“É NECESSÁRIO IKEA INVESTE ALTERAR A 660 MILHÕES DE EUROS CULTURA Empresas ATÉ 2015 ANTIEMPRESA” Pág. 09 PÁG. 35
Nº 1172 / 27 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ DIRECTOR João Peixoto de Sousa
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SUPLEMENTO METAL AIMMAP APOSTA Empresas portuguesas NA PROMOÇÃO EXTERNA Pág. 08 investem em Espanha SUPLEMENTO ARAN CUSTOS DE PRODUÇÃO mais de sete mil milhões AFASTAM JONHSON Uma economia pujante e um sector bancário liderante em eficiência, CONTROLS rentabilidade e inovação fazem com que Espanha seja um mercado atrac- PÁG. IV tivo para o investimento português que, em apenas quatro anos, ultra- passou os sete mil milhões de euros. Com o terceiro maior crescimento do PIB a nível europeu e com um ACÇÕES DA GALP poder de compra que duplicou nos últimos 10 anos, Espanha é o destino INICIAM NEGOCIAÇÃO natural para a internacionalização das empresas portuguesas, que contam EM ALTA VENDAS PARA ESPANHA AUMENTAM 62,5% já com mais de 140 lojas próprias ou em regime de fanchising. Pág. 37 Valores em percentagem Segundo Vital Morgado, adido comercial de Portugal em Espanha, há um número crescente de pequenas e médias empresas interessadas em CRÉDITO Exportações investirem no mercado espanhol. Energia, banca, telecomunicações e ac- 29 ÀS EMPRESAS 27 tividades imobiliárias são os sectores mais importantes. AUMENTA 6,6 MIL Importações A PME Portugal acaba de abrir uma delegação em Espanha. MILHÕES DE EUROS Pág. 05 Pag. 36 16.6 14.5 Mais de 300 PME Portugal abre C&A QUER ABRIR empresas delegação em MAIS 18 LOJAS portuguesas estão Vigo para apoiar Pág. 09 instaladas em 1995 2000 investidores Fonte: INE Espanhol Espanha “VIDA ECONÓMICA” LIDERA JORNAIS ECONÓMICOS “CRÉDITO AO CONSUMO A “Vida Económica” é o jornal Parceiros privados É UM NEGÓCIO especializado com maior circu- RENTÁVEL lação no mercado português. Os dados da APCT – Associa- podem melhorar PARA OS BANCOS” ção Portuguesa de Controlo de PÁG. 36 Tiragem relativos ao primeiro semestre de 2006 revelam que eficiência das câmaras CONFIANÇA a “Vida Económica” lidera o NA PROPRIEDADE ranking das publicações do seu Os municípios têm um amplo cal e central aproveitar a maior INTELECTUAL AJUDA segmento em circulação paga e leque de atribuições e obrigações eficiência, dinamismo e mesmo A RELANÇAR SECTOR em circulação total. para com as populações, designa- capacidade de endividamento dos TÊXTIL (continua na página 34) damente ao nível das infra-estru- privados. PÁG. 26 turas. Deparam-se, porém, com A maior característica das PPP restrições orçamentais cada vez é que o financiamento e o risco maiores. corre, em regra, por conta do MIBEL PODERÁ Os parceiros privados aparecem, privado, podendo as PPP ser auto- ALARGAR-SE neste contexto, como uma solução -sustentáveis ou não. A MARROCOS E ARGÉLIA a abraçar, podendo o poder lo- PÁG. 6 PÁG. 11
PORTUGAL ORACLE ACREDITA ESTÁ MAIS NA MODERNIZAÇÃO “CONSUMIR PRODUTOS PORTUGUESES ATRACTIVO PARA DA ADMINISTRAÇÃO É GARANTIR O FUTURO O INVESTIMENTO PÚBLICA DO PAÍS” PÁG. 25 PÁG. 07 PÁG. 28
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CAUSAS DO DIA-A-DIA NESTA EDIÇÃO O FIM DAS SCUT A NORTE
O que vem de ser anunciado quanto à introdução de portagens nas SCUT a Norte, fere os mais elementares princípios da ANTÓNIO VILAR justiça, da equidade e da solidariedade ADVOGADO nacional. [email protected] PÁG. 04 P. 29 P. 25 ão é fácil viver em Portugal com uma economia em transição ace- lerada, uma profunda crise nas fi nanças públicas e uma sociedade Nem profunda mutação, e tudo isto, ainda, num contexto interna- ACTUALIDADE FISCO ABRE MÃO DE 100 MILHÕES NOS PPR cional incerto e inseguro. Mas é um grande desafi o. A reposição dos benefícios fi scais nos Planos de Poupança Reforma (PPR) é O processo de destruição criativa (Schumpeter) que marca indelevel- uma das raras medidas de incentivo à poupança por parte do actual Executivo. mente o tempo português actual pode levar não só à substituição do velho Com esta medida, o Estado terá que “abrir mão” de cerca de 100 milhões de pelo novo como à passagem da mediocridade à excelência. E este é, por euros, contra os apenas dez milhões previstos para o presente exercício. No isso, um tempo de esperança a que não se deve fi car indiferente, mas nos entanto, os benefícios não serão iguais para todos os planos. há-de comprometer, também, na mudança em curso. INFORMÁTICA A questão não será, pois, a mudança, mas o sentido da mudança, a que, MAGIRUS QUER TER PRESENÇA NOS MAIORES aliás, o Orçamento de Estado (OE) para 2007 já marca inegáveis linhas. DISTRIBUIDORES Sobre a respectiva proposta de lei têm-se afi rmado três correntes críticas: uma técnica, outra partidária e uma outra ideológica. Na primeira perspec- Portugal é ainda um mercado apetecível para a maioria das empresas de tec- tiva, o OE terá acolhido as opções mínimas necessárias para responder à nologia. A Magirus está consciente desse facto e está a desenvolver esforços crise do défi ce público; na perspectiva partidária, o OE é mau porque não para se implantar entre os maiores distribuidores. A empresa centra a atenção, e é bom, porque sim; na perspectiva ideológica, releva, sobretudo, a matriz numa primeira fase, na integração das suas três unidades de negócio. O gran- da luta de classes. Tendo em conta estas visões parcelares, é necessária uma de objectivo é actuar, na medida do possível, junto do utilizador fi nal. síntese – e fazê-la cabe naturalmente ao Governo que recebeu mandato democrático para conduzir os destinos do país, e não às oposições. ASSOCIATIVISMO ESPANHÓIS RECUSAM PRODUTOS PORTUGUESES Aos sacrifícios exigidos por todos os processos e dinâmicas em curso, têm os portugueses reagido, apesar de tudo, com bastante lucidez e muita O presidente da Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produ- compreensão, apesar de alguns serem demasiado gravosos. E creio que, em tos Alimentares (ANCIPA) acha que o tratamento que nós damos aos espanhóis geral, a resposta há-de continuar no mesmo tom desde que impere sempre não tem reciprocidade no país vizinho. Os espanhóis pensam que, se têm a justiça e a equidade e não sejam ignorados, também, os valores da certeza, produtos semelhantes, não há que os comprar a estrangeiros. A notoriedade da segurança e da solidariedade, sem os quais, de resto, nada se pode cons- dos produtos portugueses não é reconhecida no mercado espanhol. O inverso truir e é difícil viver em sociedade. já não é verdade. Muitas feiras mais não são que um veículo de internaciona- Ora o que vem de ser anunciado quanto à introdução de portagens nas lização da indústria espanhola. SCUT a Norte (Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata) fere os mais elementares princípios da justiça, da equidade e da solidariedade nacional. Não há justifi cação que valha a tão atrabiliária e desnorteada decisão. Tra- ta-se de um tipo de decisão que, disfarçada de técnica, assenta no poder HUMOR ECONÓMICO gratuito e autista, tanto quanto ignorante e centralista. Na verdade, nenhum dos índices invocados – mas não provados! – pelo Governo tem aplicação: os índices de poder de compra no Norte têm caído ( e não subido); o produto interno bruto regional é dos mais miseráveis de todas as regiões europeias; e não há alternativas em matéria de estradas que justifi quem a opção. É mais um prego no caixão do desenvolvimento do Norte. É mais uma prova de que a Norte não há poder político. É mais um crime contra a solidariedade nacional. A doutrina política que sufraga a existência das SCUT é sã, tanto quanto o é a introdução posterior de portagens desde que se mantenham as linhas essenciais daquela doutrina. Ora a decisão anunciada pelo Governo não resiste à mais simples análise da situação dos índices que a introdução de portagens implica que se verifi que. A prova da pertinência da decisão cabe ao Governo, que nunca a conse- guirá fazer. BREVES A contraprova, essa caberia aos deputados do Norte, aos autarcas da região EMPRESAS CITADAS e às elites políticas nortenhas. Se tivessem dimensão humana e política… PRODUTIVIDADE LABORAL DAS EMPRESAS NACIONAIS Impresa ...... 03 Amorim Imobiliária ...... 19 ESTÁ A CRESCER E.ON ...... 03 Lena ...... 21 Os gestores portugueses consi- Banco Popular ...... 04 Imocom ...... 21 deram que, no ano passado, a EDITOR E PROPRIETÁRIO: Vida Económica ASSINATURAS: Maria José Teixeira, Carla produtividade laboral das suas Editorial SA Costa Miranda ...... 04 Nersant ...... 21 empresas terá crescido cerca de [email protected] REDACÇÃO: Virgílio Ferreira (Chefe de Re- Esomar ...... 07 Grupo Lar ...... 21 15%, uma informação que con- dacção), Guilherme Osswald, Sandra Ribeiro, IMPRESSÃO: Naveprinter, SA - Porto tradiz os últimos dados da OCDE, Susana Marvão, Gabriela Raposo, Bárbara DISTRIBUIÇÃO: VASP, Sociedade de Trans- Citigroup ...... 08 Millennium bcp ...... 21 que aponta mesmo para um de- Andrade, Aquiles Pinto, Martim Porto, Rute portes e Distribuição, SA créscimo do PIB por hora traba- Barreira e Adérito Bandeira. MLP: Media Logistics Park SAP ...... 08 J. A. Santos Carvalho ...... 21 Quinta do Grajal - Venda Seca lhada. O estudo da consultora SECRETÁRIA DA REDACÇÃO: Lisbeth Ferreira eBay ...... 08 PT ...... 25 [email protected] 2739-511 Agualva - Cacém Proudfoot revela optimismo por E-mail: [email protected] parte das empresas nacionais. Tel.: 214 337 000 - Fax: 214 326 009 Skype ...... 08 BPI ...... 25 PAGINAÇÃO: Célia César, Mário Almeida, Flá- Para os gestores, o objectivo mais via Leitão, José Barbosa e Susana Almeida. EMPRESA CERTIFICADA YouTube ...... 08 Vila Sol ...... 25 importante é manter a tendên- CENTRO DE INFORMÁTICA: Paulo Alexandre Google ...... 08 José de Mello Saúde ...... 25 cia de crescimento. O executivos Contactos Porto: Rua Gonçalo Cristóvão, 111, afi rmam que efi ciência é obtida 6º Esq. 4049-037 Porto Ttata Steel ...... 08 Gesventure ...... 27 Tel.: 223 399 400 • Fax: 222 058 098 sobretudo por via da retenção dos [email protected] Corus ...... 08 Motorola ...... 27 funcionários mais produtivos, da www.vidaeconomica.pt realização de investimentos em Contactos Lisboa: Campo Pequeno, 50 - 4º Esq. REN ...... 11 Vodafone ...... 27 tecnologias da informação e da 1000-081 Lisboa externalização de algumas das Tel.: 217 815 410 • Fax: 217 815 415 HoraInox ...... 13 Optimus ...... 27 TIRAGEM CONTROLADA PELA: funções. A maioria destacou que DEPARTAMENTO COMERCIAL: Albino Ibérica ...... 13 Oracle ...... 28 o nível de produtividade está rela- Porto: Teresa Claro e Madalena Campos [email protected] Casa Cadaval ...... 14 McAffe ...... 29 cionado com os incentivos econó- [email protected] micos baseados na qualidade do Paxar ...... 14 Omigma ...... 29 Secretária Comercial: Alzira Simari trabalho desenvolvido. Ainda no [email protected] TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: OPCA ...... 14 Mainroad ...... 29 ano passado, as empresas portu- Tel. 223 399 404 MEMBRO DA EUROPEAN BUSINESS PRESS 25.100 guesas terão benefi ciado de uma Lisboa: Sónia Pires 4000 Município (Porto) TAXA PAGA Massimo Dutti ...... 16 Creative Labs ...... 45 redução nas horas de trabalho E-mail: [email protected] Registo na D. G. C. S. nº 109 477 • Depósito Legal nº 33 perdidas. Tel. 217 815 410 445/89 • ISSN. 0871-4320 • Registo do ICS nº 109 477 Chamartín ...... 19 Sogrape ...... 45 sexta-feira, 27 Outubro de 2006 ACTUALIDADE 03
2,1 mil 260 49% milhões de euros milhões de euros Queda nos lucros Receitas do jogo da Impresa até Crédito malparado nos nove primeiros Setembro dos particulares em Agosto meses
ECONÓMETRO
VIEIRA DA SILVA JOSÉ SÓCRATES O ministro do Trabalho não dá muito nas vistas, mas O Primeiro-Ministro deu uma imagem muito pálida pe- apresenta trabalho, de uma maneira geral meritório. rante as adversidades. Os erros sucederam-se por parte Desta vez toca num assunto que há muito deveria ser dos seus ministros, os argumentos utilizados para justi- motivo de maior controlo, o financiamento à formação ficar certas medidas são descabidos e repetiram-se os profissional. A partir de agora, os apoios à formação avanços e recuos. Sócrates preferiu nem sequer apare- vão-se destinar apenas às empresas com melhores re- cer, mais preocupado em salvaguardar a sua posição do sultados. Por outro lado, as empresas perdem apoios que em esclarecer os portugueses. do Estado na contratação de jovens com menos de 23 anos sem o curso do secundário. MARIANO GAGO O ministro do Ensino Superior é quase virtual, raramen- ÁLVARO PORTELA te aparece e quando o faz é mensageiros de boas no- A Sonae Sierra continua o seu processo de expansão tícias. Mas a realidade é bem diferente. Há situações de forma consistente. E quando não é possível avançar incompreensíveis ao nível dos docentes. Enquanto uns isoladamente, nada como encontrar parceiros credíveis dão aulas em três e quatro instituições, há doutorados e com experiência reconhecida. Foi o que aconteceu no no desemprego. Naturalmente, os alunos também pa- mercado brasileiro. A empresa do universo Sonae alie- gam esta forma de estar de muitos docentes no ensino nou 50% da Sierra Brasil a uma empresa norte-america- superior. Parecem figuras intocáveis, se se pensar nos na com que encaixou quase 119 milhões de euros. anos em que se fala nos “turboprofessores”.
REVISTA PUB DE IMPRENSA EXPANSIÓN E.ON completa supercrédito de mais de 37 mil milhões O gigante alemão da energia E.ON completou a operação de um megacré- dito de 37,1 mil milhões de euros para adquirir a espanhola Endesa. Trata-se de um novo empréstimo sindicado, sendo que o processo ficou concluído em apenas duas semanas e foi subscrito por 18 entidades creditícias. A empre- sa germânica fez questão de anunciar que se trata do maior financiamento sindicado do mundo e da fé do merca- do financeiro internacional na E.ON e o seu apoio à oferta pela Endesa. O empréstimo será refinanciado por meio de diversas emissões de dívida Reserve já um e/ou ampliação de capital (...).
FINANCIAL TIMES espaço para a sua Crescimento na zona euro empresa. não impressiona BCE Os políticos podem ter falado prema- Por apenas 325 + IVA aceda turamente ao afirmarem que as pers- pectivas mudaram, em termos econó- micos, na zona euro. O Banco Central ao kit de participação: 9m2 de stand Europeu deitou água fria no dinamis- mo registado ao nível do crescimento durante 3 dias, um convite para o da produtividade laboral (...). O banco central afirma que esse crescimento pode ser apenas a extensão de um fe- jantar “Negócios à Mesa” e o nómeno cíclico e avisa que será neces- sário esperar ainda alguns anos para se logotipo da sua empresa no saber se essa produtividade é um facto incontestável, superior mesmo à dos Estados Unidos. catálogo da feira.
INVESTIR Patrões e sindicatos franceses começam a entender-se Foi colocada primeira pedra do mer- cado de trabalho. O patronato e oito líderes sindicais encontraram-se para debaterem a reforma do mercado de trabalho. Foi a primeira reunião deste género desde há mais de seis anos. Os participantes mostraram-se satisfeitos, à excepção da CGT. Três grupos de trabalho vão agora debater os assuntos mais pertinentes, como os contratos de trabalho, os percursos profissionais e o seguro de desemprego (...). 04 ACTUALIDADE sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Américo Amorim, administrador do Banco Fisco abre mão Popular Espanhol, premiado pela EGP de 100 milhões nos PPR detrimento do recebimento em “Sector bancário espanhol capital”, defende o Executivo. é extremamente agressivo” Despesas fiscais disparam O sector bancário espanhol é “extremamente Para além do agravamento da despesa fiscal em 100 milhões de agressivo”, comparado com o português, e, euros com a reposição dos PPR, além do mais, as instituições financeiras do as despesas com os contribuintes país vizinho “têm muito rigor no controlo dos portadores de deficiência vai pas- sar de 150 para 159 milhões de custos”, que são “nitidamente inferiores” aos euros. Entre os benefícios fiscais praticados pela banca nacional. A afirmação é onde a despesa também dispara do empresário corticeiro Américo Amorim, em está a aquisição de computadores, onde o Estado dará benefícios de declarações à “Vida Económica” à margem da 75 milhões de euros face aos 1,4 cerimónia de entrega do prémio Empreendedor “É necessário reprivatizar a economia”, pois milhões estimados para o ano cor- “não há justificação para o Estado ainda inter- rente. Com um montante também 2006, atribuído pela Escola de Gestão da vir em cerca de 100 empresas” nacionais, disse considerável, estão os desportistas Universidade do Porto (EGP). Américo Amorim na EGP. Teixeira dos Santos , ministro das Finan- que absorverão benefícios fiscais ças, reavalia benefícios fiscais. de 13,5 milhões de euros. Américo Amorim falou à “Vida trega do prémio Empreendedor “Portugal em contraciclo A reposição dos benefícios fis- Entre as alterações introduzidas Económica” na qualidade de ac- 2006. “Não é possível liderar e com a Europa” cais nos Planos de Poupança Re- ao Estatuto dos Benefícios Fiscais cionista e membro do Conselho comandar um grupo de empre- forma (PPR) é uma das poucas estão algumas das recomendações de Administração do Banco Po- sas sem essa condição” – “decidir “Hoje há pouca coragem e pou- medidas de incentivo à poupan- da Comissão de Reavaliação des- pular Espanhol e realçou a prin- com informação”. ca visão estratégica”, sentenciou, ça deste Orçamento de Estado. tes benefícios. Entre elas: o refor- cipal diferença entre o sistema fi- A receita para o sucesso é, pois, ainda, Américo Amorim e “a eco- Com esta medida, haverá um ço da caducidade das normas que nanceiro espanhol e o português: entre outros factores, ter consci- nomia tem de se provocar per- acréscimo de 100 milhões de eu- os instituem; o aperfeiçoamento e “eles têm muito rigor no controlo ência de que “a informação não manentemente” de “construir-se ros face aos 10 milhões estimados actualização de algumas medidas do custos, a grande diferenciação tem pausas” e de que a mesma é em cada dia”. É, aliás, necessário para este ano. de incentivos fiscais; e a concreti- é essa, os custos, o que é um dado fundamental, mesmo que à custa “reprivatizar a economia”, disse Os benefícios não serão iguais zação da unidade e consolidação extremamente importante do do sacrifícios de “noites”, “fins- Amorim, frisando que “não há para todos os PPR. Serão maiores normativa do quadro regulador sistema financeiro, nitidamente de-semana” ou “férias”, garan- justificação para o Estado ainda para quem optar por uma renda dos benefícios fiscais. mais baixo em Espanha do que te Américo Amorim. Só assim, intervir em cerca de 100 empre- vitalícia, em vez de um resgate, em Portugal”. com a “recusa da comodidade” se sas” nacionais. ou seja, para quem optar por re- FII prejudicados “Esta diferença dos custos é gri- “constroem as grandes decisões”. É preciso “pôr os portugueses a ceber uma parcela do PPR ao lon- tante entre os sistemas financeiros “Com informação, com muita nadar”, acrescentou, insurgindo-se go dos anos, em vez de resgatar Com a revisão do Estatuto, os dos dois países”, complementou, informação”, reafirma, acrescen- contra o número – “700 mil” – de o dinheiro aplicado de uma vez. benefícios fiscais associados aos acrescentando que “as variáveis tando a importância da “leitura”, funcionários públicos existentes no O OE introduz a “discriminação fundos de investimento imobi- do mercado e as especificidades, do “sentido crítico”, da “irreve- país. É uma situação “incomportá- positiva para a opção de rendas liário (FII) diminuíram. É que, que são completamente distintas rência” - “sem obstinação” - e do vel para Portugal”, “um país amor- vitalícias”. no caso dos FII fechados de subs- entre os dois países”, completam “conhecimento do terreno”, atra- daçado há muitos anos” e “em con- Deste modo, “a prestação paga crição particular por investidores a diversidade entre os dois esta- vés das viagens pelo mundo. “Os traciclo com a Europa”. no âmbito de planos poupança não qualificados ou por institui- dos. portugueses lêem muito pouco, O empresário, que, em 2005, reforma ou planos de pensões ou ções financeiras por conta daque- falam de mais e são pouco irreve- reorganizou o grupo que co- outros regimes complementares les, a isenção de IMT e de IMI Portugueses “acríticos” e rentes” e “quando uma sociedade manda pela quarta vez e que, em de Segurança Social, que corres- desaparece, passando apenas a re- “pouco irreverentes” não lê, estamos no abstracto da parceria com a Sonagol, adquiriu ponde ao reembolso de capital, duzir-se em metade a taxa destes economia”. 33,44 por cento do capital da será considerada em 80%. Tal impostos. A informação e a comunica- “Deixem menos coisas aos vos- Galp, aponta outra receita para significa que, neste caso, o va- Por outro lado, foram criados ção são “condição de sobrevivên- sos filhos, mas incentivem-nos o sucesso: o “comando diversi- lor do rendimento sujeito a IRS benefícios adicionais para FII em cia” de um empresário líder de e dêem-lhes condições para eles ficado”. “Eu nunca tive só um passa a ser de 20% do valor da que 75% do activo esteja afecto à um grupo de empresas, afirmou viajarem”, atirou Américo Amo- produto, nunca apostei num só renda”, refere o OE. “Com esta exploração de recursos florestais. Américo Amorim, perante uma rim aos empresários que o ou- mercado, nunca trabalhei com alteração pretende-se incentivar Também foi desenvolvido um plateia de empresários, alunos e viam, criticando o ambiente de uma só divisa”. Depender de uma a opção pelo recebimento do be- regime fiscal para os fundos de ex-alunos da Escola de Gestão do “excessivo facilitismo” que certos só moeda é “um altíssimo risco nefício sob a forma de renda, em capital de risco. Porto, que acompanharam a en- pais proporcionam aos filhos. empresarial”.
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�������������������������������������������������������������������������������������������������� de advogados ������������������������������������������������� africana no ano �������������������������������������������������������������������������������������������� ��������������������������������������������������������������������������������������� A Chambers & Partners, um ������������� dos mais importantes directórios jurídicos internacionais, nomeou ����� a Miranda Correia Amendoeira ��������������������������������������������������������������������� J������� & Associados (“Miranda”) e a �������������������������������������������������������������� J������� sua rede de escritórios associados, ���������������������������������������������������������� �J������� ������������������������� Miranda Alliance, para a catego- ria de “African Law Firm of the �������������������������������������������������������������� Year”, no âmbito da atribuição ���������������������������������������������������� dos prémios “Chambers Global Awards” promovidos anualmente �������������������������������������������������� por aquele directório. ����������� “Fazer parte de uma lista em que ombreamos com algumas ������������������������������ dessas firmas é sinal de que o nos- ����������������������������������������� so trabalho consegue competir ���������������������������������������������������� com o daqueles que largamente nos superam em dimensão”. A cerimónia da entrega do ga- Grupo Editorial Vida Económica. lardão da edição de 2006 irá rea- ���������������������� R. Gonçalo Cristóvão, 111 - 6º Esq. lizar-se no dia 16 de Novembro, 4049-037 Porto O Grupo Editorial Vida Económica tem condições para lhe proporcionar formação à medida dos objectivos e necessidades dos Inf: Ana Maria Vieira Telf. 223 399 457/00 no The London Hilton, Park seus trabalhadores, colaboradores ou associados, em qualquer ponto do país, em horário laboral ou pós-laboral. Fx. 222 058 098 [email protected] Lane, em Londres. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 ACTUALIDADE 05
Road Show da PME Portugal revela Empresas portuguesas investem em Espanha mais de sete mil milhões
Um poder de compra que duplicou nos últimos 20 elevados da Europa (118% do rendimento disponível vs. anos e um crescimento económico muito acima da média 97% em Espanha e 62% em França), constituindo um europeia são algumas das razões para que Espanha seja o travão ao crescimento económico do país. destino de muitos portugueses. Os números não deixam O défice orçamental crescente (6% em 2005 vs. 3,2% margem para dúvidas: mais de 64 mil residentes e mais em 1998) torna impossível voltar ao ritmo de crescimento de 300 empresas fizeram essa opção. Os dados foram re- passado. As restrições ao endividamento do Estado e em- velados durante um “road-show” da PME presas tem vindo também a provocar a que- Portugal. da do investimento (crescimento de apenas Retirando o valor dos imóveis em Espa- 0,7%/ano de 2000 a 2005 vs. 6,8%/ano em DIFERENCIAL DE PRODUTIVIDADE nha, relativamente aos quais se fala numa Poder de 1985-2000). É ACENTUADO “bolha imobiliária”, resultante da especu- Perante este cenário, não admira que Es- compra espanhol PIB por hora efectiva de trabalho – em dólares lação do mercado, parece que só há boas panha seja um destino natural para as em- razões para os portugueses estarem em duplicou nos presas e cidadãos portugueses que, de uma 41 Espanha. O crescimento económico de forma ou outra, se sentem prejudicados por Média UE 15: 3,7% no terceiro trimestre de 2006, muito últimos 20 anos uma deficiente prestação de serviços públi- 35,2 acima da média europeia, atesta a vitalida- cos nacionais, pela burocracia e falta de 25.9 de económica deste país, que é nada mais transparência nos processos públicos, pela 20.3 nada menos do que a sétima economia da deficiente regulamentação de mercados e OCDE e a quinta maior da União Euro- produtos ou pelos desincentivos ao trabalho peia. e custos ligados à legislação laboral e sistemas de segurança Mas podem apontar-se outros pontos fortes: forte cres- social. Aliás, não é por acaso que impera no nosso país Portugal Espanha Irlanda cimento do investimento, forte capitalização bolsista, uma uma escassez de capacidade de investimento e inovação, economia cada vez mais internacionalizada e um sector onde o peso de novas empresas no total do parque empre- Fonte: OCDE 2004 bancário liderante em rentabilidade, em eficiência e em sarial é de apenas 1,4% (contra 4,2% da União Europeia e inovação. 3,5% de Espanha). visitam Portugal, dos quais 1,3 milhões ficam mais de um dia. Em sentido inverso, dois milhões de turistas portu- Espanha é mais competitiva O nosso principal parceiro comercial gueses visitam Espanha.
O défice comercial que Portugal mantém com Espanha Espanha absorve neste momento 27% das nossas vendas Mercado natural para a internacionalização não é apenas o nosso único ponto negativo. Segundo um para o estrangeiro e é o principal parceiro comercial de estudo recentemente divulgado pela Espírito Santo Invest- Portugal. No que toca ao investimento português em Espanha, ment, sobre “A banca de investimento e a competitividade O nosso país vendeu a Espanha, em 2005, mais do triplo verifica-se que este país é o mercado natural para a interna- portuguesa”, constata-se que a economia portuguesa per- do que tinha vendido há 10 anos atrás. Entre 200 e 2005, cionalização das empresas portuguesas, com mais de sete deu competitividade face à espanhola no período de con- aumentámos as vendas para o país vizinho em 62,5% Se mil milhões de euros de investimento realizados nos últi- vergência com a Europa (1985-2001). as exportações para o mercado espanhol representavam, mos quatro anos. De facto, se no início do processo de convergência Por- em 1995, cerca de 14,5% do total, hoje atingem cerca de Energia, banca telecomunicações e actividades imobili- tugal apresentava quase o dobro do PIB per capita face a 27%. Nas importações, a subida foi de 16,6% para 29%. árias são os sectores mais importantes. Já existem actual- Espanha, e superior ao da Irlanda, na última década caiu Note-se que Portugal é o quarto mercado para as exporta- mente 140 pontos de venda em Espanha através de lojas para níveis nunca alcançados, estando agora na cauda da ções espanholas. próprias ou em regime de franchising (Onara, Lanidor, Europa, atrás da Grécia e inclusivamente da média da Registe-se que o comércio de Portugal com Espanha Petit Patapon, Salsa, Wesley, Quebramar, Labrador, Peter União Europeia a 15. é maioritariamente entre empresas (B2B) e ainda pouco Murra são algumas das marcas conhecidas). O diferencial de produtividade entre Portugal e a Eu- com o consumidor final. Daí a importância, como frisou Conforme foi dado também a conhecer naquele encon- ropa é acentuado. Em 2004, a diferença do PIB por hora Vital Morgado, adido comercial de Portugal em Espanha, tro, “um número crescente de PME contactam o Centro efectiva de trabalho apresentava um “gap” de 42 pontos durante a apresentação que fez no “road-show” da PME de Apoio ao Investidor Português em Madrid solicitando percentuais face à média da União Europeia a 15 e de qua- Portugal, “da participação em feiras especializadas para informação estratégica para os seus investimentos em Es- se 30 pp face a Espanha. profissionais e conseguir artigos de opinião nas revistas es- panha”. Ao nível do endividamento familiar o panorama não pecializadas”. VIRGÍLIO FERREIRA é muito melhor, atingindo Portugal um dos níveis mas Ao nível do turismo, mais de 5,4 milhões de espanhóis virgilio@vidaeconómica.pt PME Portugal abre delegação em Vigo
A Associação das PME-Portugal abriu “Road show” percorreu cinco uma delegação em Espanha. cidades “Ajudar as PME a entenderem qual a melhor altura para entrarem no mercado Na última sessão do RoadShow foram, espanhol e qual a melhor forma de o fa- ainda debatidos temas e soluções para as zerem, informando-as e apoiando-as” é, PME. As telecomunicações (PME-Tele- segundo Joaquim Cunha, presidente da com), a Certificação de Qualidade, For- PME Portugal, o objectivo desta platafor- mação Profissional, Legislação e 35 horas ma de Formação, Gestores PME, Empreende- O anúncio foi feito durante assinatura dorismo e o Programa PRIME, foram des- do protocolo de parceria com a Proactive tacadas com o intuito de elucidar os cerca & Proasa, representada por Alberto Ro- de 150 empresários e empreendedores pre- cha, e com a Pro-Office, representada por sentes sobre a melhor forma de aumentar a Pilar Blanco, realizada na sessão de encer- competitividade do seu negócio, cumpri- ramento do RoadShow Informativo da rem a lei, reduzirem custos e marcarem a PME Portugal, no Porto. diferença. Durante a sessão, marcada pelo tema A plataforma, instalada em Vigo, prestará assessoria e apoio na constituição e no acompanhamento das O dia foi, ainda, marcado pelo almoço/ pequenas e médias empresas investimento em Espanha, Alberto Rocha reunião do Conselho Nacional da Associa- afirmou que “ter Portugal como vizinho é ideia muito positiva do país, chegou a Virtual, ou seja, irá permitir aos empresá- ção das PME-Portugal e pela discussão do uma grande sorte. vez das PME”. rios utilizarem o endereço do Centro com tema Internacionalização. Há cerca de dez anos começou a ha- A plataforma, instalada em Vigo, pres- telefone e fax, utilizarem a morada social, Lembre-se que o RoadShow Informativo ver um grande interesse de empresas tará assessoria e apoio na constituição e no fiscal e comercial do Centro, aplicarem a decorreu em cinco cidades do país (Lisboa, portuguesas em Espanha. Inicialmente acompanhamento das pequenas e médias Web como suporte técnico do escritório Leiria, Aveiro, Braga e Porto), cumprindo começou por serem as grandes empre- empresas, serviço de consultoria para o de- virtual e instalarem uma placa publicitária o seu objectivo inicial, informar e esclare- sas, fazendo com que Portugal fosse uma senvolvimento da actividade no mercado com o logotipo da firma, nas instalações cer as centenas de empresários, que marca- economia emergente, transmitindo uma espanhol e, disponibilizará um Escritório do Centro. ram presença, durante todas as sessões. 06 ACTUALIDADE sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Partilha de riscos pode ajudar a ultrapassar falhas do mercado e falhas públicas Portugal está mais atractivo Parceiros privados para o investimento podem melhorar estrangeiro m relação ao investimento desenvolvimento de empreen- estrangeiro, Portugal me- dimentos, como na entrada de eficiência das câmaras Elhorou qualitativamente. novas companhias aéreas, no- Embora os números não corres- meadamente as chamadas “low pondam a essa realidade, o pano- cost”. Outra área que também rama tende a mudar. está a crescer, segundo Manuel de A Ernst & Young apresentou Pinho, é a energia. E deu como esta semana o seu segundo estudo exemplo o anúncio que será sobre a atractividade de Portugal efectuado a próxima semana, da (“Portugal: cause for optimism”) maior central solar da Europa, na captação de investimento di- que ficará no Alentejo. E não recto estrangeiro. Os dados são podemos esquecer o sector da pe- referentes a 2005 e demostram troquímica. Sines e Estarreja são que, nesse período, o país perdeu duas localizações bem conheci- pontos face à Europa. O número das. E aqui o factor determinante de projectos anunciado desceu de foi a logística, explica o Ministro 37 para 29 (entre 2004 e 2005), da Economia. Os seis centros eu- representando uma quebra de ropeus não só estão sobrelotados 22% no valor investido. No entanto, segundo o mesmo estudo, há mo- tivos para optimismo. Se na vertente quanti- tativa os valores não são muito famosos, quando se analisa, vertente quali- tativa (referente a Março deste ano), as coisas mu- As parcerias entre o público e o privado já existem, sendo, apenas, necessário alargá-las às autarquias. dam de figura. Muitas das acções do Governo s municípios têm um am- Rio Novo do Príncipe. Perante isto, que se fala tanto de apertar os limi- já tinham sido anuncia- plo leque de atribuições e surge a pergunta: o que leva Aveiro tes ao endividamento das câmaras, das e nalgumas já havia Oobrigações para com as po- a apostar neste tipo de iniciativas? as PPP firmadas ao nível municipal mesmo resultados, e isso pulações, designadamente ao nível Tais como outras personalidades da podem ser uma possível alternativa fez toda a diferença. Esta das infra-estruturas. Deparam-se, nossa praça, também Élio Maia vê ao problema. Segunda esta especia- é a explicação de Ma- porém, com restrições orçamentais nas PPP uma oportunidade de ra- lista, é preciso “garantir a realização nuel de Pinho, Ministro cada vez maiores, o que os obriga a cionalização das práticas de gestão do investimento público, o cum- da Economia. Se no ano procurarem soluções para ultrapas- que visam o interesse comum. Mas primento das restrições orçamen- passado a imagem que sar estas contingências. não só. Para o autarca de Aveiro, tais e aumentar os níveis de eficiên- Portugal passava para o Os parceiros privados aparecem, as PPP podem ser também uma cia” e as PPP podem, de facto, ser exterior era a de um país neste contexto, como uma solução “forma de encontrar um equilíbrio um “dos instrumentos para atingir com instabilidade polí- a abraçar, podendo o poder local e entre a defesa do interesse público e esse fim”. tica, esse aspecto já foi central aproveitar a maior eficiên- a equitativa distribuição da rique- Os promotores terão que de- corrigido. E no próximo Manuel Pinho, Ministro da Economia cia, dinamismo e mesmo capacida- za gerada e a iniciativa particular”, monstrar algum compromisso no ano, quando sair o estu- de de endividamento dos privados. esta marcada por aspectos como o financiamento dos projectos. Da- do referente a 2006, surgirão gran- como praticam preços elevados. As PPP não devem, porém, ser risco, a concorrência, a criatividade niel Amaral, da Caixa Banco de des novidades. Essa é a promessa Portugal surgiu como uma exce- utilizadas só para ultrapassar res- e a ousadia. Investimento, lembra que estes são do Ministro da Economia. Isto lente oportunidade. trições orçamentais. O objectivo é pequenos – entre os 10% e os 25% porque aparecerão novos sectores aproveitar as melhores qualidades “PPP não são uma varinha - e mostra-se pouco “apologista” que não foram mencionados. É o API tem 1,5 mil milhões em do sector público e privado, con- de condão” daquilo que diz serem as “tentati- caso da química e petroquímica, projectos contratualizados jugando-as, partilhando riscos e vas de serem os bancos a financia- da energia e do turismo. Já a lo- ultrapassando as falhas do mercado “As PPP não são viáveis para todo rem integralmente os projectos”. E gística terá um maior destaque do Basílio Horta, presidente da e as falhas públicas. Para as PPP, a o tipo de projectos, as PPP não são acrescenta. “É importante que os que o actual. Agência Portuguesa para o Investi- melhor via de financiamento será, uma varinha de condão”. As ideias accionistas demonstrem e tenham Segundo Manuel de Pinho, mento (API), afirma que estamos a talvez, o recurso ao “project finan- fortes pertencem a um dos outros algum interesse na gestão do pro- aproximam-se bons tempos, com assistir a uma mudança nas expor- ce”. Estas foram algumas das con- oradores deste seminário, Jorge jecto”. grandes investimentos a serem tações. E dá como exemplo o facto clusões em destaque no seminário Abreu Simões, professor universi- feitos no país. Só a Repsol, por de, hoje em dia, as máquinas e fer- “Parcerias público-privadas – De- tário e encarregado na missão das “É preciso despertar exemplo, vai investir 650 milhões ramentas não só terem ultrapassado safios e oportunidades para os mu- PPP na área da saúde. Apesar de o interesse dos municípios de euros em Sines. No entanto, o turismo na liderança como repre- nicípios”, encontro organizado pela reconhecer, como seria de espe- para as PPP” para perceber melhor a dimensão sentarem o dobro do seu valor. Ao “Vida Económica”, com o apoio da rar, vantagens a este instrumento da questão, há que distinguir en- nível dos entraves ao IDE, Basílio sociedade de advogados António – Abreu Simões destaca a anteci- Os municípios debatem-se, tre investimentos feitos por em- Horta aponta como principal con- Vilar & Associados e Câmara Mu- pação na prestação de serviços, a como todos sabemos, com o pro- presas que já se encontram a ope- tratempo os custos administrati- nicipal de Aveiro. prestação de melhores serviços, a blema do financiamento. Para An- rar no nosso país dos efectuados vos, que, aliados à morosidade do optimização da gestão dos riscos ou tónio Vilar, advogado e promotor por organizações que contactam licenciamento muitas vezes provo- Aveiro oferece a obtenção de ganhos globais para deste seminário, a solução poderá com o mercado nacional pela pri- cam a desistência do investimen- oportunidades o sector público -, este especialista estar nas PPP. meira vez. Em relação à primeira to. “Não é possível um investidor alerta para alguns dos perigos de se As suas palavras são reveladoras: situação, é inegável o domínio estar à espera 10 ou 15 anos pela Num momento em que se fala apostar de forma indiscriminada “Perante a impossibilidade ou a das multinacionais alemãs e espa- aprovação de um projecto e con- tanto de PPP (Parcerias Público- nas PPP. Abreu Simões lembra que dificuldade de financiamento pú- nholas. E os investimentos feitos sequente investimento”, afirma. Privadas), temos mais um exemplo as PPP podem implicar compro- blico para grandes projectos e obras só podem ser encarados de uma “As intenções de investimento não de como há pessoas, cidades, regi- missos plurianuais e, como tal, para públicas e não só, por exemplo, ser- forma: é uma garantia de que vão esperam”, conclui. Mesmo assim, a ões empenhadas na sua concretiza- serem vantajosas, têm, de igual for- viços, os privados vão ser chamados ficar em Portugal mais uns anos. API tem já 1,5 mil milhões de eu- ção. Foi esta a ideia que Élio Maia, ma, de ser suportáveis em termos a cooperar com o sector público”. E temos excelentes casos. Veja- ros em projecto contratualizados. E presidente da Câmara de Aveiro, sociais – quando existe cobrança ao “É preciso encontrar as soluções de se a Vulcano, por exemplo. 40% as expectativas é de que esse valor deixou a todos os que tiveram a pos- utilizador – e, sobretudo, ao nível cooperação”, diz ainda este jurista. dos esquentadores vendidos na suba para os 3000 milhões até ao sibilidade de participar neste semi- financeiro. E António Vilar lembrar que as Europa são fabricados em Portu- final do ano. nário, quando afirma que “Aveiro e parcerias entre o público e o priva- gal. Ou a Siemens, que aposta na Eduardo Catroga referiu outro a sua região oferecem oportunida- Alternativa do já existem – temos os exemplos vertente da investigação e desen- factor a ter em conta. A despe- des” para que projectos desta na- ao endividamento dos hospitais e das SCUT -, sendo, volvimento. sa pública primária do Governo tureza se concretizem. E podemos municipal apenas, necessário alargá-las às au- Quanto aos projectos de raiz, português não permite grandes dizer que Élio Maia não se fica pe- tarquias. “Aqui a novidade é des- nos últimos tempos tem-se veri- aventuras. E é um factor de com- las palavras e dá exemplos práticos, Para Bárbara Costa Pinto, aqui a pertar, tentar despertar o interesse ficado uma grande atenção por petitividade a ter em conta. segundo o edil, paradigmáticos: representar o BPI, não há margem dos municípios para as parcerias parte das empresas relacionadas ALEXANDRA COSTA a construção da pista de remo do para dúvidas: num momento em público-privadas”. com o turismo, quer ao nível do [email protected] sexta-feira, 27 Outubro de 2006 ACTUALIDADE 07 Orçamento despreza investimento privado AEP e AIP consideram pernicioso aumento das receitas de IRC
A AEP – Associação Em- ções” a queda abrupta de à promoção das exporta- combate à fraude e evasão ciação Industrial Portugue- presarial de Portugal consi- 68% que sofre a dotação do ções”. fiscais devem reverter a fa- sa à Proposta do OE incidiu dera como “particularmente PIDDAC na área do Mi- Na proposta do OE’2007 vor da redução da carga nas expectativas de cresci- negativa para a economia e nistério da Economia e da prevê-se um aumento do fiscal suportada pelos con- mento económico em 2007 sobretudo para as exporta- Inovação. peso da receita pública cor- tribuintes cumpridores. que, como se sabe, na sua “Em consequência desta rente de meio ponto per- “Lamentavelmente, ainda base, um forte crescimento interrupção dos apoios ao centual no PIB, decorrente não será em 2007 que se das exportações (7,2%). sector produtivo nacional, sobretudo de um “elevado” dará cumprimento a este “Ao contrário do que su- o efeito acelerador das ex- crescimento das receitas de princípio”, acrescenta. cedeu em 2006, no qual a portações de que estamos IRC. “Perde-se assim mais Ainda relativamente ao FBCF terá registado uma presentemente a beneficiar uma oportunidade para PIDDAC, a AEP contesta evolução negativa (- 2,6%) poderá sofrer um grave diminuir a carga fiscal, que, “mais uma vez, a re- a previsão para 2007 bloqueio”, afirma no seu possibilitando uma maior gião do Norte seja também aponta para um valor po- Comentário à proposta de competitividade fiscal e con- a que tem uma menor capi- sitivo (1,9%). Tendo pre- Orçamento do Estado para tribuindo para desbloquear tação das despesas de inves- sente o aumento da carga 2007. a capacidade de expansão timento e desenvolvimento fiscal, designadamente em Rocha de Matos. Em suma, a associação da iniciativa privada, nome- da Administração Central”. IRC (15,4%) e, por outro liderada por Ludgero Mar- adamente nos sectores aber- lado, a evolução negativa positiva deste indicador, ques contesta que tenha tos à concorrência externa”. AIP prudente dos resultados operacionais com repercussões também sido “claramente despreza- Recorde-se que a AEP nas expectativas das empresas não finan- negativas ao nível do cres- do o apoio ao investimen- defende o princípio segun- ceiras, poderá ocorrer, em cimento do PIB”, adverte Ludgero Marques. to privado e, sobretudo, do o qual os resultados do A análise da AIP - Asso- 2007, uma evolução menos a AIP.
O novo plano estratégico para o sector do calçado tem Por outro lado, será dada uma especial atenção à forma- Calçado com novo plano por objectivo definir prioridades para os próximos anos. ção, quer dos trabalhadores, quer das chefias intermédias Sobretudo, o que a Associação Portuguesa dos Industrias ou mesmo dos quadros superiores. Neste caso, destaque estratégico de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e seus Suce- para as áreas emergentes o os sectores a montante, como dâneos (APICCAPS) pretende é garantir novas oportuni- os moldes ou os componentes. Tornou-se essencial dar res- dades para uma indústria que tem investido fortemente posta em tempo muito rápido, o que obriga à conciliação na sua modernização. O plano é da responsabilidade de da inovação tecnológica e da melhoria das qualificações uma equipa do Centro de Estudos de Gestão e Economia profissionais. Igualmente, os próximos tempos serão de- Aplicada da Universidade Católica do Porto. terminantes no sentido de potenciar a aposta no desenvol- “A nova matriz estratégica do sector deverá assentar no vimento de novos materiais. alargamento da base exportadora a um cada vez maior Face a este cenário, vai-se realizar um conjunto de con- número de empresas, na procura de novos mercados de ferências temáticas, a primeira das quais terá já lugar no elevado potencial de crescimento e na aposta em nichos próximo dia 16 de Novembro, no Centro Tecnológico do de mercado de elevada rentabilidade. Importa, portanto, Calçado, em São João da Madeira. O tema escolhido tem reforçar a promoção externa, para atenuar o défice de ima- a ver com a internacionalização e a competitividade. São gem que ainda se faz sentir no exterior”, de acordo com os esperadas algumas das figuras mais importantes, nacionais responsáveis da associação. e internacionais, do sector do calçado.
Estudos de mercado valem 64 milhões SIME alargado
O sector dos estudos de Society for Marketing and Os estudos destinam-se, o segmento dos bens de O Governo alargou o considerados “projectos do mercado ainda tem um Opinion Research). maioritariamente, a clien- consumo rápido é o mais âmbito de candidaturas do regime especial” – não su- peso reduzido em Portugal. Em termos de variação tes nacionais, os quais re- relevante, seguindo-se a SIME – Sistema de Incen- jeitos ao regime de selecção No ano passado teve um va- homóloga o cenário não presentam cerca de 80% farmácia. tivos à Modernização Em- por fases – os projectos de lor de cerca de 64 milhões é melhor. A nossa taxa de A pesquisa ao consumi- presarial. investimento com um va- de euros, com um cresci- crescimento real é das mais Clientes dor é a mais importante Nos termos da Portaria lor superior a 25 milhões mento de apenas 3,3% face baixas da Europa. Para este no mercado nacional, com nº 1111-A/2006, de 17 de de euros. ao ano anterior. O nosso ano, a Esomar espera um nacionais cerca de 60% dos estudos. Outubro, podem de futuro Com esta alteração, o país está em penúltimo crescimento de 3%, um Quanto a métodos de pes- candidatar-se ao SIME os Governo ajusta o regime lugar da tabela na União valor próximo do espera- representam quisa, dominam os estudos projectos de investimento, legal do SIME aos Estatu- Europeia, apenas à frente do para a média da União cerca de 80% quantitativos, com cerca de ainda que inferiores a 25 tos da API, que passa a ter do Luxemburgo, de acordo Europeia. A lista dos pa- 88% do mercado, enquan- milhões de euros, apresen- um novo “argumento de com a Esomar (European íses europeus com maior da facturação. to que os estudos qualita- tados por empresas com negociação” dos grandes dimensão deste tivos representam apenas facturação anual consolida- investimentos com interes- mercado é liderada da facturação. Por sua vez, 11% do mercado. O mé- da superior a 75 milhões de se estratégico para Portu- pelo Reino Unido a maioria desses clientes é todo de recolha mais utili- euros ou por entidades não gal, de origem nacional ou (1,9 mil milhões oriunda do sector indus- zado passa pelas entrevistas empresariais com um orça- estrangeira. de euros, seguido trial, com mais de 42% de “face-to-face”, seguindo-se mento anual superior a 40 A alteração é extensível da França (1,8 mil quota. O segundo sector o telefónico. E o tipo de es- milhões de euros . aos projectos candidatos ao milhões) e da Ale- são os media, com perto de tudos mais realizado é o “ad Na legislação anterior SIME sobre os quais ainda manha (1,7 mil 13% da respectiva factura- hoc”, os quais representam (DL nº 130-A/2006, de 14 não tenha recaído decisão milhões de euros). ção. Dentro da indústria, mais de 50% do mercado. de Fevereiro), apenas eram no âmbito do PRIME.
Portugal Fashion Contrafacção penaliza com “show-room” comercial trabalhadores
Está a decorrer a maior Subordinado ao tema comercial denominado “Ao protegermos as mar- ro convidado da Faculdade edição nacional de sempre “Human”, o evento de BRAND UP, que compre- cas/patentes estamos igual- de Direito - Escola de Lis- do Portugal Fashion. Du- moda organizado pela ende um espaço promo- mente a proteger os traba- boa, da Universidade Ca- rante quatro dias, de 25 a ANJE em parceria com a cional e comercial de cerca lhadores, pois no mundo tólica, para o ciclo de deba- 28 de Outubro, no CACE ATP (Associação Portugue- de mil m2 onde cerca de chamado ‘pirata’ os produ- tes lançados no âmbito do cultural do Porto, têm lu- sa de Têxtil e Vestuário) e 70 criadores e marcas de tos são desenvolvidos por início do primeiro Master gar 18 desfiles individuais o ICEP apresenta as colec- vestuário e calçado têm pessoas a quem não são da- of Laws em Portugal. de criadores e marcas e, em ções Primavera/Verão 2006 a oportunidade de apre- das condições e esquecidos A propriedade estimula a três desfiles colectivos, são dos mais conceituados de- sentar as suas propostas a os direitos mais básicos dos inovação já que, ao devol- apresentadas as propostas signers e marcas nacionais. agentes de compras e ou- trabalhadores”, afirma o ver ao “produtor” lucros a de 11 marcas de vestuário, Uma das grandes novi- tros profissionais do sec- juiz norte-americano Peter médio/longo prazo, pos- oito etiquetas de calçado e dades do evento é a organi- tor, bem como à imprensa Metisse. sibilita o investimento em 11 jovens criadores. zação de um “show-room” nacional e estrangeira. Peter Metisseoi, o primei- novos produtos, conclui. 08 INTERNACIONAL sexta-feira, 27 Outubro 2006
BCE diz que taxas Turquia mais longe de juro devem subir da adesão à UE no próximo ano Bruxelas quer manter as con- O Banco Central Europeu não versações de adesão da Turquia coloca de parte mais subidas das à União Europeia. Isto apesar de taxas de juro no ano que vem. Para tudo indicar que Ancara não vai os seus responsáveis, as perspecti- cumprir o prazo limite para abrir vas de inflação a médio prazo têm o seu comércio. No próximo mês, que se “libertar” da volatilidade as negociações deverão ser par- que se verifica no curto prazo. Os cialmente suspensas, caso a Tur- indicadores apontam para que a quia continue a recusar abrir os inflação torne a aumentar no final seus portos ao Chipre, tal como a deste ano e começos do próximo. Comissão tinha exigido. Considera o BCE que deve estar Devido a este problema, a re- particularmente atento aos riscos alidade é que a adesão da Tur- de inflação. Naturalmente que o quia pode estar em risco. Pode crescimento também é uma ver- suceder uma crise, da qual será tente importante, mas o mandato impossível recuperar. O Chi- do BCE é claro, vigiar de muito pre considera mesmo que a perto os riscos colocados pela taxa Turquia deve ficar suspensa das de inflação. A realidade é que as negociações, caso não cumpra análises económica e monetária o estabelecido. Entretanto, são apontam para uma alta da inflação cada vez mais os países que estão nos próximos tempos, o que im- descontentes com a forma como plicará o agravamento das taxas de a Turquia está a desenvolver juro. No entanto, o BCE prefere as suas reformas. Praticamente não avançar com perspectivas exac- nada tem sido feito, sobretudo tas, para não introduzir mensagem ao nível das liberdades civis. A que podem ser mal interpretadas França, por exemplo, está a dar nos mercados. sinais muitos fortes de recuo na adesão daquele país muçulmano Citigroup lucra Google faz aumentar receios de “bolhas” ao espaço comunitário. mais 10% Criado quinto Citigroup, o maior grupo fi- Internet perante nova onda maior produtor nanceiro do mundo por valor de mercado, aumentou em 10% o de aço do mundo seu lucro no terceiro trimestre, de fusões e aquisições para 5,5 mil milhões de dólares. O grupo siderúrgico anglo- O bom resultado ter-se-á ficado -holandês Corus aceitou a oferta O sector da internet está a passar, novamente, o próprio mercado é muito diferente. Existe uma de aquisição de seis mil milhões a dever sobretudo às receitas mais por um processo de concentração. Há mesmo elevada penetração da internet e do telemóvel e o elevadas por operações na sua divi- de euros do gigante indiano Tata quem pense que se está perante uma bolha e que custo para desenvolver uma empresa é bastante me- Steel. A união das duas entidades são de banca internacional, apesar receia coisas menos boas nos próximos tempos. nor. Ou seja, a internet é hoje uma realidade com do recuo que o banco sofreu nos dará lugar ao quinto maior pro- Primeiro, a eBay pagou 2,6 mil milhões de dólares as mais variadas possibilidades. Uma coisa é certa, o dutor de aço do mundo, numa Estados Unidos. pela Skype, depois a Luego News deu 580 milhões negócio milionário da Google vai ter consequências A entidade financeira norte- altura em que o sector continua pela MySpace e, mais recentemente, a Google de- quase imediatas. As grandes empresas vão sentir que em processo de concentração. americana aumentou em 6% o sembolsou mais de 1,6 mil milhões pela YouTube. é necessário tomar posições, face à nova realidade. seu lucro operacional, no terceiro Tata, o segundo maior gru- A questão que se coloca é saber se as empresas ad- Os especialistas estão de acordo quando afirmam po da indústria do aço indiana, trimestre, impulsionado pela uni- quiridas valerão tanto e se não se estará a assistir a que se está perto de uma nova onda de fusões e aqui- dade de consumo, ainda que as re- quer garantir uma posição mais um movimento excessivo. sições. Tudo indica que a Google, a Yahoo!, a eBay, forte no mercado a nível mun- ceitas do maior grupo de serviços Fora estas últimas aquisições, a maioria das com- a Microsoft e a Amazon, bem como os gigantes das financeiros do mundo se tenham dial. A oferta excedeu as expec- pras dos últimos tempos situaram-se em montan- telecomunicações, estarão no centro das atenções tativas, num claro movimento situado abaixo das expectativas tes inferiores a 100 milhões de dólares. Algumas nas próximas operações. O alvo, segundo os analis- do mercado. Entretanto, os gastos para evitar uma contra-oferta. aquisições nem sequer chegaram aos 50 milhões de tas, serão empresas de serviços, com destaque paras Por seu lado, os títulos da Co- cresceram, enquanto as receitas fi- dólares. É por isso que alguns analistas comunidades virtuais, as redes sociais ou caram relativamente estáveis. Na rus registaram uma valorização, recusam a possibilidade de uma nova os gestores de imagens. Naturalmente, face à possibilidade desta união. divisão de banca de investimento, bolha, tal como sucedeu nos idos anos também é possível que alguns se sintam tanto os ganhos como as vendas 2,6 mil A compra da Corus será a maior noventa. Acreditam que as operações, algo receosos perante a possibilidade de aquisição realizada por uma em- registaram quebras. O volume de ao contrário do que sucedeu há uns milhões uma bolha, para além que os critérios de negócios foi de 21,4 mil milhões presa indiana no estrangeiro. A anos atrás, têm sentido de negócio e um custou valorização das empresas são tudo menos capitalização bolsista da Tata de dólares, enquanto que os gas- valor estratégico para as empresas. An- a SKype à eBay os tradicionais, facto que levanta algumas tos operacionais aumentaram 5%, Steel ascende a mais de 6,6 mil teriormente, o movimento foi artificial, dificuldades aos operadores. Por outro milhões de dólares. para mais de 11,9 mil milhões de nem sequer existia o sentido de rentabilidade. lado, hoje as empresas do sector são obrigadas a dólares. De facto, são mais aqueles que defendem que se crescerem muito rapidamente e algumas não estão está longe de uma situação de bolha, até porque preparadas para tal. SAP Economistas com resultados contestam políticas melhores de Merkel Reforma fiscal afecta banca espanhola do que os previstos Os principais institutos económi- em dois mil milhões SAP, o maior fabricante mun- cos alemães lançaram um forte ata- dial de software, aumento o lucro que às políticas do actual Executivo. reforma fiscal que está a decorrer em Espa- Entretanto, com as normas internacionais de con- em 23,6%, nos nove primeiros Consideram que serão insuficientes nha, em sede de imposto sobre as sociedades, tabilidade (NIC), a situação passa a ser diferente e meses, para cerca de 1084 milhões para impulsionarem o potencial Avai afectar, muito particularmente, o sector o sistema deixa de funcionar como uma espécie de de euros. O acréscimo ter-se-á fi- de crescimento, podendo mesmo da banca. Ainda que as entidades tirem benefícios “colchão fiscal”. Muito dependerá agora dos ajustes cado a dever ao aumento das ha- causar danos. É um facto que exis- no futuro, este ano os resultados podem sofrer um que permitir o Banco de Espanha ao sector. A banca bitações e da quota de mercado te desapontamento por parte dos impacto negativo até dez pontos percentuais. É um quer negociar precisamente esse ajustes. Quer as cai- em todas as regiões, especialmen- economistas do sector privado e das facto que as empresas vão assistir a uma descida de xas quer os bancos reconhecem que os políticos fize- te nos EUA e na Europa. organizações empresariais. 35% para 30% do IRC, mas a banca terá mais pro- ram o possível para encontrarem a melhor solução. A facturação da empresa cres- A coligação de cristãos e sociais- blemas no imediato. As entidades querem diluir o impacto no primeiro ceu 12,5%, para perto de 6,5 mil democratas começa a dar sinais Os lucros deverão ser tributados entre mais 5% ano em que o novo sistema entra em vigor. Mas o re- milhões de euros. Os responsá- de enfraquecimento, até está a ser e 10%, pelo que, se se tiver em conta os resultados gulador faz uma interpretação diferente e acha que as veis do grupo fizeram questão de vista de forma negativa por parte consolidados dos bancos no país vizinho, mais de NIC devem ser aplicadas tal como estão definidas. valorizarem estes resultados, de- do grande público. Inicialmente, a 12,3 mil milhões de euros e neste momento a crescer É um facto que a reforma fiscal afectará todas as pois do abrandamento das ven- coligação era encarada como uma a um ritmo anual de 20%, o impacto poderá superar empresas, mas o negócio dos bancos faz como que das no segundo trimestre. Já fo- oportunidade única para chegar a os mil milhões de euros. Se se contar com as caixas, sejam mais sensíveis às mudanças. A grande diferen- ram revistas em alta as previsões consenso quanto às reformas do então esse valor deverá duplicar. A banca é o sector ça entre as entidades financeiras e as outras empresas dos lucros para a globalidade do mercado de trabalho e da Seguran- mais afectado devido às particularidades do seu ne- tem a ver com as provisões genéricas, só realizadas ano. Quanto à facturação das li- ça Social. O que está a acontecer é gócio. A chave está nas chamadas provisões genéricas, pela banca. Os números falam por si, quanto à sua cenças para uso do seu software uma situação de imobilidade, com as quais são as realizadas pelas entidades que prestam dimensão. Nos seis maiores bancos espanhóis cor- aumentaram 17,1% no terceiro cada uma das partes a anular as crédito. É um sistema singular do mercado espanhol. respondiam a cerca de 13 mil milhões de euros até trimestre, para mais de 690 mi- iniciativas da outra. Muito desse impacto virá do mesmo. Junho e desde o início do exercício. lhões de euros. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 NEGÓCIOS E EMPRESAS 09
C&A Modas cresce 2000 empresas procuram em Portugal internacionalização O grupo de lojas de pronto-a-vestir C&A acaba de Lisboa acolhe a 16 de Novembro o Fórum Missão Exportar, para apoiar adquirir nove lojas do grupo Maconde, situadas empresas no seu processo de internacionalização. Uma iniciativa do ICEP em diversas cidades do país. Esta aquisição e da AIP, tendo em vista a dinamização das exportações nacionais, que este integra-se na estratégia de crescimento definida ano já cresceram 11%. pela empresa, que pretende abrir mais 18 lojas até 2008 e duplicar o número de colaboradores. ICEP Portugal e a As- O crescimento mais significati- sociação Industrial Por- vo (31%) regista-se nas expor- O investimento em Portugal deve rondar os 18 Otuguesa (AIP) querem tações para mercados fora da milhões de euros até ao final do ano apoiar 2000 empresas nacionais a União Europeia, com especial dar os primeiros passos na interna- destaque para Angola e China, cionalização e ajudar pelo menos onde o ICEP e a AIP preten- anter-se nos três primei- inclui, para além dos novos espa- 250 empresas a aumentar os seus dem apostar significativamente. ros lugares no sector do ços, a remodelação dos actuais e índices de exportação. Para isso es- As exportações para Espanha Mpronto-a-vestir é um dos uma campanha de publicidade a tão já a preparar o Fórum Missão cresceram 11%, mantendo-se objectivos estratégicos da marca nível nacional, cujo lema é “Va- Exportar, local privilegiado para o país vizinho como destino de C&A para Portugal. Para concre- mos vestir Portugal inteiro”. debater, partilhar experiências e 25% dos produtos portugueses tizá-lo, o grupo acaba de adquirir Os planos agora revelados para encontrar apoios para a exporta- vendidos no exterior. As vendas nove lojas do grupo Maconde (seis Portugal acompanham o plano de ção. O Fórum decorre a 16 de No- para os restantes países europeus Macmoda e três Tribo), acrescen- expansão da empresa para os res- vembro no Centro de Congressos registaram um ligeiro acréscimo tando 5300 metros quadrados de tantes países da Europa. A empre- de Lisboa. de 1,3%, mas estas representam espaço à sua rede total e 120 co- sa holandesa, de origem familiar e A iniciativa surge integrada num já 50% das exportações nacio- laboradores aos quadros da em- com mais de cem anos de activida- conjunto de acções que o ICEP nais. Assim, a Europa representa presa. Segundo António Mendes, de, está presente em 13 países da tem vindo a levar a cabo, em par- 75% das vendas de produtos um dos responsáveis da C&A em Europa e factura cerca de 5,2 mil ceria com a AIP, para dinamizar as portugueses para o exterior. Marques da Cruz, presidente do ICEP. Portugal, esta estratégia reflecte a milhões de euros, divididos pelas empresas exportadoras e potenciar aceitação da marca pelos portu- 1000 lojas de que é proprietária a entrada de outras empresas lu- Exportações representam de 29,2%, na Itália de 28,7% e na gueses e pretende estar cada vez (em 2002 eram 491). Para 2007, sas no mercado da exportação. O 32% do PIB Grécia de 23,9%. As máquinas, os mais perto dos consumidores. A para além da abertura de novas lo- ICEP e a AIP pretendem acentu- veículos e os metais estão entre os empresa está, para tal, a estudar jas em todos os países, tem como ar o crescimento das exportações No final do primeiro semestre, produtos mais vendidos por em- outras oportunidades no merca- prioridade a entrada em novos portuguesas, que em Julho regis- o saldo acumulado da balança co- presas portuguesas para o exterior. do, nomeadamente, a localização mercados como a Turquia, a Eslo- tava já um crescimento de 11% mercial havia melhorado 2,9%. As As máquinas constituem também de lojas fora dos grandes centros vénia e a Eslováquia. Em Portugal, face ao período homólogo do ano exportações portuguesas cobrem o grupo de produtos mais procu- comerciais. onde está presente desde 1991, passado. Marques da Cruz, pre- agora 65,6% das importações. rado nos mercados extra-comuni- A abertura de 18 novas lojas detém actualmente uma quota de sidente do ICEP, não se deslum- Marques da Cruz recorda que Por- tários. A exportação de máquinas até 2008 é um dos objectivos já mercado de 4,5%, sendo líder no bra com estes números e prefere tugal é actualmente o país do Sul rende actualmente a Portugal per- definidos, bem como o aumento segmento Kids, com 12%. Aqui, acreditar que o crescimento real da Europa onde o peso das expor- to de 11,5 mil milhões de euros. de colaboradores, que deve passar o volume de vendas no conjunto das exportações ronda os 8,5%. tações no Produto Interno Bruto Ultrapassa, assim, o turismo, que dos actuais 370 para 600. Entre das vinte lojas foi de 78 milhões de “Ainda assim, está claramente aci- (PIB) nacional é mais favorável. rende ao país 6,5 mil milhões de Novembro e Dezembro deste ano, euros em 2005, mais 18% do que ma das nossas expectativas, já que Com efeito, as exportações por- euros e a moda, que gera 5,5 mil a marca pretende ainda abrir algu- no ano anterior. a nossa meta apontava para um tuguesas correspondem a 32% do milhões de euros para Portugal. mas lojas, investindo cerca de 18 FÁTIMA FERRÃO PIB nacional, quando em Espanha [email protected] crescimento de 6,5% em 2007 e milhões de euros. Um valor que já ultrapassámos esse objectivo. esse peso é de 26,8%, na França ANA SANTOS GOMES
O grupo nórdico Swedwood aposta forte em Portugal IKEA investe 660 milhões de euros até 2015
O projecto arranca ainda este ano e prevê, já em 2007, a abertura da sua primeira fábrica ibérica. O local já está escolhido: Paços de Ferreira. Seguem-se mais duas. Só o investimento nestas três unidades industriais é de 135 milhões de euros e vai criar cerca de 1550 postos de trabalho directos e indirectos.
ois anos após a abertura ta-se de um projecto com uma mobiliário”. O processo de insta- ção do “know how” tecnológico anual de mobiliário vai representar da sua loja em Alfragide, imagem muito positiva que forta- lação destas fábricas teve início em avançado que a produção destas um acréscimo de cerca de 20% à Da IKEA comunicou o lecerá o País, líder a nível europeu Janeiro último, com a assinatura unidades fabris vai proporcionar. produção nacional portuguesa”. reforço da sua presença no nosso no que concerne à indústria da do Memorando de Entendimento Para além disto, a previsão dos POR PALMIRA SIMÕES país. Nada mais nada menos do madeira, desde a pasta de papel à entre a IKEA e o Governo por- 180 milhões de euros de produção [email protected] que um total de sete lojas (a próxi- produção de papel e de aglomera- tuguês através da API – Agência ma abre já no segundo semestre de do de madeira, cortiça, mobiliário Portuguesa para o Investimento, 2007, em Matosinhos), três fábri- e biomassa. “Há, portanto, um tendo na altura sido selecciona- cas, dois centros comerciais e cerca verdadeiro cluster (conjunto de dos como finalistas os concelhos VENDE-SE de 2425 empregos directos e qua- actividades relacionadas) da ma- de Paços de Ferreira, Paredes e lificados. Daqui a nove anos tudo deira em Portugal, que sai mais Estarreja, mas o primeiro acabou Propriedades no Minho isto estará a funcionar a velocidade enriquecido com a criação desta ser o escolhido por ter apresenta- de cruzeiro. Só das unidades fabris unidade na área do mobiliário”, do a melhor proposta. Segundo Terrenos para Quintinha - A confrontar c/ rio Coura reforçou. Pedro Pinto, presidente da Câma- esperam-se 180 milhões de euros Dois Lotes de Terreno contíguos com 6.000 e 4.000 m2. Para construção de produção anual, 90% da qual Mas não é só Portugal que se ra Municipal daquela cidade, “as de moradias, a confrontar directamente com o rio Coura. Local paradisíaco destinada a exportação para outros congratula com este negócio. O garantias dadas corresponderam com óptimos acessos e excelente envolvente rural. A 8 km da saída A3 países da Europa e Estados Unidos investimento de 135 milhões de aos requisitos-base exigidos, ten- entre V.N. Cerveira e Paredes de Coura. Vende-se junto ou separado da América. euros na construção das três uni- do que ver principalmente com O anúncio foi feito em Lisboa, dades fabris em Paços de Ferreira a área infra-estruturada (250 000 Quinta em Vila Nova de Cerveira no passado dia 24 por responsá- é o maior alguma vez realizado m2) e outras condições, como por 2 veis da IKEA, empresa sueca líder de uma só vez pela Swedwood, exemplo a nível fiscal”. Contu- Com casa térrea em pedra em estado novo. Sala 70 m , 3 suites, tectos madeira, aq. central, água própria de mina, etc. mundial no mercado de distribui- grupo industrial da IKEA, desde do, a localização, a proximidade Área descoberta: 4.000 m2. Boas vistas e exposição solar. ção de móveis e artigos de deco- a sua constituição em 1991. Para de boas vias de comunicação, as ração para o lar, na presença de o director-geral da IKEA Ibérica, acessibilidades, bem como a capa- 2 diversas identidades, entre elas o André de Wit, “esta é uma oportu- cidade de fornecimento energético Vila Nova de Cerveira – Valença - Quinta com 30.000 m ministro da Economia, Manuel nidade de crescimento para a nos- e os estudos realizados de impacto Propriedade composta de grande casa em pedra para restauro. Com projecto Pinho. “Um dia feliz para o inves- sa rede mundial de fábricas e de ambiental, favoráveis, também ti- de arquitectura para 7 suites, 3 salas, etc. Anexos, pequena capela e terreno timento português e para a mo- desenvolvimento para o país, quer veram o seu peso. Pedro Pinto re- envolvente com cerca de 30.000 m2 (construtivos). Excelente local, com dernização da nossa economia”, ao nível da criação de emprego, forçou ainda que “o impacto para óptimas vistas e boa exposição solar. disse. quer da dinamização do já sólido e a região será grande, quer a nível Ainda segundo o ministro, tra- tradicional mercado português de de emprego, quer a nível de absor- Informações: Telem.: 917 798 865 E-mail: [email protected] 10 NEGÓCIOS E EMPRESAS sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Figueira da Foz e Douro recebem hotéis de charme Grupo Lágrimas abre dois hotéis em 2008
O grupo Lágrimas Hotels&Emotions vai abrir mais duas unidades, reforçando a presença no mercado nacional. A Figueira da Foz e o Douro vão receber os dois hotéis de charme da família Júdice, que quer continuar GABRIELA RAPOSO o projecto iniciado com a emblemática Quinta das Lágrimas. Fazer projectos cheios de arte, amor e romance. [email protected]
Vida Económica - Depois de Coim- MJ - O hotel da Figueira, como esta- bra, Lisboa e Algarve, o grupo Lágrimas rá localizado num palacete, vai ser muito Hotels&Emotions prepara-se para en- clássico, recriando um ambiente e uma trar numa fase de expansão. Onde vão memória do passado. É um hotel muito surgir as novas unidades? mais clássico do que o do Douro, que vai Miguel Júdice - Um dos projectos vai ser construído de raiz e ter uma compo- surgir perto da Figueira da Foz, numa al- nente mais contemporânea. deia chamada Maiorca. Vamos recuperar um palacete dos séculos XVII-XVIII, que VE - A arte e o design são duas carac- pertencia à nobreza rural do Baixo Monde- terísticas fortes no espaços – quer hote- go. A outra unidade vai nascer no Douro, leiros quer de restauração – do grupo. O mais precisamente em Entre-os-Rios, Cas- hotel-galeria previsto para Braga segue telo de Paiva. Trata-se de um projecto, em esse posicionamento? parceria com dois sócios, que engloba um MJ - Temos várias vertentes no nosso hotel e um conjunto de moradias para ven- posicionamento, mas a arte é, de facto, da. O negócio imobiliário foi pensado para uma delas. A arte está presente em muitos captar clientes nacionais, nomeadamente dos nossos negócios. É visível na gastrono- do Norte, que pretendam ter a sua segun- mia, nos “spa”, nos restaurantes, nos ho- da residência. As obras na Figueira da Foz téis. Nessa linha, surge o hotel-galeria em já começaram. Por isso, penso que as duas Braga, que se encontra ainda em fase de unidades deverão estar prontas no final de definição. Trata-se de um projecto que está 2008. a ser desenvolvido em parceria com a gale- ria Mário Sequeira, que tem regularmente O grupo liderado por Miguel Júdice acabou de abrir o restaurante Kool, no sétimo piso da Casa VE - As novas unidades vão seguir a exposições de artistas contemporâneos na- da Música. estratégia da empresa, que aposta no tu- cionais e internacionais. A ideia é criar na rismo de charme e de experiências? unidade um prolongamento da galeria. VE - E para quando os projectos para MJ - Já é um negócio próprio e começou o Porto e Alentejo? a fazer sentido, porque se aproveita uma es- MJ - Ainda não estão definidos, mas trutura e uma base de trabalho que temos PUB inserem-se na estratégia da rede nacio- em todo o país. Hoje em dia, já temos um nal. núcleo muito grande. Do que é feito, 70% é para empresas, 20% para clientes parti- Internacionalização é retomada culares. Um dos vectores do nosso posicio- com outro projecto no Brasil namento é o romance, o amor, e, por isso, temos algum know-how na formatação de VE - Após a venda do projecto do Bra- experiências e festas. sil a Diogo Vaz Guedes, a internaciona- lização do grupo está fora de questão ou VE - O facto de trabalharem com che- foi apenas adiada? fes de cozinha de prestígio e renome MJ - Foi apenas adiada. A nossa estra- internacional leva-os à liderança no seg- tégia não passa por ter uma rede de gran- mento gourmet? de dimensão no mercado internacional, à MJ - O nosso posicionamento é precisa- semelhança dos grandes grupos hoteleiros. mente proporcionar experiências gourmet, Para mim, é quase um prazer pessoal ter podendo levar os conceitos dos nossos res- uma experiência lá fora. Se resultar, talvez taurantes a eventos e festas. Não pretende- possamos crescer. Até porque o objectivo mos ser exclusivamente uma empresa de não é ter mais unidades no exterior do que catering, mas que este seja mais um pata- no mercado nacional. Neste momento, mar de serviços que podemos apresentar estamos a estudar um outro projecto no aos nossos clientes. Brasil. VE - Que balanço faz desde que as- VE - Os hotéis internacionais vão ter o sumiu, em 2003, a gestão de um grupo mesmo conceito de charme e de turismo turístico? de experiência? MJ - É um sector com vantagens e des- MJ - As unidades no estrangeiro não vão vantagens, como qualquer outro. Mas ser muito diferentes das nacionais. A in- é essencialmente uma actividade sexy, tenção não é ter 300 hotéis, mas sim pou- porque é muito interessante trabalhar cos e bons. com serviços e produtos que dão prazer e bem-estar aos outros. Tal como em ou- Restauração e catering tras áreas de negócio, existem barreiras, com “amor” e arte nomeadamente os atrasos na obtenção de licenciamentos dos projectos. É muito VE - O restaurante Kool, na Casa da complicado para um investidor estar uma Música, é mais um exemplo da aposta série de anos a aguardar o parecer. Como na área. Ao nível da restauração, estão se trata de investimentos muito avultados, previstos outros projectos? na maioria das vezes, os empresários não MJ - Actualmente, não. Poderão surgir conseguem manter e desistem. Conside- como oportunidade de negócio. Aliás, o ro que se têm feito esforços para acelerar Kool é exemplo disso. Não estávamos de os processos, mas penso que a mudança todo à procura de ter um restaurante no deve estar ao nível da justificação do que Porto. Mas apareceram dois sócios que su- é ou não aprovado. Deveria haver mais geriram o estabelecimento de uma parceria. rapidez na resposta que é dada, para que Considerámos que seria uma boa oportu- o investidor possa ter oportunidade para nidade para termos a nossa marca, porque reformular ou perceber que deve desistir. está localizado num edifício emblemático. Estar na indefinição é muito complicado. Mas acredito que nem sempre é simples, VE - O negócio do catering surgiu porque estão envolvidas muitas pessoas e para aproveitamento dos espaços do entidades. O importante é acabar com as grupo. Hoje é muito mais do que a pequenas “quintinhas”, os pequenos po- rentabilização das unidades próprias? deres. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 NEGÓCIOS E EMPRESAS 11
MIBEL PODERÁ Braga da Cruz, presidente do OMIP, fala do Mibel e defende a eliminação ALARGAR-SE A PAÍSES dos contratos de aquisição de energia COMO MARROCOS E A ARGÉLIA “É preciso promover
Vida Económica – O Mibel já entrou em funcionamento. Mas a verdade é que os consumidores ainda não vêem os seus be- a entrada de mais nefícios em suas casas, nomeadamente tarifas mais baratas. Quando é que isto vai acontecer? Braga da Cruz – Como expliquei, o Mibel é um processo complexo com uma profunda implicação política e que representa, fundamen- produtores no sistema” talmente, a vontade de dois Estados de cons- truírem um mercado Mibel – Mercado Ibérico de Electricidade – O Mibel pode subir as tarifas? regional, antecipando, já está em funcionamento, mas, como des- dessa forma, o futu- Otaca Braga da Cruz, presidente do OMIP Numa altura em que se anunciam aumentos da ro mercado único da (Operador de Mercado Ibérico de Energia), ainda energia na ordem dos 8%, esta pergunta assume energia eléctrica. “estamos longe de uma concorrência perfeita”. A so- uma particular importância: será que o mercado lução?, poderá o leitor perguntar. Para este responsá- ibérico de energia vai ser responsável por um au- VE – Como disse, vel, o único orador de um pequeno-almoço/debate, mento dos preços? Temos boas notícias. o mercado único recentemente, organizado pela “Vida Económica” e Braga da Cruz considera que o Mibel pode re- da energia eléctri- IusEuropa (Associação de Estudos de Direito Euro- duzi-los, mas, como destacou, há condições: este ca já foi aventado peu), no hotel Meridien, no Porto, sobre o mercado terá que ser capaz de se “aproximar das boas práticas pelo presidente da ibérico de energia, a resposta a esta pergunta só pode do mercado e não perder de vista os princípios que Comissão Europeia, ter um sentido: “É necessário promover a entrada de quer tomar como referência”. mas ainda não foi mais produtores no sistema”. As ameaças a tudo isto? Braga da Cruz lembra aceite? Uma afirmação que leva Braga da Cruz – este algumas: a excessiva dependência dos combustíveis BC – E ainda foi não deixa de lembrar que a “concentração da pro- fósseis, a ineficiência energética ou o défice de com- discutido, recente- dução é muito significativa e o poder de merca- portamentos e atitude no que diz respeito ao uso mente, mas é evidente do dos actuais produtores muito acentuado” – a racional de energia. que há muitos interes- ses nacionais, há pro- fundas diferenças no “Portugal é o país da União que depende mais das importa- modelo organizativo ções de energia primária”, sublinha Braga da Cruz de cada Estado-mem- bro. No momento, o que é preciso neste tipo de processo é identificar os pontos comuns e ver onde pode haver avanços, nomeadamente nas áreas que referi, nas interligações. Algo que me parece vital para que a energia possa fluir com maior facilidade, porque, no que diz respeito aos bene- fícios directos para o consumidor, a verdade é que nós podemos invocar a nosso favor o que aconteceu em países em que houve libe- ralização – aqui assistimos, de facto, a uma descida significativa das tarifas -, mas também não deixa de ser uma realidade essas descidas corresponderam a períodos em que os combustíveis estavam mais baixos. Agora, também devo dizer que tudo isto depende muito da forma como os mercados se organizam, da forma como aceitam as regras de mercado: estou a falar de aspectos como a transparência, a fluidez, a informação.
VE – A descida de preços seria muito bem-vinda, sobretudo num momento em que sabemos que o preço da energia vai so- frer um aumento de 8%? BC – Portugal é o país da União que depende mais das importações de energia primária. Como tal, nós temos de fazer um grande esforço a favor das renováveis, não só das eólicas, mas também das grandes hídricas. A “concentração da produção é muito VE – Há quem diga que a aposta nas hídricas não foi aquela significativa e o poder de mercado dos que o país precisaria? Apostamos nas renováveis e esquecemo- -nos das hídricas? actuais produtores muito acentuado” BC – As hídricas também são renováveis. O facto de elas terem mais de 10 mW não é algo que impeça a sua utilização. Tudo isso são con- tributos. Agora, devo dizer também que as hídricas que estão por fazer trazem outros benefícios para a sociedade que vão para além da energia eléctrica. Destaco, aqui, o facto de estas permitirem suportar água e a questionar-se sobre o modo como se pode dar a Volume de transacções do Mibel água tem valor. volta a esta situação. “Como abrir o mercado a nos 3,5 GW/h mais operadores?”, foi uma das interrogações que VE – No decorrer da sua intervenção, referiu que o Mibel po- fez neste pequeno-almoço. Aqui, Braga da Cruz O Mibel, pelo menos, na prática, é ainda algo de derá vir a incluir, no espaço de 10 anos, países como Marrocos defende aquilo que já foi divulgado, em público muito recente – o seu arranque deu-se no dia 3 de e a Argélia? pelo Governo de José Sócrates, ou seja, a extinção Julho deste ano — mas será que estamos no bom BC – Sim, porque também do Norpol – o mercado que inclui os dos chamados CAE (Contratos de Aquisição de caminho? Os produtores podem ser poucos, mas já Estados nórdicos – faz parte a Noruega, um país que não perten- Energia) que existem entre a REN (Rede Eléctrica há alguns resultados: Braga da Cruz destaca o volu- ce à União Europeia. Como tal, esse projecto pode fazer sentido. Nacional) e os produtores de electricidade. Com me de transacções já atingido até ao momento: 3,5 Seria uma forma de estabelecer com esses países uma relação mais esta medida, o presidente do OMIP considera que GW/h. É certo que ainda há muito a fazer – Braga estável, até porque também estamos dependentes da importação do seria mais fácil levar a energia até ao mercado. Mas da Cruz fala da meta estabelecida: ao fim de um ano gás natural. bem podemos dizer que as sugestões de Braga da chegar aos 20 mil GW/h —, mas este responsável Cruz não ficam por aqui. mostra-se confiante: estamos perante algo irreversí- VE – Voltando um pouco atrás, o consumidor final vai ter aces- Na opinião deste especialista, a evolução do vel que se insere, aliás, numa lógica de liberalização so às ofertas do mercado liberalizado, em 2007, 2008? Pode- OMIP só teria a ganhar se a PRE (Produção em Re- do sector eléctrico a nível europeu. O presidente do mos apontar prazos ou é complicado falar desta forma? gime Especial) deixasse de ser remunerada a um va- OMIP mostra-se, inclusive, a favor da criação de BC – É complicado estar a estabelecer compromissos. Agora, o que lor definido por decreto e passasse a ter a alternativa um regulador único europeu. “É inevitável conver- posso dizer é que, se nós construirmos as condições de mercado libe- de ir ao mercado. A isto, Braga da Cruz acrescenta gir nesse sentido”, destaca Braga da Cruz. Resta-nos ralizado, estamos, claramente, a criar as condições necessárias ao surgi- coisas como: a continuação do programa de reforço falar dos princípios que estão por detrás de toda esta mento de benefícios para os consumidores. de interligação, a comercialização independente, a “empreitada”. Afinal, o que levou os políticos a enve- possibilidade de passar do regime regulado para o redar pelo Mibel? Braga da Cruz destaca a melhoria VE – Datas: é difícil apontar? regime livre e, deste modo, mudar, livremente, de da eficiência económica das empresas, o livre acesso BC – Aquilo que nós dissemos é que esperamos que, ao fim de um fornecedor de energia. Para o presidente do OMIP, ao mercado em condições de igualdade, transparên- ano, possamos ter um volume de transacções da ordem dos 20 mil seria, igualmente, importante que, do lado de Espa- cia e objectividade e, como não podia deixar de ser, a GW/h, já estamos nos 3,5 GW/h. Essa foi a única meta que estabele- nha, afinal o nosso parceiro em todo este projecto, promoção da concorrência. cemos. houvesse uma menor intervenção administrativa e SANDRA RIBEIRO política no controlo dos preços. SANDRA RIBEIRO [email protected] [email protected] Espaço dedicado às Pequenas e Médias Empresas de Portugal 27 de Outubro de 2006 | Suplemento Nº69
Start Idea reduz os custos da certificação da ordem dos 50% Certifi que a sua empresa, optimize a sua actividade No cada vez mais feroz mercado concorrencial onde as empresas estão integradas e se debatem dia-a-dia para marcar a diferença, apostar em produtos e soluções que salientem e aumentem a qualidade, torna-se numa mais-valia para fazer face à grande competitividade. Inúmeros produtos existentes no mercado per- mitem às empresas melhorar a sua capacidade e a sua resposta perante o seu principal alvo, o cliente.
Márcia Silva [email protected]
ma das soluções po- vinham a desenvolver juntamen- derá passar por cer- te dos empresários, optou-se “A certificação não se resume à obten- tifi car a própria em- por aumentar a capacidade de ção de um carimbo no final do proces- presa, isto porque “a resposta, bem como a satisfação certificação permite dos clientes que nos procuram”, so, mas sim aumentar a produtividade a qualquer empresa afi rma Estevão Silva. organizarU e optimizar a sua ac- Surgida através do Programa das empresas, traduzir em resultados tividade”. A afi rmação parte de PME XXI, uma iniciativa da As- Estevão Silva, especialista na área sociação PME-Portugal, a Start todo o esforço e energia dispensada e sócio da Start Idea.De acordo Idea começa a marcar posição com o economista, “a certifi cação no mercado, com o seu Programa pela força do trabalho” não se resume à obtenção de um de Certifi cação, que se distingue carimbo no final do processo, dos de mais por possibilitar uma mas sim aumentar a produti- redução nos custos da ordem dos vidade das empresas, traduzir 50 por cento. pub em resultados todo o esforço e Para os administradores as vanta- energia dispensada pela força do gens são muito mais do que ape- trabalho. Em suma, permitir que nas uma redução do valor mensal, as empresas cresçam garantindo a optimização da implementação assim prosperidade e emprego ao simplificar procedimentos por muitos anos”. similares, independentemente do A Start Idea, uma empresa nova sector da actividade da empresa, no mercado, especializada nas é outro factor diferenciador dos soluções empresariais de con- Programas já existentes. sultoria de negócios, consultoria Nos últimos anos, o número de económico-financeira, imple- empresas a obter a certifi cação pub mentação de sistemas de gestão segundo a norma ISO 9001:2000 da qualidade e de sistemas de aumentou consideravelmente e HACCP, surge “a partir do mo- a explicação poderá passar pelo mento em que duas entidades facto “dos empresários terem olharam para o mercado e perce- consciência que a evolução do Formação 2006 beram que sozinhas a travessia mercado assim o exige. Em alguns seria difícil”. sectores é mesmo uma exigência, II semestre “A empresa nasce de uma fusão ou por parte dos fornecedores, ou de serviços entre duas empresas por parte dos clientes. Uma coisa especializadas nos domínios em é certa, o mercado é quem manda”, Ambiente Qualidade e Segurança Informações e Inscrições que cada uma delas actuava. En- justifi cam os administradores da Técn. da Informação e Comunicação www.pme.online.pt quanto uma estava direccionada Start Idea. Comercial [email protected] para a área fi nanceira, outra esta- Em relação ao Programa e à Start Desenvolvimento Pessoal tel.: 707 50 1234 va mais vocacionada para a área Idea, os seus responsáveis esperam Línguas Braga | Porto | Leiria de sistemas de gestão de qualida- que “vá de encontro aos objectivos, Estratégia e Finanças Activos, Horário Pós-laboral de. Devido às fortes sinergias e metas e resultados que cada empre- trabalhos que ambos os parceiros sário se propõe alcançar”. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 PME 13 HoraInox quer conquistar o mercado ibérico procurar, no mercado nacional, A expansão a toda a Espanha representa 30% do volume de clientes com uma vocação pre- é o objectivo da HoraInox. “O vendas”. dominantemente exportadora, mercado ibérico é agora a nossa pois “terão maior capacidade para prioridade, uma vez que existe Crescimento de 57% aguentar o impacto provocado um risco de saturação do mer- pela subida do preço das matérias cado português”, afirma à “Vida Com 21 trabalhadores, a em- primas”. Económica” Paulo Dias, admi- presa cresceu, no primeiro se- nistrador da HoraInox. mestre de 2006, cerca de 57%. Estabilização de preços Criada em 1998, a HoraInox, “Pretendemos acabar o ano com empresa de raiz familiar, regis- uma facturação de 18 milhões de O ano de 2007 será marcado ta uma média de euros”, perspectivou Paulo Dias. pela subida ou, pelo menos, esta- crescimento anual A HoraInox re- bilização dos preços das matérias de 25% a 30%, alizou um inves- primas que compõem o sector tendo atingido, timento global do aço, pelo que as empresas na- em 2005, um va- Preço do aço de 8,5 milhões cionais do sector da metalurgia e lor de negócios de euros, en- metalomecânica poderão sentir de 12 milhões de continuará tre a compra da dificuldades acrescidas. Esta é a euros. em alta unidade galega convicção do administrador da Com uma voca- (2,5 milhões), a HoraInox, empresa que opera no ção inicialmente em 2007 aquisição de no- segmento do aço inoxidável. comercial, a em- vas instalações “A procura de todos os metais, “Estado deveria olhar com cuidado para as PME e implementar estratégias de apoio e moderni- presa passou a ser com seis mil m2 e de aço inox em particular, é zação”, afirma Paulo Dias. marcada por um de área coberta imensa, e sabemos de fábricas que cariz industrial em (três milhões de têm já a sua capacidade de produ- civil”. Outro aspecto que o em- com cuidado para as PME e im- 2002. Em 2005, a HoraInox ad- euros), a constituição da empre- ção para 2007 no limite. Por isso, presário ressalta é o atraso nos plementar estratégias de apoio quiriu a Albino Ibérica, empresa sa HoraInox Ferramentas (1,5 o aumento de preços veio para pagamentos, “pois muitos dos e modernização, pois o sector espanhola da Galiza especializada milhões) e de um novo centro de ficar”, explica Paulo Dias. nossos clientes vivem do Estado, metalúrgico emprega 200 mil na distribuição de produtos de serviços para segundas escolhas. Este responsável afirma ver e, se este não cumpre, as empresas trabalhadores e para muitas das aço inox no norte de Espanha, Estas duas últimas perfilam-se “com alguma apreensão o facto ficam numa situação difícil”. empresas mais pequenas 2007 agora designada HoraInox Ibéri- como forma de “aproveitar o elo de o nosso mercado registar um Paulo Dias faz mesmo um ape- poderá ser um ano difícil, dada a ca. de ligação com os clientes, pe- aumento do risco” e a metalurgia lo ao Estado para agir, “não no necessidade de esmagamento de Paulo Dias reconhece a neces- netrando em nichos de mercado nacional conhecer maiores difi- que toca ao controlo da subida margens comerciais”. para o mercado nacional”. sidade de “penetrar no mercado culdades, sobretudo “em áreas de preços, pois não existe uma do Norte de Espanha, que hoje Aliás, a empresa tem vindo a direccionadas para a construção acearia nacional, mas pode olhar MARC BARROS
PUB 14 PME sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Produtores criam associação interprofissional VIOLAÇÃO DE PATENTES RESULTA EM INDEMNIZAÇÃO Rótulos sanitários nas bebidas DE 60 MILHÕES O Grupo Paxar, operador de o tribunal (de Ohio, Estados Uni- sistemas de identificação e solu- dos da América) antecipou a sua ções de rastreabilidade, ganhou alcoólicas é prejudicial ao sector o litígio que interpôs, em 2003, contra a Zebra Technologies Cor- A Plataforma Interassociativa, que integra as asso- produtores, importadores e distribuidores nacionais poration, por violação de oito pa- ciações ACIBEV, ANCEVE, AEVP, ACVP, ANE- de bebidas dos sectores dos vinhos, cervejas e bebi- tentes em mais de 50 produtos. BE, a Confederação dos Agricultores de Portugal das espirituosas, solicitou audiências às autoridades Mercê desta vitória, a Zebra vai (CAP) e a Fenadegas, está contra a introdução de a propósito da política europeia nesta matéria. pagar 63 750 mil dólares (cerca Rótulos Sanitários nas embalagens dos vinhos. “As medidas a tomar em matéria de saúde e ál- de 60 milhões de euros) à Paxar, Considerando que, “para problemas nacionais são cool têm de ser equilibradas e sensatas, como por o que lhe permitirá ganhos adi- precisas soluções nacionais”, este movimento asso- exemplo o são a fixação de uma Taxa de Alcoole- cionais de aproximadamente 34 ciativo manifesta preocupação e reservas quanto ao mia Máxima, ou o estabelecimento de uma Idade milhões de dólares, depois de anunciado conteúdo do Projecto de Comunicação Mínima para Consumo de Bebidas Alcoólicas, não impostos. Por outro lado, a Ze- bra foi obrigada a comprar uma Máquina Pathfinder objecto de pleito Comunitária designada “Alcohol Harm Reduction retirando ao consumidor nem o direito a informar- Paxar vs Zebra. Strategy” da DG SANCO (Direcção-Geral da Saú- -se nem o seu direito de escolha”, conclui. licença de uso das patentes vio- de e da Protecção do Consumidor, da Comissão Estas associações propõem-se, entre outras medi- ladas e outras relacionadas com decisão em pelo menos quatro Europeia). estas, com a agravante de serem meses, já que havia programado “Os consumidores são maioritariamente limitadas no tempo. uma decisão só para Janeiro de moderados e responsáveis e as bebidas alco- A violação foi tão grosseira que 2007. ólicas podem e fazem parte de um estilo de vida saudável”. Para além disso, defende a CASA CADAVAL “absoluta necessidade de fazer basear todas as políticas públicas em dados científicos credí- LANÇA PINOT NOIR 2005 veis e não em generalizações, ou preconcei- batejo. Da responsabilidade do tos”. A Casa Cadaval, produtor de vi- nhos ribatejanos, acaba de lançar enólogo Rui Reguinga, é Por isso, considera também que há desvan- no mercado a colheita de 2005 um tinto de cor rubi, tagens da utilização dos impostos e taxas para do seu Pinot Noir, um dos únicos macio e elegante, que controlar consumos. desta casta que é produzido apresenta um aroma fruta- “Têm de ser contempladas as diferenças em Portugal. do. O seu paladar, com corpo existentes entre países e regiões da União Este vinho, de uma mediano e equilibrado, termina Europeia com culturas e hábitos de consu- casta característica com longa persistência. mo distintos. Além disso, não podemos deixar de das, criar, em colaboração com as autoridades com de outros climas, O Casa Cadaval Pinot Noir considerar, com base em casos já experimentados experiência e competência nesta área, projectos edu- adaptou-se na 2005 é distribuído pela Vinalda em vários mercados, que parte da regulamentação cativos para atrasar a introdução ao consumo de be- perfeição aos so- e está disponível a um PVP reco- prevista não traz consequências positivas nem as al- bidas alcoólicas dos jovens e, quando tal for inevitá- los e climas do Ri- mendado de 13,5 euros. terações desejadas”, afirma Diogo Saraiva e Sousa, vel, tornar essa introdução informada e consciente. porta-voz da Plataforma Interassociativa. VIRGÍLIO FERREIRA IMIGRAÇÃO É TEMA Este movimento interassociativo, que representa virgí[email protected] DE CONFERÊNCIAS DO PROJECTO FIC O FIC – “Formar, Integrar, rada por Pedro Vale, consultor e PUB Competir” – acaba de realizar, auditor de sistemas da qualida- na Associação Comercial e In- de. A secretária-geral da ACIC, dustrial de Coimbra (ACIC) a Rute Marinho, teve a seu cargo segunda de um conjunto de a abertura e o encerramento da seis conferências, cujo cenário conferência. comum é o fenómeno da imigra- As próximas conferências te- ção em Portugal, muito particu- rão como temas “O efeito da larmente a oriunda do Leste da imigração na sustentabilidade Europa. da Segurança Social”, “Demo- A conferência, subordinada ao grafia, assimetrias regionais e tema “Multiculturalidade e Es- imigração”, “Dimensão social tratégias de Gestão de Recursos da imigração: perspectivas de Humanos”, foi proferida pelo di- exclusão e de integração” e rector de Recursos Humanos da “Imigração e as estratégias para OPCA, José Bancaleiro, e mode- o emprego”.
COLUNA DO LEITOR ORDEM DOS ENFERMEIROS ESCLARECE
“Ao abrigo do Direito de Resposta consignado na Lei de Imprensa (Lei nº 2/99 de 13 de Janeiro), a Ordem dos Enfermeiros (OE) pre- tende repor a verdade dos factos relacionados com a notícia intitula- da “Sindicato acusa Ordem dos Enfermeiros de ‘bloquear’ emigração para EUA”, publicada na edição de 22 de Setembro de 2006. A OE não bloqueou, não está a bloquear, nem nunca impedirá que profissionais portugueses possam exercer noutros países. Todavia, existe um conjunto de procedimentos que e necessário formalizar. Os recém-licenciados não podem exercer a profissão antes que lhes seja atribuída a cédula profissional por parte da Ordem dos Enfer- meiros. Quanto à homologação deste tipo de processos, não faria qualquer sentido que a instituição a quem o Governo delegou a competência para regular, atestar e garantir o exercício de uma enfermagem de qualidade não analisasse escrupulosamente todos os processos. Isso não significa, porém, que os esteja a protelar indevidamente. Rejei- tamos veementemente a acusação de incompetência formulada pelo Sindicato dos Enfermeiros. Ao contrário do que se afirmou, NÃO EXISTEM 150 SITUAÇÕES de “bloqueio administrativo”. Até ao momento, NÃO EXISTE NENHUM PROCESSO DE CERTIFICAÇAO solicitado por entidades empregado- ras QUE NÃO O TENHA SIDO HOMOLOGADO PELA ORDEM DOS ENFERMEIROS. As acusações veiculadas pelo Sindicato dos Enfermeiros estão a ser estudadas pelo Gabinete Jurídico e pelo Conselho Jurisdicional da OE. Em breve tomaremos uma posição sobre esta matéria.”
Maria Augusta Sousa Bastonária da Ordem dos Enfermeiros
16 PME sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Massimo Dutti premeia design México regista a maior subida português
A marca italiana Massimo Dut- na importação de vinho do Porto ti lança este ano a primeira edição do Prémio Massimo Dutti De- Segundo os resultados apresen- desta ter acusado um decréscimo sign. Trata-se da primeira distin- tados este mês relativo ao ano de de 7,9% nas importações entre ção para a área do design indus- 2006, a exportação de vinho do Janeiro e Setembro do ano cor- trial em Portugal. Porto engarrafado sofreu um de- rente. O objectivo deste prémio é, an- créscimo de 1,6% em relação ao No geral, os preços médios por tes de mais, constituir um incen- período homólogo do ano ante- litro subiram, o que pode justifi- tivo a novos designers, bem como rior. Este decréscimo das exporta- car algumas quedas no volume de à produção de novo design para ções resultou numa perda de cerca negócios em países como a Fin- o mercado nacional e internacio- de 0,8% do volume de negócios lândia, onde um litro de vinho do nal. Por outro lado, este evento no mercado internacional. Porto custa agora 7,02 euros. passa também por divulgar e pro- A grande novidade foi o México, Em relação ao mesmo período mover o design português junto que durante este ano aumentou do ano transacto, o Ruby Reserva do público em geral, da indústria em 54,9% a sua taxa de impor- foi o vinho do Porto onde se regis- e dos profissionais. Para esta pri- tação do vinho português, corres- tou o aumento mais significativo meira edição do prémio 2006/07, pondendo, neste momento, a um de exportação, com uma subida o tema escolhido foi a “Organiza- volume de negócios de 0,4%, à de 10,8%. ção do Espaço” e inclui duas áreas frente de países como a Grécia, a De registar é também a subida de criação: espaços domésticos e Noruega ou a Finlândia. da importação para o México em espaços comerciais. A França continua a ser o prin- relação ao Estilo Tawny Colheitas, O concurso ao Prémio Massi- cipal destino da exportação de onde se verificou um aumento de mo Dutti Design 2006/07 desti- vinho do Porto, correspondendo 2981,8%, ainda que, no geral, na-se a designers profissionais e a a uma taxa de 35,7% do merca- esta categoria tenha registado um estudantes finalistas do curso de do de expedição e exportação, decréscimo de 6% (3.019.636 eu- design, pelo que, foram criadas logo seguida da Holanda, apesar ros) nas exportações. O México aumentou em 54,9% a sua taxa de importação. duas categorias distintas: profis- sionais e estudantes finalistas. Os projectos a apresentar terão PUB obrigatoriamente que pertencer à tipologia “mobiliário”. Argentina analisa investimento luso
Nos próximos dias 6 e 7 de No- vembro, Buenos Aires será palco do 1º Congresso dos Investimen- tos Portugueses na América do Sul”, organizado pela Câmara Ar- gentina Portuguesa de Comércio. Este Congresso contará com a participação de altas autoridades e de ministros argentinos que focarão aspectos essencialmente económicos. Estarão em análise perspectivas económicas nos pa- íses da América do Sul, os investi- mentos portugueses nessa região, o papel das Câmaras de Comércio portuguesas na área, bem como oportunidades de investimento na República Argentina. Jorge Faurie é o embaixador da Argen- tina em Portugal. Eficácia da comunicação comercial vai a concurso
Já estão escolhidas as cam- panhas finalistas que estarão a concurso na entrega dos Prémios Eficácia 2006. De entre as 62 ins- critas, apenas 38 campanhas fo- ram seleccionadas para disputar os troféus de ouro, prata e bron- ze. Depois de mais de um mês de análise, o júri decidiu retirar do concurso 24 casos. Esta gala tem como finalidade distinguir as campanhas em que a comunicação foi mais eficaz. Para isso, estará presente um júri com- posto por 10 elementos relacio- nados com a área do marketing, o mesmo que seleccionou as 38 finalistas. Nesta segunda edição dos Pré- mios concorrem na short-list mais três casos na categoria de “Marketing de Causas” e mais dois em “Marketing Social” do que em 2005, sendo de registar um acréscimo de inscrições em relação a 2005. A gala está prevista para No- vembro. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 PME 17
Steve Mills, CEO da MRINetwork, garante EMPREENDIMENTO BOM SUCESSO INTENSIFICA INTERNACIONALIZAÇÃO Portugal tem mercado no sector O conjunto turístico da pro- mercado germânico, o país motora Acordo, Bom Suces- europeu que mais investe so, localizado em Óbidos, na área do turismo. Aliás, foi apresentado ao mercado o mercado internacional re- do recrutamento de executivos alemão, no âmbito da Expo presenta, actualmente, cer- Real de Munique. É uma ca de 80% do volume de Um dos problemas que continua a colocar- feira que ocupa já uma po- vendas do grande projecto sição de relevo no mercado que é o Bom Sucesso. se no mercado empresarial tem a ver com imobiliário a nível interna- Este tem com pilar central a dificuldade em encontrar executivos. A cional, daí o investimento o golfe, sendo a partir dessa da promotora. modalidade e do respectivo MRINetwork, de alguma forma, pretende Há algum tempo que o em- campo que se desenvolve preencher essa importante lacuna das preendimento Bom Suces- o empreendimento. O imo- so pretende entrar nos mer- turismo está a merecer es- empresas nacionais. Steve Mills, CEO do cados externos. Depois do pecial atenção por parte da grupo, considera que Portugal representa Reino Unido, da Irlanda e empresa promotora, a qual um mercado interessante, tendo em da Espanha, foi agora a vez tem também a seu cargo a de chegar ao importante gestão da área turística. conta as suas características e o que ainda há a fazer nas áreas do recrutamento de CHRONOPOST PORTUGAL LANÇA NOVO executivos e da consultoria. SERVIÇO DESTINADO A EMPRESAS A empresa logística Chro- das áreas informática, das A MRI pode acrescen- periência é outro factor de- nopost Portugal colocou no telecomunicações, empre- tar valor, na sua óptica, terminante. Neste âmbito, mercado um serviço ino- sas que reparam equipa- especialmente em três áre- não se trata apenas de recru- vador. O Chrono Swap tem mentos, entidades finan- as. Desde logo, a empresa tamento, a empresa dispo- como objectivo representar ceiras e seguradoras, que “pensa globalmente, mas nibiliza serviços no acon- um serviço de valor acres- necessitem de enviar um age localmente. Está pre- selhamento das tendências centado às empresas, por documento ou encomenda via da redução de custos que tenha que regressar ao sente com mil escritórios de mercado, questões rela- quadas, particularmente em Relativamente ao merca- em 37 países. Em Portugal, cionadas com salários ou e de ganhar o máximo de expedidor. Vai para além da lugares de topo.” do nacional, Steve Mills re- tempo possível. existem seis escritórios, com incentivos, entre outras. O recolha ou entrega de de- Actualmente, o proces- velou que tem conhecimen- É um serviço logístico que terminada mercadoria ou conhecimento aprofundado grupo está particularmente so para empregar alguém tos sobre o mesmo. Na sua garante entregas e recolhas documento, na medida em do mercado local. A gestão activo no sector industrial, é mais complexo que há opinião, é possível aumentar expresso para qualquer des- que pode passar pela subs- está a cargo de portugueses. onde se verificam algumas escassos anos atrás, como os rácios de produtividade, tino em território nacional, tituição e instalação de ma- “Por via da combinação de das maiores falhas em ter- explicou o empresário: “O mas tem que haver “atitude” para além de oferecer uma teriais e equipamentos téc- benefícios locais e globais, é mos de executivos. processo de colocação tem e “liderança”. Neste último prestação adicional aquan- nicos ou pela entrega de um possível disponibilizar uma Apesar do seu optimismo, que ser consistente e rápi- caso, em particular, é pre- do da entrega ou da reco- documento que necessite de posição de mercado única”, Steve Mills não deixa de ad- do. A empresa tem que ter ciso revelar mais e melhor lha de um envio. Destina-se uma assinatura e respectiva adiantou à “Vida Económi- vertir que não há uma gran- a capacidade de explicar à liderança, o que implica lí- essencialmente a empresas recolha no mesmo acto. ca” Steve Mills. Um segun- de oferta de talentos. É por entidade empregadora qual deres fortes, construtivos e do aspecto importante é isso que a procura se tornou o processo a seguir, sendo combativos. “É necessário que é possível aceder a can- mais complicada, sendo que deverão existir prazos. olhar para o verdadeira- didatos de todo o mundo. importante ter uma ideia Por outro lado, a questão mente importante, cultivar Grupo Investvar cria centro De facto, estando presen- exacta dos candidatos. “A salarial terá que se prender o empreendedorismo e as- te a nível global, a MRI- nossa empresa tem que co- com as competências e não sumir uma atitude positiva. de I&D para calçado Network tem pelo seu lado nhecer bem os candidatos, com a inflação. Além disso, Portugal tem a possibilidade de os seus de modo a preencher cor- Quanto à empresa em- que definir uma política O grupo Investvar, que detém a marca Aerosoles, conti- clientes captarem talentos rectamente os lugares dis- pregadora tem que estar concreta para os mercados nua a desenvolver um processo de reestruturação. No con- para o mercado de trabalho poníveis. De notar que uma consciente, que não vai en- internacionais, promover o texto das mudanças organizacionais, a grande novidade é nacional. Além disso, aque- empresa só pode ser compe- contrar o candidato perfei- investimento e as marcas de a criação de um centro de investigação e desenvolvimento, le responsável acha que a ex- titiva se tiver as pessoas ade- to. É que tal não existe.” qualidade”, concluiu. em Cortegaça, a escassos quilómetros da sede e das instala- ções industriais. A equipa de trabalho será responsável pela apresentação de quatro colecções de marca ao ano. A empresa de calçado pretende desenvolver um míni- Unifar investe em sistemas de informação para a saúde mo de quatro colecções a mais da Aerosoles, duas de A2 e duas de homem, bem como a produção de modelos A Udifar, cooperativa de distribuição farmacêutica, colocou buição, melhorar o controlo das entregas e desenvolver a específico para o retalho. “O objectivo passa por alcançar no mercado um sistema inovador de informação, incorpo- cartografia das rotas completas feitas pelas viaturas. um patamar de competitividade ainda elevado, verifican- rado no processo de entrega e recolha de medicamentos nas De acordo com os responsáveis da Udifar, o sistema do-se uma aposta clara em novas matérias-primas. Tra- farmácias, sob a designação de InfoPlus Delivery (IPD). A tem objectivos concretos, desde logo representa uma fer- ta-se de manter o produto como factor diferenciador da cooperativa, cuja facturação anual ronda os 566 milhões de ramenta que pode auxiliar bastante na gestão de stocks. Aerosoles”, de acordo com o responsável do novo centro, euros, tem investido em novas tecnologias. No total, foram Por outro lado, permite melhorar a gestão de expectativas Fernando Brogueira. aplicados mais de 4,5 milhões em sistemas de informação. relativamente à hora das entregas. A empresa prevê que a O projecto implica a criação de duas equipas, mas con- O sistema em causa representou um investimento de implementação deste sistema de informação esteja conclu- vergentes: uma de desenvolvimento de produto e outra mais de um milhão de euros, estando disponível em cer- ída em Março do próximo ano. O grupo é composto por de design. A primeira é responsável pela criação das for- ca de 1300 farmácias, numa primeira fase. O novo siste- várias entidades, com destaque para a Codifar e a União mas, solas e da modelação. A segunda assegura o desenho ma permite às unidades móveis a localização, gestão das de Farmacêuticos de Portugal, contando com mais de 500 de novas propostas, utilizando para o efeito programas comunicações, controlo das entregas e recolhas de forma colaboradores. A Udifar é uma central de serviços partilha- como o CAD e o desenho em três dimensões. O orça- mais imediata e precisa. Por outro lado, possibilita locali- dos com uma estrutura cooperativa em que o associado é mento previsto para esta nova divisão ronda os três mi- zar o pedido automaticamente em cada ponto de distri- simultaneamente cliente. lhões de euros.
Mercado vale mais de 1,3 mil milhões de euros Procura aumenta na manutenção técnica e nas instalações de edifícios
A procura de serviços de manter nos próximos anos. rá manter-se a tendência de tor, gerando um volume de No entanto, no segmento presas de instalações e mon- manutenção técnica de edi- Os serviços de manu- concentração dos serviços emprego de mais de 17 mil dos ascensores, há uma for- tagens, bem como empresas fícios e de instalações man- tenção de edificações não de manutenção num úni- trabalhadores. A forte ato- te concentração da oferta, de instalação de ascensores. teve, nos últimos anos, uma residenciais e de instala- co fornecedor, pelo que a mização da oferta traduz-se de tal forma que as três em- Estes operadores procuram evolução favorável. Nos úl- ções industriais revelaram diversificação, quer funcio- numa baixa participação das presas concentram perto de disponibilizar aos clientes timos três anos, o mercado o comportamento mais di- nal, quer geográfica, será principais empresas no con- 75% das receitas totais. um serviço global, com a in- cresceu a uma taxa anual de nâmico. Faz sentido, tendo mais importante enquan- junto do mercado. Assim, Certo é que o crescimen- corporação da manutenção 8%, mas é esperada uma li- em conta a fraca penetração to factor determinante da no ano transacto, as cinco to do mercado verificado da sua carteira de serviços. geira aceleração para 9% dos serviços de manutenção competitividade. primeiras empresas por vo- nos últimos anos provocou De notar que a manutenção no presente exercício, pelo externa nestes segmentos de De facto, a actual estru- lume de negócio registaram a entrada no sector de novos de elevadores, no ano pas- que o volume de negócios mercado, de acordo com a tura da oferta ainda é muito uma quota de mercado con- operadores. Relativamente sado, gerou um volume de poderá atingir 1310 mi- DBK, empresa de estudos fragmentada. No ano passa- junta de 12%, valor que che- a este facto, destaque para negócios de 160 milhões de lhões de euros. A tendên- de mercado espanhola. Nos do, cerca de 1500 empresas gou a 15% se se considerar as empresas integradas em euros, cerca de 15% do va- cia é para o crescimento se curto e médio prazos deve- estavam a operar neste sec- os dez principais operadores. grupos multisserviços, em- lor total do mercado. 18 PME sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Micro-ideias para ajudar EMPRESAS PORTUGUESAS BEM COTADAS à produtividade A Primavera, empresa portu- 500 empresas originou a cria- guesa especializada no desen- ção de 148 500 novos postos O nome é, por si só, explicativo. Chama-se Ide- é a integração cada vez mais profunda dos recur- volvimento e comercialização de trabalho e um volume to- aSystem (Sistema de Ideias) e pretende contribuir sos humanos na empresa. O presidente da Avan- de soluções de gestão e pla- tal de negócios de 88,45 mil para o aumento da produtividade das empresas, port garante que esta pode ser uma forte motivação taformas para integração de milhões de euros. Em termos através da resolução de pequenos problemas que, para os funcionários que sentem directamente que processos empresariais, está, relativos, registou-se um cres- muitas vezes, assolam os vários departamentos das estão a contribuir para a melhoria dos resultados. pelo sexto ano consecutivo, no cimento médio de 57,3% e ranking “2006 Europe’s 500” 66,6% respectivamente, nesse organizações. Problemas esses que, na sua grande “As pessoas começam a sentir que as suas ideias são que classifica as 500 empre- mesmo período. maioria, nunca chegam a ser reportados ao topo da levadas em conta”. E mesmo uma ideia menos feliz sas europeias com maior po- No ranking “2006 Europe’s pirâmide, dada a sua “insignificância”. pode ser bem aproveitada, afiança Miguel Montei- tencial de crescimento. 500”, a empresa lusa ocupa Mas Miguel Monteiro, presidente do grupo ro. “Se a ideia for completamente descabida, é uma Este ranking, elaborado e a 410ª posição, com um cres- Avanport, holding que reúne as participações da excelente oportunidade de alinhar esse funcionário. divulgado pela GrowthPlus cimento, entre 2002 e 2005, Chip, Seara e Introduxi, acredita que todas as ideias É porque ele simplesmente não está a perceber o (http://www.europes500. de 33,3% em novos postos de são bem-vindas e podem efectivamente contribuir, que é pedido. É uma forma de com/), identifica as 500 em- trabalho e de 51,7% em vo- quantas vezes directamente, para a melhoria contribuir para a integração presas europeias com maior lume de negócios. Para além dos resultados. Depois de assistir a uma pa- dos recursos”. crescimento de emprego e vo- da Primavera, estão também lestra de Alan Robinson, autor de “Ideias Mas como se com- lume de negócio, entre 31 de incluídas neste ranking outras are free” (“As ideias são gratuitas”), o em- pensa quem tenha Dezembro de 2002 e 31 de empresas nacionais, como a preendedor resolveu criar um software uma boa ideia? Pa- Dezembro de 2005. Segundo Novabase, a ChipIdeia, a Uni- – disponível via intranet – que regista gando? Miguel esta organização, o total das cer e a SulPasteis. e faz a gestão das sugestões dadas pelos Monteiro segue o colaboradores. Um verdadeiro softwa- alinhamento de que re de gestão de ideias. “No dia-a-dia, as ideias são gra- NOVO PROJECTO os funcionários deparam-se com uma tuitas. Tal como série de pequenos problemas que lhes o autor do livro, DE INOVAÇÃO A NÍVEL roubam tempo e, desde logo, custam di- este gestor tam- nheiro à empresa. A ideia deste sistema é precisa- bém é da INTERNACIONAL mente permitir que todos possam contribuir para opinião O projecto “Wireless Broad- reunir em Portugal as mais re- a melhoria do trabalho, através q u e band Cities – Portugal 2007” centes tecnologias mundiais. da sugestão de micro-ideias que p a g a r vai ser um show-case a nível Os principais promotores são aprovadas, ou rejeitadas, uma boa nacional e internacional a do projecto são a AR Tele- pelo chefe de departamento. ideia é decorrer ao longo do ano de com, a Cisco e a Microsoft, Não têm de ir à administração”, d e s - 2007, promovendo estudos, que contarão com o apoio do explicou o presidente da holding. virtualizar demonstrações e projectos de ISEG – Instituto Superior de E como não há nada como experimentar o pró- o conceito. novas plataformas tecnológi- Economia e Gestão e terão o prio cozinhado, há mais de um ano que as empresas “Existem ou- cas, de telecomunicações e enquadramento do Plano Tec- do grupo de Miguel Monteiro já utilizam o siste- tros mecanismos informática, em serviços pú- nológico e da iniciativa “Ligar ma. “No início as pessoas olham com alguma des- para compensar blicos suportados através de Portugal”. confiança, pensam que vão ser avaliados por causa uma boa ideia”. No banda larga. A importância Este projecto permitirá disso. Mas aí cabe ao chefe de cada departamento grupo de Miguel Mon- das novas realidades wireless projectar internacionalmente – WiFi, Wireless fiber, Wimax, entusiasmar e encaminhar as pessoas a entender teiro, por exemplo, uma Portugal e assegurar a sua RFID, e outras – a par de visibilidade nos domínios da correctamente o conceito”. vez que existem prémios que novos tipos de utilização da modernização e da Sociedade O primeiro grande objectivo deste sistema é au- dependem directamente do banda larga, nomeadamente da Informação, funcionando mentar a produtividade. “É necessário estarmos lucro, se os resultados forem melhores, também o vídeo, e de novos sistemas também como um verdadeiro constantemente a pôr em causa a maneira de fazer prémio é mais recheado. Informáticos – serão objecto “cartão de visita” da capaci- as coisas. Pôr em causa todos os processos. Encetar- SUSANA MARVÃO deste projecto que pretende dade tecnológica nacional. -lhes melhorias”, defende o gestor. O segundo papel [email protected]
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Negócio ainda está sujeito A transacção deverá envolver à realização de uma “due um montante de 500 milhões diligence” Imobiliário de euros
Américo Amorim prepara-se para tomar posição na empresa espanhola Inmobiliaria Chamartín investe 500 milhões na compra da Amorim Imobiliária O empresário Américo Amo- De salientar que, apesar de o cerca de 1465 milhões de euros, de grande notoriedade, como as O segmento de centros comer- rim chegou a acordo para ven- negócio ter sido acordado na to- correspondentes a uma área total Torres de Lisboa, a Nova Campoli- ciais parece estar a ganhar cada der 100% do capital da Amorim talidade, a sua concretização será de 1.418.628 m² sob gestão, di- de, o Edifício Miraflores Offices e o vez mais força no portefólio da Imobiliária ao grupo espanhol feita faseadamente: ou seja, num vididos sobretudo pelos sectores Monumental, entre outros. Amorim, que, para além de estar Inmobiliaria Chamartín, num primeiro momento, é vendida a Residencial (26%), Escritórios A Amorim tem vindo a apostar a desenvolver projectos de grande negócio avaliado em cerca de 500 Imobiliária e só depois se dará a (29%) e Retail (40%). cada vez mais em pro- milhões de euros, e prepara-se tomada de posição na Chamar- Fundada no final da década de jectos de requalificação para tomar, de seguida, posição tín, em percentagem que o em- 80, a Amorim Empreendimentos urbana, e que têm como na empresa espanhola. O negócio presário preferiu não divulgar. Imobiliários, SGPS, SA veio gal- objectivo a reconversão, está ainda está sujeito à realização Este negócio valoriza a Amo- vanizar uma série de investimen- recuperação e requali- de uma “due diligence” para po- rim Imobiliária em mais de 500 tos e transformar a Imobiliária ficação de edifícios já der ser concretizado. milhões de euros mas está ainda numa das actividades mais repre- existentes. Neste âmbito A empresa compradora da sujeito à realização de uma due sentativas do Grupo Amorim. destacam-se os projectos Amorim Imobiliária já tem ne- diligence, que deverá. Em decla- Ainda nesse mesmo ano, o habitacionais do Palácio gócios conjuntos no desenvolvi- rações ao “Jornal de Negócios”, Grupo entra no mercado de Lis- Studio Residence e a re- mento de um centro comercial Américo Amorim confirmou que boa, criando a INOGI - Inova- qualificação e renovação na Corunha em negociações “deverá estar concluída antes do ção Imobiliária Gestão e Investi- do Convento dos Inglesi- com a Inmobiliária Chamartín final do ano”. mento, S.A., em associação com nhos, em Lisboa. com vista a eventual alienação da o prestigiado grupo Imobiliário A empresa é também Amorim Imobiliária e aquisição, Empresa gere activos Francês ISM, S.A. detentora dos empreendi- pelo Grupo Américo Amorim, de avaliados em 1465 milhões Em 1999 - o Grupo Amorim mentos “Studio Residence”, uma dimensão – os centros comerciais participação social relevante na de euros associa-se com o Grupo General marca nacional de habitação diri- “Dolce Vita” –, lançou também referida companhia espanhola, a Electric - GE Capital Real Estate, gida a um público mais jovem, e um novo conceito comercial apli- reforçar numa eventual entrada Presente no sector imobiliá- para o investimento imobiliário, que totalizam uma oferta de 1800 cado a cidades de pequena e mé- em bolsa da sociedade, após a rio desde 1989, actualmente, a constituindo uma joint-venture a apartamentos em todo o país, cor- dia dimensão, os Sportsforum, e aquisição da Amorim Imobiliá- Amorim Imobiliária gere uma 50% - a Imolisboa, SA. Desta asso- respondentes a um investimento que aliam o comércio a activida- ria”. carteira de activos estimada em ciação começam a surgir projectos de 100 milhões de euros. des desportivas.
Lisbon Prime index
Rendas são um atractivo para Oeiras Os valores de arrendamento no corredor Miraflores mil m2 podem encontrar edifícios que constituem solu- – Porto Salvo estabilizaram num patamar muito compe- ções à medida para apenas um ocupante, o que é mais di- titivo entre os 12 euros e os 14 euros / m2 / mês, para fícil de encontrar na cidade de Lisboa. edifícios novos prontos a ocupar. Este nível de rendas é Desde o início do ano, o LPI regista a ocupação de cerca muito atractivo face à oferta de edifícios novos em Lisboa, de 21 mil m2, num total de mais de 30 empresas que op- nomeadamente quando em concorrência com o Parque taram por edifícios novos em Oeiras. das Nações, que mantém rendas mensais entre os 16 euros Este volume de negócios acompanha a realidade do ano e os 18 euros. de 2005, quando foram colocados neste mercado um total Uma oferta de qualidade em Oeiras, com diversos “offi- de 28 mil m2. ce parks” com disponibilidade e capacidade de apresentar As empresas multinacionais presentes em Portugal reve- um leque diversificado de alternativas, sustenta uma boa lam uma especial preferência por esta localização, nomea- performance deste segmento de mercado. damente empresas farmacêuticas e de novas tecnologias e Nomeadamente empresas que procuram áreas de 3 a 5 informática.
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LISBON PRIME INDEX
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ARRENDAMENTO URBANO - GUIA LEGAL & ILEGAL - GUIA PRÁTICO URBANISMO - REGIME JURÍDICO CONDOMÍNIOS - A LEI E A PRÀTICA PRÁTICO Autor: Gabinete de Advogados A. Vilar & DE URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO 5.ª EDIÇÃO Autores: Adalberto Costa e António Autor: Gab. de Advog. A. Vilar & Assoc. Autores: Daniela Maia e Rute Barreira Associados. Coordenação: Rita Ferreira Eurico Silva Coordenação: Maria dos Anjos Guerra A da Silva 192 págs. / P.V.P: 9,5 (IVA incl.) 776 págs. / P.V.P: A 27 (IVA incl.) 513 págs. / P.V.P: A 21 (IVA incl.) 282 págs. / P.V.P: A 12 (IVA incl) www.escritorios.com.pt encontre o seu novo escritório
ALFRAPARK - EDIFÍCIO F TORRE ZENITH FONTES PEREIRA DE MELO, 21 ARCIS
ESTRADA DE ALFRAGIDE, KM 1,5 ARQUIPARQUE AVENIDA FONTES PEREIRA RUA IVONE SILVA - ALFRAGIDE - AMADORA ZONA 6: EIXO DA AUTO-ESTRADA A5 DE DE MELO, 21 ZONA 2: EIXO DA PRAÇA DO SALDANHA ZONA 6: EIXO DA AUTO-ESTRADA A5 MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS ZONA 1: EIXO DA AV. DA LIBERDADE A ENTRECAMPOS E AMOREIRAS DE MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS À PRAÇA DO SALDANHA
O Edifício F do Alfrapark está inserido num Edifício de Escritórios com 12 pisos. Os Edifício de escritórios de prestígio com O Ed. Arcis está localizado na Rua Ivone Silva parque de escritórios com uma área total de escritórios encontram-se equipados com cerca de 1.700 m2 de área em 9 pisos nº6, perto da confluência da Av. 5 de Outubro construção de 35.000 m2 distribuída por 9 tecto falso, piso elevado com calha técni- e ainda 200 m2 de Loja. Antiga sede da com a Av. de Berna. O edifício é composto por Edifícios, contemplando ainda 18.000 m2 de ca e cabelagem estruturada já instalada. CMVM em Lisboa. - Excelentes acaba- 19 pisos destinados a escritórios, e 3 caves espaços verdes. O edifício dispõe de 140 lu- Segurança de 24h/24h, sistema de gestão mentos interiores - 2 elevadores - 1 Mon- de estacionamento. O escritório já se encon- gares de estacionamento em cave, bem como centralizada de ar condicionado (chiller e ta-autos - AVAC independente por piso tra dividido com divisórias amovíveis, e está arrecadações. ventiloconvectores), sistema anti-intrusão, - Sistema de detecção de incêndios - 26 equipado com calhas técnicas, tecto falso Situado em Alfragide, junto à EN 117, pela sistema automática de detecção de incên- lugares de estacionamento em cave - Ar- com iluminação embutida, ar condicionado e sua proximidade a Lisboa o empreendimen- dios. Possui ainda um Auditório para 75 recadação de 18 m2 vidros duplos. Existem apenas duas fracções to dispõe de excelentes acessos rodoviários. pessoas e um refeitório. Disponibilidade por piso, e neste caso podem ser interligadas. Insere-se numa zona consolidada de escri- de estacionamento privativo no interior ou Cada uma delas está equipada com uma copa tórios e comércio e de futura expansão de exterior. e 2 casas de banho. O edifício dispõe ainda de áreas de lazer. recepção com segurança 24h.
Áreas disponíveis Áreas disponíveis de 203 m² a 510 m² de 343 m² a 7.000 m² Áreas disponíveis Pisos disponíveis: Pisos disponíveis: de 272 m² a 545 m² 0 2º 3º 1, 4, 6, 7, 8, 9, 10 e 12 Áreas disponíveis de 150 m² a 1.976 m² Data disponibilidade Data disponibilidade Data disponibilidade imediata imediata imediata Data disponibilidade imediata Preço arrendamento Preço arrendamento Preço arrendamento Tel. 213583222 desde: 14,5 �/m² desde: 14 �/m² Tel. 213114400 desde: 11,5 �/m² ann.charnock@ Preço arrendamento Tel. 217815770 [email protected] eu.joneslanglasalle.com desde: Tel. 213139000 Estacionamentos: [email protected] Estacionamentos: 150 www.cbre.pt Estacionamentos: 120 www.joneslanglasalle.pt 16,5 �/m² [email protected] 20 www.novimed.pt
EDIFICIO AMÉRICA LISBOA ORIENTE EDIFÍCIO SONY SOUSA MARTINS, 10
RUA SOEIRO PEREIRA GOMES AVENIDA INFANTE D. HENRIQUE PARQUE DAS NAÇÕES RUA SOUSA MARTINS, 10 ZONA 3: EIXO DA 2ª CIRCULAR AO ZONA 7 ZONA 5: ZONA 2: EIXO DA PRAÇA DO SALDANHA CAMPO GRANDE, INCLUINDO PRAÇA RECINTO DO PARQUE DAS NAÇÕES A ENTRECAMPOS E AMOREIRAS DE ESPANHA / JOSÉ MALHOA
Localizado perto da Praça de espanha, o O edifício Lisboa Oriente situa-se próximo O edifício Sony é composto por 4 pisos de Localizado entre o Saldanha e o Marquês edifício dispõe de escritórios para arrenda- do Parque das Nações, cerca de 5 minu- escritórios em 3 Alas distintas: Ala Sul; Ala de Pombal o Edifício de Escritórios para mento com áreas entre os 400 e 3700m2 tos a pé, na esquina entre a Av. Infante Norte e Elipse. Neste momento existem áre- arrendamento dispõe de áreas entre os com estacionamento em cave. D. Henrique e a Av. de Pádua. Edifício as disponiveis para arrendamento na Ala Sul 170 e 3170m2 com estacionamento em moderno inserido numa zona recatada do com aproximadamente 716 m2. O edifício cave. Parque das Nações. conta ainda com 2 pisos de estacionamento em cave.
Áreas disponíveis Áreas disponíveis Áreas disponíveis de 400 m² a 3.700 m² de 700 m² a 718 m² de 170 m² a 3.170 m² Áreas disponíveis Data disponibilidade de 100 m² a 1.680 m² Preço arrendamento Data disponibilidade imediata desde: 18,5 �/m² imediata Data disponibilidade Preço arrendamento imediata Pisos disponíveis Preço arrendamento desde: 11 �/m² 1º 2º e 3º desde: 16,2 �/m² Tel. 213555555 Preço arrendamento Tel. 213114400 213555555 Proprietário [email protected] desde: Tel. 213139000 Estacionamentos [email protected] Estacionamentos [email protected] Silvip www.silfiducia.pt 2.121 �/m² [email protected] 33 www.cbre.pt 32 www.silfiducia.pt sexta-feira, 27 Outubro de 2006 IMOBILIÁRIO 21
J.A. Santos Carvalho entrega FII do Millennium BCP apostam na reabilitação os primeiros apartamentos urbana na cidade do Porto O Fundo de Investimento na Rua do Bonjardim e consis- do Alto dos Moinhos Imobiliário (FII) AF Portfólio tirá na reconversão dos edifícios Imobiliário, do banco Millen- de escritórios em apartamentos A promotora J.A.Santos Car- nium BCP e com consultoria com lugares de estacionamento valho já iniciou a entrega das da F&C Portugal, vai investir privativo. chaves aos proprietários da pri- na reabilitação urbana na cidade De referir que se trata do pri- meira fase do empreendimento do Porto, lançando um projecto meiro projecto significativo de Alto dos Moinhos. São, no to- que visa a criação de 44 novos habitação dotado de capitais ex- tal, 77 apartamentos de 2, 4 e apartamentos no centro da cida- clusivamente privados ao nível 5 assoalhadas, correspondentes de Invicta. da reabilitação urbana da baixa aos lotes um e dois. Este projecto de reabilitação portuense. De acordo com nota Até ao momento já estão ar- urbana deverá estar concluído de imprensa divulgada pela insti- rendados cerca de 70% dos es- no primeiro semestre de 2008. tuição bancária, a gestão da pro- paços para escritórios disponí- Abrange dois edifícios contíguos, moção imobiliária ficará a cargo veis durante esta primeira fase, localizados na Praça D. João I e da John Neild & Associados. e, dentro de três meses, abrirá a primeira unidade de restaura- ção localizada na praça de en- trada do Alto dos Moinhos. Grupo Lar investe 300 milhões Entretanto já foi iniciada a comercialização da segunda fase em Portugal do projecto, que tem vindo a decorrer de forma bastante po- apartamentos dentro de um rios e cerca de 1500 lugares de O Grupo Lar Portugal está a adiantado à VI News que “no sitiva, de acordo com o promo- ano. estacionamento subterrâneo. desenvolver cinco projectos imo- ano de 2007 esperamos lançar tor. Até ao momento já foram Implantado numa área de 81 O projecto imobiliário em de- biliários no mercado português, qualquer coisa como 400 fogos celebrados 70 % dos contratos mil m², no seu conjunto, o Alto senvolvimento prevê um inves- que representam um investimen- na capital”. de promessa de apartamentos dos Moinhos integra 26 edifí- timento e operações de constru- to total na ordem dos 300 mi- Além destes quatro projec- da segunda fase, ainda em fase cios de 7 pisos, com 418 apar- ção e urbanização na ordem dos lhões de euros, disse à VI News tos, o Grupo Lar está também de construção. A promotora tamentos no total e 12.000 m² 125 milhões e dos 80 milhões Rui Meneses Ferreira, director- a desenvolver um quinto em- prevê começar a entregar estes de área para comércio e escritó- de euros, respectivamente. geral do Grupo Lar em Portugal. preendimento em Portugal. Em entrevista Trata-se do Ma- à “Vida Imobi- rina Village, um liária”, este res- Projectos complexo de tu- ponsável disse representam um rismo residencial Lena, Imocom e Nersant investem 556 milhões que o grupo está localizado em neste momen- investimento Lagos, no Algar- em Áreas de Localização Empresarial to a desenvolver ve. Este projecto quatro projectos total na ordem tem uma área O Grupo Lena, o Grupo Imo- dos parques. Os restantes 470 As localidades abrangidas por habitacionais em dos 300 milhões de 11.000 m², e com e a Nersant, em parceria milhões de euros dizem respeito este megaprojecto são os conce- Lisboa, um dos uma oferta cons- com cinco Câmaras Municipais ao investimento previsional dos lhos de Rio Maior, Torres Novas, quais em parceria de euros tituída por 105 da Região de Lisboa e Vale do pavilhões a construir pelas socie- Santarém, Fátima/Ourém e Car- com a Praedium, fogos, e cobre o Tejo, estão a investir na constru- dades gestoras e pelas empresas taxo. do Grupo Sonae. segmento da se- ção e exploração de cinco Áreas a instalar. Segundo informações avança- Embora ainda sem nome defini- gunda habitação, disse Rui Me- de Localização Empresarial. O O principal objectivo é criar das em comunicado de impren- do, estes projectos residenciais neses Ferreira à VI News. investimento total será superior condições qualificadas para a ins- sa, o arranque deste investimen- vão dar origem a uma oferta de Presente no mercado por- a 556 milhões de euros. talação de empresas nesta zona to tem estado condicionado por cerca de 800 fogos. tuguês há cerca de seis anos, o Deste valor, 86 milhões cor- do país. Assim, prevê-se que os pequenas alterações dos Planos O desenvolvimento destes Grupo Lar tem actuado apenas respondem a investimento de postos de trabalho a criar por Director Municipal das autar- projectos será faseado, tendo no mercado habitacional dirigi- construção e infra-estruturação este projecto totalizem os 6994. quias. o director-geral do Grupo Lar do às classes média-alta e alta. Legal & Imobiliário
Arrendamento Dispensa de determinação do nível de conservação do imóvel
«Há cerca de um ano foi-me doada uma vivenda que se encon- vigor no 30.º dia após a publi- derá actualizar a renda apli- tra arrendada desde 1989 aos mesmos inquilinos. cação, isto é, em 07.09.2006, cando o coeficiente de 0,9, que Em Agosto li, nesta coluna, um artigo que explicava que, para estando, em muitos casos ain- corresponderia ao nível 3 ine- actualizar a renda era preciso requerer, às finanças, a avaliação da em curso, o procedimento rente ao estado de conservação do imóvel e, à Comissão Arbitral Municipal, a determinação do necessário à respectiva consti- médio . nível de conservação do prédio. tuição e funcionamento. Caso o leitor opte por este Como a actualização do valor do imóvel nas finanças foi feita Seja como for, efectivamen- procedimento, só será obriga- por causa da doação, fui á Câmara onde a única coisa que me te, a lei estipula que poderá do a requerer a determinação souberam dizer foi que a tal CAM ainda não estava a funcio- ser dispensada a determinação do nível de conservação do nar. do nível de conservação para imóvel, se o inquilino, na res- Será que terei que esperar o início do funcionamento da CAM efeitos de actualização do valor posta que der à comunicação para poder actualizar a renda? É que o estado de conservação do imóvel até é bom, talvez superior ao médio que, pelo visto, da renda quando o senhorio do senhorio para actualização já me permitiria actualizar a renda e no referido artigo li que ha- entender que o imóvel se en- da renda, invocar que o estado MARIA DOS ANJOS contra em bom ou excelente de conservação é mau ou pés- veria uma possibilidade de obter dispensa deste procedimento. GUERRA* O que poderei fazer?» estado de conservação, como simo. Advogada parece ser o caso do imóvel do Neste caso, o coeficiente a leitor. aplicar à nova renda será o que fectivamente, a actuali- dio não seja inferior a médio. [email protected] zação de rendas só po- Acontece que a legislação Neste caso, bastará ao leitor resultar da determinação efec- derá ser promovida pelo que contém o regime de deter- entregar na CAM comunicação tuada pela CAM que poderá E “A actualização na qual informará que vai pro- ser superior ao referido de 0,9 senhorio se, cumulativamente, minação e verificação do coefi- for feita a supra referida avalia- ciente de conservação, bem as- terá por base ceder à actualização da renda inicialmente aplicável ao caso ção do locado nos termos do sim como a que aprova e regula indicando o nível de conserva- de dispensa CIMI e desde que, tratando-se as Comissões Arbitrais Muni- o coeficiente ção em que avalia o locado. da determi- de arrendamento habitacional, cipais (CAM) foi publicada em de 0,9” Contudo, se o leitor decidir nação. o nível de conservação do pré- 08.08.2006, mas só entrou em usar esta possibilidade só po- 22 OPINIÃO sexta-feira, 27 Outubro de 2006
A. MAGALHÃES PINTO Economista
O tamanho do roubo [email protected]
muito difícil, a maior parte do tem- esforçar-se mais. quase é a mesma coisa. Vamos por partes. justificando de apenas subir desmesurada- po, estar de acordo com o doutor Todos nós sabemos que isso é verdade. No seu Relatório e Contas relativo ao Exer- mente. E assim se justificaria o alarido dos ÉFrancisco Louçã, o líder do Bloco de Aliás, temos pago a energia mais cara cada cício de 2005, o Conselho de Administra- 16% para depois nos ficarmos pelos 6%. Esquerda. Pela minha parte, essencialmen- ano e sempre que os custos o justificam, ção da EDP diz que as perdas verificadas te por duas razões. A primeira é a de que a pelo valor da taxa de inflação, tal como foi em 2005, reconhecidas pela Autoridade O problema agrava-se sua visão é extremamente extremista, pas- colocado em vigor em 1998, por um De- Reguladora, serão recuperadas pelo incre- com a decisão do Governo se o pleonasmo formal. A segunda é que é creto do Governo. mento das tarifas no sector de Baixa Ten- de reduzir o aumento para 6% pouco flexível. Geralmente, para ele, o fil- Ponto final, parágrafo. E ninguém pode são durante os anos de 2007 a 2011. me da Vida é a preto e branco, quando nós deixar de estar de acordo de que o consu- Agora repare, meu Caro Leitor. Aquele Algo que não pode passar despercebido. sabemos que, na realidade, é colorido. Mas midor tem que pagar a energia mais cara, documento, assinado pelo Conselho de Aprovado este aumento nos termos em que esse facto não pode impedir-nos de ver de modo adequado ao encarecimento dos Administração da EDP, que assume como o é, algo fica consubstanciado na Lei. É que que as posições que assume são coerentes preços dos respectivos factores de produ- certo o aumento brutal de preços necessário os consumidores vão ter que pagar em anos e que, em muitas ocasiões, ele desmascara ção. para recuperar os efeitos de uma Lei da Re- futuros o que deixaram de pagar em anos o mundo de faz de conta que os políticos Mas o que está em causa não é isso. O pública, foi publicado pelo fim do primeiro passados. Isto é, o Governo só está adiar são férteis em criar. Assim está a suceder a que está em causa é os consumidores te- trimestre deste ano. O Estado — através da o pagamento que inexoravelmente vamos propósito do triste episó- rem que pagar as perdas Parpública e da Caixa Geral de Depósitos ter que fazer. E ISTO, REPITO, É QUE dio do aumento do preço — melhor será dizer os — é o maior accionista relativo da EDP, ESTÁ MAL! Isto é a ruptura total da certe- da electricidade para as menos lucros da EDP com mais de 25% dos votos. Os maiores za que as Leis devem dar aos cidadãos. Isto famílias, no qual o Go- Os consumidores vão — na produção e distri- accionistas seguintes são os espanhóis da é, repito, revogar uma Lei com reporte ao verno andou uma semana buição da energia eléctri- Iberdrola e da Cajastur, com 5% cada um. momento em que ela foi publicada. ISTO envolvido. Não sei bem se ter que pagar ca nos anos passados. E Logo, a representação e a força do Estado É COMO SE AQUELA LEI DE 1998 voluntária se involunta- em anos futuros fazê-lo só relativamente (e, por isso, do Governo) no Conselho NUNCA TIVESSE EXISTIDO! riamente. às famílias, uma vez que de Administração da EDP é muito forte, Recordemos que Louçã o que deixaram os cálculos da EDP e da como é, aliás, publicamente notório. Por A EDP é uma empresa afirmou, quando o Go- Entidade Reguladora acréscimo, como é que o Conselho de Ad- altamente rentável verno decidiu reduzir os de pagar em anos mostram que foi neste ministração poderia tomar por certo um aumentos de 16% para passados. segmento de mercado facto que dependia, obviamente, da alte- É relativamente irrelevante para a discus- 6%, que “a única coisa que os custos não foram ração da Lei, o que só o Governo poderia são. Mas atente o meu Leitor nos seguintes que mudou foi o tamanho totalmente recuperados. fazer? Não há terceira conclusão. Ou o factos: do roubo, que em vez de Ora, isso é um roubo. Governo sabia dos aumentos e os auto- - Teve de lucros líquidos, em 2005, a ser um roubo grande passou a ser um rou- Fazer pagar agora os custos dos anos em rizou, e, por isso, nos mente ao dizer-nos quantia de MIL E SETENTA E UM MI- bo mais pequeno”. Numa afirmação que, que a lei de actualização inflacionária este- que só o soube agora. E, se nos mente, LHÕES DE EUROS, isto é, quase DU- a meu ver, nem sequer está perfeitamente ve em vigor é revogar a lei retroactivamente não há outro remédio senão demitir-se. ZENTOS E QUINZE MILHÕES DE correcta. Porque o roubo continua o mes- ao momento em que ela foi publicada. Ou o Conselho de Administração julgou- CONTOS; mo. Só que é feito em prestações menores Esta é que é a questão. E quem quiser se com força suficiente para decretar os - Esse lucro representa uma remuneração e durante mais tempo. Parece-me profun- negar isto deve pensar que todos os outros aumentos antes do próprio Governo — e dos capitais próprios dos accionistas da or- damente óbvio que o doutor Louçã tem portugueses são cegos ou burros. Pois não sem nada lhe dizer — e um atrevimento dem dos 17,5%, o que é excelente; razão. E espero poder convencer os meus é, meu Caro Leitor? Se o vão fazer pagar como esse não pode ter outro fim que não - E representa uma remuneração dos Leitores do enorme embuste que rodeia os agora aquilo que, por Lei, o meu Caro Lei- seja a porta da rua. capitais totais aplicados na empresa da or- aumentos da electricidade com meia dúzia tor não pagou de 1998 a 2006, não é como dem dos 4,5%, o que é elevadíssimo para de afirmações que vou produzir. se a Lei nunca tivesse existido? É nisto que Mas pode ser que tudo isto tenha uma empresa tão capital intensiva como é o Dr. Louçã está seguramente a pensar sido um grande embuste a EDP; O debate está desfocado quando diz que continua a ser um roubo, - Teve de lucro, na distribuição de ener- para que não vejamos a realidade seja o aumento de 6% seja de 16%, desde Isto é, pode ter sido tudo uma fantocha- gia, CENTO E VINTE E OITO MI- que nesse aumento se contemple, como da. Pretendendo alterar o preço da energia LHÕES DE EUROS, isto é, mais de VIN- Os autores do aumento dos preços da contempla, a recuperação daquilo que, eléctrica para as famílias para além do que TE E CINCO MILHÕES DE CONTOS energia eléctrica têm-se esforçado por nos POR LEI, o meu caro Leitor não teve que os custos actuais justifiquem, digamos 6%, (o que é só 3,4% das vendas, rentabilidade mostrar que o aumento dos custos do fuel, pagar naqueles anos transactos. 7% ou 8%, e sabendo o impacto que isso baixa, mas, mesmo assim, positiva). as secas, os custos ambientais agora sobre- Ou o Governo mente ou a administração teria na opinião pública, designadamente Grave o que se passa em tudo isto. Uma carregando directamente o custo de pro- da EDP exorbitou as suas competências, das famílias, o Governo coloca os seus pe- gravidade que todas as manobras para ta- dução de energia — todos principais entre logo, um dos dois tem que demitir-se. ões — entre eles um Secretário de Estado par o sol da verdade têm o mesmo efeito outros — encareceram a produção e que E este é um dos factos mais graves. O — a dizer que a subida dos preços vai ser de uma peneira. O respeito pelo cidadão e não há outro remédio senão o consumidor Governo disse desconhecer que ia haver astronómica para, depois, e “generosamen- contribuinte esboroa-se todos os dias um pagar a energia mais cara. Não precisam estes aumentos. Ou a sua dimensão, o que te”, nos oferecer o bodo que a época já vai bocado. Viva este “rigor”!
AZUIL BARROS Especialista no Crescimento Fracasso ou sucesso no mundo de Negócios Partner & Director Geral da Quantum Portugal www.QuantumCrescimentoNegocios.com dos negócios
No mundo dos negócios chamam “em- sonho da sua vida, é importante que te- lá a chegar não está disposta fazer um es- E, lembre-se que depois de conseguir o preendedores” às pessoas que se atrevem nha a consciência que fracassar faz parte forço adicional. sucesso, será muito mais fácil replicá-lo... a correr riscos. São aqueles que acredi- do processo. Depois, pensa: “Se não consigo ser bem e tornar-se milionário. tam em oportunidades, que não têm Se tem medo de fracassar, então terá sucedido no meu negócio, vou-me dedi- Não pense ou reflicta demasiado nos as- medo de falhar uma vez, ou duas vezes, medo de tentar, de experimentar. car a um outro...” Contudo, essa outra suntos, mas apenas o suficiente. Mais im- ou mesmo dez vezes. Os empreende- Na realidade, é mais oportunidade só é apa- portante que reflectir e pensar demasiado dores tentam sucessivamente até serem construtivo olhar para os rentemente mais atractiva nos assuntos é passar à acção. Na realidade, bem sucedidos! fracassos para aprendermos É mais porque sai fora do âmbito é a acção que constrói a riqueza. Frequentemente, quando alcançam o a melhorar do que apren- dos negócios de que do- Esteja à alerta para contornar os obstá- sucesso, o resto do mundo reconhece-os dê-lo com os sucessos. construtivo mina. culos. Tudo o que acontece, acontece por e anuncia a sua glória, como se fosse con- Muitas das vezes é a nos- olhar para Esforce-se apenas mais alguma razão. Focalize-se no seu negócio. seguida da noite para o dia. sa própria mente que nos 10%! Eu sei que é a parte Tenha uma atitude positiva e transforme Felizmente, aqueles que rodeiam os atraiçoa, porque a natu- os fracassos para que mais custa, mas verá os seus pensamentos em acção, rapida- empreendedores sabem bem que eles ex- reza humana arranja-nos inteiramente o seu esfor- mente. Mantenha sempre a sua palavra perimentam períodos de dificuldade e de sempre desculpas para jus- aprendermos ço abençoado com o SU- porque sem ela nunca formará uma equi- incerteza, até terem almejado e aprecia- tificarmos os fracassos. a melhorar. CESSO. pa vencedora. do a vitória. Eles conseguiram erguer-se Parece-me a mim que, a Reflicta comigo: “quem Por último, saliento-lhe que o único sempre após cada fracasso e tentaram de maioria das pessoas desis- não está disposto a dar verdadeiro fracasso é quando deixamos novo. Não deixaram que o fracasso inter- te, quando está quase lá, depois de des- 100% de si ao nível do empenho e esfor- de experimentar. ferisse com os seus sonhos. pender 90% do esforço. Chega muito ço para o sucesso do seu negócio, está li- Comece já e transforme a Sua Empresa Para alcançarem o sucesso e realizar o perto do “big money”, mas quando está teralmente a desperdiçar oportunidades”. no Líder de mercado que almeja! sexta-feira, 27 Outubro de 2006 OPINIÃO 23
M. J. CARVALHO Economista A tampa da sanita [email protected]
Com toda a naturalidade de longos e ines- Estive quase, quase, a comprar uma cheia de perigosamente obesos …). O curioso, en- promotores imobiliários e fornecedores em timáveis serviços prestados, deu o sentido pregos à vista, virados para cima, mas fui li- tretanto, é que já tínhamos acumulado um geral da construção se habituarão à ideia de berro há algumas semanas – havia que com- minarmente desautorizado pela gestora dos conjunto assinalável de potenciais fornece- que Portugal é uma insignificância de mer- prar um tampo novo para a sanita do quarto fundos familiares. dores que se dispunham a fazer a tampa por cado em termos de dimensão e profundida- de banho. Não sei se por última homena- Na MaxMat fizemos a visita mais curta de medida - só que nenhum sabia a que prazo de? E quando nos habituaremos a considerar gem ou por cautela (“- Não será melhor …?), toda a busca. Dissemos ao que íamos e o em- e por que preço. que a diferenciação de produto é, de facto, decidimos desmontar a dita-cuja, guardá-la pregado, abanando negativamente a cabeça, Confesso humildemente que já com a ca- um luxo exorbitante num mercado tacanho na mala do carro e procurar uma substituta saiu-se com “- Já foram ver no AKI ?” Ainda beça neste artigo e no último inquérito re- e, portanto, indiciador de um preço que só quinze anos mais nova. ensaiei uma piada “- Nem em MDF … ?!” alizado em Espanha a propósito da Ibéria, pode ser de fora de concorrência? A primeira paragem foi no AKI da Cir- mas o homem não percebeu. fui direitinho à Porcelanosa. Só que a tia O cliente final, no acto da compra, tem cunvalação, no Porto. Localizada a pratelei- No Cunha Gomes estive (confesso que Isabel Presley deve ter dado instruções estri- de ser obrigatoriamente esclarecido do efec- ra, houve dúvidas sobre aspectos técnicos de irritado) durante uma hora. Pediram-nos tas “para portuga, basta tivo e elevadíssimo cus- montagem e, por isso, decidimos pedir aju- muita desculpa por não terem mostruário blanquito”. E assim foi - to de substituição do da. “- Miguel, por favor ao sector das sanitas presencial “como havia na loja antiga”. De- o rapaz foi educado mas Quando nos seu produto quando a ”. Passados dez minutos bem puxados, outra pois, fiquei a saber que o senhor Samuel é, muito firme no seu for- escolha recair em séries vez “- Miguel, por favor ao sector das sanitas”. de longe, a pessoa que mais sabe lá de tam- mal desempenho corpo- habituaremos a pequenas e de alto grau Quando estavam a cumprirem-se os segun- pos de sanita; só que trabalha muito longe da rate: aqui, só vendemos de descontinuidade, sob dos dez minutos, devolvi o cesto das outras área das vendas e está sempre muito ocupa- branco. considerar que a pena de privilegiar os compras entretanto escolhidas e saímos por- do – por nossa causa, fizeram-lhe cinco cha- Já tinha revisitado diferenciação de factores errados e aces- ta fora. madas, a todas pareceu responder telegrafi- Avintes por causa do sórios da sua opção. Resolvi investigar. Parece que as queixas camente e, ainda por cima, com a estranha tampo - porque não produto é, de facto, Esta experiência pesso- são permanentes e a razão é simples: o geren- coincidência de elas irem todas abaixo. voltar aos Carvalhos ? um luxo exorbitante al permite-me acrescen- te daquela loja AKI teve uma ideia luminosa Fiquei a saber que havia tampos para sani- O gasóleo está barato … tar valor à relação com o – especializar os empregados por áreas de ta em muitos materiais diferentes. Com ou E assim conheci, através num mercado tacanho. meu leitor: vai comprar atendimento. Conclusão: se aparecerem, ao sem tabela anterior. Também aprendi que é da Sisal, o sr. Henrique, casa? Não é milionário? mesmo tempo, dois clientes para as sanitas, difícil distinguir entre pergamon, almonde comercial da Valada- Então siga um conselho a coisa entope; sem embargo, os colegas do ou pérola. Só que, em existência de arma- res que nos ensinou a grátis: compre as louças desgraçado do encarregado, eventualmente zém, só em branco - aliás, a entrega imediata diferença entre o Europa e o Europa Plus. todas brancas, mesmo que à sua volta di- sem fregueses na respectiva área, assistem ao para a Cunha Gomes é de quinze dias “- A Foi muito simpático: mandou dizer que ia gam que parece mais um hospital. Quando espectáculo até lhes acontecer o mesmo. culpa não é nossa; temos de fazer a encomenda dar uma volta pelos monos da fábrica… era lhe perguntarem porquê, a resposta é fácil: No AKI de Vila Nova de Gaia fomos mui- ao fornecedor ”. tudo uma questão de sorte! quando quiser pergamon, almonde ou péro- to bem e rapidamente recebidos. O proble- Na Sanistar e na Cimaca, ficámos a saber Acreditem ou não, ainda não tenho tam- la vou viver para Espanha. No mínimo. ma é que parecem estar especializados em que a desgraçada da sanita era do modelo po de sanita e, pior ainda, não faço a mais tampos exclusivos para a geração morangos P1, que a Valadares já tinha descontinuado pequena ideia de quando a terei. (*) A direcção do jornal certamente rele- com açúcar. Transparentes com bonecos da e substituído por outro modelo mais curto A questão de base é uma só: quando é vará por razões mais que óbvias a publici- Disney, florzinhas, corações e outros enfeites. (ainda dizem que os portugueses estão a ficar que os nossos arquitectos, construtores civis, dade encapotada que espalhei neste artigo O Governo On e Off
or mais que o Engenheiro Sócrates Já na semana passada, foi a vez de o Mi- tria e Inovação, Castro Guerra, afiançar da bém aos consumidores finais suportar o se esforce por dar a ideia de que este nistro da Economia viver o seu momento justiça dos aumentos, enquanto forma de sobrecusto com a aquisição de energia Pé um Executivo que funciona em de especial iluminação. Com pompa mas penalizar os consumidores. “Consumiram, eléctrica a produtores em regime especial a corrente contínua, as últimas semanas de- sem circunstância anunciou aos quatro têm que pagar”, garantia determinado an- partir de fontes de energia renováveis, que ram inúmeros exemplos de falhas na capa- ventos: “A crise em Portugal acabou!” tes de inverter o rumo e vir dizer dois dias existe uma subsidiação cruzada dos consu- cidade de interligação entre sectores e de Aceita-se o desabafo do Ministro à luz da mais tarde que tais declarações haviam sido midores em baixa tensão aos consumidores abastecimento de energia aos cérebros de irrefutável verdade estatística. Compreen- feitas “num dia não”. nos restantes níveis de tensão (contrária à alguns dos membros do Governo. de-se a sua intenção numa De acordo com os fun- legislação comunitária) e que o custo da Um dos exemplos mais significativos des- lógica de incentivo aos damentos da proposta da energia é onerado pela manutenção em alta ta sucessão de curtos-circuitos ouvi-o pela agentes económicos que o ERSE, este aumento de- dos preços do petróleo e do gás natural. boca da Secretária de Estado Adjunta e da próprio viria a realçar al- corria de um leque alarga- Há igualmente que considerar os chama- Saúde, Carmen Pignatelli, no decurso de guns dias mais tarde. do de factores, encimados dos “custos de interesse económico geral”, uma intervenção em que dava como con- Todavia, este tipo de pelo chamado “défice ta- que terão este ano um aumento de 45% denada a reforma dos cuidados de saúde declarações deviam ter rifário”. face a 2006 e que representam já 13% do primários – uma das principais bandeiras mais aderência à realida- A saber, “de acordo com preço médio dos clientes do sistema pú- do actual Ministério da Saúde – por falta de social e económica do o nível de custos do siste- blico. Incluem-se nesta rubrica as rendas de apoio e recursos dos colegas do Ministé- País, às dificuldades de ma eléctrico, em 2006 aos municípios (234 milhões de euros), o rio das Finanças. cada agregado familiar e as “Tarifas de Venda a sobrecusto com a cogeração (164 milhões Na ocasião, afirmava mesmo a Secretária às próprias orientações Clientes Finais” (TVCF) de euros), o sobrecusto com as energias re- de Estado que a situação no sector se apro- políticas do Governo da em baixa tensão deve- nováveis (157 milhões de euros) e os custos ximava do abismo, tais as dificuldades que Nação que, como eviden- RICARDO RIO riam ter subido 14,7%, com a convergência tarifária com as regiões resultam da falta de financiamento e das ciam o novo Orçamento [email protected] relativamente a 2005. autónomas (118 milhões de euros). objecções à contratação de pessoal actual- de Estado e uma série de No entanto, o n.º 4 do Tudo somado, percebe-se que tais au- mente em vigor. medidas implementadas “Este tipo de artigo 4º do Decreto-Lei mentos das tarifas resultavam de opções A título de exemplo, acrescentava, “veja- nas diferentes áreas de declarações deviam n.º 187/95, de 27 de Ju- políticas equívocas, com que se pretendeu se o caso do apoio informático: como é Governação, dão a enten- ter mais aderência lho, estabelecia que “[o] evitar a contestação dos agentes económi- que eu posso informatizar e ligar em rede der que o horizonte pró- valor global resultante da cos ao longo dos últimos anos, mas que as várias unidades de saúde se, por exem- ximo dos Portugueses não à realidade social e aplicação dastarifas e pre- procuravam sanar um défice real do siste- plo, da meia centena de funcionários que será construído sob hori- económica do País, às ços,(…), a clientes finais ma energético nacional. o IGIF tem no Porto nem uma dezena são zontes cor-de-rosa... dificuldades de cada em baixa tensão (BT), Se ninguém pode razoavelmente de- informáticos? O resto são motoristas, se- A concluir esta série de agregado familiar.” não pode, em cada ano, fender aumentos anuais de mais de 15% cretárias, funcionários de limpeza e demais incidentes de baixa ten- ter aumentos superiores à de um bem essencial, alguém duvida que pessoal administrativo!...” são, os ânimos exaltaram- taxa de inflação esperada a decisão do Ministro Manuel Pinho de Encontrando-me em viagem, esperei para se com a proposta de au- para esse ano.” fixar os aumentos em apenas 6% resulta confirmar se não se tratava de um excerto mentos das tarifas eléctricas na ordem dos O défice tarifário foi assim de 369 mi- exclusivamente da actual conjuntura po- da Palmilha Dentada ou de uma qualquer 15,7% para os consumidores domésticos, lhões de euros em 2006, que a ERSE agora lítica? versão radiofónica do Contra-Informação. formulada pela Entidade Reguladora dos se propunha recuperar ao longo dos próxi- E será por estas e por outras que o En- Afinal não: o noticiário prosseguiu e a ver- Serviços Energéticos (ERSE). mos três anos através do aumento de tarifas genheiro José Sócrates já começa a estudar dade é que, 15 dias volvidos, a Secretária Perante a revolta generalizada, foi a vez proposto. a aquisição de algumas fontes de energias de Estado continua em funções... do Secretário de Estado Adjunto da Indús- Por acréscimo, registe-se que cabe tam- alternativas para a sua equipa? 24 sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Aguarelas Horácio Roque de Manuel Baldemor Ócio eleito Personalidade do Ano patentes até 5 de Novembro de 2006 pela Câmara no Centro Cultural de Comércio no Brasil, de Cascais &Negócios em São Paulo Filhos & percursos
O filho mais velho, entre cinco, do engenheiro Jar- outro filho, formado em Gestão, preferiu o Brasil, ins- dim Gonçalves já foi quadro no BPI. Transferiu-se para talou-se em S. Paulo. Os dois mais velhos estão cá. A o escritório europeu do Banco Itaú, instalado em Lis- filha de Santos Silva trabalha num banco de crédito boa, por sinal um dos principais accionistas do BPI. ao consumo, do universo Credit Agricole, e o irmão Ainda assim, herdou do pai o gosto pela finança. optou pela distribuição da Jerónimo Martins, através A OPA lançada pelo BCP não lhe passa completa- da cadeia Pingo Doce. mente ao lado, mas a verdade é que já não o envolve Jardim e Santos Silva investiram tudo na educação nem o tornará um elemento à força do universo finan- dos filhos, mas sem os apaparicarem com excessos de ceiro impulsionado pelo pai. O inverso nunca foi ver- generosidades e gentilezas. Cada um deve saber pedalar dadeiro. Nenhum dos quatro filhos de Artur Santos a sua própria bicicleta. Silva trabalha no BCP. No entanto, um deles está no Por exemplo, António Champalimaud, logo após negócio da banca, mas numa companhia francesa. ter vendido o seu universo financeiro aos espanhóis do O percurso mais extravagante dos filhos do casal Santander, presenteou cada um dos cinco filhos com Santos Silva foi protagonizado pelo mais novo. For- um milhão de contos. Afinal, o que representavam cin- mado em Direito, refugiou-se na Costa Esmeralda, no co milhões num negócio de 300 milhões de contos? México, onde gere um projecto pessoal de ecoturismo. Jardim e Santos Silva serão mais moderados. Afinal, Um negócio tranquilo e uma vida abençoada, longe Champalimaud era banqueiro, eles gestores bancários do stresse e da pressão de OPA e operações afins. Um de elevado rendimento. Filhos & PT Visão patriótica O grupo nacional que conta com mais grupo PT lhe ter comprado, há cinco anos, a A equipa da AEP que está a promover a te para promover os seus produtos pelo filhos de famosos, notáveis e políticos é a empresa que ele mesmo ajudou a construir. patriótica campanha do “Compro o que lado patriótico. Mas, a sua carta de apoio Portugal Telecom. Por lá se encontram ou São vários os sistemas de recrutamento uti- é nosso” tem recebi- à campanha incorpora uma queixa por lá passaram o filho do ministro Tei- lizados pela PT. do muitas cartas de amarga. Se os serviços do Es- xeira dos Santos, a filha da ex-presidente Para os cargos de topo, o grupo socor- apoio e sinais de in- tado são o maior cliente da da Câmara de Sintra, Edite Estrela, uma re-se de empresas de “head hunting” que centivo. Afinal, todos reco- economia, seria essencial filha do engenheiro Jardim ou um irmão seleccionam o perfil do candidato. Para os nhecem justeza à sabedoria que os seus agentes fos- de Pedro Santana Lopes. cargos intermédios, recorre ao recrutamen- popular segundo a qual “Cá sem os primeiros a dar Neste lote dos que estão ou passa- to realizado através se fazem, cá se compram”. o exemplo e a comprar ram, cabem ainda exemplos já revelados de anúncios em jor- Mas a primeira prova de en- português. Mas passa- como os filhos de Jorge Sampaio, An- nais e nas parcerias tusiasmo veio de uma -se precisamente o in- tónio Guterres ou Marcelo Rebelo de que estabeleceu com fábrica de acessórios verso. Segundo a Visão, Sousa. Estes últimos foram recrutados universidades por- para saneamento e os municípios são facil- por terem sido os melhores alunos dos tuguesas. Talvez por distribuição de águas, mente seduzidos pelo respectivos cursos e alguns deles perten- reconhecer a pujan- com o mesmo nome de «marketing» de empresas ciam a bancos de investimento interna- ça e excelência desta uma revista de informa- estrangeiras e visitas às suas cionais como é o caso da Merryll Linch. nova linha geracional, é que o engenheiro ção geral. É que a Fábrica unidades com passagens por Caso diferente é protagonizado pelo filho Belmiro encarregou o filho da ofensiva so- Visão lançara, por ocasião do Paris ou Nice, preferindo depois de Otelo Saraiva de Carvalho. bre a PT. Quando assumir a gestão, Paulo Europeu de Futebol que se jogou produtos estrangeiros e não nacionais. Sérgio Carvalho tornou-se administrador encontrará muita e promissora gente da nos estádios lusos, uma iniciativa similar Neste caso, o slogan mais adequado seria na PT Sistemas de Informação, depois de o sua geração. com um dístico autocolante, precisamen- “Lá se viaja, lá se compra”.
O QUE SE DIZ
TRAPALHADA NO SOLAR MELLO NO PORTO Com escri- A José de Mello Saúde conta estrear-se rá também a Clínica Cuf Torres Vedras. tura marcada no mercado do Porto em meados do pró- Na frente externa o grupo exportou Vasco para o fim de ximo ano, com a abertura do seu primeiro Luís de Mello para administrador-execu- Setembro, a instituto – o Instituto Cuf Porto. A unida- tivo do Grupo Hospitalario Quiron, o seu transacção do de resulta de uma parceria com um grupo parceiro espanhol que abre em Novembro Solar da Rede de médicos liderado por Campos Costa, um hospital em Madrid. O carácter fami- (30 quartos, envolve um investimento de 30 milhões de liar dos grupos Mello e Cordon facilitou 40 hectares, euros e funcionará como uma plataforma uma aliança estratégica entre dois opera- 150 pipas de tecnológica de diagnóstico, tratamento e dores que, por coincidência, enveredaram vinho) em reabilitação. na mesma altura pela área da saúde. As Mesão Frio, O instituto constituirá a terceira linha de primeiras unidades Quiron (Saragoça) e e n c a l h o u , negócio do grupo, que se dedica a clínicas e CUF (Infante Santo) abriram na década aparentemen- à gestão hospitalar. No próximo ano, abri- de 50. te, na teia bancária. tos futuros do novo dono, sendo que a O grupo Vila Sol, do empresário lis- transacção representará 10 milhões. Mas FC PORTO SEM CAPITAL boeta Farinha dos Santos, entregara há do que Mário Ferreira não apreciou nada algum tempo um cheque de sinal a Má- foi saber que uma representação do grupo Após os prejuízos de 30 milhões de sociedade terá de preparar uma recom- rio Ferreira, mas o negócio envolveria Vila Sol se instalara e banqueteara duran- euros do último exercício (25 milhões posição de capitais, que poderá incluir também o banco que financia a opera- te uns dias, como se o solar já fosse deles. se descontarmos a dívida que teve uma operação harmónio para limpar ção e o banco que deteria uma penhora Afinal, parece que ainda não é. Depois do de ser provisionada do Dínamo de prejuízos, ou a injecção de dinheiro sobre o activo em movimento. Mário golfe resort Vila Sol no Algarve, o gru- Moscovo), o capital próprio da SAD fresco dos actuais ou novos accionis- Ferreira não gostou de ler na imprensa po de Farinha dos Santos pretende criar do FC Porto aproxima-se perigosa- tas. Mas, se os capitais próprios não o comunicado do grupo Vila Sol dando uma rede nacional de resorts, que com- mente do zero. ajudam, a verdadeira má notícia vem o negócio como fechado e muito menos bine enoturismo, gastronomia e hotéis de De um capital social de 75 mi- dos capitais alheios. Segundo circula de ver um número (18 milhões de eu- charme. Douro, Alentejo e Ribatejo são lhões, sobram uns 8 milhões que se- no mercado, os dois bancos que traba- ros) no qual não se revê. O tal número as regiões que acolherão os complexos tu- rão facilmente derretidos durante o 1º lham habitualmente com o clube recusa- incorporará uma parte para investimen- rísticos. semestre deste exercício. Neste quadro, a ram firmar um novo empréstimo. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 ASSOCIATIVISMO 25
Manuel Tarré, Presidente da ANCIPA, decepcionado Espanhóis recusam produtos portugueses “Os espanhóis chegam a Portugal e são muito bem acolhidos, temos prazer em dialogar e em fazer negócios com eles”. Em Espanha, porém, “isso não acontece” com os empresários portugueses, afirma o Presidente da ANCIPA - Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares. Em entrevista à “Vida Económica”, Manuel Tarré justifica. “A posição dos “Enquanto os espanhóis chegam a Portugal e são muito bem acolhidos e temos prazer espanhóis é bem esclarecedora: ‘se temos produtos semelhantes, não há por que em fazer negócios com eles e tantas vezes até lhes preferimos comprar por alguma noto- riedade que lhes reconhecemos, em Espanha isso não acontece”, afirma, decepcionado, comprá-los a estrangeiros’”. Manuel Tarré.
Vida Económica – Terminou há escassas três se- aspecto. O certame não conseguiu dar o salto para a in- o que é nosso” vem mesmo a calhar? manas, em Vigo, a VIII edição da Conxemar (Feira ternacionalização, como aparentava vir a dar há dois ou MT – Acho que foi uma campanha de muita coragem. Internacional de Produtos do Mar Congelados). Portu- três anos atrás. O stand português, nomeadamente em Deveria continuar todos os dias. De facto, consumirmos gal participou pela quinta vez. É possível contabilizar termos de imagem, é capaz de ter sido o melhor da feira. o que é português é garantirmos o futuro deste país, é ganhos para as empresas portuguesas do sector, ao Os directores da Associação decidirão se no próximo ano tirar Portugal da situação em que está, é dar emprego nível da internacionalização e do aumento das expor- voltaremos a estar presentes. àqueles que não o têm. O consumirmos o que não é tações, decorrentes da presença continuada neste português é defender precisamente o contrário. Temos certame? Ou a internacionalização das nossas empre- VE – Isso leva-nos à questão inicial. A internacio- de nos convencer que só defendendo os interesses portu- sas não passa pela feira? nalização das empresas portuguesas do sector não gueses é que conseguimos fazer evoluir o país. E é para Manuel Tarré – A Conxemar é uma das feiras mais im- passa por este certame? isso que somos portugueses. portantes da Europa e a mais importante da Península MT – Pode não passar. Para quem se quer internacio- Ibérica, ao nível do peixe congelado. Sentimos, no en- nalizar, Espanha é a continuação de Portugal. Nós temos VE – Referiu há pouco que os espanhóis só com- tanto, por parte da organização da feira, forçosamente de começar por Espanha, mas é muito di- prarão aos portugueses se abrirem uma representa- um desejo e um posicionamento forte no fícil essa internacionalização, porque ção em Espanha. É esse o caminho? E já empresas sentido de a transformar numa concor- temos de ser muito bons naquilo que nacionais a tomar essa opção? rente séria da ESE [European Seafood fazemos. Eu já tive situações em que MT – Sim. Ao fim e ao cabo, é um escritório de re- Exposition] de Bruxelas e há três anos “A Conxemar ouvi de dirigentes de empresas espa- presentação. Não vou dizer que isso baste, porque essa atrás acreditávamos que a Conxemar po- nholas que: “porque é que eu hei-de é uma forma encapotada de dificultar as entradas, que deria vir a competir directamente com está feita para a comprar a empresas portuguesas se eu não tem a ver com políticas. Os políticos aqui não têm a ESE. Este ano, porém, não sentimos internacionalização tenho cá tantas em Espanha a quem uma responsabilidade. Tem-no sim quando permitem isso. A feira concentra muitas, muitas comprar?”. “Além disso, se a sua em- grandes diferenças no valor do IVA nos produtos ali- empresas espanholas, acabando por ser das empresas presa quer vender cá os seus produ- mentares. Decisões que possibilitem que produtos es- esse o seu traço marcante. espanholas. É uma tos, abra uma empresa em Espanha panhóis tenham uma diferenciação enorme no IVA, e depois nós avaliaremos a possibi- não favorecem a nossa economia. Como é possível que VE – Mas não seria de esperar ou- feira nacional.” lidade de compra, porque não vou Portugal possa ter aceite taxas de 21% para os produtos tra coisa, dada a sua realização em comprar a uma empresa estrangeira”. alimentares enquanto em Espanha os mesmos produtos Espanha. Esse sentimento foi mais Quando nós falamos numa Europa tenham 7%, como acontece nos transformados à base de marcante este ano? aberta, há empresários espanhóis, em pescado. Nós pagamos 21%, Espanha paga 7%, 14% de MT – O que sentimos foi uma certa incomodidade empresas estratégicas de distribuição, por exemplo, que diferença entre países vizinhos?! para nós, portugueses, porque a feira está feita para a in- têm esta posição. Enquanto, em Portugal, os nossos gru- ternacionalização das empresas espanholas. O mercado pos na distribuição não agem de igual forma, colocando VE – Que consequências é que este diferencial de espanhol é muito concorrencial, muito empreendedor, em igualdade, tantas vezes, empresas es- IVA traz para a economia portugue- movimenta-se com outros valores. Pareceu-me que esta panholas ou de qualquer país da Europa, sa? foi uma feira nacional. A Direcção da ALIF a que presido porque o que mais se valoriza não é toda “Consumirmos o MT –Por exemplo, na zona fronteiri- ainda não decidiu se, para o ano, vamos estar presentes. a envolvente, mas a competitividade da ça, quem viva próximo de Espanha faz Há um problema de mentalidades, de posturas. Enquanto cada operação, mesmo que daí resultem que é português as suas compras lá, beneficiando a eco- os espanhóis chegam a Portugal e são muito bem acolhi- danos na economia nacional. nomia espanhola. Na altura do Verão dos e até lhes chamamos “nuestros hermanos” e temos é garantirmos o também se verifica em todo o Algarve. prazer em dialogar e em fazer negócios com eles e tantas VE – O problema do proteccionismo futuro deste país, E depois em toda a orla fronteiriça. A vezes até lhes preferimos comprar por alguma notoriedade espanhol em relação aos estrangeiros distância para o interior varia consoante que lhes reconhecemos, em Espanha isso não acontece. A e, nomeadamente, aos portugueses é tirar Portugal da a importância do negócio. Em Portugal posição deles é bem esclarecedora: se nós temos produtos foi abordado aquando da última visita não há dificuldades de distância. É fácil semelhantes, não há porque comprá-los a estrangeiros. presidencial a Espanha. Este poderá situação em que circular de um lado para o outro. Há vir a tornar-se um problema diplomá- está.” um problema de comportamento. Mas VE – E esse ‘não há que comprar aos estrangeiros’ tico? há mais ainda. As empresas espanholas, aplica-se especificamente aos portugueses? MT – Não, não. É um problema de ao facturarem directamente, não conta- MT – A postura é com os estrangeiros, mas os portu- postura. A diplomacia não passa por aí, passa pela nos- bilizando adequadamente o IVA ou mesmo vendendo gueses são vistos de uma forma diferente, diferenciada. E sa mentalidade. Os portugueses, de uma vez por todas, sem factura, dão aqui lugar a transacção de contrabando isto sente-se nesta abordagem desta feira em particular. devem tomar consciência de que devem consumir em e a prejuízos nos cofres do Estado. Os nossos associados Não vou dizer que não haja um ou outro contacto com primeiro lugar produtos portugueses. Nós, como con- bem se queixam destas atitude. Nós não temos números um ou outro associado [da ALIF] que tenha tido algum sumidores e como empresários, temos de tomar posições da economia paralela, mas ela existe. êxito, mas não é dimensionado, não está de acordo com diferentes. a representação portuguesa. E há alguma decepção nesse VE – Então, a recente campanha da AEP “Compro TERESA SILVEIRA
A diferença entre uma Coca-cola e um pastel de bacalhau
Reduzir o IVA de 21% para 12% A diferença entre a carne e o peixe A falta de garantias do Governo
“Se este assunto fosse ao contrário, ou seja, se Portugal “Eu nem quero acreditar, a não ser por lapso político na Temos a garantia de que [o Governo] vai analisar o tivesse uma taxa, no IVA, 14% mais baixa em produtos leitura dos documentos, que o Governo não vá aceitar a processo, mas sabemos que é difícil de levar a cabo nos alimentares [em relação a Espanha] tínhamos conflitos nossa proposta. Eu não posso, como Presidente de uma próximos meses. Urge respeitar os empresários tal como nas fronteiras, na entrada em Espanha. Estes brandos associação de produtores alimentares, entender como estes respeitam os políticos e só com posturas e decisões costumes a que estamos habituados, de pessoas bem possível que os produtos à base de carne tenham 12% e os equilibradas e sensatas nos podemos sentir dignamente educadas, de receber todos de braços abertos, são à base de peixe tenham 21% de IVA. tratados na nossa missão. posicionamentos que Portugal não pode continuar a ter. Nós os produtores e os consumidores é que somos Temos de defender a economia do país e aí os políticos E aí, sim, a política tem de que intervir. Não é possível os penalizados. E isto quando nós, portugueses, que têm uma grande palavra a dizer. Até podemos aceitar existir um abismo destes [em matéria de IVA] em em consumo de peixe, somos só os terceiros maiores que Espanha mantenha 7% e Portugal tenha 12%. O produtos de primeira necessidade. Um pastel de bacalhau consumidores do mundo per capita (60 quilos), depois do diferencial, apesar de grande, já não é suficientemente congelado paga 21% de IVA e uma Coca-cola paga 5%? Japão e da Islândia. Porque é que o peixe há-de ser mais atractivo para operações clandestinas, se bem que Que interesses estão aqui inerentes? Quem é que pôde penalizado do que a carne se o peixe até é mais saudável, considere que tudo o que se desvie de 3% de diferencial aceitar que isto fosse assim?” de uma forma geral?” entre países fronteiriços é demasiado. 26 ASSOCIATIVISMO sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Marcas próprias Orlando Lopes da Cunha, presidente da ANIVEC, refere e inovação podem colmatar Indústria têxtil e da confecção concorrência asiática recupera clientes apesar VE – A criação de marcas fortes, ca- pazes de vender e consolidar o sector nacional no exterior, é uma solução? da concorrência asiática OLC – As marcas próprias são muito importantes. Aquele que conseguir triun- far nesta área é certo que vai subsistir no O têxtil e a confecção estão a recuperar de uma crise que continua a afectar muitos futuro. Mas nem todos podemos sonhar em ter marcas próprias. Em colaboração sectores da economia. A modernização e o investimento na inovação por parte da com o Icep, temos trabalhado no sentido fileira estão a captar novos e antigos clientes. de dar a conhecer o nome Portugal. Mas, na realidade, a maioria dos consumidores Vida Económica – A proposta de Or- ainda a competitividade da Índia, do Pa- ma, a Europa estará para a China como a não sabe que muitas das marcas estrangei- çamento de Estado para 2007 prevê quistão, do Brasil, do Bangladesh, mas não África está para o mercado europeu. ras que existem no mercado são de origem um agravamento para as empresas em tão fortes como da China, porque se regem portuguesa. Chegou o momento de sair- sede de IRC e também com a redução por princípios iguais aos nossos. Contra- VE – O ano de 2006 vai ser um exer- mos do armário e mostrar que somos nós dos incentivos ao investimento. De riamente, os chineses podem dar-se ao luxo cício positivo para o têxtil e confec- que produzimos. que forma encara este cenário? de terem prejuízo, até dominarem o mer- ção? É claro que desta forma não conseguimos Orlando Lopes da Cunha – Neste mo- cado e as cadeias de distribuição, até es- OLC – Penso que estamos a recupe- resolver todos os problemas da indústria, mento, estamos numa profunda crise eco- magarem totalmente a indústria ocidental. rar. Muitos empresários dizem que alguns nómica que, com a aplicação de medidas Já toda a gente percebeu, mas estão-se nas clientes que os abandonaram estão a regres- demasiado drásticas, pode ser fatal para a tintas. Há países no Norte da Europa que sar. Embora se assista a um relançamento, indústria têxtil e de confecção. Qualquer não têm a sensibilidade para com as empre- muitas empresas não vão conseguir resistir. agravamento da situação, já muito difícil, sas dos outros mercados, nomeadamente as Estamos perante um sector reestruturado, em matéria de competitividade é complica- do Sul da Europa. Há uma Europa a duas que se tem adaptado muito bem à inova- do. Não estou a falar das empresas, e que já são poucas, que não se modernizaram. Até porque a indústria têxtil usufruiu muito bem dos fundos comunitários, permitin- do a sua inovação. A ideia de que o sector está desactualizado e baseado na exploração da mão-de-obra já não existe. A confecção não está morta, apesar de ter sido sepultada muitas vezes. mas uma parte. Actualmente, a criação e o desenvolvimento da marca são feitos em VE – Mas continua a assistir-se ao Portugal. Hoje em dia, as colecções são encerramento de pequenas empre- totalmente desenvolvidas pelas empresas sas e à entrada de grandes “players” portuguesas, desde o design à imagem da internacionais, nomeadamente espa- marca, ao desenvolvimento do produto, à nhóis. pesquisa de materiais e acessórios. A em- presa estrangeira só coloca a etiqueta. Por OLC – Os espanhóis não causam ne- trás do produto final assinado pela marca nhum problema. Pelo contrário, são bem- X está um grande trabalho de pesquisa fei- vindos porque são o maior cliente para a to pelas empresas nacionais. Por exemplo, indústria da confecção nacional. Nas trocas o grupo espanhol Inditex compra muito comerciais com Espanha o saldo é positivo. em Portugal. Os grupos que parecem ser os O sector representa 20% das exportações maiores em termos de produção nem sem- portuguesas. A Espanha faz parte do nosso pre o são. Acontece que são muito fortes mercado interno. Trata-se de um precon- ceito, de uma “Aljubarrota” que temos que “Eu não tenho nada contra os chineses, porque os culpados são os países atacados pelo neo-liberalismo”, defende Orlando comercialmente. Nós pela constituição de Lopes da Cunha, presidente da ANIVEC, Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção. uma marca europeia. É o caso da Finlândia destruir. Neste momento, não são só os es- em que se vêem nas montras painéis a dizer panhóis a entrarem no nosso mercado, mas “todos os produtos expostos foram produ- também há centenas de lojas abertas por velocidades. Não é Portugal que vai sofrer. ção. O que faz regressar alguns mercados à zidos na Finlândia”. O provincianismo que marcas portuguesas no mercado vizinho. O Norte da Itália está repleto de pequenas colaboração com Portugal é saberem que o favorece tudo o que é feito no estrangeiro VE – O têxtil beneficia de mais fa- indústrias têxteis. O que se verifica é a exis- nosso sector está preparado e garante con- vai acabar por ser substituído pelo favore- cilidades ao entrar em Espanha, ao tência de duas indústrias: a do Norte e a do fiança ao nível da propriedade intelectual. cimento do que é nacional. contrário de outros sectores? Sul da Europa. Eu gostaria que não fossem as melhoras da OLC – Maiores entraves encontram-se morte. Há sempre um efeito externo que “Se continuar ao tentar penetrar-se no mercado chinês. VE – Estamos perante uma batalha não é de desprezar. O aumento do preço do E a esses agentes estamos a dar todas as perdida, quer para Portugal, quer para petróleo vai tornar ainda mais aguda a ne- a explosão asiática, facilidades. A China “entrou” para a Co- o resto da Europa? cessidade de proximidade e de flexibilidade os empresários munidade Europeia com todos os direitos OLC – O liberalismo é o fim da Euro- dos fornecedores. Se a área dos transportes dos Estados-membros e mais um: o direito pa Ocidental. Enquanto nós nos abrimos vier a ser beneficiada, penso que as empre- sentem-se pouco de não cumprir com as regras do jogo. E totalmente, a China fechou-se e só vende. sas se tornarão mais competitivas. encorajados o pior é que ninguém vê ou finge que não Quando compra, só adquire bens de equi- vê. Isto porque interessa aos importadores pamento e não bens de consumo. Trata-se VE – A elaboração do novo código de em investir” do Norte da Europa, que defendem que de um acordo muito desigual que implica- trabalho representa o desejável para é importante reduzir os preços no consu- rá efeitos graves no futuro do comércio e reforçar a competitividade do sector? VE – A produção dos têxteis técni- midor para baixar a inflação. Mas OLC – Conseguiu chegar-se a cos é uma oportunidade de negócio e é claro que não está a beneficiar o um acordo de flexibilidade razoável, uma via para a reforçar a competitivi- consumidor. “A China “entrou” para a Comunidade porque ainda não é o que desejamos. dade do sector? Europeia com todos os direitos dos O novo código vai garantir uma me- OLC - Se continuar esta explosão asiá- VE – As empresas têxteis por- lhor organização do trabalho, com tica, os empresários sentem-se pouco en- tuguesas já encontraram solu- Estados-membro e mais um: o direito maior motivação para os emprega- corajados em investir em novas áreas. Os ções para enfrentar a concor- dos. A actual rigidez dos horários chineses também podem comprar essa tec- rência asiática? de não cumprir com as regras do jogo” não se coaduna com uma indústria nologia e se tiverem a permissividade que a OLC – Não. Não encontraram as altamente sazonal. Considero que é Europa lhes oferece … portuguesas, nem nenhuma empre- um razoável compromisso para o re- O sector têxtil especializou-se no tradi- sa do mundo. A única resposta possível é a da indústria. Eu não tenho nada contra os lançamento do emprego com os contratos cional, mas existe um mundo à parte: o deslocalização, mas como português e eu- chineses, porque os culpados são os países a termo até seis anos. universo dos não tecidos. Um segmento ropeu, não posso recomendar esta medida atacados pelo neo-liberalismo. Quando a legislação só beneficia um dos solicitado por vários sectores e áreas de para que as empresas passem a ganhar mais Quem passar que um país pode importar lados, saem prejudicadas ambas as partes. actividade. O que acontece é que também dinheiro, mas fiquem centenas de pessoas permanentemente para vender mais barato Como a nossa legislação proibia o encerra- nesta área a indústria nacional enfrenta no desemprego. no exterior, está a esquecer-se da balança mento das empresas, assistiu-se a situações uma concorrência muito desleal. Também Não temos uma solução para enfrentar de pagamentos e que não conseguirá pagar dolorosas. neste caso, foi a nossa tecnologia que che- o problema causado pela concorrência sempre. E assim o que temos? Uma africa- GABRIELA RAPOSO gou às mãos dos chineses. asiática. Principalmente a chinesa. Existe nização da Europa. Se continuar desta for- [email protected] sexta-feira, 27 Outubro de 2006 TELECOMUNICAÇÕES 27
Operadores móveis lutam APDC E GESVENTURE PROMOVEM por um espaço no segmento fixo EMPREENDEDORISMO NA ÁREA DAS TIC Convergência entre a rede móvel e a fixa: uma tendência cada vez mais forte deste mercado Quer criar um negócio, sobretudo para aqueles “luta” está ao rubro. Primeiro foi Como o próprio nome indica, esta em casa por forma a que o operador, a uma empresa ligada ao que forem tidos como os mundo das TIC (Tecnolo- autores dos cincos melho- a Optimus, agora, algum tempo inovação é uma combinação das duas TMN neste caso, possa definir a sua área gias da Informação e Co- res projectos. Estes vão ter Apassado, TMN e Vodafone deci- anteriores com a vantagem dos poten- de residência como área de actuação do municação)? Esta poderá a oportunidade de estar dem seguir os passos da sua ‘rival’ e lan- ciais utilizadores receberem, apenas, um Casa T. Como é habitual neste tipo de ser a oportunidade de que presentes, gratuitamente, çar, no mercado, produtos semelhantes factura pelos serviços prestados. situações, a confirmação do serviço é, estava à espera. Em bre- nos três dias do congres- ao ‘Optimus Home’, ou seja, que têm A ver vamos no que este súbito inves- posteriormente, feita por SMS. Falta- ve, nos dias 14, 15 e 16 so e, deste modo, divulgar por objectivo ser uma espécie de combi- timento das empresas móveis no fixo vai nos falar dos preços. Lançado com uma de Novembro, no âmbi- melhor o seu negócio. nação entre a rede fixa e a móvel. dar. Uma coisa é certa: as ofertas estão mensalidade promocional de 5,9 euros to de mais um congresso E as condições para che- Fontes da Vodafone dizem à “Vida aí e a da TMN dá pelo nome de Casa para todo o dia, sem qualquer limitação das comunicações – este gar até aqui? Em relação decorre no Centro de Con- a este assunto, a APDC Económica” que a convergência entre T. O operador a Portugal Telecom diz horária, a TMN diz que isto vai mu- gressos de Lisboa -, 20 jo- faz saber que os promo- os dois segmentos “é uma aposta” do que este “é o primeiro passo dado por dar, a partir de Janeiro de 2007. Nesta vens empreendedores vão tores do evento andam à operador. A prova está no recente lança- um operador português na real conver- altura, o Casa T vai funcionar entre as ter a possibilidade mostrar procura, claro está, de um mento do Vodafone Casa. O que é que gência fixo-móvel” e do serviço em si, 21h e as 9h, sendo que as previsões do as suas ideias inovadoras projecto inovador e assen- podemos esperar de novo? De acordo afirma, em comunicado, que este “per- operador apontam para o lançamento – à sua disposição vai es- te num modelo de negócio com o operador várias coisas. Afinal, es- mite falar, de forma gratuita, após o pri- de opções tarifárias para todo o dia. tar um espaço próprio, o consistente, com ambi- tamos a falar de algo que surge em três meiro minuto, de um telemóvel TMN A Optimus, perante estas ofensivas chamado Venture Lounge ções de chegar ao merca- diferentes versões: o TØ Voz, o T1 Net para qualquer número de rede fixa ou dos concorrentes, não quis ficar atrás e temático – e quem sabe do global e com uma equi- arranjar aquele financia- pa de gestão competente e e ainda o T2 Voz+Net. Se a primeira da rede TMN” e isto sempre, a partir decidiu adicionar algo mais ao seu Op- dor que lhes permita con- motivada. surge como uma solução que pretende de casa. O Casa T, acrescentam, “vem timus Home, aquilo a que denomina cretizar o sonho de uma Se, por acaso, possuir to- substituir o telefone de casa – este não permitir aos mais de cinco milhões de de “Receita para a Poupança”. A ideia vida. das estas características, tem assinatura, a mensalidade é de 12,5 clientes da TMN falar grátis de sua casa, é idêntica à da TMN e tem um objec- Mas, parece que há algo terá que se apressar para euros e inclui ainda 10 horas de chama- após o primeiro minuto, sem limite de tivo: dar aos utilizadores deste produto mais a aproveitar deste ser um dos candidatos. das para qualquer número da rede fixa tempo”. Como aderir? a oportunidade de falarem grátis entre evento – uma iniciativa or- As inscrições terminam, nacional, a qualquer hora do dia ou da Aqui, a TMN explica que ao utili- os números Home. Há, contudo, uma ganizada em conjunto pela no próximo dia 3 de No- noite -, já a segunda mais não é do que zador bastará digitar *#125*0#, no seu condição: a adesão a esta “Receita” terá APDC (Associação Portu- vembro, e deverão ser guesa para o Desenvolvi- enviadas para a APDC, uma tradução a preços mais competiti- telemóvel, acto ao qual se deverá seguir de ser feita, até 31 de Janeiro de 2007. mento das Comunicações) através de correio electró- vos da banda larga móvel da Vodafone. a digitação da tecla de chamada. Uma e uma empresa de capital nico. Aqui fica o endereço: SANDRA RIBEIRO O valor mínimo mensal é de 22,5 eu- operação, como dizem, que deverá ser de risco, a Gesventure —, [email protected] ros. Por último, temos o T2 Voz+Net. efectuada quando o cliente se encontrar [email protected]
Motorola apresenta Vodafone lança solução global ao mercado um novo de comunicações: as PME são o público-alvo carregador A Motorola, fazendo jus à sua tradição, de 0,14 euros por minuto para as restantes acaba de lançar no mercado mais um aces- comunicações nacionais. A isto, afirma a sório. Desta feita, trata-se de um carregador Vodafone, acresce uma outra facilidade: o portátil, o P790. Este, segundo o próprio facto da empresa poder prever com facili- fabricante, “funciona como fonte de ener- dade o valor total a pagar em cada mês, na gia móvel e permite ao utilizador uma au- medida em que lhe é dada a possibilidade de tonomia de duas cargas completas de bate- seleccionar o pacote de minutos que melhor ria para o equipamento e mais se adapta às suas necessidades. No caso das de 10 cargas para o comunicações fixas, a proposta da Vodafone auricular blue- é algo diferente: aqui, estamos de um serviço tooth”. Mas – o Voz Fixa – sem assinatura mensal e com não só. a oferta do equipamento necessário às co- O novo municações mediante o estabelecimento de P790 desta- um contrato. As chamadas gratuitas para os ca-se ainda colaboradores da organização – tanto para pelo facto de números fixos como móveis – mantêm-se ser compatí- com a Vadafone a dizer que esta nova so- vel com todos lução vai beneficiar, embora não apresente os telemóveis números, de preços “muito competitivos”, e acessórios sobretudo quando se tratar de comunica- Motorola que s pequenas e médias empresas: um a “estratégia da Vodafone no segmento ções, claro está, para a sua rede. utilizem uma segmento de mercado que desperta, empresarial”, por outro, com esta solução Mas o Vodafone PME não ficaria comple- entrada USB. Acada vez mais, a atenção dos opera- a empresa liderada por António Carrapa- to se deixássemos de lado a banda larga. A Algo que, de acor- dores de telecomunicações. Que o diga a toso pretende responder, claro está, às ne- ideia do operador é simples: uma nova oferta do com este fabricante, Vodafone que combina rede móvel e fixa cessidades das PME através, como dizem, de acesso à internet no escritório – 640 Kb proporciona aos utilizadores mais tempo de e lançar, no mercado, o Vodafone PME. de uma “oferta alargada, simples, com -, isto a partir, de 18,59 euros com opções conversação e um acesso prolongado às fer- “Um conjunto de soluções que inclui ser- custos previsíveis e equipamentos gratui- adicionais para utilização em mobilidade e ramentas multimédia existentes em quase viços de voz e dados tanto para telemóveis tos mediante contrato”. Em relação à rede com maior largura de banda. A isto junta-se todos os modelos da marca. como para utilização fixa no escritório”, móvel, isto quer dizer que os nossos em- ainda o e-mail em mobilidade e um serviço Em termos de estética, estamos perante podemos ler no comunicado de imprensa presários vão ter à sua disposição um novo de envio de SMS a partir do Outlook, ferra- um carregador de tamanho reduzido, de re- da Vodafone. E o que pretende o operador tarifário – o Pack PME -, o qual permite mentas, destaca, uma vez mais a Vodafone, bordos redondos e lisos e com um conjunto com isto? a realização de chamadas gratuitas entre que “permitem aumentar a produtividade da diversificado de cores: rosa, laranja, verde, Se, por um lado, o objectivo é reforçar os colaboradores e cobra uma tarifa única gestão de mensagens da empresa”. púrpura, azul e preto. 28 sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Ricoh SAP prepara-se para adquirir Receitas de software cresceram operações europeias da Danka Informática 17% no terceiro trimestre
João Taron, responsável pela multinacional em Portugal, garante “Oracle está numa posição única para ir ao encontro das necessidades da AP” A Administração Pública é e sempre foi um dos mais fortes mercados para a Oracle. Temas como a factura electrónica, os “call centers” ou as compras electrónicas são as cartas fortes do baralho que a Oracle põe em cima da mesa quando joga com a Administração Pública. Mas João Taron, o homem que comanda em Portugal os destinos desta multinacional, não deixa de alertar para a necessidade de manter os centros de decisão das grandes empresas privadas no nosso país. Em entrevista à “Vida Económica”, João Taron adianta que a banca ainda tem muito que investir em TI e assume que o João Taron, o homem que comanda em Portugal os destinos da Oracle, Plano Tecnológico é, acima de tudo, importante por estar na agenda. Por simplesmente alerta para a necessidade de manter os centros de decisão das grandes empresas privadas no nosso país. ser motivo de conversa.
Vida Económica – O mercado das pequenas e mé- VE – A Administração Pública continua a represen- e o time-to-market para responder às necessidades é mui- dias empresas estava longe de ser o tradicional mer- tar uma grande fatia da actividade da Oracle em Por- to baixo... E claramente esses sistemas de core banking es- cado da Oracle. Mas hoje é uma forte e pública apos- tugal? tão no final da sua geração e terão de ser substituídos por ta. O que é que este tecido empresarial pode esperar JT – Sim. Estamos aptos a falar sobre uma diversida- outro tipo de sistemas. Daí a aquisição que a Oracle fez da de uma organização como a Oracle? de de temas com a administração pública. É claro que no empresa i-flex. Já estamos, nesta altura, com um projecto João Taron – Estamos a trazer para o mid-market o sof- outro prato da balança temos o problema do défice que em Portugal. Existem oportunidades muito interessantes tware sólido, de confiança e profissional em sistemas aber- estamos a atravessar e que nos atingiu a todos, nomeada- no nosso país para substituir ou implementar sistemas de tos que tipicamente era entendido como não acessível do mente aos sistemas de informação. Este problema é com- core banking. E acreditamos que esta é a principal prio- ponto de vista do preço. E mesmo do ponto de vista da plicado de gerir tanto do lado dos fornecedores como do ridade dos departamentos de TI do sistema bancário em complexidade. Há dois anos que temos uma aposta mui- lado das organizações, nomeadamente no que diz respeito Portugal. to clara em sistemas Linux. E o Linux é precisamente o à implementação e à celeridade de alguns processos. Tudo não complexo, é o barato, é o standard. Ou seja, precisa- isto torna muito difícil para os decisores da Administração VE – Então estamos longe do ritmo de cruzeiro? mente o que as organizações do mid-market necessitam. Pública a aquisição de determinadas soluções no timing JT – Estamos num processo de grande transformação. Agora que temos o produto e o preço, falta-nos o veículo pretendido. E não só de core banking mas de sistemas de CRM e in- para chegar a este mercado. Esse veículo é a nossa comu- teracção com o cliente. Do nosso ponto de vista, digamos nidade alargada de parceiros. A Oracle tem mais de uma VE – O volume de compra e dos serviços prestados que essas são as duas principais áreas de transformação centena de sólidos parceiros em Portugal e é através das ao sector público está alinhado com o que é normal do mercado financeiro, a juntar a uma área mais infraes- soluções dessa comunidade – sobre as nossas peças de sof- para os outros países? trutural. Acreditamos que o sistema financeiro, quer em tware – que a Oracle aparecerá no mid-market. Acima de JT – Está alinhado. A evolução do “share” da Adminis- Portugal quer na Europa, está a passar por uma fase de tudo, estamos num momento de mudança de percepção. tração Pública do nosso negócio vai depender não tanto da transformação de controlo do custo operacional e isso é Mudança da percepção que os produtos de excelência da Administração Pública em si mesma, mas do que vai acon- conseguido através dos sistemas abertos e do grid com- Oracle são caros e não estão adequados ao mid-market. tecer às grandes empresas do sector privado. As grandes puting versus sistemas baseados em mainframe. Muitos estruturas privadas são essenciais no negócio de uma mul- dos nossos clientes estão em processo de migração, pelo VE – Sabemos que a Administração Pública é um tinacional de TI em Portugal. E se essas grandes empresas menos de parte dos seus sistemas de mainframe, para sis- dos grandes mercados da Oracle e também sabemos perderem o poder de decisão no nosso país, aí sim, o “sha- temas abertos baseados em grid computig. que há grandes desafios pela frente. Que expectativas re” da Administração Pública no nosso negócio pode subir tem face a este mercado? abruptamente. É muito importante para nós, multinacio- VE – Então os bancos vão passar a investir mais JT – A Oracle está hoje numa posição única para ir ao nal Oracle, que os centros de decisão, nomeadamente de em TI? encontro das necessidades de transformação da Adminis- Tecnologias de Informação, das grandes empresas privadas JT – Vão ter de continuar a investir para poupar. tração Pública. Senão vejamos: factura electrónica, uma não se percam. Caso isso aconteça, claramente tínhamos das principais preocupações do Governo para Janeiro de de reduzir a nossa estrutura. Se as grandes empresas do VE – A modernização e o aumento da competitivi- 2007. Estamos na linha da frente deste processo porque nosso tecido empresarial fossem adquiridas, muitas das dade de um país depende de um Plano Tecnológico? numa das nossas aquisições está um produto bandeira na empresas de TI iam ser afectadas. JT – O Plano Tecnológico é, acima de tudo, importante área da factura electrónica. Outra área é a dos call centers. por estar na agenda. Por ser motivo de conversa. Tem prós Outra: as compras electrónicas. Processo bem conhecido, VE – O sistema bancário em Portugal é um sector e contras e podemos sempre fazer melhor. Mas o facto de herdado pela UMIC ao longo dos últimos anos e que vai muito competitivo e é um dos poucos sectores onde estar na agenda política e da sociedade faz com que todos ter uma forte implementação em 2007. Isto para além do temos um nível de produtividade acima da média eu- nós tenhamos no nosso DNA a necessidade de modernizar conceito fundamental que só a nossa tecnologia de base ropeia. Ainda continua a haver uma necessidade de baseada em TI, a necessidade de automatizar, a necessida- de dados consegue fornecer, nomeadamente o conceito do investimento na área da banca? de de fazer mais barato. Acho que é uma vantagem para o grid computing, também uma das prioridades do Plano JT – O sistema bancário é talvez a indústria que está a país, para as organizações, para o sector público e para o Tecnológico para o nosso país. Estamos numa posição in- passar por um maior processo de transformação na área das sector privado existir um Plano Tecnológico em Portugal. vejável para apresentar valor ao processo de transformação TI. Os sistemas de core banking estão datados, tecnologi- JOÃO LUÍS DE SOUSA E SUSANA MARVÃO da Administração Pública em Portugal. camente obsoletos, os custos operacionais são muito altos [email protected] SEGURANÇA FAZ PARTE DO NOSSO DNA VE – Que preocupações devem as em- nizações como a CIA, a NASA ou a NATO. parceiros, passaram a ter um exponencial dores interna e externa que acedem às presas ter no domínio da segurança dos Daí a segurança sempre ter estado no nos- aumento das suas preocupações com a se- suas aplicações. A que aplicações podem dados? so core. Obviamente que as organizações, gurança. aceder, com que tipo de direitos e que JT – O tema de segurança é muito impor- por um lado, ao passarem de meia dúzia Esta tem sido também uma área de aplicações devo disponibilizar a um novo tante para a Oracle, aliás, sempre esteve de grande aplicações monolíticas para uma grande investimento da Oracle onde temos empregado? Este é um tema altamente presente no seu DNA. A Oracle nasceu a grande diversidade de aplicações e, por ou- adquirido várias empresas especializadas prioritário para as organizações que têm partir de projectos quase experimentais, tro, ao abrirem os seus sistemas, através da nesta área. Nomeadamente na gestão da um enorme número de aplicações nos embrionários e de investigações em orga- Internet, aos seus clientes, fornecedores e complexidade da comunidade de utiliza- seus sistemas. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 INFORMÁTICA 29
MAINROAD “RECUPERA” Magirus quer ter presença MAIS RÁPIDO A Mainroad anunciou a dis- dos recursos, garantindo sem- ponibilidade de um novo ser- pre a segurança dos sistemas. nos maiores distribuidores viço que designa por Mainroad Consequentemente, o 2FR 2’Fast Recovery. Enquadrado na resulta numa solução economi- ortugal é um mercado apetecível para a maio- sua oferta global de Business camente viável para uma orga- ria das empresas de tecnologia. O mercado Continuity, este serviço permite nização que pretenda minimizar Pestá a evoluir a ritmos acelerados, tantos os às empresas continuarem a ope- o risco de paragem do seu ne- indivíduos como as empresas são apreciadores das rar os seus sistemas após um gócio. Resolve ainda o problema últimas inovações e o potencial é interessante. Tudo desastre que comprometa o seu do custo elevado a que normal- isto leva a que muitas multinacionais considerem centro de dados principal. mente estão associadas as solu- abrir filiais em Portugal ou estabelecer parcerias que O serviço Mainroad 2’Fast ções de recuperação de desas- lhes permita estabelecer negócios. Recovery assenta numa plata- tre disponíveis no mercado. O Mas talvez a forma mais simples seja a aquisição forma de sistemas de nível em- Mainroad 2’Fast Recovery des- de uma organização já presente no mercado nacio- presarial, fornecendo uma base tina-se a organizações médias nal. Foi isso que aconteceu, embora tenha sido con- tecnológica de elevada perfor- e grandes, caracterizadas por sequência de uma aquisição a nível europeu, com mance, segurança e escalabi- possuírem entre 5 e 50 servido- lidade, garante a empresa. So- a Magirus. Vou explicar. A Alasso é uma multina- res, com predominância para os bre esta base, o 2FR define um sistemas operativos Windows e cional dedicada ao ramo da segurança informática. conjunto de regras de partilha Linux. Só que na Europa os negócios não estavam a cor- rer como planeado. Foi então que a Magirus viu uma oportunidade e adquiriu o negócio europeu Paulo Costa, director-geral da Magirus Portugal. MCAFEE ADQUIRE ONIGMA da Alasso (a empresa continua a existir e operar em A McAfee adquiriu Onigma, nology Officer e Vice-presidente outros países). Em Portugal, que funcionava como afirma Paulo Costa. Em relação à logística, uma pe- quena curiosidade. A Alasso tinha o seu centro de fornecedor de soluções de pro- Executivo da McAfee. “ A Onig- uma extensão comercial de Espanha, a empresa ces- tecção de dados para monito- ma dá-nos uma maior capaci- sou funções e agora o que impera é a Magirus. Os distribuição no Reino Unido. Já o da Magirus si- tua-se na Alemanha. A integração dos dois fez com rizar, informar e prevenir que dade e experiência para ajudar últimos meses foram passados a integrar ambos os os dados confidenciais saiam os nossos clientes a reduzir o negócios (a Magirus aproveitou para alargar a sua que a Magirus não facturasse durante dois meses. O que comprometeu, em parte, a sua facturação. das empresas. Com esta aqui- risco associado ao incumpri- oferta para uma área onde não estava presente) e sição, no valor de 20 milhões mento dos regulamentos, as- agora é tempo de comunicar a mudança. Paulo No entanto, apesar deste contratempo, Paulo Costa de dólares, a McAfee aumenta suntos de interesse corporativo, Costa, director-geral da Magirus Portugal, afir- afirma que as expectativas foram cumpridas. a sua capacidade de prevenção infracções de políticas internas mou que a partir de Janeiro vão começar a vender Para Portugal os objectivos são claros: aumentar de perda de dados (DLP), para e fugas de informação”. os serviços da Magirus. Isto porque até aqui houve a rede de distribuição. Neste momento, a empresa oferecer às empresas soluções Através da integração dos pro- simplesmente uma manutenção dos negócios feitos dispõe de 30 parceiros. No entanto, a meta é estar capazes de garantir o cumpri- dutos da Onigma para preven- pela alasso. presente nos 50 maiores distribuidores a nível nacio- mento de políticas corporativas ção de perda de dados a McAfee Com isto a Magirus centra a sua atenção em três nal. E para os apoiar a Magirus pretende fomentar e regulamentos externos. anuncia a solução McAfee Data unidades de negócio: Information Lifecycle Mana- a procura, disponibilizando serviços de marketing “Os clientes pediram-nos Loss Prevention para prevenir a uma protecção robusta contra gement (ILM), Virtualização de servidores e Segu- avançados. A ideia é actuar junto do utilizador final, perda de dados nos sistemas, os riscos associados à perda que irá ajudar as empresas a rança e Networking. “Com a integração a Magirus de forma a identificar necessidades, criar oportuni- dades e transmitir as competências da empresa. de dados confidenciais e à pro- protegerem-se dos riscos asso- tem agora uma maior cobertura de mecado, novas priedade intelectual”, afirmou ciados à transferência, não auto- competências técnicas, novas áreas de negócio e ALEXANDRA COSTA Christopher Bolin, Chief Tech- rizada, de dados para o exterior. uma melhor organização logística e financeira”, [email protected]
PUB 30 sexta-feira, 27 Outubro de 2006
Comissão Europeia Portugal cria medidas fiscais aumenta contribuições para racionalização para o Orçamento do uso energético Fiscalidade comunitário
PRÁTICA FISCAL Finanças negam Prestação de serviços de consultadoria por não residente; fonte dos rendimentos; retenção na perdão fiscal à banca fonte; convenção para evitar a dupla tributação dos rendimentos; NIF.
Uma empresa portuguesa, com sede serviços de consultadoria, ainda que em Lisboa, contacta uma empresa no realizados integralmente fora do terri- Canadá para que lhe preste serviços tório português, mas cujo devedor tem na área da consultoria e para angariar sede ou direcção efectiva em território clientes. nacional, são considerados como obti- 1 – Como é que esta operação se pro- dos em território nacional [n.º 7 da alí- cessa em termos de IVA? A empresa PT, nea c) do n.º 3 e n.º 4 do artigo 4º do mediante a factura canadiana, liquida/ CIRC]. O IRC é pago por retenção na deduz IVA? Em que campos se declara fonte com carácter definitivo à taxa de na declaração periódica de IVA? 15% [alínea g) do n.º 1, n.º 3 e sua 2 – E em termos de IRC? É neces- alínea b), n.º 5 do artigo 88º e alínea sário accionar a convenção para evi- e) do n.º 2 do artigo 80º do CIRC}. tar a dupla tributação? Como funciona Existindo, como de facto existe, entre Ministério das Finanças conside- praticou consubstancia um acto normal e e como proceder? Qual das empresas Portugal e o Canadá Convenção para ra que houve uma interpretação que se insere no âmbito das garantias dos tem de enviar à outra o certificado de Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Oerrada a propósito da não exigên- contribuintes. Uma decisão favorável não residência fiscal? É preciso pedir NIF Evasão Fiscal em Matéria de Impostos cia de imposto, relativamente à retenção pode ser entendida como um perdão fis- em Portugal para a empresa canadia- sobre o Rendimento, em vigor desde na fonte sobre juros de obrigações emi- cal, mas como a reposição da legalidade.” na? 24.10.2001 (aviso n.º 111/2001, de tidas por uma entidade residente, através Quanto ao caso em concreto, diz o Mi- 17.10, DR n.º 241), esta só será ac- de uma sucursal no exterior. nistério das Finanças que não era exigível RESPOSTA DO ASSESSOR FISCAL cionada, se for caso disso, se o bene- O ministério rejeita a acusação de que imposto relativamente à retenção na fonte Nos casos em que o prestador dos ficiário dos rendimentos (empresa ca- terá existido um perdão sobre juros de obriga- serviços de consultadoria não tenha nadiana) fizer entrega ao devedor dos sede, estabelecimento estável ou domi- mesmos (empresa portuguesa) o res- fiscal à banca, tendo ções emitidas por aquela cilio no território nacional [empresa ca- pectivo certificado de residência fiscal como base um despacho Uma decisão fa- entidade, através da sua nadiana) e desde que o adquirente dos emitido pelas autoridades fiscais do do secretário de Estado sucursal no exterior. mesmos seja um sujeito passivo nacio- Estado de que é residente. Quanto ao dos Assuntos Fiscais. vorável não pode E adianta: “O facto nal aqui residente (empresa portugue- NIF, será de considerar que a inscrição Para aquele ministé- de não ser conhecido sa, nestas condições, o sujeito passivo para atribuição de número de identifi- rio, o despacho terá sido ser entendida qualquer entendimento do imposto pela aquisição do serviço é cação fiscal a entidades não residen- proferido na sequência como um perdão da administração fiscal a empresa portuguesa e não a empresa tes que obtenham em território por- de um pedido de reapre- sobre esta matéria, bem do Canadá [cfr. al. a) do n.º 1 do artigo tuguês apenas rendimentos sujeitos a ciação do acto de liqui- fiscal, mas como como a susceptibilida- 2.º e alínea c) do n.º 8 do artigo 6.º, retenção na fonte a título definitivo, dação adicional formu- de de utilização para o ambos do CIVA], com direito a dedução será obrigatoriamente requerida pelas a reposição da (cfr. al. c) do n.º 1 do artigo 19.º do entidades residentes em território por- lado por uma instituição mesmo fim de outras CIVA]. A operação é incluída na decla- tuguês que se encontram obrigadas a bancária. E justifica da legalidade vias isentas de tributa- ração periódica nos mesmos campos proceder à respectiva retenção na fon- seguinte forma: “Tratou- ção, criaram a convic- em que se mencionam normalmente as te do imposto, ou seja, os substitutos se de um procedimento ção de que o regime operações nacionais. tributários, conforme disposto no art. em que, como noutros casos, através da fiscal aplicável seria o da não obrigação de Os rendimentos provenientes da in- 3º do Decreto-Lei n.º 463/79, de 30 de utilização de um grau de decisão diferente retenção na fonte, por deverem os juros, termediação na declaração de qualquer Novembro, com a redacção dada pelo daquele que proferiu o acto contestado, legalmente, serem considerados como ob- contrato [n.º 6 da alínea c) do n.º 3 do art. 1º do Decreto-Lei n.º 81/2003, de se concluiu não estar este acto conforme a tidos fora do território nacional. artigo 4.º do CIRC] e os derivados dos 23 de Abril. legislação aplicável. A protecção da boa fé determinou a não A reapreciação dos actos de liquidação aplicação retroactiva daquela interpreta- Informação elaborada pela APOTEC - Associação Portuguesa por entidade diferente daquela que os ção sobre esta norma do CIRC.” de Técnicos de Contabilidade [email protected]
AGENDA FISCAL
poníveis na opção Bancos. Conjuntamente jeitos passivos abrangidos pelo regime dos - Entrega, pelas entidades que disponham OUTUBRO com a declaração periódica deve ser enviado pequenos retalhistas. ou devam dispor de contabilidade organiza- o Anexo Recapitulativo, referente às trans- da, das importâncias deduzidas em Outubro Até ao dia 31 missões intracomunitárias isentas, efectua- • IRC - Imposto sobre o rendimento das pes- sobre rendimentos de capitais e prediais e das no mês de Setembro. soas colectivas rendimentos de propriedade intelectual ou • IRC - Imposto sobre o rendimento das pes- - Entrega das importâncias retidas no mês industrial e prestações de serviços (Catego- soas colectivas • IRS - Imposto sobre o rendimento das pes- de Outubro sobre os rendimentos sujeitos ria B), (art. 98º, nº 3, e 101º do CIRS). - 2º prestação do pagamento especial por soas singulares a retenção na fonte de IRC (artº 75º do - Entrega do imposto deduzido em Outubro conta de IRC devido pelas entidades que Os notários, conservadores, secretários CIRC). sobre os rendimentos do trabalho depen- exercem a título principal, actividade de judiciais e secretários técnicos de justi- dente e de pensões, com excepção das de natureza comercial, industrial ou agrícola ça devem entregar à Direcção-Geral dos • IRS - Imposto sobre o rendimento das pes- alimentos (artº 98º, nº 3, e 99º do CIRS). e por não residentes com estabelecimento Impostos a relação dos actos praticados soas singulares estável, excepto se abrangidos pelo Regime no mês anterior, susceptíveis de produzir - Entrega, pelas entidades obrigadas a efec- • Imposto de Selo simplificado. rendimentos sujeitos a IRS (artº 123º do tuar retenção, do imposto deduzido em Ou- - Entrega, por meio de guia, nas tesourarias CIRS). tubro pela aplicação das taxas liberatórias da Fazenda Pública, do imposto cobrado previstas no artº 71º do CIRS (artº 98º, nº em Outubro, pelas entidades a quem in- NOVEMBRO Até ao dia 15 3, do CIRS). cumbe essa obrigação.
Até ao dia 10 • IVA - Imposto sobre o valor acrescentado Periodicidade trimestral - Pagamento do Im- OE PARA 2007 • IVA - Imposto sobre o valor acrescentado posto sobre o Valor Acrescentado referente Actualização dos Escalões do IRS - Periodicidade Mensal – Envio obrigatório ao 3.º trimestre de 2006 pelos sujeitos pas- via Internet da declaração periódica relati- sivos abrangidos pela periodicidade trimes- tral do regime normal. Actualização dos escalões va às operações realizadas no mês de Se- Na proposta de Orçamento de Estado para 2007 o Governo propõe-se actualizar os tembro. O pagamento pode ser efectuado escalões de IRS em 2,1%, precentagem correspondente à previsão para a inflação de através das caixas automáticas Multibanco, Até ao dia 20 2007. Deste modo, as taxas de imposto não sofrem alteração, mas, no que respeita nas Tesourarias de Finanças informatizadas aos escalões de imposto, o montante do primeiro escalão passa de de 4451 euros e nos balcões dos CTT. O pagamento pode IVA - Imposto sobre o valor acrescentado para 4544 euros e o último sobe de 60.000 para 61.260 euros. ainda ser efectuado via Internet, seleccio- Refira-se que para as deduções à colecta estão previstas actualizações que variam nando uma das Instituições Bancárias dis- Pequenos Retalhistas - Pagamento do Im- posto sobre o Valor Acrescentado pelos su- entre 1,7 e 2,6%. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 FISCALIDADE 31
Contas & Impostos Actividades desenvolvidas Indemnização para compensar pelas IPSS estão isentas benfeitorias em imóvel de IVA arrendado é tributada em IRS A isenção de IVA só se aplica num a relação direc- ta com os respectivos utentes, pelo que qualquer Uma outra situação que se pode colocar é a sujei- feitas, será esta a importância que operação realizada com terceiros não se enquadra ção em sede de IVA, pois são tributáveis aquelas figurará como “valor de realização” no abate dos bens. na referida isenção de imposto. indemnizações que tenham subjacente uma trans- Outra situação será a sujeição a missão de bens ou prestação de serviços, pelo IVA, pois são tributáveis em im- Uma Instituição Particular de que, qualquer operação realizada que configuram uma contraprestação a obter do posto sobre o valor acrescentado Solidariedade Social (IPSS) com terceiros, não se enquadra na aquelas indemnizações que tenham com as valências de Centro mencionada isenção. adquirente de uma operação sujeita a imposto. subjacente uma transmissão de bens de Dia e Apoio Domiciliário Assim, na situação em apreço, ou prestação de serviços e, como tal, iniciou, em Outubro do ano fornecimento de refeições a esco- Um empresário em nome indivi- importâncias auferidas, a título de configuram a contraprestação a ob- passado, o fornecimento de las (que não estão sob a sua alça- dual viu, por força da degradação indemnização, conexas com a acti- ter do adquirente de uma operação refeições às escolas da fregue- da) e que são debitadas à Câmara do imóvel, alugado, onde exerce vidade exercida, nomeadamente a sujeita a imposto. sia, sendo a facturação feita à Municipal, são operações sujeitas a sua actividade, o seu contrato sua redução, suspensão e cessação, Se as indemnizações sancionam autarquia local. a imposto e dele não isentas. de arrendamento revogado. Em assim como pela a lesão de qual- Pese embora este fornecimen- Deverá o fornecimento de re- virtude dessa situação, irá rece- mudança do lo- quer interesse, to de refeições tenha cariz so- feições ao exterior efectuado pela ber 150 000 euros referentes a cal do respectivo O empresário deverá sem carácter cial e se insira no âmbito do entidade ser tributado em IVA, à benfeitorias no imóvel, em duas exercício;”. efectuar o abate remuneratório, estatutos da instituição, está taxa intermédia de 12 por cento tranches de 75 000 euros cada. Assim, a in- não são tributá- a proceder-se à liquidação do (verba 3.1 da Lista II anexa ao Qualquer incidência de natureza demnização das benfeitorias veis em impos- IVA. Deve manter-se esta prá- CIVA), porque se está perante fiscal fica a cargo do arrendatário recebida pelo realizadas, no to sobre o valor tica ou suspendê-la, visto que uma actividade denominada de e não do senhorio. Tratando-se empresário para momento em acrescentado, na existem outras instituições, em “prestação de serviços de alimen- de indemnização de benfeitorias compensar as medida em que igualdade de circunstâncias, tação e bebidas”. (totalmente amortizadas e sem benfeitorias efec- que cessa esse não têm subja- que estão isentas, dado que A IPSS passará a praticar si- valor comercial) e tendo o indi- tuadas no imóvel mesmo contrato de cente uma trans- invocaram a celebração de pro- multaneamente operações sujei- víduo que liquidar a indemniza- arrendado, e vis- missão de bens tocolos, tendo os serviços de tas a IVA e operações isentas, que ção a um funcionário, entretanto to o contrato de arrendamento ou prestação de Finanças aceite a isenção? não conferem direito a dedução, despedido devido à quebra das arrendamento serviços. passando a ser um sujeito misto, vendas pelo estado do imóvel, ter sido revoga- Deste modo, As actividades desenvolvidas podendo escolher um dos dois serão tributadas em sede de IRS do, irá ser tributado em IRS como a indemnização em causa está sujei- pelas IPSS estão em princípio métodos previstos no art.º 23.º ou estão isentas? Se se verificar rendimentos da categoria B. ta a IVA, pelo facto de o valor em isentas de IVA ao abrigo do n.º 8 do CIVA- Afectação real ou pró- o primeiro caso, enquadrando-se De realçar que o empresário, con- causa ser considerado como uma do art.º 9.º do CIVA, desde que rata. Deverá também comunicar no conceito de mais-valias (CIRS, tabilisticamente, deverá efectuar o contraprestação pelas benfeitorias verificados os condicionalismos esta modificação mediante entre- art.º 9.º, n.º 1, al. b), é tributado abate das benfeitorias realizadas, no feitas no imóvel pelo empresário, atrás referidos. ga de declaração de alterações. à taxa de 10% sobre metade? momento em que cessa esse mesmo que de uma forma genérica o se- A isenção, conforme se depre- contrato de arrendamento, aten- nhorio pode vir a usufruir. ende do referido normativo, só (Informação elaborada pela Conforme o disposto na alínea dendo ao que na realidade ocorreu. (Informação elaborada pela se aplica numa relação directa Câmara dos Técnicos Oficiais d) do n.º 2 do art.º 3.º, constituem Ou seja, como o senhorio paga uma Câmara dos Técnicos Oficiais de com os respectivos utentes, pelo de Contas) rendimentos da categoria B “as contraprestação pelas benfeitorias Contas)
As prestações suplementares JOÃO ANTUNES e acessórias e os suprimentos Consultor da CTOC
Em determinada fase do seu percurso, decorrente do cumprimento do Direito O não cumprimento das prestações do que acontece com as prestações suple- as sociedades necessitam de capitalização Societário. suplementares pode acarretar a exclusão mentares. Caso não tenha o tal carácter ou porque atravessam uma fase de expan- As prestações suplementares, apesar do sócio, enquanto que nas prestações de permanência de, pelo menos um ano, são e crescimento ou porque se encon- de poderem ser consideradas um capital acessórias, não afecta a situação do sócio, não passa de uma vulgar crédito, não se tram em recessão e correm o risco, por adicional, não implicam um aumento salvo disposição contrária constante do identificando como uma situação jurídi- exemplo, de ver perdido mais de metade do capital ou uma redução, caso haja a contrato de sociedade. ca de suprimento. do seu capital social, violando a norma restituição. Com efeito, o capital social Quanto aos requisitos de reembolso, Como é sabido, a figura do contrato do artigo 35.º do Código das Sociedades representa um montante fixo, enquanto também existem diferenças substanciais, de suprimento apenas está prevista para Comerciais. Daí surge a necessidade, por as prestações suplementares, podem ser pois a restituição das prestações suple- as sociedades por quotas. Contudo, há vezes imperiosa, de se capitalizarem e a consideradas uma parte móvel do Capi- mentares depende da integridade do ca- autores que defendem que, quanto aos figura das prestações suplementares. tal Próprio. pital social, como também já vimos, não suprimentos resultantes do pacto social, As prestações suplementares de capital Questão interessante e que suscita mui- existindo esta limitação para as presta- a sua aplicação às sociedades anónimas têm uma função dupla: a capitalização tas dúvidas é a distinção entre prestações ções acessórias. é possível (1) , sendo considerada uma da sociedade, ou seja, adequar o capital acessórias e prestações suplementares. Situação diversa é a necessidade de fi- obrigação acessória. próprio às necessidades sociais ou então As prestações acessórias são contabiliza- nanciamento, decorrente de dificuldades Questão interessante é saber se os su- também pode funcionar como uma ga- das como passivo, se forem onerosas ou financeiras, mais ou menos pontuais, primentos podem transformar-se em rantia dos credores, porque não podem restituíveis ou noutras rubricas apro- estrangulamentos de tesouraria, fundo capital. Os suprimentos visam, antes de ser restituídas se o Capital Próprio ficar priadas. As prestações suplementares, de maneio insuficiente e daí o recurso mais, atender a dificuldades económicas inferior à soma do capital como já vimos, são sempre muito frequente aos empréstimos ou ao e/ou de tesouraria, pelo que não estão e da reserva legal, ou seja, contabilizadas como Capi- contrato de suprimento. Com efeito, o vocacionados para se transformarem em é uma garantia para os tal Próprio. As prestações Código das Sociedades Comerciais esta- capital. Certos autores consideram os su- credores e é essa uma das suplementares dependem belece um tipo legal de contrato para primentos um sucedâneo de capital, mas funções do Capital Pró- As prestações sempre de uma delibera- as sociedades por quotas no âmbito do que evita o seu aumento formal e legal. prio de uma sociedade. acessórias ção, mediante autorização Direito Societário: o contrato de supri- Contudo, havendo a renúncia expressa ao As prestações suple- no contrato de sociedade mento. seu reembolso e estando os suprimentos mentares, ao contrário são contabilizadas originário ou mediante al- Os suprimentos são empréstimos devidamente comprovados e avalizados dos suprimentos, repre- teração do mesmo, enquan- dos sócios à sociedade fazendo parte por um revisor oficial de contas, parece- sentam um reforço do como passivo. to nas prestações acessórias e influenciando o seu Passivo, ficando nos legal o aumento do capital social por Capital Próprio da socie- basta a sua consagração no esta obrigada a restituí-los e não se cir- esta via (2). dade e contribuem para a contrato de sociedade para cunscreve apenas ao mero empréstimo capitalização da empresa que sejam directamente de fundos. Para que o empréstimo seja (Notas) e para a protecção dos credores. O Capi- exigíveis aos sócios. considerado um crédito de suprimento, (1) Parte final do artigo 287.º do C.S.C. tal Próprio e o Capital Social devem ser As prestações suplementares não são tem de ter um carácter de permanência (2) Bibliografia: Sofia Gouveia Pereira, As pres- vistos cada vez com maior credibilidade remuneradas e as prestações acessórias e há ainda a destacar o facto de, regra tações Suplementares de Capital e não apenas como uma obrigação legal, podem vencer juros. geral, serem remunerados, ao contrário João Aveiro Pereira, O Contrato de Suprimento 32 sexta-feira, 27 Outubro de 2006 Em Foco
SEMANA EM REVISTA
AIR LUXOR PERDE indica ainda a intenção de se tornar uma final de 2005, acrescenta a análise do banco 31 de Outubro de 2009, que prevê a presta- LICENÇA companhia low-cost, “operando inicialmente central português. O Banco de Portugal indi- ção de serviços de full handling nas escalas DE TRANSPORTADORA dois destinos já definidos interna- ca que o agravamento da dívida de Portugal marroquinas de Fez, Casablanca, Marrakech AÉREA mente, com dois aviões A320”. ao estrangeiro foi impulsionado pelo cresci- e Agadir”, acrescentou a empresa. O proto- A companhia Air Luxor viu retira- No mesmo documento, a empresa mento do endividamento externo por parte colo com Copa Airlines, válido por três anos, da, esta semana, a licença de trans- informa que “decidiu suspender os do sector bancário. abrange serviços de “ramp handling”, por portadora aérea por parte do Instituto voos para a Guiné-Bissau e São Tomé parte da Groundforce México, no Aeroporto Nacional de Aviação Civil (INAC). Em Diário e Príncipe por razões de ordem financeira e GROUNDFORCE FAZ ACORDO da Cidade do México. da República, a entidade reguladora refere para reestruturar a empresa em termos de or- COM CINCO NOVOS CLIENTES que a Air Luxor “deixou de ter uma licença de ganização interna”. A Groundforce Portugal assinou acordo com INDÚSTRIA DA ZONA EURO RECEBE transporte aéreo válida e um COA (Certificado cinco novas companhias aéreas. A empresa MAIS ENCOMENDAS EM AGOSTO de Operador de Transporte Aéreo), deixando ENDIVIDAMENTO EXTERNO de handling vai prestar serviço à Clickair, à O volume de novas encomendas efectuadas de poder exercer a actividade de transporte AGRAVA-SE NO PRIMEIRO SEMESTRE Emirates, à LatCharter, à AtlasJet e à Copa ao sector da indústria na Zona Euro aumentou aéreo”. O INAC informa que a companhia, A dívida externa da economia portuguesa Airlines. O contrato com a low-cost catalã 3,7% em Agosto face ao mês anterior. De acor- adquirida em Julho passado pelo grupo luso- agravou no primeiro semestre do ano, cor- Clickair prevê todos os serviços de “ramp do com o Eurostat, o crescimento verificou-se canadiano Longstock, deixa de poder exercer respondendo a 70% da riqueza produzida. handling” até Março de 2009, nas escalas também na comparação homólogo, ao subir voos até nova emissão de licença. A Air Luxor Os dados do boletim estatístico do Banco de de Lisboa e Porto da transportadora. Em Es- 14,3% em relação a Agosto de 2005. A subida emitiu também esta semana um comunicado Portugal (BdP) referem que o endividamento panha, e até 9 de Novembro de 2009, a em- foi fortemente influenciada pela área dos equi- de imprensa, em que garante que está “em externo situou-se nos 103,4 mil milhões de presa nacional é também responsável pelos pamentos industriais e de transporte, acres- condições de iniciar os voos para São Tomé euros na primeira metade de 2006, o que serviços de “ramp handling” à companhia centou o gabinete de estatísticas da Comissão e Guiné-Bissau novamente”, aguardando corresponde a um aumento de 15,5% face a aérea Emirates, na escala de Barcelona. “A Europeia. Relativamente a Portugal, o Eurostat “a autorização das autoridades locais des- igual período do ano passado e uma subida LatCharter, por sua vez, assinou um contra- indica que o sector nacional está entre os que tes dois países africanos”. A transportadora de 14 mil milhões de euros relativamente ao to com a Groundforce Marrocos, válido até registaram as maiores descidas.
FARPAS “Nos Estados Unidos, o Estado ajuda a economia a ����������������������� funcionar. Na Europa, o Estado atrapalha a maioria das economias. Em países mais atrasados, o Estado é a �������������������� economia. Em Portugal ainda é pior, porque o Estado é o Governo” ����� ������������������������������������� � ������������������������������������������ � ��������������� ��� ������������������������������� Sérgio Figueiredo – “Jornal de Negócios Online” ��� � ���������������������������������������� ��� � � ����������������������� “É uma vergonha ver um ministro da República dizer que ����� ������������������ � ������������������ foi na véspera surpreendido com um aumento de quase ��� ��� � ������������������������� ��� ���������������������������� 16%, conhecendo ele todos os pressupostos em que essa ��� ���������������������������������������� �������� � � ������������������������������������������ ������ ������ subida assenta. É uma vergonha que tenha levado mais � �������������������������������������������� de um ano para legislar sobre a política tarifária eléctrica e agora desfazê-la em menos de um mês. E é um vergo- � � ������������ ������ ������ � ����������������������������������� nhoso descaramento argumentar que na Europa os au- � � ����������������� mentos não serão tão drásticos” � ����������������������������������� ����������������������������������������� Idem ibidem � � ����������������������������������������� � � ����������������������� � � ������������������ � ��������������������� � ����������������������������������������� “O Orçamento de Estado para o ano de 2007 já nasceu � � ����������������������������� � �������������������������������������� um cadáver adiado. Quando se esperava que o Orçamento � � �������������������������� ������ ��������������������������� concretizasse o ‘impulso reformista’ do Governo, eis um � ������������������������������������� � ������������������������������ documento frágil nas opções e tímido nas decisões. O con- � � ����������������������� � �������� traste com a imagem de autoridade e com o perfil agressi- � �������������������������������������� vo do primeiro-ministro não poderia ser mais flagrante. O � � ����������� � ����������������������������������������������� primeiro-ministro cometeu um erro político de palmatória � ����������������� ���������������������������������������� - não foi capaz de gerir as expectativas que existiam em � � ������������ ������ ������ relação ao Orçamento. Prometeu muito e anunciou tudo, � � ������������������������������������� acabou por cumprir pouco e adiar quase tudo” Carlos Marques de Almeida – “Diário Económico Online” ������ ���� ������ ����
������ ���������� “O Governo de José Sócrates teve a semana mais negra ������ ����������������������������� desde que tomou posse. Começou com Manuel Pinho a � ����������� � ����������������������������������������� retractar-se da decretação do ‘fim da crise’ (que sentido ��� ��������������������������������������� ��������������� � �������������� de oportunidade na véspera da apresentação de um Orça- � � ��������������������������� mento restritivo) com um ‘lapsus linguae infantil’. Conti- ������ ���������������������� �� ��������������������� nuou com Correia de Campos a anunciar a baixa de 6% � � �������������������������� � ������������������������� no preço dos medicamentos – ‘esquecendo-se’ de anun- � �������������������������������������������� ciar ao mesmo tempo que a comparticipação do Estado ������������ � ��������������������������������������� � � ������������ � � ���������������� também ia baixar (’lembrou-se’ depois) –; e com o alarga- � ����������������������������������� mento das taxas moderadoras aos internamentos e actos ������������ ���� ������������������ � � ����������������� cirúrgicos que não constava do programa do Governo” ������������ ������ ����������������������������������������� � ����������������������������������� ����������� � � ������������ � � ����������������������������������������� � MRamires – “Sol Online” ��������� � � ������������������ � �������������������������������� ��������������������������������������������� “Seguiu-se o a posteriori autoclassificado ‘dia infeliz’ do ��� � ������������������� � �������������������������������������� ����������� � � ��������������������� � � �������������������������� secretário de Estado Castro Guerra, proclamando a juste- �������������� � ������������������������������������� za dos muito significativos aumentos da luz, uma vez que ���������� ������ ��������������������������� � � ����������������������� os consumidores não tinham pago o défice que resultou � �������������������� do não aumento dos referidos preços nos anos anteriores ����������� � �������������������������������������� ���������� � �������������������������������������������������� � � ����������� (dessa não se lembraram Teixeira dos Santos e Mário Lino �������� ��� ������������������������������� ou ainda vinham cobrar aos utilizadores das SCUT que ��� � ������������������������������� � ������������ durante anos nada pagaram)” � � ���������������������������� Idem ibidem ������ Nome: ______Empresa: ______“Não é novidade, apesar dos esforços de sucessivos gover- Morada : ______Código Postal ______nos. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) parece estar doente, Telf: ______Telm: ______Fax: ______a julgar pela falta de organização que muitos lhe apontam! Email: ______NIF: ______Claro está que na boa tradição portuguesa todos criticam e, tendencialmente, de uma forma destrutiva, esquecen- ����������������������������� ����������������������������������������� do-se que o sistema somos todos nós, e que, se não zelar- ����������������������������������������� ����������������������������� mos por ele, vai haver dificuldade em assegurar assistên- �������������������������������������������������������� ���������������� cia sanitária para todos!” ���������������������������������������� ������������������������������ Hipólito de Aguiar – “Diário Económico Online”
34 EM FOCO sexta-feira, 27 Outubro de 2006
IPAM volta a animar “quintas” “Vida Económica” lidera com “caso” Toyota
O “caso” Toyota foi o primeiro gio constante à motivação e cria- jornais económicos tema escolhido pelo IPAM para tividade, acompanhado por um dar início à 4.ª edição das denomi- sólido trabalho de equipa, onde, nadas “Quintas com marketing”, garante, o facto do capital mais (continuação da página 1) que decorrem em Matosinhos, importante de uma empresa ser as No período compreendido en- Dois diários e semanários no mercado precisamente às quintas-feiras, de pessoas não é uma mera frase fei- tre Janeiro e Junho de 2006, a Outubro a Dezembro. Paula Ar- ta. “Existe uma clara e constante “Vida Económica” registou uma riscado, directora de comunicação formação dos recursos humanos, circulação média total de 15.200 15.2 e marketing do gru- apostando, sobretu- exemplares. Em segunda posição 14.179 po Salvador Caetano, do, na sua capacidade surge o “Diário Económico” com importador oficial da O “caso” de inovação”. Talvez uma circulação média de 14.179 11.171 marca japonesa para por isso, relembrou, exemplares. O “Semanário o nosso país, teve Toyota foi o “Financial Times” Económico” está na terceira a palavra durante o primeiro tenha subscrito que posição, com 11.171 exemplares, 7.574 mais de uma hora a Toyota é a melhor o que representa menos 26% face para “convencer” os tema marca do ramo auto- ao resultado obtido pela “Vida alunos daquela ins- escolhido móvel para se traba- Económica”. Por seu turno, o tituição que existe lhar. “Jornal de Negócios” registou efectivamente uma pelo IPAM. Paula Arriscado ex- uma circulação média de 7574 “Toyota way”. planou aos alunos os valores que a marca exemplares. Vida Económica Diário Económico Semanário Jornal de Negócios Para definir a A posição ocupada pela “Vida Económico “Toyota way” Paula Arriscado não quis comunicar aquando do lança- Económica” deve-se à qualidade precisou de falar em mais do que mento da segunda geração do mo- e rigor da informação, que pro- Fonte: APCT; Circulação total Jan/Junho 2006 três ou quatro pontos. A directora delo Yaris e “mostrou” o novo mo- cura responder às necessidades de comunicação e marketing enfa- delo Auris, apresentado no Salão de Paris em Setembro deste ano. das empresas. Através das várias informação em suporte digital, o leque de produtos mais alargado tizou obviamente a aprendizagem SUSANA MARVÃO publicações periódicas, livros e grupo “Vida Económica” tem o dirigido ao mercado profissional. contínua (kaizen) e relevou o elo- [email protected]
PUB FDO entra na última fase de vendas de parque industrial em Gaia
O grupo FDO está a concluir o processo de comercialização de um parque industrial em Vila Nova de Gaia. Localizado em Serzedo, o Núcleo Empresarial Serzedo (NES) destina-se a em-
presas de qualquer área de negó- cio (comércio, serviços, industria e armazéns), e está, segundo a empresa, “junto aos principais eixos rodoviários (IC1, A1, A3, A4, IP5 e futuro VL11), estação ferroviária das Devesas, porto de Leixões e aeroporto Francisco Sá Carneiro. Composto por 20 ar- mazéns – com áreas entre os 370 e os 1166 metros quadrados – e sete lojas – com áreas entre os 170 e 477 metros quadrados –, o NES tem já uma taxa de ocupação pró- xima dos 55%, pretendendo atin- gir o final deste ano com 100 por cento de ocupação.
UERN cria Observatório do QREN A União das Associações Empre- sariais da Região Norte (UERN) vai constituir um Observatório do Quadro de Referência Estra- tégico Nacional (QREN). Este Observatório irá moni- torizar a execução do QREN e dos seus planos operacionais, de forma a que o Governo encontre mais uma vez na UERN uma ins- tituição interventiva, cooperante e com larga capacidade de actua- ção, já que esta União de Associa- ções entende que não pode haver desenvolvimento regional susten- tado sem que as estruturas regio- nais, nomeadamente as de cariz empresarial, tomem parte. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 EM FOCO 35
José Ramalho Fontes, director-geral da AESE, explica Caso Portugal É necessário alterar a cultura antiempresa Um dos traços espontâneos de muitos portugueses é a cultura antiempresa – considera Ramalho Fontes. O director-geral da AESE afirma que é possível contrariar o actual clima de pessimismo e desorientação, procurando mudar o comportamento dos portugueses. A AESE está a aplicar o método do Caso ao nosso país, olhando de uma forma diferente para os factores que afectam a competitividade das empresas existentes e inibem a criação de mais empresas. O trabalho desenvolvido pela AESE não pretende identificar os culpados pela actual situação. Ramalho Fontes considera preferível arregaçar as mangas e actuar. O Caso Portugal sugere uma mudança de atitude quanto à falta de pontualidade e um maior empenho nos prazos de pagamento e, no plano individual, os portugueses devem orientar “Estamos no limite absoluto da carga fiscal sobre as empresas e sobre as famí- as suas opções com base numa saudável economia familiar. lias”, diz José Ramalho Fontes.
Vida Económica – Como surgiu o Caso Portugal? Diagnóstico acertado de Michael Porter uma “knowledge and learning network”, ou seja, uma rede de Ramalho Fontes – Queríamos comemorar os nossos primei- conhecimento e aprendizagem que fomos solidificando nestes ros 25 anos e verificámos que existia um ambiente de pessimis- VE – Concorda com o diagnóstico de Michael Porter cinco lustros. mo e uma certa desorientação no país. Pensamos que a solução quando este afirma que era necessária uma mudança ideal, e assim surgiu e se impôs, seria tratar do assunto tal como de atitudes? Mudar a cultura antiempresa nós desenvolvemos os nossos programas, ou seja, através do mé- RF – Certamente, aliás, é uma situação que ele próprio cons- todo do Caso. Decidimos que iríamos escrever um Caso sobre tatou. Ele fez em 1995 um extenso estudo e, em 2004, quando VE - Em Portugal existe uma cultura anti-empresa: Portugal e que o iríamos discutir como nos nossos programas, voltou cá, usou os mesmos acetatos de 1995 apenas com uma li- o mérito da iniciativa privada é encarado com reservas com as adequadas adaptações.. geira adaptação em alguns casos para pior. e fez alguns comentá- quer pelo Estado quer pela opinião pública? Pedimos ao IESE, que nos acompanha desde há 25 anos, que rios mais negativos e de desapontamento. O que ele identificou e RF – Sentimos que esse é um dos traços espontâneos de mui- escrevesse o Caso. os diagnósticos que traçou não foram tidos em conta e, de algum tos portugueses e que é necessário mudá-lo porque as empresas Depois de escrito, o Caso foi revisto por uma equipa composta modo, a situação deteriorou-se.. fazem parte da solução do nosso Caso Portugal. Mais uma vez, por António Borges, Luís Cabral, Teodora Cardoso, Mira Ama- voltamos à mesma questão, o que é importante em Portugal é ral, Ferreira de Oliveira e Henrique Neto. Depois, três professo- VE – O Caso Portugal não se pretende substituir a ou- mudar o “mind-set”.. res da AESE, entre os quais eu próprio, deram um toque final tras iniciativas como o Fórum para a Competitividade? para o adaptar às circunstâncias. RF – O Fórum para a Competitividade é uma consequên- VE –Tem algumas sugestões em termos do que deveria cia imediata do estudo Porter, e poderia ter sido melhor gerido, ser feito para relançar o espírito empresarial? VE – Face ao trabalho que está a ser feito, acha que no início. Actualmente, dedica-se a assuntos mais concretos e RF – De acordo com aquilo que temos vindo a fazer, e de o país corre o risco de continuar a atrasar-se face aos imediatos e está a ter uma maior eficácia no seu contexto, está uma forma parcial, demos prioridade a três aspectos: primeiro competidores europeus? a reencontrar-se num novo contexto do movimento associativo era sermos mais pontuais, aproveitarmos melhor o tempo das RF – Esta é uma questão interessante, à qual podemos res- português. reuniões. Segundo, gerirmos as nossas famílias com base numa ponder de uma forma algo fora do normal. Nós descobrimos, na saudável economia familiar usando ferramentas de gestão tão discussão do caso, que o que era realmente importante e acessível VE – A AESE vê com bons olhos a iniciativa do Com- simples como o orçamento familiar que conduz a um consumo era mudar o quadro mental dos nossos dirigentes. promisso Portugal? responsável, uma poupança prudente e, pode mudar o mind-set Verificamos que, de alguma forma, a resolução do Caso tinha RF - Claro, todas as iniciativas da sociedade civil são boas das gerações seguintes, promovendo o seu espírito empreende- de passar por questões transversais que constituíssem uma nova para alertar as pessoas. Mas para alertar as pessoas para a acção dor. Em terceiro lugar, sermos mais competentes, o que no nosso maneira de olhar para a nossa competitividade e que pudessem concreta. Nós reparámos também, no nosso Caso Portugal que ponto de vista significa gerirmos melhor, seja uma associação, ser postas em prática por cada um dos presentes, na Assembleia, das 500 pessoas que estiveram na nossa Assembleia, ou seja, tan- uma pequena empresa, um departamento de uma grande em- mesmo em situações não ideais. Por exemplo, em Portugal as tas como as do Compromisso Portugal, uma parte significativa presa, uma grande empresa, ou mesmo os nossos alunos. pessoas não são pontuais e isto afecta directamente a produtivi- afirmou que as conclusões eram fantásticas e que queriam mudar Gerir melhor é aproveitar melhor os recursos escassos de modo dade das organizações, para além de gerar um clima de desordem mas continuam a proceder da mesma forma. No Compromisso a atingir objectivos ambiciosos, tudo isto passa pela mudança do e falta de rigor. Por isso concluímos que era importante todos Portugal os promotores seguramente tiveram a mesma experi- “mind-set”. Como sabe, a formação em gestão em Portugal é melhorarem a pontualidade, melhorarem o aproveitamento de ência nestes dois anos mas estão a tentar reanimar as coisas. São muito recente, particularmente em comparação com a Espanha tempo nas reuniões, cumprir aquilo a que se comprometem em pessoas muito responsáveis que andam a fazer teoria e doutrina o que nos fragiliza no plano da competição ibérica. termos de observância de prazos de pagamentos. Isto está ao al- e esperamos que desta vez tenham maior impacto no quotidiano cance de cada um, no seu nível, e é o que de facto contribuirá das empresas. VE – Acha possível haver um aumento do número de para mudar o “mind-set”. Por outro lado, permitirá considerar projectos empresariais mesmo com a pressão fiscal que que podemos crescer de forma significativa porque estamos a en- VE – Qual é o papel da AESE em termos de desenvolvi- existe e com as normas que condicionam o nosso mer- trar noutro paradigma, que é o de se ser competente, a primeira mentos das competências dos quadros das nossas em- cado de trabalho? responsabilidade social de cada cidadão. presas? RF – Esses são aspectos importantíssimos que, em geral, estão RF – O papel da AESE, aquele que nos propusemos desen- já equacionados. Primeiro, estamos no limite absoluto da carga VE – O problema principal resulta dos erros das políti- volver há 25 anos, é qualificar os gestores para levarem a suas fiscal sobre as empresas e sobre as famílias, mas reconhecemos cas públicas ou das fragilidades da iniciativa privada? organizações a tomar um comportamento socialmente mais res- que é necessário alargar a base de empresas tributadas. Não se RF – Não vou discutir essa questão porque estaria a contra- ponsável, que começa por eles serem mais competentes, e con- pode elevar mais o que cada empresa paga, mas é necessário que dizer-me. Não me interessa quem é o culpado num contexto de duz as empresas a serem mais competitivas, num contexto de todas paguem, e aí tem havido uma melhoria de gestão por parte acção. Evidentemente que a história se encarregará de mostrar de concorrência mais forte, respeitando o ambiente e em interacção da Direcção-Geral dos Impostos através do seu Director Geral onde veio o erro e quem são os culpados e claro que temos uma com os parceiros sociais. que, por acaso, foi nosso aluno e que colaborou connosco nesta opinião sobre isso. No entanto, esta não é altura de apontar o Com esta acção, quisemos potenciar o nosso papel de dina- área. Este é claramente um exemplo: uma melhor gestão torna o dedo aos culpados. É altura de arregaçar as mangas e actuar. mizador da relação entre as empresas e os parceiros sociais como país mais competitivo.
MÉTODO DE FORMAÇÃO ORIENTADO PARA O ENRIQUECIMENTO PESSOAL
O método de ensino da AESE é, basicamen- pará-las com as dos outros, julgando com ri- mo e permitiram desenhar, para a sede, sa- te, um processo activo de formação que se gor e decidindo com prudência. las de aula especialmente adaptadas. apoia num instrumento pedagógico: o Méto- Para além dos casos, têm lugar diversas con- Com a escolha desta metodologia, o IESE do do Caso. Um caso é a descrição de uma ferências-colóquio. Para o estudo dos parti- promove o trabalho em equipa, já que, situação real, semelhante àquela(s) que um cipantes é distribuída oportunamente do- actualmente, os dirigentes trabalham cada dirigente encontra na sua vida profissional, cumentação complementar. vez mais em grupos heterogéneos – com que vai servir de base a um processo for- O Método do Caso é um processo que decor- qualificações académicas diversas, trajectó- mativo desenvolvido em três etapas: estudo re por via da descoberta, garantindo um en- rias profissionais distintas e características individual; discussão em grupo reduzido; e riquecimento pessoal do dirigente, que lhe pessoais singulares – e se envolvem num sessão em plenário. será muito útil no desenvolvimento da sua processo social de interacção, ao longo do Ao longo da formação, os participantes vão vida profissional. qual surgem dificuldades e barreiras cultu- aprendendo novos conceitos de gestão nas As duas décadas de utilização deste instru- rais e sociais de comunicação interpessoal, diversas disciplinas e também aprendendo a mento pedagógico pelos docentes da AESE que necessitam ser superadas em benefício aprender, isto é, a formar opiniões e a com- conferem-lhes um especial domínio do mes- da organização. 36 sexta-feira, 27 Outubro de 2006
EDP PT Banif +37,69% +14,04 quer chegar a 2008 desde o início desde o início Mercados do ano do ano com 300 agências
BES, BPI, Millennium bcp e Santander Totta apresentam resultados trimestrais INDICES
PSI20
10 600 Crédito às empresas aumenta 10 550 10 500
10 450
10 400 6,6 mil milhões de euros 19-10 20-10 23-10 24-10 25-10 PSI 20 (Fecho) (25.10) 10564.68 Os quatro maiores bancos priva- 7,3%, para um total de 29,323 mi Var. Semana 1,00% dos a operar em Portugal aumenta- BES FOI O QUE MAIS CRESCEU NESTE SEGMENTO milhões de euros. Var. 2006 21,49% Dow Jones (Fecho) (25.10) 12094.34 ram o crédito às empresas em 6,6 (valores em milhões de euros) Var. Semana 0,85% mil milhões de euros, no último Bancos lutam pela redução Var. 2006 12,85% ano. “Este crescimento decorre da 40000 do “cost-to-income” Nasdaq (Fecho) (25.10) 1721.52 Var. Semana 1,22% retoma da actividade económica, 30740 31791 Var. 2006 4,64% impulsionada pelo bom desempe- 30000 No Santander Totta, o produto nho e pela diversificação geográfica 23841 bancário registou um crescimento Ibex (Fecho) (25.10) 13636.3 das exportações, mercê da crescente 20560 de 10% de Setembro de 2005 para Var. Semana 1,78% 20000 Var. 2006 26,65% aposta do grupo BES à internacio- Setembro de 2006, em resultado da Dax (Fecho) (25.10) 6264.92 11274.5 11346 11921 performance positiva da margem nalização das empresas portugue- 9535.2 Var. Semana 1,33% sas”, explica o BES. 10000 financeira e da margem Comercial, Var. 2006 15,84% De facto, o banco liderado por e apesar da quebra ligeira registada CAC40 (Fecho) (25.10) 5422.28 Var. Semana 1,14% Ricardo Salgado foi o que mais 0 nos resultados de operações finan- ceiras. Por outro lado, o banco man- Var. 2006 14,47% cresceu no crédito às empresas com BES BPI Millennium bcp Santander uma evolução de 3,281 mil mi- teve uma adequada evolução da sua lhões de euros. Numa entrevista re- Fonte: Bancos estrutura de custos. Assim, a evolu- CÂMBIAL ção positiva do produto bancário, cente à “Vida Económica”, Luís de EURODÓLAR Carvalho da Direcção de empresas em conjunto com a estabilidade do BES, referiu que “os objectivos ao nível dos custos, reflectiu-se nos passam por um crescimento acima indicadores de eficiência, tendo-se 1.2650 dos 10% pois pretendemos conti- registado uma descida de 3,7 p.p. 1.2600 nuar a ser lideres do crescimento no rácio de eficiência que evoluiu de 1.2550 no segmento das empresas”. 42,9% em Setembro de 2006 para 1.2500 O BPI e o Millennium bcp se- 39,2% em Setembro de 2006. 19-10 20-10 23-10 24-10 25-10 guiram-se com um crescimento de No BES, por sua vez, o produto bancário cresceu 12,9%, impulsio- Eurodólar (Fecho) (25.10) 1.258 1,739 mil milhões de euros e 1,051 Var. Semana 0,29% mil milhões de euros, respectiva- nado pela área internacional cujo Var. 2006 6,64% crescimento foi de 26%. Os custos mente. O Santander Totta foi, dos Euro Libra (Fecho) (25.10) 0.6702 quatro bancos, o que menos cres- operativos, numa base comparável, Var. Semana 0,02% ceu neste segmento. Entre Setem- aumentaram 1,7%, conduzin- Var. 2006 -2,20% bro de 2005 e Setembro de 2006 do a novos ganhos de eficiência. Euro Iene (Fecho) (25.10) 149.93 este banco financiou as empresas O “cost-to income” baixou para Var. Semana 0,74% Var. 2006 7,94% em 575 milhões de euros. dos de 218,1 milhões de euros, ou milhões de euros de recursos cap- 53,3% contra os 56,0% do exercí- seja, mais 38% que em Setembro tados. No entanto, no último ano, cio anterior. Resultados sempre a crescer de 2005. o maior banco privado português Já no Millennium bcp, os cus- MONETÁRIO tos de transformação da actividade apenas cresceu 3% neste mercado. EURIBOR 6M BES, BPI, Millennium bcp e BPI cresce mais em recursos em Portugal, em base recorrente, Santander Totta apresentaram re- BES cresce mais em crédito diminuíram 6%, o que permitiu melhorar o rácio de eficiência no 3.70 sultados líquidos que somam 3,359 Nos recursos captados, a menor concedido terceiro trimestre para 54,7%. No mil milhões de euros. O Millen- quota do BPI não o impediu de 3.68 trimestre homólogo de 2005, este nium bcp contribui com um resul- registar o maior crescimento. Em No total do crédito concedido, o 3.66 valor era de 66,3%. tado de 557 milhões de euros, mais termos homólogos, o banco de BES foi o banco que mais cresceu: 3.64 22% que em igual período do ano Fernando Ulrich registou um cres- 13,5% para um total de 38,974 mil No BPI, e por último, o pro- 19-10 20-10 23-10 24-10 25-10 anterior. O Santander Totta ocu- cimento de 11,5%, para um total milhões de euros. O BPI seguiu-se duto bancário consolidado cres- pa o segundo lugar do pódio com de 24,960 mil milhões de euros. com uma evolução de 12,9% para ceu 10,4% em relação ao período Euribor 6m (Fecho) (25.10) 3.6890 homólogo de 2005. Os custos de Var. Abs. Semana 0,0430% um crescimento de 316,6 milhões Santander Totta e BES seguem-se um total de 22,323 mil milhões Var. Abs. 2006 1,0520% estrutura consolidados no período de euros, mais 23,7% que em Se- com crescimentos semelhantes: de euros. O Millennium bcp e o Euribor 3m (Fecho) (25.10) 3.5380 de Janeiro a Setembro de 2006 au- tembro de 2005, logo seguido do 9,7%. O Santander Totta atingiu Santander Totta registaram cresci- Var. Abs. Semana 0,0270% BES com 304,7 milhões de eu- um total de recursos captados de mentos inferiores a 10%. O maior mentaram 11,7%, relativamente Var. Abs. 2006 1,0500% Euribor 1Y (Fecho) (25.10) 3.8550 ros. O Banco de Ricardo Salgado 27,304 mil milhões de euros, en- banco privado português cresceu ao período homólogo de 2005. As- sim, o rácio custos de estrutura em Var. Abs. Semana 0,0540% cresceu, em termos homólogos, quanto o BES aumentou a sua pre- 9% para um total de crédito con- Var. Abs. 2006 1,0110% 46,5%, pelo que foi o que mais sença para 44,818 mil milhões de cedido de 55,941 mil milhões de percentagem do produto bancário cresceu em termos relativos. O BPI euros. A liderança deste segmento euros, enquanto o Santander Tot- situou-se em 58,6%. Bárbara Andrade MERCADORIAS registou uma evolução nos resulta- é do Millennium bcp, com 56,047 ta se ficou por uma evolução de [email protected] PETRÓLEO
PUB 59.00
58.00
57.00
56.00
55.00 19-10 20-10 23-10 24-10 25-10
Petróleo (Brent) (25.10) 58.08 Var. Semana -0,12% Var.2006 -1,06% 4% SUPERDEPÓSITO Ouro (Fecho) (25.10) 582.80 MÁXIMA REMUNERAÇÃO A PRAZO (NOVOS CLIENTES) Var. Semana -1,12% Var. 2006 12,68%
TAE DA EURIBOR A 3 MESES PARA O MONTANTE REMANESCENTE E RENOVAÇÕES. PODE SER ALTERADA EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE MERCADO. Prata (Fecho) (25.10) 11.74 Var. Semana -2,65% Var. 2006 19,67% sexta-feira, 27 Outubro de 2006 MERCADOS 37 Acções da Galp iniciam negociação em alta
s acções da Galp acções da Galp a 5,81 eu- Galp Energia no PSI-20, ta em Portugal e que vai Energia entraram ros ao público em geral e já a partir do próximo de encontro à confiança Aem bolsa com o pé investidores institucionais, dia 30 de Outubro, apli- que o mercado está a de- direito. Face ao preço fi- e a 5,52 aos pequenos subs- cando a regra de Inclusão positar nos títulos agora xado pelo Estado na OPV, critores, que beneficiaram Extraordinária de Novas admitidos. as acções já valorizaram de um desconto de 5%. Emissões, atendendo à ca- O lançamento de futu- 7,7% tendo chegado aos Este preço acabou por pitalização e liquidez pre- ros sobre acções da Galp 6,26 euros. ficar muito perto do li- visível das acções da Galp Energia desde o primeiro A subida das acções está mite máximo do interva- Energia, e por considerar dia de negociação, per- a ser acompanhada pelo lo definido pelo Governo que a sua omissão seja mite aos investidores do- elevado volume de negó- antes da OPV, que variava susceptível de afectar ne- mésticos e internacionais cios. As acções da Galp entre os 5,06 e os 6,12 gativamente a qualidade a oportunidade de tirar surpreenderam na estreia euros. A forte procura por do índice enquanto indi- todas as vantagens desta com um ganho de 3,79% parte dos investidores ins- cador de mercado. importante oferta públi- e continuam a valorizar. titucionais para a venda Recorde-se que a Euro- ca inicial, pois possibili- Vários analistas acreditam directa é que permitiu ao next.liffe Lisbon lançou tará aos investidores uma que esta tendência de su- Governo fixar o preço da contratos de futuros sobre boa gestão da sua carteira bida se manterá na próxi- OPV perto do limite má- as acções da Galp Energia de investimento, tiran- ma semana devido à ele- ximo. no primeiro dia de nego- do, desde o início, todas vada procura verificada. A Comissão de Índices ciação, 24 de Outubro, o as vantagens em acções e O Governo vendeu as determinou a entrada da que é uma situação inédi- respectivos futuros.
NET.INVESTIDOR
WWW.FINANTIA.COM O Banco Finantia, é hoje em dia, um banco com dimensão ibérica com uma presença em segmentos de mercado seleccionados, como é o caso do crédito ao consumo, a banca de investimentos e o “private banking”. As actividades do Banco Finantia estão centradas no corredor Península Ibérica/América Latina através dos escritórios em Lisboa, Barcelona, Londres, Madrid, Nova Iorque, Porto e São Paulo. Através do site é possível aceder e explorar os três grandes segmen-
tos de mercado apontados (sem necessidade, numa primeira instância, de se ter de dirigir a nenhuma das metrópoles apontadas). Os serviços são aprestados para base diversificada de clientes do banco que inclui particulares, empresas e instituições. A Sofinloc (uma das empresas pioneiras no leasing mobiliário em Portugal) e o Banco Finantia Sofinloc (Espanha) oferecem produtos de crédito ao consumo, com especial destaque para o financiamento automóvel e o leasing de equipamentos. Os concessio- nários de automóveis constituem o canal de distribuição preferencial para o grupo. Os produtos e serviços oferecidos pelo Banco Finantia incluem as contas residentes e não residentes em euros e divisas, instrumentos de mercado monetário, gestão discricionária de carteiras de acções, obrigações e de fundos de investimento, aconselhamento ao investi- mento directo em dívida pública, obrigações de taxa fixa e taxa variável e acções, fundos de investimento nacionais e internacionais, produtos estruturados, ser- viços de custódia de títulos, serviços de planeamento fiscal, sucessório e de protecção de património. O Finantia Private baseia-se no conceito de “Global Asset Allocation” que assenta no equilíbrio entre as variáveis de risco e rentabilidade, aliado à prestação de um serviço personalizado e confidencial. O Banco Finantia desempenha um papel activo nos segmentos primário e secundário do mercado de Eurobonds, com destaque para operações de emitentes portugueses e brasileiros. O Banco liderou emissões para uma varie- dade de nomes prestigiados, desde o Banco Mundial e o BEI, até à República do Brasil, aos Estados Unidos Mexicanos e à Goldman Sachs. Nos últimos anos, o Banco tem-se classificado entre os principais líderes de emissões internacionais para os principais bancos e empresas brasileiras. O Banco tem sido também um participante activo nos mercados turco e russo de Eurobonds, sendo o primeiro banco ibérico a liderar, em finais de 2004, uma emissão para uma entidade russa. 38 MERCADOS sexta-feira, 27 Outubro de 2006 “Eurolândia” continua a divergir da UE não aderente ao euro Apesar de a economia do Reino Unido ter refreado a sua recuperação uma redução. De acordo com o índice atingindo 4,8% no terceiro trimestre. económica, mimetizando o que sucede nos Estados Unidos, a eco- Halifax, os preços da habitação caíram Posteriormente, a inflação voltou gradu- 0,4%, em termos mensais em cadeia, almente a abrandar na maior parte dos nomia dinamarquesa e sueca empurram o bloco não-euro para uma em Setembro, resultando num aumen- países, reflectindo também um efeito de performance superior à media da “Eurolândia”. A Leste, junto dos no- to homólogo de 5,1%. O número de base descendente sobre as taxas de infla- vos aderentes, a inflação não dá mostras de abrandar. Mais ainda a empréstimos aprovados para compra de ção homólogas, à medida que diminuía Leste, a economia russa cresce a taxas de 7%. habitação aumentou consideravelmente o impacto inflacionista da adesão à UE; em Agosto passado. no terceiro trimestre de 2006, a inflação Na maior parte dos países da UE não ceiro trimestre de 2005. O crescimento situava-se, em média, em 3,2%, em ter- pertencentes à área do euro, o crescimen- económico também continuou muito Rússia cresce 7% ao ano mos homólogos. to do produto aumentou ou manteve-se dinâmico nos Estados bálticos. A infla- Contudo, a evolução da inflação ao forte na primeira metade de 2006. Ao ção medida pelo IHPC foi relativamente Passando à análise dos países europeus longo dos últimos três anos variou con- mesmo tempo, a inflação medida pelo elevada nesses países, sendo também im- não pertencentes à UE, a actividade eco- sideravelmente de país para país. Alguns IHPC registou uma moderação, com as pulsionada pelo dinamismo da procura nómica da Suíça regis- pressões sobre os preços dos produtos interna e pelos aumentos dos preços dos tou um fortalecimento energéticos a abrandarem. Em Setem- produtos energéticos. no primeiro semestre de bro, a evolução do IHPC foi influencia- 2006. Embora até ao pre- da por variações nos preços administra- Reino Unido mais moderado sente as exportações te- dos em alguns países. nham continuado a dar o Na Dinamarca e na Suécia, os indica- No Reino Unido, o crescimento eco- principal contributo para dores de curto prazo para o terceiro tri- nómico registou uma recuperação mo- o crescimento, a procura mestre de 2006 sugerem que a activida- derada no terceiro trimestre de 2006. interna parece melhorar de económica continuou favorável, após De acordo com a primeira divulgação gradualmente. Dados o fortalecimento do crescimento do PIB de dados, o PIB real aumentou 0,6% recentes de inquéritos em ambos os países no terceiro trimes- em termos trimestrais em cadeia, im- sugerem que a actividade tre. Nestes dois países, a recuperação pulsionado principalmente pelo consu- económica registou um da actividade económica parece ter sido mo privado. O investimento desceu e o novo fortalecimento. A inflação homó- países com taxas de inflação relativamen- impulsionada por facto- crescimento das impor- loga situava-se em 1,3% em Setembro. te elevadas em 2003, nomeadamente, res internos e externos. tações abrandou. Dado Na Rússia, o crescimento do PIB au- Chipre, Hungria, Eslovénia e Eslová- Em Setembro e em com- A inflação o crescimento susten- mentou para 7%, em termos homólogos, quia, tinham reduzido significativamen- paração com o mês an- tado das exportações, no terceiro trimestre de 2006. Enquanto te as suas taxas de inflação no final de terior, a inflação medida diminuiu o contributo das ex- os elevados preços do petróleo continu- 2005. Outros países, como a República pelo IHPC registou uma consideravelmente portações líquidas para am a suportar a actividade económica, Checa e Polónia, que tinham partido de ligeira moderação quer na o PIB foi positivo. As a expansão robusta é progressivamente níveis de inflação mais baixos em 2003, Dinamarca, quer na Sué- nos novos condições no mercado impulsionada pela procura interna. A registaram uma subida dessas taxas em cia (para 2% e 1,1%, res- de trabalho registaram produção industrial aumentou 4,4%, 2004, seguida por um retorno a níveis pectivamente). A intensa Estados-Membros recentemente um ligei- em termos homólogos, em Setembro. mais moderados ao longo de 2005. Nos concorrência no sector de da UE ro enfraquecimento, A inflação homóloga medida pelo IPC, Estados bálticos, a inflação aumentou retalho, a evolução mode- com o desemprego a su- embora recentemente tenha vindo a re- consideravelmente em 2004, na maior rada dos salários e o forte bir e os salários médios gistar uma tendência de descida gradual, parte destes países a partir de um nível crescimento da produti- (excluindo prémios) a mantém-se elevada (10,7%, em termos relativamente baixo ou, no caso da Li- vidade contribuíram para a contenção registarem uma moderação. homólogos, em Setembro). tuânia, de um nível até negativo, e con- dos aumentos inflacionistas. Numa análise prospectiva, o dina- tinuou a aumentar no conjunto de 2005. Nos Estados-Membros que aderiram mismo da recuperação pode desacelerar Inflação a Leste Em geral, a evolução da inflação nos à UE em 2004, o panorama económico ligeiramente na última parte de 2006, novos Estados-Membros tende a ser bas- manteve-se, em geral, muito positivo, embora – em termos gerais – o cresci- Antes da adesão à UE, a inflação dimi- tante volátil, devido, nomeadamente, à tendo sido dado um contributo signi- mento do PIB em 2006 deva ser mais nuiu consideravelmente nos novos Esta- elevada percentagem dos preços dos pro- ficativo para o crescimento tanto pela forte do que em 2005. Em Setembro de dos-Membros da UE. Em 2003, a média dutos alimentares no cabaz de consumo procura interna, como pelas exportações 2006, a inflação homóloga medida pelo ponderada da sua inflação medida pelo do IHPC, a um elevado rácio de depen- líquidas. A actividade económica mos- IHPC situava-se em 1,9%, mantendo-se índice harmonizado de preços no consu- dência do petróleo e a alterações bastante trou-se dinâmica em algumas economias inalterada em relação a Julho. Embora midor (IHPC) atingiu um valor mínimo frequentes nos impostos indirectos e nos da Europa Central, em especial, na Es- os preços dos transportes tenham subido de 1,9%, face a 2,1% na área do euro. preços administrados. lováquia, onde a taxa de crescimento ho- significativamente, quase todas as ou- Contudo, no contexto da adesão à UE, móloga do PIB real foi de 7,5% no ter- tras componentes do IHPC registaram as pressões inflacionistas subiram rapi- damente no primeiro semestre de 2004, MARTIM PORTO
CARTÕES DE CRÉDITO COM TAXAS ENTRE 13,8% E 22,2% AO ANO
TANB TAE As taxas praticadas nos cartões de cré- taxa anual nominal bruta de 13,80%, dito são muito superiores às praticadas que, mesmo assim, é dos mais competi- BPI 22,20% 25,70% num crédito ao consumo nos mesmo tivos do mercado. Em oposição surgem BBVA 21,90% 25,31% bancos. Em caso de pagamento inferior os cartões do BPI e do BBVA, com ta- MG 20,88% 22,20% a 100%, os utilizadores destes cartões xas anuais nominais brutas de 22,2% e têm este custo que é elevado. 21,9%, respectivamente. CGD 20,75% 21,58% A este nível, o Santander Totta é o Estes cartões têm uma anuidade que, Banif 20,597% 20,901% mais competitivo, com o cartão Tot- na maioria dos casos, ascende a 15 eu- Santander Totta 13,80% 15,33% ta Light. Este banco tem ainda na sua ros, excepto no primeiro ano, em que é oferta o cartão Totta Card, com uma gratuita. Fonte: Bancos
PUB Mercado Cambial Taxas de Juro Commodities
R. Rainha Dª Estefânia, 246 – 11º -Sala 39 – 4150-303 PORTO R. Dr. Antº Loureiro Borges, 9 – 5ºB – 1495-131 ALGÉS Tel. 22 609 5888 - Fax: 22 609 5933/36 Tel. 21 324 1204 - Fax: 21 324 1209 [email protected] www.imf.pt [email protected] sexta-feira, 27 Outubro de 2006 MERCADOS 39
Marques dos Santos, presidente do Banif, em entrevista à “Vida Económica” “Crédito ao consumo é um negócio rentável para os bancos”
O Banif quer aumentar a sua quota no crédito ao consumo. “Como este é um mercado em que temos margem para crescer e é um produto muito rentável, é uma aposta do banco”, explicou Marques dos Santos, presidente da comissão executiva do Banif (Banco Internacional do Funchal). A banca de empresas também é uma prioridade. Neste momento, são vários os bancos a querer ganhar quota neste segmento. “E, de “Queremos chegar a 2008 com 300 agências (Banif e BCA)”, refere facto, há bancos a lutar pelo preço,pelo que os outros têm que acompanhar”, refere o Marques dos Santos. presidente. Neste segmento, o Banif está a crescer entre 10% e 12% ao ano.
Vida Económica – O Banif está a expandir a sua rede temos uma imagem boa no mercado e aparecemos como preços. O que determina o “spread” é o risco da empresa, de agências. O que explica esta tendência? uma alternativa que os clientes preferem. Mas quer a OPA daí que as más empresas paguem taxas mais elevadas. Por Marques dos Santos – O banco aposta no crescimento se realize, ou não, durante este período, já ganhámos. Mas outro lado, as boas empresas para além de terem acesso a orgânico da actividade. E agora que o grupo se encontra claro que, se a OPA se realizar, a oportunidade mantém-se “spreads” mais baixos têm outro poder de negociação por- com uma posição mais consolidada é a altura para fazer e com mais força. que têm a procura de todos os bancos. um novo arranque. Queremos chegar a 2008 com 300 Mas convém realçar que a rendibilidade de uma empresa agências (Banif e BCA). Com este intuito, este ano já abri- VE – Em que segmentos apostam mais? para o banco não se vê só no “spread”. E essa análise global mos 19 agências; vamos abrir mais nove até ao final do MS – Neste momento, os particulares são uma priori- sempre foi feita pelo Banif. ano; e para o ano vamos abrir mais 37. Nestes dois anos, dade por razões de rendibilidade e porque temos uma im- Neste momento, são vários os bancos a querer ganhar prevemos um total de 65 aberturas preferencialmente em plantação muito reduzida no crédito pessoal. Como este quota no mercado das empresas. E, de facto, há bancos a Portugal Continental porque achamos que a região autó- é um mercado em que temos margem para crescer e um lutar pelo preço, pelo que os outros têm que acompanhar. noma da Madeira e dos Açores já estão suficientemente produto muito rentável, é uma aposta do Banif. cobertas. Nas empresas, continuamos a crescer regularmente e VE – O Banif está a melhorar o rácio “cost-to-in- dentro daquilo que está previsto. Neste segmento, estamos come”. O que explica que bancos de menor dimen- VE – Essas aberturas de agências vão ocorrer prefe- a crescer entre 10% e 12%, valor que está dentro da média são consigam ser tão ou mais eficientes que bancos rencialmente em que zonas? do crescimento do banco. maiores? MS – Temos uma cobertura reduzida na zona da grande MS – Todos os bancos estão a lutar pela redução do Lisboa e do grande Porto, pelo que vamos dar preferência VE – Concorda que os bancos incentivam mais o cost-to-income. Em termos gerais, podemos dizer que, a estas zonas. Mas, naturalmente, que queremos crescer crédito ao consumo e não tanto o crédito ao investi- em média, este rácio nos bancos em Portugal é superior em todo o Portugal, inclusive em zonas em que estávamos mento? aos bancos em Espanha. Mas os bancos portugueses con- mal implantados como é o caso de Viana do Castelo, em MS – Não é o crédito que incentiva o consumo e tam- seguem ser mais eficientes que os bancos em Inglaterra, que, no último ano, já abrimos quatro agências e onde bém não é a falta de crédito que desincentiva o investi- Alemanha ou França. provavelmente vamos abrir mais. O litoral tem sempre mento. Os bancos são empresas que têm que apresentar Essa análise pode ser aprofundada, porque são vários os preferência, mas também queremos estar no Alentejo, e resultados e, como tal, apostam nas operações e nas opor- factores que o explicam. E a principal é a contenção de o Algarve é muito importante para nós. tunidades de negócio que têm mais in- custos. Esta tem sido uma preocupação de todos os ban- No sul contamos já com 13 balcões e teresse. E ao apostar num determinado cos. Alguns optaram por reduzir balcões, o que lhes per- queremos abrir mais. tipo de crédito não temos o intuito de mitiu, de facto, uma redução significativa de custos. No “Todos os bancos incentivar o consumo. Só o fazemos Banif, temos feito um grande esforço na redução de custos VE – Qual o investimento associado porque sentimos que é uma oportuni- e, por outro lado, no crescimento. E como o “cost-to-in- à abertura de balcões? de dimensão mais dade de negócio, pois há procura. Caso come” é uma relação entre os custos e o produto bancário, MS – Em média, um balcão custa 500 reduzida vêm a OPA contrário, não o faríamos. O que se re- isto quer dizer que o nosso produto bancário tem crescido mil euros. alça deste crédito é que o utilizador não mais do que proporcionalmente em relação aos custos. E do Millennium bcp se importa de pagar mais para obter o é essa estratégia que vamos manter e, nesta fase de gran- VE – Qual o objectivo inerente a es- que necessita, o que é um bom negó- de expansão, é nossa obrigação não deixar degradar esta tas aberturas? ao BPI como uma cio. relação. MS – Com o crescimento orgânico, oportunidade”. Quanto ao investimento: se apare- queremos ganhar quota de mercado. cerem projectos de investimento com VE – Quais os grandes objectivos para o ano de Claro que esta é uma meta difícil porque boas condições de mercado, de rendi- 2007? o universo de população bancarizável bilidade e de viabilidade intrínseca, não MS – Queremos fechar o ano de 2007 a liderar o mer- não é inesgotável. Hoje, para um banco ganhar clientes, há nenhum banco que não a apoie. O Banif está ligado cado da Madeira e dos Açores, queremos ser o banco de outro está a perdê-los porque todos queremos o mesmo: a várias operações de investimento, mas infelizmente não referência pela qualidade do serviço percebida pelo cliente novos clientes. A diferenciação está na qualidade do servi- aparecem muitas. Mas o nosso banco de investimento é a e queremos melhorar o rating do banco. ço e na rapidez da resposta porque, em termos de produ- unidade mais vocacionada para este tipo de crédito. Te- BÁRBARA ANDRADE tos, a oferta é muito semelhante entre os vários bancos. mos apoiado vários projectos e através da capital de risco [email protected] Mas outro aspecto em que apostamos bastante é a rela- temos entrado como participante nalgumas empresas. Por ção da personalização do atendimento. Esta é uma aposta isso estamos a fazer o nosso papel, é preciso é que surjam ganha pelo Banif, pois, atendendo à nossa dimensão, con- iniciativas. seguimos fazer a chamada banca da relação. De tal modo que, para levar ao extremo esta banca da relação, segmen- VE – Como comenta os “spread” 0% no crédito à támos os nossos clientes. Os clientes em geral são trata- habitação? dos nas agências; as empresas que facturam acima de um MS – O Banif não pratica esta taxa e não vejo razões milhão de empresas são tratadas nos centros de empresas; para o fazer. Isto porque vi, recentemente, um trabalho e os clientes com maior património são acompanhados no comparativo dos créditos habitação e nós estávamos mais Banif privado. Esta segmentação permite optimizar a rela- bem posicionados sque qualquer um dos bancos que fazem ção do banco com o cliente. “spread” 0%. A taxa mínima que praticamos é 0,3% e só ocorre em situações muito excepcionais. Ao Banif interessa VE – Então, a OPA do Millennium bcp sobre o BPI é mais ser percepcionado pelo cliente como um banco sério, uma oportunidade para o crescimento do banco? correcto, de confiança e transparente nos processos. MS – É uma oportunidade. Acho que todos os bancos de dimensão mais reduzida vêem essa OPA como uma opor- VE – E nas empresas, a actuação do Banif passa tunidade. Desde logo, porque os clientes que são comuns pela “guerra” do preço? aos bancos em causa vão procurar uma segunda alterna- MS – Não podemos estar fora do mercado. Mas em to- tiva. Claro que o Banif, sendo mais pequeno e estando dos os sectores há empresas boas e empresas más. Fala-se há menos tempo no mercado, é uma das alternativas. Por que o sector do calçado está mal, mas há excelentes empre- outro lado, isto é agradável para nós porque sentimos que sas neste sector. E as excelentes empresas têm sempre bons 40 MERCADOS sexta-feiras, 27 Outubro de 2006 A nossa análise Millennium bcp lança site que dá condições especiais aos jovens BÁRBARA ANDRADE O Millennium bcp lançou um site para os jovens, entre os 18 e os 25 anos, que permite o acesso a produtos [email protected] com condições mais vantajosas. O www.jovenscomasas.com disponibiliza, para já, crédito pessoal, crédito automóvel e financiamento para a compra de um computador. Serão as condições oferecidas por este site as mais vantajosas? A “Vida Económica” analisa o produto e responde-lhe. Também aqui as taxas são competitivas… Tem a vantagem de ter período Com esta oferta, os jovens usu - de carência… fruem de um desconto no preço O Millennium bcp disponibiliza aos de venda do carro, para os con - jovens uma linha de crédito até 30 cessionários aderentes, e pagam mil euros para “gastar no que qui- apenas 100 euros por mês durante ser”. Nos primeiros 12 meses há o primeiro ano. A TAEG associa - a possibilidade de não pagar nada da a este crédito é de 5,867%, e ainda por cima beneficia-se de para o valor máximo financiado de uma taxa de 0%. A partir do pri- 12.990 euros, um prazo, também meiro ano, a taxa é fixa de 8,5% máximo, de 72 meses e um valor (TANB). residual de 10%. O prazo varia entre 24 e 84 me- As despesas iniciais do leasing são ses; a comissão do dossier é de de 75 euros mais IVA. Associado 100 euros, não financiável; e, em a esta campanha, que decorre até caso de amortização antecipada a 29 de Dezembro, está um descon- penalização é de 2% sobre o capi- to de 50% na cobertura obrigatória tal amortizado. de Responsabilidade Civil, durante o primeiro ano de vigência do con- trato.
CONSELHO
CONSELHO Nesta campanha, o Millennium bcp apresenta uma taxa muito Este produto tem um período de competitiva, principalmente no carência de juros e capital de um segmento em questão. É que, na ano o que é muito positivo para maioria dos casos, são poucas as o segmento a que se destina. É ciar é de 1199 euros por um pra- garantias a dar ao banco, o que faz que para a maioria dos jovens é zo que varia entre os seis e os 48 elevar as taxas. Neste caso, com a complicado aceder a um crédito Esta é uma forma de adquirir meses. fiança dos pais todos os jovens entre pessoal e começar logo a pagar. um computador com um baixo os 18 e os 25 anos usufruem de taxas Atenção, no entanto, ao facto de custo mensal… competitivas. Também aqui houve a depois ir pagar esta carência. Por CONSELHO preocupação de diminuir o valor da outro lado, a taxa de juro praticada é Esta campanha permite adquirir prestação no primeiro ano. competitiva. um computador Toshiba por ape - Também aqui a taxa é competitiva. nas um euro por dia. Este valor Convém, no entanto, referir que são vários os bancos que apresentam corresponde a uma taxa de fixa de ofertas deste género, mas não tão 8% (TANB). O montante a finan - direccionadas aos jovens.
Especulação RICARDO ARROJA Pedro Arroja Gestão de Patrimónios S.A. Especulação institucionalizada www.pedroarroja.com
os últimos anos, a actividade dos rentabilidade não muito diferente da ren- fia de investimento do gestor, pois apenas suas aplicações. Ao mesmo tempo, o suces- “hedge funds” (em Portugal, são tabilidade do índice, no “hedge fund” a esse conhecimento lhe permitirá manter a so destes gestores criou-lhes um problema Ndefinidos como fundos especiais rentabilidade final do PSI-20 será prova- confiança quando o inevitável ciclo de in- de arrogância intelectual – poucos são os de Investimento) cresceu de forma signi- velmente irrelevante no comportamento sucesso surgir. Esse é um dos desafios dos gestores que perdem tempo a explicar aos ficativa. Antigamente, o investimento em final do fundo, mesmo que este invista em “hedge funds” de hoje – fazer com que os seus investidores o que fazem e os riscos “hedge funds” - um veículo especulativo acções portuguesas. seus investidores compreendam os seus a que os expõem. Na verdade, muitos são que tanto aplica dinheiro na alta como Pessoalmente, prefiro investir no veículo métodos. Não se trata de explicar “como os que descaracterizam a natureza dos seus na baixa dos mercados e que ambiciona associado à filosofia de retorno absoluto, se faz” – isso é propriedade intelectual do investimentos para ludibriar os clientes e ganhar dinheiro independentemente do típica dos “hedge funds”, do que na filo- gestor. Trata-se apenas de explicar “o que se crescerem em volume de activos sob ges- comportamento dos índices – estava res- sofia de retorno relativo característica do faz”, o que permitirá aos investidores ava- tão. São estes problemas de percepção que tringido aos investidores mais sofisticados fundo de investimento normal que segue liar os riscos e as recompensas. conduzem ao descrédito dos “hedge fun- e de maiores posses. Recentemente, os a reboque de um índice. No primeiro, es- A transparência na comunicação entre ds”, sobretudo quando um daqueles “sem “hedge funds” têm evoluído na direcção tou nas mãos de um gestor profissional que gestor e investidor permite também ante- risco” estoura. oposta – hoje, directa ou indirectamente, será recompensado ou penalizado em fun- cipar e interpretar períodos de sucesso e Por fim, o maior desafio do “hedge fund”: qualquer investidor pode ter acesso a esta ção da sua capacidade de ganhar dinheiro. insucesso. Por exemplo, existem gestores assumir-se como uma alternativa de gestão filosofia de gestão. Trata-se da especulação No segundo, estou em piloto automático cujos métodos dependem da existência credível do ponto de vista comercial. Ges- institucionalizada. A questão que se coloca à mercê das oscilações aleatórias do mer- de volatilidade nos mercados. Se não há tores como Soros, Robertson, Steinhart e é saber se todos os investidores estão pre- cado. Em média, a rentabilidade anual do volatilidade, não é de esperar grande coisa tantos outros construíram a sua reputação parados para este tipo de investimento. A mercado accionista (tomando por base o destes gestores. Outros gestores só abrem através de anos de performance espectacu- minha resposta é: não. índice norte-americano S&P500) é positi- posições após correcções dos mercados. Se lar – algo que não é possível sem grande Quem investe numa filosofia de “hedge va – cerca de 7,5% ao ano. Mas também os mercados fizerem novos máximos todos risco. E claro, inevitavelmente, também fund”, também chamada de retorno ab- é verdade que, durante largos períodos de os dias, também não será de esperar que tiveram anos muito maus que lhes custa- soluto, está a investir na competência do tempo – às vezes vários anos – os mercados estes gestores alcancem grande performan- ram muitos clientes. O gestor que ganha gestor. A rentabilidade do fundo será em accionistas podem permanecer estagnados. ce. Há também aqueles que necessitam de 40% é genial. Aquele que perde 20% é um boa medida determinada pela capacidade E, ocasionalmente, acontece um “crash”, tendências para implementar os seus mé- incompetente. Mas para se ganhar 40%, do gestor (o chamado efeito “alpha”). Por uma crise financeira ou um atentado ter- todos. Se não existirem tendências, não é preciso estar-se disposto a perder 20%. outro lado, a proporção de rentabilidade rorista que, no espaço de poucos dias, leva esperem que estes gestores ganhem di- Moral da história, a realidade mostra que associada à escolha dos mercados em que os ganhos acumulados ao longo de vários nheiro. alguns dos gestores mais geniais, aqueles o fundo investe (o chamado efeito “beta”) meses ou anos. O panorama actual na indústria de “hed- que não se deixam corromper por questões será de menor importância no sucesso ou Muitos investidores optam, por isso, ge funds” é que o seu sucesso trouxe para de natureza comercial, acabam a gerir a sua insucesso final. Enquanto, no fundo de pelo investimento no “hedge fund”, que junto de si todo o tipo de investidores. Os própria fortuna e a de alguns investidores investimento indexado ao PSI-20, se espe- mais não é do que investir no gestor. Mas que compreendem o veículo e os que vêm que sempre acreditaram na sua valia – nos ra que o gestor termine o ano com uma quem o faz deverá compreender a filoso- à procura de uma solução mágica para as bons e nos maus momentos. sexta-feira, 27 Outubro de 2006 MERCADOS 41
Mercado Monetário Interbancário Mercado preparado para mais subidas do BCE s taxas Euribor continu- europeia irão voltar a subir para subiram em Agosto 3,7% face que a estimativa de um recuo de gações. Na Europa, as taxas de am no seu lento ajuste às 3,75% ao longo do primeiro tri- ao mês anterior, quando o mer- 1,4%. longo prazo acompanharam o A expectativas de mercado mestre de 2007. Os comentários cado esperava um aumento de Nos EUA cada vez menos ana- movimento, sendo que o prazo de uma subi- dos responsáveis do Banco Cen- apenas 0,8%. Já no que respei- listas acreditam que um corte de dos 5 anos já voltou para cima da na taxa de tral têm suportado esta ideia, sen- ta às Contas Correntes, a Zona taxas possa estar na calha para o dos 4,0%. A baixa da notação referência por do que ainda na semana passada Euro aumentou o seu défice de primeiro semestre de 2007 e su- de rating da dívida pública ita- parte do BCE um dos membros do Conselho 4,8 mil milhões para 6,9 mil mi- bidas nas taxas de juro estão de liana por parte da Fitch e do em Dezem- afirmou que continua a existir lhões de euros, contrariamente momento postas de lado. Esta S&P acabaram por ter pouco bro. Olhan- pressão sobre a estabilidade de à expectativa de uma ligeira di- alteração de convicções quanto impacto, com o mercado a ter do para as ta- preços, numa clara alusão à ne- minuição desse défice. A Zona às taxas nos EUA teve impac- assimilado por antecipação tal FILIPE GARCIA xas forward, cessidade de manter uma postura Euro registou uma saída líquida to imediato nas obrigações dos possibilidade, exigindo mais fi[email protected] verificamos activa no diz respeito a taxas de de capitais de 18,3 mil milhões EUA, com os rendimentos a su- 0,28% de rendimento nas obri- que o merca- juro. face aos 6,7 mil milhões de euros birem de forma considerável. A gações italianas a 10 anos que às do está já a colocar as taxas de 6 Quanto a indicadores econó- registados em Julho. Também alta dos índices accionistas para alemãs com o mesmo prazo. meses em 4,0% a partir de Abril micos, estes não têm saído todos menos positivos foram os dados novos máximos do ano, e no de 2007. Este factor demonstra o no mesmo sentido. No início da do consumo privado em França caso do Dow Jones para máxi- incremento da confiança do mer- semana foram reveladas as enco- que caíram 2,7% em Setembro mos históricos, também contri- (Análise de mercados cado que a autoridade monetária mendas à indústria europeia, que face a Agosto, ou seja, pior ainda buíram para a queda das obri- produzida a 25-Out-06)
YIELD CURVE EURO E DÓLAR EURIBOR - 3 M, 6 M E 1 ANO YIELD 10 anos euro “benchmark”
3.825 5.50 4.1 USD 3.700 1Y 4 5.00 3.9 3.575 6M 3.8 4.50 3.450 3.7 3M 3.325 3.6 4.00 3.5 3.200 EUR 3.4 3.50 3.075 3.3
2.950 3.2 3.00 24-Mar 23-Apr 23-May 22-Jun 22-Jul 21-Aug 20-Sep 20-Oct 1 W 1 M 2 M 3 M 6 M 9 M 1 Y 1 Y 2 Y 5 Y 10 Y 30 Y 25-Jul 24-Aug 23-Sep 23-Oct
Taxas MIMI CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS EURO FRA’S EURO IRS Forward Rate Agreements Interest Swaps vs Euribor 6M Evolução euribor (em basis points) T/N 3.32 Euro Refinancing Rate 3,25% Tipo* Bid Ask Prazo Bid Ask 25.Out.06 17.Out.06 26.Set.06 1 W 3.32 BCE Euro Marginal Lending 4,25% 1X4 3.640 3.660 2Y 3.959 3.969 2 W 3.32 Euro Deposit Facility 2,25% 1M 3.369% 3.350% - 0.018 3.222% 0.147 1 M 3.33 3X6 3.779 3.799 3Y 3.960 3.990 3M 3.537% 3.500% - 0.037 3.371% - 0.167 1X7 3.748 3.763 5Y 3.989 4.019 2 M 3.39 EUA FED Funds 5,25% 1Y 3.856% 3.795% - 0.061 3.673% - 0.184 3X9 3.856 3.876 8Y 4.060 4.080 3 M 3.50 R.Unido GB Prime Rate 4,75% LEILÕES BCE Last Tender 6 M 3.65 6X12 3.960 3.970 10Y 4.114 4.124 Suíça Target Libor 3M 1,00-2,00% Minium Bid 3.00% 9 M 3.71 12x24 3.940 3.960 20Y 4.251 4.269 Japão Repo BoJ 0,10% TMP 3.04% 1 Y 3.82 *1x4 - Período termina a 4 meses, com início a 1M 30Y 4.252 4.262 Marginal Rate 3.02% Mercado Cambial
FIXING Variação Variação Variação Eur/Usd em correcção técnica 25.Outubro.06 Semanal (%) no mês (%) desde 1 Jan. (%)
EUR/USD - O principal ob- tudo, do ponto de vista de curto Objectivos em alta para o curto EUR/USD 1.258 0.29% -0.63% 6.64% jectivo para o movimento de re- prazo, o Eur-Usd tenta estabele- prazo na casa dos 1,2720 dólares. EUR/JPY 149.93 0.74% 0.40% 7.94% cuperação técnica do Euro foi tes- cer um mínimo relativo mais alto Suporte imediato nos 1,2460 dó- EUR/GBP 0.6702 0.02% -1.11% -2.20% tado no final da semana passada (higher low), padrão que indica lares. EUR/CHF 1.5916 0.12% 0.22% 2.35% na casa dos 1,2630, valor que foi a necessidade de um movimen- EUR/NOK 8.3380 -1.57% 1.25% 4.42% inclusivamente rejeitado. Con- to correctivo mais significativo. EUR/JPY - O Eur-Jpy man- EUR/SEK 9.2125 -0.55% -0.72% -1.87% EUR/DKK 7.4551 -0.01% -0.03% -0.07% tém o movimento de consolida- EUR/PLN 3.8855 -0.35% -2.16% 0.66% EUR/USD ção, estando balizado para o mé- Daily EUR= EUR/AUD 1.6561 -0.34% -2.54% 2.81% Price dio prazo pelas barreiras dos 148 EUR/NZD 1.9038 0.72% -2.00% 10.24% 1.295 em baixa e 150,20 em alta. EUR/CAD 1.4191 -0.66% 0.39% 3.40% 1.29 O gráfico diário mostra um EUR/ZAR 9.6349 1.42% -1.96% 29.08% 1.285 padrão de triângulo simétrico, EUR/BRL 2.711 1.62% -0.77% -1.20% 1.28 movimento técnico que tenden- 1.275 cialmente é resolvido após cinco EUR/GBP - O Eur-Gbp man- ças nas últimas análises, apontan- 1.27 testes aos seus extremos. Até ao 1.265 tém o cenário negativo para o do câmbios na casa dos 0.6620 momento o Eur-Jpy apenas efec- 1.26 curto prazo, apesar de mostrar para o médio prazo. 1.255 tuou quatro destes testes, pelo um possível padrão de duplo fun- No curto prazo, a zona dos 1.25 que é improvável a quebra em alta do. No nosso entender, as pro- 0,6710/20 continuam a repre- 1.245 dos 150,20 de forma sustentada. babilidades deste ser válido são sentar o ponto de equilíbrio do 1.24 Aguardamos uma maior defini- diminutas, pelo que mantemos o Eur-Gbp. A barreira imediata do Daily EUR=
.1234 Price 01 08 15 22 29 05 12 19 26 03 10 17 24 31 07 14 21 28 04 11 18 25 02 09 16 23 ção técnica do gráfico do cross. cenário técnico que vimos a tra- “cross” encontra-se nos 0,6750. Mai 06 Jun 06 Jul 06 Ago 06 Set 06 Out 06 1.25
1.24 1.23 GIL ARAÚJO 1.22 ANÁLISE TÉCNICA - PSI-20 - XETRA DAX [email protected] 1.21
1.2 1.19 PSI-20 – O índice nacional XETRA DAX – A barreira 1.18 PSI-20 Daily XETRA DAX XETRA DAX 1.17 dos 6200 pontos acabou por Pr cie Daily PSI-20 prossegue com o movimento EUR
Pr cie .1234 EUR ceder, permitindo ao índice 12 19 26 03 10 17 24 31 07 14 21 28 05 12 19 26 02 09 16 23 10,600 de alta, transaccionando mar- 6,300 Setembro 2005 Outubro 2005 Novembro 2005 Dezembro 2005 Janeiro 2006 ginalmente abaixo do nosso alemão renovar máximos do 6,200 10 350 pts 10,400 objectivo de médio prazo nos ano, já acima dos 6250 pon- 6165 pts 10 600 pontos. tos. 6,100 10,200 Novamente alertamos para Do ponto de vista técni- 6,000 o estado de saturação dos in- co, e com excepção do estado 10,000 5,900 dicadores técnicos, sendo este de saturação dos indicadores 5,800 9,800 o único factor que coloca a técnico, nada deverá impe- tendência de alta em risco. dir o índice de testar o limite 5,700 9,600 Esta poderá ser considerada superior do canal ascendente 5,600 invalidada, caso o Psi-20 que- nos 6325 pontos. Em baixa, 5,500 9,400 bre o limite inferior do canal principal suporte permanece 5,400 ascendente, agora nos 10 400 nos anteriores máximos do 9,200 5,300
.12 pontos. ano nos 6125 pontos. 19 24 01 08 15 22 29 05 12 19 26 03 10 17 24 31 07 14 21 28 04 11 18 25 02 09 16 23 30 . 12 20 27 03 10 19 24 01 08 15 22 29 05 12 19 26 03 10 17 24 31 07 14 21 28 04 11 18 25 02 09 16 23 30 Mai 06 Jun 06 Jul 06 Ago 06 Set 06 Out 06 Abr 06 Mai 06 Jun 06 Jul 06 Ago 06 Set 06 Out 06 42 MERCADOS sexta-feira, 27 Outubro de 2006
CONSULTÓRIO FINANCEIRO ASML – “guidance” conservador Novabase uma “tech-stock” confere sobrevivente oportunidade de entrada
Criada em 1989 e funcionando inicialmente como de engenharia. A Novabase entrou em Bolsa em Sediada na Holanda, a ASML é a maior fabricante mundial de equipamento uti- uma empresa de software, a Novabase é a empresa 2000, a um preço de 8,5 euros por acção, quan- lizado na produção de semicondutores, líder de tecnologia de informação em Portugal, com do o mar era favorável a todas as “tech-stocks”. dedicando-se ao design, desenvolvimento duas áreas-chave de negócio actualmente: consul- Sobreviveu ao esvaziar da “bolha especulativa” e comercialização de sistemas de litografia toria em tecnologia da informação (TI) e soluções e está cada vez mais perto do preço do IPO. utilizados no processo produtivo de chips. Tendo por clientes 90% dos maiores players tecnológicos à escala global, a em- O fecho de exercício de 2005 re- presa é fornecedora de maquinaria nos vela uma empresa líder e em cresci- “PRICE-TARGET” DA ACÇÃO (OITO EUROS) APROXIMA-SE DO PREÇO mercados de memórias DRAM, de micro- mento? DO IPO (8,5 EUROS). processadores e de aplicações específicas. Dando nota do bom momentum vivido no Sem dúvida. Os resultados líqui- 7 dos referentes ao exercício de 2005 sector de equipamento de semicondutores, da Novabase, atingiram 5,1 milhões 6.8 os lucros do 3º semestre de 2006 da ASML de euros, o que representa um cres- 6.6 mais que triplicaram, para os 172 milhões cimento de 17,7% face aos 4,3 mi- 6.4 de euros, acima dos 160,5 milhões de euros lhões de euros registados no ano de antecipados pelos analistas, com as vendas a 6.2 2004. O volume de negócios da em- avançarem 80% face ao ano passado para os presa foi de 226,4 milhões de euros 6 958,4 milhões de euros. Bons números que em 2005, um aumento de 32% face 5.8 aos 171,6 milhões registados um ano 5.6 antes. O EBITDA, no mesmo período, Os lucros do 3º semestre ascendeu a 17,3 milhões de euros, 5.4 de 2006 da ASML mais que montante que representa uma subi- 5.2 da de 1,2% em relação aos 17,1 mi- 5 triplicaram, para os 172 lhões de 2004. 2/5/2006 25/10/2006 milhões de euros. O que é que sustenta este resulta- da Novabase Brasil e da área de Forma- engenharia devem beneficiar da nova foram acompanhados por uma correcção no dos da Novabase? mercado na sequência de projecções conser- Em 2005, a Novabase desenvolveu ção, num total de menos 4,1 milhões aposta tecnológica do Governo portu- a sua actividade em duas divisões de de euros. guês, que irá focar-se no rápido “up- vadoras por parte da equipa de gestão. negócio, a Novabase Consulting e a grade” tecnológico da administração Ainda assim, muito embora o “guidan- Novabase Engineering Solutions. Na Como se perspectiva o actual exercí- pública e dos sistemas de serviços. ce” para as entregas de sistemas de litografia divisão da Novabase Consulting, cuja cio? No que diz respeito à consultoria em conferido pela ASML para o 4º trimestre facturação cresceu 22% face a 2004, A empresa prevê um desacelerar do TI, o UBS observa um forte potencial se tenha situado abaixo das expectativas do o ano de 2005 foi determinante na crescimento anual que tem registado de crescimento no mercado nacional consenso de mercado (69 vs 76e), a equipa experiência internacional obtida em exercício após exercício. Assim a Nova- no curto prazo, devido aos níveis es- de gestão referiu que o risco de revisão é no vários projectos em mercados inter- base prevê ultrapassar os 250 milhões truturalmente mais baixos da pene- upside, deixando antever que a procura tem nacionais, como a Espanha, Bélgica, de euros de volume de negócios em tração das tecnologias da informação permanecido relativamente sólida. África do Sul, Egipto e Arábia Saudi- 2006, o que, a confirmar-se, representa (O sector das TI representa cerca de Isto, muito embora a tendência do in- ta. Na divisão da Novabase Enginee- um decréscimo para um terço da evo- 1,5% do PIB, ao passo que a norma vestimento em maquinaria não seja clara, ring Solutions, o volume de negócios lução anual registada nos últimos dois é de 2,5%-3% na maioria dos países atendendo às intenções recentemente ma- exercícios. da UE). global foi de 163,7 milhões de euros, nifestadas por parte de alguns dos princi- mais 36,4% que em 2004. Na base deste abrandamento está, A unidade de soluções de engenha- por exemplo, o estádio da televisão em ria observou um crescimento forte nos pais fabricantes mundiais de chips. A Sam- O volume de negócios da área de IT sung alargando a sua capacidade instalada, Infrastructures cresceu 36,4% face a Portugal, onde se acredita que a digita- últimos quatro anos. Esta área de ne- lização está a chegar ao fim, pelo que gócio começou por ser construída em e a Intel, revendo em baixa os seus planos 2004. A área de negócio de Digital TV anuais de investimento. da Novabase registou um aumento de é previsível que uma parte do negócio torno das “set-top boxes” (correspon- seja compensada pela área internacio- dentes a 50% das vendas desta divi- O título transacciona com múltiplos 42,9% das vendas no ano passado é atractivos (P/E 2006E de 15,5x e P/E hoje uma das principais a nível euro- nal. Note-se que a actividade externa da são) que a Novabase fornece à PT Mul- Novabase rendeu-lhe 21,4% do volume timédia (contrato exclusivo com a TV 2007E de 16,1x), atendendo à mediana a peu. Os desafios e oportunidades de que negoceia o sector de equipamento de crescimento abundam nos domínios de negócios em 2005, mais 3,3 % do Cabo), se bem que as receitas fora da em que esta área de negócio opera, que em 2004, e mantendo-se a meta de esfera da PT Multimédia representem semicondutores (18,1x e 15,8x respectiva- especialmente na área da televisão de atingir 30% em 2008. agora metade daquela divisão e a em- mente). O “back log” de encomendas da alta definição e da disponibilização presa tenha procedido a algumas aqui- empresa situa-se presentemente nos 151 de conteúdos de TV em dispositivos As acções estão em alta? sições – como a participação de 85% sistemas de litografia, ou 2,13 mil milhões móveis/portáteis, salientou a empresa Em alta e sob os holofotes dos analis- na GE Capital IT Solutions Portugal em de euros, um nível recorde para a ASML. no comunicado, acrescentando que a tas. Recentemente, subiram quase 5%, 2001 e a «joint-venture» com a Tech- Depois de ter repetido a meio de Outu- Novabase tem investido significativa- numa sessão depois do banco de inves- notrend alemã em 2004. A Novabase bro os máximos anuais fixados em Feve- mente em I&D e dispõe de inovadoras timento UBS ter iniciado a cobertura também ganhou contratos para “set- reiro deste ano, a ASML foi alvo de uma soluções nesta área que lhe permitem das acções dos títulos com uma reco- top box” na Alemanha, Reino Unido e correcção significativa, transaccionando encarar com muito optimismo os pró- mendação de comprar e um preço-alvo França através da sua plataforma co- agora próxima de níveis de suporte 17,5-18 ximos anos. de oito euros. Para o banco de investi- mercial Technotrend, com empresas euros. Numa óptica de trading, recomen- Finalmente, nota para, em 2005, mento e tendo em conta um PER de 16 como a Première e a Swisscom, mas damos um nível de stop loss (limite de per- fruto da venda das operações no Bra- vezes os lucros estimados para 2006, a está igualmente a crescer rapidamente através de acordos de licenciamento. da máxima recomendado) de cerca de 5% sil, foi registado, como resultados de Novabase está a negociar em bolsa com face ao nível de entrada. Desta forma, uma operações descontinuadas, um pro- um desconto de 15% face ao sector. A Novabase é também a líder de mer- cado portuguesa em bilhética e solu- entrada nos 17,75 euros traduzir-se-ia num veito de 0,7 milhões de euros. Em Sustenta o banco suíço que tanto a nível de stop loss nos 16,85 euros. 2004 tinha sido registado nesta ru- unidade de consultoria em tecnologias ções de controlo de acesso. RICARDO DUARTE SILVA brica o efeito do fecho das operações da informação como a das soluções de Martim Porto Banco BiG
PUB sexta-feira, 27 Outubro de 2006 MERCADOS 43
Pictet com um fundo identificado com o “Dragão Chinês” e os “Tigres Asiáticos”
As perspectivas económicas para a Ásia, excluindo o Japão, mantêm- te, crescendo 29,7% em termos homólogos, ta data, o Pictet Institutional Fund – Asian -se favoráveis, impulsionadas pelo crescimento constante da procura em Outubro de 2005, enquanto as importa- Equities (PIF - Asian Equities) entregou todo ções aumentaram 23,4%. o seu activo ao fundo em troca das unidades interna e por uma nova recuperação no crescimento das exportações, No Japão, por sua vez, a economia conti- deste. O fundo retomou a mesma política, com especial enfoque para a economia chinesa. Para aproveitar ape- nua numa trajectória de recuperação gradual, dispondo do mesmo gestor e promotor que nas a fase boa da Lua (ou seja, sem o estagnado Japão), a Pictet Fun- enquanto se continua a registar uma ligeira o PIF - Asian Equities, liquidado na data da ds lançou o Pictet Funds – Asian Equities (Ex-Japan). deflação dos preços no consumidor. Contu- transferência. do, nos últimos meses, a actividade económi- O fundo pagará, para além da comissão ca parece ter registado uma moderação, em de gestão, os custos do banco depositário e Pictet Funds – Asian Equities (Ex- tes a cada investimento, nomeadamente, ris- comparação com as taxas de expansão muito da administração central, que não excedem Japan) é um fundo que investe pelo cos inerentes a um mercado específico como rápidas observadas no primeiro semestre de uma taxa anual global máxima de 0,35%. menos dois terços do seu activo é o asiático, variações das taxas de câmbio e O 2006. De acordo com a primeira estimativa O fundo suportará igualmente as comissões líquido em acções de emissores situados na de das taxas de juro. Neste sentido, o Pictet das contas nacionais, no primeiro trimestre e custos de corretagem, taxa de assinatura, Ásia (excluindo o Japão). Respeitando os li- Funds – Asian Equities (Ex-Japan) é um ve- deste ano, o PIB real aumentou 0,4% numa encargos jurídicos e de auditoria, bem como mites das restrições de investimento, o fundo ículo de investimento destinado aos investi- base trimestral, correspondendo a uma taxa quaisquer outros encargos estabelecidos por poderá igualmente investir em “warrants” dores que pretendam investir em acções de anualizada de crescimento de 1,7%. Este va- conta do fundo. sobre valores mobiliários e em obrigações sociedades asiáticas, excepto o Japão, que es- lor compara com taxas anualizadas de 6,3% O Pictet Funds – Asian Equities (Ex-Ja- convertíveis. Poderá também conter, a títu- tejam dispostos a assumir fortes variações de e 3,3% no primeiro e segundo trimestres do pan) está sujeito à legislação fiscal do Luxem- lo suplementar, liquidez e instrumentos do taxas de câmbio e com fraca aversão ao risco corrente ano, respectivamente. burgo. De acordo com a legislação em vigor mercado monetário, que deverão ser transac- e que tenham um horizonte de investimento A moderação do crescimento do PIB resul- no Luxemburgo, o fundo não está sujeito a cionados com regularidade e ter uma matu- a longo prazo (sete anos e mais). tou principalmente dos menores contributos qualquer imposto luxemburguês quer retido ridade residual não superior a 12 meses. O do consumo privado e do investimento não na fonte ou outro, sobre o rendimento ou as investidor não terá pagar nenhuma comissão China vs. Japão residencial, que constituem os principais mais-valias. O activo líquido do fundo está, de subscrição pelo fundo, se o investimento motores da recuperação económica em cur- não obstante, sujeito à imputação de um for efectuado num organismo de investimen- Na China, a economia continua a expan- so, que está a ser impulsionada pela procura imposto cobrado à taxa anual de 0,05%, no to colectivo do mesmo promotor do fundo, dir-se rapidamente, tendo o PIB registado um interna. final de cada trimestre e calculado com base e não será cobrada nenhuma comissão de crescimento homólogo de 9,4% no terceiro no activo líquido do fundo, no final de cada gestão ou de aconselhamento relativamente trimestre de 2005, após 9,5% no primeiro trimestre. No entanto, esta taxa será reduzida à porção do activo investido neste organismo semestre do ano. Este comportamento de- Um fundo com histórico para 0,01% para o activo aferente às unida- de investimento colectivo. veu-se aos contributos quer da forte procura des reservadas aos investidores institucionais. O fundo Pictet Funds – Asian Equities interna quer dos aumentos das exportações. O Pictet Funds – Asian Equities (Ex-Japan) (Ex-Japan) está sujeito a certos riscos ineren- Estas continuaram a expandir-se rapidamen- foi criado a 27 de Novembro de 2002. Nes- MARTIM PORTO
FUNDOS DE INVESTIMENTO 20 Outubro 2006 Descrição Valor Valorização Valorização Valorização Descrição Valor Valorização Valorização Valorização Descrição Valor Valorização Valorização Valorização UP 1 ano 3 anos 5 anos UP 1 ano 3 anos 5 anos UP 1 ano 3 anos 5 anos (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) FUNDOS DO MERCADO MONETÁRIO EURO FIM Caixagest Acções Oriente 4.6888 22.57 19.56 14.46 FUNDOS DIVERSOS FIM MG Monetário 62.7341 1.44 n.d n.d FIM BPI Reestruturações 6.8466 22.23 18.05 10.17 FIM Esp. Santo Invest 90 8.2605 8.56 7.93 -0.60 FIM Millennium Tesouraria 5.2606 1.41 n.d n.d FIM Finifundo Acções Internacionais 4.9446 16.97 11.36 3.77 FIM Postal Gestão Global 56.8213 2.96 1.96 0.95 FIM Barclays Curto Prazo 10.7585 1.29 n.d n.d FUNDOS MISTOS PREDOMINANTEMENTE OBRIGAÇÕES FIM Postal Rendimento 5.0123 1.06 1.13 1.48 FUNDOS DE TESOURARIA EURO FIM BPN Optimização 6.1868 6.07 3.89 2.55 FUNDOS POUPANÇA ACÇÕES FIM BPN Tesouraria 5.4423 2.08 n.d n.d FIM Esp. Santo Portf. Dinâmico 5.4228 4.94 4.49 1.26 FIM Santander PPA 41.0660 37.52 26.43 15.60 FIM Caixagest Moeda 6.9390 1.88 n.d n.d FIM Esp. Santo Invest 40 10.3335 4.24 4.71 1.75 FIM Banif PPA 8.4274 35.94 26.08 14.47 FIM Esp. Santo Monetário* 6.3297 1.76 n.d n.d FIM BBVA Misto 5.0359 4.23 2.39 1.45 FIM Esp. Santo PPA 17.4379 35.24 25.26 14.38 FIM Millennium Disponível 51.1047 1.68 n.d n.d FIM Multinvest 5.7995 3.51 3.43 1.64 FIM Raiz Poupança Acções 21.8183 34.96 25.52 15.08 FIM Banif Euro Tesouraria 6.7698 1.68 n.d n.d FIM Caixagest Estratégia Conservadora 5.6211 3.28 0.98 0.74 FP ESAF PPA 7.2665 34.66 24.42 16.48 FUNDOS DE OBRIGAÇÕES TAXA INDEXADA EURO FIM Esp. Santo Invest 15 10.5932 1.63 2.28 1.25 FIM Millennium PPA 28.8109 34.12 25.51 15.59 FIM BPN Renda Mensal 5.0078 2.52 2.50 n.d FUNDOS MISTOS PREDOMINANTEMENTE ACÇÕES FUNDOS POUPANÇA REFORMA / EDUCAÇÃO FIM BPN Conservador 6.0054 2.50 2.45 2.58 FIM BPN Valorização 6.7245 11.10 6.72 3.23 CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções FIM Multibond Premium 5.4727 2.30 2.13 n.d FIM Caixagest Estratégia Agressiva 4.7829 8.15 4.92 n.d FIM Poupança Premium FPR/E 5.5890 3.18 3.36 n.d FIM E.S. Capitalização Dinâmica 5.2402 1.96 n.d n.d FIM Raiz Global 4.9225 5.82 3.82 0.37 FIM Poupança Segura FPR/E 6.0814 2.81 3.01 3.50 FIM BPI Renda Trimestral 5.0070 1.96 1.86 2.24 FIM Finiglobal 6.9978 5.51 5.18 5.82 FIM BPI Taxa Variável PPR/E 5.7732 2.47 2.50 2.83 FIM MultiObrigações 5.8141 1.95 1.75 2.07 FUNDOS DE FUNDOS PREDOMINANTEMENTE OBRIGAÇÕES FP PPR/E Garantia de Futuro 6.2461 1.91 2.14 2.50 FUNDOS DE OBRIGAÇÕES TAXA INDEXADA INTERNACIONAIS FIM Millennium Prestige Conservador 7.6690 6.43 4.05 1.99 FP PPR/E Praemium S 14.6331 1.66 1.95 1.98 FIM Finirendimento 5.1334 1.31 1.47 2.48 FIM Raiz Conservador 5.4022 4.36 4.01 n.d FP Solidez PPR/E 5.2718 1.60 1.47 n.d FUNDOS DE OBRIGAÇÕES TAXA FIXA EURO FIM Multi Gestão Prudente 51.1602 4.30 3.65 1.63 CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções FIM Multi Taxa Fixa 9.9011 0.51 1.73 2.30 FIM Caixagest Estratégia Moderada II 6.1251 3.73 2.41 0.78 FP ESAF PPR/E Vintage 8.5473 6.74 4.96 4.19 FIM BBVA Taxa Fixa Euro 7.9772 -0.09 1.62 n.d FIM Caixagest Estratégia Moderada 6.5177 3.73 2.40 0.79 FP Patr. Ref. Garant. PPR/E (1) 6.1269 5.58 6.13 n.d FIM Barclays Premier Obrig. Euro 8.9768 -1.10 2.72 2.56 FIM Millennium Moderado 7.8482 2.81 2.51 1.34 FIM Poupança Investimento FPR/E 19.2785 4.06 4.39 3.02 FIM Esp. Santo Obrigações Europa 9.5470 -1.39 2.22 2.90 FUNDOS DE FUNDOS MISTOS CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções FIM MG Taxa Fixa 62.2190 -1.55 0.72 1.97 FIM Millennium Prestige 2025 5.1532 11.03 8.37 1.86 FP Patr. Ref. Equilib. PPR/E (1) 6.9871 7.82 8.51 n.d FIM Millennium Investimento Taxa Fixa 6.4479 -1.62 2.35 3.03 FIM Millennium Dinâmico 6.0362 8.83 6.48 n.d FP Patr. Ref. Prudente PPR/E (1) 1.4132 6.78 7.04 6.03 FUNDOS DE OBRIGAÇÕES TAXA FIXA INTERNACIONAIS FIM BBVA Multifundo Equilibrado 5.0094 8.39 6.29 0.69 FP PPR/E Platinium 6.2225 6.64 4.86 3.71 FIM Finibond Mercados Emerg. 11.3072 7.21 8.47 11.61 FIM Millennium Prestige 2015 5.2551 7.85 6.55 1.80 FP Banif Previdência Privada PPR/E 10.8406 5.10 4.63 5.11 FIM BPI Obrigações A.R.A.R. 7.3924 3.40 6.18 7.09 FIM Multi Gestão Equilibrada 49.3016 7.21 5.80 2.23 FP CVI PPR/E 9.7132 4.62 4.62 3.19 FIM Esp. Santo Obrig. Global 9.0341 -1.60 1.61 2.30 FIM Barclays Global Moderado 11.7668 7.04 6.85 3.51 FP PPR/E Europa 7.7232 4.46 5.23 2.99 FIM Millennium Prestige Moderado 7.7220 5.61 4.83 1.36 FUNDOS DE ACÇÕES NACIONAIS CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções FIM Santander Accões Portugal 31.5158 35.53 25.77 15.08 FUNDOS DE FUNDOS PREDOMINANTEMENTE ACÇÕES FIM BPI Refoma Acções PPR/E 5.7956 13.71 n.d n.d FIM Banif Acções Portugal 6.4277 33.61 25.22 14.56 FIM Barclays Global Acções 13.5774 18.22 n.d n.d FP Patr. Ref. Acções PPR/E (1) 6.2709 10.00 n.d n.d FIM Esp. Santo Portugal Accões 7.5995 33.57 23.67 12.96 FIM Multi Gestão Dinâmica 42.2261 14.13 10.36 2.25 FP PPR/E Praemium V 17.9274 5.68 5.92 3.55 FIM Millennium Prestige 2035 4.9635 14.00 10.32 2.02 FIM BPI Portugal 16.3942 31.56 22.36 13.13 FUNDOS DE PENSÕES ABERTOS (ADESÕES INDIVIDUAIS E COLECTIVAS) FIM Millennium Acções Portugal 17.5288 31.43 23.73 14.49 FIM BPI Universal 6.3678 12.44 5.77 2.00 FIM Barclays Premier Acc. Portugal 16.9978 30.51 24.51 13.09 FIM Esp. Santo Top Ranking 6.3512 10.38 8.16 2.94 CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções FIM Caixagest Accões Portugal 21.5602 27.58 21.54 12.78 FIM Millennium Prestige Valorização 8.1611 9.14 7.47 1.43 FP Aberto Protecção 2020 5.2232 3.68 n.d n.d FIM Postal Acções 12.1426 27.47 21.59 12.73 FIM Banif Estratégia Agressiva 3.2526 8.77 7.84 1.81 FP Aberto Protecção 2015 5.2101 3.42 n.d n.d FP Aberto Horizonte Segurança 8.1588 1.23 3.22 3.40 “FUNDOS DE ACÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA, SUÍÇA E NORUEGA” FUNDOS ABERTOS DE CAPITAL GARANTIDO FIM Finicapital 8.0298 29.58 24.58 n.d FIM Fundo Garantido IBEX BBVA 6.1110 12.79 n.d n.d CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções FIM BPI Europa Crescimento 13.9100 28.80 16.58 5.78 FIM Fundo Garantido IBEX BBVA II 5.8711 11.57 n.d n.d FP Aberto BPI Segurança 14.5610 4.33 5.37 4.91 FIM MG Acções 125.4188 27.23 18.82 7.75 FIM Fundo Gar. BBVA 100 IBEX Positivo 5.4081 9.67 n.d n.d FP Aberto Esp.Sto Multireforma 8.7864 4.15 4.66 4.36 FIM BPI Europa Valor 24.8670 25.40 17.49 6.51 FIM Fundo Gar. BBVA Ranking Plus 5.6888 8.53 n.d n.d FP Aberto Caixa Reforma Activa 11.7644 4.02 3.61 n.d FIM Millennium Eurocarteira 13.2662 24.07 15.36 3.84 FIM Fundo Gar. BBVA Extra 5 Acções 5.1089 1.31 n.d n.d FP Aberto Futuro Clássico 12.1472 1.62 2.35 3.04 FIM Caixagest Acções Europa 10.6557 23.99 13.91 2.09 FIM Fundo Garantido Extra 5 BBVA 5.0837 0.83 0.63 n.d CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções FUNDOS DE ACÇÕES DA AMÉRICA DO NORTE FUNDOS FLEXÍVEIS FP Aberto BPI Valorização 13.5378 7.78 7.83 5.72 FIM Acções Global 4.6996 13.89 n.d n.d FIM BPI Brasil 5.8273 16.72 18.76 8.74 FP Banif Previdência Empresas 6.3562 7.12 6.05 5.40 FIM Millennium Acções América 3.1130 10.56 5.30 -3.93 FIM Millennium Gestão Dinâmica 57.1367 10.93 n.d n.d FP Aberto Reforma Empresa 8.6134 6.78 5.72 3.29 FIM Santander Acções América 4.5246 9.25 n.d n.d FIM Espírito Santo Estratégia Activa 5.4023 4.00 n.d n.d FP Aberto VIVA 12.1900 5.89 4.68 3.63 FIM Caixagest Acções EUA 3.7365 8.26 7.16 -1.19 FIM BPI Global 7.4453 3.31 3.38 3.08 FP Aberto Turismo Pensões 6.2296 5.44 6.19 4.01 FIM BPI América 5.6296 7.86 4.77 -3.05 FUNDOS ÍNDICE FP Aberto Horizonte Valorização 10.2894 5.20 6.00 3.77 FIM Esp. Santo Acções América 8.6319 4.77 8.57 0.85 FIM BBVA PPA - F. Indice (PSI 20) 7.2919 34.59 21.31 10.84 CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções FUNDOS DE ACÇÕES SECTORIAIS FUNDOS ESPECIAIS DE INVESTIMENTO FP Aberto BPI Acções 11.1264 11.44 n.d n.d FIM Millennium Euro Financeiras 6.1923 36.28 19.76 5.24 FIM Banif Gestão Activa - F.E.I. 5.2776 6.15 n.d n.d FP Aberto SGF Empresas (1) 10.0062 7.90 8.30 6.00 FIM Euro Futuro Banca e Seguros 31.3289 35.11 19.98 6.29 FIM BBVA Gestão Flexível TT FEI 5.4386 5.32 n.d n.d FP Aberto Horizonte Valorização Mais 8.3163 7.57 7.42 4.27 FIM MG Euro Utilities 72.2064 34.14 n.d n.d FIM Sant. Carteira Alternativa - F.E.I. 5.5108 5.02 n.d n.d FUNDOS ABERTOS FIM Euro Futuro Ciclico 30.6363 24.22 19.45 6.91 FIM Banif Gestão Patrimonial - F.E.I. 5.5295 4.16 n.d n.d VIP 9.1509 5.08 5.09 5.56 FIM Millennium Global Utilities 6.6415 22.76 21.63 6.80 FIM BBVA Imobiliário - F.E.I. 5.4501 3.64 n.d n.d CA Patrimonio Crescente 10.5478 4.81 n.d n.d FIM Euro Futuro Acções Defensivo 28.8987 22.67 18.09 3.37 FIM Caixagest Estratégias Alternativas 5.2453 3.46 n.d n.d Imovest 9.4298 4.66 4.81 5.46 OUTROS FUNDOS DE ACÇÕES INTERNACIONAIS OUTROS FUNDOS Imofomento 5.5594 4.48 4.61 5.00 FIM Esp. Santo Mercados Emerg. 6.6267 27.55 23.97 18.66 FIM Esp. Santo Opção Dinamica 4.5506 5.88 6.16 1.14 Fundimo 7.9319 4.44 4.90 5.31 FIM Caixagest Acções Emergentes 7.8327 23.26 n.d n.d FIM Millennium Equilibrado 5.2711 4.27 4.12 1.11 AF Portólio Imobiliário 7.7178 4.09 4.71 5.47 FIMMillennium Mercados Emergentes 7.4892 22.72 17.41 13.15 FIM Esp. Santo Opção Moderada 5.0723 3.37 3.94 1.43 Banif Imopredial 6.4869 4.01 4.46 5.43 44 MERCADOS sexta-feira, 27 Outubro de 2006
VÍTOR NORINHA Loucura na Bolsa de Valores [email protected]
A EDP – Energias de Portugal fechou A Sonae, SGPS atingiu, a meio da timento que terão de ter acções no seu abertos naquele país do Centro da Eu- a meio da semana nos máximos dos últi- semana, os 1,49 euros, o melhor nível portefólio, já que a Galp integrou o PSI ropa. mos seis anos. A Euronext Lisbon vive um desde 2000, reflectindo as notícias en- 20 e irá integrar um índice internacional A Altri é outro título que tem gerado momento de euforia, com subidas muito corajadoras de que poderá ser alvo a sua especializado. “apetites”, situação que poderá estar ligada acentuadas, facto a que não será estranha participada Sonaecom a propósito da A Jerónimo Martins será outro título a a alguma especulação, nomeadamente do a vivacidade dada pela entrada no mercado OPA sobre a PT. A oferente terá aceite ter em atenção, depois da nota do BPI, envolvimento nos negócios da biomassa e das acções da Galp. a esmagadora maioria das imposições do onde se afirma que será negativo para a de ligação à eléctrica nacional. O mercado financeiro andou a “alimen- regulador Anacom, depois de já ter acei- empresa portuguesa a entrada da mar- Internacionalmente, voltou a ser preo- tar” alguma especulação sobre os títulos te as imposições da Autoridade da Con- ca de “hard discount” Aldi no mercado cupante a questão do petróleo, que subiu EDP, com rumores de que o empresário corrência, entidade que tem o controlo polaco. Esta entrada vai implicar maior a meio da semana, depois de o mercado Paulo Fernandes estaria a efectuar compras sobre esta situação. competição num mercado onde as mar- ter tido conhecimento de que as reservas importantes, mas estas informações não A nova estrela do mercado é a Galp, gens já estão muito esmagadas. A Aldi dos Estados Unidos caíram mais do que passaram de rumores. Na quarta-feira, o tí- que saiu na privatização ao nível mais tem mais de cinco mil lojas na Europa e o esperado. Esta tendência verificou-se tulo EDP subiu 2,29%, para um máximo alto do intervalo, situação de desagra- pratica preços baixos, trabalhando qua- quer nos segmentos dos destilados quer de 3,58 euros no fecho. Os bons resultados dou aos investidores, mas que permitiu se só com marcas próprias. A Jerónimo na gasolina. Na Europa, a preocupação do terceiro trimestre no Brasil também aju- ao estado fazer um encaixe de 1100 mi- Martins, através da Biedronka, domina volta-se para o Banco Central Europeu e daram, mas terá sido sobretudo a especula- lhões de euros, o valor que necessitava o mercado polaco, com 900 lojas, mas para as informações que dão como cer- ção e o bom momento de uma nova grande para cumprir as suas metas. Os analistas as duas ou três dezenas de unidades da ta a necessidade de subida dos juros em companhia na bolsa, que acabou por des- acreditam que as subidas destes dias re- Aldi poderão rapidamente aumentar. 2007, mesmo com uma nova progressão pertar o interesse de novos investidores. flectem o interesse dos fundos de inves- A JM pretende até 2009 ter 1200 lojas no final deste ano.
TÍTULOS EURONEXT LISBOA PAINEL BANCO POPULAR
Título Última Cotação Variação Semanal Máximo 52 Sem Mínimo 52 Sem EPS Est. 06 EPS Est. 07 PER Est. 06 PER Est. 07 Div. Yield Ind Div. Yield Est Data ALTRI SGPS 3.81 3.25% 3.95 1.25 0.23 0.31 16.35 12.49 0.66% 0.87% 24-10-2006 BANIF-SGPS 5.40 1.89% 5.98 2.14 0.30 0.36 17.76 15.13 1.57% 2.78% 24-10-2006 B.COM.PORTUGUES 2.55 1.19% 2.80 2.02 0.21 0.23 12.32 11.04 2.75% 3.41% 24-10-2006 B.ESPIRITO SANTO 12.35 -0.40% 12.50 10.21 0.93 0.95 13.22 12.97 2.97% 2.91% 24-10-2006 BANCO POP.ESPANOL 13.16 1.08% 13.45 10.16 0.85 0.98 15.43 13.42 3.12% 3.15% 24-10-2006 BANCO BPI 5.92 0.34% 6.05 3.50 0.36 0.41 16.35 14.55 2.03% 2.45% 24-10-2006 BRISA-PRIV. 8.73 0.58% 8.98 6.43 0.35 0.35 25.16 24.80 3.09% 3.36% 24-10-2006 “CIMPOR,SGPS” 5.50 -1.08% 5.81 4.46 0.43 0.47 12.94 11.75 3.45% 3.69% 24-10-2006 CIN 5.88 1.55% 6.06 4.70 0.41 0.43 14.34 13.67 2.64% 2.72% 23-10-2006 “COFINA,SGPS” 3.49 -1.69% 4.09 3.00 0.21 0.22 16.46 15.58 1.43% 1.72% 24-10-2006 CORTICEIRA AMORIM 1.95 0.00% 2.32 1.32 0.13 0.14 15.00 13.64 2.56% 2.31% 24-10-2006 EDP 3.50 2.04% 3.54 2.28 0.21 0.24 16.91 14.52 2.86% 3.11% 24-10-2006 MOTA ENGIL 4.90 4.93% 5.00 3.00 0.17 0.21 29.17 23.56 2.04% 2.10% 24-10-2006 “FINIBANCO,SGPS” 3.01 2.38% 3.15 1.85 ------1.99% -- 24-10-2006 “IBERSOL,SGPS” 9.58 0.74% 9.58 5.87 0.53 0.58 18.25 16.66 0.57% 0.63% 24-10-2006 “IMPRESA,SGPS” 4.38 0.00% 5.56 3.97 0.28 0.34 15.64 12.88 0.00% 0.00% 24-10-2006 “J.MARTINS,SGPS” 14.67 -0.61% 14.97 11.92 0.86 0.96 17.04 15.30 2.86% 2.78% 24-10-2006 MEDIA CAPITAL 8.50 1.92% 8.60 6.51 0.27 0.31 31.84 27.24 0.00% 0.58% 24-10-2006 “NOVABASE,SGPS” 5.76 -0.17% 7.29 5.49 0.26 0.33 22.59 17.25 0.00% 0.00% 24-10-2006 PARAREDE 0.25 -3.85% 0.32 0.21 ------0.00% -- 24-10-2006 P.TELECOM 9.70 -1.52% 10.44 7.33 0.54 0.60 17.96 16.14 4.90% 4.70% 24-10-2006 PORTUCEL 2.25 0.90% 2.40 1.60 0.12 0.11 19.23 20.46 2.33% 2.89% 24-10-2006 PT MULTIMEDIA 9.50 -0.52% 10.65 8.61 0.33 0.36 28.79 26.17 2.89% 2.87% 24-10-2006 “REDITUS,SGPS” 3.58 -0.83% 3.94 3.05 0.10 0.21 35.80 17.05 0.00% 0.00% 24-10-2006 SAG GEST 1.84 1.10% 2.32 1.53 0.15 0.18 12.69 10.22 7.28% 2.88% 24-10-2006 S.COSTA 0.69 0.00% 0.78 0.26 ------0.00% -- 24-10-2006 SEMAPA 7.98 -1.12% 9.42 5.62 0.73 0.75 10.96 10.67 5.26% 1.54% 24-10-2006 “SONAECOM,SGPS” 5.27 0.38% 5.44 3.35 0.03 0.05 155.00 101.35 0.00% 0.11% 24-10-2006 “SONAE,SGPS” 1.44 0.00% 1.46 0.95 0.08 0.08 18.00 17.56 1.74% 1.60% 24-10-2006 SONAE IND.SGPS 7.65 6.84% 8.24 5.40 0.26 0.37 29.42 20.51 0.00% 0.00% 24-10-2006
TÍTULOS MERCADOS EUROPEUS PAINEL BANCO POPULAR
Acção Cotação (*) Variação Semanal Máximo 52 Sem Mínimo 52 Sem EPS Est. 06 EPS Est. 07 PER Est. 06 PER Est. 07 Div. Yield Ind Div. Yield Est Data B.POPULAR 13.18 1.23% 13.52 9.91 0.85 0.98 15.45 13.44 3.11% 3.15% 24-10-2006 INDITEX 38.07 3.03% 38.30 23.56 1.56 1.82 24.40 20.91 1.37% 2.20% 24-10-2006 REPSOL YPF 25.73 0.12% 27.35 20.00 2.71 2.64 9.50 9.77 2.33% 2.63% 24-10-2006 TELEFONICA 14.42 3.00% 14.47 11.88 1.12 1.21 12.83 11.95 3.81% 4.16% 24-10-2006 FRANCE TELECOM 19.29 3.21% 23.24 15.50 1.80 1.80 10.69 10.75 5.18% 6.18% 24-10-2006 LVMH 81.95 1.61% 85.95 65.30 3.92 4.36 20.92 18.80 1.46% 1.71% 24-10-2006 BAYER AG O.N. 40.8 3.03% 41.04 27.70 2.29 2.72 17.79 15.01 2.33% 2.44% 24-10-2006 DEUTSCHE BANK AG NA O.N. 98.51 2.06% 100.20 74.58 9.70 10.13 10.15 9.72 2.54% 3.35% 24-10-2006 DT.TELEKOM AG NA 12.96 1.73% 15.13 10.64 0.91 0.93 14.23 13.97 5.56% 5.76% 24-10-2006 VOLKSWAGEN AG ST O.N. 74.78 6.87% 74.90 43.50 4.41 5.70 16.95 13.12 1.54% 1.67% 24-10-2006 ING GROEP 35.92 2.05% 36.19 23.38 3.27 3.40 11.00 10.58 3.42% 3.51% 24-10-2006 Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, com base em informação disponível ao público e considerada fidedigna,no entanto, a sua exactidão não é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qualquer proposta de compra ou venda em qualquer dos títulos mencionados. PUB sexta-feira, 27 Outubro de 2006 MARCAS, MARKETING E PUBLICIDADE 45
Responsabilidade social ACER APOSTA NO BELOW THE LINE Música a favor do IPO Nem sempre a publicidade é por uma maior proximidade e di- a melhor forma de comunicar vulgação dos seus produtos jun- um produto ou marca. A Acer to de líderes de opinião, como, é um bom exemplo. A empresa por exemplo, os jornalistas. Daí de Lisboa prefere apostar no seu canal de que a marca, que até agora tem distribuição, apoiando e promo- negligenciado este aspecto, ten- vendo acções junto dos seus par- cione comunicar as suas novi- A Creative Labs, Henrique Amaro ceiros. São estes que fornecem dades mais amiude e colocando os serviços de valor acrescenta- produtos ao dispor de testes e e a Cobra Discos uniram-se para do e que conhecem, melhor do comparações, até porque os por- que ninguém, o mercado e suas táteis e os monitores são apenas criar uma colectânea com 120 temas oportunidade. Mesmo porque a duas das suas categorias de pro- de música portuguesa. O preço é Acer não vende directamente dutos. Poucos sabem dos leito- nem ao utilizador final nem ao res de Mp3 ou dos televisores acessível porque o objectivo é ajudar segmento corporate. LCD, área onde a marca está a as crianças Outra aposta da Acer passa apostar forte.
s empresas estão cada vez mais atentas à sua envolvente. Embora as receitas conti- VINHOS PORTUGUESES Anuem a ser importantes, também o é ser RECEBEM TURISTAS responsável e ajudar a comunidade onde a orga- nização está inerida. Os vinhos Mateus Rosé e Por- marcas, líderes de mercado nos Pensando nisso, a Creative Labs decidiu unir-se à to Ferreira estão a dar as boas- respectivos segmentos, têm es- Cobra Discos e criar uma colectânea de 120 temas -vindas a todos aqueles que tado a receber os viajantes des- da música portuguesa. Com a particularidade de es- chegam a Portugal via aeroporto de Setembro passado e deverão tas serem publicadas e formato MP3. Desde sempre Sá Carneiro, no Porto. Na se- permanecer durante o próximo as colectâneas despertaram a atenção do público e ção de autor ou ligados a editoras indepedentes, quência do lançamento das no- ano. Esta forma de comunicação chegaram mesmo a ser a rampa de lançamento de cuja distribuição fica a cargo da Compact Recor- vas campanhas de publicidade reforça a aposta da Sogrape na alguns talentos. ds. De referir que as 60 bandas presentes (cada para estes dois vinhos, a Sogra- divulgação dos seus vinhos e na pe aposta agora no reforço das Mas aqui trata-se mais do que a simples divul- uma contribui com duas músicas, o que prefaz notoriedade das suas marcas es- gação da música nacional. O objectivo é vender duas marcas estratégicas atra- tratégicas, quer a nível nacional 120 temas e mais de sete horas de música) não só vés da colocação de outdoors quer a nível internacional. 3000 unidades (a um preço recomendado de 8,5 abdicaram dos seus direitos de autor como irão, euros), sendo que as receitas reverterão a favor do gigantes no Aeroporto do Porto. Baseados nas novas campa- durante o próximo mês (entre os dias 2 e 5), or- Uma marca internacionalmente serviço de pediatria do IPO de Lisboa. nhas de Mateus e Porto Ferreira, ganizar concertos nos espaços Forúm Fnac, em reconhecida e outra tipicamente os “outdoors” são um convite à A selecção dos temas foi da responsabilidade de Lisboa (Colombo, Chiado, Cascais e Almada) e portuguesa são a porta de entra- frescura e ao calor, à modernida- Henrique Amaro, em estreita colaboração coma Porto (Norteshopping, Gaia e Santa Catarina). da num país com uma distingui- de e à tradição que estas marcas Cobra Discos. A colectânea inclui uma amostra ALEXANDRA COSTA da tradição vitivinícola. As duas da Sogrape representam. de grupos sem edição e outros envolvidos em edi- [email protected]
PUB 46 MARCAS MARKETING & PUBLICIDADE sexta-feira, 27 Outubro de 2006 APPM O consumidor é rei Num mundo em constante evolução, nem sempre é fácil estar a par das últimas tendências. E quando o objectivo é vender um produto e/ou serviço, a tarefa fica ainda mais difícil. O consumidor tem acesso a mais informação e tornou-se mais exigente. Por outro lado, as técnicas que funcionavam, há dez anos agora têm pouco, ou nenhum, efeito. Estes foram alguns dos temas debatidos no oitavo Congresso Internacional de Marketing, realizado pela Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM). O futuro passa então pelo desenvolvimento de uma relação entre o cliente e a marca. E as novas tecnologias podem ser utilizadas para personalizar a mensagem e intensificar o relacionamento.
oje em dia, um produto fica rapidamente fora de Outra mudança a ter em conta, talvez a mais importan- moda. Esta foi a afirmação feita por Jean Baptiste te, reside no próprio consumidor. O acesso a mais infor- O QUE O FUTURO HDanet, CEO da Interbrand Continental Europe. mação tornou-o mais exigente e crítico. E as marcas têm NOS RESERVA O que hoje é “cool” amanhã ninguém compra. Isto porque de saber responder. Veja-se o caso da internet. Segundo o comportamento do consumidor está a mudar a velocida- José Frade, director-geral da Media Contacts, e o meio de • As marcas locais vão continuar a conviver com as marcas des nunca vistas. Por outro lado, a crise sentida em quase comunicação que hoje tem as taxas de crescimento mais globais todo o globo, com o consequente aumento de preço, alte- elevado. Melhor. Apresenta resultados eficazes. • Haverá uma intensificação de fenómenos de ódio/paixão rou os hábitos de consumo. Veja-se o caso das gasolineiras. Estas novas tecnologias já estão a provocar algumas por símbolos Se antigamente o cartão de fidelização era um factor a ter mudanças no mercado. Por um lado, assistimos a uma • Continuará a acontecer a exploração negativa das marcas em conta, hoje o que os consumidores procuram é o preço redução clara na tiragem dos jornais. Por outro, nos Es- • Acontecerá a internacionalização de marcas de mercados mais baixo. tados Unidos, já houve mesmo revistas que ou fecharam, emergentes (por exemplo a China e a Índia) Nesta envolvente, segundo este executivo, uma marca ou optaram por ter apenas versões em formato digtal. Até • Haverá ofertas específicas, desenhadas para segmentos de para sobreviver tem de investir no desenvolvimento de a televisão está a ser afectada. Tudo implica que se terá “baixa renda” uma relação forte com os seus consumidores. Criar um de desenvolver novos modelos de distribuição, dado que • O consumidor será cada vez mais multifacetado, compran- valor que crie uma diferenciação e que evite a sua substi- coexistirão um sem-número de formatos, que terão de es- do diferentes produtos tuição. Como é que isto se faz? Em vez de se tentar saber o tar disponíveis em qualquer lugar e a qualquer hora. A • Haverá uma coexistência entre frugalidade e excentricida- que é que o consumidor pensa da marca, esta deve anali- boa notícia é que, apesar de criar uma fragmentação nos de no mesmo consumidor sar-se a si mesma e definir como é que vê os clientes. Por- media, também vai permitir a individualização/personali- • A experiência dada pela marca será cada vez mais impor- que só fortalecendo a marca e o seu valor é que se consegue zação da mensagem, o que vai conferir ainda mais poder tante assegurar futuras vendas. ao consumidor. Basta lembrar que hoje em dia o que está • Os elos emocionais entre o consumidor e a marca serão Mas há que ter atenção. Toda a marca proporciona uma na moda é ter um “blog”. Por outras palavras, na web, mais fortes experiência ao consumidor, quer seja positiva ou negativa. O todos podemos ser editores. Mas isto não tem de ser uma • Haverá um aumento no número de pontos de contacto truque, afirma Victor Mirabet, managing director da Brand coisa negativa. As marcas podem aproveitar os “blogs” para entre a marca e o consumidor Partners Iberia, é controlar o processo. Porque se a marca não comunicar produtos e pedir sugestões. Veja-se o caso da • A marca “ideia” será extensível a novos negócios o fizer, outros (concorrência) o farão por ela. E esta experiên- Nike, aquando do Mundial de Futebol. A multinacional Fonte: João Miguel Brás Frade, My Brand cia tanto pode construir como destruir uma marca. Afinal, criou um “blog” específico, onde os utilizadores registados como afirma João Miguel Brás Frade, CEO da My Brand, tinham acesso a conteúdos específicos. hoje em dia a marca identifica, diferencia, garante e promete. O mesmo acontece com as ferramentas/“sites” de parti- Em Portugal, o MSN chega a mais de 1,8 milhões de uti- No entanto esta relação vai exigir muito mais dos “markete- lha de conteúdos de imagem e vídeo. Em Julho deste ano, lizadores. O Hi5, por exemplo, é o “site” onde os portu- ers”. Isto porque implica uma maior monitorização do valor só nos Estados Unidos, foram descarregados mais de 7100 gueses passam mais tempo. As pistas estão dadas. Agora as da marca e do seu valor financeiro. Vão surgir novas métricas, milhões de vídeos. E o, podcasting pode ser utilizado para marcas só têm de aprender a utilizar estes novos meios. como, por exemplo, a avaliação da performance dos gestores estabelecer essa tão desejada relação entre marca e consu- ALEXANDRA COSTA e a evolução dos activos contabilizados. midor. Ou através das comunidades, como o Messenger. [email protected] Escala global, toque local
medida que o mundo apa- notáveis. Não é por acaso que a Europa Ocidental não funcionava rentemente fica mais pe- filosofia da organização passou a lá. Na Rússia foi necessário ensi- Àqueno e a competitividade ser “Fewer, bigger brands = global nar, e criar, o mercado. Por outro aumenta, tornando-se global, as scale”. Porque a verdadeira ques- lado, o facto de uma marca agir marcas locais têm mais dificul- tão não é globalizar ou localizar na vertente local permite-lhe fa- dades em sobreviver. Porque se é uma marca. É necessário utilizar zer experiências com novos meios certo que todos apreciamos um ambas as técnicas. E ter um pro- sem prejudicar a sua imagem. produto que se destine ao nosso duto e uma comunicação con- mercado em particular (cultura, sistente em todos os mercados. O poder da palavra costumes, ...), também é verdade Veja-se o caso da Rexona. Cada que o estágio de desenvolvimento país tinha a sua embalagem, a sua Hoje a publicidade está a mu- de um país também pode ser de- imagem, posicionamento,... Ago- dar. Em parte obrigada pelo con- Carlos Manuel Oliveira, presidente da APPM. finido pelas marcas mundiais que ra houve todo um trabalho de sumidor. porque está provado que se encontram presentes. simplificação do design, apresen- os meios tradicionais já não fun- positivo. Mais ainda, nos Estados A publicidade/marketing boca- E aqui coloca-se a questão do tando uma imagem única a nível cionam. Ou pelo menos não têm Unidos, por cada dólar investido a-boca tem mais vantagens que a glocal ou global. Por outra pala- mundial. Este trabalho de criação a eficácia a que as marcas estavam em publicidade tradicional, o ROI simples divulgação de uma mar- vras, qual é a melhor opção? Ter de marca mundial não significa, habituadas. No entanto há uma obtido é de apenas 54 cêntimos. ca. O consumidor sente que a sua uma marca unicamente global, no entanto, um único nome. Há técnica utlizada desde os princí- Já a publiciade boca-a-boca não opinião conta e que as suas suges- ou uma que se adapta ao merca- países onde a Axe não é Axe. pios dos tempos (o termo publi- só manteve a sua credibilidade tões têm um efeito prático. É por do local? Roger Kirman, senior A estratégia vencedora passa en- cidade ainda não era conhecido) como é cada vez mais utilizada. esta razão que a tradicional regra vice president do departamento tão por ter uma escala global mas que sempre foi eficaz: a publici- Por exemplo, se vai comprar um que define que uma empresa deve de Marketing Excellence da Uni- com um toque local. Uma única dade/marketing boca-a-boca. A carro, o mais certo é pedir a opi- apostar nos 20% de clientes que lever, procurou responder a esta imagem, adaptada a cada merca- recomendação de um amigo ou de niõ a alguns amigos e ler artigos de proporcionam 80% das vendas já questão com exemplos práticos da do, com execuções locais sempre alguém de confiança provavelmen- revista especializadas. O mesmo se não se aplica. Agora a organiza- sua organização. Os produtos da que necessário. Porque nem todos te terem um maior peso na decisão passa na escolha de um hotel ou ção tem é de encontrar os 10% de Unilever são bem conhecidos do os países estão no mesmo estágio de compra do que a pblicidade. Só aquando da decisão de uma via- consumidores que vão influenciar público, não só português como de desenvolvimento. Quando a para se ter uma ideia, segundo Jus- gem. As recomendações contam a decisão de compra do resto da mundial. No início de 2005 a em- Unilever foi para a Rússica não tin Kirby, managing director da mais do que os anúncios. Isto por- população. presa iniciou uma reorganização, existia a categoria de antitrans- Digital Media Communications, que, como afirma o executivo, “os de forma a ter um portefólio mais pirantes. Foi a Rexona que criou apenas 18% do investimento fei- consumidores já não acreditam na ALEXANDRA COSTA pequeno mas com marcas mais esse segmento. E a publicidade da to em televisão gera um retorno publicidade”. [email protected] N.º 1172 / 27 Outubro 2006 Semanal J2 Portugal Continental
SONAE NOTA DE FECHO INDÚSTRIA Auditores não podem fazer E PORTUCEL planeamento fiscal e revisão Um cenário ENTRE AS de passividade MAIORES de contas em simultâneo “A sociedade portuguesa lamen- EMPRESAS ta-se mas não provoca. As pessoas FLORESTAIS A directiva relativa à au- tiva, que está agora a ser qualquer dos seus sócios na falam mas não controlam. A socie- ditoria vai impor uma série transposta para o direito empresa-cliente ou nas suas dade é extremamente passiva”. As A Sonae Indústria de restrições, com destaque português, não será obri- subsidiárias ou a avaliação palavras são de Américo Amorim, (50º lugar) e a Portu- para o facto do mesmo au- gatória a separação entre de activos ou passivos ma- na cerimónia de entrega do prémio cel (65º) estão entre as ditor ficar impedido de fa- as actividades de auditoria terialmente relevantes nas Empreendedor 2006 atribuído pe- 100 maiores empresas zer o planeamento fiscal e e consultoria, ao contrário demonstrações. Foi cons- la Escola de Gestão do Porto. Da mundiais em termos de a preparação de contas de do que sucede nos Estados tituído um grupo de traba- mesma forma que no anterior regi- vendas nas indústrias uma empresa. Esta é a prin- Unidos. Existem outras lho por parte do Ministério me lutou contra o sistema do con- florestal, de papel e cipal actividade dos audito- restrições que merecem es- das Finanças, no sentido de dicionamento industrial, Américo embalagens. De acordo res, pelo que a transposição pecial atenção, como a ac- ser feita a referida transpo- com o ranking da con- Amorim combate agora o amorfis- da directiva vai implicar al- tuação em nome de clien- sição, grupo esse que inte- João Luís de Sousa mo colectivo dos portugueses. É aí sultora PwC, a nível eu- Director Adjunto ropeu estão nos 15º e terações significativas para tes em situação de litígio, a gra a Comissão do Merca- que está o principal obstáculo ao 18% lugares, respecti- as empresas de auditoria. existência de interesses da do de Valores Mobiliários crescimento. vamente. De acordo com a direc- empresa de auditoria ou de (CMVM). A sociedade é extremamente passiva quando devia ser exi- Destaque para o facto gente e irreverente. As pessoas lêem muito pouco e por isso de no capítulo da ren- não contribuem para o diálogo na sociedade. tabilidade dos capitais Tendo estado na origem da criação da Telecel/Vodafone, empregues as duas em- Energias renováveis e Mibel em debate o empresário garante que na comparação internacional de presas tiveram cresci- utilização de telemóveis os portugueses falam muito mais e mentos no ano passa- O início de Setembro a Simmons & Simmons suíça e o Clube de Empresá- de forma desnecessária. Portugal é o país que mais fala e tam- do, o que só sucedeu marcou a liberalização do Rebelo de Sousa, realiza um rios Luso-Finlandês. Conta bém aquele onde mais palavras inúteis se dizem. com outras cinco con- mercado nacional da ener- seminário sobre as energias também com o apoio das A capacidade de iniciativa que tanta falta faz ao país está géneres europeias. O hoje muito condicionada pela falta de exigência dos portu- ano transacto revelou gia eléctrica em baixa tensão renováveis e o Mibel. três regiões e da autoridade que é muito difícil atin- normal. Para se ter uma ideia A sessão de trabalho tem federal belga. Um evento gueses. A sociedade mantém-se mais ou menos enferma, em gir rentabilidades acei- mais concreta da situação lugar no dia 7 de Setem- que se justifica, já que o con- vez de se tornar mais irreverente. táveis neste sector de real actual e da evolução pre- bro, no Hotel Dom Pedro, sumidor tem a possibilidade A lição de Américo Amorim aos alunos e professores da actividade. A inova- visível, a Câmara de Comér- em Lisboa. Ao evento asso- de escolher livremente o seu EGP não podia ser mais clara: os parques de estacionamento ção tornou-se essencial cio Luso-Belga-Luxembur- ciam-se ainda as câmaras de fornecedor de energia eléc- das universidades portuguesas reflectem um enorme desafa- para a rentabilidade. guesa, em colaboração com comércio luso-sueca e luso- trica. samento entre o consumo e a criação de riqueza, distorcendo O défice de capacidade Confidencial Imobiliário volta a ser relançada de iniciativa manifesta-se no elevado grau de concentração. A revista mais antiga do sector imobiliário torna a artigos das áreas da gestão ou do investimento, entre surgir no mercado, depois de ter estado em risco de de- outras. Trata-se de uma revista de carácter mensal e Américo Amorim lamenta que saparecer. Apresenta-se agora completamente renovada apenas por subscrição. Sobretudo, pretende ser um ve- e propriedade de uma nova entidade, a Imoestatística, ículo de comunicação com um mercado já bem defini- hoje se faça mais concentração que tem como sócios a Imométrica e o grupo editorial do”, de acordo com Ricardo Guimarães, novo director de empresas do que no tempo de Vida Económica. da revista. O lançamento é já no dia 31 de Outubro, sendo re- Dá-se assim continuidade à publicação mais antiga Salazar com o condicionamento tomada a série de valores de oferta de imobiliário mais do sector. Constitui uma ferramenta essencial para o longa em Portugal. mercado imobiliário, desde logo para a banca e os in- industrial. “A Confidencial Imobiliária assume alterações no vestidores, bem como para os promotores e os media- a perspectiva dos jovens e levando-os a ter atitudes erradas. seu posicionamento. De facto, é reforçada a natureza dores. A nova Confidencial Imobiliário vai aproveitar Os pais vão-se aperceber que, ao serem demasiado generosos técnica da publicação, com uma maior incidência na o potencial dos sistemas de informação da Imométrica no plano material, estão a contribuir para o cataclismo dos estatística, nas análises de mercado imobiliário e nos (IPD) e o Sistema de Informação Residencial (SIR). filhos. A capacidade de iniciativa está também muito condiciona- PUB da pelo peso do Estado. Para Américo Amorim, o principal problema é a estrutura da economia portuguesa estar muito socializada: de ano para ano, sente-se que a economia se tor- na mais pública, com um maior número de funcionários. A evolução em Portugal faz-se em contraciclo em relação aos outros países da Europa. O facto de Portugal continuar a ter mais de 700 mil funcionários públicos é injustificável e insustentável. É necessário privatizar e reduzir o peso da Ad- ministração até porque a estatização faz com que as pessoas que dependem do sector público ou das normas fixadas pelo Estado estejam predipostas a utilizar os recursos económicos que não lhes pertencem. O défice de capacidade de iniciativa manifesta-se no elevado grau de concentração das empresas. Américo Amorim lamen- ta que hoje se faça mais concentração de empresas do que no tempo de Salazar com o condicionamento industrial. A manter-se a actual passividade, Américo Amorim não acredita que Portugal consiga aproximar-se dos países euro- peus, nem que consiga sequer manter a distância que existe através de uma taxa de crescimento semelhante. Mas admite que a diferença de Portugal face a Espanha e aos países da Europa de Leste será tal que dentro de alguns anos o país vai mudar por si próprio. A sociedade vai ter de ser atirada ao mar e as pessoas terão de aprender a nadar. A expectativa para os próximos anos não pode ser positiva. Enquanto não ocorrer a inevitável mudança, o país vai con- tinuar a afastar-se do espaço comunitário. Um dos reflexos é o agravamento das diferenças salariais, fazendo com que Portugal volte a ser atractivo para a instalação de fábricas es- trangeiras interessadas em reduzir os custos de mão-de-obra. Da mesma forma que vemos hoje indústrias a encerrar e a serem deslocalizadas para outros países, poderão surgir no futuro empresas a querer instalar-se em Portugal devido às diferenças salariais que provavelmente irão acentuar-se. A história também é feita de avanços e recuos.
Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica Nº 10/Outubro 2006
LEI-QUADRO DAS CONTRA- Resíduos -ORDENAÇÕES AMBIENTAIS de embalagens – Posição da AIMMAP Aproximando-se o final de mais um ano civil, as empresas industriais começam a manifestar a sua inquie- tação a propósito de quais serão des- ta vez os aumentos que a Sociedade ATERRO Ponto Verde (SPV) irá impor ao mercado pela gestão dos resíduos de embalagens. DE SERMONDE Conforme é sabido, na sequência dos aumentos impostos para o ano de 2006, a AIMMAP empenhou-se intensamente no sentido de denun- ciar o ambiente intolerável em que se vive nesse âmbito. FELUGA Nesse sentido, interveio activa- organiza encontros mente junto das autoridades pú- blicas, da comunicação social, das empresariais empresas em geral e até mesmo da SPV. Temos a absoluta convicção de que demos passos fundamentais para que esta situação venha a ser regularizada – diria mesmo moralizada –, a mé- ACTUALIZAÇÃO dio prazo. Mas estamos igualmente conscien- tes de que será precisa muita paciên- DAS RENDAS cia e persistência para que possamos deixar de nos preocupar com este assunto. Convém, pois, que todos saibam AIMMAP que não esmoreceremos na nossa António Saraiva* luta e que continuamos especial- mente atentos a este problema. E ISHST EDITAM E gostaríamos de sublinhar muito empresariais para reflexão neste âmbito e muito espe- especialmente que continuamos convencidos de que, cialmente para ponderação do interesse na constituição MANUAL embora essa não seja provavelmente a principal causa de uma sociedade que concorra com a SPV na obtenção subjacente aos aumentos absurdos que a SPV nos impõe da licença respectiva. anualmente, o certo é que, enquanto a SPV continuar a Nessa nossa luta estaremos acompanhados por mui- DE PREVENÇÃO gozar de uma posição monopolista neste domínio, difi- tas outras associações e empresas, as quais, tal como a cilmente alguma coisa poderá mudar. AIMMAP, não se conformam com o actual estado de Quero, pois tranquilizar os nossos associados, asse- coisas. DO SECTOR gurando-lhes que estamos a trabalhar nesse domínio Como é óbvio, contamos com o apoio das empresas A AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúr- específico. associadas da AIMMAP. Daremos notícias em breve. gicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal e o ISHST Assim sendo, iremos durante o mês de Novembro le- – Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Tra- var a efeito uma reunião entre empresas e associações *Presidente da Direcção da AIMMAP balho, irão realizar no próximo dia 13 de Novembro pelas 16 horas, na Escola de Gestão do Porto (EGP), no Pólo Tecnológico do Porto – INETI, a sessão de Pedro Carvalho, responsável pela área da internacionalização apresentação do Manual de Prevenção da Metalurgia e Metalomecânica, no âmbito da Segurança e Saúde da AIMMAP, em entrevista ao “Boletim Metal/Vida do Trabalho. Económica”, faz um ponto de situação relativamente aos Com este Manual procura-se dar resposta às ques- tões relacionadas com a grande diversidade de riscos projectos em que a AIMMAP está envolvida nesta área, ao profissionais, em consequência de diferentes processos tecnológicos existentes no sector metalúrgico e meta- desenvolvimento dos mesmos e aos resultados obtidos. lomecânico e disponibiliza-se o conhecimento e do- mínio de metodologias preventivas adequadas. Na sessão contaremos com as presenças do Presi- dente da Direcção da AIMMAP, António Saraiva, e do Presidente do Conselho Directivo do ISHST, Jorge AIMMAP aposta Gaspar, bem como dos autores do Manual e do seu Coordenador Técnico, Fernando Cabral. Mais esclarecimentos sobre o programa da sessão na internacionalização poderão ser obtidos junto da AIMMAP, através do te- lefone 22 6166860. SEXTA FEIRA /UTUBRO DE ,EI QUADRO DAS CONTRA ORDENA½µES AMBIENTAIS n POSI½áO DA !)--!0 6)$! !33/#)!4)6! &OI