ondulado litólico marrom rosada mosqueada --- pasto sujo 195.394 cerradão 11 19 8.199.239 suave ondulado cambissolo verde escura rugosa (desmatado pós 94) pasto novo c/ leiras 196.221 média pasto sujo com árvores 11 20 8.197.693 suave ondulado cambissolo verde amarronzada rugosa domínio savana (braquiarão) 196.722 média 11 21 8.195.807 suave ondulado cambissolo verde amarronzada rugosa --- pasto sujo com árvores 198.420 savana parque (campo 11 22 8.193.880 suave ondulado cambissolo verde escura rugosa cerrado) pasto sujo 199.969 11 23 8.190.955 suave ondulado cambissolo verde clara mosqueada --- pasto sujo c/ árvores 202.000 suave ondulado a 11 24 8.199.770 ondulado areia quartzosa branca clara mosqueada --- pasto limpo com árvores 311.217 pasto preparado e 8 25 8.193.099 ondulado --- rosa clara lisa --- em formação 185.053 mata ciliar degradada 11 26 8.189.488 ondulado litólico verde média rugosa (em domínio cerrado) pasto limpo com árvores 195.860 8 27 8.182.500 dissecado Rd verde escura mosqueada Preto cerrado com floresta ciliar --- 195.796 ondulado a forte verde a 11 28 8.183.123 ondulado litólico preta escura mosqueada cerrado --- 205.330 8 29 8.190.437 ------Guiratinga 218.624 dissecado cinza / rosa / clara 8 30 8.182.643 encosta A.Q multicor verde Escuro cerrado 219.814 suave ondulado a agricultura mecanizada 11 31 8.182.942 forte ondulado areia quartzosa roxa clara mosqueada --- (soja) 220.558 11 32 8.181.086 suave ondulado areia quartzosa cinza escura mosqueada --- pasto natural sujo 224.130 suave ondulado a 11 33 8.184.455 forte ondulado cambissolo branca clara mosqueada --- pasto sujo 226.950 suave ondulado a 11 34 8.184.872 forte ondulado cambissolo verde clara mosqueada --- pasto sujo c/ árvores 249.006 azul / lilás lisa 8 35 8.188.289 platô --- marrom clara castanho lisa --- cultura soja 293.056 clara (quase Pontos verde 8 36 8.180.313 dissecado --- rosa cinza) Escuro cerrado --- 220.253 suave ondulado a campo limpo em 11 37 8.177.539 forte ondulado podzólico a litólico várias várias mosqueada afloramento rochoso --- 223.106 agricultura mecanizada 11 38 8.171.603 suave ondulado podzólico vermelho amarelo rosa clara mosqueada --- (soja), a menos de 2 anos 272.758 cinza + clara lisa área preparada 8 39 8.172.797 ondulado --- verde escura lisa cerrado para pasto 275.569 cinza + clara 8 40 8.173.389 ondulado --- verde escura mosqueada rosa --- pastagem com braquiária 286.611 8 41 8.177.119 dissecado Ca/Rd verde escura / preta --- cerrado --- 293.056 8 42 8.174.324 dissecado --- marrom clara lisa cerrado --- 295.347 8 43 8.172.590 plano Ca marrom escura mosqueada verde savana florestada (cerradão) --- 222.645 11 44 8.162.021 suave ondulado podzólico vermelho amarelo cinza clara esverdeada mosqueada --- pasto sujo 275.118 mosqueada com tons pasto sujo + 8 45 8.168.859 colinoso Arenoso rosa clara + escuros --- pasto limpo 278.308 rosa / cerrado em 8 46 8.162.314 colinoso Arenoso cinza clara lisa regeneração --- 293.252 8 47 8.161.982 dissecado Ca marrom escura / preta lisa cerrado --- 299.544 8 48 8.162.358 dissecado Rd verde escura / preta mosqueada marrom cerradão + cerrado --- 303.536 8 49 8.167.915 ------rosa clara e cinza lisa --- Colônia Couto Magalhães 222.036 agricultura mecanizada 11 50 8.154.271 suave ondulado podzólico vermelho amarelo roxa escura mosqueada --- (soja / milho) 254.765 savana parque (campo 11 51 8.151.660 ondulado litólico verde escura mosqueada cerrado) --- 263.342 campo cerrado 11 52 8.153.139 suave ondulado areia quartzosa verde escura mosqueada (domínio cerradão) --- 266.945 11 53 8.158.144 suave ondulado areia quartzosa rosa acinzentada mosqueada --- pasto limpo

Página 1 de 2 MIR 406/407 Padrão de Imageamento Roteiro Ponto US Coord. Relevo Solo * (1:1.500.000) Vegetação Uso Cor Tonalidade Textura 272.373 11 54 8.150.791 ondulado cambissolo verde clara acinzentada mosqueada domínio savana (jaraguá) pasto c/ árvore 218.440 verde / formação ciliar e campo agricultura mecanizada 11 55 8.149.321 suave ondulado podzólico vermelho amarelo preta escura rugosa e lisa úmido (soja / milho) 235.915 11 56 8.143.526 ondulado latossolo / litólico verde escura lisa a mosqueada domínio cerrado pasto sujo 239.184 afloramentos c/ campo 11 57 8.146.037 ondulado litólico vermelha escura mosqueada cerrado pasto sujo 243.877 mata ciliar 11 58 8.147.891 ondulado litólico verde escura rugosa (Rio das Garças) --- 246.567 savana parque - campo 11 59 8.148.611 ondulado litólico verde escura mosqueada cerrado (queimado em 94) --- 250.990 campo cerrado (queimado 11 60 8.150.298 ondulado litólico verde escura mosqueada em 94) --- 275.971 escura savana parque (campo 11 61 8.140.537 ondulado cambissolo verde (avermelhada) mosqueada cerrado) --- 288.809 PVa/PVd 8 62 8.142.548 dissecado (A.Q) cinza clara lisa campo rupestre --- 200.733 latossolo vermelho (buritizal) agricultura mecanizada 11 63 8.135.265 suave ondulado escuro preta escura lisa mata de brejo (soja) 209.345 latossolo vermelho rosa clara acinzent. mosqueada 11 64 8.133.417 suave ondulado escuro verde média acinzent. mosqueada campo cerrado pasto sujo 214.551 latossolo vermelho clara pasto sujo 11 65 8.132.059 suave ondulado escuro rosa acinzentada mosqueada campo cerrado (braquiária) 221.153 formação florestal em área 11 66 8.132.441 suave ondulado podzólico vermelho amarelo verde clara acinzentada mosqueada úmida pasto limpo 232.675 11 67 8.132.184 suave ondulado latossolo vermelho escuro cinza clara lisa --- pasto limpo 235.758 suave ondulado a campo cerrado a cerradão 11 68 8.135.814 forte ondulado latossolo / litólico verde acinzentada mosqueada (nos grotões) pasto 283.021 mosqueada verde 8 69 8.131.946 ondulado --- marrom escura Escuro cerrado --- 218.645 latossolo vermelho escura savana parque (campo 11 70 8.128.335 suave ondulado escuro verde acinzentada mosqueada cerrado) --- 223.310 agricultura mecanizada 11 71 8.127.513 suave ondulado latossolo vermelho escuro roxa média mosqueada --- (soja / milho) 277.244 suave ondulado a 11 72 8.122.674 ondulado litólico ou cambissolo cinza escura lisa (queimada) campo cerrado --- 279.602 8 73 8.127.324 ondulado --- verde escura rugoso cerrado regenerado --- 280.747 suave ondulado a 11 74 8.130.896 ondulado litólico ou cambissolo cinza clara mosqueada --- pasto limpo * SEPLAN - MT, Prodeagro. Mapa Exploratório de Solos. Escala 1:1.500.000

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ANEXO II – RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO

RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO - MIR 406 E 407 FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO MUNICÍPIO ÁREA (km²) DO SOLO Aga 5 4,14 Aga 5 + Fj 29,54 Agp 5 9,65 Agp 5 + Fj 123,64 Agp 5 + Fj + Sa 2,49 Agp 5 + Saf + Fj 28,63 Aq 3,45 Sa + Agp 5 21,75 Saf 45,03 Saf + Agp 5 28,27 Saf + Agp 5 + Sp 113,87 Saf + Agp 7 0,00 ALTO ARAGUAIA Saf + Aq 29,76 Saf + Sav + Agp 5 0,00 Saf + Sd 20,59 Saf + Sp 34,58 Saf + Sp + Agp 5 6,19 Saf + Sp + Agp 7 0,00 Sd 5,75 Sd + Saf 12,90 Sgi 0,80 Spf 0,07 Spf + Agp 5 27,26 Spf + Sgr + Agp 5 23,74 U 0,00 Aga 5 187,66 Aga 5 + Fj 357,85 Agp 5 286,22 Agp 5 + Fj 307,96 Agp 5 + Saf 70,25 Aq 22,22 Fj 11,60 Fs 3,08 M 1,04 Sa 19,76 Sa + Sgr + Agp 5 171,18 Saf 100,43 Saf + Agp 5 447,86 Saf + Sav + Agp 5 106,87 Saf + Sd 12,04 Saf + Sgr + Agp 5 12,93 ALTO GARCAS Saf + Sp 22,34 Saf + Sp + Agp 5 86,29 Sd 37,94 Sd + Sa 0,81 Sd + Saf 50,43 Sgi 54,13 Sgr + Saf 5,26 Sgr + Spf 54,49 Sgr + Spv 0,04 Sp 13,62 Sp + Saf 12,30 Spf 19,72 Spf + Saf 16,05 Spf + Saf + Agp 5 37,71 Spf + Sgr + Agp 5 1,92 Spf + Sgr + Saf 177,54 U 5,12 Agp 7 41,23 Agp 7 + Fj 152,89 Aq 24,63 Fs 3,07 L 0,00 Sa 19,83 Saf 32,70 Saf + Agp 7 72,35 Saf + Aq 0,00 Saf + Sp 6,89 ARAGUAINHA Saf + Sp + Agp 5 0,00 Saf + Sp + Agp 7 218,03 Sd 13,53 Sd + Sa 29,29 Sd + Saf 2,76 Sgr + Saf 2,82 Sgr + Spf 23,84 Spf + Saf 10,50 Spf + Sgr + Agp 7 0,47 U 0,87 Aga 5 177,77 Aga 5 + Fj 288,42 Agp 5 397,41 Agp 5 + Fj 668,30 Agp 5 + Fj + Sa 56,98 Agp 5 + Sa 22,56 Agp 5 + Saf 643,97 Agp 5 + Saf + se 73,36 Agp 5 + Saf + Sgr 40,71 Agp 5 + Sav 23,99 Aq 81,43 Aq + Saf 26,50 Fj 26,43 Sa 86,76 Sa + Agp 5 29,42 Sa + Sd 13,12 Sa + Sgr + Agp 5 40,69 Saf 161,83 Saf + Agp 5 893,88 GUIRATINGA Saf + Agp 5 + Aq 52,31 Saf + Agp 7 0,00 Saf + Sav + Agp 5 213,40 Saf + Sgr 63,58 Saf + Sgr + Agp 5 224,93 Sav 4,80 Sav + Agp 5 + Sgr 46,17 Sav + Fj 12,60 Sav + Sgr 6,64 Sav + Spv 107,05 Sav + Spv + Agp 5 43,42 Sd 12,00 Sd + Saf 0,22 Sgi 5,12 Sgr + Spv 16,70 Spf 29,70 Spf + Sgr + Saf 5,12 Spv + Sav 16,61 U 4,02 Agp 5 + Fj 4,00 Agp 5 + Saf 0,07 ITIQUIRA Saf 1,60 Saf + Agp 5 1,24 Sp + Saf 2,70 Aga 5 + Fj 167,75 Agp 5 36,16 Agp 5 + Fj 32,34 PEDRA PRETA Fj 1,54

Página 1 de 2 RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO - MIR 406 E 407 FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO MUNICÍPIO ÁREA (km²) DO SOLO Sa + Agp 5 8,49 Saf 13,70 Saf + Agp 5 + Aq 2,82 Saf + Sgr + Agp 5 59,98 Sav 11,17 PEDRA PRETA Sav + Spv 61,26 Spf 14,58 Spf + Agp 5 + Saf 65,50 Spf + Saf 11,95 Agp 7 33,13 Agp 7 + Fj 173,04 Agp 7 + Fj + Sa 2,33 Agp 7 + Sa 15,56 Agp 7 + Saf 13,37 Aq 3,49 L 0,01 Sa 15,11 PONTAL DO ARAGUAIA Sa + Agp 7 15,71 Sa + Sd + Agp 7 4,19 Saf 12,75 Saf + Agp 7 444,02 Saf + Sd 6,06 Sav 16,87 Sav + Agp 7 46,25 Sd + Saf 0,66 Sp + Sa 0,00 Agp 7 74,05 Agp 7 + Fj 125,96 Agp 7 + Fj + Sa 0,08 Agp 7 + Sd 4,70 Aq 28,93 Aq + Agp 7 3,39 Fj 0,52 PONTE BRANCA Saf 37,98 Saf + Agp 7 60,06 Saf + Sp + Agp 7 283,39 Sav + Spv + Agp 7 85,97 Sd 4,29 Sp 0,02 U 1,30 Aga 5 13,46 Agp 5 7,31 Agp 5 + Fj 192,29 Agp 5 + Fj + Sa 30,59 Agp 5 + Saf 6,77 Agp 5 + Saf + se 17,25 Aq 0,66 FeS 4,15 POXOREO Fj 3,09 Sa + Sgr + Agp 5 79,79 Saf 24,38 Saf + Agp 5 94,48 Sav + Agp 5 4,97 Spf + Agp 5 0,19 Spf + Saf + Agp 5 20,04 Spv 7,77 Agp 7 9,34 Agp 7 + Fj + Sa 336,07 Sa 7,43 Sa + Agp 7 14,48 Saf 87,20 RIBEIRAOZINHO Saf + Agp 7 49,63 Saf + Aq 2,48 Sav 26,24 Sav + Spv + Agp 7 50,46 Spf + Agp 7 37,45 U 0,78 Aga 5 57,74 Aga 5 + Fj 45,01 Agp 5 84,07 Agp 5 + Fj 72,63 Agp 5 + Saf 234,52 Agp 5 + Saf + Fr 94,05 Agp 5 + Saf + se 55,93 Aq 4,11 Fa 0,97 FeS 0,22 Fj 1,96 Sa 19,17 TESOURO Sa + Agp 5 9,89 Sa + Sd 17,72 Sa + Sgr + Agp 5 0,98 Saf 93,83 Saf + Agp 5 155,47 Saf + Sav + Agp 5 1,10 Saf + Sgr + Agp 5 181,41 Sav + Agp 5 13,25 Sav + Spv + Agp 5 57,96 Sd 31,73 Sp + se 14,43 Spf 23,82 U 1,15 Agp 7 155,13 Agp 7 + Fj 164,76 Agp 7 + Fj + Sa 710,27 Agp 7 + Sa 6,48 Agp 7 + Saf 159,92 Ap 7 14,90 Aq 10,63 Fj 1,14 L 0,00 Sa 32,67 Sa + Agp 7 6,57 Sa + Sav + Agp 7 173,06 Saf 84,11 TORIXOREU Saf + Agp 7 464,72 Saf + Aq 9,57 Saf + Aq + Agp 7 26,95 Saf + Sav + Agp 7 167,70 Saf + Sgr + Agp 7 70,73 Saf + Sp + Agp 7 55,34 Sav 8,05 Sd 16,78 Sd + Saf 26,13 Sp 2,99 Sp + Sa 5,68 Spf + Agp 7 21,20 U 2,19 FONTE: CNEC, 2001

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ANEXO III - FOTOGRAFIAS

ANEXO IV – FOLHAS GUIRATINGA E IPORÁ