ARTIGO DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v5n3p14-22

Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas do Estado do Pará, Brasil

Mônica Falcão da Silva1, Maria de Nazaré Lima do Carmo2, Ely Simone Cajueiro Gurgel3

1. Bióloga. Mestre em Ciências Biológicas (Botânica Tropical). Museu Paranese Emílio Goeldi (Coordenação de Botânica), Brasil. E-mail: [email protected] 2. Agrônoma e Doutora em Ciências Biológicas. Museu Paranese Emílio Goeldi (Coordenação de Botânica), Brasil. E-mail: [email protected] 3. Agrônoma e Doutora em Ciências Biológicas. Museu Paranese Emílio Goeldi (Coordenação de Botânica), Brasil. E-mail: [email protected] RESUMO: Leguminosae possui grande importância para a caracterização das formações vegetais das restingas amazônicas e a tribo nas restingas do litoral paraense é considerada uma das mais representativas das Leguminosae. O estudo envolveu análise de material oriundo de coletas e exsicatas dos herbários MG e IAN. Foram registradas 10 espécies, para as quais foi elaborada uma chave taxonômica, descrições, distribuição geográfica, comentários e ilustrações. Entre estas, laurifolia Poir., guianensis Benth., Erythrina amazonica Krukoff e Mucuna pruriens (L.) DC. são novos registros para as áreas estudadas. O gênero mais representativo é Clitoria (2 spp.), sendo brasilianum (L.) Benth. a espécie mais comum.

Palavras-chaves: Clitoria, Centrosema brasilianum, litoral, morfologia, taxonomia.

Phaseoleae (Papilionoideae - Leguminosae) on the coast of Pará State, Brazil ABSTRACT: Leguminosae has a great importance in the formation of the vegetation and characterization of the Amazon sand coast. The Phaseoleae tribe at Para coastal sandbanks of is considered the most representative Leguminosae's tribe. Botanical material from new collections and specimens from MG and IAN herbaria were analyzed. A total of 10 species were found and a taxonomic key, descriptions, geographic distribution, comments and illustrations were prepared to them. Among them, Clitoria laurifolia Poir., Dioclea guianensis Benth., Erythrina amazonica Krukoff e Mucuna pruriens (L.) DC. were new records to the study areas. The genus Clitoria was the most representative (2 spp.), and Centrosema brasilianum (L.) Benth. was the most common specie in the areas.

Keywords: Clitoria, Centrosema brasilianum, coastal, morphology, .

1. Introdução agregar plantas muito utilizadas na alimentação, como Leguminosae é representada por aproximadamente forrageiras, ornamentais e outras. 727 gêneros e 19.325 espécies distribuídas nos diferentes Por suas peculiaridades, o litoral amazônico é ecossistemas mundiais, sendo portanto considerada a considerado de alta prioridade para a conservação da terceira maior família entre as angiospermas (LEWIS et al. biodiversidade, além de ser um dos ecossistemas 2005). Atualmente, é reconhecida como uma única família litorâneos brasileiros mais preservados, com extensas monofilética, composta por três subfamílias, áreas, em grande parte ainda não investigada Caesalpinioideae, Mimosoideae e Papilionoideae (DOYLE cientificamente (SOUSA et al. 2009). Assim, o objetivo et al., 1997; APG II, 2003; WOJCIECHOWSKI et al., deste estudo foi realizar o tratamento taxonômico das 2004; LEWIS et al., 2005; APG III, 2009). espécies de Papilionoideae das restingas do Estado do De acordo com Lewis et al. (2005), Papilionoideae é a Pará, com ênfase na tribo Phaseoleae, servindo de maior das três subfamílias com 13.800 espécies incremento tanto ao conhecimento desse ecossistema, como agrupadas em 28 tribos de ampla distribuição nas zonas sobre o Bioma Amazônia. tropicais, subtropicais e regiões temperadas, e maior diversidade nos trópicos americanos e africanos. 2. Material e Métodos Os trabalhos de cunho florístico realizados em Nas restingas amazônicas, as áreas mais expressivas restingas amazônicas demonstram a importância da de vegetação são as do litoral paraense (AMARAL et al. Papilionoideae na caracterização das formações vegetais 2008; SOUSA et al. 2009), situadas no nordeste do deste ecossistema, principalmente na costa do estado do estado (0º 30' a 1º S e 46º a 48º WGr e) (COSTA-NETO Pará, devido à frequência com que ocorrem suas espécies, et al. 2000). O solo é arenoso, pobre em argila e matéria sendo a tribo Phaseoleae uma das mais representativas orgânica, com baixa capacidade de armazenar água e (SANTOS e ROSÁRIO 1988; BASTOS et al. 1995; nutrientes, no sentido mar-continente, a vegetação é AMARAL et al. 2001; AMARAL, et al. 2008). dividida em seis formações vegetais: halófila, psamófila Segundo Lackey (1981), Phaseoleae é a maior tribo reptante, brejo herbáceo, campo entre dunas, formação em número de gêneros e a mais importante aberta de moitas e floresta de restinga restinga (COSTA- economicamente entre as tribos de Leguminosae, por NETO et al. 1996; AMARAL et al. 2008).

Biota Amazônia ISSN 2179-5746 Macapá, v. 5, n. 3, p. 14-22, 2015 Disponível em http://periodicos.unifap.br/index.php/biota Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Attribution 4.0 Internacional Submetido em 24 de Setembro de 2014 / Aceito em 22 de Agosto de 2015 Silva et al. | Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas amazônicas

O material utilizado para análise inclui exsicatas analíticas, diagnoses e descrições contidas em depositadas nos Herbários do Museu Paraense Emílio literatura. A classificação usada para família é a Goeldi (MG) e da Embrapa Amazônia Oriental (IAN), recomendada por Lewis e Schrire (2003), que utilizam bem como material fértil proveniente de coletas Leguminosae ao invés de , evitando realizadas no período de setembro de 2009 a ambigüidade. As ilustrações foram feitas com o auxílio setembro de 2010, de acordo com técnicas propostas de estereomicroscópio acoplado à câmara-clara. Os por Fidalgo e Bononi (1984), e o material testemunho dados de distribuição geográfica estão de acordo com incorporado ao acervo destes Herbários. Tropicos (2014), Lima et al. (2014) e Silva et al. (1989). A terminologia morfológica segue Hickey (1973), Barroso (1991) e Gonçalves e Lorenzi (2007). 3. Resultados A identificação dos táxons foi baseada em material A tribo Phaseoleae DC. é representada nas restingas herborizado certificado por especialistas, análise dos do Estado do Pará por 10 espécies, sendo quatro destas tipos, quando disponíveis, e com auxílio de chaves citadas pela primeira vez para estas áreas (Tabela 1).

Tabela 1. Espécies da tribo Phaseoleae registradas em formações vegetais das restingas do Estado do Pará. Formações Vegetais Gêneros Espécies H PR BH CD FAM FR Canavalia Adans. C. rosea (Sw.) DC. - X - - - - Centrosema (DC.) Bentth. C. brasilianum (L.) Benth. - - - X X - C. falcata Lam. var. falcata - - X X - - Clitoria L. C. lauriifolia Poir.* - - - X - - Dioclea Kunth D. guianensis Benth.* - - - X X - Erythrina L. E. amazonica Krukoff* ------Galactia P. Browne G. jussiaeana Kunth - - X X - Macroptilium (Benth.) - - X X X - M. gracile (Poepp. ex Benth.) Urban. Urb. Mucuna Adans. M. pruriens (L.) DC.* - - X - - Vigna Savi V. luteola (Jacq.) Benth. - X X X - -

Chave para identificação de espécies da tribo seríceo ou panoso ...... 9 Phaseoleae (Leguminosae-Papilionoideae) das 8. Folíolos com base cuneada; óvulos 10; estigma restingas amazônicas achatado; estípite do fruto 4 mm comp. 1. Cálice tubuloso ...... 2 ...... Vigna luteola 1'. Cálice campanulado ...... 6 8'. Folíolos com base subcordada a arredondada; 2. Folíolos oblongos ou ovalados ...... 3 estigma truncado; óvulos 21-25; estípite do fruto 2'. Folíolos de outras formas ...... 4 ausente ...... Centrosema brasilianum 3. Liana; ramos hirsutos; estandarte orbicular a largo- 9. Folíolos com ápice mucronado; estandarte 7-10 mm ovalado; estames diadelfos; ovário séssil; estigma comp.; estigma puntiforme; semente elíptica capitado...... Clitoria falcata var. falcata ...... Galactia jussiaeana 3'. Erva a arbusto ereto; ramos seríceos; estandarte 9'. Folíolos com ápice agudo; estandarte 20-21 mm ovalado; estames monadelfos; ovário estipitado; comp.; estigma capitado; semente oblonga a ovalada estigma truncado...... Clitoria laurifolia ...... Mucuna pruriens 4. Erva reptante; estípulas ausentes; folíolos com margem inteira; estigma cristado...... Canavalia rosea DESCRIÇÃO DOS TÁXONS 4'. Lianas; estípulas presentes; folíolos com margem 1. Canavalia rosea (Sw.) DC., Prodromus Systematis ciliada; estigma capitado ...... 5 Naturalis Regni Vegetabilis 2: 404. 1825. (Figura 1). 5. Estípulas e brácteas deltóides, com ápice agudo; Erva reptante, 26-60 cm altura; ramos estriados a estames monadelfos; fruto velutino, com margens sulcados, inermes, seríceos, esparso-seríceos ou esparso- sinuadas...... Dioclea guianensis tomentoso. Estípulase estipelas ausentes; pulvino 1 cm 5'. Estípulas e brácteas triangulares, com ápice comp.; pecíolo 5-11,5 cm comp.; raque foliar 3-6,5 cm acuminado; estames diadelfos; fruto seríceo, com comp.; folíolos 6-12 cm comp. x 4-10 cm larg., margens retas ...... Macroptilium gracile obovalados a orbiculares, ápice retuso a arredondado, 6. Arbusto; ramos aculeados; fruto moniliforme ocasionalmente mucronulado, base aguda a cuneada, ...... Erythrina amazonica margem inteira, esparso-puberulentos em ambas as 6'. Erva reptante a trepadeira ou liana; ramos inermes; faces, nervuras conspícuas adaxialmente e fruto linear a oblongo-falciforme ...... 7 proeminentes na face abaxial. Inflorescência em 7. Estipelas e fruto glabros ...... 8 racemo; pedúnculo 8-29 cm comp.; raque floral 6-30 cm 7'. Estipelas pilosas ou glabrescentes; fruto esparso- comp., nodosa; pedicelo 2 mm comp.; brácteas ausentes

Biota Amazônia 15 Silva et al. | Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas amazônicas bractéolas2 mm comp. x 1,5 mm larg., ovaladas, ápice 2. Centrosema brasilianum (L.) Benth. Commentationes de arredondado a retuso, base arredondada a obtusa, Leguminosarum Generibus 54. 1837. Figura 1. margem ciliada, pubescentes abaxialmente, glabras Liana; ramos estriados a sulcados, inermes, hirsutos e adaxialmente; cálice 1-1,5 cm comp., persistente, tubuloso, pilosos a glabrescentes. Estípulas 2-3,5 mm comp. x 1-2 mm esparso-seríceo na face abaxial, glabro na face adaxial; larg., persistentes, ovaladas a deltóides, ápice acuminado, lacínias 5, 2-5 mm comp. x 2-8 mm larg., ovaladas a base truncada, margem inteira, glabras nas duas faces, triangulares, ápice arredondado a atenuado, margem nervuras conspícuas em ambas as faces; estipelas 2 mm ciliada; corola lilás; pétalas com margem inteira, glabras; comp., persistentes, subuladas, glabras; pulvino 2 mm comp.; estandarte 30-35 mm comp. x 27 mm larg., subcordado a pecíolo 0,5-35 mm comp.; raque foliar 5-10 mm; folíolos 20- largo-ovalado, ápice retuso a emarginado; asas 28 mm 70 mm comp. x 5-36 mm larg., ovalados a lanceolados, ápice comp. x 8 mm larg., espatuladas a falciformes; pétalas da mucronado, base subcordada a arredondada, margem quilha 27-28 mm comp. x 10-11 mm larg., falciformes; ciliada a inteira, ambas as faces puberulentas a glabras, estames monadelfos; anteras 2 mm comp., dorsifixas; ovário nervuras conspícuas adaxialmente, nervuras principal e 20 mm comp. x 2 mm diam., seríceo, estipitado, estípite 2 mm secundárias proeminentes abaxialmente. Inflorescência em comp., seríceo; óvulos 6- 9; estilete 6-7 mm comp., curvo; racemo, axilar; pedúnculo inconspícuo; raque floral estigma cristado. Fruto 9-15 cm comp. x 2-3 cm diam., verde, inconspícua a 5 mm comp.; pedicelo 6-10 mm comp.; brácteas oblongo, esparso-pubescente, margem superior reta, inferior 8 mm comp. x 8-10 mm larg., obcordadas a largo-ovaladas, subcrenada; estames residuais presentes; semente 19 mm ápice agudo a acuminado, base cordada, margem ciliada, comp. x 20 mm diam., ovalada a elíptica, marrom, lisa. puberulentas abaxialmente, glabras adaxialmente; Distribuição: Belize, Brasil, Camboja, Caribe, China, El bractéolas15-17 mm comp. x 8 mm larg., ovaladas, ápice Salvador, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, agudo, base truncada, margem ciliada, vilosas abaxialmente, Índia, Laos, México, Panamá, Venezuela e Vietnã. No Brasil: puberulentas adaxialmente; cálice 7 mm comp., persistente, PA, MA, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, ES, RJ, SP e PR. Nas campanulado, puberulento na face abaxial e glabro na face restingas do Pará: Maracanã e Marapanim. adaxial; lacínias 4, 1-4 mm comp. x 2,5-6 mm larg., deltóides, Material selecionado: Brasil. Pará: Maracanã, ilha de ápice obtuso, arredondado a acuminado, margem ciliada; Algodoal, Praia da Princesa, 26.V.2010, fl. e fr., M. Falcão et corola lilás; estandarte 15-45 mm comp. x 19-50 mm larg., al. 144 (MG); Marapanim, Vila de Marudá, Restinga do orbicular a largo-eliptico, calcarado no dorso, ápice retuso, Crispim, 17.IV.2010, fl. e fr., M. Falcão et al. 81 (MG); margem inteira, puberulento abaxialmente, glabro Marapanim, Vila de Marudá, Restinga do Crispim, adaxialmente; asas 2,5-3 cm comp. x 1-1,5 cm larg., 18.XI.1992, fr., M. N. C. Bastos et al. 1241 (MG); oblongo-falciformes; pétalas da quilha 2,5-3 cm comp. x 1,5- Marapanim, Vila de Marudá, Restinga do Crispim, 2 mm larg., ovaladas; asas e pétalas da quilha com margem 08.V.1993, fl. e fr., M. N. C. Bastos et al. 1363 (MG). inteira, glabras adaxialmente pilosas próximo à margem superior na face abaxial; estames diadelfos; anteras 2 mm F comp., dorsifixas; ovário 16-20 mm comp. x 1 mm diam., C E puberulento, piloso no ápice, séssil; óvulos 21-25; estilete 15- 20 mm comp., curvo, pubescente a seríceo; estigma truncado e barbado. Fruto 8,5-15 cm comp. x 0,5-4,5 cm diam., verde, linear, glabro, margem reta; estípite do fruto ausente; estilete residual 1-2 cm comp., reto; semente 2-4 mm comp. x 1-4 mm diam., oblonga a quadrangular, marrom, lisa. Distribuição: Bolívia, Brasil, Caribe, Colômbia, Guiana, A B D Guiana Francesa, Panamá, Peru, Suriname e Venezuela. Para o Brasil: AM, RR, AP, PA, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, MT, J GO, DF, MS, MG, ES, RJ, SP, PR e SC. Nas restingas do Pará: H Augusto Corrêa, Maracanã, Marapanim e Salinópolis. Material selecionado: Brasil. Pará: Maracanã, ilha de Algodoal/Maiandeua, Praia da Princesa, 26.V.2010, fl., M. Falcão et al. 118 (MG); Maracanã, ilha de G Algodoal/Maiandeua, Praia da Princesa, 01.VII.1992, fr., L.C. N B. Lobato e R. Nascimento 478 (MG); Marapanim, restinga do M Crispim, 09.IX.2002, fl. e fr., M. S. Souza et al. 22 (MG). I K L 3. Clitoria falcata Lam. var. falcata, Encyclopédie Méthodique, Botanique 2(1): 51. 1786. Figura 1. Figura 1. Canavalia rosea: A) hábito; B) cálice; C) gineceu. Centrosema brasilianum: D) hábito; E) cálice; F) gineceu. Clitoria Liana; ramos estriados, inermes, hirsutos. Estípulas 6-8 mm falcata var. falcata: G) hábito; H) cálice; I) estandarte; J) androceu. comp. x 3-4 mm larg., persistentes, ovaladas, ápice agudo, Clitoria laurifolia: K) hábito; L) cálice; M) estandarte; N) androceu. base truncada, margem ciliada, superfície pubescente e

Biota Amazônia 16 Silva et al. | Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas amazônicas esparso-hirsuta na face abaxial, glabra na interna, abaxialmente e glabra adaxialmente, nervuras nervuras conspícuas adaxialmente e abaxialmente; conspícuas em ambas as faces; estipelas 2-3 mm comp., estipelas 6 mm comp. x 1 mm larg., persistentes, persistentes, estreito-lanceoladas a lineares, seríceas lanceoladas, pubescente a puberulenta na face abaxialmente e glabras adaxialmente; pulvino 2 mm abaxial, glabra na face adaxial; pulvino 2-3 mm comp.; comp.; pecíolo inconspícuo a 2 cm comp.; raque foliar 3- pecíolo 2-4 cm comp.; raque foliar 1-2 mm.; folíolos 4-8 5 mm; folíolos 3-8 cm comp. x 1-3 cm larg., oblongos, cm comp. x 1,5-5 cm larg., ovalados, ápice cuneado, ápice retuso, base cuneada, margem ciliada, superfície base arredondada a cuneada, margem ciliada, serícea abaxialmente a esparso-seríceo adaxialmente, superfície tomentosa abaxialmente e glabra nervuras conspícuas adaxialmente, nervura principal adaxialmente, nervuras conspícuas adaxialmente, proeminente abaxialmente. Inflorescência em racemo, nervura principal proeminente abaxialmente. axilar; pedúnculo 15-20 mm comp.; raque floral Inflorescência em racemo, axilar; pedúnculo 1,5-9 cm inconspícua; pedicelo 3 mm comp.; brácteas 2-3 mm comp.; raque floral 2-10 mm comp., frequentemente comp. x 2 mm larg., ovaladas, ápice agudo a inconspícua; pedicelo 2 mm comp.; brácteas 3-4 mm acuminado, base truncada, margem ciliada, seríceas na comp. x 2 mm larg., ovalada, ápice agudo a acuminado, face abaxial, glabras na interna; bractéolas7-8 mm base truncada, margem ciliada, superfície abaxial comp. x 3-4 mm larg., ovaladas a lanceoladas, ápice esparso-tomentosa, adaxial glabra; bractéolas11 mm agudo, base truncada, margem ciliada, superfície comp. x 5 mm larg., oblongo-lanceolada, ápice esparso-serícea abaxialmente, glabra adaxialmente; acuminado, base truncada, margem ciliada, superfície cálice 3,2 cm comp., persistente, tubuloso, esparso- hisurta e puberulenta abaxialmente, glabra hirsuto e puberulento na face abaxial, glabro na face adaxialmente; cálice 3,2 cm comp., persistente, tubuloso, adaxial; lacínias 5, 13-15 mm comp. x 4-5 mm larg., esparso-hirsuto e puberulento na face abaxial, glabro lanceoladas, ápice acuminado, margem ciliada; corola na face adaxial; lacínias 5, 13-15 mm comp. x 4-5 mm azul e vermelha; estandarte 5,5 cm comp. x 5,5 cm larg., larg., lanceolados, ápice acuminado, margem ciliada; ovalado, ápice retuso, margem ciliada, esparso-seríceo corola branca; estandarte 5 cm comp. x 4,3 cm larg., abaxialmente, glabro adaxialmente; asas 3,5-4 cm orbicular a largo-ovalado, ápice retuso, margem comp. x 2-2,5 cm larg., estreito-obovadas, margem ciliada, piloso abaxialmente, glabro adaxialmente; ciliada, superfície pilosa abaxialmente e glabra asas 3,2 cm comp. x 0,8 cm larg., falciformes, margem adaxialmente; pétalas da quilha 2,5-3 cm comp. x 0,5- ciliada, superfície glabra adaxialmente e puberulenta 0,6 cm larg., ovaladas, margem inteira, glabras nas abaxialmente; pétalas da quilha 2,5 cm comp. x 0,5 cm duas faces; estames monadelfos; anteras 2 mm comp., larg., ovaladas a elípticas, margem inteira, glabras dorsifixas; ovário 7 mm comp. x 1 mm diam., adaxialmente e puberulentas abaxialmente; estames puberulento, estipitado, estípite 4 mm comp.; óvulos 9; diadelfos; anteras 1 mm comp., dorsifixas; ovário 7 mm estilete 25 mm comp., curvo; estigma truncado. Fruto 40 comp. x 1 mm diam., puberulento e piloso, séssil; óvulos mm comp. x 7 m diam., marrom a preto, oblongo, 9; estilete 15 mm comp., curvo; estigma capitado. Fruto esparso-pubescente, margens retas; estípite do fruto 7- túrgido, 3-4 cm comp. x 1-1,3 cm diam., verde a marrom, 10 mm comp.; semente 6 mm comp. x 6 mm diam., oblata oblongo-falciforme, piloso a puberulento, margens a globulosa, marrom, lisa. retas; estípite do fruto 10 mm comp.; estilete residual 7 Distribuição: Brasil, Bruma, Caribe, China, Guiana, mm comp., reto a sinuado; semente 4-5 mm comp. x 5-6 Guiana Francesa, Índia, Indonésia, Malásia, México, mm diam., depresso-ovalada, marrom, lisa. Singapura, Sri Lanka, Suriname, Tailândia, Venezuela e Distribuição: Bolívia, Brasil, Caribe, Costa Rica, Vietnã. No Brasil: RR, PA, AM, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, Equador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, SE, MG, ES, RJ, SP e PR. Nas restingas do Pará: Curuçá e Honduras, México, Paraguai, Suriname e Venezuela. Salinópolis. Para o Brasil: AP, PA, AM, AC, TO, CE, MT, GO, MG, RJ, SP Material selecionado: Brasil. Pará: Curuçá, Praia da e PR. Nas restingas do Pará: Maracanã, Marapanim e Romana, 15.XII.1992, fl. e fr., M. N.C. Bastos et al. Salinópolis. 1322 (MG); Salinópolis, Praia do Atalaia, 26.X.2005, Materialselecionado: Brasil. Pará: Maracanã, ilha de fl. e fr., A. E. S. Rocha 332 (MG). Algodoal/Maiandeua, Praia da Princesa, 04.IX.2009, fr., M. Falcão et al. 49 (MG); Maracanã, ilha de 5. Dioclea guianensis Benth., Commentationes de Algodoal/Maiandeua, Praia da Princesa, 26.V.2010, fl. Leguminosarum Generibus 70. 1837. Figura 2. e fr., M. Falcão et al. 123 (MG). Liana; ramos estriados, inermes, pubescentes. Estípulas 1-2 mm comp. x 1,5-2 mm larg., caducas, 4. Clitoria laurifolia Poir., Encyclopédie Méthodique, deltóides, ápice agudo, base truncada, margem ciliada, Botanique, Supplément 2(1): 301. 1811. Figura 1. superfície abaxial pilosa e adaxial glabra, nervuras Erva arbusto ereto, 0,40-1 m alt.; ramos estriados, conspícuas em ambas as faces; estipelas 1,5-2 mm inermes, seríceos. Estípulas 3-6 mm comp. x 2-3 mm larg., comp., persistentes, subuladas, glabras; pulvino 3 mm persistentes, deltóides a ovaladas, ápice acuminado, comp.; pecíolo 2-5,5 cm comp.; raque foliar 2-5 mm base truncada, margem ciliada, superfície serícea comp.; folíolos 3,5-9 cm comp. x 1,5-4,5 cm larg.,

Biota Amazônia 17 Silva et al. | Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas amazônicas lanceolados, elípticos a ovalados, ápice cuspidado a proeminentes abaxialmente. Inflorescência em racemo, acuminado, base arredondada a cuneada, margem axilar; pedúnculo 0,5-2,5 cm comp.; raque floral 2-16 cm ciliada, superfície espaçadamente pubescente nas duas comp.; pedicelo 3-6 mm comp.; brácteas 1-2 mm comp. x 1 faces, nervuras conspícuas na superfície adaxial, nervura mm larg., ovaladas, ápice obtuso, base truncada, margem principal e secundárias proeminentes na superfície abaxial. ciliada, superfície abaxial serícea e adaxial glabra; Inflorescência em racemo, fasciculada, axilar; pedúnculo 2- bractéolas menor que 1 mm comp., elípticas, ápice agudo, 8,5 cm comp.; raque floral 7-45 cm comp., nodosa; base truncada, margem ciliada, seríceas abaxialmente e pedicelo 3 mm comp.; brácteas 1,5-2 mm comp. x 1-1,5 glabras adaxialmente; cálice 11-13 mm comp., persistente, mm larg., deltóides, ápice agudo, base truncada, margem campanulado, face abaxial serícea a estrigosa e glabra ciliada, pubescentes abaxialmente e glabras adaxialmente; lacínias 3, inconspícuas, truncadas, ápice adaxialmente; bractéolas 4 mm comp. x 3 mm larg., arredondado, margem inteira; corola vermelha; estandarte ovaladas, ápice obtuso, base truncada, margem ciliada, 6-8 cm comp. x 1,5-2 cm larg., lanceolado, ápice retuso, pubescentes abaxialmente e glabras adaxialmente; cálice margem inteira, esparso-estrigoso abaxialmente e glabro 15 mm comp., persistente, tubuloso, face abaxial adaxialmente; asas 15-16 mm comp. x 7 mm larg., glabrescente, pubescente adaxialmente; lacínias 4, 3-8 mm obovaladas; pétalas da quilha 11 mm comp. x 5 mm larg., comp. x 4-8 mm larg., ovaladas a triangulares, ápice obovaladas; asas e pétalas da quilha com margem inteira, acuminado, margem ciliada; corola lilás; estandarte 20-22 glabras nas duas faces; estames monadelfos; anteras 3-4 mm comp. x 15-26 mm larg., ovalado, ápice mm comp., dorsifixas; ovário 15-30 mm comp. x 1-1,5 mm profundamente retuso, margem ciliada, glabro diam., seríceo, estipitado, estípite 15-30 mm comp.; óvulos abaxialmente e puberulento adaxialmente; asas 20-24 17; estilete 18-25 mm comp., reto; estigma puntiforme. mm comp. x 9 mm larg., ovaladas, margem ciliada, glabras Fruto 16 cm comp. x 2 cm diam., ocre, moniliforme, seríceo, abaxialmente e puberulentas adaxialmente; pétalas da margens sinuadas; estípite do fruto 3 cm comp.; estilete quilha 15-17 mm comp. x 8 mm larg., rômbicas, margem residual 6-18 mm comp., sinuado; semente 12 mm comp. x serreada na região apical, glabras nas duas faces; 9 mm diam., ovalada, laranja, lisa. estames monadelfos; anteras 1 mm comp., dorsifixas; Distribuição: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, ovário 10 mm comp. x 1 mm diam., seríceo, estipitado, Guiana Francesa, Peru e Suriname. No Brasil: PA, AM, AC e estípite 3 mm comp.; óvulos 13-14; estilete 5 mm comp., MA. Nas restingas do Pará: São Caetano de Odivelas. curvo; estigma capitado. Fruto 7,5-9 cm comp. x 1,5-2 cm Material selecionado: Brasil. Pará: São Caetano de diam., verde a marrom, oblongo e apiculado, velutino, Odivelas, ilha de Itaquari, 25.VIII.1998, fr., M. N. C. Bastos margens sinuadas; semente 7 mm comp. x 4 mm diam., et al. 1913 (MG). oblonga, castanha, lisa. Material adicional: Brasil. Pará: Barcarena, ilha das Distribuição: Belize, Bolívia, Brasil, Caribe, Colômbia, Costa Onças, 14.I.1985, est., A. Gély 202 (MG). Maranhão: Rica, Equador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Vitória do Arari, 30.VI.1978, fl. e fr., N. A. Rosa 2464 (MG). Honduras, México, Panamá, Suriname e Venezuela. No Brasil: RR, AP, PA, AM e AC. Nas restingas do Pará: Augusto C Corrêa, Maracanã e Marapanim. Material selecionado: Brasil. Pará: Maracanã, ilha de Algodoal, Fortalezinha, 05-20.XII.1999, fl., L. C. B. Lobato et al. 2475 (MG); Maracanã, ilha de B Algodoal\Maiandeua, 27.V.2010, fl., M. Falcão et al. 166 (MG); Marapanim, Restinga do Crispim, 27.VIII.2003, fr., E. M. E. S. Albim et al. 22 (MG); Marapanim, Restinga do A E D Crispim, 03.V.2008, fl., A. E. S. Rocha 1020 (MG). M I 6. Erythrina amazonica Krukoff, Brittonia 3(2): 270-271. 1939. Figura 2. Arbusto decíduo, 3 m alt.; ramos estriados, aculeados, J G pubescentes, seríceos ou tomentosos. Estípulas 1,5 mm comp. x 2 mm larg., caducas, lanceoladas, ápice agudo, base H truncada, margem ciliada, superfície tomentosa abaxialmente e glabra adaxialmente, nervuras conspícuas na superfície adaxial, nervuras principal e secundária N O proeminentes na superfície adaxial; estipelas 1-1,5 mm L comp. x 1 mm larg., persistentes, ovaladas, glabras; pulvino 3-5 mm comp.; pecíolo 8,5-18 cm comp., às vezes diminutos K espinhos; raque foliar 3-4 cm comp.; folíolos 7-12 cm comp. Figura 2. Dioclea guianensis: A) hábito; B) estípula; C) cálice; D) x 7-10 cm larg., ovalados, ápice agudo a acuminado, base bráctea; E) androceu; F) fruto. Erythrina amazonica: G) hábito; H) obtusa, margem inteira, superfície em ambas as faces cálice; I) fruto. Galactia jussiaeana: J) hábito; K) cálice; L) esparso-tomentosa, nervuras conspícuas adaxialmente e estandarte; M) gineceu; N) fruto; O) semente.

Biota Amazônia 18 Silva et al. | Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas amazônicas

7. Galactia jussiaeana Kunth, Mimoses 196-200, pl. 55. cm comp.; raque foliar 3-6 mm comp.; folíolos 2-4 cm 1824. Figura 2. comp. x 0,3-4 cm larg., lineares a lanceolados, ápice Liana; ramos sulcados, inermes, pilosos, tomentosos, mucronado, base assimétrica e lobada, margem ciliada, vilosos a seríceos. Estípulas 3-4 mm comp. x 1,5-2 mm superfície pilosa nas duas faces, nervuras principal e larg., persistentes, triangulares, ápice acuminado, base secundárias proeminentes adaxial e abaxialmente. truncada, margem ciliada, superfície pilosa na face Inflorescência em racemo, terminal; pedúnculo 8-38 cm abaxial e glabra na interna, nervuras conspícuas em comp.; raque floral 8-13,5 cm comp., nodosa; pedicelo 1- ambas as faces; estipelas 2-4 mm comp., persistentes, 2 mm comp.; brácteas 1-3 mm comp. x 1 mm larg., subuladas, glabrescentes; pulvino 2-3 mm comp.; pecíolo triangulares, ápice acuminado, base truncada, margem 2,5-5,5 cm comp.; raque foliar 8-11 mm comp.; folíolos 2- ciliada, seríceas abaxialmente e glabras adaxialmente; 5 cm comp. x 1-2,5 cm larg., largo-lanceolados a bractéolas 1-2 mm comp. x 1 mm larg., triangulares, ovalados, às vezes elípticos, ápice mucronado, base ápice acuminado, base truncada, margem ciliada, cordada a arredondada, margem inteira, superfície seríceas abaxialmente e glabras adaxialmente; cálice 5 abaxial esparso-serícea e adaxial glabra, nervuras mm comp., persistente, tubuloso, face abaxial serícea e conspícuas adaxialmente, somente nervura principal face adaxial glabra; lacínias 5, 1 mm comp. x 1-2 mm proeminente abaxialmente. Inflorescência em racemo, larg., deltóides, ápice agudo, margem ciliada; corola axilar; pedúnculo 2-7 cm comp., às vezes inconspícuo; vermelha; estandarte 12-13 mm comp. x 9-10 mm larg., raque floral 1-7 cm comp.; pedicelo 3-5 mm comp.; cordado, ápice retuso, margem inteira, glabro nas duas brácteas 2 mm comp. x 0,5-1 mm larg., ovaladas, ápice faces; asas 15-23 mm comp. x 11-13 mm larg., cuneado, base truncada, margem ciliada, seríceas a orbiculares; pétalas da quilha 13-16 mm comp. x 2 mm glabrescentes abaxialmente e glabras adaxialmente; larg., oblongo-retorcidas; asas e pétalas da quilha com bractéolas 2,5-3 mm comp. x 1 mm larg., triangulares, margem inteira, glabras nas duas faces; estames ápice agudo, base truncada, margem ciliada, seríceas a diadelfos; anteras 1 mm comp., dorsifixas; ovário 6-7 mm glabrescentes abaxialmente e glabras adaxialmente; comp. x 1 mm diam., seríceo-tomentoso, séssil; óvulos 15- cálice 6-8 mm comp., persistente, campanulado, face 17; estilete 6-9 mm comp., curvo; estigma capitado e abaxial glabrescente, adaxial serícea; lacínias 4, 3-5 barbado. Fruto 4,5-7 cm comp. x 0,3 cm diam., verde, mm comp. x 2-3 mm larg., triangulares a ovaladas, ápice linear, seríceo, margens retas; semente 2,5-3 mm comp. x acuminado, margem ciliada; corola lilás; estandarte 7-10 1-3 mm diam., oblonga, marrom, lisa. mm comp. x 5-6 mm larg., ovalado a orbicular, ápice Distribuição: Belize, Brasil, Caribe, Guiana, Guiana retuso, margem ciliada apenas no ápice, glabro nas duas Francesa, México, Panamá e Venezuela. No Brasil: RR, AP, faces; asas 8 mm comp. x 3 mm larg., elípticas a PA, AM, MA, PI, CE, PB, PE, BA, MT, GO, MS, MG, RJ e SP. lanceoladas; pétalas da quilha 8-9 mm comp. x 3 mm Nas restingas do Pará: Maracanã. larg., oblongas; asas e pétalas da quilha com margem Material selecionado: Brasil. Pará: Maracanã, ilha de inteira, glabras nas duas faces; estames diadelfos; Algodoal, Praia da Princesa, 26-27.V.2010, fl. e fr., M. anteras 2 mm comp., dorsifixas; ovário 5 mm comp. x 1 Falcão et al. 179 (MG). mm diam., tomentoso, séssil; óvulos 10; estilete 6 mm comp., curvo; estigma puntiforme. Fruto 4 mm comp. x 0,5 9. Mucuna pruriens (L.) DC., Prodromus Systematis mm diam., marrom, oblongo-falciforme, esparso-seríceo, Naturalis Regni Vegetabilis 2: 405. 1825. Figura 3. margens retas; semente 4 mm comp. x 3 mm diam., Liana; ramos sulcados, inermes, esparso-seríceos a elíptica, marrom, lisa. tomentosos. Estípulas 3-5 mm comp. x 1 mm larg., Distribuição: Argentina, Brasil, Caribe, Colômbia, caducas, lanceoladas, ápice acuminado, base truncada, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil: margem ciliada, tomentosas abaxialmente, glabras RR, AP, PA, AM, RO, MA, PI, BA e GO. Nas restingas do adaxialmente, nervuras inconspícuas em ambas as faces; Pará: Maracanã e Marapanim. estipelas 6-7 mm comp., persistentes, subulares, pilosas; Material selecionado: Brasil. Pará: Maracanã, ilha de pulvino 1 cm comp.; pecíolo 22-24 cm comp.; raque foliar Algodoal\Maiandeu, 26-27.V.2010, fl., M. Falcão et al. inconspícua; folíolos 16-17 cm comp. x 8,5-10 cm larg., 172 (MG). ovalados, ápice agudo, base oblíqua, margem inteira, superfície esparso-seríceos nas duas faces, nervuras 8. Macroptilium gracile (Poepp. ex Benth.) Urb., Symbolae conspícuas adaxial e abaxialmente. Inflorescência em Antillanae seu Fundamenta Florae Indiae Occidentalis racemo, axilar; pedúnculo 6-13 cm comp.; raque floral 9(4): 457. 1928. Figura 3. 48 cm comp.; pedicelo 5-7 mm comp.; brácteas e Liana; ramos sulcados, inermes, hirsutos, tomentosos, bractéolas não vistas; cálice 10-15 mm comp., vilosos ou seríceos. Estípulas 2-4 mm comp. x 1 mm larg., persistente, campanulado, tomentoso tanto na face persistentes, triangulares, ápice acuminado, base abaxial quanto na adaxial; lacínias 4, 4-10 mm comp. x truncada, margem ciliada, superfície pilosa na face 4-8 mm larg., triangulares, ápice agudo a acuminado, abaxial e glabra na adaxial, nervuras conspícuas em margem ciliada; corola lilás; estandarte 20-21 mm comp. ambas as faces; estipelas 1-1,5 mm comp., persistentes, x 12-16 mm larg., ovalado, ápice arredondado a lineares, pilosas; pulvino 1-2 mm comp.; pecíolo 1,5-3,5 ligeiramente retuso, margem inteira, glabro nas duas

Biota Amazônia 19 Silva et al. | Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas amazônicas faces; asas 40 mm comp. x 10-12 mm larg., estreito- duas faces glabras, nervuras conspícuas em ambas as oblanceoladas, margem inteira com região da base faces; estípulas internasausentes; estipelas 1-4 mm comp. ciliada, glabras nas duas faces sendo esparso-tomentosas x 1-2 mm larg., persistentes, ovaladas a lanceolada, na região da base próximo à margem; pétalas da quilha glabras nas duas faces; pulvino 2-6 mm comp.; pecíolo 45 mm comp. x 4 mm larg., estreito-falciformes, margem 1,5-5 cm comp.; raque foliar 0,5-1,5 cm comp.; folíolos 3- ciliada, glabras nas duas faces; estames diadelfos; 9 cm comp. x 0,5-3 cm larg., estreito-lanceolados a anteras 1-2 mm comp., basifixas; ovário 7 mm comp. x 1 ovalados, ápice mucronado, base cuneada, margem mm diam., pubescente, séssil; óvulos 6; estilete 32 mm ciliada, espaçadamente pilosos a glabros em ambas as comp., reto; estigma capitado. Fruto 7-8 cm comp. x 1,5-2 faces, nervura principal proeminente nas duas faces. cm diam., verde escurecido, linear, panoso, margem reta; Inflorescência em racemo, axilar; pedúnculo 1-20,5 cm semente 8-10 mm comp. x 5-7 mm diam., oblonga a comp.; raque floral 3-5 cm comp., nodosa; pedicelo 2-4 ovalada, marrom, lisa. mm comp.; brácteas 2,5-3 mm comp. x 1 mm larg., Distribuição: Belize, Brasil, Caribe, China, Costa Rica, El triangulares, ápice agudo, base truncada, margem Salvador, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana ciliada, glabras adaxialmente e glabrescente Francesa, Honduras, Índia, Madagascar, México, Panamá, abaxialmente; bractéolas 2 mm comp. x 1 mm larg., Suriname, Taiwan e Venezuela. No Brasil: PA, AM, TO, RO, triangulares, ápice agudo, base truncada, margem BA, GO, DF, RJ, SP e PR. Nas restingas do Pará: Maracanã. ciliada, superfície glabra adaxialmente e glabrescente Material selecionado: Brasil. Pará: Maracanã, Praia da abaxialmente; cálice 6 mm comp., persistente, Marieta, 24-26.XI.2007, fr., A. E. S. Rocha et al. 841 campanulado, esparso-piloso abaxialmente e papiloso (MG). adaxialmente; lacínias 4, 2-3 mm comp. x 2-3 mm larg., Material adicional: Brasil. Rondônia: Guajará Mirim – deltóides, ápice acuminado a bidentado, margem ciliada; Abunã, Km 12-36, 01.II.1983, fr., M. G. Silva e C. Rosário corola amarela; pétalas com margem inteira, glabras nas 455 (MG); Porto Velho – Cuiabá, BR 364, Km 240, duas faces; estandarte 20 mm comp. x 25 mm larg., 12.II.1983, fl. e fr., L. O. A. Teixeira et al. 1443 (MG). obovalado, ápice emarginado; asas 20 mm comp. x 12 mm larg., ovaladas; pétalas da quilha 27 mm comp. x 8mm larg., ovalado-falcadas; estames diadelfos; anteras B 1 mm comp., dorsifixas; ovário 8 mm comp. x 1 mm diam., puberulento, séssil; óvulos 10; estilete 20 mm comp., curvo; estigma achatado e barbado. Fruto 3,5-8 cm comp. x D C 0,7-1 cm diam., preto, linear, glabro, margens retas; estípite do fruto 4 mm comp.; semente 5-8 mm comp. x 4-5 mm larg., oblonga a orbicular, marrom, lisa. Distribuição: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Caribe, China, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, A Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, H Panamá, Peru, Suriname, Taiwan, e Venezuela. No Brasil: L PA, AM, RO, PI, BA, MT, DF, MG, RJ, SP, PR e RS. Nas restingas do Pará: Bragança, Maracanã, Marapanim, São Caetano de Odivelas e Viseu. Material selecionado: Brasil. Pará: Maracanã, ilha de Algodoal, Praia da Princesa, 26.V.2010, fl. e fr., M. Falcão et al.154 (MG); Viseu, ilha de Jatium-jabutitiua, G I 06.XI.1999, fl. e fr., L. C. B. Lobato et al. 2513 (MG). J E 4. Discussão Entre as espécies registradas, Canavalia rosea é de fácil reconhecimento por apresentar-se como erva reptante, de flores lilases e vistosas, formando uma K F grande população de indivíduos no primeiro cordão Figura 3. Macroptilium gracile: A) hábito; B) cálice; C) androceu; D) dunar, mostrando alta tolerância às taxas de salinidade, fruto. Mucuna pruriens: E) hábito; F) cálice; G) estandarte; H) como mencionado por Lourenço Junior e Cuzzuol (2009). A gineceu; I) semente. Vigna luteola: J) hábito; K) cálice; L) gineceu. espécie é frequente no litoral tropical e subtropical, sendo incomum em margem de estrada ou de lagos (MATOS et 10. Vigna luteola (Jacq.) Benth., Flora Brasiliensis 15(1B): al., 2004). 194. 1859. Figura 3. Os gêneros Centrosema e Clitoria normalmente Erva reptante a liana, ca. 50 cm alt.; ramos sulcados, confundem-se devido às largas bractéolas que recobrem inermes, glabros a hirsutos ou pilosos. Estípulas 2,5-6 mm seus botões florais (STEFANO et al., 2008), porém comp. x 1,5-2 mm larg., persistentes, lanceoladas, ápice Centrosema se diferencia pelo estandarte das flores, agudo a acuminado, base cordada, margem ciliada, as calcarado no dorso, próximo à base, além do estigma

Biota Amazônia 20 Silva et al. | Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas amazônicas barbado e fruto linear, com margens retas. Esses gêneros semente apresentando um conspícuo arilo branco, que são usados como ornamentais, devido, principalmente, às circunda o hilo, porém, nas coleções analisadas, não foi suas flores de cores variadas (FANTZ, 1993). observado arilo. Mucuna pruriens é usada como Dentre as representantes de Phaseoleae registradas, adubação verde no manejo integrado de plantas Centrosema brasilianum foi a mais encontrada nas daninhas (ERASMO et al., 2004). A espécie é um novo formações de campo entre dunas e formação aberta de registro para as áreas de estudo. moitas, ocorrendo em áreas ruderais, sobre dunas, campo Nas restingas do litoral paraense, Vigna luteola foi entre dunas e paleodunas, aproximadamente a 60 cm do encontrada à sombra de Dalbergia ecastaphyllum, logo chão, sobre outros vegetais. Além do litoral, a espécie é depois do primeiro cordão dunar, por vezes junto à comum em áreas devastadas, margem de estrada e em Canavalia rosea. A espécie destaca-se por apresentar-se solos argilosos (BARBOSA-FEVEREIRO, 1980). como erva reptante a liana, folhas trifolioladas, folíolos Uma característica importante de Clitoria é a presença estreito-lanceolados a ovalados, inflorescência axilar, com ocasional de inflorescência com flores cleistógamas (não flores amarelas e fruto legume, preto, linear e glabro. É a se abrem para liberar pólen e se autofecundam) (FANTZ, espécie mais comum e amplamente distribuída do gênero 1977). Essa característica foi observada somente nas (SNAK, 2011) e, segundo Beyra e Artiles (2004), é uma coleções de C. falcata var. falcata, porém as flores não se ótima forrageira. mostraram diferentes no tamanho ou morfologia, contrapondo Miotto (1987), que menciona tais flores com 5. Conclusões ausência de corola e androceu rudimentar ou ausente. As espécies de Phaseoleae das restingas do Estado do Clitoria falcata var. falcata pode ser diferenciada de C. Pará mostraram que o hábito, estípulas, forma dos folíolos laurifolia Poir., principalmente, por seus folíolos ovalados e e o cálice são caracteres eficazes para a separação dos frutos do tipo legume túrgido, além de possuir ovário séssil táxons. e estigma capitado. Esta é considerada como um novo Os táxons registrados referem-se a espécies de registro para a área de estudo. pequeno porte, sendo a maioria encontrada na formação Vegetativamente, Dioclea guianensis pode ser aberta de moitas, sugerindo que essa formação possuiu confundida com outras espécies do gênero, porém a condições mais favoráveis (de solo e água) a ocorrência espécie é marcada por apresentar um pedicelo com 3 mm dos indivíduos. comp., cálice pubescente e margem das pétalas da quilha O gênero mais representativo foi Clitoria (2 spp.), serreada na região do ápice. Por vezes, D. guianensis sendo Centrosema brasilianum a espécie mais comum. assemelha-se à Galactia jussiaeana, por serem lianas, com Entre as espécies de Phaseoleae, Clitoria laurifolia, folíolos lanceolados, elípticos a ovalados e flores lilases. Dioclea guianensis, Erythrina amazonica e Mucuna pruriens Mas, as espécies podem ser distintas pelo ápice do são novos registros para as áreas estudadas, ressaltando estandarte, profundamente retuso em D. guianensis e o baixo conhecimento sobre a tribo no litoral amazônico. retuso em G. jussiaeana, além de estames monadelfos na O presente estudo contribuiu não só para o primeira, e diadelfos na Segunda. conhecimento da vegetação de áreas de restingas do Erythrina amazonica diferencia-se das demais espécies Estado do Pará, como também para a atualização das de Phaseoleae registradas por apresentar informações taxonômicas sobre a tribo nos herbários principalmente ramos aculeados, flores vermelhas, com consultados na pesquisa. estandarte bem maior que as asas e pétalas da quilha. A espécie é considerada um novo registro para as áreas de 6. Agradecimentos estudo, pois acredita-se que a não citação na literatura é Os autores agradecem ao Conselho Nacional de oriunda da identificação apenas genérica entre as Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ao coleções herborizadas. Segundo Snak (2011), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), pela concessão da Macroptilium é caracterizado pela ausência de tricomas bolsa e apoio logístico para o desenvolvimento deste uncinados, presença de asas consideravelmente maiores trabalho, ao desenhista Carlos Alvarez, pelo auxílio na que o estandarte e pétalas da quilha retorcidas confecção do hábito das espécies nas ilustrações, e ao lateralmente. Além destas características, M. gracile foi Wanderson Luis da Silva e Silva, pela ajuda na montagem registrada apresentando hábito lianescente e flores das figuras. vermelhas. Na literatura, a espécie é citada como útil na fixação de nitrogênio (MATOS e ARTILES, 2005). 7. Referências Bibliográficas Mucuna pruriens diferencia-se das demais espécies do AMARAL, D. D.; PROST, T. M.; BASTOS, M. N. C.; COSTA-NETO, S. V.; gênero principalmente pelas características da semente e SANTOS, J. U. M. Restingas do Litoral Amazônico, Estados do do fruto, e pelo tamanho da corola. Entre as demais Amapá e Pará, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio espécies de Phaseoleae registradas, M. pruriens destaca- Goeldi,v. 3, n. 1, p.35-67, 2008. se fruto de 7-8 cm comp., panoso. Sobre o indumento AMARAL, D. D.; SANTOS, J. U. M.; BASTOS, M. N. C.; COSTA-NETO, S. como um todo, Lewis et al. (2005) comentam que os V. Aspectos Taxonômicos de Espécies Arbustivas e Arbóreas Ocorrentes em Moitas (Restinga do Crispim), Marapanim-PA. tricomas encontrados em várias espécies do gênero são Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi,v. 17, n. 1, p.21-74, intensivamente irritantes. Tozzi et al. (2005) mencionam a 2001.

Biota Amazônia 21 Silva et al. | Phaseoleae (Leguminosae - Papilionoideae) nas restingas amazônicas

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