ASPECTOS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - FOLHA MIR-420 – MINEIROS - FOLHA MIR-433 – PARQUE NACIONAL DAS EMAS - MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização de Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-VG-US-MT-051 PLANO DA OBRA

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

Parte 1: Consolidação de Dados Secundários Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas Parte 3: Integração Temática Parte 4: Consolidação das Unidades

Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPLAN Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

ASPECTOS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - FOLHA MIR-420 – MINEIROS - FOLHA MIR-433 – PARQUE NACIONAL DAS EMAS – MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização de Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO

MARCO ANTONIO VILLARINHO GOMES MÁRIO VITAL DOS SANTOS

CUIABÁ

FEVEREIRO, 2001 CNEC – Engenharia S.A. GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO Dante Martins de Oliveira

VICE-GOVERNADOR José Rogério Salles

SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL Guilherme Frederico de Moura Müller

SUB SECRETÁRIO João José de Amorim

GERENTE ESTADUAL DO PRODEAGRO Mário Ney de Oliveira Teixeira

COORDENADORA DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Márcia Silva Pereira Rivera

MONITOR TÉCNICO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Wagner de Oliveira Filippetti

ADMINISTRADOR TÉCNICO DO PNUD Arnaldo Alves Souza Neto

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO DA SEPLAN

Coordenadora do Módulo Biótico/Uso do Solo LUZIA IVO DE ALMEIDA ARIMA (Geógrafa)

Coordenadora do Módulo Sócio-Econômico/ Jurídico-Institucional MARILDE BRITO LIMA (Economista)

Coordenadora do Módulo Cartografia/Geoprocessamento LIGIA CAMARGO MADRUGA (Engª Cartógrafa)

Supervisores de Tema

DALILA VARGAS OLIVARES SIFUENTE (Geógrafa) LIGIA CAMARGO MADRUGA (Enga. Cartógrafa) LUZIA IVO DE ALMEIDA ARIMA (Geógrafa) JOÃO BENEDITO PEREIRA LEITE SOBRINHO (Engo; Agrônomo) MARIA APARECIDA CERCI DE PAIVA (Enga. Agrônoma)

Consultor PNUD para o Módulo Biótico/ Uso do Solo RICARDO RIBEIRO RODRIGUES (Biólogo/Botânico)

Consultor PNUD para o Módulo Sócio-Econômico/ Jurídico Institucional SÉRGIO ADÃO SIMIÃO (Engo. Agronômo)

Consultor PNUD para Geoprocessamento/ Banco de Dados EMÍLIO CARLOS BOCHÍLIA (Analista de Organização, Sistemas e Métodos de Informações – OIM)

Supervisão do Banco de Dados GIOVANNI LEÃO ORMOND (Administrador de Banco de Dados) VICENTE DIAS FILHO (Analista de Sistema)

EQUIPE TÉCNICA DE EXECUÇÃO

CNEC - Engenharia S.A.

GERÊNCIA E COORDENAÇÃO

LUIZ MÁRIO TORTORELLO (Gerente do Projeto)

KALIL A. A. FARRAN (Coordenador Técnico)

MARCO A. V. GOMES (Coordenador Técnico do Meio Sócio- Econômico/Jurídico Institucional)

MÁRIO VITAL DOS SANTOS (Coordenador Técnico do Meio Físico- Biótico)

MARIA MADDALENA RÉ (Coordenadora de uso e Ocupação do Solo)

EQUIPE TÉCNICA DE CAMPO

ADRIANA ROZZA (Engª Agrônoma)

FRANCISCO O. DE CARVALHO (Estagiário)

GÉZA ARBOCZ (Engº Agrônomo)

LAURA CRISTINA FEINDT URREJOLA (Geógrafa)

LUÍS CARLOS BERNACCI (Biólogo)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

MARTA CAMARGO DE ASSIS (Bióloga)

MÔNICA TAKAKO SHIMABUKURO (Bióloga)

NATÁLIA M. IVANAUSKAS (Engª Agrônoma)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

RENATO GOLDENBERG (Engº Agrônomo)

RUBENS ANTÔNIO ALVES BARRETO (Engº Florestal)

SALVADOR RIBEIRO FILHO (Engº Florestal)

EQUIPE TÉCNICA DE FOTOINTERPRETAÇÃO LAURA CRISTINA FEINDT URREJOLA (Geógrafa)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

RUBENS ANTÔNIO ALVES BARRETO (Engº Florestal)

EQUIPE TÉCNICA DE GABINETE

DENISE TONELLO (Arquiteta)

EDUARDO CECONELO (Eng.º Civil)

FRANCISCO O. DE CARVALHO (Estagiário)

MADALENA LÓS (Bióloga)

MARCELO DE PAULA FERREIRA (Arquiteto)

MÁRCIA VISIBELLI (Geógrafa)

MARIA TEREZINHA MARTINS (Geógrafa)

PAULA PINTO GUEDES (Bióloga)

PENÉLOPE LOPES (Arquiteta)

VERA MÁRCIA ARRIGHI (Arquiteta)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 001

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E OPERACIONAIS ESPECÍFICOS ÀS FOLHAS MINEIROS E PARQUE NACIONAL DAS EMAS 003

2.1. DOCUMENTAÇÃO 003

2.2. INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS 003

2.3. TRABALHOS DE CAMPO 005

2.4. INTEGRAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS 007

3. FORMAÇÕES VEGETAIS 007

3.1. FORMAÇÕES VEGETAIS 007

3.1.1. Formações Savânicas e Campestres 007

3.1.1.1. Sd - Savana Florestada (Cerradão) 007

3.1.1.2. Sa – Savana Arborizada (Cerrado) 008

3.1.1.3. Saf - Savana Arborizada com Floresta de Galeria 008

3.1.1.4. Sp - Savana Parque (Campo Cerrado) 009

3.1.1.5. Spf - Savana Parque com Floresta de Galeria 009

3.1.1.6. Sgi - Savana Gramíneo-Lenhosa 009

3.1.1.7. Sav - Formações de Savana Arborizada associada a Vertentes com encraves de Matas nos grotões de drenagem 010

3.1.2. Formações Ripárias 010

3.1.2.1. Fj - Formação Justafluvial 010

3.1.2.2.. Fa - Floresta Aluvial 011

3.1.3. Formações de Contatos 011

3.1.3.1. FeS - Contato Floresta Estacional/ Savana 011

3.1.4. Formações Antrópicas 012

3.1.4.1. Fs - Formações Secundárias 12

3.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 012

3.2.1. Aspectos Gerais: Ocupação e Estruturação do Território 012

3.2.2. Usos Agropecuários 014

3.2.2.1. Ap – Uso Agropecuário de Pequenas Propriedades

3.2.2.2. Aga - Uso Agropecuário em Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de Culturas Anuais 016

3.2.2.3. Agp – Uso Agropecuário em Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de Pastagens 016

3.2.3. Aq - Áreas de Queimada 017

3.2.4. U - Usos Urbanos 017

4. CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO ASSOCIADAS ÀS FORMAÇÕES VEGETAIS E AO USO DO SOLO 017

4.1. FEIÇÃO DE PAISAGEM – SERRA VERMELHA 020

4.2. FEIÇÃO DE PAISAGEM – REGIÃO DO ARAGUAIA / INTERFLÚVIO RIO CORRENTES E 020

4.3. FEIÇÃO DE PAISAGEM – RIO ARIRANHA 021

5. BIBLIOGRAFIA 023

ANEXOS

ANEXO I - RELAÇÃO DAS FICHAS DE CAMPO - CAMPANHA DE FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

ANEXO II – RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO

ANEXO III - FOTOGRAFIAS

ANEXO IV – FOLHAS MINEIROS E PARQUE NACIONAL DAS EMAS

A001 FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – MIR 420/433

LISTA DE QUADROS

001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS 004

002 PRINCIPAIS PADRÕES DE USO E RESPECTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO OBSERVADOS NA REGIÃO HOMOGÊNEA – AHP5. PARTICIPAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS EM NÚMERO (%) E EM ÁREA OCUPADA (%) 015

LISTA DE FIGURAS

001 LOCALIZAÇÃO DAS FOLHAS MINEIROS E PARQUE NACIONAL DAS EMAS NO ESTADO 002

002 LOCALIZAÇÃO DAS CAMPANHAS DE CAMPO 006

003 DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA E ELEMENTOS DE INFRA- ESTRUTURA 013

004 PRINCIPAIS FEIÇÕES DE PAISAGEM 019

1

1. INTRODUÇÃO

A presente Memória Técnica refere-se aos trabalhos de mapeamento das Formações Vegetais/Uso e Ocupação do Solo, executados em parte da Folha Mineiros – MIR-420 (SE.22- V-C) e em pequena parcela da Folha Parque Nacional das Emas – MIR-433, compreendidas no Estado de Mato Grosso. O território mapeado situa-se na extremidade sudeste do Estado, entre os paralelos 17o00’ e 18o00’ de latitude sul e os meridianos 52o30’e 54o00’ de longitude oeste de Greenwich (Figura 001), tendo como limites a leste, sul e sudeste, o território dos Estados de Goiás e de Mato Grosso do Sul.

O encarte compreende, total ou parcialmente, os municípios de , , Alto Garças e Itiquira. O território é drenado na bacia do Rio Araguaia, a leste, e na bacia do Rio Paraguai, a oeste; encontra-se totalmente inserido na unidade geomorfológica do Planalto Taquari-Alto Araguaia, onde ocorrem relevos tabulares, relevos dissecados em colinas e cristas, com planícies aluviais ao longo das principais drenagens.

Predominam na área as formações savânicas. Localmente, estão presentes ambientes florestais e de contato, associados a diferentes condições do relevo e de solos.

Na infra-estrutura viária, salienta-se a rodovia BR-364, pavimentada, que cruza a porção nordeste do território, interligando a região a Alto Garças e Rondonópolis (noroeste) e ao Estado de Goiás a leste, passando por Alto Araguaia; a rodovia MT-100, que interliga Alto Araguaia a Alto Taquari, prosseguindo em território de Mato Grosso do Sul; as rodovias MT- 299, MT-481 e MT-465 propiciam ligações leste-oeste, respectivamente na porção norte, centro e meridional do território.

A cidade de Alto Araguaia, no entroncamento das rodovias BR-364 e a MT-100, é núcleo de apoio regional. São presentes ainda Alto Taquari, na extremidade sudeste do território, o distrito de Buriti e inúmeras localidades.

A região concentra parcela expressiva do rebanho bovino do Estado; na agricultura, a soja predomina quanto à área cultivada. Além do predomínio da pecuária e da agricultura tecnificada de grãos, atividades estas organizadas em propriedades de médio e grande porte, ocorrem inclusões características de produção agropecuária associada à agricultura familiar e a outros produtos agrícolas.

63°00' 61°30' 60°00' 58°30' 57°00' 55°30' 54° 52°30' 51°00' 49°30' 7° 7° SB 21 YD

220 8° 8° SC 20 XA SC 20 XB SC 21 VA SC 21 VB

244 245 246 247 9° 9° SC 20 XC SC 20 XD SC 21 VC SC 21 VD SC 21 XC SC 21 XD SC 22 VC SC 22 VD SC 22 XC

270 271 272 273 274 275 276 277 278 10° 10° SC 20 ZA SC 20 ZB SC 21 YA SC 21 YB SC 21 ZA SC 21 ZB SC 22 YA SC 22 YB SC 22 ZA

295 296 297 298 299 300 301 302 303 11° 11° SC 20 ZD SC 21 YC SC 21 YD SC 21 ZC SC 21 ZD SC 22 YC SC 22 YD SC 22 ZC

316 317 318 319 320 321 322 323 12° 12° SD 20 XBSD 21 VA SD 21 VB SD 21 XA SD 21 XB SD 22 VA SD 22 VB SD 22 XA

336 337 338 339 340 341 342 343 13° 13° SD 20 XD SD 21 VC SD 21 VD SD 21 XC SD 21 XD SD 22 VC SD 22 VD SD 22 XC

353 354 355 356 357 358 359 360 14° 14° SD 20 ZB SD 21 YA SD 21 YB SD 21 ZA SD 21 ZB SD 22 YA SD 22 YB SD 22 ZA

369 370 371 372 373 374375 376 15° 15° SD 20 ZD SD 21 YC SD 21 YD SD 21 ZC SD 21 ZD SD 22 YC SD 22 YD

385 386 387 388 389 390 391 16° 16° SE 20 XB SE 21 VA SE 21 VB SE 21 XA SE 21 XB SE 22 VA SE 22 VB

401 402 403 404 405 406 407 17° 17° SE 21 VD SE 21 XC SE 21 XD SE 22 VC

417 418 419 420 18° 18° SE 22 YA

433 19° 19° 63°00' 61°30' 60°00' 58°30' 57°00' 55°30' 54°00' 52°30' 51°00' 49°30'

500 100 200 300 km

CONVENÇÕES ADOTADAS

NN 00 NN Código da Base Cartográfica

000 Código MIR

Localização da Folha no Estado

Figura 001

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Localização do Encarte Folhas Mir 420/433 no Estado

ESCALA : gráfica Fonte: CNEC Engenharia, 2000 3

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E OPERACIONAIS ESPECÍFICOS ÀS FOLHAS MINEIROS E PARQUE NACIONAL DAS EMAS

A metodologia geral que norteou os trabalhos de mapeamento das Formações Vegetais/Uso e Ocupação do Solo, na escala 1:250.000, encontra-se detalhada no Relatório DSEE-VG/US-RT-001 “Formações Vegetais/Uso e Ocupação do Solo - Aspectos Gerais: Procedimentos Metodológicos e Atividades Realizadas”, onde são tratados os aspectos gerais do trabalho: dados secundários utilizados; procedimentos metodológicos seguidos no decorrer dos trabalhos; critérios de interpretação utilizados na identificação dos padrões das imagens; procedimentos específicos às diversas campanhas de campo; correlação com os dados secundários e com os relativos a outros setores de estudo relacionados ao tema.

2.1. DOCUMENTAÇÃO

Os trabalhos de cunho regional utilizados, que abrangem as Folhas MIR-420/433 referem-se a:

− Projeto RADAMBRASIL Folha SE.22 Goiânia, escala 1:1.000.000, 1983.

− Na delimitação dos padrões de uso e ocupação e das formações vegetais, abrangendo totalmente a área das Folhas estudadas, foram utilizadas as imagens de satélite LANDSAT TM5 224/72 (15/08/94) e 225/72 (09/10/94), composição colorida, bandas 3, 4 e 5; para definição de padrões duvidosos (nuvens, queimadas) foi também consultado o mosaico de RADAR SE.22VC/YA (Projeto RADAMBRASIL), todos na escala 1:250.000.

− Devido a defasagem temporal entre as imagens interpretadas (1994) e o estágio atual dos trabalhos, foram consultadas as folhas Mineiros e Parque Nacional das Emas, do trabalho – Mapa da Dinâmica de Desmatamento do Estado de Mato Grosso (1999, escala 1:250.000), elaborado pela FEMA – Fundação Estadual do Meio Ambiente. Nas Folhas temáticas foram demarcadas as áreas desmatadas entre esta data e 1997 (imagem mais recente interpretada pela FEMA).

2.2. INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS

A interpretação das imagens de satélite seguiu os procedimentos gerais explicitados no Relatório DSEE-VG/US-RT-001. De maneira geral, os processos de mapeamento foram realizados a partir de extensivos levantamentos florísticos e fitofisionômicos da vegetação e verificações do uso do solo em campo, aliados a fotointerpretação analógica de imagens de satélite Landsat TM 5.

Após a conclusão dos trabalhos comparou-se os resultados obtidos ao mapeamento realizado pelo Projeto RADAMBRASIL, verificando-se que, de modo geral, houve diferenciações quanto à legenda das formações vegetais em relação a este, advindas da escala mais aproximada dos trabalhos e da redução do estado de conservação da vegetação, pela intensificação dos processos de antropização ocorridos na região nos últimos anos.

4

A principal alteração ocorreu na porção centro-oeste e meridional do território, onde em áreas mapeadas como de contato Floresta Estacional/Savana e Savana Florestada (RADAM), a interpretação e os resultados dos levantamentos efetuados em campo, indicaram locais de forte dissecação, com vegetação predominantemente campestre. Salienta-se a grande alteração sofrida neste território, com a expansão das áreas de uso. Também em áreas mapeadas (RADAMBRASIL) como Savana Arborizada sem Floresta de Galeria, foram observadas linhas de vegetação junto às drenagens. De modo geral, algumas formações que ocupavam grandes extensões no mapeamento RADAM, foram separadas com alternância nos padrões de dominância. Foram também considerados no mapeamento atual, áreas de Savana Parque em zonas mapeadas como Savana Arborizada.

Foram mapeados 11 padrões relativos às formações vegetais e 5 padrões característicos de áreas antropizadas. Estes padrões foram, em situações específicas, correlacionados constituindo legendas compostas. A legenda definida pelos padrões das imagens, corroborada pelas informações de campo é apresentada no Quadro 001.

QUADRO 001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS

LEGENDA PADRÃO DA IMAGEM OBSERVAÇÕES

FORMAÇÕES VEGETAIS

Sd - Savana Florestada Tom de verde escuro, textura lisa; Ocorre em pequenas manchas entre as (Cerradão) pelas averiguações de campo, ocorre cidades de Alto Araguaia e Alto Garças; no também em zonas com tom de verde limite com o Estado de Mato Grosso do Sul, claro, mesclado a tons que sugerem próximo aos Rios Correntes e Taquari. uma vegetação mais aberta. Sa - Savana Arborizada Padrões que variam do marrom Fisionomia de maior ocorrência nas folhas (Cerrado) escuro a médio, geralmente MIR-420/433, principalmente associada a mesclados a tons de verde escuro. Floresta de Galeria. Saf - Savana Arborizada com Quando presentes Formações É também associada ao uso agropecuário em Floresta de Galeria Ciliares, alinhamentos de verde claro relevos mais acidentados ou ocorre, como ao longo das drenagens. sub-dominante, em zonas de domínio da pecuária. Sp - Savana Parque Apresenta variedade de padrões, Fisionomia ocorrente na porção noroeste das desde tons de marrom médio a Folhas MIR-420/433, associada a relevos Spf - Savana Parque com Floresta escuro; cinza claro a escuro. colinosos, com presença de Floresta de de Galeria Galeria. Também ocorre, sub-dominante, associada a outras formações. Sgi - Savana Gramíneo-Lenhosa Tons de cinza escuro para preto, Ocorrências relacionadas ao relevo plano da (Campos Úmidos) textura lisa. chapada, onde o solo apresenta impedimentos de drenagem, permanecendo encharcado. Sav – Formação de Savana Padrão de verde escuro mosqueado Ocorrências localizadas (porção centro-leste e Arborizada associada a vertentes, por tons de verde médio. centro-sul do território), em correspondência a com encraves de matas nos grotões bordas dissecadas de platôs, com predomínio de drenagem de Savana Arborizada e presença de Matas nos grotões. Fj - Formação Justafluvial Tons de verde médio a claro, textura Formação associada às principais linhas de lisa. drenagem. Fa – Floresta Aluvial Tons de verde médio a escuro. Ocorre ao longo do Rio Taquari, a sudoeste das Folhas MIR-420/433. FeS – Contato Floresta Estacional / Tons de verde escuro mosqueado de Pequena ocorrência na porção sudoeste das Savana marrom. Folhas MIR-420/433, em relevo dissecado (Rio Ariranha). Fs – Formações Secundárias Tons de verde escuro mesclado a Áreas com formação vegetal resultante da tons mais claros. regeneração de áreas abandonadas, com pequena expressão nas Folhas MIR-420/433, associadas a zonas de uso. (continua...)

5

QUADRO 001 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DOS PADRÕES INTERPRETADOS (...continuação)

LEGENDA PADRÃO DA IMAGEM OBSERVAÇÕES

USOS DO SOLO

Ap – Uso Agropecuário em Mosaico de tons de rosa claro e cinza Nas Folhas MIR-420/433, é padrão mapeável pequenas propriedades claro, mesclados a pequenas às margens do Rio Ariranha (projeto Ariranha), manchas em verde escuro. em relevo dissecado em colinas. Aga - Uso Agropecuário em médias Tons variando de lilás a azulado. Padrão associado ao relevo plano dos platôs e grandes propriedades com (Serra Vermelha). predomínio de culturas anuais Agp - Uso Agropecuário em médias Tons de rosa claro a marrom e verde Ocorre em zonas de relevo aplanado e em e grandes propriedades com claro. zonas de relevo dissecado em colinas, predomínio de pastagens condicionantes ao uso agrícola. É geralmente associado a Formações Savânicas e à presença de Floresta de Galeria. Ocorre, como sub-dominante à vegetação natural (Savana), em relevos dissecados. Aq – Áreas de Queimada Tons de preto. O padrão evidencia a queimada na época da passagem do satélite. U – Usos Urbanos Tons de rosa claro com alinhamentos Corresponde, na Folhas MIR-420/433, às esbranquiçados. sedes municipais de Alto Araguaia e Alto Taquari. FONTE: CNEC, 1997.

Na ocorrência de formações savânicas, diferentes tipologias encontram-se associadas em manchas não mapeáveis na escala do trabalho, tendo sido agrupadas em legendas compostas, onde o primeiro componente é dominante. Áreas de ocupação também aparecem entremeadas por remanescentes de formações florestais e savânicas. Em áreas naturais, ocorrem áreas de uso com dimensões não mapeáveis na escala de trabalho.

2.3. TRABALHOS DE CAMPO

As Folhas MIR-420/433 foi coberta pelas seguintes campanhas de campo, cujos roteiros são esquematizados na Figura 002:

− 02 campanhas relativas ao levantamento dos padrões de uso e das formações vegetais, realizadas nos meses de fevereiro (parte do Roteiro 8) e abril (parte do Roteiro 11) de 1997. Foram percorridos os eixos viários transitáveis, para definir os padrões de uso e das formações vegetais ao longo dos percursos, tendo sido amostrados 38 pontos, apresentados no Anexo I e locados nas folhas temáticas (Pontos 01 a 38).

− A Pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica realizou entrevistas que possibilitaram a qualificação das atividades e do perfil do produtor.

Alto Garças 54°00' 53°00' 52°30'

17°00'

Itiquira MIR 420 MT 46 io 2 R 00 1 T B M R 3 64 MT 299 s Itiquira te n e rr o Alto C Araguaia io Goiânia o R t r o T 00 do 1

T o M g e rr ó C 481 MT e Estado de Rib irão Água Bon ita Goiás R

i ixe o Uberlândia Pe o R d io o ã V ir e e b A rd i r a e R g a 65 u h 4 a n T i a a M r i

r Alto

A io Taquari R Campo Buriti Grande 18°00'

Rio Taqu a MIR 433 r i Estado de Mato Grosso do Sul

Costa Rica

100 20 40 60 km

CAMPANHAS DE CAMPO CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

Uso do Solo / Vegetação: Limite Municipal Roteiro 11 Limite Estadual Sede Municipal Distrito e/ou Localidade Viário Principal Hidrografia/Lago

Figura 002

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Campanhas de Campo Encarte Folhas Mineiros / Pque Nacional das Emas - SE. 22-V-C/SE. 22-Y-A Mir 420 / 433

ESCALA : 1:1.500.000 Fonte: CNEC Engenharia, 2000 7

2.4. INTEGRAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS

Como descrito na Metodologia Geral (Relatório DSEE-VG/US-RT-001), na interpretação preliminar e no acompanhamento das campanhas de campo, foram utilizados dados de outros setores de estudo relacionados ao tema em tela, notadamente no que diz respeito aos aspectos de solos, formas do relevo, padrões da ocupação, presença de equipamentos de infra-estrutura.

Após as campanhas de campo e a revisão do mapeamento preliminar dos padrões de uso e das formações vegetais, foi realizado trabalho de sistematização das informações de outros temas, necessárias à compreensão dos processos de ocupação e à descrição das formações vegetais presentes na região. Os dados primários utilizados para o processo de correlação referem-se essencialmente às observações de campo; aos resultados dos levantamentos efetuados através das campanhas de campo dos temas do Meio Biótico(florísticos, fitossociológicos e dos grupos faunísticos); aos resultados da pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica; aos relatórios temáticos de Clima, Geologia, Geomorfologia e Solos específicos às Folhas. A correlação dos dados permitiu a definição da legenda dos padrões que constam nas Folhas “Formações Vegetais/Uso e Ocupação do Solo–MIR- 420/433”.

3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO

3.1. FORMAÇÕES VEGETAIS

3.1.1. Formações Savânicas e Campestres

3.1.1.1. Sd - Savana Florestada (Cerradão)

É a expressão florestal das formações savânicas, que se desenvolve sobre solos profundos e de média fertilidade, freqüentemente podzólicos e latossolos. As árvores que constituem o dossel possuem troncos geralmente grossos, com espesso ritidoma porém sem a marcante tortuosidade geralmente observada nas savanas. A estratificação é simples e o componente arbóreo é perenifólio. Não há um estrato arbustivo nítido e o estrato graminoso esparso é entremeado de espécies lenhosas de pequeno porte. Atinge altura em torno de 15m, podendo chegar a 18m. Tem composição florística diversificada, contendo espécies das expressões mais abertas das savanas, que assumem hábito arbóreo, e da Floresta Estacional, raramente presentes em outras formações savânicas. Epífitas são raras. É também denominada “Cerradão” ou “Savana Arbórea Densa”.

São características do estrato superior espécies como: sucupira-branca (Pterodon pubescens), sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), jatobá (Hymenaea courbaril), tingui (Magonia pubescens), pau-terra (Qualea sp), pau-santo (Kielmeyera coriacea), pau-de-sobre (Emmotum nitens), jacarandás (Machaerium sp e Dalbergia sp).

Esta fisionomia está representada por pequenas manchas descontínuas, presentes a oeste, a norte e a sul do encarte, geralmente limitando-se com áreas de uso agropecuário e

8

constituindo, freqüentemente, remanescentes de formações originalmente mais extensas. Às vezes, encontra-se associada a Savanas Arborizadas.

3.1.1.2. Sa – Savana Arborizada (Cerrado)

Corresponde à fisionomia savânica propriamente dita, caracterizando-se pelo aspecto xeromorfo do componente arbustivo-arbóreo e pelo expressivo estrato herbáceo, onde predominam gramíneas cespitosas (que formam touceiras). Variações fisionômicas e estruturais, decorrentes de características pedológicas diferenciadas e de perturbações antropogênicas expressam-se pela distribuição espacial irregular de indivíduos, ora com adensamento do estrato arbustivo-arbóreo, ora com predomínio do componente herbáceo. A altura varia entre 2 e 7m. Apresenta, como característica marcante, estrato arbóreo composto de exemplares de troncos e galhos retorcidos, casca espessa e folhas grandes, muitas vezes coriáceas.

Constitui uma formação vegetal relativamente aberta, geralmente manejada com fogo, podendo representar feições alteradas de Savanas Florestadas, submetidas a pressões antrópicas.

É denominada em sentido amplo de “Cerrado”. Ocorre sobre vários tipos de solos, mais freqüentemente em latossolos álicos, mas também em solos podzólicos, concrecionários e Areias Quartzosas. Espécies características: jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), ipê-do-cerrado (Tabebuia caraiba), araticum (Annona coriacea), pequizeiro (Caryocar brasiliensis), mangaba (Hancornia speciosa), lixeirinha (Davilla elliptica), colher-de-vaqueiro (Salvertia convallariaeodora), lixeira (Curatella americana), pau-santo (Kielmeyera coriacea), pau-terra (Qualea sp), muricis (Byrsonima sp), entre outras. A ocorrência de lianas não se dá de forma agressiva, sendo, em sua maioria, herbáceas ou semi-lenhosas.

É a fisionomia mais freqüente no encarte, de modo geral associada ao uso agropecuário. Áreas mais extensas e com menores alterações encontram-se na porção central, porém, no restante do território estas apresentam-se muito fragmentadas e alteradas. Apresentam altura de 3 a 5m, às vezes sob solos com afloramentos rochosos. Foram observadas nestes remanescentes, espécies como peroba (Aspidosperma sp), paina (Eriotheca gracilipes), tarumarana (Buchenavia tomentosa), caviúna-do-cerrado (Dalbergia miscolobium), casca-branca (Rudgea vibournoides), entre outras.

3.1.1.3. Saf - Savana Arborizada com Floresta de Galeria

Esse padrão é constituído pela fisionomia da Savana Arborizada associada a formações ripárias. Porém; devido às pequenas extensões, não é possível sua individualização através de mapeamento, na escala do trabalho.

Estas formações ripárias formam faixas ao longo dos rios e córregos, onde ocorrem espécies como ingá (Inga sp), figueira (Ficus sp), pinha-do-brejo (Talauma ovata), pindaíba-do- brejo (Xylopia emarginata). Ao lado destas essências tipicamente ripárias, ocorrem ainda elementos estacionais, uma vez que estas formações não estão submetidas ao estresse hídrico verificado no ambiente savânico. Por constituírem faixas contínuas que se destacam na paisagem de formações abertas, recebem a denominação de “Floresta de Galeria” ou “Florestas Ciliares”.

De modo geral, as ocorrências de Savana Arborizada neste encarte caracterizam-se pela presença de Floresta de Galeria ao longo dos cursos d’água.

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3.1.1.4. Sp - Savana Parque (Campo Cerrado)

Nesta fisionomia, prevalece o componente herbáceo e arbustivo, com indivíduos arbóreos presentes de forma esparsa, compondo uma das expressões campestres das savanas, denominada também “Campo Cerrado”. É encontrada sob diversas condições, desde planícies de inundação até topos ou encostas pedregosas, podendo ter origem natural, decorrente das condições do substrato, ou ser resultante de ação antrópica, pelo manejo anual de queimadas para uso agropecuário. Embora prevaleçam gramíneas no estrato herbáceo, são também freqüentes espécies de compostas e de leguminosas sendo, portanto, a composição florística bastante diversificada. Já os componentes arbustivos e arborescentes (altura entre 1 a 2 m) constituídos de plantas características da Savana Arborizada, são pobres em espécies. Alguns dos representantes lenhosos são: cajuzinho (Anacardium humile), araticum (Annona dioica), faveira (Dimorphandra mollis), marmelo (Alibertia sp), lobeira (Solanum lycocarpum), colher-de- vaqueiro (Salvertia convallariaeodora).

Caracteriza a porção noroeste do encarte, ocorrendo em associação com áreas de uso agropecuário, sobre relevos colinosos. Está presente ainda a leste, associada a Savanas Arborizadas.

3.1.1.5. Spf - Savana Parque com Floresta de Galeria

Esse padrão representa áreas de Savana Parque onde formações ripárias estão presentes porém, devido às pequenas extensões, não é possível sua individualização através de mapeamento, realizado nesta escala.

Estas formações ripárias formam faixas ao longo das margens dos rios e córregos onde ocorrem espécies como: ingá (Inga sp), figueira (Ficus sp), pinha-do-brejo (Talauma ovata), pindaíba-do-brejo (Xylopia emarginata) estão presentes. Ao lado destas essências tipicamente ripárias, ocorrem ainda elementos estacionais junto às regiões marginais atingidas pela presença de água. Por constituírem faixas contínuas que se destacam na paisagem de formações abertas, recebem a denominação de Floresta de Galeria ou Floresta Ciliar.

A maior parte das ocorrências de Savana Parque encontra-se associada a Floresta de Galeria.

3.1.1.6. Sgi - Savana Gramíneo-Lenhosa

Corresponde à vegetação presente em áreas deprimidas, sobre solos hidromórficos, onde o lençol freático aflora ou é muito superficial, geralmente em localidades caracterizadas por nascentes, lagoas, corixos e riachos. Caracteriza-se pela presença de flora hidrófila, isto é, que se desenvolve em ambientes úmidos. Também denominada de “Campos Úmidos”.

Desenvolve-se também sobre afloramentos rochosos ou solos muito rasos, freqüentemente com camada de laterita superficial, podendo-se encontrar campos úmidos onde a rocha é superficial, em topos de morros testemunhos e em alguns platôs em torno de buritizais e Floresta de Galeria.

No período chuvoso, estes campos permanecem encharcados, impedindo o crescimento de vegetação arbóreo-arbustiva. Assim, a vegetação apresenta apenas estrato herbáceo, sendo as espécies encontradas extremamente seletivas. São muito freqüentes as ciperáceas, gramíneas, além de outras herbáceas como cruz-de-malta (Ludwigia sp), Xyris sp, jalapa (Mandevilla sp), bem como minúsculas plantas “carnívoras” do gênero Utricularia.

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Localmente podem ocorrer pequenas elevações no relevo favorecendo a presença de arbustos e arvoretas. Neste caso, recebem a denominação de “Campos de Monchões” ou “Campos de Murunduns”.

Está presente localmente na Serra Vermelha, onde a drenagem é deficiente, a leste, junto ao Rio Gordura, bem com a oeste, no Rio Correntes. Além de diversas espécies de ciperáceas, foram anotadas nestes campos úmidos erva de são martinho (Sauvagesia sp) e ninféias (Nymphaea sp) nas áreas alagadas.

3.1.1.7. Sav - Formações de Savana Arborizada associada a Vertentes com encraves de Matas nos grotões de drenagem

A fisionomia dominante é Savana Arborizada com diversos níveis de biomassa. Em locais mais encaixados da vertente- “grotões”, em associação a pequenos cursos d’água, a menor a exposição ao sol e a elevada umidade favorecem o desenvolvimento de florestas fisionomicamente semelhantes às Florestas Estacionais, denominadas “Matas de Grotões”. Estas ocorrem em pequenas áreas descontínuas, formando mosaico, não sendo possível seu mapeamento como unidades fisionômicas distintas, nessa escala de trabalho.

Entre as espécies observadas nas “Matas de Grotão” associadas às escarpas de planalto estão: gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium), tapiriri (Tapirira guianensis), ipê (Tabebuia sp), guatambú (Aspidosperma sp), canela (Ocotea sp), figueira (Ficus sp), Clusia sp, pindaíba (Xilopia sp), entre outras.

Ocorre nos relevos dissecados a leste, centro-sul e sul do encarte, limitando-se com Savanas Arborizadas ou áreas de uso agropecuário.

3.1.2. Formações Ripárias

3.1.2.1. Fj - Formação Justafluvial

Compreende diversas formas de vegetação associadas a cursos d’água, que recebem distintas denominações, de acordo com suas peculiaridades, reflexo das condições do substrato onde se desenvolvem: “Veredas”, “Matas de Brejo”, “Floresta de Galeria” ou “Floresta Ciliar”.

No Domínio das Savanas, estas formações começam, em geral, em pequenos brejos ou nascedouros de ribeirões, sob a forma de alamedas de buritis (Mauritia sp), formando “Veredas”. Ao longo dos cursos d’água, as veredas vão progressivamente adquirindo outras espécies de árvores, dentre as quais citam-se embaúba (Cecropia pachystachya), ingá (Inga uruguensis), copaíba (Copaifera langsdorffii), tapiriri (Tapirira guianensis), congonha (Ilex sp), mulungu (Erythrina aff. mulungu), encorpando e passando a constituir faixas que margeiam as linhas de drenagem. Adquirem caráter peculiar, por se destacar na paisagem caracterizada por formações abertas e xeromorfas, e recebem a denominação de “Floresta de Galeria” ou “Floresta Ciliar”. Por vezes, passam gradualmente a ocupar as “rampas” do interflúvio, em uma transição para as formações adjacentes. Quando estas florestas se fundem no interflúvio, considera-se o fim da área nuclear do Domínio das Savanas.

Em sítios com impedimentos de drenagem formam-se matas paludosas denominadas “Matas de Brejo”, onde predominam espécies hidrófilas, como olandi (Calophyllum brasiliensis) e sarão-do-brejo (Ficus sp), pindaíba (Xylopia emarginata) e buritirama (Maurtiella armata).

Quando em domínio florestal, as Formações Justafluviais apresentam-se bem desenvolvidas , com estrutura semelhante à das florestas com as quais se associam, sendo de

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difícil discriminação no mapeamento. Possuem composição florística particular, sendo encontradas, além de essências da flora do interflúvio, as seguintes espécies arbóreas: cambará (Vochysia cf. divergens), anani (Symphonia globulifera), jequitibá-vermelho (Cariniana rubra), novateiro (Triplaris sp), olandi (Calophyllum brasiliense), embaúbas (Cecropia sp), leiteiro (Sapium sp), sangra-d’água (Croton cf. urucurana), entre outras. No domínio da Floresta Ombrófila ou em regiões de contato desta, é característica a presença de sororoca (Phenakospermum guianense), como dominante no subosque.

Expressivas Formações Justafluviais estão presentes a noroeste, junto aos Rios Itiquira e Correntes, e a leste, acompanhando o Ribeirão do Sapo, onde ocorrem associadas a campos úmidos.

3.1.2.2. Fa - Floresta Aluvial

Ocorre seletivamente em solos aluviais, em planícies de inundação sazonal dos rios. Apresenta elementos botânicos estacionais e ombrófilos, predominando estes ou aqueles, de acordo com o domínio em que se insere. Sua composição florística, contudo, é relativamente distinta e menos diversa em relação às formações florestais de interflúvios, devido às restrições decorrentes do substrato periodicamente encharcado. Verificam-se espécies seletivas higrófilas, dentre as quais destacam-se: ingá (Inga sp), jenipapo (Genipa americana), olandi (Calophyllum brasiliensis), e leiteiro (Sapium sp). As palmeiras são indicadoras do tipo e das condições hídricas do solo, uma vez que maripá (Attalea maripa), bacuri (Attalea phalerata) e bacaba (Oenocarpus sp) dominam nas planícies aluviais. Em grotas e outros sítios de maior umidade ocorrem ainda paxiúba (Iriartea sp) e palmiteiro (Euterpe precatoria). O baixo potencial madeireiro, a impossibilidade de exploração agrícola e a ausência de fogo, colocam este tipo de vegetação, de modo geral, em situação privilegiada em relação à sua preservação.

Presente a sudoeste do encarte, junto ao Rio Taquari. Espécies anotadas nestas formações foram, entre outras, ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), urucum (Bixa sp), hortelã-do- brejo (Hedyosmum sp), algodão-bravo (Cochlospermum orinocense), orelha de negro (Enterolobium sp).

3.1.3. Formações de Contatos

3.1.3.1. FeS - Contato Floresta Estacional/Savana

Corresponde a uma formação de transição, onde os dois tipos de vegetação se alternam em padrão de mosaico, mantendo sua identidade. A transição ocorre principalmente entre a Floresta Estacional e a Savana Florestada onde elementos de ambas formações estão presentes. Dentre estas podem ser citadas: mandiocão (Didymopanax morototoni), gonçalo- alves (Astronium fraxinifolium), maricá (Physocalymma scaberrimum), cumaru (Dipteryx sp), tarumaí (Rhamnidium elaeocarpus).

Fisionomicamente apresenta-se como uma floresta mais aberta que a Floresta Estacional, com menor quantidade de epífitas e lianas e com estratificação menos complexa. O dossel apresenta distintos graus de deciduidade, dependendo das espécies prevalecentes.

Presente a sudoeste do encarte, em relevo dissecado, na área drenada pela bacia hidrográfica do Rio Taquari. Ocupa ampla área, em parte associada a usos agropecuários, e limita-se com formações savânicas também associadas às áreas de uso.

3.1.4. Formações Antropizadas

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3.1.4.1. Fs - Formações Secundárias

Remanescente de floresta que, devido às perturbações causadas por retirada seletiva de madeiras, abertura de clareira e efeitos de borda, não apresenta características originais de estrutura, tendo altura menor, dossel irregular e raras emergentes. A composição florística é empobrecida em relação à floresta original, prevalecendo espécies secundárias e de baixo valor econômico. Geralmente apresenta pequenas extensões e encontra-se em áreas antropizadas.

Enquanto nas florestas preservadas, as lianas tem uma ocorrência discreta, nas Formações Secundárias as perturbações favorecem seu estabelecimento nas bordas, clareiras e interior, formando cortinas e colunas sobre as árvores. Entre as lianas mais comuns encontram-se representantes das famílias Bignoniaceae, Malpighiaceae, Sapindaceae, Mimosaceae, Caesalpiniaceae, Curcubitaceae, Vitaceae, Dioscoriaceae, Apocynaceae e Convolvulaceae, entre outras.

Esta formação tem pequena expressão neste encarte, encontrando-se associada a áreas de uso antrópico.

3.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

3.2.1. Aspectos Gerais: Ocupação e Estruturação do Território

O território mapeado abrange o município de Alto Taquari e parte dos municípios de Alto Araguaia, Alto Garças e Itiquira. São presentes as sedes municipais de Alto Araguaia e Alto Taquari, a sede distrital de Buriti e as localidades Tapaçureta, Varejão e Paredão (município de Alto Araguaia); Castigo e Ipiranga (Alto Taquari); Cachoeira (Alto Garças).

A rodovia BR-364 cruza o terço superior das Folhas MIR-420/433, propiciando ligação entre os Estados de Goiás e de Mato Grosso, demandando Alto Garças (MIR-406) e Rondonópolis. A cidade de Alto Araguaia situa-se no entroncamento entre esta rodovia e a MT- 100, de traçado aproximadamente paralelo ao Rio Araguaia que alcança, a sul, o Estado de Mato Grosso do Sul. São ainda presentes eixos viários não pavimentados, orientados aproximadamente leste-oeste: MT-299 liga a BR-364 a Itiquira (MIR-419); MT-481 e MT-465, na porção central e meridional do território, conectadas à MT-100, propiciam acesso às regiões ocidentais e ao Estado de Mato Grosso do Sul.

Alto Araguaia, assentada às margens do Rio Araguaia, constitui o centro urbano mais importante da região, polarizada por Rondonópolis. Distrito de , no antigo município de Lageado (hoje ), a cidade tornou-se sede de município, com a denominação de Alto Araguaia, em 1938. Santa Rita do Araguaia permanece na margem direita do rio, em território goiano. A economia do município é baseada essencialmente na pecuária e secundariamente na cultura de grãos, que ocupa área restrita de seu território.

Alto Garças 54°00' 53°00' 52°30'

17°00'

Itiquira MIR 420 MT 46 io 2 R 00 1 T 03 B M R 3 64 MT 299 s Itiquira te n 04 e rr o Alto C Araguaia io Goiânia o R t r o 02 T 00 do 1

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r Alto

A io Taquari R Campo Buriti Grande 18°00'

Rio Taqu a MIR 433 r i Estado de Mato Grosso do Sul

Costa Rica

100 20 40 60 km

MUNICÍPIOS CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

01. Alto Taquari Limite Municipal 02. Alto Araguaia Limite Estadual 03. Alto Garças 04. Itiquira Sede Municipal Distrito e/ou Localidade Viário Principal Hidrografia/Lago

Figura 003

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Divisão Político-Administrativa e Elementos de Infra Estrutura Encarte Folhas Mineiros / Pque Nacional das Emas - SE. 22-V-C/SE. 22-Y-A Mir 420 / 433

ESCALA : 1:1.500.000 Fonte: CNEC Engenharia, 2000 14

A cidade de Alto Taquari é centro de atendimento local está assentada no divisor de águas entre as bacias do Paraguai e do Araguaia. Destaca-se, em seu território, a concentração de atividades agrícolas realizadas em moldes modernos (culturas mecanizadas de milho e soja).

No território mapeado são presentes as glebas de assentamento Gato Preto (INCRA) e Ariranha (INTERMAT), ambas no município de Alto Araguaia.

Quanto a atividade de extrativismo mineral, há exploração de cascalho ao longo das estradas; ressalta-se o potencial de calcário dolomítico para aplicação na agricultura na região setentrional (cabeceiras do Rio das Garças), explorado a norte (Folha Guiratinga).

3.2.2. Usos Agropecuários

A descrição dos padrões de uso ocorrentes neste território está baseada no mapeamento resultante da interpretação das imagens de satélite, e dos resultados dos levantamentos efetuados através das campanhas de campo; sua caracterização é, ainda, baseada na Pesquisa Sócio-Econômica Agronômica, realizada junto aos estabelecimentos rurais do Estado. Os resultados desta pesquisa referem-se aos sistemas de produção agropecuária característicos de 13 Regiões Homogêneas, delimitadas com base em critérios explicitados no Relatório Técnico DSEE-VG/US-RT–002.

Do conjunto de sistemas de produção agropecuária detectados em cada uma destas Regiões Homogêneas, foram correlacionados, nesta caracterização, os sistemas predominantes quanto à expressão: em termos de área ocupada pelas atividades agropecuárias e pelo número de estabelecimentos pesquisados.

O território do encarte insere-se na Região Homogênea AHP 5, zona esta mais abrangente que o território mapeado nas Folhas MIR-420/433, o que faz com que os dados selecionados pressuponham um grau de generalização, apenas parcialmente corrigido pelas observações de campo e pela interpretação da imagem de satélite.

3.2.2.1. Ap - Uso Agropecuário em Pequenas Propriedades

Padrão de mapeamento caracterizada pelo predomínio do uso pecuário e secundariamente pela agricultura (mandioca, feijão, milho, arroz, café, banana). Esta tipologia de uso ocorre com pequena expressão, mapeável na escala do trabalho, na porção sudoeste do território (gleba de assentamento Ariranha).

Nesta Região Homogênea, caracteriza-se por um conjunto de sistemas de produção (Quadro 002), onde predominam estabelecimentos com pecuária de baixa e média tecnologia, associados a produtores familiares e empresariais de pequeno porte econômico.

Na região mapeada, corresponde a estabelecimentos com pecuária, cultivos de subsistência e lavouras tradicionais. Estas tipologias de pequenas propriedades com agropecuária de subsistência ocorrem também de forma disseminada no restante do território das Folhas MIR-420/433, principalmente ao longo dos principais eixos viários, não mapeáveis na escala do trabalho.

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QUADRO 002 PRINCIPAIS PADRÕES DE USO E RESPECTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO OBSERVADOS NA REGIÃO HOMOGÊNEA. – AHP5. PARTICIPAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS EM NÚMERO (%) E EM ÁREA OCUPADA (%) Padrão Participação em Participação em Principais Sistemas de Produção *¹ de Uso Número (%)*² Área (%)*² Ap Pecuária de baixa tecnologia • -- Produtor empresarial de pequeno porte econômico Pecuária de baixa tecnologia • • • • -- Produtor familiar de pequeno porte econômico Pecuária de média tecnologia • -- Produtor familiar de pequeno porte econômico Aga Agricultura de alta tecnologia • • • • • Produtor empresarial de muito grande porte econômico Agricultura de alta tecnologia • -- Produtor familiar de médio porte econômico Agricultura de alta tecnologia • • Produtor familiar de grande porte econômico Agp Pecuária de média tecnologia -- • • Produtor empresarial de grande porte econômico Pecuária de média tecnologia • • • Produtor empresarial de médio porte econômico (*¹) a metodologia para definição dos sistemas de produção é descrita com detalhes no Relatório Técnico (DSEE- VG/US-RT-002). (*²) intervalos de porcentagem – conforme relacionado a seguir. Percentual, em número, do sistema de produção Percentual, em área, do sistema de produção em relação ao no total dos estabelecimentos pesquisados: total de área dos estabelecimentos pesquisados: -- menor que 5% -- Menor que 5% • de 5% a 10% • de 5% a 10% • • de 10,1 a 15% • • de 10,1 a 15% • • • de 15,1 a 20% • • • de 15,1 a 20% • • • • maior que 20% • • • • Maior que 20% FONTE: CNEC, 1997.

As principais características dos sistemas de produção predominantes nas Folhas MIR-420/433, obtidas na Pesquisa Sócio-Econômica-Agronômica e constantes do Quadro 002 são:

− Nos estabelecimentos de pecuária com manejo rudimentar, há utilização das pastagens naturais, com pequena aplicação de capital e baixo padrão zootécnico do rebanho;

− A pecuária, quando de baixa tecnologia, caracteriza-se pela utilização de pastagens naturais ou plantadas, com rebanhos de baixo padrão zootécnico. O manejo incorpora pequena aplicação de capital, podendo haver melhorias quanto ao uso de insumos e preparação das terras;

− Na agricultura de baixa tecnologia, a atividade é marcada pela força de tração manual, eventualmente complementada pela tração animal. Há uma baixa utilização de insumos, denotada pela qualidade das sementes e pelo nível de utilização de fertilizantes químicos e de calcário, com pequena aplicação de capital no manejo, melhoramento e conservação das terras e lavouras;

− Quando de média tecnologia, a atividade pecuária é marcada pela presença de pastagens plantadas, sendo que as atividades, de forma geral, incorporam o uso de insumos e melhor padrão zootécnico do rebanho. Caracteriza-se pela média aplicação de capital nas técnicas de manejo, melhoramento e conservação das terras e pastagens;

− A agricultura de alta tecnologia é realizada com práticas que refletem um alto nível tecnológico, marcado pela força de tração mecânica. Caracteriza-se pela

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alta aplicação de capital nas técnicas de manejo, melhoramento e conservação do solo e das lavouras, com um alto uso de insumos, denotado pela qualidade das sementes e pelo nível de utilização de fertilizantes químicos e de calcário. A gestão destes empreendimentos é de caráter empresarial, com a atividade produtiva realizada por empregados permanentes contratados, eventualmente complementadas por empregados temporários;

− Nas gestões onde o caráter é familiar, a maior parte da força de trabalho é fornecida pelos familiares do produtor, eventualmente complementada por empregados permanentes ou temporários. Nos sistemas onde a gestão é empresarial, a maior parte da força de trabalho é contratada, constituída por empregados permanentes, eventualmente complementada por empregados temporários;

− Em todos os sistemas associados a estas categorias de uso, os estabelecimentos de pequeno rendimento econômico têm receitas anuais médias inferiores a R$ 15.000,00. Nos estabelecimentos de porte econômico médio, a receita anual situa-se entre R$ 15.000,00 e 60.000,00; entre R$ 60.000,00 e 300.000,00 nos de grande porte econômico; é superior a R$ 300.000,00 nos de muito grande porte econômico (valores de dezembro de 1996).

3.2.2.2. Aga - Uso Agropecuário em Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de Culturas Anuais

Padrão predominante na extremidade sudeste do território (municípios de Alto Taquari e Alto Araguaia), ocorrendo também na extremidade nordeste. Nas chapadas da Serra Vermelha é padrão predominante, em médias e grandes propriedades entremeadas por pastagens plantadas.

Caracteriza-se pelo predomínio da agricultura mecanizada (grãos) e corresponde a um conjunto de sistemas de produção, com estabelecimentos de alta tecnologia associados a produtores empresariais de muito grande porte econômico, assim como a produtores familiares de grande e médio porte econômico (Quadro 002).

3.2.2.3. Agp - Uso Agropecuário em Médias e Grandes Propriedades com Predomínio de Pastagens

Padrão de mapeamento caracterizado pelo predomínio de pastagens, sendo inexpressiva a participação de culturas.

Na Região Homogênea AHP 5, que abrange o território mapeado, este padrão de uso tem expressão territorial significativa, ocorrendo de forma extensiva, com grande alteração do território, destacando-se a participação de grandes e médios estabelecimentos. É caracterizado por um conjunto de sistemas de produção (Quadro 002), onde predominam estabelecimentos com pecuária de média tecnologia, associados a produtores empresariais de médio e grande porte econômico. No território mapeado, há uma diversificação de manejos decorrente da diversidade de relevos ocorrentes nesta unidade geomorfológica (planalto Taquari-Alto Araguaia), ocorrendo formações savânicas remanescentes entre as áreas de uso, geralmente pastejadas.

São também presentes pequenas propriedades não mapeáveis na escala do trabalho, mascaradas pelo relevo e pelos ambientes savânicos, que correspondem a estabelecimentos com manejos de média e baixa tecnologia e rudimentares, associados a produtores familiares de pequeno porte econômico.

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3.2.3. Aq - Áreas de Queimada

Grandes extensões de áreas de queimada foram localizadas a sudoeste e noroeste da área mapeada na Folha MIR-420/433. Estas áreas são freqüentemente utilizadas para a abertura de áreas com vegetação natural (desmatamento) e como sistema de manejo de pastagens durante a estação seca.

3.2.4. U - Usos Urbanos

Os núcleos urbanos mais relevantes verificados são constituídos pelas cidades de Alto Araguaia, Santa Rita do Araguaia, situados a nordeste e Alto Taquari localizado na porção sudeste da área mapeada na Folha. A região é polarizada pela sede urbana de Rondonópolis e caracteriza-se pela alta diversificação das funções urbanas associadas às médias densidades de equipamentos e estabelecimentos.

4. CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO ASSOCIADAS ÀS FORMAÇÕES VEGETAIS E AO USO DO SOLO

O território é drenado pelas bacias dos Rios Araguaia e Paraguai; o Rio Araguaia tem curso orientado sul-norte e constitui o limite oriental com o Estado de Goiás. Sua bacia de contribuição é, no encarte, restrita a uma faixa com largura entre 10-40 Km, predominando, no território, áreas inseridas na bacia do Rio Paraguai, drenadas pelos Rios Itiquira, Correntes, Ariranhas e Taquari.

Está inserido no Planalto Taquari-Alto Araguaia, unidade geomorfológica que abrange a porção sudeste do Estado, onde predominam modelados com declives fracos, topos tabulares e formas muito amplas. Esculpido em litologias da Superfície Peneplanizada Terciária, em arenitos da Formação Botucatu, basaltos da Formação Serra Geral e em siltitos e argilitos do Grupo Passa Dois, o conjunto constitui um relevo elevado, em níveis altimétricos da ordem de 650 até 910 m, no divisor de águas das bacias do Paraguai e do Araguaia.

A região está inserida em domínio de Clima Tropical Continental, alternadamente úmido e seco, com variações locais, em função das diferentes situações do relevo e de seu posicionamento em relação à circulação atmosférica.

Na maior parte do território, nos altos elevados do Planalto Taquari-Alto Araguaia, o fator altitude e as extensas superfícies planas de cimeira condicionam um resfriamento, com as temperaturas médias anuais entre 21,4 – 23 °C. Os valores médios da pluviosidade são relativamente elevados, oscilando entre 1.700 a 2.100mm. A duração e intensidade da seca estacional é atenuada encontrando-se os menores valores regionais de deficiência hídrica, entre 75 - 200mm. Os excedentes hídricos são de moderados a elevados, entre 800 – 1.000mm. Na extremidade sudoeste do território, as áreas de planalto apresentam maiores deficiências hídricas anuais, entre 130 - 150mm; a seca estacional é de 4 meses, entre junho e setembro; o período com excesso de água no solo é de novembro a abril, com totais da ordem de 800 - 900mm.

Latossolos ocorrem dispersos nas Folhas MIR-420/433, ora como dominantes, ora sub-dominantes; os Latossolos Vermelho-Amarelos concentram-se a sudeste e noroeste do território. Estes solos têm boas características físicas, tendo entretanto, como limitações ao uso, acidez e baixa fertilidade natural, que demandam a aplicação de corretivos e adubos; os

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de textura mais arenosa apresentam, no período seco, deficiência hídrica, fato que também limita seu aproveitamento agrícola, sendo geralmente aproveitados em pastagens plantadas. Latossolos Vermelho-Escuros argilosos se desenvolveram sobre a Superfície Terciária (a sudeste, nos topos aplanados da Serra Vermelha) intensamente aproveitados para culturas mecanizadas.

Podzólicos eutróficos e cambissolos estão relacionados ao Grupo Passa Dois, na região nordeste. Os solos podzólicos têm também pequena potencialidade ao uso agrícola visto que, mesmo quando eutróficos (região nordeste) têm geralmente pequena profundidade e estão aqui associados à presença de cascalhos. Cambissolos, com baixa fertilidade natural, geralmente com cascalhos e pequena profundidade, ocorrem como dominantes ou sub- dominantes a nordeste e sudeste, geralmente ocupados por pastagens plantadas (braquiária).

Terras Roxas Estruturadas também ocorrem em litologias da Formação Serra Geral, a norte em relevos ondulados, com pedregosidade elevada, que limita seu aproveitamento agrícola Areias Quartzosas têm ocorrência significativa na região oeste, às vezes associadas aos latossolos, em relevo suave-ondulado. Têm limitações muito fortes quanto ao aproveitamento agrícola, pela baixa fertilidade natural e drenagem excessiva, que impede a retenção de água e nutrientes, e pela grande propensão à ocorrência de processos erosivos profundos (voçorocas e ravinas).

Pode ser destacada ainda a presença de solos litólicos, às vezes associados a afloramentos rochosos, nas bordas do planalto (Serra Vermelha) principalmente na porção meridional.

As planícies fluviais são pouco representativas neste território, destacando-se a presença de solos orgânicos, Glei pouco Húmico, Areias Quartzosas Hidromórficas na planície do Rio Araguaia; Areias Hidromórficas e solos orgânicos também ocorrem às margens de pequenos córregos a oeste, associados à presença de veredas.

Nas formações vegetais predominam as Savanas Arborizadas; subordinadamente, ocorrem manchas esparsas de formações florestais, correspondentes a Savanas Florestadas e ao contato destas com a Floresta Estacional, bem como Formações Justafluviais relacionadas às margens dos cursos d’água.

As condições do meio físico fazem com que possam ser consideradas, no território mapeado, três grandes feições de paisagem, que refletem diferentes formas de apropriação do espaço (Figura 004):

− As superfícies aplanadas, de cimeira, da Serra Vermelha, na porção sudeste do território;

− As áreas de planalto com modelado suave, correspondendo à zona drenada pelo Rio Araguaia (leste) e aos interflúvios dos Rios Correntes e Itiquira (norte e noroeste);

− Os compartimentos rebaixados, mais entalhados pela rede de drenagem, correspondendo aproximadamente ao território drenado pelos Rios Ariranha e Taquari.

Bacia do Rio Bacia do Rio Araguaia Paraguai Alto Garças 54°00' 53°00' 52°30'

17°00'

Itiquira MIR 420 MT 46 io 2 R 00 1 T B M R 3 64 MT 299 s Itiquira te n e rr Feição o Alto C 02 Araguaia io Goiânia Feição o R t r o 03 T 00 do 1

T o M g e rr ó C 481 MT e Estado de Rib irão Água Bon ita Goiás R

i ixe o Uberlândia Pe o R d io o ã V ir e e b A rd i r a e R g a 65 u h 4 a n T i a a M r i

r Alto

A io Taquari R Campo Buriti Grande 18°00'

Rio Taqu Feição a MIR 433 r i 01 Estado de Mato Grosso do Sul

Costa Rica

100 20 40 60 km

LEGENDA

Planalto Taquari-Alto Araguaia - 1 nível (Borda Setentrional da Bacia do Paraná) Planalto Taquari-Alto Araguaia - 2 nível (Borda Setentrional da Bacia do Paraná) Planície e Terraço Fluvial (Sedimentos da Bacia do Paraguai e Araguaia) Frente de Cuesta Escarpa Estrutural

FEIÇÕES

Feição 01 - Serra Vermelha Feição 02 - Região do Araguaia/ Interflúvio Rio Corrente e Itiquira Feição 03 - Rio Ariranha Figura 004

DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICODO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA SEGUNDA APROXIMAÇÃO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO

Principais Feições de Paisagem Encarte Folhas Mineiros / Pque Nacional das Emas - SE. 22-V-C/SE. 22-Y-A Mir 420 / 433 Fonte: CNEC. Compartimentação Geomorfológica Preliminar ESCALA : 1:1.500.000 do Estado de Mato Grosso, 1997 20

4.1. FEIÇÃO DE PAISAGEM – SERRA VERMELHA

Corresponde à superfície preservada de cimeira da Serra Vermelha, nivelada entre 800-890 m, com interflúvios amplos e tabulares. Seu limite ocidental é marcado por escarpas erosivas e ressaltos topográficos, com desníveis da ordem de 150-300m. Em função da litologia e da topografia, ocorrem na área Latossolo Vermelho-Escuro e Latossolo Vermelho- Amarelo.

A área é ocupada por propriedades rurais médias e grandes, onde predomina a agricultura mecanizada, secundada pela pecuária. As pastagens têm bom manejo, predominando o uso de capins do gênero Brachiaria; as atividades agrícolas são tecnificadas, com rotação dos plantios (culturas de milho e soja com milheto, sorgo e, em menor escala, arroz). Este fato auxilia o controle à erosão, presente nas áreas planas com cobertura de latossolos; no campo, foi constatada a presença de processos erosivos em lavouras mecanizadas.

Salienta-se que, em muitos pontos da checagem de campo, os padrões de pastagem limpa e de área cultivada são parecidos em tonalidade e texturas, devido à presença de pastagens com manejo mecanizado e com densa cobertura de gramíneas.

A ocupação intensiva da região ocorreu há aproximadamente 20 anos, após o desenvolvimento da tecnologia agrícola para o cerrado. A partir de então, a cobertura vegetal foi completamente substituída pela agricultura mecanizada. Pequenos fragmentos remanescentes entre as zonas de uso indicam a presença de Savana Arborizada.

O predomínio de vegetação do tipo Savana Arborizada sobre os topos aplanados da feição está relacionado ao predomínio de latossolos, solos fortemente intemperizados e com alto fator de alumínio, condicionando elevada acidez e baixa fertilidade.

Relacionadas a afloramentos do lençol freático estão pequenas matas de brejo, geralmente dominadas por uma espécie, o buriti (Mauritia flexuosa), embora localmente possam ser mais diversificadas. Estão presentes também Savanas Gramíneo-Lenhosas (campos úmidos), geralmente associadas a estas matas.

São reduzidas, nesta região, áreas desmatadas no período 94/97, relevadas no trabalho da FEMA, visto o alto grau de ocupação deste território. Apesar de reduzidas, estas áreas ocorrem em ambientes vulneráveis, às margens de cursos d’água e nascentes e no limite das escarpas da chapada.

4.2. FEIÇÃO DE PAISAGEM – REGIÃO DO ARAGUAIA / INTERFLÚVIO DO RIOS CORRENTES E ITIQUIRA

Esta feição corresponde a superfícies de aplanamento posicionadas entre as cotas de nível 800-850 m, caracterizadas pela suavidade do modelado, onde predominam amplos interflúvios. Estende-se na margem esquerda do Alto Araguaia e na porção norte do território, entre os Rios Correntes e Itiquira.

As cidades de Alto Araguaia e Alto Taquari situam-se nesta feição, cruzada ou tangenciada pelos principais eixos viários presentes nas Folhas MIR-420/433 – rodovias BR- 364, MT-100, MT-299.

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Predomina aqui a pecuária de corte em médias e grandes propriedades, caracterizada pela engorda do gado, em pastagens bem manejadas, formadas predominantemente com capins do gênero Brachiaria. Destaca-se a presença de culturas anuais a norte de Alto Araguaia.

Predominam, nas formações naturais, a Savana Arborizada, em manchas relativamente extensas entre as zonas de uso, geralmente associadas à utilização dos campos naturais como pastagem. Apenas na porção centro-norte e noroeste são presentes encraves de Savana Florestada (cerradão), mais expressivos nas vertentes do Rio Correntes. As formações savânicas presentes na região são manejadas pelo fogo, para disseminação das gramíneas nativas. Esse tipo de manejo, conjugado ao corte seletivo, tem transformado sensivelmente a fisionomia dessas formações tornando-as mais abertas, com menor densidade de elementos arbóreo-arbustivos e maior densidade de herbáceos. A maioria das áreas que ainda possuem cobertura vegetal apresentam alto grau de fragmentação, sendo poucas e de pequena extensão as ocorrências bem conservadas.

Nas planícies fluviais dos principais cursos d’água, destaca-se a presença de Formações Justafluviais ao longo do Rio Itiquira e de alguns afluentes; campos úmidos, formações savânicas e Matas Ciliares ocorrem ao longo do Rio Correntes. A leste, na Planície do Araguaia, predominam formações savânicas e campos úmidos associados a plintossolos, gleis e Formações Justafluviais, que acompanham o curso de seu afluente, o Ribeirão Sapo.

Áreas desmatadas no período 94/97 (trabalho FEMA) são bastante representativas, principalmente a noroeste, ocorrendo na expansão dos usos agropecuários nos ambientes de Savana Arborizada.

4.3. FEIÇÃO DE PAISAGEM – RIO ARIRANHA

Corresponde a uma superfície altimetricamente rebaixada (níveis de base da ordem de 400-600 m), com relevo de formas dissecadas, topos tabulares e convexos pouco extensos, muito entalhados pela rede de drenagem, comandada pelo Rio Ariranha e seus afluentes. Predominam solos do tipo Areias Quartzosas, secundados por solos podzólicos na margem esquerda do Rio Ariranha.

É região ocupada por grandes e médias propriedades, onde predomina a atividade pecuária de recria e engorda de gado de corte em pastagens cultivadas.

Entre a Serra Preta e a Serra Vermelha, ressalta-se um maior nível de dissecação, que reflete, na imagem, maior parcelamento do solo, fato que não ocorre no local onde prevalecem grandes e médias propriedades de pecuária de corte com áreas de uso descontínuas. Destaca-se, neste padrão, a presença de bolsões de pequenas propriedades, geralmente correspondentes a áreas de assentamentos, como a Gleba Ariranha, do INCRA, onde também predomina a atividade pecuária de corte. Pequenas propriedades com cultivos de subsistência e lavouras tradicionais concentram-se sobre solos podzólicos e próximos aos principais eixos rodoviários.

Apesar do alto grau de ocupação, permanecem na região extensas áreas com remanescentes da vegetação natural. Predominam Savanas Arborizadas associadas a Formações Justafluviais, geralmente manejadas pelo fogo, para utilização das pastagens nativas; no mapeamento é presente extensa área com queimada, nas vertentes do Rio do Peixe. Na porção sul, em relevos mais movimentados, são presentes formações de Contato Floresta Estacional/Savana; em relevos escarpados, ocorre uma matriz de Savana Arborizada com encraves florestais de dimensões não mapeáveis, associados aos grotões de drenagem.

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Provavelmente trata-se de Floresta Estacional Decidual, pela superficialidade dos solos locais, que propicia deficit hídrico no período de estiagem.

São ainda presentes pequenas ocorrências de Savana Florestada, em vales de afluentes ao Rio Taquari, na extremidade sul do território; este rio tem sua planície fluvial revestida por expressiva formação aluvial. Formações Justafluviais são presentes no baixo curso do Rio do Peixe e, de forma fragmentada, em afluentes do Rio Ariranha, na porção central da feição.

Áreas desmatadas no período 94/97 (FEMA) ocorrem, de forma esparsa, em toda a região, com maior expressão na porção central, no interflúvio dos rios Ariranha e do Sapo, em ambientes savânicos.

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5. BIBLIOGRAFIA

BITTENCOURT, M. D. & PIVELLO, V. R., 1998. SIG e sensoriamento remoto orbital auxiliando o zoneamento ecológico. Investigaciones Geográficas, 36, 42p. BRASIL – Dep. Nacional de Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL, 1983 – Levantamento de Recursos Naturais. Folha Goiânia (SD-21). Rio de Janeiro. IBGE, 1992. Manual técnica da vegetação brasileira / Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. - Rio de Janeiro: 92p. VELOSO, H.P., RANGEL-FILHO, A.L.R, LIMA, J.C.A. 1991. Classificação de vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE. Rio de Janeiro. 124p.

ANEXOS

ANEXO I - RELAÇÃO DAS FICHAS DE CAMPO CAMPANHA DE FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

MIR 420-433 Padrão de Imageamento Roteiro Ponto US Coord. Relevo Solo * (1:1.500.000) Vegetação Uso Côr Tonalidade Textura 237.633 podzólico vermelho 11 1 8.112.045 suave ondulado amarelo verde escura lisa cerradão --- 237.689 podzólico vermelho agricultura mecanizada (soja), 11 2 8.111.719 suave ondulado amarelo rosa / cinza várias mosqueada --- recente 274.281 8 3 8.117.847 plano marrom escura mosqueada rosa savana arborizada (cerrado) pastagem 271.905 afloramento com campo 11 4 8.114.142 ondulado litólico ou cambissolo vermelha escura mosqueada cerrado --- 273.000 dissecado floresta estacional 8 5 811.098 (encosta) LVa verde escura / preta mosqueada marrom (alterada) 272.021 11 6 8.109.800 suave ondulado terra roxa azul média mosqueada --- agricultura mecanizada (arroz) 271.626 azul / arroxeada 8 7 8.109.346 plano verde escura / preta lisa --- cultura (soja + arroz) 267.530 11 8 8.105.815 suave ondulado terra roxa roxa azulada lisa a mosqueada cerradão (no grotão) agricultura mecanizada (arroz) 244.074 suave ondulado podzólico vermelho 11 9 8.100.024 a ondulado amarelo verde escura lisa cerradão --- 182.456 suave ondulado cerrado com 11 10 8.096.861 a ondulado areia quartzosa verde média lisa mata galeria --- 187.237 suave ondulado rugosa 11 11 8.094.354 a ondulado areia quartzosa verde laranja média rosada mosqueada cerrado pasto sujo 197.967 plano a suave cerrado queim. (época da 11 12 8.093.036 ondulado areia quartzosa cinza escura mosqueada imagem e hoje) --- 206.433 suave ondulado 11 13 8.092.470 a ondulado areia quartzosa rosa clara esbranquiçada mosqueada --- pasto limpo e sujo 211.024 11 14 8.093.155 suave ondulado areia quartzosa rosa clara esbranquiçada mosqueada --- pasto limpo (braquiária) 214.416 suave ondulado 11 15 8.092.977 a ondulado areia quartzosa rosa / verde média mosqueada campo cerrado pasto sujo 212.827 savana parque (campo 11 16 8.089.713 suave ondulado areia quartzosa verde média mosqueada cerrado) --- 216.204 domínio savana, formação 11 17 8.090.415 suave ondulado areia quartzosa verde escura lisa secundária --- 219.398 suave ondulado 11 18 8.091.702 a ondulado areia quartzosa rosa média mosqueada --- pasto sujo 224.359 suave ondulado 11 19 8.091.745 a ondulado areia quartzosa verde média a escura rugosa cerrado --- rosa clara mosqueada pasto sujo 228.133 suave ondulado --- 11 20 8.089.819 a forte ondulado areia quartzosa verde escura / preta lisa / rugosa cerradão a campo cerrado --- 233.381 suave ondulado 11 21 8.086.789 a ondulado areia quartzosa marrom escura rugosa cerrado --- 239.695 suave ondulado formação secundária domínio 11 22 8.087.883 a ondulado areia quartzosa verde média acinzentada lisa a mosqueada cerrado --- 246.614 11 23 8.088.790 suave ondulado areia quartzosa preta clara lisa --- área queimada (atual pasto c/ leiras) 252.535 suave ondulado podzólico vermelho 11 24 8.095.009 a ondulado amarelo rosa clara mosqueada --- agricultura (arroz) e pasto limpo 256.955 mosqueada verde cerradão 8 25 8.096.043 ondulado marrom escura Escuro (cabeceira) 253.952 podzólico vermelho 11 26 8.091.083 suave ondulado amarelo rosa clara mosqueada --- pasto sujo e limpo 263.400 areia savana parque (campo 11 27 8.076.050 suave ondulado quartzosa rosa clara mosqueada cerrado) pasto limpo (braquária) 251.482 suave ondulado areia 11 28 8.070.007 a ondulado quartzosa verde escura rugosa cerrado ---

250.849 ondulado a forte areia 11 29 8.069.573 ondulado quartzosa e litólico verde escura rugosa cerrado pasto sujo 255.207 plano a suave areia formação florestal em área 11 30 8.058.987 ondulado hidromórfica verde / preta escura lisa a mosqueda úmida (buritizal) --- 242.455 plano a suave latossolo vermelho roxa / rosa / 11 31 8.027.572 ondulado escuro verde escura lisa (listrada) --- agricultura mecanizada (soja / milho) roxa escura lisa (listrada) agricultura mecanizada 233.089 plano a forte latossolo vermelho 11 32 8.022.000 ondulado escuro a litólico verde clara acinzentada mosqueada cerrado (soja / milho) / pasto 232.707 11 33 8.022.002 ondulado areia quartzosa verde escura rugosa cerrado ---

211.444 mata ciliar em domínio cerrado 11 34 8.013.342 ondulado areia quartzosa verde média rugosa (Rio Ariranha) --- 221.597 11 35 8.011.606 ondulado areia quartzosa verde média mosqueada --- pasto sujo 220.016 11 36 8.010.329 ondulado areia quartzosa verde escura rugosa savana florestada (cerradão) --- 229.504 cerrado e mata mesófila (nos 11 37 8.016.218 forte ondulado litólico c/ afloramento verde escura rugosa grotões) --- 232.454 11 38 8.010.169 ondulado areia quartzosa rosa média mosqueada --- pasto sujo Vila Buriti * SEPLAN - MT, Prodeagro. Mapa Exploratório de Solos. Escala 1:1.500.000

ANEXO II – RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/ USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO

RELAÇÃO DAS ÁREAS DAS FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E OCUPAÇÃO DO SOLO POR MUNICÍPIO 420-433 FORMAÇÕES VEGETAIS/USO E MUNICÍPIO ÁREA (km²) OCUPAÇÃO DO SOLO Aga 5 58,58 Aga 5 + Fj 26,38 Agp 5 268,97 Agp 5 + Fj 592,92 Agp 5 + Fj + Sa 343,93 Agp 5 + Sa 196,19 Agp 5 + Sa + Fj 628,33 Agp 5 + Saf 318,83 Agp 5 + Saf + Fj 26,91 Ap 5 + Sd + Saf 89,97 Aq 40,31 Aq + Saf 221,92 Fa 34,32 FeS 162,89 FeS + Agp 5 36,15 Fj 26,17 Fj + Sa 19,46 ALTO ARAGUAIA Fj + Sgi 3,73 Fs 9,47 L 0,07 Sa 251,20 Sa + Agp 5 4,84 Sa + Sd 23,48 Saf 295,29 Saf + Agp 5 679,37 Saf + Agp 5 + Aq 141,75 Saf + Fj + Agp 5 40,85 Sav 124,27 Sav + Agp 5 23,19 Sd 40,65 Sd + Saf 17,85 Sgi 11,39 Spf 7,20 Spf+ Agp 5 80,82 Aga 5 7,69 Aga 5 + Fj 2,72 Agp 5 48,95 Agp 5 + Fj 490,20 Agp 5 + Fj + Sp 2,11 Aq 42,35 Aq + Saf + Agp 5 25,99 ALTO GARÇAS Fj 34,06 Sa 24,18 Saf 32,00 Saf + Agp 5 402,73 Saf + Sav + Agp 5 0,13 Sd + Saf 22,72 Spf 8,09 Aga 5 559,09 Aga 5 + Fj 197,53 Agp 5 194,37 Agp 5 + Fj 175,49 Agp 5 + Fs 9,89 Agp 5 + Sa 17,14 Agp 5 + Sav 76,16 FeS + Agp 5 0,68 Fj 14,01 Fj + Sgi 3,12 L 0,00 Sa 27,56 ALTO TAQUARI Sa + Saf 7,67 Sa + Sgi 8,63 Sa + Sp 28,32 Saf 53,36 Saf + Agp 5 18,24 Saf + Fj + Agp 5 14,89 Sav 9,85 Sd 6,92 Sgi 8,28 Sgi + Sa 3,04 Spf 9,54 U 1,42 Agp 5 9,57 Agp 5 + Fj 305,56 Agp 5 + Fj + Sp 56,68 Aq 1,56 Aq + Saf + Agp 5 157,01 Fj 10,86 L 0,17 ITIQUIRA Sa 1,91 Saf 14,26 Saf + Agp 5 115,99 Sd 13,07 Sd + Saf 64,24 Sgi 7,72 Sp 3,83 Spf 12,09 FONTE: CNEC, 2001

ANEXO III – FOTOGRAFIAS

ANEXO IV – FOLHAS MINEIROS E PARQUE NACIONAL DAS EMAS