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Caderno Lab. Xeolóxico de Laxe Coruña. 2004. Vol. 29, pp. 203-214

A deformação varisca do Maciço Hespérico na região da Serra da Lousã ( central) Variscan deformation of the Hesperian massif in the Lousã mountain range (central Portugal)

GAMA PEREIRA, L.C. 1, SEQUEIRA, A.J.D. 2 & GOMES, E.M.C. 3

Abstract The occidental region of the Central-Iberian Zone of the Variscan Iberian massif, in the central part of Portugal (Lousã mountain range), has a Variscan tectonostructural organization as the one recognized in the occidental border of the massif, in the --Tomar shear zone. In the Iberian massif we can observe neo-proterozoic metasediments of the “Complexo Xisto-Grauváquico”, and important metasedimentary outcrops of Late Palaeozoic (Ordovician, Silurian and lower Devonian) rocks. Both are affected by the first regional

variscan deformation phase (FH1), and later refolded by the second variscan

deformation phase (FH2). This second regional variscan phase has a penetrative effect in the massif and develops a dextral, north-south, strike-slip faulting, associated with transpressive kinematic deformation (like a Riedel model) similar to the Porto-Coimbra-Tomar shear zone. Some geological examples observed and studied in the Lousã region are showed and discussed. Key words: Complexo Xisto-Grauváquico, shear zones, Riedel model, Iberian Massif, Porto-Coimbra-Tomar shear zone. 204 Gama Pereira et al. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004)

(1) Departamento de Ciências da Terra e Centro de Geociências (GMSG), Universidade de Coimbra. 3000-272 Coimbra, Portugal. ([email protected])

(2) Departamento de Geologia, Instituto Geológico e Mineiro, Alfragide, Portugal.

(3) Departamento de Ciências da Terra e Centro de Geociências (GGRG), Universidade de Coimbra. 3000-272 Coimbra, Portugal. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004) A deformação varisca do Maciço Hespérico 205

INTRODUÇÃO dos actuais autores (A.J.D. Sequeira) é possível uma nova abordagem integradora. A Serra da Lousã é a região mais ocidental Alguns dos problemas anteriormente da Cordilheira Central Portuguesa (figu- equacionados são reapreciados e alguns ele- ra 1). A sua geologia tem sido abordada sob mentos novos sobre a geomorfologia e a vários pontos de vista e a diversas escalas tectónica da região são explicitados, com (e.g., CHOFFAT, 1900; DELGADO, 1905; base na interpretação de fotografias aéreas e RIBEIRO, 1949; MORAIS, 1950; RIBEI- análise de novas informações do terreno. O RO et al., 1979; DAVEAU, 1985-86). Mais sector que esteve agora em mais cuidada recentemente, outras abordagens (GAMA observação vem complementar os estudos PEREIRA, 1984; GAMA PEREIRA & anteriores e já divulgados (GAMA MACEDO, 1981, 1984; GAMA PEREIRA, PEREIRA, 1987; GOMES, 1990; GOMES 1987; GOMES, 1990; GOMES et al., 1991; et al., 1991), de que resulta uma visão mais SEQUEIRA & SOUSA, 1991; SOUSA & desenvolvida e sintetizada na figura 1. A SEQUEIRA, 1993; SEQUEIRA et al., 1997; falta de uma cartografia sistemática e temá- GAMA PEREIRA, 1998) têm carreado ele- tica, agora, em parte disponibilizada, tem mentos para uma melhor compreensão da obstado à melhor compreensão de alguns geologia desta região. problemas geológicos regionais. Neste trabalho pretende-se acrescentar A área em estudo fica inserida no bordo mais alguns dados geológicos sobre o Com- mais ocidental e central do Maciço Hespérico, plexo Xisto-Grauváquico (CXG) da região onde este é truncado por uma estrutura (COSTA, 1950), de forma a melhor se tectónica maior, de direcção norteada, que compreender a relação que este sector do separa duas importantes zonas geotectónicas Maciço Hespérico, incluído na Zona Luso do soco varisco (ou hercínico) da Ibéria: as Oriental-Alcúdica (LOTZE, 1945), hoje Zonas Centro-Ibérica e de Ossa-Morena. inserida na Zona Centro-Ibérica (JULIVERT Esta estrutura maior, constitui parte da et al., 1972), tem com outros sectores da faixa de cisalhamento de Porto-Coimbra- mesma zona. E, também, com terrenos Tomar. A estruturação tectónica da faixa de vizinhos, da Zona de Ossa-Morena (LOTZE, cisalhamento, minuciosamente estudada em 1945; JULIVERT et al., 1972), situados dois dos seus sectores por GAMA PEREIRA mais a Ocidente da Serra da Lousã. (1987) e CHAMINÉ (2000), bem como alguns problemas que aí se levantaram, ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO permitiram chegar a conclusões que questionam os modelos e as propostas que Em trabalho anterior (GOMES et al., classicamente têm vindo a ser apresentadas 1991), a propósito dos estudos realizados (CHAMINÉ et al., 2003a, b, in press). sobre o plutonito do Coentral e do seu Sem entrar em pormenores de natureza encaixante, dois dos presentes autores (E. litoestratigráfica, podemos confirmar neste Gomes e L.C. Gama Pereira) tinham trabalho algumas conclusões anteriores associado alguns dos seus apontamentos para (GOMES et al., 1991) e avançar um pouco obter uma visão mais integradora da geologia mais na interpretação geológica regional e da região. Agora, com a contribuição de um acrescentar alguns elementos que poderão 206 Gama Pereira et al. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004)

Figura 1. Localização da área em estudo, enquadramento geotectónico e elementos da geologia regional. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004) A deformação varisca do Maciço Hespérico 207 ajudar na construção dos modelos te o quadrante Noroeste. Assim, é de grande geotectónicos que os enquadram. constância uma íntima relação entre as

direcções de estratificação (So), os planos ASPECTOS E SIGNIFICADO DA axiais dos dobramentos e a clivagem de DEFORMAÇÃO VARISCA NO BOR- fluxo predominante (S1). Estas direcções DO OCIDENTAL DA SERRA DA caracterizam genericamente a primeira fase de deformação varisca (FH ). A projecção LOUSÃ 1 cartográfica destes elementos mostra que A deformação do CXG na região em estas direcções não são tão uniformes quanto estudo é tipificada como essencialmente se poderia esperar. Na verdade, as direcções

Varisca. Sobre ela actua uma tectónica mais de So e de S1 sofrem ondulações que desenham recente, Alpina, com características sigmóides controlados, persistentemente, essencialmente fracturantes e caracterizan- por estruturas frágeis-dúcteis, de cisalha- do um âmbito reologicamente mais frágil mento, sensivelmente N-S e direitas (figu- do que os diversos regimes tectónicos ras 1 e 3). variscos. A deformação varisca tem sido, Observando e cartografando as sequências tradicionalmente, interpretada como uma litoestratigráficas sem atender ao seu signi- deformação frágil-dúctil, responsável por ficado geral e sem prematuras inserções em grandes dobramentos. Mas a deformação unidades geológicas que vêm sendo nos materiais paleozóicos e nos materiais do baptizadas em áreas limítrofes, o que se pode CXG tem sido difícil de compatibilizar em constatar é que: diversas regiões. É que à deformação impressa — o desenvolvimento das sequências pela orogenia varisca acresce a deformação litoestratigráficas tem uma direcção geral ante-varisca e, também, a existência de alguns NW-SE; corpos granitóides intrusivos que, até há — a sobreposição das sequências faz-se poucos anos, eram considerados como de segundo uma direcção geral NE-SW; idade varisca. — os dobramentos da primeira fase A compatibilização da deformação varisca varisca têm direcções persistentes para o observada e registada nos materiais quadrante NW; paleozóicos (do Ordovícico, Silúrico e — os planos axiais são sub-verticais ou Devónico inferior) vizinhos e nos materiais vergentes para NE ou SW; ante-ordovícicos foi estudada por GAMA — os corpos líticos que se identificam PEREIRA (1987) e, recentemente, muito sofrem redobramentos e deslocamentos à bem evidenciada por PONTE (2002) e direita, segundo direcções flexurais ou de PONTE & GAMA PEREIRA (2004). ruptura, com direcção sensivelmente N-S; Os dobramentos maiores observados no — as ondulações que se constatam, nas

CXG têm, normalmente, superfícies axiais direcções de So e S1, “acomodam-se” às com direcção média NW-SE, subvertical direcções N-S, identificadas no ponto ante- (figuras 1 e 2), com eixos a mergulhar sua- rior; vemente tanto para NW como para SE. São — se evidencia, associada a estes dobramentos responsáveis ou associados a cisalhamentos, uma tectónica de blocos, entre uma clivagem de fluxo que ruma igualmen- aqueles falhamentos norteados, que mostra 208 Gama Pereira et al. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004)

Figura 2. Dobramentos e fracturação cartografados no Complexo Xisto-Grauváquico, corresponden- tes ao local A da figura 1. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004) A deformação varisca do Maciço Hespérico 209

Figura 3. Ondulações e cisalhamentos norteados, direitos, de unidades cartografadas no Complexo Xisto-Grauváquico e correspondentes ao local B da figura 1. 210 Gama Pereira et al. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004) uma importante componente vertical nos pouco mais a norte, na região do Coentral rejectos e que é responsável por grandes (GOMES et al., 1991), ressaltam alguns contrastes estratigráficos e por sectores com elementos de uma tectónica mais recente, e sem metamorfismo de contacto. fracturante, cuja expressão mais evidente é a de ser paralela à direcção geral da falha de Estas flexuras N-S originaram Lousã–Seia. A fracturação que havia sido dobramentos de plano axial com a mesma bem controlada na região entre Figueiró dos direcção ou em leque e eixos com forte Vinhos e Pedrógão Grande, propaga-se para pendor, que ondulam os dobramentos D1 da Este, onde foi, há muito, identificada e

FH1. Estes dobramentos são identificados caracterizada na falha da Cebola (THADEU, como sendo uma D2 correspondente a uma 1949). Algumas falhas companheiras destas segunda fase de dobramento, varisca (FH2), estão agora melhor detectadas e mostram aliás como tem vindo a verificar-se no CXG, que este sistema é persistente e penetrativo em diversos locais, nomeadamente por no Maciço Hespérico. Alguns apontamentos GAMA PEREIRA (1987) e PONTE (2002). desta fracturação já tinham sido explicitados Das observações anteriores sobre o em SEQUEIRA et al. (1997), mas o seu plutonito do Coentral (GOMES, 1990; significado e as suas relações estritas com a GOMES et al., 1991) constatou-se que o fracturação esquerda, com direcção N20ºE, plutonito, intruído no CXG, é envolvido ainda poderá merecer mais atenção e estu- pelo arqueamento de So e S1, especialmente dos. visível e evidente no seu topo norte. Tem uma auréola metamórfica onde se CONCLUSÕES desenvolveram cristais de cordierite, que são nitidamente anteriores às marcas da Tendo em conta estes estudos e deformação de D1, da FH1. As deformações interpretações reconhece-se que, sendo a observadas sobre o plutonito do Coentral faixa de cisalhamento Porto-Coimbra-To- (figura 4) parecem sobressair melhor nas mar de grande significado e constituindo a fotografias aéreas, sendo evidenciadas por fronteira entre a Zona Centro-Ibérica e a sigmóides, que se desenvolvem dentro de Zona de Ossa-Morena, a sua estruturação faixas de cisalhamento direito, N-S. O mes- encaixa numa estruturação de maior ampli- mo se observa no encaixante do plutonito tude e significado. Podemos vislumbrar que de Vila Nova. Estas observações estão de a sua influência é partilhada com outras acordo com as anteriormente efectuadas na faixas companheiras que se manifestam mais região entre Figueiró dos Vinhos e Pedrógão para Este, para o interior da Zona Centro- Grande. Ibérica e cujo significado, proposto por GAMA PEREIRA (1987, 1998), tem sido EFEITOS DA TECTÓNICA eventualmente negligenciado, mas cuja MAIS RECENTE importância pode estar a ser mais recente- mente evidenciada por estudos Tal como já tinha sido observado mais a interdisciplinares de que começamos a ter sul, na região de Figueiró dos Vinhos (GAMA mais seguro conhecimento (CHAMINÉ, PEREIRA, 1987), e posteriormente um 2000; CHAMINÉ et al., 2003a,b, in press; e CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004) A deformação varisca do Maciço Hespérico 211

Figura 4 . Plutonito do Coentral mostrando fracturação sigmoidal, con- trolada por cisalhamentos norteados, direitos, correspondendo ao local C da figura 1. 212 Gama Pereira et al. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004) outras referências citadas nesses trabalhos) e AGRADECIMENTOS de que estes novos testemunhos são um exemplo. São devidos agradecimentos ao Prof. A. Concluímos, assim, que para o interior A. Soares de Andrade (Universidade de do Maciço Hespérico, outras faixas de ci- Aveiro) por todos os comentários e sugestões salhamento de direcção norteada e ajustadas ao manuscrito original. aos padrões da deformação regional (D ) da 2 Recibido: 20-5-2004 segunda fase varisca (FH2), são por demais evidentes e importará continuar a explorar o Aceptado: 20-6-2004 seu significado regional bem como as consequências geotectónicas que daí poderão resultar. CAD. LAB. XEOL. LAXE 29 (2004) A deformação varisca do Maciço Hespérico 213

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