Universidade Presbiteriana Mackenzie Elisabete Barbosa Castanheira

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Universidade Presbiteriana Mackenzie Elisabete Barbosa Castanheira UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE ELISABETE BARBOSA CASTANHEIRA CIDADE: POROSIDADE, PROPOSIÇÃO E PRÁTICA. CARTOGRAFIA DE POTENCIALIDADES CRIATIVAS E SOCIALMENTE INOVADORAS NO CENTRO EXPANDIDO DE SÃO PAULO São Paulo 2020 i ELISABETE BARBOSA CASTANHEIRA CIDADE: POROSIDADE, PROPOSIÇÃO E PRÁTICA. CARTOGRAFIA DE POTENCIALIDADES CRIATIVAS E SOCIALMENTE INOVADORAS NO CENTRO EXPANDIDO DE SÃO PAULO Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como requisito parcial para a obtenção do grau de doutora em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Professor Doutor Carlos Leite de Souza São Paulo 2020 ii C346c Castanheira, Elisabete Barbosa. Cidade: porosidade, proposiçăo e prática: cartografia de potencia- lidades criativas e socialmente inovadoras no centro expandido de São Paulo / Elisabete Barbosa Castanheira. 318 f. : il. ; 30 cm Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2020. Orientador: Carlos Leite de Souza. Bibliografia: f. 210-216. 1. Urbanismo. 2. Inovaçăo Social. 3. São Paulo. 4. Apropriaçăo (urbanismo). 5. Criatividade. I. Souza, Carlos Leite de. II. Título. CDD 711 Bibliotecária responsável: Paola Damato CRB-8/6271 iii iv v Para Papai, com todo o meu amor. vi AGRADECIMENTO Muito tenho a agradecer! O primeiro e maior agradecimento é para Papai e Mamãe. Mesmo não estando mais aqui sei que estão felizes por mais esta etapa concluída. Ao Papai, muito especialmente (que se foi no percurso do presente trabalho), o meu eterno agradecimento e amor. Agradeço também ao Tatá, meu filho amado, pela interlocução cada vez mais lúcida e melódica. Agradeço aos professores do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e, deste grupo, agradeço muito especialmente ao meu orientador, Prof. Dr. Carlos Leite, pela generosidade e pela troca. À Profª Eunice Helena S. Abascal, ex-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o meu mais profundo reconhecimento. Ao Mackenzie agradeço o apoio financeiro por meio da bolsa concedida (Bolsa Mackenzie – Modalidade Isenção Integral). Aos queridos amigos da UNISOL que mais do que sonhar, ousam concretizar caminhos para uma nova economia, mais justa e solidária: a Economia Solidária, o meu muito obrigada. Ao Design Possível, na pessoa de Ivo Pons, que me apresentou a esse novo universo e me permitiu fazer parte dele, um muitíssimo obrigada, extensivo às queridas Julia Asche e Natália Toledo. Um enorme agradecimento a@s querid@s: Isadora Candian, Leonardo Pinho, Vicente Armonia, Celiane Rodrigues, Tays Ulisses e Jaqueline. Um especialíssimo muito obrigada à equipe do projeto Economia Solidária como Estratégia de Desenvolvimento na pessoa da sua queridíssima coordenadora, Alice Naomi Takahashi Nishikiori, por todo o carinho e apoio num momento tão sensível da minha vida. vii O meu agradecimento aos colegas de docência, nas instituições Estácio e UNISA, muito especialmente, aos meus coordenadores queridos, Nathalia Mara Lorenzetti Lima, Paulo Eduardo Borzani Gonçalves e Olga Maria Lodi Rizzini, um carinhoso e expressivo muito obrigada. À Associação Brasileira de Promoção do Design e Inovação Objeto Brasil, na pessoa de sua diretora, Joice Joppert Leal, um enorme agradecimento pelo apoio geral e irrestrito. O agradecimento também é transatlântico. Zézinha, Natália, Carlos, o meu mais profundo reconhecimento e agradecimento por tudo, sempre. À Ivone, querida amiga, um especial agradecimento pela valiosa contribuição e disponibilidade. À querida Sofia pela ajuda especial e derradeira. Aos amigos do Mackenzie, Fê, Carol, Andraci e Rodrigo, um enorme agradecimento pelo companheirismo nessa empreitada! E, por fim, cabe um especialíssimo muito obrigada aos coletivos Associação Parque Minhocão, Cidade Ativa, Coletivo Bijari, Formiga-me, Horta das Corujas, Mão na Praça, Microtopia, Ocupe & Abrace e (Se)Cura Humana que, tão gentilmente, participaram desta pesquisa. Mais do que agradecer a paciência no preenchimento do questionário, agradeço por compartilharem o arrojo de empreender uma cidade melhor. Muito, muito, muito obrigada. viii O homem está na cidade como uma coisa está em outra e a cidade está no homem que está em outra cidade Poema Sujo Ferreira Gullar ix RESUMO A percepção da cidade como espaço possível de ser apropriado e transformado, em microescala, a partir da iniciativa do cidadão que, articulado em rede, amplia o alcance de sua potência individual transformando-a em coletiva, constitui uma das muitas possibilidades de análise do espaço urbano contemporâneo. Nesta perspectiva, o presente trabalho apresenta um mapeamento de ações de base no centro paulistano. Em uma leitura que busca aporte no referencial teórico do pensamento sobre o direito à cidade, nas reflexões acerca das manifestações de junho de 2013 e no conceito de inovação social busca-se discutir a motivação, o processo e o produto vinculados ao surgimento de inúmeras iniciativas coletivas de apropriação urbana. A partir de um levantamento de coletivos, instalados no centro expandido de São Paulo, que materializam transformações na cidade, foi estabelecido um mapeamento possível e, posteriormente, levantados dados complementares a partir de questionários online. Organizadas entre pares e articuladas em rede (e pela rede) as iniciativas procuram promover a reflexão sobre o espaço urbano, sobre o protagonismo do cidadão, sobre a proatividade coletiva que efetiva a inovação social e, por consequência, a transformação do espaço urbano em microescala. O marco da ocupação da cidade em junho de 2013 deixa entrever, por meio do posterior surgimento de um conjunto de ações socialmente inovadoras, a construção de uma postura distinta na relação cidadão/cidade. Palavras-chave: Inovação, Inovação Social, Urbanismo Tático, Apropriação Urbana, Design Urbano. x ABSTRACT The city can be perceived as a place that is susceptible to both appropriation and transformation. Looking through the microscale, that starts with the citizen’s own initiative. Articulated between its own connections, the city broadens the reach of its individual potential, inviting the matter to be handled collectively. When it comes to analyzing the urban contemporary space, this interpretation constitutes one of many other possible tracks of thought. Within this perspective, this current article presents an action map based on São Paulo’s city center. The following interpretation and its theoretical references are anchored on the realms of city access rights, reflections upon the June 2013 manifestations and the concept of social innovation. It aims to discuss motivation and the process/products leading to the outbreak of numerous collective initiatives for urban appropriation. A survey was conducted, in the expanded city center, to find the collectives that accomplish concrete transformations for the city’s sake. A map was also made for, posteriorly, filling it in with complementary data obtained through online questionnaires. Organized in pairs, articulated between their connections (and by their connections), the initiatives aim to promote a reflection upon the urban space, tackling the citizen’s protagonism into it. It also tackles collective proactivity which effectivates social innovation, consequently transforming the urban space in microscale. What the June 2013 city occupation hints at, taking into consideration the posterior outbreak of socially innovative actions, is building a new, distinct citizen/city standard. Keywords: Innovation, Social Innovation, Tactical Urbanism, Urban Appropriation, Urban Design. xi LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 | Manifestações Junho 2013 ........................................................................................... 2 Figura 2 | Projeto Olha o Degrau .................................................................................................. 3 Figura 3 | Projeto Boa Praça ......................................................................................................... 3 Figura 4 | MASP............................................................................................................................. 8 Figura 5 | MST ............................................................................................................................. 53 Figura 6 | Divulgação Manifestações de Junho/ 2013 ................................................................ 54 Figura 7 | Marca Movimento Passe Livre ................................................................................... 55 Figura 8 | Conexão 2P2 ............................................................................................................... 59 Figura 9 | Manifestações Junho/2013 ........................................................................................ 61 Figura 10 | A liberdade guiando o povo...................................................................................... 67 Figura 11 | Linha do Temp | Movimentos Sociais ...................................................................... 70 Figura 12 | Hacker Citizen ........................................................................................................... 76 Figura 13 | Hacker Citizen ........................................................................................................... 77 Figura 14 | Hacker Citizen | Palette Rails ..................................................................................
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