Banda SINFÓNICA Portuguesa Coros Da Academia De Música De Costa Cabral Orfeão De Rio Tinto Encantus Corus 12:00 SALA SUGGIA
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16 MAR | 2014 Banda SInFÓnICa PortugueSa CoroS da aCademIa de múSICa de CoSta CaBral orFeão de rIo tInto enCantuS CoruS 12:00 SALA SUGGIA Helder Tavares direcção musical Tolga Kashif (arr. Erik Somers) The Queen Symphony [2002; c.57min.] 1. Adagio misterioso – Allegro con brio – Maestoso – Misterioso – Allegro Radio Ga Ga – The Show Must Go On – One Vision – I Was Born To Love You 2. Allegretto – Allegro scherzando – Tranquillo Love Of My Life – Another One Bites The Dust – Killer Queen 3. Adagio Who Wants To Live Forever – Save Me 4. Allegro vivo – Moderato cantabile – Cadenza – A tempo primo Bicycle Race – Save Me 5. Andante doloroso – Allegretto – All marcia – Moderato risoluto – Pastorale – Maestoso Bohemian Rhapsody – We Will Rock You – We Are The Champions – Who Wants To Live Forever 6. Andante sostenuto We Are The Champions – Bohemian Rhapsody – Who Wants To Live Forever Na Fila I nº 5 da Sala Suggia foi colocada uma obra de João Ferro Martins (Mike, 2014) que integra a exposição do Prémio Novos Artistas da Fundação EDP. Nos espaços da Casa da Música, e no âmbito da colaboração com a Fun‑ dação EDP, mostram ‑se outras duas obras: do mesmo artista, Compo‑ sição Conjugal‑Coda e, de João Mouro, Ricas Vidas. Os restantes artistas e obras estão patentes a público na Galeria da Fundação EDP (de 3ª a dom., das 13h às 18h até 23 de Março). MECENAS PROGRAMAS DE SALA PROMOTOR MECENAS CASA DA MÚSICA APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL CASA DA MÚSICA Quem estiver à espera de ouvir meros arranjos orques‑ havia nelas uma profundeza de sentido e lirismo por ex‑ trais das músicas dos Queen vai ter um grande choque! plorar. Quando comecei os primeiros esboços, os temas Imagine um compositor com a imaginação e ousadia originais começaram a fundir ‑se em passagens de forma de um Tchaikovski, um Holst, ou um Mussorgski. Imagi‑ mais longa, enquanto assumiam diferentes contextos e ne que se lhe dá total liberdade com o catálogo comple‑ caracterizações. to de melodias, atmosferas e texturas dos Queen, e uma As gravações originais dos Queen sugeriam natural‑ vasta orquestra e um coro imenso. Então estará perto de mente uma tela orquestral/coral. Camadas sobrepostas imaginar o que dá origem a esta obra. É algo monumen‑ de guitarras assemelhavam ‑se a camadas sobrepostas de tal e bastante ultrajante. O elemento mais excitante é, cordas orquestrais; a diversidade da expressão solo na provavelmente, que o compositor NÃO está de forma al‑ voz e na guitarra – da delicadeza lírica extrema à exube‑ guma sob o nosso controlo – não sente necessidade de rância rapsódica – sugeriam a linguagem do concerto ou usar canções completas, ou mesmo melodias completas, da ópera. As estruturas harmónicas e melódicas faziam a não ser que isso lhe apeteça em qualquer momento. lembrar a forma clássica, com contraponto inteligente‑ Usa fragmentos, pedaços da estrutura musical, e extra‑ mente tecido, enquanto que a progressão dos acordes ia polações livres para fazer as suas próprias pinturas. Tol‑ das influências medievais às românticas. Da mesma for‑ ga Kashif é um homem com a sua própria agenda nesta ma que os temas principais, surgia um subtexto de te‑ Sinfonia, baseada na obra integral que os Queen cons‑ mas secundários: a figura do piano inocente de Bohemian truíram ao longo de 30 anos, mas transportando o mate‑ Rhapsody, o riff de Another One Bites The Dust, o estilo ex‑ rial para um universo completamente novo. pressivo inconfundível no toque de guitarra do Brian... brian may (2002) Primeiro andamento: O motivo de Radio Gaga e o refrão de Show Must Go On formaram a base motívica para o anda‑ mento, embrulhando ‑se numa densa paisagem de cordas The Queen Symphony é uma obra integrada para orquestra e em camadas sobrepostas – inspiradas pela escrita distinti‑ coro na qual desejei expressar a essência original desta gran‑ va de Brian, de guitarras sobrepostas. Eu tinha imagens da de música. Ao procurar reinventar em vez de simplesmente a luta eterna contra as desigualdades, potenciada pela letra orquestrar, descobri que a música dos Queen contém ineren‑ “One world, one vision”. Em contraste, I Was Born To Love temente a linguagem do género clássico moderno. You surge como ‘combustível’ para a salvação. Este projecto foi antes de mais a continuação de uma viagem em curso desde a minha juventude, quando fui primeiramente exposto à música dos Queen. Lembro ‑me One World, One Life, One Vision, One Love de quando ouvi Bohemian Rhapsody pela primeira vez – à Teo Torriate, Teo Torriate espera de entrar no campo de críquete para me bater pela One Heart, One Soul, One Mission, One Love equipa da minha escola, quando um bloco de vozes can‑ Ah, Ah, Ah, Save Me! Save Me! Save Me! tou “Is this the real life?”, vindo de um pequeno rádio so‑ Ah, Ah, Ah, Save Me! Save Me! bre o relvado. Longe de imaginar que uns 25 anos mais And we will live forever, and we will live together, tarde estaria sentado ao piano com uma encomenda da forever, forever, forever! EMI Classics para compor uma sinfonia inspirada por tal One Race, One Hope, One Mission música intemporal – música que faz parte da consciência Ah! Ah! One with the Show! colectiva desde há uns trinta anos. Juntamente com os seus contemporâneos David Bowie e Genesis (para mencionar apenas dois), os Queen fa‑ Segundo andamento: O lírico Love Of My Life deu origem ziam parte de uma nova onda radical que desafiava as a um tratamento concertístico clássico/pastoral do pia‑ fronteiras da música popular. Eram a personificação de no, que é invadido por Another One Bites The Dust e Killer uma expressão artística crua que se apresentava através Queen como um retrato humorístico de um duo ameaça‑ de gravações e actuações meticulosamente trabalhadas, dor conjurando uma tempestade! que se mantêm para nós um legado indispensável e uma oferenda para as gerações futuras. Sob várias perspecti‑ Terceiro andamento: O suspirante Who Wants To Live Fo‑ vas, a música dos Queen está embutida na justaposição rever é um diálogo elegíaco entre o violino e o violonce‑ dos géneros clássico e rock; o som pode ser de cariz rock lo contra uma paisagem orquestral lúgubre. É concluí‑ mas, quando despido até aos seus componentes base, o do por um curto epílogo que aponta para a resolução na núcleo contém uma base temática tão válida para um tra‑ conclusão da Sinfonia. tamento sinfónico como qualquer obra neste género. É difícil exprimir em palavras o factor composicional Quarto andamento: Bicycle Race inspirou este andamen‑ nesta obra, mas a improvisação e visualização estive‑ to frenético, no qual visualizei o vídeo da canção. No en‑ ram no centro do processo. A pesquisa inicial cedo reve‑ tanto, aqui a reviravolta é que os participantes fogem lou não apenas que eu conhecia muito mais letras e me‑ para o centro da cidade onde impera o caos. lodias dos Queen do que imaginava, mas também que Quinto andamento: Abre com um desfile de grandes mo‑ Foi docente na Academia de Música de Paredes e de mentos dos Queen: Mama, Just Killed A Man…, We Will Rock Santa Maria (Santa Maria da Feira), ESPROARTE, ARTA‑ You, Scaramouche – todos caracterizados por uma roupa‑ VE, CCM e Conservatório de Música da Maia. Ensina ac‑ gem estilística que culmina no triunfante We Are The Cham‑ tualmente na Academia de Música de Paços de Brandão pions e numa reinterpretação de Who Wants To Live Forever. e no Conservatório de Música de Fornos, e tem orienta‑ do vários cursos de aperfeiçoamento. Frequentou cursos de direcção de orquestra com os Lacrimosa, Lacrimosa maestros Osvaldo Ferreira, Alexander Polishchuk e Dou‑ Lacrima, Dolor, in trematati, Dolore glas Bostock (Orquestra Sinfónica de Aargau); na ver‑ O Eya, Eya O, A Eya, Oya, Oya tente de direcção de orquestra de sopros, realizou cur‑ Mama! Mama! sos com Jan Cober, Eugene Corporon e Douglas Bostock. Misericordia Estreou ‑se como maestro com a Orquestra de Jovens do Mama! Misericordia Concelho de Santa Maria da Feira, em 2003, tendo entre‑ In Le Morate Misericordia tanto dirigido o “IV Estágio Nacional de Orquestra Sin‑ fónica” no Conservatório de Música de Fornos (2009) e a orquestra sinfónica deste conservatório (2010), e ain‑ Sexto andamento: Tem um título não oficial, “Homage”, da o primeiro flash mob da Banda Sinfónica Portugue‑ que se baseia em mais uma recapitulação de Who Wants sa (2012). Com a Banda de Música da Cidade de Espi‑ To Live Forever. Este, espero, explica ‑se por si próprio! nho, foi premiado no Concurso Internacional de Bandas Ateneu A. Vilafranquense. Actualmente é director artís‑ tico do Clarinetíssimo Ensemble, grupo do qual é co‑ Donna Nobis Pacem ‑fundador, e da Banda de Música da Cidade de Espinho Mama Dona Nobis Pacem desde 2005. É membro fundador do otetrauQ – Quarteto Who wants to live forever? de Clarinetes e colabora regularmente com a Banda Sin‑ Forever’s our today! fónica Portuguesa. And we will live forever, Live forever, as one Gravou 2 CDs, com o Clarinetíssimo Ensemble e com a We are the champions my friends Banda de Música da Cidade de Espinho. Friends forever, forever Mama, Forever, Forever, Ah Salva Me! Forever, Forever, Evermore banda sinfónica portuguesa tolga kashif (2002) Sedeada no Porto, a Banda Sinfónica Portuguesa foi cria‑ da em Novembro de 2004 por um grupo de cerca de 70 jo‑ vens instrumentistas. Helder Tavares direcção musical A BSP teve o seu concerto de apresentação no dia 1 Ja‑ neiro de 2005 no grande auditório do Teatro Rivoli do Helder Tavares iniciou os estudos musicais na Acade‑ Porto, onde também gravou o seu primeiro CD, tendo en‑ mia de Música de Paços de Brandão e prosseguiu ‑os em tretanto recebido um importante apoio por parte da Cul‑ Oliveira de Azeméis (com Domingos Freitas), na Escola turporto e mais tarde da PortoLazer na divulgação e ex‑ Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto pansão do seu projecto.