Botafogo De Futebol E Regatas
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BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS 1894 1904 1942 TUA ESTRELA SOLITÁRIA TE CONDUZ ! ! CRAQUES ETERNOS Grandes futebolistas Ver página anexa: Anexo:Relação de futebolistas do Botafogo de Futebol e Regatas por ordem alfabética Abelardo de Fischer Mauro Galvão Quarentinha Lamare Flávio Ramos Mendonça Renato Gaúcho Afonsinho Garrincha Mimi Sodré Renato Sá Alemão Geninho Mirandinha Rildo Alex Alves Gérson Moreira Roberto Aluízio Pinto Gérson dos Neco Soares Miranda Amarildo Santos Nei Conceição Rodrigo Áttila Gil Nilo Rodrigues Neto Basso Gilbert Hime Nílson Dias Rogério Baltazar Gonçalves Nílton Santos Rolando de Bebeto Heleno de Octávio Lamare Brito Freitas Moraes Sandro Cao Jairzinho Osmar Sérgio Manoel Carlos Alberto Joel Osvaldo Baliza Sinval Dias Josimar Pampolini Túlio Carlos Alberto Juninho Paraguaio Túlio Maravilha Santos Juvenal Pascoal Valdeir Carlos Alberto Leandrão Patesko Valdo Torres Leandro Ávila Paulinho Victor Carlos Leônidas Criciúma Wágner Roberto Leônidas da Paulistinha Waltencir Carvalho Leite Silva Paulo César Wendell Dé Lúcio Flávio Caju Wilson Gottardo Didi Manga Paulo Sérgio Zagallo Dino da Costa Marinho Paulinho Zé Carlos Dirceu Chagas Valentim Zé Maria Djair Martim Silveira Perácio Zé Roberto Dodô Maurício Perivaldo Donizete Pirillo Ferretti GARRINCHA Para o ingênuo e travesso Mané Garrincha, o futebol era apenas uma brincadeira aprendida nas peladas de bola de meia nos campinhos de Pau Grande, em Petrópolis. Por isso, ele estava à vontade no primeiro treino, em General Severiano: tanto faz dar dribles nesse ou naquele "João", como brincar com os amigos Pincel e Suingue, companheiros nas caçadas do passarinho chamado garrincha. Manoel Francisco dos Santos tinha pernas tortas, a esquerda com 6 cm mais que a outra. Era o Torto, o ponta- direita de dribles desconcertantes, arrancadas irresistíveis, A Alegria do Povo. Povo que o amou por duas décadas desde que baixou, em 1953, em General Severiano, depois de tentar a sorte em outros clubes cariocas - Fluminense, Vasco e São Cristóvão não acreditaram que "aquilo" pudesse jogar. O técnico Gentil Cardoso atendeu ao pedido de ex-médio alvinegro Arati, que o vira jogar no Esporte Clube Pau Grande. O resultado do primeiro treino todos sabem: bola entre as pernas de Nílton Santos e a imediata sugestão de contrata- lo. Pelo Botafogo, disputou 608 partidas e marcou 245 gols. Conquistou três Campeonatos Cariocas (1957, 1961 e 1962) e dois Torneios Rio-São Paulo (1962 e 1964). Pela Seleção Brasileira, conquistou duas Copas do Mundo ( 1958 e 1962), e detém até hoje uma marca impressionante: perdeu apenas uma das 61 partidas que fez com a camisa da Seleção. Mas não só de glória viveu Mané Garrincha. Quando trocou sua mulher Nair e as sete filhas pela cantora Elza Soares, depois da Copa de 1962, ele foi vítima do preconceito do povo e dos próprios amigos. Fora isso, é obrigado a jogar machucado, à base de injeções para aliviar as dores nos joelhos, atingidos pelas chuteiras dos adversários desleais. Não adianta recorrer às rezadeiras: o joelho, já no início de 1963, precisa de operação. Vergonha: o Botafogo se nega a pagar as despesas. É um irresponsável, falta aos treinos, justificam-se os cartolas. Em fins de 1965, o Corinthians, desesperado com o título paulista que não chega desde 1954, leva Garrincha para o Parque São Jorge. Entre fevereiro e outubro de 1966, apenas dez jogos. Começa a queda. Garrincha tenta a sorte no Barranquilla, da Colômbia, mas seu contrato é cancelado em uma semana. O Nacional, de Montevidéu, e o Boca Juniors, de Buenos Aires, desistem de contrata-lo ao constatar nas radiografias a artrose irreversível, em 1968. Garrincha nem mesmo era sombra do lampejo do gênio mostrado com o gol de falta contra a Bulgária, na Copa do Mundo de 1966. Em dezembro de 1968, o Flamengo ainda aposta em Mané. Na estréia contra o Vasco, um fiasco e o clube desiste de tentar salvar Mané. Teimoso, ele acaba na Itália, jogando num time de açougueiros no balneário de Tor Vajanica. De volta, ainda tenta uma última chance no Botafogo de Zagalo. Nada dá. Em 19 de dezembro de 1973, no Jogo da Gratidão, o Maracanã lotado, Garrincha recebe as últimas homenagens de uma torcida que soube admirá-lo como o maior ponta- direita do mundo, um gênio. Em janeiro de 1983, festa no céu. Indicado para a seleção dos maiores jogadores do século XX por 250 jornalistas de todo o mundo em junho de 1998, Garrincha foi o maior driblador da história do futebol. Com suas pernas tortas, ele realizou algumas das mais maravilhosas atuações do futebol pelo Botafogo e pela seleção brasileira. Garrincha e Pelé: o Brasil nunca perdeu com os dois juntos Manuel Francisco dos Santos nasceu em Pau Grande a 28 de Agência JB outubro de 1933 e morreu em 20 de janeiro de 1983. "Num só transporte a multidão contrita Em ato de morte se levanta e grita Bicampeão mundial em 1958 e Seu uníssono canto de 1962, Garrincha foi o principal esperança. jogador na conquista da Copa do Garrincha, o anjo, escuta e Mundo do Chile. Quando Pelé se atende: _ contundiu no segundo jogo e ficou fora pelo resto do torneio, Gooooool!" Garrincha se tornou o grande jogador do Brasil. Vinícius de Moraes "Garrincha, de que planeta Alberto Ferreira / AJB vienes?" Contra dois tchecos na final de Jornal El Mercurio, de Santiago, na 62 Copa de 1962 Jogou 60 partidas pela seleção brasileira. Estreou em 18/09/55 contra o Chile no Maracanã. A única derrota foi em seu último jogo, pela copa de 1966, em Liverpool, quando o Brasil perdeu da Hungria de 3 x 1. Com Garrincha, o Brasil conseguiu 52 vitórias e 7 empates. Com Mané e Pelé juntos em campo, o Brasil Jornal dos Sports nunca perdeu. Pelo Botafogo, Garrincha disputou 581 jogos, marcando 232 gols. Estreou como titular em 19/07/53, fazendo três gols na vitória de 6 x 3 sobre o Bonsucesso. Foi campeão carioca em 1957, 1961 e 1962 e do Rio-Saõ Paulo em 1962 e 1964. Alberto Ferreira / AJB Mané jogou também no Corinthians (3v, 2e, 5d, 2 gols), Flamengo (9v, 4e, 2d, 4 gols), Olaria (2v, 4e, 4d e 1 gol), e alguns outros times brasileiros e estrangeiros no final de carreira Garrincha e Amarildo Garrincha e Didi Garrincha e Gerson NÍLTON SANTOS Nílton Santos jogou em quase todas as posições da defesa do Botafogo, mas foi na lateral-esquerda da Seleção Brasileira, na qual permaneceu titular absoluto de 1951 a 1962, que conquistou o título de bicampeão mundial (1958 e 1962). Foi jogador de um equilíbrio extraordinário e no início da carreira, no Flecheiras, da ilha do Governador, gostava de jogar de meia-esquerda. Craque que nasceu com alma de atacante, acabou glorificado pela arte de evitar os gols. O senso de equilíbrio, a classe, a elegância, a segurança que dava ao Botafogo e à Seleção Brasileira consagraram-no como a Enciclopédia do Futebol. Com Nílton Santos surgia no Botafogo um lateral que tinha a estranha mania de atacar, chutar a gol e até marcar. Em 718 partidas que defendeu o alvinegro, marcou 11 gols. Sua categoria levou-o à Seleção Brasileira em 1949 para disputar o Sul-Americano e a Copa Rio Branco. Flávio Costa, que gostava de beques duros e viris, deixou Nílton Santos na reserva na Copa do Mundo de 1950, no Brasil. Mas ele foi campeão do Pan-Americano de 1952, no Chile, e do Sul-Americano de 1953, em Lima. No ano seguinte, foi titular da Seleção na Copa do Mundo na Suíça, sob a direção de Zezé Moreira. Em 1958, saiu do Rio de Janeiro como reserva do gaúcho Oreco e voltou da Suécia campeão mundial. Em sua estréia, quase levou o técnico Vicente Feola à loucura por avançar. Mas, ao tabelar com Mazola, marcou o segundo gol na vitória de 3 x 0 contra a Áustria. Foi campeão carioca de 1957, 1961 e 1962, e brasileiro de Seleções em 1951. Na Copa do Mundo de 1962, jogou como lateral-esquerdo, mas no Botafogo atuava de quarto-zagueiro. Um dia, em 1964, jogava contra o Vasco e reparou num zagueiro forte que esbanjava saúde. Quis saber quem era e ficou assustado: "Brito, filho de Leonídio Ruas? Meu companheiro de peladas no Flecheiras? Tá na hora de parar". Escolheu um clássico contra o Flamengo, a 13 de dezembro de 1964, para a despedida. O Maracanã estava lotado e Nílton Santos recebeu a mais longa salva de palmas que se conhece no futebol brasileiro. O Flamengo era o grande rival e mais uma vez ele foi vitorioso: uma jogada sua terminou nos pés do juvenil Roberto Miranda, que definiu a vitória de 1 x 0 para o Botafogo. Um adeus como convém aos ídolos. Naquele dia, o esporte brasileiro perdia o futebol mágico de um dos melhores (senão o melhor) laterais-esquerdos do mundo. Um lateral com vocação pelo gol e que sabia como evitá-lo. Perdia a Enciclopédia do Futebol. JAIRZINHO O chute forte, certeiro, o pique veloz, irresistível, excelente condição física e admirável espírito de equipe fizeram de Jairzinho o melhor ponta-direita da Copa do Mundo de 1970 e o artilheiro do Brasil no México. A relação de Jairzinho com o Botafogo começou muito cedo, desde a infância - ainda menino, em 1958, já era gandula no campo da Rua General Severiano. Em 1961, titular nos juvenis, ganha seu primeiro campeonato. Substituindo eventualmente Quarentinha, Zagalo ou Aírton, assume a camisa 7 em 1965, com a venda de Garrincha para o Corinthians. No ano seguinte, é convocado para a Seleção que disputou a Copa do Mundo na Inglaterra, convocação que se repete nas copas seguintes, do México e da Alemanha. No Botafogo, permanece até 1974: o fracasso do Brasil na Alemanha, a insistência de Jairzinho em participar dos ensaios e desfiles pela Escola de Samba Salgueiro, as longas discussões para renovação do contrato acabaram criando um impasse, e o jogador é vendido ao Olympique, de Marselha, no qual já brilhava seu amigo Paulo César Caju.