Estado, Império E Exploração Econômica No Egito Do Reino Novo
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA FÁBIO AFONSO FRIZZO DE MORAES LIMA ESTADO, IMPÉRIO E EXPLORAÇÃO ECONÔMICA NO EGITO DO REINO NOVO NITERÓI 2016 FÁBIO AFONSO FRIZZO DE MORAES LIMA ESTADO, IMPÉRIO E EXPLORAÇÃO ECONÔMICA NO EGITO DO REINO NOVO Tese apresentada ao Curso de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense como requisito para obtenção do Grau de Doutor. Área de Concentração: História Social. Orientador: Prof. Dr. Ciro Flamarion Cardoso / Prof. Dr. Mário Jorge da Motta Bastos Coorientadora: Profa. Dra. Andrea Paula Zingarelli Niterói 2016 Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá F921 Frizzo, Fábio. Estado, império e exploração econômica no Egito do Reino Novo / Fábio Afonso Frizzo de Moraes Lima. – 2016. 401 f. : il. Orientador: Ciro Flamarion Santana Cardoso. Orientador: Mário Jorge da Mota Bastos. Orientadora: Andrea Paula Zingarelli. Tese (Doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. Departamento de História, 2016. Bibliografia: f. 330-354. 1. Egito antigo. 2. Estado. 3. Imperialismo. 4. Economia política. 5. História do Egito. I. Cardoso, Ciro Flamarion S., 1942-2013. II. Bastos, Mário Jorge da Motta, 1963-. III. Zingarelli, Andrea Paula. IV. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. V. Título. FÁBIO AFONSO FRIZZO DE MORAES LIMA ESTADO, IMPÉRIO E EXPLORAÇÃO ECONÔMICA NO EGITO DO REINO NOVO Tese apresentada ao curso de Pós- Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de doutor. Área de concentração: História social. BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Mário Jorge da Motta Bastos – Orientador Universidade Federal Fluminense Profa. Dra. Andrea Paula Zingarelli – Coorientadora Universidad Nacional de La Plata Prof. Dra. Maria Thereza David João Universidade de São Paulo Profa. Dra. Nely Feitoza Arrais. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Profa. Dra. Sônia Regina Rebel de Araújo Universidade Federal Fluminense Prof. Dr. Alexandre Santos de Moraes Universidade Federal Fluminense Niterói 2016 Àqueles que me trouxeram até aqui: Tania Frizzo e Ciro Cardoso (in memoriam) AGRADECIMENTOS "A arte é fazer parte, não ser dono". Emicida, Mufete (2015) Se, como dizia Brecht em seu Perguntas de um operário que lê, não foram os reis que construíram a Tebas das Sete Portas ou que o jovem Alexandre não conquistou as Índias sem um cozinheiro, tampouco esta tese é um trabalho só meu. Pelo contrário, cada um dos agradecidos e agradecidas, além de muitos outros e outras que infelizmente não constam aqui por falta espaço ou memória, tem suas parcelas de trabalho solidificadas nestas páginas. Antes de tudo, havia minha mãe. Ela, que nunca mediu sacrifícios para que eu tivesse a melhor educação escolar possível e para que eu me apaixonasse pelos livros, é a maior responsável por qualquer resultado que eu produzir com meus estudos. Esta dissertação é, mais do que qualquer coisa, o coroamento dos seus esforços na luta que é ser mulher e mãe neste mundo, contra jornadas de trabalho duplas e uma estrutura patriarcal que a colocou na posição solitária de abrir mão de qualquer coisa para sua prole. Você venceu essa luta me trazendo até aqui e, mais do que grato, sou orgulhoso do seu exemplo de força! O segundo grande responsável por este trabalho foi Ciro Cardoso, mentor, modelo inatingível de intelectual e meu patrono na pesquisa historiográfica. Minha tese é mais uma entre as muitas conquistas do labor e da paixão do Ciro pelo magistério. Amigo até suas últimas horas, infelizmente, após mais de dez anos de trabalho conjunto, ele não pôde ler e criticar estas linhas, mas esteve presente em cada segundo da elaboração delas, materialmente ou em minhas memórias. Sou grato por cada conversa (mesmo aquelas que duravam horas ao telefone), porque todas eram aulas, independente dos assuntos; por cada indicação musical, literária e cinematográfica; por cada piada de seu humor que misturava um toque infantil com uma mordacidade aguçada; por cada bronca e cada incentivo; por cada brinde e cada prato. O maior objetivo que posso alcançar com meu trabalho é que ele seja reconhecido como parte de uma tradição "flamariônica" de pensar a história e o Egito Antigo. Camila, que ainda não havia surgido e tanto demorou a chegar, mais do que coautora desta tese, é coautora de mim. Sou ela em cada uma de minhas palavras e continuo querendo ser cada vez mais. Não há mais eu, há nós: ela, eu e o pequeno Menezes. Para isto, não existe gratidão suficiente. Marcelo, Elaina, Caio e João me ensinaram o que é ter uma família no cotidiano. Foram, nos últimos dez anos, a rede de suporte com quem sempre pude contar, emocional e materialmente. Nos últimos anos, esta rede foi acrescida da presença de Renan Pinheiro e Aline Trentini, que sempre se mostraram interessados e preocupados em contribuir com este trabalho, em especial nos momentos necessários de folga ou nas duras horas de estudo em praias paradisíacas. Mario Jorge foi, acima de tudo, o irmão mais velho que a universidade me deu. Ele transformou todo o processo de formação em uma experiência demasiadamente humana, ensinando, aprendendo, construindo em conjunto tijolo por tijolo. Foi ele que esteve lá em cada momento fácil ou difícil; que encarou herdar uma orientação sobre um assunto que lhe era quase totalmente estranho; que me empurrou em cada insegurança e me conteve em cada alucinação, sempre da maneira mais cuidadosa. É também um exemplo de professor e, em muitos sentidos, este trabalho também é fruto do seu sucesso nessa carreira que lhe é vida. Andrea Zingarelli me abraçou quando estava perdido. Seu carinho, paciência e humildade são inspiradores. Obrigado por me acolher; por me receber na Argentina; por vir ao Brasil; por suportar minha desorganização; por acreditar no meu trabalho; por cada discussão e indicação; por me incentivar e por ser essa pessoa tão meiga e afetuosa. Eu não poderia ter tido uma melhor orientação na Egiptologia sem nenhuma dúvida! Zé Knust e Paulo Pachá sofreram e cresceram com cada momento deste doutorado em conjunto comigo, desde a seleção até as defesas, passando por intermináveis e constantes debates, críticas, leituras e discussões. Eu sinceramente não saberia definir quais das ideias deste trabalho foram minhas e quais foram apropriações deles. Zé foi companheiro de viagem, de orçamento e de pirataria; pé no chão, muitas vezes era a voz da razão que se impunha nos debates acirrados e entrincheirados, ajudando a perceber quando eu já discordava até de mim mesmo. Paulo foi, provavelmente, o maior interlocutor desta tese. Em pelo menos um semestre de trabalho e convivência diária ele constantemente foi responsável por me fazer ver melhor o que eu somente vislumbrava. Sem ele, suas ideias, suas indicações e nossas discussões meu trabalho seria muito mais complicado. Se não fosse sua estranha mania de descobrir como as pessoas trabalham, eu não teria tido acesso a ferramentas fundamentais pra construção desta tese. Difícil não me sentir oprimido pela capacidade intelectual dos dois, Zé e Paulo, ainda mais no ambiente tão competitivo e hostil da pós-graduação. Só com a amizade e o companheirismo desses muitos anos pra transformar esse quadro em uma realidade de construção verdadeiramente coletiva. Obrigado a vocês por isso, qualquer passo meu, é nosso! Ao Mário, Zé e Paulo se juntam os demais companheiros e companheiras da macacada do NIEP-Marx-PréK, que foram imprescindíveis na minha formação acadêmica e na minha paixão pelo que estudo. Renato Silva, que longe se fez próximo, continua a ser meu favorito pra disputa de melhor pessoa do mundo e é aquele cuja sensibilidade sempre me serve como norte; Gabriel Melo, cuja paixão e o talento inspiradores acabaram o levando a deixar a vida para entrar na História e, em seguida, deixar a História para entrar na arte; Eduardo Daflon, com sua juventude e inquietação inquebrantáveis; Uiran, virou o amigo importado de Tucanistão e foi importante em cada debate, fosse sobre história, quadrinhos, cinema, política, além de ter encarado a correria do Natal em Oxford pra copiar um livro pra mim – São Didico o abençoe!; Thiago Magela e seu entusiasmo que só perdeu em presença pra sua ausência em viagens (obrigado pelas dicas com as milhas!); Daniel Tomazine, que nunca me deixou esquecer do papel da militância política; João Cerineu, que divide comigo a carreira no magistério empresarial e foi fundamental em seus esforços pioneiros nas discussões sobre Estado pré-capitalista numa perspectiva orientada pelas concepções gramscianas; Maria Thereza, que chegou pra não me deixar sozinho; Fabio Morales e sua crise com as muretas; além de todos e todas os novos integrantes, que espero que tragam vida para este grupo já meio cansado. Dentro do universo da Egiptologia tive várias surpresas agradáveis com muita gente disposta a me ajudar e interessada pelo meu trabalho, que seria impossível sem várias dessas contribuições. Aqui no Brasil a área passa por um momento interessantíssimo, talvez o mais dinâmico de sua história, com vários jovens pesquisadores e pesquisadoras talentosos e discussões sérias. Sinto-me bem afortunado de conviver com alguns. A primeira a aparecer foi a Maria Thereza João, que se constituiu comigo e que teve a coragem de ouvir, acreditar, contribuir, construir coletivamente e defender várias das ideias aqui presentes em sua própria tese! Suas perguntas, suas respostas e as questões que apareceram em sua banca foram muito importantes para aprimorar minhas posições. No fim, tudo isto contribuiu para sua participação na banca avaliadora deste trabalho, onde ela foi capaz de sintetizar questões fundamentais e exercer o olhar crítico que a fez presente na maioria da minha vida acadêmica. Rennan Lemos é, sem dúvidas, o grande nome dessa geração. Pesquisador sério, comprometido, trabalhador, dedicado e sempre aberto ao debate, Rennan é, como costumo dizer, "the chosen one to bring balance to the force" na Egiptologia nacional.