Goritzia Filmes, RT Features, Downtown Filmes, Riofilme E EBX Apresentam
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Goritzia Filmes, RT Features, Downtown Filmes, RioFilme e EBX apresentam Um filme de José Henrique Fonseca Com Rodrigo Santoro | Alinne Moraes | Angie Cepeda Produção Goritzia Filmes | RT Features Distribuição DOWNTOWN FILMES | RIOFILME 106 minutos | Brasil | PB Estreia 30 de Março www.helenofilme.com.br “Sendo Heleno o que está na proa, todo torcedor vai ao estádio como quem leva no bolso um bilhete inteiro de loteria. Porque com Heleno não existe meio-termo; ou, pelo menos, o público não quer isso dele.” Declaração de Gabriel García Márquez, então jornalista do El Heraldo de Barranquilla, quando Heleno jogou na Colômbia “Heleno é um impressionante trabalho que certamente eleva o status de Fonseca e do seu brilhante astro Rodrigo Santoro no cenário do cinema mundial” Trecho da crítica de Kirk Honeycutt no The Hollywood Reporter após première mundial do filme no Festival de Toronto “As cenas do filme são espetaculares, e as sequências de jogo lembram não apenas as cenas de ‘Touro Indomável’, mas também o imediatismo do documentário ‘Zidane: A 21st Century Portrait’, de 2006 .” Trecho da crítica de John Anderson, na Variety, após première mundial do filme no Festival de Toronto FESTIVAIS Festival Internacional de Cinema de Toronto – Setembro de 2011 Seleção oficial do Festival Internacional do Novo Cinema Latino americano de Havana – Dezembro de 2011. Prêmio de melhor ator - Rodrigo Santoro Festival Internacional de Cartagena – Fevereiro de 2012 Festival Internacional de Miami – Março de 2012 APRESENTAÇÃO Talentoso, intempestivo, louco. Um homem que viveu intensamente dentro e fora dos campos de futebol. Esse é Heleno , vivido por Rodrigo Santoro no novo filme de José Henrique Fonseca, que estreia dia 23 de março. Com produção de Goritzia Filmes e RT Features e distribuição da Downtown Filmes, o longa mostra a ascensão e queda do jogador de futebol Heleno de Freitas. Dos anos 1940, auge de sua carreira, ao fim da década de 1950, quando morre em um sanatório, Heleno conta a história de um atleta talentoso que tem a vida destruída por sua arrogância e seu temperamento violento. “Heleno vai direto da glória à tragédia, do céu ao inferno, sem passar por um purgató- rio”, define José Henrique Fonseca. “O filme tenta entender por que ele teve tudo e não conseguiu ser feliz. Sempre me interesso por personagens em situações-limite, em becos sem saída”, diz ele, comparando Heleno ao seu primeiro filme, O Homem do Ano (2003). O ator Rodrigo Santoro conta que ficou fascinado pelo personagem. “Heleno só via sentido em viver o máximo, em se dar 100%. Não tolerava mediocridade. Ele causou efei- to em todos os que o conheceram: até hoje, por amor ou por ódio, todos falam dele de forma apaixonada”, diz Rodrigo, que emagreceu 12 quilos para interpretar o craque no fim da vida. Por Heleno , ele recebeu o prêmio de melhor ator na 33ª edição do Festival de Cinema Latino-Americano de Havana, em Cuba, em 2011. Rodado em 2010 com orçamento de R$ 8,5 milhões, Heleno traz ainda no elenco Alin- ne Moraes, que interpreta Silvia, mulher de Heleno, e a atriz colombiana Angie Cepeda no papel da amante do jogador, a cantora de boate Diamantina. “Os anos transformam Silvia numa mulher sofrida, culpada e frustrada, mas consciente e forte”, descreve Alinne. “Diamantina é muito solitária e ama profundamente aquele homem. É louca como ele, por isso o entende”, defende Angie. O diretor relembra a atmosfera dos anos 40 por meio de uma fotografia em preto e branco, assinada por Walter Carvalho, que evoca os clássicos filmes de Hollywood e o glamour da década de ouro do Rio de Janeiro. No roteiro de José Henrique Fonseca, Felipe Bragança e Fernando Castets, surgem o Heleno mulherengo e boêmio, o craque apaixonado pelo Botafogo e o homem em de- clínio físico e mental, vítima de uma sífilis não tratada. Com o sonho de levar o Brasil à vitória na Copa do Mundo atropelado pela guerra (que causou o cancelamento dos torneios de 1942 e 1946), Heleno vê suas atitudes extremadas o afastarem dos campos de futebol e seu caso extraconjugal o separar da mulher e do filho. A trilha sonora de Berna Ceppas recupera canções da época. “Nosso maior desafio era fazer uma atriz cantar, e a Angie Cepeda se saiu muito bem”, comenta o músico. A direção de arte do filme é assinada por Marlise Storchi e o figurino é de Rita Murtinho. SINOPSE Heleno de Freitas era o príncipe do Rio de Janeiro dos anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho, cheio de glamour e promessas. Nos salões elegantes, Heleno era um homem bonito e charmoso. Nos campos de futebol, era um gênio explosivo e apai- xonado. Ídolo do Botafogo, Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasilei- ro de todos os tempos. Mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida desviaram seu destino em direção a um jornada de glórias e tragédias. SINOPSE CURTA A vida trágica e glamorosa do polêmico jogador de futebol Heleno de Freitas, que, de- pois de ser ídolo durante os anos 40, morreu louco, aos 39 anos. ENTREVISTA | JOSÉ HENRIQUE FONSECA INSPIRAÇÃO Eu sempre fui fascinado por personagens presos em um caminho sem volta, jogados con- tra a parede sem possibilidade de escapatória, como no meu primeiro longa-metragem, O Homem do Ano . Sendo um fanático por futebol desde a infância, me acostumei a ouvir todo tipo de histó- rias sobre Heleno de Freitas; metendo-se em confusões pela cidade e jogando futebol numa Praia de Copacabana isolada, quando o Rio de Janeiro ainda era um paraíso absolu- to, distante do furacão da Segunda Guerra Mundial. Paradoxalmente, foi por causa da Guerra que durante seu auge Heleno nunca pôde competir em uma Copa do Mundo, já que o torneio foi cancelado em 1942 e 1946. Até então, ele havia sido o jogador mais talentoso e apaixonante que o mundo já vira. Mas, por causa de sua dedicação e sua for- ça criativa, ele nunca foi capaz de controlar o seu destino – e a lenda de Heleno permane- ce como uma história de picos eletrizantes e quedas desesperadas. Eu acho que faço fil- mes para examinar vidas como a dele sob o microscópio. DESENVOLVIMENTO Quando o produtor Rodrigo Teixeira me trouxe a história, inicialmente eu não via um filme nela. Mas, depois de ser apresentado aos rascunhos não publicados da biografia de Heleno, eu fiquei tão eletrizado com o pathos de um homem que parecia ter tudo a seu alcance por um período tão curto de sua vida, que decidi de vez fazer o filme e contar sua história. Minha primeira ligação foi para Rodrigo Santoro, um grande amigo com quem eu vinha tentando achar um projeto para trabalharmos juntos. Disse a ele a história de Heleno e falei que só poderia fazer o filme se ele concordasse em viver o personagem. Rodrigo não precisou ler nada. Ele concordou na hora. Nós passamos um tempo enorme pesquisando a vida de Heleno. Além de sua biografia, entrevistamos um bom número de contemporâneos do jogador, pertencentes à cena de Copacabana na época. Hoje, eles têm a idade média de noventa anos. Eu tentei ver Hele- no com olhos frescos e não cair na armadilha de seguir o folclore e as fofocas que rodei- am seu nome. Em relação ao elenco, meu objetivo foi colocar Heleno entre duas mulheres muito fortes. Por conta disso, ficamos encantados de conseguir Angie Cepeda e Alinne Moraes para viverem, respectivamente, sua amante Diamantina, uma cantora de boate que o deixava louco, e sua esposa Silvia, que ficou ao lado do homem que amava pelo tempo que pôde. Juntei também a melhor equipe técnica que podíamos ter no Brasil, começando com o diretor de fotografia Walter Carvalho, a diretora de arte Marlise Storchi, o editor Sergio Mekler e o compositor Berna Ceppas. Todos os outros cabeças de equipe foram os me- lhores e mais dedicados colaboradores em cada passo. NO TRABALHO Eu tenho um processo habitual de trabalhar duro para desenvolver roteiros sólidos, mas, uma vez que o roteiro está completo e os atores e a equipe já o conhecem, coloco-o de lado, concentrando-me na improvisação. Fazendo isso, eu consigo tirar o máximo dos atores e ao mesmo tempo deixo minha sensibilidade aberta para as diversas possibilida- des de me aproximar do material, que inevitavelmente surgem quando o ambiente é receptivo e aberto. Quando os atores chegavam ao set, eu começava imediatamente o ensaio, pedindo que o diretor de fotografia observasse à distância. Após acertar a cena, os atores iam tomar café e se maquiar, enquanto eu e o fotógrafo montávamos nosso plano de cobertura. Eu tenho como regra procurar os melhores takes possíveis, mesmo que isso demande que façamos tudo dez ou vinte vezes. Entendo que muitos atores não gostem de repetir tan- tas vezes a mesma cena, mas se nós não insistíssemos tanto, nunca teríamos alcançado nada que se aproximasse de um vislumbre de perfeição. Achar as locações certas foi um desafio, já que o Rio de Janeiro mudou enormemente nos últimos 60 anos. Eu resolvi não recriar locações – casas de espetáculos, ruas, bares – em estúdios. Por isso, nós esquadrinhamos a cidade tentando encontrar o máximo de loca- ções que permaneceram intactas desde aquele período. Foi um grande prazer descobrir assim uma cidade escondida dentro do Rio de hoje que eu não sabia que existia. Nós fil- mamos partes específicas de diferentes locações espalhadas pela cidade, como se nosso trabalho fosse juntar as peças de um enorme quebra-cabeça. Essas imagens apresentam uma visão única do Rio de Janeiro, que eu espero que o público reconheça na tela.