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Cultura Castreja, Idade Do Ferro Página 1 De 2 Cultura Castreja, Idade do Ferro Página 1 de 2 ARQUEO.ORG — O PORTAL DA ARQUEOLOGIA IBÉRICA, SEM OBSCURANTISMO E RELIGIOSIDADE « IDADE DO FERRO CULTURA CASTREJA Cultura castreja Reconhecida pelos seus povoados amuralhados no topo de montes, com casas circulares, e pela sua cerâmica, esta cultura termina com a aculturação romana e com a movimentação das populações para a planície litoral, onde a forte presença dos Romanos, a partir de século II a.C., é visível nos vestígios das villas romanas. Citânia de Sanfins. Foto de Isidro Vila Verde Um castro é um tipo de povoado existente na Península Ibérica, característico da Idade do Ferro, de tipo defensivo, com estruturas predominantemente circulares, revelando desde cedo a implementação de uma «civilização da pedra», quer nas zonas de granito ,quer nas de xisto. Uma cividade (substantivo feminino antigo de cidade) ou citânia é um castro de maiores dimensões e importância, habitado continuamente. Além de terem relevância militar, eram também centros comerciais e artesanais. Castros e citãnias, em Portugal e Espanha A cultura castreja do Noroeste peninsular apresenta uma forte personalidade no quadro da Proto-História europeia. A sua originalidade foi já reconhecida pelos autores clássicos, em especial pelo historiador e geógrafo grego Estrabão (64-63 a.C. – 24-25 d.C.), do tempo dos imperadores Augusto e Tibério. Durante o desenvolvimento da Cultura Castreja, que percorre o I. Milénio a.C., desde pequenos povoados do final da Idade do Bronze até ao aparecimento de grandes aglomerados urbanos, no final da Idade do Ferro, com a Citânia de Briteiros, esta cultura conheceu, do mesmo modo que as civilizações europeias congéneres, importantes inovações, que determinam os aspectos económicos, sociais e espirituais mais marcantes desta "primeira Europa": • complexificação e hierarquização da sociedade e a problemática das origens do Estado; • movimentos migratórios e as relações entre os povos, com o alargamento dos intercâmbios de longa distância, atlânticos, mediterrânicos e continentais, relacionados com a Antiguidade clássica e o mundo céltico; • formação de famílias linguísticas e a identificação de entidades étnicas proto-históricas, ainda não conhecedoras da escrita mas contemporâneas de outras civilizações que a utilizavam; • processos de proto-urbanização e urbanização; • especialização do artesanato, nomeadamente na metalurgia e na cerâmica; Cultura Castreja, Idade do Ferro Página 2 de 2 • aparecimento de um novo reportório de expressões simbólicas da predominância masculina, como se evidencia na arte castreja do Norte de Portugal. FONTE: http://arqueo.org/ferro/cultura-castreja.html Cultura Castreja, Idade do Ferro, Castros e citãnias Página 1 de 3 ARQUEO.ORG — O PORTAL DA ARQUEOLOGIA IBÉRICA, SEM OBSCURANTISMO E RELIGIOSIDADE « IDADE DO FERRO CASTROS E CITÃNIAS Castros e citãnias Um castro é um tipo de povoado existente na Península Ibérica, característico da Idade do Ferro, de tipo defensivo, com estruturas predominantemente circulares, revelando desde cedo a implementação de uma «civilização da pedra», quer nas zonas de granito, quer nas de xisto. Citânia de Sanfins. Foto de Isidro Vila Verde Uma cividade (substantivo feminino antigo de cidade) ou citânia é um castro de maiores dimensões e importância, habitado continuamente. Além de terem relevância militar, eram também centros comerciais e artesanais. Segundo Jorge de Alarcão «aos castros, deram os Romanos o nome de castella, que aparece nas inscrições do século I d.C. sob a forma abreviada de um C invertido [...]» A característica mais típica dos castros é a sua fortificação. Os habitantes terão escolhido passar a viver no monte como meio de protecção contra os saques e pilhagens levados a cabo por tribos rivais. Castro de São Lourenço (Vila Chã, perto de Esposende) Cultura Castreja, Idade do Ferro, Castros e citãnias Página 2 de 3 Castro de Coaña, Asturias. Citânia de Briteiros, Portugal Citânia de Sanfins, Paços de Ferreira, Portugal Castro de Santa Tegra, Portugal Cividade de Bagunte Castro Sabroso Citânia de S. Julião Cividade de Terroso Alto das Eiras Castro de Vieira, Serra da Cabreira Castro de S. Lourenço, Esposende Castro de Chão de Carvalho Castro de Lanhoso, Portugal. Castro de Coaña, Asturias Castro de Baroña, Galicia Castro de Troña, Galicia Castro de Noega-Gijón, Asturias Los Cogotas, Ávila La Mesa De Miranda Castro de Baroña - Galiza Castro de Cacabelos - Leão Castro de Fazouro - Lugo Castro Mao - Celanova, Província de Ourense Um milhar de povoados! A zona nuclear castreja corresponde a toda a Galiza e à região de Entre-Douro-e-Minho que confina a leste com a área ocupada pelos povos da etnia Zoela e para além do rio Sabor. Cultura Castreja, Idade do Ferro, Castros e citãnias Página 3 de 3 Existe uma grande densidade de castros no Alto Minho, em especial nos territórios dos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Paredes de Coura, Viana do Castelo, Ponte de Lima e Esposende. Na bacia do Ave-Vizela existe um maior conjunto de castros de grandes dimensões: a Citânia de Sanfins, a Citânia de Briteiros, a Cividade de Bagunte, o Castro de Alvarelhos e ainda nas proximidades, a Cividade de Terroso. Em prospecção sistemática, Martins Sarmento deu conta da densidade da ocupação castreja, identificando os principais povoados de Entre- Douro-e Minho, com mais minúcia no litoral do Minho e em torno de Guimarães. Cem anos depois, pode contabilizar-se cerca de um milhar de povoados fortificados para a generalidade do território do Norte de Portugal. A sua distribuição permite visualizar o perfil da ocupação das comunidades indígenas pré-romanas. Afastado dos centros-motores do Mediterrâneo Central e da Europa “temperada”, onde ocupava posição nuclear o complexo nortealpino ou Céltico, segundo a designação de Heródoto, à primeira vista, fica a impressão de que este território ocidental, estando incorporado nas zonas periféricas da Europa, se terá desenvolvido em ritmo muito lento. Um vasto registo de elementos de carácter exógeno manifestam um quadro de relações de longo curso, suavizando a imagem de isolamento que, a partir de alusões clássicas, se foi divulgando como índice de uma área marginal. Sintetizando trabalhos anteriores, na sequência cultural poderão definir-se três fases, que cobrem o primeiro milénio a.C. e grande parte do século I d.C. • A fase de formação terá ocorrido em contexto de óptimo climático e económico, relacionado com o desenvolvimento excepcional da actividade metalúrgica. Etapa final do Bronze Atlântico e da I. Idade do Ferro na Europa, com relações continentais e mediterrânicas, corresponde à 1ª metade do I milénio a. C. A sua primeira parte (IA) situa-se entre 1000 e 700 a. C. e o seu desenvolvimento (IB) durante os séculos VII e VI a. C., revelando crescentes contactos interiores e meridionais. Por vezes reocupando instalações anteriores, verificou-se, em geral, uma implantação ex novo dos povoados em pontos estratégicos situados segundo uma diversidade topográfica, com realce para posições em remates de esporões, de altitude média, visando primordialmente o controlo das bacias fluviais, em relação com as zonas de aptidão agrícola e exploração de recursos naturais, nomeadamente mineiros, como o estanho e o ouro, e o acesso a vias de penetração e comercialização, revelando integração num sistema económico de largo espectro. Quer usar este texto em qualquer trabalho jornalístico, universitário ou científico? Escreva um email a Paulo Heitlinger . FONTE: http://arqueo.org/ferro/castros.html Citânia de Briteiros, cultura castreja Citânia de Briteiros O sítio arqueológico em território português que tem sido objecto de prospecção sistemática há mais tempo. A Citânia de Briteiros, descoberta há 130 anos pelo arqueólogo Martins Sarmento, foi, no século XIX, um achado que atraiu a atenção dos arqueólogos germânicos e nórdicos. A citânia de Briteiros é um sítio arqueológico da Idade do Ferro, situado no alto do monte de São Romão, na freguesia de São Salvador de Briteiros, concelho de Guimarães (a cerca de 15 km de distância, a Noroeste desta cidade). É uma citânia com as características gerais da cultura dos castros do Noroeste da Península Ibérica. As ruínas consistem nos restos de uma povoação murada, com traços culturais celtas. Existem três linhas de muralhas, com dois metros de largura, em média, e cinco metros de altura. A citânia situa-se num alto, por razões defensivas, tal como acontece com os castros. A influência da romanização naquele povoado, no século I a.C., é evidenciada em numerosos vestígios, tais como inscrições latinas, moedas da República, do Império, fragmentos de cerâmica importada (terra de sigillata), vidros, etc. Revela-se nesta cultura traços da influência indígena no dispositivo topográfico da povoação, no traçado das muralhas, na planta circular das casas, no processo da sua construção e na decoração com motivos geométricos. O segundo balneário de Briteiros Em trabalhos recentes, procedeu-se à limpeza de uma estrutura considerada um balneário, semelhante ao monumento bem conhecido, localizado algumas centenas de metros abaixo. Mário Cardozo chegou a localizar, naquela outra estrutura de banhos (por ele tida como monumento funerário), a implantação original da Pedra Formosa, que actualmente se guarda no Museu da Cultura Castreja, em Briteiros. Tendo em conta a particularidade das estruturas de banhos para o estudo das características culturais da Idade do Ferro, e tendo em conta a possibilidade de estarmos perante a localização original da paradigmática
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