Hoehnea 30(2): 111-120, 3 fig., 2003

Jania crassa Lamouroux (Rhodophyta, CoraUinales), nome correto para as referencias de Lamouroux no Brasil

l 2 Carlos Wallace do Nascimento Moura ,3 e Silvia Maria Pita de Beauclair Guimaraes

Recebido: 07.05.2002; aceito: 13.04.2003

ABSTRACT - (Jania crassa Lamouroux (Corallinales, Rhodophyta), correct name for the references of iania rubens Lamouroux in Brazil). By reviewing material ofgeniculated from Brazil we found that a robust taxon occurring from north of Espirito Santo to Rio Grande do Sui States had erroneously been identi fted in the Brazilian literature as iania rubens (Linnaeus) Lamouroux. Detailed study of this material and comparison with similar species led us to identify it as iania crassa Lamouroux. It presents a dioecious erect epilithic thallus up to 9 cm length, large basal disc, laxly dichotomous branches, intergenicula long, 200-300(-400) J.lm wide and 6-20(40) tiers of medulary cells and genicula 180-240 J.lm long. These findings led us to establish that iania crassa presents a amphi-Atlantic distribution occurring on the African coast, Ac;:ores Arquipelago and Brazil. A comparison with related taxa is presented, stressing the need to review all the references of1. rubens to the Atlantic Ocean. Key words: iania crassa, taxonomy, articulated coralline algae, Western Atlantic

RESUMO - (Jania crassa Lamouroux (Rhodophyta, Corallinales), nome correto para as referencias deiania rubens Lamouroux no Brasil). Ao rever 0 material de coralimiceas com geniculo do litoral do Brasil veriftcou-se a ocorrencia de uma especie do genero iania. 1. crassa Lamouroux. Este taxon, adic;:ao it flora do Atlantico Ocidental, ocorre desde 0 litoral norte do Espirito Santo ate Torres no Rio Grande do Sui, sendo erroneamente identiftcado como iania rubens (Linnaeus) Lamouroux. ionia crassa Ii uma especie di6ica caracterizada por apresentar talo ereto, epilitico, ate 9,0 cm alt. com disco de ftxac;:ao bem desenvolvido, ramificac;:ao dicot6mica frouxa, intergeniculos longos, 200-300(-400) flm larg., e 6-20(-40) fileiras de celulas medulares e geniculo com 180-240 J.lm compo Com 0 registro da especie para 0 Brasil sabe-se agora que 1. crassa apresenta uma distribuic;:ao anft-atlantica, uma vez que anteriormente era referida somente para a costa do continente africano e Arquipelago de Ac;:ores. Sao apresentadas comparac;:6es com taxons afins bem como salientada a necessidade de se rever as citac;:5es de 1. rubens no Atlantico. Palavras-chave: iania crassa, taxonomia, coralinacea articulada, Atlantico Ocidental

Introdu~ao compressos e lobos nos quais estao inseridos marginalmente os conceptaculos. o genera Jania Lamouroux, tribo Janieae, Oito especies eram reconhecidas para 0 Atlantico subfamilia , apresenta ampla Ocidental: 1. adhaerens Lamouroux, 1. capillacea distribuic;;ao geografica, estando bem representado Harvey, 1. prolifera Joly, 1. pumila Lamouroux, nas regioes tropicais e subtropicais (Johansen 1981). 1. rubens Lamouroux, 1. ungulata (Yendo) Yendo, Difere dos demais generos de Corallinoideae por J. longifurca Zanardini e J. sanctae-marfhae apresentar ramificac;;ao essencialmente dicotomica Schnetter (Taylor 1960, Schneider & Searles 1991, ao longo do talo. Na tribo Janieae, esta Wynne 1998, Moura & Yamaguishi-Tomita 1998), as caracteristica morfol6gica separa Jania dos outros seis primeiras referidas para 0 litoral brasileiro. Dentre membros, como Halip/ilon (Decaisne) Lindley, que estas especies, 1. capillacea e enquadrada por alguns apresenta ramificac;;ao de primeira ordem autores como sinonimo de 1. adhaerens, ao passo dicotomica e de segunda ordem pinada. que 1. prolifera foi recentemente transferida para 0 Cheilosporum (Decaisne) Zanardini, apresenta genero Arfhrocardia pOI' Moura (2000). ramificac;;ao dicotOmica, porem, com intergeniculos

I. Universidade Estadual de Feira de Santana, LAFICO, 44031-460 Feira de Santana, BA, Brasil. 2. Instituto de Botanica, Caixa Postal 4005, 0 I061-970 Sao Paulo, sr, Brasil. 3. Autor para correspondencia: [email protected] I 12 Hoehnea 30(2), 2003

Atraves do exame do material identificado como angulo fechado entre as dicotomias « 30°); ramos 1. rubens do litoral brasileiro verificou-se que 0 adventicios as vezes presentes. Intergeniculos mesmo nao se enquadra na conceituas;ao cOITeta da cilindricos (figuras 1b, e), em forma de baITil na base; especie, cOITespondendo mais a1. crassa, especie que intergeniculos apicais de comprimento variavel, ainda nao havia sido citada para 0 Atlantico Ocidental. geralmente mais longos que largos (comprimento 1,2-10(-20) x largura), as vezes mais delgados que os Material e metodos intergeniculos basais; intergeniculos basais, (350-)500­ 1000(-1335) x (275-)300-400 /-lm, intergeniculos Os especimes estudados sao provenientes de medianos, 900-2500(-4000) x (180-)200-300 /-lm e coletas e de exsicatas pertencentes ao herbario do intergeniculos apicais, (750)850-3000(-7000) x Instituto de Biociencias, Universidade de Sao Paulo (165-)200-335 /-lm. Medula do intergeniculo composta (SPF), Herbario "Maria Eneyda P. K. Fidalgo" do por 6-20(-40) fileiras de celulas alongadas (figuras Instituto de Botanica (SP), alem da coleS;ao particular If, g), (65-)85-135 x 8-12 /-lm, apresentando inumeras da Ora. Yocie Yoneshigue Valentin (YY, MOF), fusoes entre celulas de filamentos contiguos. Cortex Universidade Federal do Rio de Janeiro, totalizando delgado, obliquo as celulas da medula (figura Ig), com cerca de 50 localidades ao fango do litoral do Brasil. 1-2 camadas de celulas, arredondadas a alongadas, Foram examinados especimes adicionais do 11-20 x 9-11 /-lm, com fusao entre celulas, externa­ Rijksherbarium (L), Bolus Herbarium (BOL) e da mente recoberto pOl' celulas epiteliais retangulares a Escuela acional de Ciencias Biologicas, Instituto quadrMicas, 5-6 x 7-11 /-lm, e por cuticula delgada Politecnico acional (ECNB). Os materiais coletados (figura 1h). Tricocito bicelular presente entre as encontram-se no acervo do Herbario da Universidade celulas do cortex dos intergeniculos novos; superficie Estadual de Feira de Santana (HUEFS). tipo-Corallina, com celulas arredondadas e poro As observas;oes foram real izadas a partir de central projetado (figura Ii). Geniculo com 180-290 material fixado em formalina a 4%. Materiais /-lm larg., formado por celulas alongadas, 180-240 x provenientes de exsicatas foram hidratados por 24 h 9-12 /-lm. Plantas dioicas. Conceptaculos axiais em soluS;ao de formalina a 4%, antes de serem geralmente com 2 ramulos cilindricos no apice, exceto estudados. Os metodos empregados em microscopia os masculinos, destituidos de ramulos. Conceptaculos fot6nica seguem Moura et al. (1997). A metodologia femininos/carposporangiais anforoides (figuras 2a, b), para microscopia eletr6nica de varredura (MEV) externamente com 285-350 /-lm diam., cavidade interna segue Moura & Guimaraes (2002). A analise das oval, 245-365 x 170-290 /-lm, canal 65-100 /-lm compr. estruturas em MEV foi realizada utilizando Celula de fusao estreita e biconvexa, 17-25 x 40-55 microscopio Zeiss OSM 940 e Phillips a 10 KW. /-lm, filamentos gonimoblasticos perifericos; carposporangios, 65-80 /-lm diam. (figuras 2c, d). Resultados Conceptaculos masculinos fusiformes (figuras 2g, h), Jania crassa Lamouroux, 1821 :23 externamente com 240-280 /-lm diam.; cavidade Localidade tipo: 'Dusky Bay', Nova Zelandia (CN!) intema estreita, 535-700(-1040) x 125-170 /-lm, canal Figuras 1-2 com 60-100 /-lm compr. Conceptaculos tetrasporangiais ovais, anforoides (figuras 2£), externamente medindo Jania natalensis Harvey 1849[ 1847-1849]: 107 280-400 /-lm diam.; cavidade interna oval, 245-360 x (Johansen 1971) 245-360 /-lm, canal com 65-110 /-lm compr. Tetraspo­ Corallina natalensis (Harvey) Ktitzing 1858:38 rangios zonados, 125-205 x 45-60 /-lm (figuras 2e). (Johansen 197 I) Bisporangios ausentes. Jania micrarthrodia val'. crassa (Lamouroux) Habitat: cresce geralmente em locais batidos a Areschoug 1852:555 (Seagrief 1984) moderadamente batidos, em pos;as de mare ou em Plantas eretas, epiliticas, robustas, em tufos cost5es rochosos, na regiao entremares e no densos, roseo-escuras, 3,0-9,0 cm alt. (figura Ia). infralitoral. E facilmente reconhecida em campo Estrutura de fixas;ao crostosa, disciforme, bem devido ao habito epilitico, por apresentar tufos desenvolvida (figura lc), ate 0,5 cm diam., as vezes formando densas agregas;oes, bem como, pelo com rizoides na pors;ao basal do talo. Talo com tamanho e aspecto mais robusto que as outras ramificas;ao dicot6mica frouxa, em um plano e com especies referidas para 0 Brasil. C.W.N. Moura & S.M.P.B. Guimaraes: iania crassa no Brasil 113

Figura Ia-i. Jania crassa. a. Aspecto geral da morfologia do talo. b. Detalhe da ramifica9ao dicot6mica na termina9ao de um ramo. C. Fratura longitudinal do disco de fixa9ao visto em MEV mostrando organiza9ao pseudoparenquimatosa; saida de intergeniculos (setas). d. Detalhe em MEV das fusoes de celulas entre filamentos contiguos presente no disco de fixa9ao. e. Fratura transversal mostrando formato circular do intergeniculo em MEV. Observe regiao medular (me). f. Varia9ao das dimensoes dos intergeniculos e do nllmero de fileiras medulares presentes num mesmo ramo. g. Fratura longitudinal do intergeniculo visto em MEV; regiao medular (me) e cortical (co). h. Detalhe da regiao cortical do intergeniculo em corte longitudinal; fusao de celulas (ct), conexao intercelular primaria, celulas epiteliais (e) quadraticas e cuticula espessa (c). i. Detalhe da superficie do intergeniculo em MEV mostrando celulas epiteliais quadraticas a irregulares e tric6cito tipo-Corallina. Todas as figuras baseadas em HUEFS (39948). Escalas: figura Ia = Icm; figura Ib = I mm; figuras 1c, Ig = 200 ~lm; figura Id = SO /lm; figura Ie = 100 /lm; figura If = 400 /lm; figura Ih = 16 /lm; figura Ii = 20 ~lm. 114 Hoehnea 30(2), 2003

Figura 2a-h. Jania crassC/o a. Detalhe do conceptaculo feminino/carposporangial em corte longitudinal mostrando ramos carpogoniais na cavidade intema do conceptaculo. b. Conceptaculo feminino/ carposporangial com carposporiingios. C. Corte longitudinal de ramo fertil com dois conceptaculos femininos/carposporangiais com carposporofito ja desenvolvido; conceptaculo originado a partir do riimulo do conceptaculo. d. Detalhe do carposporofito em corte longitudinal mostrando celula de fusao (t), filamentos gonimoblasticos e carposporiingios com mkleo evidente. e. Corte longitudinal do conceptaculo tetrasporangial mostrando tetrasporiingios zonados e com nucleos evidentes. f. Aspecto geral de ralllos ferteis com conceptaculos tetrasporangiais. g. Vista superficial dos conceptaculos mascu­ linos; Formato elfptico e ausencia de riimulos sobre 0 conceptaculo. h. Corte longiuldinal do conceptaculo masculino. Observe a extensao da area fertil (area escura) e canal do conceptaculo curto. Figuras a-d baseadas em HUEFS (39966), figuras e-f baseadas em HUEFS (39948), figuras g-h baseada em HUEFS (39979). Escalas: figura 2a = I00 ~Ill; figuras 2b-c, 2h = ISO ~lm; figura 2d = 60 ~m; figura 2e = I00 ~Ill; figuras 2f-g = 400 ~lm. C. W.N. Moura & S.M.P.B. Guimaraes: Jania crassa 110 Brasil I 15

Distribuiyao geognifica mundial: Atlantico: Brasil Filho (SPF52506), 26-X-1991, N.Y. Tomita e col. (presente trabalho), Arquipelago de Ayores (South & (HUEFS39949), 21-VI-1992 (HUEFS39950), Tittley 1986), Mauritania, Ilha de Cabo Verde, Costa 13-VI-1996 (HUEFS39951); P. Meaipe, 12-V-1964 do Marfim, Gana, Gabao, Angola (Price et al. 1992), (SPF52509), ll-IX-1991, P. Pereira (HUEFS39952). Africa do Sui, Cidade do Cabo (Stegenga et al. 1997). Anchieta, P. UM, 11-V-1964 (SPF52696); P. Parati, indico: Africa do SuI (Seagrief 1984), Sri Lanka 1- VII-1992, N.Y. Tomita e col. (HUEFS39953), (Durairatnam & Ragunathamuthaliar 1976). Oceania: 25-X-1996, C.WN. Moura e S.M.P.B. Guimaraes Australia, South Australia, Ilha Canguru (Womersley (HUEFS39954); P. Ponta dos Castelhanos, 1950 como J. natalensis), Vitoria, New South Wales, 10-IX-1991, N.Y. Tomita e col. (HUEFS39955), Lagoa Pelicano (Millar 1990), Arquipelago de 20-VI-1997, C.WN. Moura e S.M.P.B. Guimaraes Recherche (Womersley 1953 como J. natalensis), (HUEFS39956); P. Guanabara, 3-II-1966 (SPF52500); ova Zelandia (Chapmann & Parkinson 1974 como Iriri, P. Iriri, 12-V-1964 (SPF52968). Marataizes, P. J. natalensis). Pacifico: Estados Unidos, California Marataizes, 27-VI-1992, N.Y. Tomita e col. (Dawson 1953, Johansen 1971, como J. natalensis; (HUEFS39957), 27-X-1996, C. W.N. Moura Johansen 1976), Mexico, Baja California (Dawson (HUEFS39958), 16-VI-1997 (HUEFS39959), 1953 como J. natalensis), Peru (Dawson et al. 1964 19-VI-1997 (HUEFS39960). RJo DE JA EIRO: Macae, como J. natalensis). P. Cavaleiros, 31-1I1-1983, M.T.M. Szechy e col. (HU EFS39961), 30-X-1982 (HUEFS39962), Referencias para 0 Brasil: Espirito Santo (Oliveira 6-VIII-I 983 (HUEFS39963); Rio das Ostras, Mar do Filho 1977, Mitchell et al. 1990), llha de Trindade Norte, I-XI-1982, M.T.M. Szechy e col. (Pedrini et al. 1989). Rio de Janeiro (Martens 1871 (HUEFS39964), 9-VIII-1983 (HUEFS39965), como Corallina rubens L., Mobius, 1889, como 25-X-1988 (HUEFS39966), I-XI-1982 C. rubens; Schmidt 1924, Taylor 1931 como (HUEFS39967), 28-III-1983 (HUEFS39968); P. C. rubens, Yoneshigue-Braga 1972, Pedrini 1980, Pescadores, 9-V-1983, M.T.M. Szechy e col. Yoneshigue 1985,Figueiredo I989,AmadoFilho 1991). (HUEFS39968). Buzios, P. Pai Vitorio, 18-VII-1981, Sao Paulo (Nonato & Peres 1961, Joly 1957, 1965, M.O. Figueiredo (YY 2856), P. Rasa, 18-VII-1981, Ugadim 1970,1975, Oliveira Filho & Berchez 1978). y. Yoneshigue (YY2665); P. Forno, I-IV-1965, A.B. Parana (Joly 1951, Ugadim 1970, 1975, Shirata et al. Joly e col. (SPF53654), 23-VII-1982, Y. Yoneshigue 1991). Santa Catarina (Cordeiro-Marino 1978, (YY 3863); P. Ferradura, I-Il-1976, R. Furtado e S. Citadini-Zanete et al. 1979). Rio Grande do Sui Schenckman (SPF52502), l-II-1976 (SPF52522), (Baptista 1977). Sem local especifico como C. rubens 2-IX-1981, M.O. Figueiredo (YY3364); P. (Mobius 1890, Taylor 1960). Citay5es acima como Ferradurinha, 17-11-1981, Y. Yoneshigue (YY2560). Jania rubens. Arraial do Cabo, Ponta da Cabeya, 20-III-1980, Y. Material examinado: BRASIL. EspiRITO SA TO: Yoneshigue (YY3204). Cabo Frio, P. Pero, 31-Ill-1965, Aracruz, Barra do Riacho-Casa de Hospedes, A.B. Joly e col. (SPF52657); P. Brava, 5-11-1976, R. 23-X-1996, C.W.N. Moura e S.M.P.B. Guimaraes Furtado (SPF52501). Niteroi, Ponta Piratininga, (HUEFS39941). Barra do Sahy, 20-VlIl-1978, A. 20-VII-1966, Y. Yoneshigue Braga (YY III). SAO Kanagawa (SPF52469), 22-X-1996, C.WN. Moura PAULO: Ubatuba, P. das Conchas, 16-VI-1984, M.P.R. e S.M.P.B. Guimaraes (HUEFS39942); P. Padres, Pique (SPI87215); P. ltagua, 15-X-1997, C.W.N. 29-VI-1992, N.Y. Tomita e col. (HUEFS39943), Moura (HUEFS39970); P. Tenorio, 18-IX-1998, 23-X-1996, C.W.N. Moura e S.M.P.B. Guimaraes S.M.P.B. Guimaraes e col. (HUEFS39972); Ilha (HUEFS39944). Serra, Nova Almeida, P. Grande, Anchieta, P. do Sui, 25-1-1963, M. Cordeiro e col. 14-VIII-1966 (SPF52508); P. Carapebus, 4-VI-1989, (SP96276), 20-VII-1963, E.C. Oliveira Filho e col. A.P. Pereira (HUEFS39945), 12-X-1989 (SPF2464), P. da llha, 20-VIII-1963, E. Cabral e col. (HUEFS39946), 22-VI-1990 (HUEFS39947), (SP96274); P. Domingas Dias, 29-V-1983, M.P.R. 5-VIII-1990 (HUEFS39948); P. Manguinhos, Pique (SP 176880), 5-XI-1983 (SP 186948), 20-1-1973, E.C. Oliveira Fi tho e F. Berchez 16-VI-1984 (SPI87212); P. Forta1eza, 14-V1-1984, (SPF52514). Guarapari, P. Guarapari, 16-IV-1965, M.R.A. Braga (SP J771 00); P. Lazaro, 12-VII-1976, E.C. Oliveira Filho (SPF52499), 10-V -1964 E.J. Paula (SPF52682), 4-XI-1983, M.P.R. Pique (SPF52471); P. Peracanga, 7-Il-1966, E.C. Oliveira (SPI86947), 20-IX-1983, R.M.T. Bicudo (SP186949). 116 Hoehnea 30(2), 2003

Sao Sebastiao, P. Cigarras, 3-VIl-1996, C. W.N. Moura 13-Xll-1966, M. Cordeiro-Marino e R. Marino e S.M.P.B. Guimaraes (HUEFS39971 ). Guaruja, P. (SPI04196); 23-II-1969, M. Cordeiro-Marino e 1. Pernambuco, 18-IX-1982, M. Cordeiro-Marino Balsamo (SP104964); 23-IX-1969, M. Cordeiro­ (SP 176778). Sao Vicente, P. Paranapoan, 16-V-1961, Marino e C.S.P. Zocchio (SP 115379); 15-XI-1971, M. C. Bicudo e R.M. Teixeira (SP63901). Itanhaem, Cordeiro-Marino e col. (SP 114519). Imbituba, 10-XI-1966, y. Ugadim (SPFI097); P. Cibratel, 4-XI-1952, A.B. Joly (SP116167); Ponta de 1mbituba, 18-XI-1982, M.R.A. Braga (SP I76774), 14-XII-1982, 16-II-1971, M. Cordeiro-Marino e col. (SP1l4520); M.P.R. Pique (SP176878), 3-V11-1984, M. Cordeiro­ 9-VIII-1991, L.c. Ouriques (HUEFS39981 ); Ponta do Marino (SP187225). Peruibe, Prainha, 5-V11-1976 POlio, 12-XI-1966, M. Cordeiro-Marino e R. Marino (SPF53024 pro parte). Iguape, Jureia, Costao do Rio (SP96625); 12-XI-1966, M. Cordeiro-Marino e R. Verde, 26-III-1983, M.P.R. Pique (SP 176879), Marino (SP 104203); 16-II-1971, M. Cordeiro-Marino 7-X-1983 (SPI86944), 8-X-1983 (SPI86946). e col. (SPI14520). Laguna, 5-XI-1952, A.B. Joly, Cananeia, I1ha do Cardoso, P. do Cambriu, (SP 116166); 2-IV-1967, A.B. Joly (SP1161 07); Ponta 26-VIII-1976, M. Cordeiro-Marino e M.T. Fujii, do Gi, ll-XI-1966, M. Cordeiro-Marino e R. Marino (SP 162087), 7-X-1983, M. Cordeiro-Marino (SP I 04182); 22-8-1991, L.C. Ouriques (SP186943), P. Itacuru<;a, 20-V11-1982, M.P.R. Pique (HUEFS39980); Ponta do Iro, 10-XI-1966, M. (SP 17776), 4-X-1983, M.P.R. Pique (SP 186942). Cordeiro-Marino e R. Marino (SP104195). RIo GRANDE PARANA: Caioba, I1ha do Farol, 5-1X-1968, Y. Ugadim DO SUL: Torres, 25-X-1944 , A.R. Cordeiro (SPFI309). Matinhos: 5-IX-1968, Y. Ugadim (SPF29023). ESTADOS UNIDOS. California: Pacific (SPFI270). Guaratuba, I1ha do Sai, 14-II-1951, A.B. Beach, Collins, Holden e Setchell (L940264.131). Joly (SP116163). SANTA CATARINA: Sao Francisco do MEXICO. Baja California Sur: Puerto Nuevo, Raul's Sui, I1ha de S. Francisco do Sui, Cabo Joao Dias, 2 km al N., 9-II-1995, C. Mendoza e col. 22-XI-1966, M. Cordeiro-Marino e R. Marino (ENCB 12188); Ensenada, 2-XI-1982, C. Mendoza e (SP 104198). Penha, Praia do Poa, 12-II-1971, M. C. Flores (ENCBI2127); Rancho Packard (antes Tres Cordeiro-Marino e col. (SP113381). Itajai, 7-XI-1972, Hermanos), 2-VIII-1996, C. Mendoza e col. H. Luedwaldt (SP07686); P. Cabeyudas, 11-11-1971, (ENCBI2331). URUGUAI. La Paloma: 27-III-1970, M. Cordeiro-Marino e col. (SP113491). Camborill, C. Pujals (SPF7032). Pedra de Santa Tereza: 28-IV-1965,A.B. Joly e col. (SP 116164); 16-XI-1966, 22-II-1960, N. Garcia Zon-on (SPF7027). Farol Jose M. Cordeiro-Marino e R. Marino (SP 104199); Ignacio, 8-III-1970, Rosengurtt (SPF7031). AFRICA ltapema, l1-II-1971, M. Cordeiro-Marino e col. DO SUL. Cape: Koppie Aileen "De Hoop" nature (SP 113492); Porto Belo, P. Zimbros, 26-IX-1969, M. reserve, 23-IX-1984, U. Bolton e H. Stengenga Cordeiro-Marino (SP 104887); 12-II-1971, M. (BOL63334); near Peddie, 8-Xl-1975, M. Kweni Cordeiro-Marino e col. (SP 113266); Canto Grande, (BOL63332). Muzenberg, II-XI-1984, H. Stengenga 23-VII-1967, M. Cordeiro-Marino e col. (SP 115258). (BOL63333). Governador Celso Ramos, Ganchos de Fora, 13-III-1971, M. Cordeiro-Marino e col. (SPI13623); Discussao 20-IX-1969, M. Cordeiro Marino e C.S.P. Zocchio (SP104937). Florianopolis, I1ha de Santa Catarina, P. iania crassa foi estabelecida em 1821, por do Gravata, 14-II-1971, M. Cordeiro-Marino e col. Lamouroux, a partir de especimes com intergeniculos (SPI15384), Ponta da Galheta, 24-VII-1967, M. relativamente espessos e longos para 0 genero, Cordeiro-Marino e col. (SP104842); 31-VII-1991, coletados na costa da Nova Zeliindia. Harvey (1849) L.c. Ouriques (HUEFS37265); P. da Armayao, descreve 1. natalensis para a costa da Africa do Sui, I1-XI-1952, A.B. Joly (SPI16165); 15-XI-1966, M. uma especie com caracteristicas proximas aespecie Cordeiro-Marino e R. Marino (SP 104197); de Lamouroux. Apos analisar 0 material tipo de ambas 14-VITI-1991, L.C. Ouriques (HUEFS39976); as especies, Johansen (1971) concluiu que estas eram 15-11-1992 (HUEFS39977); 18-XI-93 (HUEFS39978); co-especificas uma vez que as dimens6es dos P. Mole, I1-XI-1993, L.c. Ouriques (HUEFS39979); intergeniculos, embora menores em 1. crassa, nao P. Ponta do Sambaqui, 20-VI-1992, L.C. Ouriques diferiam muito dos de 1. natalensis e considerou (HUEFS39974); P. Ponta das Canas, 15-VIII-1991, 1. natalensis como sin6nimo de 1. crassa (nome L.C. Ouriques (HUEFS39975). Garopaba, valido mais antigo). C.W.. Moura & S.M.P.B. Guimariies: Jania crassa 110 Brasil 117

Recentemente, Johansen & Womersley (1994) Especimes deJ. crassa com intergeniculos CUltOS estudando as especies de Jania do sudeste da e delgados, as vezes podem ser confundidos com Australia, propuseram J. crassa sensu Johansen especimes robustos de J. rubens descritos na (1971), como sin6nimo de J. vern/cosa Lamouroux, literatura. J. rubens, segundo 0 conceito de Irvine & outra especie com intergeniculos robustos Johansen (1994), e uma planta pequena (com ate (Lamouroux, 1816). Johansen & Womersley (I.c.) 2,5 cm), epifita, monoica com apressorio discoide que, consideraram J. verrucosa num conceito amplo, posteriormente, e obscurecido por estoloes, principalmente em relar;:ao as dimensoes dos intergeniculos cilindricos a subcilindricos, nao lobados intergeniculos, uma vez que J. verrucosa stricto (0 que a distingue de J. rubens var. corniculata), com sensu era tida como possuindo intergeniculos mais 350-1000(-1300) x (60-)90-240 flm, as vezes, ate largos que longos e J. crassa, como tendo 350 flm de diam. na regiao basal. Embora possa haver intergeniculos mais longos que largos, 0 que foi aceito sobreposir;:ao de medidas do intergeniculo entre as duas por Womersley & Johansen (1996) e Silva et al. (1996). especies, principalmente em relar;:ao a especimes de Segundo W. Johansen (comunicar;:ao pessoal), J. crassa delgados e com intergeniculos pequenos, a J. crassa e uma boa especie e deve ser mantida como dioicia presente em J. crassa (figuras 2c,d,g,h) versus distinta de J. verrucosa. Anteriormente Johansen & a monoicia de J. rubens, garante perfeita separar;:ao Womersley (1994) confundiram estas duas especies entre os taxons. no sudeste da Australia. De acordo com Stegenga No litoral brasileiro, a citar;:ao de Jania rubens et a!. (1997), J. crassa pode ser distinguida de (Linnaeus) Lamouroux corresponde, em parte, a J. verrucosa em relar;:ao a proporr;:ao comprimento J. crassa, principalmente em relar;:ao ao material x diametro do intergeniculo, sendo 1:3 em J. verrucosa encontrado desde 0 litoral norte do Espirito Santo ate e 3: I0 em J. crassa. o litoral de Ton'es, no Rio Grande do Sui, uma vez que A identificar;:ao do material brasileiro como somente plantas dioicas foram encontradas nesta area. J. crassa foi confirrnada por W. Johansen e concorda Edificil julgar 0 merito de algumas identificar;:oes de em linhas gerais com as descrir;:oes e ilustrar;:oes J. rubens principalmente aquelas referidas em apresentadas por Dawson (1953, como J. natalensis) trabalhos em fonna de listagem, incluindo os mais para a Baixa California, Johansen (1976) para 0 litoral antigos, por ausencia de descrir;:oes e ilustrar;:oes. As da California, Lawson & John (1987) para 0 Gabao, citar;:oes de Joly (1957, 1965), Ugadim (1970, 1975), Gana e Costa do Marfim e Stegenga et al. (1997) Yoneshigue-Braga (1972), Baptista (1977), Cordeiro­ para a Cidade do Cabo. Marino (1978), Pique (1984), Figueiredo (1989), Em campo, J. crassa difere das demais especies Amado-Filho (1991) baseando-se nas dimensoes do citadas para 0 litoral brasileiro pelo habitat epilitico intergeniculo e, em patte, nas ilustrar;:oes fornecidas formando densas agregar;:oes, pela robustez do talo, pelos autores, foram enquadradas em J. crassa. A bem como, pelo numero de camadas de celulas maioria destes trabalhos faz referencia as plantas medulares 6-20(-40) (figuras If-g). tetrasporicas, plantas sexuadas raramente sao A analise do epitalo e tricocito de J. crassa mencionadas. Joly (1957) estudando a flora de Santos revelou superficie tipo-Corallina (figural i), diferente e arredores, registrou a ocorrencia de plantas da esperada para as especies do genero Jania femininas, ao passo que Pique (1984) citou a (superficie tipo-Jania: com celulas epiteliais alongadas ocorrencia de plantas dioicas. Pique (1984) interpretou e tricocito com base deslocada para periferia da estas popular;:oes como tendo amadurecimento de celula). Os resultados obtidos foram similares aos sexos em epocas diferentes. Nossas observar;:oes nao encontrados por Garbary & Johansen (1982) para confirmam tal afirmar;:ao, pois no material analisado J. crassa proveniente da Africa do SuI. Segundo no estado de Sao Paulo, bem como, em outros estados Pueschel et a!. (2002), que tambem relataram da regiao Sudeste e Sui, foram encontradas superficie tipo-Corallina para J. pusilla (Sonder) popular;:oes de plantas exclusivamente femininas ou Yendo, a presenr;:a deste tipo de superficie pode estar de plantas exclusivamente masculinas. A ocorrencia relacionada com a espessura do talo, devido ao de J. rubens na referida area deve ser melhor crescimento do cortex. No litoral brasileiro, J. crassa investigada uma vez que nao foram encontradas e a unica especie do genero que apresenta este tipo plantas monoicas. Assim, grande parte do material de arranjo do tricocito (Moura, 2000). referido em Iiteratura deve corresponder a duas 118 Hoehnea 30(2), 2003 especies: Jania crassa, para as regioes Sudeste e Sui neste trabalho (no entanto, nao foram analisadas e Jania sp., encontrada desde 0 litoral do Maranhao plantas sexuadas). Taylor (1960) chamou aten<;ao ate 0 litoral norte do Espirito Santo (C. Moura, dados para a robustez do material encontrado no Uruguai, nao publicados). bern como, a similaridade deste com 0 material de A cita<;ao de Taylor (1960) da ocorrencia de Jania longifurca Zanardini (localidade tipo, Croacia). Jania rubens para 0 litoral do Brasil (sem local Faz-se necessario rever as cita<;oes de J. rubens especifico), tambern foi enquadrada, em parte, em no Atlantico, uma vez que as mesmas podem J. crassa, embora 0 autor mencione plantas mon6icas. corresponder a J. crassa. Supoe-se que J. rubens Eprovavel que as plantas referidas como J. rubens apresente distribui<;ao geografica restrita a areas porTaylor (1960), Coli (1976) e Coli & Oliveira (1999) temperadas-quentes a frias do Atlantico Norte e para 0 Uruguai, tambem correspondam a J. crassa, Mediterraneo (Iocalidade-tipo). pois analise de material do Herbario SP, mostrou Quanto acorologia, J. crassa apresenta ampla dis­ caracteristicas muito similares as plantas estudadas tribui<;ao, sendo registrada para 0 leste do Oceano Pacifico,

o ---:.....+---+---+-~

30

o Jania crassa

120 90 30 30 60 o

Figura 3. Distribuiyao geognifica mundial de Jania crassa.

Indico e Athmtico (figuraJ). Este trabalho mostra que J. Literatura citada crassa apresenta distribui<;ao anfi-atlantica, uma vez que Areschoug, J.E. 1852. Ordo XII. Corallinae. In: J.G. anteriormente 0 taxon era refelido somente para a costa Agardh, Species genera et ordines algarum. Volumen do continente africano e Arquipelago de A<;ores. secundum: algae florideae complectens. C.W.K. Gleerup, Lundaae, pp. 506-576. Agradecimentos Amado Filho, G.M. 1991. Algas marinhas bentonicas do C.W.N Moura agradece a CAPES pela concessao litoral de Saquarema e Itacoatiara (RJ). Dissertayao de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio da bolsa de doutorado, a Dire<;ao do Instituto de de Janeiro, 323 p. Botanica, ao Coordenador do Laborat6tio de Anatomia Baptista, L.R.M. 1977. Flora marinha de Torres (Chlorophyta, da Universidade de Sao Paulo e a Universidade Xantophyta, Phaeophyta e Rhodophyta). Boletim do Estadual de Feira de Santana pelas facilidades na Instituto de Biociencias, Serie Botanica 37: 1-244. realiza<;ao do trabalho. S.M.P. Beauclair Guimaraes Chapman, V.J. & Parkinson, P.G. 1974. Cyptonemiales. agradece a bolsa de produtividade em pesquisa recebida In: Y.J. Chapman (ed.). The marine algae of ew do CNPq (Processo 303178/76). Os autores agradecem Zealand. Part lll. Rhodophyceae. J. Cramer, Lehre, a FAPESP, Programa BIOTA (Processo 98/4955-3). pp. 155-278. C.W.. Moura & S.M.P.B. Guimaraes: Jania erassa no Brasil 119

Citadini-Zanette, V., Veiga eto, A.J., Veiga, S.C. & Joly, A.B. 1965. Flora marinha do litoral norte do estado Furlaneto, A. 1979. Algas marinhas bentonicas de de Sao Paulo e regi6es circunvizinhas. Boletim da Imbituba, Santa Catarina, Brasil. Iheringia, Serie Botanica Faculdade de Filosofia, Ciencias e Letras da 25: 111-121. Universidade de Sao Paulo, Serie Botanica 21: 1-393. Coli, J.F.C. 1976. Algas marinhas bentonicas do Uruguai. Kiitzing, F.T. 1858. Tabulae phycologicae oderAbbildingen Tese de Doutorado, Universidade de Sao Paulo, Sao der Tange. v. 8. ordhausen, 48 p. + 100 pis. Paulo, 191 p. Lamouroux, J.V.F. 1816. Histoire des Polypiers Coralligenes Coli, J.F.c. & Oliveira, E.c. 1999. The benthic marine algae Flexibles, Vulgairement Nommes Zoophytes. Caen. 559 p. ofUruguay. Botanica Marina 42: 129-135. Lamouroux, J.V.F. 1821. Exposition methodique des genres Cordeiro-Marino, M. 1978. Rodoficeas marinhas bentonicas de L'Ordre des Polypiers .... Paris. I 15 p. do estado de Santa Catarina. Rickia 7: 1-243. Lawson, C.W. & John, D.M. I987.The marine algae and Dawson, E. Y. 1953. Marine ofPacific Mexico. Part coastal environment oftropical West Africa, 2ed., ova I. Bangiales to subf. Corallinoideae. Allan Hedwigia93: 1-415. Hancock Pacific Expedition 17: 1-239. Martens, C. 1871. Algae brasiliensis circa Rio de Janeiro a Dawson, E.Y., AcIeto, C. & Foldvik, .1964. The seaweeds cl. A. Glaziou, horti publici diretore, botanico indefesso, ofPeru. Nova Hedwigia 13: I-I II. annis 1869 et 1870 collectae. Videnskabelige Durairatnam, M. & Ragunathamuthaliar, V. 1976. Meddelelser Dansk natur-historisk 3: 144-148. Ecological study of marine algae on the littoral and Millar, A.J.K. 1990. Marine red algae ofthe Coffs Harbour sublittoral zone of Mandativu. Journal of the Marine Region, northern New South Wales. Australian Biological Association oflndia 15: 652-657. Systematic Botany 3: 293-593. Figueiredo, M.O. 1989. Ficoflora marinha bentonica do Mitchell, C.L.P., Nassar, C.A.C., Maurat, M.C.S. & Falcao, municipio de Paraty, Rio de Janeiro. Dissertac;:ao de C. I990.Tipos de vegetac;:ao marinha da Bara do Espirito Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio Santo sob influencia da poluic;:ao - Espirito Santo de Janeiro, 221 p. (Brasil). In Anais do II Simp6sio de Ecossistemas da Carbary, D.J. & Johansen, H.W. 1982. Scanning electron costa sui e sudeste brasileira: Estrutura, Func;:ao e microscopy ofCoral/ina and Haliptilon (Corallinaceae, Manejo. Academia de Ciencias do Estado de Sao Paulo, Rhodophyta): surface features and their taxonomic Sao Paulo, pp. 202-214. implications. Journal ofPhycology 18: 211-219. Harvey, W.H. 1847-1849. ereis australis. London. vii+ Mobius, M. 1889. Bearbeitung der von H. Schenck in I24pp.,L. pis. (Pp. vii+ 1-64, pIs. I-XXV, 1847; pp. 65-124, Brasilien gesammelten algen. Hedwigia 28: 309-47. pis XXVI-L, 1849). Mobius, M. 1890. Algae brasiliensis a cl. Dr. Glaziou Irvine L.M. & Johansen H.W. 1994. Corallinoideae. In: L.M. collectae. Notarisia 5: 1065-1090. Irvine & YM. Chamberlain (eds.). Seaweeds of the Moura, C.W.N. 2000. Coralinaceas com geniculo British Isles. Volume I Rhodophyta Part 2B Corallinales, (Rhodophyta, Corallinales) do litoral do Brasil. Tese de Hildenbrandiales HMSO, London, pp. 37-57. doutorado, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, 264 p. Johansen, H.W. 1971. Changes and additions to the Moura, C.W.N. & Cuimaraes, S.M.P.B. 2002. 0 genero articulated coralline flora ofCalifornia. Phycologia 10: Cheilosporu/11 (Decaisne) Zanardini (Corallinales, 241-249. Rhodophyta) no litoral do Brasil. Revista Brasileira de Johansen, H.W. 1976. Family Corallinaceae. In: LA. Abbott Botanica 25: 65-77. & G.J. Hollenberg, G. 1. (eds.). Marine algae ofCalifornia. Moura, C.W.N., Kraus,J.E. & Cordeiro-Marino, M. 1997. Stanford University Press, California, pp. 379-419. Metodologia para obtenc;:ao de cortes histol6gicos com Johansen, H.W. 1981. Coralline algae, a first synthesis. CRC historresina e colorac;:ao com azul de toluidina 0 para Press, Inc, Boca Raton, 239 p. algas coralinaceas (Rhodophyta, Corallinales). Hoehnea Johansen, H.W. & Womersley, H.B.S. 1994. Jania 24: 17-27. (Corallinales, Rhodophyta) in Southern Australia. Moura, C.W.N. & Yamaguishi-Tomita, . 1998. Jania Australian Systematic Botany 7: 605-625. ungulata f. brevio/" (Corallinales, Rhodophyta): nova Joly, A.B. 1951. Contribuic;:ao para 0 conhecimento da flora ocorrencia para 0 Atlantico. Hidrobiol6gica 8: 145-153. algol6gica marinha do estado do Parana. Boletim do Nonato, E. & Peres, J.M. 1961. Observations sur quelques Instituto Oceanografico de Sao Paulo 2: 125-138. peuplements intertidaux de substrat dur de la regi6n Joly, A.B. 1957. Contribuic;:ao ao conhecimento da flora D'Ubatuba (Etat de Sao Paulo). Cahiers de Biologie ficol6gica marinha da Baia de Santos e arredores. Marine 2: 263-270. Boletim da Faculdade de Filosofia, Ciencias e Letras Oliveira Filho, E.c. 1977. Algas marinhas bentonicas do da Universidade de Sao Paulo, Serie Botanica 14: Brasil. Tese de Livre-Docencia. Universidade de Sao 1-199. Paulo, Sao Paulo, 407 p. 120 Hoehnea 30(2), 2003

Oliveira Filho, E.C. & Berchez, A.S. 1978. Algas Museum ofNatural History, London, 76 p. . marinhas bentonicas da baia de Santos - alterayoes da Stegenga, H., Bolton, J.J. & Anderson, R.J. flora no periodo de 1957-1978. Boletim de Botanica 1997.Seaweeds of the South African West coast. da Universidade de Sao Paulo 6: 49-59. Contributions from the Bolus Herbarium 18: 1-654. Pedrini, A.G. 1980. Algas marinhas bentonicas da Baia Taylor, Wm.R. 1931. Synopsis of the marine algae of de Sepetiba e arredores (Rio de Janeiro). Dissertayao Brazil. Revue Algologique 5: 279-313. de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Taylor, Wm.R. 1960. Marine algae ofthe eastern tropical Rio de Janeiro, 397 p. and subtropical coasts of the Americas. University of Pedrini, A.G., Gonl;alves, J.E.A., Fonseca, M.e.S., Zao, Michigan Press, 870 p. A.S. & Lacorte, C.L.A. 1989. A survey of the arine Ugadim, Y. 1970. Algas marinhas bentonicas do litoral sui algae ofTrindade Island, Brazil. Botanica Marina 32: do estado de Sao Paulo e do litoral do Parana. Tese de 97-99. Doutorado, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, Pique, M.P.R. 1984. Estudos das coralimiceas articuladas 362 p. (Rhodophyta) do litoral do Estado de Sao Paulo. Ugadim, Y.1975. Algas marinhas bentonicas do litoral sui Dissertayao de Mestrado, Universidade Estadual do estado de Sao Paulo e do estado do Parana. III. Paulista "Julio de Mesquita Filho", Rio Claro, 235 p. Rhodophyta. 2- Cryptonemiales, Gigartinales e Pueschel, C.M., Judson, B.L., Esken, J.E. & Beiter, E.L. Rhodymeniales. Boletim de Botanica da Universidade 2002. A developmental explanation for the Cora/lina­ de Sao Paulo 3: I 15-63. and Jania-types ofsurfaces in articulated coralline red Womersley, H.B.S. 1950. The marine algae of Kangoroo algae (Corallinales, Rhodophyta). Phycologia 41: 79-86. Island. Ill. List of species I.Transactions of the Royal Price, J.H, John, D.M. & Lawson, G.W. 1992. Seaweeds of Society ofSouth Australia 73: 137-197. the western coast of tropical Africa and adjacent Womersley, H.B.S. 1953. The Archipelago ofthe Recherche. islands: a critical assessment. IV. Rhodophyta 3b. Marine algae. Australian Geographical Society () 3. Genera H-K. Bulletin ofBritish Museum Repport. N I, part 3B, pp. 36-38. natural History (Botany) 22: 123-146. Womersley, H.B.S. & Johansen, H.W. 1996. Subfamily Schimidt, O.c. 1924. Meeresalgen der sammlung von Amphiroideae, Corallinoideae and Metagoniolithoideae. Luetzelburg aus Brasilien. Hedwigia 65: 85-100. In: H.B.S. Womersley (ed.). The Marine Benthic Flora Schneider, C.W. & Searles, R.B. 199 I. Seaweeds of the of Southern Australia - Part IllB Gracilariales, southeastern United States cape Hatteras to Cape Rhodymeniales, Corallinales and Bonnemaisoniales. Canaveral. Duke University Press, Durham, 533 p. Australian Biological Resources Study, Canberra, pp. Seagrief, S.c. 1984. A catalogue of South African green, 283-323. brown and red marine algae. Memoirs ofthe Botanical Survey ofSouth Africa 47: 1-72. Wynne, J.M. 1998. A checklist ofbenthic marine algae of Shirata, M.T., Veiga Ludwig, T.A., Becher, L.H. & De the tropical and subtropical western Atlantic: First Paula, J.L.T.M. 1991. Algas Marinhas Bentonicas da revision. Nova Hedwigia 116: 1-155. Ilha do Farol, Praia de Caioba, Municipio de Matinhos, Yoneshigue, Y. 1985. Taxonomie et ecologie des algues Parana, Brasil. Arquivos de Biologia Tecnol6gica 34: marines dans la region de Cabo Frio (Rio de Janeiro, 443-453. Bresil). Doucteur de d'Etat-Sciences, Faculte de Silva, P.c., Basson, P.W. & Moe, R.L. 1996. Catalogue of Sciences de Luminy - Universite d'aix Marseille, the benthic marine algae fo the Indian Ocean. University Marseille, 466 p. ofCalifomia Press, Berkeley, 1259 p. Yoneshigue-Braga, Y. 1972. Flora marinha bentonica da South, G.R. & Tittley, I. 1986. A checklist and distributional Baia de Guanabara e cercanias. Ill. Rhodophyta. 2. index ofthe benthic marine algae ofthe North Atlantic Cryptonemiales, Gigartinales e Rhodymeniales. Rio de Ocean. Huntsman Marine Laboratory and British Janeiro, lnstituto de Pesquisas da Marinha, 37 p. (Publicayao 62).