Formação Social Do Maranhão: O
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Pesquisa realizada aquém de um José Rossini Campos do Couto Corrêa quarto de século de existência do a ê ainda jovem Rossini Corrêa, r r Formação Social do Maranhão: o o C presente de uma arqueologia, o t constitui ponto interno de inflexão, u o imantando todo um projeto C ensaístico corporificado em livros o d como Mudança Social no Nordeste; s Um Fio de Prosa Autobiográfica ´ o ROSSINI CORRÊA BIBLIOTECA BASICA MARANHENSE p com Ignácio Rangel; 1945: A Lição m a da Transição no Brasil; O C ADVOGADO, ESCRITOR, FILÓSOFO DO DIREITO E i Modernismo no Maranhão e n i PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COM MAIS DE 35 também, no estudo inédito, Atenas s s LIVROS PUBLICADOS, ENTRE OS QUAIS Brasileira (A Cultura do Maranhão o Rossini Corrêa é verdadeiramente apaixonado pelos des- R na Civilização do Brasil). DESTACAM-SE: BACHAREL, BACHARÉIS: GRAÇA é tinos do Maranhão. Atualmente radicado em Brasília, s ARANHA, DISCÍPULO DE TOBIAS E Escritor da vida fecunda, o Autor o parece que está ali na Praça João Lisboa em São Luís J desse livro, o qual é o primeiro a BIBLIOTECA BÁSICA MARANHENSE - VOLUME II COMPANHEIRO DE NABUCO; JOSÉ AMÉRICO, O reconhecer que hoje o faria e o disponível em partilhar suas inquietações, memórias e JURISTA; E BRASIL ESSENCIAL: PARA diria de maneiras diferentes, pois amores por nossa terra. Cidadão do mundo, suas refle- CONHECER O PAÍS EM CINCO MINUTOS melhores seriam o seu fazer e o xões situam o Maranhão no conjunto do Brasil, como seu dizer. Sucede que Luís de lugar a explicitar caminhos criveis para sairmos da en Camões ensinou que o mundo todo cruzilhada do desenvolvimento. O Obra matricial socializada há é feito de mudanças. E Rossini à mais de uma década em cursos, Corrêa, Ser no Mundo, tem o H Espero que a coleção da BBM e este livro em especial N debates e seminários Formação sortilégio constante da mudança, A FORMAÇÃO Social do Maranhão: o presente de que depura e refina, na certeza de propiciem e estimulem esse debate. As reflexões aqui R uma arqueologia, do humanista que nada é mais denso do que um A impressas só farão sentido se forem descobertas, redes- M Rossini Corrêa, inspirou prosa de fio de luz. cobertas, reinventadas, criticadas ou reconstruídas O ficção sobre o paraíso perdido, em D SOCIAL DO Formação Social do Maranhão: o pelos que desejam, acreditam e lutam por uma socieda- visão e em versão timbira, bem presente de uma arqueologia vem L como releituras críticas dos A de inclusiva. I a lume com as marcas do tempo caminhos e dos descaminhos do C em que o livro foi escrito, no qual o O MARANHÃO poder público estadual e S seu Autor, formado na escola da abordagens da literatura dos luta democrática, combatia a O viajantes na centúria passada, a à O PRESENTE DE UMA ARQUEOLOGIA ditadura militar. Tal integridade é, Ç começar por Henri Koster. em si mesma, muito boa, A Essa vitoriosa tese de mestrado porquanto aproxima saber e ética e M R defendida no PIMES/ UFPE - deixa transparentes as O Programa Integrado de Mestrado F possibilidades de convívio entre a em Economia e Sociologia, da erudição e a vanguarda. Erudição Universidade Federal de de um humanista total e autêntico, Pernambuco - foi orientada pelo que conhece como poucos o Brasil, saudoso Sylvio Marcelo de e vanguarda temática na análise do Albuquerque Maranhão, destacado mágico e do mítico na formação de VOL. na História das Ideias Sociológicas uma sociedade concreta, muito no Brasil, de Vamireh Chacon, antes da onda dos estudos sobre o II como um dos renovadores das imaginário quebrar na praia. ciências sociais no país. FORMAÇÃO SOCIAL DO MARANHÃO O PRESENTE DE UMA ARQUEOLOGIA JOSÉ ROSSINI CAMPOS DO COUTO CORRÊA FORMAÇÃO SOCIAL DO MARANHÃO O PRESENTE DE UMA ARQUEOLOGIA BIBLIOTECA BÁSICA MARANHENSE - VOLUME II SÃO LUÍS 2017 Flávio Dino Governador do Estado do Maranhão Jhonatan Almada Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação André Bello Secretário-Adjunto de Educação Profissionalizante, Tecnológica e Inclusão Social Nivaldo Muniz Secretário-Adjunto de Inovação e Cidadania Digital Kadja Brito Xavier Josélia Morais Revisão Patrícia Régia Nicácio Freire Projeto Gráfico e Diagramação Fellipe Neiva Capa Lydiane Silva Barros Ficha Catalográfica C824f Corrêa, Rossini. Formação Social do Maranhão: o presente de uma arqueologia/ Rossini Corrêa, pref. de Bonifácio Andrade. — São Luís: Engenho, 2017. 620 p.: il.: 22cm. ISBN 978-85-69805-09-0 1. Sociologia. 2. Ensaio. 3. Maranhão. I. Título. II. Autor. CDU: 316(812,1)82-4 CDD: 300 Feliz é o Maranhão, que tem razões em alimentar fun- dadas e certeiras esperanças. Parabéns, Rossini Corrêa. Hernandez Herrera de Nuñez Y Nuñez “Dois formosos livros de poemas, repletíssimos de tua Poesia-Maior, Almanaque dos Ventos e Baladas do Polidor de Estrelas. Merecem o convívio dos grandes poetas portugueses e espanhóis da atualidade. E são em número reduzido! Subscrevo, com acréscimos, o que diz a teu respeito e de tua poética o bom Márcio Catunda, inclusive no que tange à tua genialidade. É isto, meu irmão!” Antônio de Oliveira “E se as letras de Abecedário se repartissem pelos Estados de Portugal, que letra tocaria ao nosso Maranhão? Não há dúvida de que o M: M Maranhão, M Murmurar, M Motejar, M Maldizer, M Malsinar, M Mexericar e sobretudo M Mentir: mentir com palavras, mentir com as obras, mentir com os pensamentos, que de todos e por todos os modos aqui se mente”. Padre Antônio Vieira Para Anna Raphaela, que é o ouro de vida. A Roberto Viana, o amigo fraterno de sempre. A meus pais, Maria e José, muito especialmente. SU MÁ RIO PREFÁCIO 10 APRESENTAÇÃO 14 INTRODUÇÃO 18 PRIMEIRA PARTE 25 1. Formação da Sociedade Maranhense I: o paraíso da terra e o paradisíaco da gente 26 2. Formação da Sociedade Maranhense II: nosso céu tem mais estrelas, nossas várzeas têm mais flores 78 3. Formação da Sociedade Maranhense III: tudo definha! Tudo esmorece! Tudo cai aos pedaços! 133 SEGUNDA PARTE 192 4. Um século de solidão: o ofício de restaurador de manuscritos e a teologia timbirense 193 TERCEIRA PARTE 268 5. Os acadêmicos da democracia autoritária, Victorino Freire, cidadão maranhense e os de 45 na decolagem da utopia 269 6. Neiva Moreira e o artefato da resistência: para os problemas maranhenses e brasileiros, a “transformação brasileira” 328 7. Projeto Maranhão Novo: da terra em transe, de Glauber Rocha, à poesia no poder, de José Sarney 386 CONCLUSÃO 442 ANEXOS 450 REFERÊNCIAS 570 SOBRE O AUTOR 593 PRE FÁ CIO O PRESENTE DE UMA ARQUEOLOGIA com imenso prazer que vejo ser colocado à disposição de um amplo público o livro de José Rossini Campos Corrêa, sobre a É Formação Social do Maranhão. E sinto-me bastante honrado com o convite para fazer algumas breves considerações, apresentando o texto. Esse é o mais importante e o mais profundo livro já escrito sobre o Maranhão. E o seu autor, sociólogo por formação, é um dos mais competentes e promissores dentre a nova geração de ensaístas nordestinos. Como amigo e ex-professor, tive o privilégio de conviver com Rossini Corrêa e a sua então esposa, Maureli Costa durante vários anos. Logo que Rossini iniciou seus estudos universitários em Recife, na Universidade Federal de Pernambuco, em 1975, fui seu professor de Introdução à Sociologia. Em seguida, ainda no curso universitário, fui seu professor em 1977. Mais adiante, quando o já bacharel Rossi- ni realizava seus estudos pós-graduados no Mestrado em Sociologia, foi novamente meu aluno, em 1980. E, finalmente, quando em 20 de setembro de 1982, defendeu a tese que, com algumas adaptações re- queridas pelos formalismos acadêmicos, é o livro que aqui está, tive a imensa satisfação de fazer parte da banca examinadora. 11 FORMAÇÃO SOCIAL DO MARANHÃO Acompanhei, portanto, a trajetória acadêmica de Rossini Corrêa desde que ele ingressou no curso superior. Ao longo desses anos foram, ele e Maureli, meus alunos, meus colaboradores em pesquisas sobre a estrutura agrária nordestina e, sobretudo, meus amigos. Aliás, durante esse tempo selamos uma amizade que espero ser firme e duradoura. Ao mencionar a passagem desse conterrâneo de Ferreira Gullar e Bandeira Tribuzzi pela Universidade Federal de Pernambuco, eu gostaria de ressaltar duas afirmações. A primeira é que, ao iniciar seus estudos superiores em Recife, Rossini Corrêa já podia ser considerado um inte- lectual maduro, com uma enorme bagagem de conhecimentos e uma aguçada capacidade crítica. A segunda é que, ao longo de seus estudos universitários e de pós-graduação, ele aprofundou a sua formação in- telectual e aprimorou ainda mais a sua capacidade de observação e de crítica. E uma indiscutível indicação do elevado nível intelectual e das promessas desse jovem ensaísta se tem presente no livro. O volume que o leitor tem às mãos é de leitura indispensável para as duas categorias de pessoas: aquelas que desejam conhecer o Mara- nhão e as que, preocupadas com outras realidades sociais, buscam um modelo para o estudo da sociedade. O autor procura e consegue, apreender a realidade social total, analisando as inter-relações das instâncias econômica, política e ide- ológica. Busca e obtém uma compreensão global da realidade social estudada, aprendendo o processo através do qual um arcabouço ideo- lógico específico e um conjunto particular de ações e relações políticas afloram de uma dada estrutura de apropriação dos meios de produção e das correspondentes relações sociais de produção. Ao mesmo tempo 12 percebe adequadamente as relações entre o todo e a parte, o particular O PRESENTE DE UMA ARQUEOLOGIA e o geral, o local e o universal: detém-se em indivíduos, sem deixar de mostrar como “determinadas condições dadas” levam esses indivíduos a fazer História; detém-se no local particular maranhense, mas analisa como esse particular se insere no geral brasileiro; detém-se no presen- te, e, para isso, rebusca o passado apontando como o presente surgiu no passado, e deixando vislumbrar o passado no presente e o presente no passado, dialeticamente.