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CAPA Estevão Rinaldi Pereira MOVIDOS A PAIXÃO Quatro clubes. Quatro lugares. Vínculos além do futebol Bauru 2014 Copyright © by Estevão Rinaldi Pereira Preparação de texto Estevão Rinaldi Pereira Revisão Angelo Sottovia Aranha Estevão Rinaldi Pereira Mayra Fernanda Ferreira Produção Editorial Estevão Rinaldi Pereira Arte Coordenação: Gabriel de Castro Hirabahasi Produção Gráfica: Gabriel de Castro Hirabahasi Diagramação: Gabriel de Castro Hirabahasi Fotografia: Estevão Rinaldi Pereira Colaborações Fotográficas Mayara Abreu Mendes Henrique Perazzi de Aquino Museu do Futebol e Esporte de Araraquara Acervo Histórico (XV de Jaú, Juventus, Ferroviária e Noroeste) Jornal da Cidade de Bauru Pereira, Estevão Rinaldi. Movidos a Paixão: Quatro clubes. Quatro lugares. Vínculos além do futebol / Estevão Rinaldi Pereira. Bauru, 2014. 181 p Dedico este livro especialmente a meus pais, João e Cristina, como uma pequena retribuição a todo amor que me deram desde sempre; A meu avô, Augusto, que me ensinou, entre tantas outras coi- sas, a amar o futebol. Partiu deste mundo, mas jamais deixará minha memória; E à minha namorada, Mayara, uma de minhas fontes de felici- dade e coragem durante os momentos de trabalho árduo. Agradecimentos Agradeço especialmente a meus pais, João e Cristina, incentivadores de tudo aquilo que me proponho a fazer; À minha namorada, Mayara, que esteve comigo nos momentos de indecisão e incerteza, sempre tendo a paci- ência necessária para me ajudar em todos os processos de produção do trabalho; A meu orientador, professor Angelo Sottovia Aranha, e à minha eterna melhor professora, Mayra Fernanda Ferrei- ra, grandes encorajadores de meu projeto e essenciais para o desenvolvimento do mesmo; A meus familiares em geral, que não me pouparam apoio e atenção; E a meus amigos, dos mais próximos aos hoje mais dis- tantes, nos quais sei que sempre poderei depositar minha confiança. Todos contribuíram de alguma forma para que esse so- nho pudesse se concretizar. Estevão Rinaldi Pereira Nota do Autor Sou do interior. Nascido e criado em Jaú, uma tranquila cidade paulista famosa também por ser a casa de uma tradi- cional agremiação esportiva: o XV de Jaú. Desde a infância, quando tive o primeiro contato com o time, me encantei com o clima dos jogos no Zezinho Magalhães, o Jauzão. Eu já ha- via descoberto a paixão pelo esporte mais popular do planeta antes de conhecer um estádio pessoalmente, mas tendo essa experiência descobri também a paixão que sentia por ir a um campo de futebol. A partir de então, já não poupei mais meu pai, que se cansava de escutar súplicas a cada final de semana, até que me levasse ao estádio. O tempo voou, vivi muitas histórias dentro e fora do Jau- zão e logo me vi obrigado a escolher o que queria fazer da vida. Resolvi ser jornalista, antes de tudo, por gostar de esporte. Acre- ditava que seria uma motivação que, aliada ao meu gosto pela escrita, seria suficientemente boa para me manter interessado pela profissão, já que falaria sobre o que mais gosto durante todo o tempo. Na universidade, como era de se imaginar, desco- bri que também me dava prazer escrever sobre outros assuntos. Só que, se existe algo pelo qual meu coração sempre vai ba- ter mais forte, é o futebol. Tendo essa certeza e sabendo que ou- tros tantos malucos muito mais malucos que eu vivem espalha- dos por aí, não tive dúvidas na hora de escolher o tema de meu Projeto Experimental de Conclusão de Curso: seria sobre aquele que é, na minha opinião, o esporte mais fantástico de todos. Queria me aprofundar em um assunto inspirador, que me desse gana de conhecê-lo melhor. Foi então que me veio a ideia de abordar em um livro o vínculo que alguns times do interior têm com as populações de suas respectivas cidades. E o que pode trazer mais inspiração para alguém como eu do que vivenciar e relatar um pouco da paixão que as pessoas têm por seus clubes de futebol? Eu poderia ter escolhido muitos times. Quantas histórias riquíssimas do mundo da bola estão espalhadas pelas terras tupi- niquins... Em cada região do estado de São Paulo, por exemplo, estão sediados times que já são eternos na memória do futebol brasileiro e não tenho dúvidas de que cada um deles me renderia personagens e relatos belíssimos. Não é à toa que ostentamos a alcunha de país do futebol. Só que, mais uma vez na vida, eu precisava escolher. En- tão, primeiramente, senti-me na obrigação prazerosa de trazer o Esporte Clube XV de Novembro de Jaú à lista, não apenas por ser o time de minha cidade, mas por conhecer parte de sua trajetória e saber que, ainda hoje, existem muitas pessoas que manifestam seu amor pelo Galo de forma comovente. Tive que lembrar, também, do Noroeste Esporte Clube, rival histórico do XV e clube símbolo de Bauru, cidade que me acolheu para que eu pudesse buscar meus sonhos e pela qual eu sinto um carinho enorme. Vivendo lá, aprendi a respeitar ainda mais o Norusca, bem como sua história centenária e seu povo. As escolhas da Associação Ferroviária de Esportes e do Clube Atlético Juventus se devem a vários fatores. Um deles é a inegável tradição que seus nomes carregam. Assim como os dois primeiros escolhidos, são instituições vencedoras. Além disso, devo confessar que esses dois clubes sempre me desperta- ram curiosidade e interesse, já que estou acostumado a escutar sobre seus feitos desde menino. Ambos, aliás, são tradicional- mente conhecidos como times charmosos, queridos por todos, além de, é claro, levarem a belíssima cor grená em suas não menos lindas camisas. Ah! E para quem pensar em contestar a escolha do Juven- tus, alegando que se trata de um clube da metrópole São Pau- lo, e não do interior, digo que poucos clubes representam tão bem quanto o Juve a relação de vínculo afetivo entre clube e população, tão comum nas cidades menores. Que me perdoem os paulistanos em geral que gostam do Juventus, mas trata-se de um clube da Mooca, praticamente uma cidade do interior dentro da cidade grande, (aliás, assim ela será tratada aqui). Por essas e outras razões, não hesitei em incluí-lo no projeto, tendo a certeza de que me acrescentaria muito. Se me perguntarem sobre quais foram os critérios gerais de que fiz uso para selecionar os clubes aqui abordados, direi que a paixão e a tradição são os principais deles. Todos eles têm, cada qual à sua maneira, páginas que só puderam ser escritas porque suas histórias foram movidas a sentimento. Esses quatro clubes fizeram e ainda fazem o coração de muita gente pulsar mais forte. Tão intensa é a relação existente que acaba sendo pratica- mente impossível, principalmente para quem admira o esporte, dissociar clube e localidade nesses casos. Ferroviária é Araraqua- ra. XV é Jaú. Juventus é Mooca. Noroeste é Bauru. Há quem os considere “pequenos” no cenário nacional. As aspas, nesse caso, são mais do que necessárias e justificáveis. To- dos eles são grandes o suficiente para guardar histórias lindas, capazes de contagiar a alma de um amante de futebol. Devo confessar que algumas chegaram a me emocionar e a quase tra- zer lágrimas aos meus olhos quando foram relembradas durante as agradáveis conversas com os entrevistados. Se por um lado é óbvio que não podemos compará-los aos papa-títulos da pri- meira divisão do Brasil, por outro, cada um deles é gigante em significado para suas localidades e para o futebol regional e esta- dual. Todos eles são essencialmente românticos. Fazem inclusive com que alguém como eu, um jovem de 21 anos, sinta nostalgia por tempos que não tive o prazer de vivenciar. Quando, enfim, terminei o trabalho de pesquisa e as en- trevistas, senti que não poderia ter feito melhores escolhas. A alegria que tive ao passar pelos estádios e poder revisitar um pouco da vida dos times aqui relatados e de seus seguidores foi muito grande, principalmente quando se entende o futebol como cultura e se é completamente apaixonado por toda a atmosfera que o cerca. Procurei, antes de tudo, falar com pessoas que são mais que conhecedores dos clubes de sua cidade: são verdadeiros apaixonados. Adquiri por todos um enorme respeito e me identifiquei com seus sentimentos, afinal, assim como eu, todos eles vivem a dor e a delícia de torcer por um clube “pequeno”. Com aspas, sim senhor. Sumário 1. PRÉ-JOGO - Introdução......................................17 2 ESCALAÇÃO - Apresentando clubes e pessoas.......22 2.1 ORIGENS E HISTÓRIAS ETERNAS..................23 2.1.1 Da mesa de bar ao coração dos jauenses....................25 2.1.2 Um clube forte como a Mooca.............................29 2.1.3 Caçula e abusada.................................................34 2.1.4 O primeiro e eterno clube de Bauru........................37 2.2 TRABALHANDO COM SENTIMENTO.............43 2.2.1 Um noroestino a serviço do Alvirrubro.................44 2.2.2 Um adotado pelo Norusca......................................46 2.2.3 A nova voz juventina............................................48 2.2.4 A eterna voz afeana...............................................52 2.2.5 A fanática voz quinzeana.......................................55 2.2.6 Em casa e fora: tem diferença?..............................57 2.3 SÍMBOLOS DE DEVOÇÃO.................................59 2.3.1 O dono da segunda casa dos quinzeanos...............62 2.3.2 Alma, vida e sangue rubros...................................68 2.3.3 O papa afeano......................................................74 2.3.4 O dono do bar mais grená da Mooca....................82 3 PRIMEIRO TEMPO - Torcida, paixão e estádio....88 3.1 O lugar onde tudo acontece.....................................91