Vestígios Arqueológicos De Actividades Portuárias Como

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Vestígios Arqueológicos De Actividades Portuárias Como Vestígios arqueológicos de actividades portuárias Como testemunho de contactos com civilizações do mundo mediterrânico oriental, foi observado um contexto arqueológico de cariz orientalizante no Claustro da Sé de Lisboa, com paralelos na Quinta do Almaraz e na Alcáçova de Santarém, tratando-se nos três casos de cida- des directamente ligadas ao tráfego marítimo e fluvial (Amaro, 1993; Arruda, 1993; Barros, Cardoso e Sabrosa, 1993; Cardoso, 1995; Diogo, 1993). Também as escavações do Teatro Romano de Lisboa proporcionaram a exumação de materiais cerâmicos importados, de época tardia, de origens foceense e cipriota, bem como ânforas orientais, consideradas pelos auto- res como algo mais do que resultados de simples introduções fortuitas, mas sim o resultado de “fortes circuitos comerciais, ligados à manutenção de Lisboa como importante porto comercial, mesmo após a sua submissão aos Alanos, cerca de 411” (Diogo e Trindade, 1999, p. 87). Relati- vamente à actividade portuária desta época, os testemunhos arqueológicos confirmam: “A zona portuária ter-se-á instalado (...) na praia fluvial (...) onde os barcos seriam varados na praia e onde, para além do comércio com o exterior, se irá instalando a área industrial de conserva de peixe” (Amaro, 1993, p. 187). Posteriormente, o forum romano, eventualmente um forum corporativo (Ribeiro, 1994), ter-se-á instalado na zona da Rua da Prata, seguindo uma “ tradição de um espaço fortemente marcado pela vida portuária e comercial.” (Amaro, 1993, p. 187). Precisamente na Rua da Prata, as estruturas subterrâneas descobertas em 1773 e classificadas por alguns autores como “termas”, mas cujas funções permanecem discutíveis (Maciel, 1993-1994), parecem articular-se com o espaço portuário do antigo esteiro do Tejo, a que são associáveis as cetariae, sugerindo mais uma interpretação como criptopórtico (Ribeiro, 1994), num con- texto de urbe já organizada em época pré-romana e com indissociáveis funções portuárias (Maciel, 1993-1994). A própria orientação Sudeste / Noroeste das três fábricas de salga roma- nas descobertas na Rua Augusta sugere o aproveitamento da praia fluvial que se estendia ao longo do antigo esteiro, tendo esta instalação sido efectuada sobre vestígios anteriores de ocu- pação ibero-púnica, numa natural sobreposição que nos sugere o aproveitamento, muito antigo, da margem do esteiro (Amaro et al., 1996). Também a testemunhar este tipo de actividades no subsolo da Baixa de Lisboa, con- tribuindo para uma cartografia da zona fabril do povoado antigo, existem os vestígios de uma unidade de transformação de pescado descoberta na Rua dos Fanqueiros (Diogo e Trindade, 2000). A área estudada, que permite datar a fase de abandono da actividade fabril de trans- formação de pescado na antiga Olisipo, correspondente à segunda metade do século V, explica ainda a presença em Lisboa de cerâmicas finas oriundas do Mediterrâneo oriental, testemunho de “circuitos mercantis estáveis e com mercadorias de retorno” (Diogo e Trindade, 2000, p. 185). Paralelamente, o panorama humano que parece delinear-se durante a antiguidade tar- dia de Olisipo, surge associado à possível importância que as comunidades helenizadas evi- denciam através da utilização do alfabeto grego tal como surge nos imbrices fabricados local- mente e descobertos na unidade fabril da Rua dos Fanqueiros (Diogo e Trindade, 2000). Outros numerosos vestígios de importações figuram entre os testemunhos arqueológicos relacionáveis com actividades portuárias. Entre os abundantes vestígios anfóricos encontra- dos no subsolo urbano de Lisboa, existem elementos de importações tais como ânforas viná- rias de origem itálica, bética e tarraconense, gaulesa e de origem oriental na necrópole da praça da Figueira (Fabião, 1998). Também durante as escavações do teatro Romano de Lis- boa se registaram vestígios de ânforas vinárias itálicas (greco-itálica do século III a 130 a.C. e Dressel 1, ca. 130 a.C. e início do século I), béticas (vinária Haltern 70, datável de entre mea- dos do século I a.C. e meados do século I d.C.; piscícola Dressel 10, e oleárias Dressel 20 e Dressel 23) bem como de ânforas oleárias ou piscícolas africanas tardias originárias da Tuní- 6. CATÁLOGO 239 sia (Keay XXV e Keay LXI ou LXII), assim como de ânforas vinárias tardias (século IV a V) do Mediterrâneo oriental (Ágora M 54, fabricada no sul da Turquia) e a vinária ou oleária Keay LIII (século V a início do século VII) de produção assinalada no sul da Turquia, Rodes e Chi- pre (Diogo, 2000, p. 163-164). Olisipo, o maior porto atlântico da província romana da Lusi- tania (Edmondson, 1987, p. 154), insere-se geograficamente num contexto estuarino apro- veitado desde tempos remotos como fonte de recursos e, a partir dos primeiros contactos com as civilizações do Mediterrâneo oriental inventoras dos taricheiai (Counillon e Étienne, 1997), como local preferencial para a instalação da indústria de transformação do pescado. Dessas actividades existem evidências arqueológicas reveladoras de dois tipos de produção directa- mente relacionados: os complexos de salga e o fabrico de ânforas na margem esquerda, além Tejo. No que se refere a olarias de produção de ânforas, existem na margem sul do Tejo as presenças conhecidas de Muge, Garrocheira, Quinta do Rouxinol e Porto dos Cacos. A pro- dução destas olarias apresenta duas fases: uma fase compreendida entre o século I d.C. e finais do século II ou inícios do século III; outra fase correspondente a finais do século II e inícios do século III (Carvalho e Almeida, 1996). Apenas Porto dos Cacos (na Herdade de Rio Frio, Alcochete), terá abrangido ambas as fases, ou seja, numa continuidade desde o século I ao início do século III (Carvalho e Almeida, 1996), ou até mesmo ao século V (Raposo e Duarte, 1996), acompanhando as transformações da produção anfórica, e coexistindo com grande parte da produção piscícola de Cacilhas (século I a.C. a século I d.C.) (Raposo e Duarte, 1996). Todas estas olarias terão sido contemporâneas das cetariae de Olisipo conhe- cidas. Apenas as olarias mais próximas da foz, tanto do Tejo como do Sado, por estarem perto das cetariae, parecem ter-se confrontado com a necessidade de produção de novas formas introduzidas, Almagro 50 e 51 (Cardoso e Rodrigues, 1996). No complexo fabril da Rua Augusta, as formas de ânforas de presença mais frequente são precisamente a Almagro 51c e, seguidamente, a Almagro 50 (Amaro, Bugalhão e Sabrosa, 1996). Relativamente à provável natureza orgânica (madeira) dos materiais utilizados na cons- trução de estruturas com funções portuárias, como cais, por exemplo — tal como se verificou no estudo arqueológico realizado na área em que se sucederam cronologicamente os portos arcaicos de Marselha (Hesnard, 1995) — encontramos um pequeno eco possível na referên- cia de V. Mantas à notícia da descoberta, na Rua Arco da Bandeira, em Lisboa, de restos de uma possível ponte “talvez de tabuleiro de madeira, destinada a salvar o esteiro” (Mantas, 1990, p. 165). A propósito, poderemos recordar a iconografia do século XVI que apresentamos na Fig. 36. Nos vestígios da Olisipo romana, a estrutura que foi interpretada como um cais romano (Amaro, 1995, p. 13, planta) é importante, na medida em que constitui uma materialização do arranjo da costa no estuário do Tejo, em época romana, para funções portuárias da parte baixa da urbe, abrindo hipóteses relativamente à existência de outras situações análogas em locais costeiros com uma posição geográfica semelhante. Durante as obras de construção do metropolitano, na zona do Cais do Sodré, na zona cor- respondente ao aterro da Boavista feito em meados do século XIX, foi localizada em Abril de 1995 uma embarcação da segunda metade do século XV ou de inícios do século XVI (datação C14). Os vestígios náuticos, que se encontravam a uma profundidade de 5 a 6.5 m, assenta- vam na antiga margem do Rio Tejo (Rodrigues, Alves, Rieth e Castro, 2001). Apresentavam características típicas da construção naval descrita em 1570-80 por Fernando de Oliveira. O segundo achado deste tipo, em 1996, foi uma embarcação da segunda metade do século XIV (datação C14), encontrada no Largo do Corpo Santo durante a desobstrução de um poço verti- cal de um túnel do metropolitano, no parque de estacionamento das instalações da Academia de Marinha. Trata-se do mais antigo exemplar de embarcação com leme central dentro da téc- nica de construção chamada “esqueleto primeiro” (Alves, Rieth e Rodrigues, 2001). OS PORTOS NA ORIGEM DOS CENTROS URBANOS 240 Durante a construção do Centro Cultural de Belém foram localizadas as ruínas de um cais, uma estrutura portuária solicitada em 1670 pelos moradores locais e que, construído a partir de 1716, acabou por ficar soterrado (Vaz, 1998) em época anterior às grandes obras de aterros marginais que permitiram defender toda a zona das inundações fluviais. Na Praça do Município, a descoberta, em 1997, de um conjunto de elementos soltos (material de entreposto) destinados à construção naval (cavernas de um navio de grande porte), constitui mais um contributo de grande interesse para a história daquela zona da Baixa, já que corresponde à localização de um dos antigos estaleiros da Ribeira das Naus. O material náutico descoberto encontrava-se num contexto do século XVII, facto que, associado ao tipo de peças encontradas, sugere tratar-se de “uma das zonas de retaguarda do estaleiro da Ribeira das Naus” (Alves, Rieth e Rodrigues, 2001). Utilização do litoral Observou-se continuidade nas actividades litorais, com o progressivo avanço da frente flu- vial urbana, nomeadamente por meio de aterros, e a especialização das zonas portuárias em que actualmente se encontra dividida a longa fachada fluvial lisboeta. Olisipo, cidade cuja cro- nologia relativamente à fase de promoção permanece polémica (Faria, 1999, p. 37) teve origem pré-romana, com importância económica e comercial na Idade do Ferro (Amaro, 1993). O pólo constituído pela antiga área portuária nas margens do esteiro da Baixa terá constituído um dos elementos que poderemos inserir nos núcleos urbanos que vieram posteriormente a fundir- -se na realidade urbana e portuária de hoje.
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