Arbitration Review
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ARBITRATION 02 REVIEW Jurisprudência comentada de 2017 Autores Ana Coimbra Trigo Associada PLMJ António Pedro Pinto Monteiro Associado Sénior PLMJ Betyna Heidrich Jaques Associada PLMJ Carla Góis Coelho Associada Coordenadora PLMJ Iñaki Carrera Associado PLMJ Joana Schmid Moura Associada PLMJ João Tornada Associado PLMJ José-Miguel Júdice Sócio PLMJ Leonor Caldeira Associada PLMJ Mariana Carvalho Associada PLMJ Mariana França Gouveia Sócia PLMJ Pacôme Ziegler Associado Coordenador PLMJ Telma Pires de Lima Associada Coordenadora PLMJ Tiago Duarte Sócio PLMJ Índice PACÔME ZIEGLER Étendue du contrôle du juge de l’annulation quant au grief de violation de l’ordre public international: des indices précis et concordants d’un revirement jurisprudentiel (Commentaire des arrêts rendus le 21 Février 2017 et 16 Mai 2017 par la cour d’appel de Paris et le 13 1 Septembre 2017 par la Cour de Cassation) P.9 MARIANA FRANÇA GOUVEIA Adverse Inferences – To draw or not to draw 2 (Cour d’appel de Paris, 28 Février 2017) P.15 TIAGO DUARTE Um campo de golfe na China e uma arbitragem que não chegou a tempo 3 (Ansung housing co, ltd v. Rep. Popular of China de 9 de março de 2017) P.23 IÑAKI CARRERA Producción de documentos: breve comentario sobre el caso Mobil c. Venezuela 4 (Comité ad hoc CIADI, 09 de Marzo de 2017) P.31 TELMA PIRES DE LIMA O dever de fundamentação na sentença arbitral 5 (Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 16 de março de 2017) P.37 MARIANA CARVALHO Alocação de custos em arbitragem – Haverá luz ao fundo do túnel? 6 (Acórdão do Tribunal da relação de Lisboa de 16 de março de 2017) P.43 JOSÉ-MIGUEL JÚDICE / JOÃO TORNADA The separability of arbitration agreements in public tenders: Do birds of a (different) feather flock (and fall) together? 7 (Portuguese Supreme Court of Justice´s Judgment of 6 April 2017) P.51 BETYNA HEIDRICH JAQUES O caso abengoa: Indícios de uma nova política na homologação de sentenças arbitrais estrangeiras? 8 (SEC NO. 9.412/US do STJ Brasileiro de 19 de abril de 2017) P.63 ANTÓNIO PEDRO PINTO MONTEIRO O due process na arbitragem desportiva do TAS/CAS – Sentido, alcance e (frequentes) confusões na matéria 9 (Acórdão do Tribunal Federal Suíço de 25 de julho de 2017) P.71 ANA COIMBRA TRIGO Expedited procedures: A party autonomy paradox in the making? 10 (Shanghai no. 1 intermediate people’s court judgement of 11 August 2017) P.89 JOANA SCHMID MOURA „Bitte ein Bit?“ Die (un)vereinbarkeit von schiedsklauseln in intra-EU bits mit dem unionsrecht (Von den schlussanträgen des generalanwalts Wathelet bis zum urteil des eughs in der rechtssache c-284/16 Slowakische Republik / achmea bv) “To Bit or not to Bit?” The (in)compatibility of arbitration clauses in intra-EU bits with EU law (From the opinion of advocate general Wathelet to the Judgment of the Court of Justice in case 11 c-284/16 Slovak Republic v achmea bv) P.105 CARLA GÓIS COELHO / LEONOR CALDEIRA A condenação genérica em processo arbitral 12 (Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 09 de novembro de 2017) P.127 Prefácio Pedro Metello de Nápoles Um ano depois do lançamento do primeiro número da PLMJ Quanto à profundidade, apostámos na especialização, na Arbitration Review (Revista PLMJ Arbitragem) e tendo recebido colaboração com equipas internacionais, e fomos buscar do José Miguel Júdice, no início deste ano, a coordenação da advogados à academia. equipa de arbitragem, cabe-me agora prefaciar este número dois. Esta revista traduz esse esforço: 12 artigos escritos por 14 advogados, números bem reveladores da aposta na arbitragem. É sempre mais fácil seguir as pisadas dos outros, pelo que teria a tarefa simplificada, não fosse o facto de as pisadas em Finalmente, sendo muitas das decisões comentadas proferidas causa serem do José Miguel. por Tribunais judiciais, pretende-se também chamar a atenção para indissociabilidade das duas jurisdições e para a necessidade Embora a iniciativa da revista e a dinamização do projeto de trabalharem em conjunto. tenham partido do António Pedro Pinto Monteiro e do Iñaki Carrera, nada disso teria sido possível não fosse a visão do A arbitragem pode dar – e já dá – um contributo importante José Miguel. para a racionalização de meios de resolução de litígios, mas esse contributo só pode funcionar dentro dos limites definidos Foi o José Miguel que achou que fazia sentido criar uma equipa na lei e garantidos pelos Tribunais. especializada apenas em arbitragem, separada do resto do contencioso, com capacidade para lidar com processos de Afinal, aquilo que as duas jurisdições prosseguem é o mesmo: qualquer dimensão e com profundidade. Justiça. Quanto à capacidade, em cinco anos multiplicámos por cinco a equipa inicial, com advogados de várias nacionalidades, com capacidade de trabalho em várias línguas, para além de contarmos com mais uma dezena de advogados de outras áreas, com presença forte na arbitragem. Lisboa, 26 de outubro de 2018 Introdução António Pedro Pinto Monteiro Iñaki Carrera Após um ano do lançamento do n.º 1 da PLMJ Arbitration Review Ao mesmo tempo, não foi esquecida a pedra angular da arbi- (Revista PLMJ Arbitragem), cabe agora publicar o n.º 2 que se tragem: a convenção de arbitragem. Um contrato que não foi centra na jurisprudência referente ao ano de 2017. Nele são assinado, mas que contém uma cláusula compromissória, pode analisados e comentados 14 acórdãos: 4 acórdãos nacionais ser submetido à via arbitral? A resposta passa necessariamente (Supremo Tribunal de Justiça e Tribunal da Relação de Lisboa) pela análise da teoria da separabilidade da cláusula compro- e 10 internacionais de diversas jurisdições (França, Suíça, Brasil, missória e do contrato, tal como nos demonstra José Miguel Shanghai, Tribunal de Justiça da União Europeia, um acórdão Júdice e João Tornada. do tribunal arbitral ICSID e outro do Comité Ad-Hoc ICSID). Os comentários foram redigidos em português, espanhol, francês, Foi também analisado, por António Pedro Pinto Monteiro, o tão alemão e em inglês, sendo cada comentário, naturalmente, da importante princípio do direito ao processo equitativo (due exclusiva responsabilidade de cada autor, não refletindo a posição process) no âmbito da arbitragem desportiva. Será que o acórdão dos restantes autores (ou da equipa de arbitragem da PLMJ). do Tribunal Federal Suíço, sob anotação, configura um caso do chamado due process paranoia? De entre os vários (e controvertidos) temas de arbitragem abor- dados no n.º 2 da Revista, e seguindo uma ordem cronológica das A Revista não estaria completa sem o comentário de Betyna datas dos acórdãos, começamos por destacar o tema da ordem Jaques sobre o caso Abengoa (que marcou o ano de 2017) e pública internacional e da corrupção em dois acórdãos da Cour a sua relevância para o tema dos conflitos de interesses de d’appel de Paris e um da Cour de Cassation, todos comentados árbitros, da análise da ordem pública por parte dos tribunais em francês por Pacôme Ziegler. Este comentário volta a temas judiciais brasileiros e o reexame do mérito por uma má apli- abordados no n.º 1 da Revista sobre a tão importante temática cação da lei. do poder de revisão dos tribunais judiciais no âmbito da ação de anulação. Estaremos perante uma alteração de paradigma Cabe também frisar que a equipa de arbitragem da PLMJ no que toca à revisão do mérito das decisões arbitrais? mantém o seu foco na experiência asiática, tendo Ana Coimbra Trigo analisado questões relacionadas com as expedited pro- Mariana França Gouveia, por sua vez, trouxe o tema das in- cedures, o direito de escolha do número de árbitros e o reco- ferências negativas. Qualquer advogado teme que os efeitos nhecimento e execução de sentenças arbitrais na China. negativos de comportamentos processuais possam ter uma influência negativa na decisão arbitral, sobretudo no que toca Por último, Carla Góis Coelho e Leonor Caldeira analisaram à produção de documentos. o tema das sentenças arbitrais genéricas e da liquidação de sentença. Quem já não teve um caso em que o tribunal arbitral Atendendo ao seu caráter internacional, a Revista não podia, se demite da difícil tarefa de quantificação de danos e remete naturalmente, deixar de comentar acórdãos sobre arbitragem para liquidação de sentença? de investimento. Neste sentido, Tiago Duarte analisou a primeira arbitragem de investimento contra a República Popular da China Com um leque de temas tão completo e variado, o n.º 2 da e Joana Schmid Moura os temas relacionados com a célebre PLMJ Arbitration Review prossegue, novamente, dois objetivos arbitragem Achmea, tendo em conta a recentíssima Decisão do fundamentais: 1) dar à jurisprudência o devido destaque e Tribunal de Justiça da União Europeia proferida em 06.03.2018. atenção que ela merece, assim contribuindo para uma maior perceção dos principais problemas e questões de arbitragem Iñaki Carrera analisou os poderes dos tribunais arbitrais no que se encontram a ser discutidos, quer nos tribunais estaduais, âmbito dos pedidos de produção de documentos, nomeada- quer nos tribunais arbitrais; 2) contribuir para o avanço da mente no que respeita à liberdade de aferir se um documento ciência e formação em arbitragem (no meio profissional e é relevante ou útil para a decisão da causa. A parte insatisfeita académico), partilhando o know-how e experiência da equipa pode tentar anular a decisão arbitral tendo em conta este poder, derbitragem da PLMJ. que parece discricionário? Por fim, os coordenadores da Revista gostariam de agradecer: Não se podia deixar de tratar do tema – que será sempre eterno (i) à Senhora Provedora de Justiça, Professora Doutora Maria – da violação do dever de fundamentação, ligada à questão Lúcia Amaral, pela honra de ter procedido à apresentação do de saber se este dever é igual ao de um tribunal estadual e n.º 2 da PLMJ Arbitration Review; (ii) a todos os Autores pelos se deve ou não ter presente as normas do Código de Processo seus valiosos contributos; (iii) à Fundação PLMJ pelas imagens Civil que o densificam.