Reconhecimento Dos Rios Içana, Ayari E Uaupés : Apontamentos Linguísticos E Fotografias De Curt Nimuendajú / Organizador : Renato Athias
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RECONHECIMENTO DOS RIOS IÇANA, AYARI E UAUPÉS Renato Athias Organização Apontamentos linguísticos e fotografias de Curt Nimuendajú RECONHECIMENTO DOS RIOS E UAUPÉS IÇANA, AYARI Rio de Janeiro, 2015 Museu do Índio – FUNAI © Direitos Autorais Museu do Índio Presidência da República Presidente Dilma Vana Rousseff Ministério da Justiça Ministro José Eduardo Cardozo Fundação Nacional do Índio - FUNAI Presidente João Pedro Gonçalves da Costa Museu do Índio Diretor José Carlos Levinho Editor da Série & Coordenação da Edição Carlos Augusto da Rocha Freire Organização Renato Athias Organização das Fotografias no Acervo MEPE Nilvânia de Amorim Renato Athias Organização dos Textos Revista de Etnologia de Tucumán Martín Gonzalo Sirombra Journal de la Societé des Americanistes Gilvanice Silva Mariane Cândido de Souza Revisão Mariane Cândido de Souza Elizabeth Dobbin Diagramação Aaron Bailey Athias Foto de Capa Curt Nimuendajú R311 Reconhecimento dos Rios Içana, Ayari e Uaupés : apontamentos linguísticos e fotografias de Curt Nimuendajú / organizador : Renato Athias. – Rio de Janeiro : Museu do Índio ; Recife : Editora UFPE, 2015. 208 p. : il. – (Publicação avulsa do Museu do Índio, 7). Inclui anexo. ISBN 978-85-415-0598 1. Etnologia – Brasil. 2. Índios da América do Sul – Brasil. 3. Indigenistas. I. Athias, Renato (Org.). II. Nimuendajú, Curt. III. Titulo. IV. Título da Série. 980.41 CDD (23.ed.) UFPE (BC2014-150) Catalogação na fonte: Joselly de Barros Gonçalves CRB-4 / 1748 Biblioteca Digital Curt Nimuendajú http://www.etnolinguistica.org Mulheres Tariana, maloca Yauareté, rio Uaupés (no centro uma moça Uanano) Maloca Taracuá, rio Ayari (Miriti-igara- pé Hohodene) 6 RECONHECIMENTO DOS RIOS IÇANA, AYARI E UAUPÉS RECONHECIMENTO DOS RIOS IÇANA, AYARI E UAUPÉS 7 Sumário Agradecimentos Renato Athias...................................................................................................11 Carta do Presidente da FUNAI João Pedro Gonçalves da Costa...............................................................................13 Apresentação José Carlos Levinho..........................................................................................15 Prólogo Carlos Augusto da Rocha Freire.........................................................................17 Introdução Renato Athias.................................................................................................19 Capítulo 1 Reconhecimento dos Rios Içana, Ayari e Uaupés Curt Nimuendajú..................................................................................................33 Capítulo 2 Apontamentos Linguísticos Curt Nimuendajú.............................................................................................89 Capítulo 3 Apontamentos Linguísticos Curt Nimuendajú............................................................................................119 Capítulo 4 As Fotografias de Curt Nimuendajú dos Índios do Rio Negro Renato Athias...............................................................................................149 Referências Bibliográficas........................................................................203 Agradecimentos Renato Athias Professor do Programa de Pos-Graduação em Antropologia Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (NEPE) da Universidade Federal de Pernambuco Gostaria inicialmente de agradecer a todos os alunos do Curso de Licenciatu- ra Intercultural Indígena da UFAM, quando estivemos juntos em Tunuí, em julho de 2011, que me permitiram discutir esses textos de Nimuendajú, e onde tivemos a oportunidade de mostrar pela primeira vez essas fotografias digitalizadas e entender algumas das questões fundamentais colocadas no texto do “Reconhe- cimento...”, através dos olhares próprios dos Baniwa e Kuripako dessa região. Agradeço profundamente a Carlos Augusto Freire e José Levinho que foram os grandes incentivadores para a publicação e nos permitiram ir em frente com o projeto com uma paciência exemplar, abrindo sempre as portas do Museu do Ín- dio para nós. Ao colega Martin G. Sirombra, que nos possibilitou a ter acesso aos arquivos da Universidade Nacional de Tucumán, pelo trabalho de digitalização, bem como ao colega Philippe Erickson, então editor do Journal de la Société des Americanistes, que nos apoiou integralmente nessa atividade editorial. Agradecimentos especiais a Alfredo Feliciano Brazão, atual diretor da Orga- nização Indígena do Baixo Içana (OIBI) que incialmente ‘quebrou a cabeça’ para entender o itinerário de Curt Nimuendajú, colocando-o em papel um possível mapa com os lugares que foram visitados no rio Içana e Ayari, juntamente como Mônica Apolinário, que ajudou a entender a localização desses lugares no rio Içana. Ao amigos Raimundo Galvão e Anacleto Castro Alves, ex-funcionário da SUCAM, em São Gabriel que nos ajudaram a encontrar no mapa os lugares men- cionados pelo Nimuendajú, no Rio Uaupés e Rio Negro. Aproveito para dizer, que todos os nomes desses lugares foram conservados em sua escrita original, tal como Nimuendajú os escreveu. Mudamos, para essa edição, apenas o nome do Rio Içana, por ele ter sido escrito originalmente de duas maneiras (Isána e Issana), preferimos escrevê-lo com a ortografia atual para não deixar confuso o leitor. Gostaria também de agradecer a Mariane Cândido e Erivaldo de Souza que juntamente comigo organizaram a cronologia e um mapa tal como está pu- blicado. A Aaron Bailey Athias pela sua sensibilidade ao realizar a programação visual desta publicação. Gostaria de agradecer a Margot Monteiro, Diretora do Museu do Estado de Pernambuco, e todo o seu pessoal técnico, por apoiar integralmente esse pro- jeto, e à Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) que nos garantiu os recursos para a produção gráfica e a digitalização e o tratamento das fotografias. Ao professor João Pacheco de Oliveira Filho e a professora Marília Facó So- ares do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo apoio na busca dos negativos das fotografias sobre essa viagem, que fazem parte do acervo do Museu Nacional. Ao professor Antonio Carlos de Souza Lima, presi- dente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), pelo seu apoio para que RECONHECIMENTO DOS RIOS IÇANA, AYARI E UAUPÉS 11 o livro pudesse fazer parte das publicações da ABA e ganhar um excelente canal de distribuição. Este livro interessa a todos os povos indígenas do Alto rio Negro, e aos es- tudantes e pesquisadores de etnologia e indigenismo. Ao associar trabalho de campo e ação indigenista, Nimuendajú foi precursor de inúmeros antropólogos e indigenistas envolvidos em disputas para possibilitar uma vida digna aos índios do Brasil. O exemplo de sua vida junto a inúmeros povos é difícil de ser seguido, mas deve ser sempre relembrado às novas gerações. 12 RECONHECIMENTO DOS RIOS IÇANA, AYARI E UAUPÉS Carta do Presidente da FUNAI João Pedro Gonçalves da Costa Presidente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) É com satisfação que apresento ao público mais uma publicação do Museu do índio, da série Publicações Avulsas, que discute a relação dos povos indígenas com a sociedade nacional, especificamente a ação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI). Este volume traz informações qualificadas produzidas por Curt Ni- muendajú que completa as ações descritas no livro Memória do SPI. Os textos de Curt Nimuendajú dão uma enorme contribuição sobre as línguas faladas no Noroeste Amazônico nos capítulos dois e três, e descrevem as violen- tas relações de contato desses povos em situações de fronteira com a Colômbia e a Venezuela, e sobretudo as suas relações com agentes, missionários e funcio- nários do governo nas terras indígenas, tal como se encontra detalhado no pri- meiro capítulo numa descrição brilhante, expressando a defesa dos povos indí- genas com o seu característico “olhar” indigenista. Este relatório fez o SPI atuar em proteção às populações indígenas da imensa região do Rio Negro. Junte-se a isto as fotografias de Curt Nimuendajú, produzidas nessa mesma ocasião, e temos então uma imensa visualidade para as suas palavras. É uma obra preciosa, de grande valor atual, em defesa das culturas indígenas da Amazônia. Na realidade, a publicação coloca em evidência as possibilidades de pesquisas entre museus que possuem importantes coleções etnográficas e documentação sobre os povos indígenas. Essa atividade conjunta do Museu do Estado de Per- nambuco e do Museu do Índio dá esse exemplo colaborativo em proporcionar que suas documentações possam ser socializadas com os povos indígenas e a sociedade nacional. É um exemplo a ser seguido. Com esta publicação, o Museu do Índio cumpre com um papel importante de sua missão que é fazer com que os conhecimentos produzidos sobre os povos indígenas sejam devolvidos aos povos indígenas. Por isso, toda a equipe envolvi- da na produção deste livro merece nosso mais sincero reconhecimento. RECONHECIMENTO DOS RIOS IÇANA, AYARI E UAUPÉS 13 Apresentação José Carlos Levinho Diretor do Museu do Índio Nas diversas séries de livros que o Museu do Índio edita desde 2007, inicia- mos a publicação de textos clássicos de etnografia indígena que ainda não ha- viam sido editados em Português, no Brasil, como a obra do missionário viajante Constant Tastevin. Agora, com a publicação da versão completa do relatório de viagem de Curt Nimuendajú aos rios Içana, Ayari e Uaupés, afluentes do Alto rio Negro, pretendemos iniciar a edição de seus trabalhos inéditos em português, produzidos pelo etnólogo ao longo de quatro décadas de trabalho de campo,