Ilídio Tomás Lopes a PROBLEMÁTICA DOS INTANGÍVEIS
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Ilídio Tomás Lopes A PROBLEMÁTICA DOS INTANGÍVEIS – ANÁLISE DO SECTOR DA AVIAÇÃO CIVIL EM PORTUGAL Dissertação de Doutoramento em Gestão de Empresas Especialidade em Contabilidade FACULDADE DE ECONOMIA UNIVERSIDADE DE COIMBRA 2008 Ilídio Tomás Lopes A PROBLEMÁTICA DOS INTANGÍVEIS – ANÁLISE DO SECTOR DA AVIAÇÃO CIVIL EM PORTUGAL Orientadora: Doutora Ana Maria Gomes Rodrigues, Professora Auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. À Inês e ao Henrique, Agradecimentos O homem fiel fala sempre com sabedoria, mas o insensato muda com a Lua. Mede o tempo quando estiveres entre os insensatos, mas demora-te quando estiveres entre os sábios. (Eclesiástico, 27,11-12) “Não recebemos a sabedoria, temos de a descobrir por nós mesmos no fim de uma viagem pela floresta que ninguém pode fazer por nós, já que a nossa sabedoria é o ponto de vista do qual acabaremos por olhar o mundo” (Marcel Proust) iii Agradecimentos AGRADECIMENTOS O desenvolvimento de um projecto desta natureza revela-se uma aventura inexorável, sinuosa e deveras solitária. Muitos foram aqueles que, por vezes na sombra da minha memória, comigo se cruzaram e contribuíram, nem sempre disso se apercebendo, para que o meu barco alcançasse um porto e terra firme. Em primeiro lugar, à minha orientadora e amiga, Professora Doutora Ana Maria Gomes Rodrigues, por ter acreditado e incentivado desde o primeiro dia este projecto, por em mim ter profundamente confiado, pela ajuda incomensurável na orientação, por ter suportado e mitigado as minhas angústias, por vezes silenciosas. Pelas longas e profundas conversas sobre os segredos da alma e sobre os mistérios da mente, pela magnífica e grandiosa amizade que o destino fez (re) nascer. Ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), por ter apoiado institucionalmente este projecto e me ter aberto as portas para o mundo da aviação, para mim desconhecido mas que desde longa data, acalentou os meus sonhos. Ao administrador Dr. Luís Fonseca de Almeida e a todos os seus colaboradores, em particular à Dra. Ana Cristina Rodrigues Vieira da Mata, à Dra. Maria Helena Faleiro de Almeida, à D. Maria Carlota Rodrigues e ao Engº Rocha e Cunha, que me ajudaram a remar nestas águas, nem sempre calmas. Sem o vosso conhecimento, persistência e incomensurável apoio, esta investigação não teria sido possível. De modo muito especial ao Dr. Luís Manuel Silva Sertório Ovídio (WHITE AIRWAYS), pelo envolvimento e disponibilidade para este projecto. Aos restantes operadores aéreos que integraram este estudo, embora de modo particular ao Piloto Castro Santos (AERO VIP), Dra. Isabel Palma (TAP PORTUGAL), Dr. José Manuel Abreu (PORTUGÁLIA), Dra. Maria Leonor Fernandes (EUROATLANTIC), Dra Marianela Mirpuri (MASTERJET), Dr. Mário Miranda (SATA AIR AÇORES E SATA INTERNACIONAL), Sr. Mário Spínola (NETJETS EUROPE), Dr. Rogério Amaral (VINAIR), Dr. Paulo Mirpuri (HI FLY), Dr. Rui Fernandes (OMNI), Dra. Susana Frias (AERONORTE), i Agradecimentos Dra. Teresa Silva Lopes (TAP PORTUGAL E PORTUGÁLIA) e Coronel Victor João L. Brito (ATA – AEROCONDOR). Aos amigos: António Fonte, pelas longas e produtivas reflexões sobre os mistérios da mente, sobre o poder das ideais, sobre a génese do conhecimento. Pelo teu encorajamento e determinação em seguir em frente, superando cada momento em que ousei vacilar; Carla Vivas, pela tua amizade e ajuda incomensurável que nunca poderei esquecer; Maria Manuel Vairinho, simplesmente por seres minha amiga, pelo permanente incentivo em seguir em frente e pelas longas conversas, determinantes numa etapa como esta e em contextos nem sempre calmos; Nuno Caseiro, companheiro de jornada nesta aventura, pela tua amizade e cumplicidade desde a nossa chegada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Ainda aos amigos Fernando Brioso, Helena Oliveira, Maria José Grafanhate, Maurício Carlos, Nuno Rodrigues, pela vossa amizade, por compreenderem sem reservas a minha indisponibilidade e acima de tudo, o meu silêncio. Aos professores: Doutor Luís Alfredo do Amaral, da Universidade do Minho, pelo apoio e incentivo em olhar em frente, quebrando algumas pontes com o passado; Doutor Raul Mascarenhas do Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Universidade Nova de Lisboa, por ter lançado em mim o primeiro desafio sobre o tema dos intangíveis e da economia digital; Dr. Claude Garcia e Dr. Rodney Peach, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, pela vossa ajuda. Ao Jamal El-Den, da Universidade Americana em Beirute, pela amizade e pelo incentivo científico demonstrado. À Teresita Arenas Yañez, da Universidade Técnica Federico Santa Maria de Santiago do Chile, por me relembrar os mistérios da fé e por me ter incentivado a seguir em frente durante aquela visita ao emblemático espólio de Pablo Neruda. À Dra. Arnaldina Baeta, da Biblioteca Veríssimo Serrão da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Santarém, pela amabilidade, disponibilidade e prontidão na procura de acervo bibliográfico, nem sempre fácil de localizar. ii Agradecimentos À Escola Superior de Gestão de Santarém, por ter apoiado financeiramente o meu programa de doutoramento. Para dar sentido à expressão popular “os últimos são sempre os primeiros”, as minhas últimas palavras são dirigidas àqueles que connosco privam todos os dias e nos acalentam e engrandecem a alma. À Rosário, minha esposa, pelo incentivo, pela cumplicidade, pela compreensão, por aturar os meus estados de alma, e também pela incomensurável ajuda na revisão deste documento. Aos meus filhos, Inês e Henrique, pela vossa compreensão sobre a minha ausência e sobre os meus estados de espírito, nem sempre fáceis de entender e tolerar. À minha irmã, pelo apoio e por simplesmente acreditar em mim; Aos meus pais, pela oportunidade que me deram de me tornar num amante do conhecimento. A todos aqueles que directa ou indirectamente cruzaram o meu caminho e me ajudaram a transpor algumas barreiras e a quebrar algumas pontes com o passado, sob risco de, ainda assim, não resistir à tentação de regressar pelo mesmo caminho. A todos, a minha profunda gratidão. Bem hajam! iii Agradecimentos iv Resumo RESUMO O conhecimento emergiu nas últimas décadas, como a nova fonte do valor empresarial, substituindo alguns dos factores de produção tradicionais. Várias foram as teorias e conceptualizações desenvolvidas em torno desta nova matéria-prima, traduzida pelas mais diversas designações: activos do conhecimento à luz da teoria económica, capital intelectual à luz das teorias de gestão ou simplesmente activos intangíveis numa abordagem contabilística. A agregação das suas múltiplas componentes tem determinado o surgir de diversos modelos que procuram identificar os recursos intangíveis que mais contribuem para o posicionamento estratégico e financeiro de uma organização. A transformação dinâmica daquela nova matéria- prima parece constituir a base de vantagens competitivas sólidas, consistentes e sustentáveis. O nosso estudo teve como base o sector da Aviação Civil em Portugal, na actividade específica de transporte aéreo. Através de uma análise exploratória, procurámos identificar a importância atribuída aos intangíveis, os critérios subjacentes ao seu reconhecimento e mensuração e o volume de investimento a eles afecto. A implementação de uma gestão alicerçada no conhecimento, ou seja baseada nos intangíveis, constituiu outro corolário da nossa investigação. Numa primeira fase, caracterizámos a população em estudo tendo por base quatro dimensões fundamentais: características do operador de transporte aéreo, indicadores contabilísticos, indicadores de performance económico-financeira e indicadores de actividade. A segunda parte da investigação teve como metodologia base o inquérito por entrevista directiva a qual abrangeu também quatro partes estruturantes: importância atribuída aos intangíveis, critérios, modelos de reconhecimento e de mensuração adoptados, volume do investimento aplicado em intangíveis e identificação dos obstáculos à adopção de uma gestão baseada no conhecimento. A capitalização dos intangíveis assume nesta actividade uma natureza muito residual, corroborando de conclusões proporcionadas por estudos anteriores que apontavam na imputação dos dispêndios em intangíveis directamente a resultados, em linha com o estipulado pela generalidade dos normativos contabilísticos. A metodologia adoptada na valorização dos intangíveis é fundamentalmente baseada no custo, porém a definição dos períodos de vida útil para os intangíveis capitalizados já toma em consideração, em alguns casos, uma abordagem baseada no rendimento futuro esperado. Os testes estatísticos realizados apontaram para a independência e para a inexistência de diferenças estatisticamente significativas entre as respostas às questões por nós formuladas e a maioria das características dos operadores. As conclusões indiciam igualmente a existência v Resumo de objectivos e obstáculos de natureza transversal e estrutural, permeáveis a quaisquer sub- grupos caracterizadores da população em estudo. A problemática do reconhecimento e mensuração dos intangíveis ainda constitui um verdadeiro terreno inexplorado no sector em análise. Porém, os desafios regulamentares e a volatilidade daquela actividade específica, reclamam cada vez mais a consolidação dos modelos conceptuais com a prática contabilística- financeira. Não foram identificados quaisquer modelos de mensuração dos intangíveis, de gestão do conhecimento ou de capital intelectual, utilizados pelos operadores de transporte aéreo em Portugal. Contudo, a transformação