4 Esboço Histórico Das Relações Diplomáticas Entre Eua E Brasil Durante O Século 19

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

4 Esboço Histórico Das Relações Diplomáticas Entre Eua E Brasil Durante O Século 19 88 4 ESBOÇO HISTÓRICO DAS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS ENTRE EUA E BRASIL DURANTE O SÉCULO 19 O objetivo deste capítulo é semelhante ao anterior: realizar, a partir de alguns autores consagrados, um breve histórico das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos no século 19. Os autores utilizados são citados freqüentemente ao longo do texto. Uma primeira observação a ser realizada a respeito do assunto é que, tanto quanto me foi possível averiguar, as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos neste período não foram e não tem sido um objeto privilegiado de um grande número de estudos acadêmicos de peso. Embora trabalhos de grande qualidade já tenham sido produzidos (utilizo alguns deles neste capítulo), a quantidade de obras parece ainda ficar a dever. O trabalho mais amplamente consultado para a realização do presente capítulo foi Diplomatic Relations Between the United States and Brazil , de Lawrence F. Hill. Embora seu enfoque sejam as relações diplomáticas entre os dois países (conforme o título de seu livro menciona), Hill utiliza também material a respeito de questões comerciais e financeiras, conforme este possa cooperar para a melhor compreensão de questões diplomáticas. Ele baseia-se principalmente em fontes primárias (em grande quantidade) produzidas por seções diplomáticas norte-americanas, além de jornais, publicações oficiais dos dois países e algumas fontes secundárias. Em alguns momentos a obra de Hill é bastante crítica para com os agentes norte-americanos no Brasil. De acordo com ele, isso é apenas resultado da análise das fontes, ou seja, Hill afirma que suas críticas apenas refletem os fatos. Diplomatic Relations Between the United States and Brazil é um trabalho altamente descritivo e minucioso. Seu caráter é predominantemente narrativo, ainda que diversas análises estejam espalhadas ao longo do texto. Hill pauta suas afirmações em uma grande amostragem de fontes, deixando aparentemente pouco espaço para questionamentos. Outros trabalhos consultados incluem Presença dos Estados Unidos no Brasil (Dois séculos de história) de Moniz Bandeira. Este é também um trabalho bastante completo a respeito das relações diplomáticas entre Brasil e Estados 89 Unidos. Não será feito aqui uma resenha completa do livro, uma vez que Moniz Bandeira não oferece informações muito diferentes dos demais autores a serem citados. Cabe apenas ressaltar que a obra de Moniz Bandeira difere dos demais em suas conclusões, uma vez que apresenta um viés claramente economicista e nacionalista. Utilizei também The Unwritten Alliance: Rio Branco and Brazilian- American Relations , de E. Bradford Burns, e Brazil and the United States Toward a Maturing Relationship , de Roger W. Fontaine. Para aquilo que interessa à presente pesquisa, ambos se baseiam em grande parte em Lawrence Hill, além de fontes particulares a seus trabalhos individuais. Uma característica em especial das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos durante o século 19 ressaltada ao longo do capítulo é seu caráter pouco amistoso, algo estranho ao atual estado de tradicional cooperação entre os dois países. Em meados da década de 1960, ao publicar seu livro The Unwritten Alliance: Rio Branco and Brazilian-American Relations , E. Bradford Burns caracterizou as relações entre Brasil e Estados Unidos como uma amizade íntima, ou ainda, um relacionamento “tradicional”. Porém, conforme ele próprio declara, a história das relações diplomáticas entre os dois países durante o século 19 falha em prover subsídios que comprovem esta amizade. Sem entrar em maiores detalhes de sua obra, pode-se dizer que Burns defende a idéia de que EUA e Brasil não eram grandes aliados durante o século 19.1 Escrevendo menos de dez anos após Burns, Roger W. Fontaine também faz uma breve recapitulação das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos ao longo de cerca de 150 anos de história sem caracterizar como amistosas as relações entre os dois países no século 19. 2 Burns e Fontaine não têm em seus livros o objetivo de escrever extensamente a respeito das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos no século 19. O primeiro dedica-se, sobretudo a demonstrar que a amizade “tradicional” entre Brasil e Estados Unidos deve ser datada principalmente a partir do final do século 19, com o advento da república no Brasil, especialmente como 1 BURNS, E. Bradford. The Unwritten Alliance: Rio Branco and Brazilian-American Relations . New York and London: Columbia University Press, 1966. p. ix. Burns considera Lawrence Hill a principal referência a respeito das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos no séc. 19. 2 FONTAINE, Roger W. Brazil and the United States Toward a Maturing Relationship . Stanford: AEI-Hoover Policy Studies, 1974. p. 8. Fontaine igualmente faz referência a Hill como obra de referência. 90 resultado da política externa do Barão do Rio Branco. O segundo procura apenas oferecer um panorama geral, ao qual seu estudo principal, as relações entre Estados Unidos e Brasil na década de 1970, possa se conectar. Tanto Fontaine quanto Burns fazem referência a Lawrence Hill como a principal autoridade a respeito do assunto sobre o qual eles escrevem apenas brevemente. O livro de Hill cobre um vasto período, indo da independência do Brasil até bem próximo da época de sua publicação, na década de 1930, e igualmente qualifica como pouco amistosas as relações diplomáticas entre os dois países no período já mencionado. De acordo com Lawrence F. Hill, as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos durante o século 19 foram marcadas pela posição relativamente periférica de ambos os países em relação um ao outro. Seu convívio variava entre a indiferença e alguns momentos de maior rivalidade, embora declarações reivindicando maior aproximação possam ser observadas em alguns momentos vindas de ambas as partes. 1 Os títulos de alguns dos capítulos da obra de Hill podem dar uma idéia das relações entre os países no período: “An Inauspicious Beginning”; “Some Improvement”; “Confusion and Misunderstanding” (nesta ordem). Fontaine divide a história das relações EUA-Brasil em dois períodos: o primeiro, indo de 1808 até praticamente o final do século 19, no qual os dois países ocupavam posição relativamente periférica em relação um ao outro; e o segundo, indo do final do século 19 até o período em que o livro estava sendo escrito (e presumivelmente, até nossos dias), no qual houve um crescimento vertiginoso, porém assimétrico, do interesse mútuo dos dois países, com os EUA tornando-se prioridade da política externa brasileira. 2 Durante o primeiro período, os Estados Unidos tinham como prioridades internacionais sua expansão continental rumo ao Oeste, a manutenção da coesão interna, ameaçada pelos conflitos norte-sul, e o isolacionismo em relação a problemas europeus. Já o Brasil havia emergido do período colonial com um grande território, cujas fronteiras procurou manter. Procurou também reforçar as relações com a Inglaterra, igualmente herdadas de Portugal. Estas prioridades, 1 Faço aqui uma análise bastante ampla do livro de HILL, Diplomatic Relations Between the United States and Brazil . Durham: Duke University Press, 1932. 2 FONTAINE, Roger W. Brazil and the United States Toward a Maturing Relationship . p. 8. 91 segundo Fontaine, explicam a importância relativamente baixa dos dois países um em relação ao outro. 1 Fontaine destaca em primeiro lugar que, em comparação com outros países do Hemisfério Ocidental, as relações entre Estados Unidos e Brasil foram sempre relativamente amistosas. Reforçando este ponto, ele destaca os exemplos opostos de Estados Unidos e Argentina, e Brasil e Argentina. 2 Burns destaca diversos aspectos positivos das relações entre os dois países no início do século 19: o Brasil foi o primeiro país latino americano a ter um diplomata norte-americano designado para seu território. Foi também o primeiro país a aprovar a Doutrina Monroe, propondo inclusive uma aliança entre os dois países, rejeitada pelos EUA. O Brasil teve ainda sua independência reconhecida em primeiro lugar pelos Estados Unidos. Em 1828 os dois países assinaram entre si um tratado de aliança, navegação e comércio. 3 Segundo Burns, este início auspicioso não teve prosseguimento por culpa de uma série infeliz de diplomatas inaptos e sediciosos: Condy Raguet (1825-1828), Henry A. Wise (1844-1847) e General James Watson Webb (1861-1869). Estes enviados de Washington com seu comportamento por vezes rude e arrogante deram fim às relações amigáveis entre os dois países. Sua atuação poderia somente refletir de maneira negativa sobre o governo dos Estados Unidos. A pobreza geral da diplomacia norte- americana em relação ao Brasil durante o século 19 é constantemente observada ao longo do presente capítulo. Outro problema recorrente nas relações entre Brasil e Estados Unidos durante o século 19, este apontado por Fontaine, foram as dificuldades encontradas por ambos os países em fazer valer suas declarações de neutralidade em conflitos: houve ocasiões em que navios norte-americanos foram atacados por ingleses em águas brasileiras, assim como ocasiões em que navios uruguaios, em guerra contra o Brasil, foram reaparelhados em portos norte-americanos. Nestes casos, a análise aponta para a possibilidade de que faltava a ambos os países a força necessária para fazer cumprir a lei. 4 Este é mais um tema de destaque nas próximas páginas. 1 FONTAINE, Roger W. Brazil and the United States Toward a Maturing Relationship . pp. 8-9. 2 FONTAINE, Roger W. Brazil and the United States Toward a Maturing Relationship . p. 8. 3 BURNS, E. Bradford. The Unwritten Alliance . p. 58. 4 Fontaine remete aqui a análise de Lawrence Hill sobre o caso. FONTAINE, Roger W. Brazil and the United States Toward a Maturing Relationship . p. 12. 92 Outros episódios de destaque no período incluem os seguintes: a abolição do tráfico de escravos no Brasil e seu impacto sobre as relações entre os dois países; 1 a abertura de rios brasileiros ao comércio internacional 2 e o exílio de ex- confederados para o Brasil. 3 As subdivisões deste capítulo são feitas em primeiro lugar de acordo com esses temas e secundariamente respeitando a cronologia dos eventos.
Recommended publications
  • Monarquia E a República : Aspectos Das Relações Entre Brasil E Estados Unidos Durante O Império / Marcelo Raffaelli
    A Monarquia & a República Marcelo Raffaelli A Monarquia & a República Aspectos das relações entre Brasil e Estados Unidos durante o Império chdd / funag Rio de Janeiro - 2006 ministério das relações exteriores fundação alexandre de gusmão Presidente: Embaixador José Jerônimo Moscardo de Souza Ministério das Relações Exteriores Esplanada dos Ministérios, bloco h, anexo 2, térreo, sala 1 70170-900 - Brasília, df Telefones: (61) 3411 6033 / 6034 Fax: (61) 3411 9125 www.funag.gov.br centro de história e documentação diplomática Diretor: Embaixador Alvaro da Costa Franco Palácio Itamaraty Avenida Marechal Floriano, 196 20080-002 - Rio de Janeiro, rj Telefax: (21) 2233 2318 / 2079 [email protected] / [email protected] Direitos de publicação reservados à Fundação Alexandre de Gusmão - funag Impresso no Brasil - 2006 Raffaelli, Marcelo A Monarquia e a República : aspectos das relações entre Brasil e Estados Unidos durante o Império / Marcelo Raffaelli. – Rio de Janeiro : [Brasília] : chdd ; funag, 2006. 296 p. ; 21cm isbn 85-7631-063-1 (broch.) 1. Monarquia – Brasil – História – Séc. xix. 2. Brasil – Relações exteriores – 1822-1889. 3. Diplomacia. 4. Brasil – Relações exteriores – Estados Unidos. 5. Estados Unidos – Relações exteriores – Brasil. I. Título: Aspectos das relações entre Brasil e Estados Unidos. II. Centro de História e Documentação Diplomática. III. Fundação Alexandre de Gusmão. Sumário Prefácio · 11 1 Reconhecimento do Brasil independente · 21 2 Os Chefes de Missão · 33 3 Instruções aos Chefes de Missão · 47 4 Tráfico de
    [Show full text]
  • Historic Families of Kentucky. with Special Reference to Stocks
    NYPL RESEARCH LIBRARIES 3 3433 08181917 3 Historic Families of Kentucky. WITH SPECIAL REFERENCE TO STOCKS IMMEDIATELY DERIVED FROM THE VALLEY OF VIRGINIA; TRACING IN DETAIL THEIR VARIOUS GENEALOGICAL CONNEX- IONS AND ILLUSTRATING FROM HISTORIC SOURCES THEIR INFLUENCE UPON THE POLITICAL AND SOCIAL DEVELOPMENT OF KENTUCKY AND THE STATES OF THE SOUTH AND WEST. BY THOMAS MARSHALL GREEN. No greater calamity can happen to a people than to break utterly with its past. —Gladstone. FIRST SERIES. ' > , , j , CINCINNATI: ROBERT CLARKE & CO 1889. May 1913 G. brown-coue collection. Copyright, 1889, Bv Thomas Marshall Green. • • * C .,.„„..• . * ' • ; '. * • . " 4 • I • # • « PREFATORY. In his interesting "Sketches of North Cai-olina," it is stated by Rev. W. H. Foote, that the political principle asserted by the Scotch-Irish settlers in that State, in what is known as the "Mecklenburg Declaration of Independence," of the right to choose their own civil rulers, was the legitimate outgrowth of the religious principle for which their ancestors had fought in both Ireland and Scotland—that of their right to choose their own re- ligious teachers. After affirming that "The famous book, Lex Rex, by Rev. Samuel Rutherford, was full of principles that lead to Republican action," and that the Protestant emigrants to America from the North of Ireland had learned the rudiments of republicanism in the latter country, the same author empha- sizes the assertion that "these great principles they brought with them to America." In writing these pages the object has been, not to tickle vanity by reviving recollections of empty titles, or imaginary dig- or of wealth in a and nities, dissipated ; but, plain simple manner, to trace from their origin in this country a number of Kentucky families of Scottish extraction, whose ancestors, after having been seated in Ireland for several generations, emigrated to America early in the eighteenth century and became the pioneers of the Valley of Virginia, to the communities settled in which they gave their own distinguishing characteristics.
    [Show full text]
  • 6 James Cooley Fletcher, Pastor, Missionário E Agente Do “Progresso”
    144 6 JAMES COOLEY FLETCHER, PASTOR, MISSIONÁRIO E AGENTE DO “PROGRESSO” Ao longo deste capítulo serão estudadas as possíveis contribuições do missionário James Cooley Fletcher para o estabelecimento de melhores relações (especialmente diplomáticas) entre Brasil e Estados Unidos ao longo da segunda metade do século 19, aproximadamente. Dedicar um capítulo exclusivo para o estudo da atuação deste missionário pode ser justificado de diferentes formas. Em primeiro lugar, embora presbiteriano e contemporâneo de outros missionários, Fletcher não fazia parte do mesmo projeto missionário a que pertenciam os demais missionários que serão analisados nessa dissertação. Conforme será explicado ao longo dos próximos capítulos, sua presença no Brasil não obedecia aos mesmos parâmetros estratégicos e não possuía os mesmos objetivos iniciais dos demais missionários (evangelizar brasileiros). Estudar Fletcher como um precursor do presbiterianismo no Brasil enfatizando suas especificidades frente aos seus sucessores é uma opção consagrada que não pretendo questionar. 1 Em segundo lugar, existem razões encontradas na revisão bibliográfica para qualificar Fletcher como um “reformador social” mais do que como um “evangelizador”. Conforme já foi apresentado nessa dissertação, essas duas tendências missiológicas estiveram presentes no movimento missionário norte-americano, oferecendo estratégias e objetivos diferenciados para a ação missionária. Uma vez que os demais missionários podem ser previamente qualificados como “evangelizadores”, existe aqui a possibilidade de contrapor ao longo dos próximos capítulos a ação de missionários de duas vertentes distintas, procurando compreender a possibilidade de influência dessas duas tendências sobre as relações EUA-Brasil. Uma terceira razão para abordar James Cooley Fletcher em separado pode igualmente ser encontrada na revisão de literatura. Fletcher é o chamado “cupido do caso de amor entre D.
    [Show full text]
  • A Monarquia & a República
    A Monarquia & a República Marcelo Raffaelli A Monarquia & a República Aspectos das relações entre Brasil e Estados Unidos durante o Império chdd / funag Rio de Janeiro - 2006 ministério das relações exteriores fundação alexandre de gusmão Presidente: Embaixador José Jerônimo Moscardo de Souza Ministério das Relações Exteriores Esplanada dos Ministérios, bloco h, anexo 2, térreo, sala 1 70170-900 - Brasília, df Telefones: (61) 3411 6033 / 6034 Fax: (61) 3411 9125 www.funag.gov.br centro de história e documentação diplomática Diretor: Embaixador Alvaro da Costa Franco Palácio Itamaraty Avenida Marechal Floriano, 196 20080-002 - Rio de Janeiro, rj Telefax: (21) 2233 2318 / 2079 [email protected] / [email protected] Direitos de publicação reservados à Fundação Alexandre de Gusmão - funag Impresso no Brasil - 2006 Raffaelli, Marcelo A Monarquia e a República : aspectos das relações entre Brasil e Estados Unidos durante o Império / Marcelo Raffaelli. – Rio de Janeiro : [Brasília] : chdd ; funag, 2006. 296 p. ; 21cm isbn 85-7631-063-1 (broch.) 1. Monarquia – Brasil – História – Séc. xix. 2. Brasil – Relações exteriores – 1822-1889. 3. Diplomacia. 4. Brasil – Relações exteriores – Estados Unidos. 5. Estados Unidos – Relações exteriores – Brasil. I. Título: Aspectos das relações entre Brasil e Estados Unidos. II. Centro de História e Documentação Diplomática. III. Fundação Alexandre de Gusmão. Sumário Prefácio · 11 1 Reconhecimento do Brasil independente · 21 2 Os Chefes de Missão · 33 3 Instruções aos Chefes de Missão · 47 4 Tráfico de
    [Show full text]
  • Download a PDF Version of the Guide to African American Manuscripts
    Guide to African American Manuscripts In the Collection of the Virginia Historical Society A [Abner, C?], letter, 1859. 1 p. Mss2Ab722a1. Written at Charleston, S.C., to E. Kingsland, this letter of 18 November 1859 describes a visit to the slave pens in Richmond. The traveler had stopped there on the way to Charleston from Washington, D.C. He describes in particular the treatment of young African American girls at the slave pen. Accomack County, commissioner of revenue, personal property tax book, ca. 1840. 42 pp. Mss4AC2753a1. Contains a list of residents’ taxable property, including slaves by age groups, horses, cattle, clocks, watches, carriages, buggies, and gigs. Free African Americans are listed separately, and notes about age and occupation sometimes accompany the names. Adams family papers, 1698–1792. 222 items. Mss1Ad198a. Microfilm reels C001 and C321. Primarily the papers of Thomas Adams (1730–1788), merchant of Richmond, Va., and London, Eng. Section 15 contains a letter dated 14 January 1768 from John Mercer to his son James. The writer wanted to send several slaves to James but was delayed because of poor weather conditions. Adams family papers, 1792–1862. 41 items. Mss1Ad198b. Concerns Adams and related Withers family members of the Petersburg area. Section 4 includes an account dated 23 February 1860 of John Thomas, a free African American, with Ursila Ruffin for boarding and nursing services in 1859. Also, contains an 1801 inventory and appraisal of the estate of Baldwin Pearce, including a listing of 14 male and female slaves. Albemarle Parish, Sussex County, register, 1721–1787. 1 vol.
    [Show full text]
  • Bruno Gonçalves Rosi Atuação De Missionários Das Igrejas
    Bruno Gonçalves Rosi Atuação de missionários das Igrejas Presbiterianas dos Estados Unidos no Brasil entre 1859 e 1888 e seu papel nas relações entre os dois países Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Relações Internacionais da PUC- Rio como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Relações Internacionais. Orientadora: Prof. Mónica Salomón González Rio de Janeiro Maio de 2009 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. Bruno Gonçalves Rosi Atuação de missionários das Igrejas Presbiterianas dos Estados Unidos no Brasil entre 1859 e 1888 e seu papel nas relações entre os dois países Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da PUC-Rio como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Relações Internacionais. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada. Prof. Mónica Salomón González Orientadora Instituto de Relações Internacionais – PUC-Rio Prof. André de Mello e Souza Instituto de Relações Internacionais – PUC-Rio Prof. José Flávio Sombra Saraiva Instituto de Relações Internacionais – UnB Prof. Letícia Pinheiro Instituto de Relações Internacionais – PUC-Rio Rio de Janeiro, 15 de maio de 2009 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do autor e da orientadora. Bruno Gonçalves Rosi Graduou-se em História na UFF (Universidade Federal Fluminense) em 2005. É professor horista da Universidade Candido Mendes – Campos dos Goytacazes. Ficha Catalográfica Rosi, Bruno Gonçalves Atuação de missionários das Igrejas Presbiterianas dos Estados Unidos no Brasil entre 1859 e 1888 e seu papel nas relações entre os dois países / Bruno Gonçalves Rosi ; orientadora: Mônica Salomón González.
    [Show full text]
  • Thomas Swift, of Goodrich (See Above), and D
    WILLIAM SWIFT, ClERGYMAN HIS ANCESTORS AND SOME OF HIS DESCENDANTS AND CONNECTIONS CO}WRISING PARTIAL RECORDS OF THE Sw~FT, DUKE, GARRETT, SIYJlS ON, AND ALLIED FAMILIES IN ENGLAND, VIRGINIA AND NORTH CAROLINA BY VANCE E. SwTIT 1980 / ,;.i - TABLE Of COitEiT3 Page 1. Dedication. Page 2. Swift Coat of Arms. Page 3. Acknowledgements. Page 5. Preface. Page 7. Soaetbing To R~er. Pace ll. Part I.Sw-llts or (Swy.ftes»)Ancient English Faa1ly. Page . 13. Imerieans or Royal Descent. Page 18. Swift - Viscount Garlingford - Lineage. P~e 19. Swifts of 5witte's Heath - Lineage. Page 20. ,aaili.os ot Sw:1tt, Burton, and Jessup. Fap '2l. Swirt Faidly Arms. Page 28. ReverendVi1li~ 5~t, (1696-l734)~Arms. 'P~ae 30. E!tl. g. Jenathau'Stiirt D.O., ::aan ot St. Patrick's, Dublin,Ireland. P&«e 33. St. Patrick's Cath~r&l, Dublin~ Ireland, where Jonathan Swift servoo. aa D~an (17l3-1745J. Pace 35. Part. m,. hiographical List of Swift (Swyfte) (Sldfte) Graduates and Holders of Office at The University of ~ bridge, Engltmd,l) Fraa The Rarliest Times to 1751. (Alumni Cantabrigin$~es). Page 39. lis&:muQl CollGS0 Chapel, Caabridge University, ingland Where The Rev. W111i6 Swift Received His B.A. Degree - 1717-18. Pap 41. St. Paul's Cathedi-al, London, England, where 'i'he Rev. Willb..'?j Wdtw:w .Ordained Priest, 1719. Pale 0·42. Rev. William Swift D~Do, Clergyman, Church ot InC1and, Ancestor ot Thtl Swift P'aily In Va. and lIorth Carolina. Pace 44. St. Petor'o Church, St. Georgt!'e Parish, Berauda, where 'l'h~ Rev.
    [Show full text]
  • Southside Virginian
    Digitized by the Internet Archive in 2011 with funding from LYRASIS members and Sloan Foundation http://www.archive.org/details/southsidevirgini71989 V en. SI."HL jriiffsIiiiiA otttri, M 23452 OL. VII, 1 NO. JANUARY I, 1989 rHE SOUTHSIDE VIRGINIAN hjsuc ll^M BLV9, re?4a Jl THE SOUTHSIDE VIRGINIAN &sa» Volume 7 January 1389 Number 1 TABLE OF CONTENTS 1 BOOK REVIEWS 2 NANSEMOND COUNTY JUSTICES, 179b AND 1800 3 NANSEMOND COUNTY MILITIA OFFICERS, 1783-1783 4 LIST OF PRINCE GEORGE COUNTY MILITIA OFFICERS, 1701/2 10 UNRECORDED ISLE OF WIGHT COUNTY MARRIAGE BONDS, 1776-79 10 REGISTER OF JACOB PERSON (1733-1781), ISLE OF WIGHT CO. 12 WILL OF ANDREW MEADE OF NANSEMOND COUNTY, 1744 12 SURRY COUNTY ISOLVENTS AND REMOVALS, 1732-1802 13 SOUTHAMPTON COUNTY EJECTMENT SUIT, 1752 IS THE THWEATT FAMILY 13 JEREMIAH CLEMENTS 34 LUNENBURG COUNTY DEED BOOK I 37 GREEN ETC. VS. COLEMAN ETC. , MECKLENBURG CO. JUDGMENTS, 1836 41 QUERI ES A 8 Lyndon H. Hart, J.Christian Kolbe, Editors Graphics by Bobby Sheppard Copyright 1983 Address all correspondence to P.O. Box 118, Richmond, VH 23201 BOOK REVIEWS The Genealogy and History of the Stewart Family of Halifax County, Virginia, Caswell and Person Counties, North Carolina, and Trigg. County, Kentucky by Martha Jane Stone. This is a continuation of the genealogy of James Stewart of Halifax Co. It covers the geographical area of much of the upper South and is illustrated and contains abstracts of county court records. The Stewart family and its branches are brought up to the present day. There is a full name index to both this and the preceding volume.
    [Show full text]
  • Catalogue of the Officers and Alumni of Washington and Lee
    ^ — c^ BR ARY n OF TIIK UNIVERSITY OF CALIFORNIA. GIKT OK Received Q^^^^^"?^..., iSsS^. Accessions Nc^y^^^^ Shelf No. ^h --^. :>..'* Digitized by the Internet Archive in 2007 with funding from IVIicrosoft Corporation http://www.archive.org/details/catalogueofofficOOwashrich CATALOGUE OF THE OFFICERS AND ALUMNI OP Washington and Lee Fniversity LEXINGTON, VIRGINIA, 1749 — 1888 '^ Of TTfK ' UNIVERSIT71 Published by Or^ otthe^oardoard of Trustees. BALTIMORE: JOHN MURPHY & CO. 1888. jy^^"^ PREFACE This Catalogue has been prepared and is now published under the authority of the Board of Trustees. From 1834 to the present time the list of names given is believed to be complete, the matriculation books of the College and University for that period having been preserved. For the time previous to 1834 the records and register of students are defective. Parts have been muti- lated, some books have been lost, and at times the records were imper- fectly kept. The names of the alumni antecedent to 1834 have been obtained from the fragmentary record books ; from the recollection of surviving alumni ; from contemporaneous history and biography, and from family records and well established tradition. Catalogues of the Alumni were published in 1849 and 1869 which have of course fur- nished much valuable information. The list is necessarily incomplete, however, and the alumni and other friends of the University are earnestly requested to aid in the work of restoring lost names, and in otherwise perfecting as far as pos- sible this Record, with reference to a revision at an early day. The plan is to give the name of every man that has been a student at the Institution—his different places of residence—his occupation or pro- fession—the public positions held by him—and, if not living, the date of his death.
    [Show full text]
  • Maryland Historical Magazine, 1945, Volume 40, Issue No. 4
    MARYLAND HISTORICAL MAGAZINE VOL. XL DECEMBER, 1945 No. 4 A PEOPLE AT WAR: HAGERSTOWN, MARYLAND, JUNE 15-AUGUST 31, 1863. By FLETCHER M. GREEN During peace times the people along the border or boundary of two nations are likely to maintain friendly, and even intimate, associations and relationships. They engage in trade and com- merce with each other, participate in joint social and religious exercises, and often intermarry. If the two nations have different languages the people of the one often speak the language of their neighbor nation as well as their own. But in war times the people of the borderland are more divided than those of the interior. The bonds that draw them together in peace are sundered and public feeling runs at high tension. The necessity of loyalty to one's own country causes the people to look with suspicion upon their friends and neighbors across the border. There are also divided loyalties at home, and communities are torn with dissen- sion; families are divided and brother is pitted against brother and father against son. Feeling is particularly taut in times of civil conflict. This was the case in the border slave states during the American Civil War. Public feeling was intense in Maryland because of her geographic location and the strong counter currents of her own public opinion;1 the conflict in opinion and sympathy was especially 1 Charles Branch Clark, " Politics in Maryland During the Civil War," Maryland Historical Magazine, XXXVI (No. 3, September, 1941), 241 and passim. 251 252 MARYLAND HISTORICAL MAGAZINE marked in Western Maryland.2 The general pattern of life, family ties and social relationships, slave interests, and the belief in State sovereignty and Southern rights pulled the people toward the Con- federacy; but economic exchange and the love of the Union held fast to the United States.
    [Show full text]
  • Guia Dos Arquivos Americanos Sobre O Brasil Coleções Documentais Sobre O Brasil Nos Estados Unidos
    2 GUIA DOS ARQUIVOS AMERICANOS SOBRE O BRASIL COLEÇÕES DOCUMENTAIS SOBRE O BRASIL NOS ESTADOS UNIDOS 3 Ministério das Relações Exteriores Fundação Alexandre de Gusmão Ministério da Cultura 4 PAULO ROBERTO DE ALMEIDA RUBENS ANTÔNIO BARBOSA FRANCISCO ROGIDO FINS (Organizadores) Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil Coleções Documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos Fundação Alexandre de Gusmão Brasília, 2010 5 Direitos de publicação reservados à Fundação Alexandre de Gusmão Site: www.funag.gov.br E-mail: [email protected] Capa: Willis de Castro – Pintura Óleo sobre tela – 50 x 50 cm – 1958 Equipe Técnica: Maria Marta Cezar Lopes Henrique da Silveira Sardinha Pinto Filho André Yuji Pinheiro Uema Cintia Rejane Souza Araújo Gonçalves Juliana Corrêa de Freitas Fernanda Leal Wanderley Programação Visual e Diagramação: Juliano Orem e Maria Loureiro Impresso no Brasil 2010 _________________________________________________________________ G971 Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos / organizadores: Paulo Roberto de Almeida, Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins– Brasília: Funag, 2010. 244p. : il. ISBN: 978-85-7631-274-1 1. Relações diplomáticas – Brasil – Estados Unidos. 2. Arquivos – Estados Unidos. 3. Brasil – História. I. Almeida, Paulo Roberto de (Org.). II. Barbosa, Rubens Antônio (Org.). III. Fins, Francisco Rogido (Org.). CDU: 930.253(81=73) _________________________________________________________________ Depósito legal na Fundação Biblioteca Nacional conforme Lei no. 10.994, de 14/12/2004. 6 In Memoriam Embaixador Wladimir Murtinho, um grande construtor, promotor, incentivador, colecionador, defensor e propagandista de tudo o que dizia respeito à arte, à cultura e à memória histórica do Brasil, um diplomata completo e um homem renascentista no sentido mais amplo do termo.
    [Show full text]
  • American Mirror: the United States and the Empire of Brazil in the Age of Emancipation
    University of Pennsylvania ScholarlyCommons Publicly Accessible Penn Dissertations 2017 American Mirror: The United States And The Empire Of Brazil In The Age Of Emancipation Roberto Saba University of Pennsylvania, [email protected] Follow this and additional works at: https://repository.upenn.edu/edissertations Part of the History Commons Recommended Citation Saba, Roberto, "American Mirror: The United States And The Empire Of Brazil In The Age Of Emancipation" (2017). Publicly Accessible Penn Dissertations. 2561. https://repository.upenn.edu/edissertations/2561 This paper is posted at ScholarlyCommons. https://repository.upenn.edu/edissertations/2561 For more information, please contact [email protected]. American Mirror: The United States And The Empire Of Brazil In The Age Of Emancipation Abstract This dissertation traces the triumph of free labor in the two largest slave societies of the nineteenth- century western world: the United States and Brazil. Drawing on a range of primary sources from American and Brazilian archives, it reconstructs the intense circulation of transnational agents between these two countries from the 1840s to the 1880s. It shows how these exchanges transformed the political economies of both nations: whereas Brazil attracted American capital and expertise to modernize its economic structure and accomplish a smooth transition from slave to free labor; the United States seized the opportunity to invest, develop, and encourage free labor in Brazil, which had long been under the influence of the British Empire. As vital as chattel slavery had become to the nineteenth-century world economy, a coalition of American and Brazilian reformers proposed that an even more efficient and profitable labor system could eplacer it.
    [Show full text]