1 O Quilombo De Candeia: Um Teto Para Todos Os Sambistas Ana

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1 O Quilombo De Candeia: Um Teto Para Todos Os Sambistas Ana FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL – CPDOC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA, POLÍTICA E BENS CULTURAIS MESTRADO PROFISSIONAL EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS O Quilombo de Candeia: Um teto para todos os sambistas Ana Cláudia da Cunha Rio de Janeiro, março de 2009 1 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL – CPDOC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA, POLÍTICA E BENS CULTURAIS MESTRADO PROFISSIONAL EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS Professora Orientadora Acadêmica: Dra. Marly Silva da Motta O Quilombo de Candeia: Um teto para todos os sambistas Ana Cláudia da Cunha Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil – CPDOC como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais. Rio de Janeiro, março de 2009 2 Ficha Catalográfica Cunha, Ana Cláudia da O Quilombo de Candeia : Um teto para todos os sambistas. Rio de Janeiro: FGV – CPDOC – Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais, 2009, 124 folhas. Dissertação (Mestrado Profissional em História, Política e Bens Culturais) – Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro. Pós Graduação em História Política, Bens Culturais e Projetos Sociais – CPDOC, 2009. 1. Cultura 2. Samba 3. Portela 4. Quilombo 5. Patrimônio 3 FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL – CPDOC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA, POLÍTICA E BENS CULTURAIS MESTRADO PROFISSIONAL EM BENS CULTURAIS E PROJETOS SOCIAIS O Quilombo de Candeia: Um teto para todos os sambistas TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADA POR Ana Cláudia da Cunha Aprovado por: Professora Dra. Marly Silva da Motta (Orientadora) Professora Dra. Isabel Lustosa Professora Dra. Lucia Lippi Oliveira 4 AGRADECIMENTOS Agradeço à Adriana de Resende Barreto Vianna. Foi por sua sugestão (e insistência) que se deu a minha escolha pelo ingresso no mestrado. Sem sua amizade e apoio, eu não teria chegado até aqui. À Professora Marly Motta, minha orientadora, que, com paciência e delicadeza, tanto contribuiu para que eu pudesse encontrar caminhos. Às professoras Ângela de Castro Gomes, pelo seu inestimável apoio nos primeiros passos para formulação dessa dissertação; Verena Alberti, por suas contribuições e análises; Lucia Lippi Oliveira e Bianca Freire-Medeiros, pelas indicações das leituras. Aos companheiros no percurso do mestrado, cujas trocas foram riquíssimas e especialmente a “diretoria”, Regina Vives, Simone Amorim, Zado, Jayme Spinelli, Roberto Abreu, Daniel Roedel e ao agregado Alan Carneiro, com os quais pude buscar mais conforto ao dividir minhas inúmeras dúvidas e ansiedades. Ao SESC Rio, e especialmente a Moacyr Henrique di Palma Cordovil, com o qual pude dividir minhas expectativas e contar com o incentivo, Ana Carpanese e Maria José Gouvêa. Aos companheiros do SESC Madureira, sem os quais não teria tantas questões instigantes para serem formuladas nesses cinco anos de convivência e realizações. Aos entrevistados Feliciano Pereira, Pedro Carmo e Jorge Coutinho que, carinhosamente, me receberam. E especialmente a João Baptista Vargens, que, entre papos, entrevistas e cessão de fontes, me acolheu, juntamente com Renata, nos deliciosos almoços com receitas de dona Leonilda, em Rio Bonito. À Gabriela Cordeiro Buscácio, por compartilhar suas fontes. À minha “turma do muro”, que na Urca me faz feliz: a já citada Adriana, Andréia, Hélio, Mônica, Flavinho e Bruno Tavares, que contribuiu com a leitura e construtivas críticas. Aos meus sobrinhos, Thay, Bia e Bernardo, cujos sorrisos iluminam meus dias. À minha mãe, Ana Maria. Ao Gui, amor da vida, companheiro de todos os momentos, que com seu incentivo e independência, me faz mais independente. 5 RESUMO O objetivo desse estudo é refletir sobre como as iniciativas culturais afirmam suas identidades e podem trazer novas proposições e inovações para a área dos projetos culturais e sociais. Para tal, tomei como objeto de estudo o Grêmio Recreativo Arte Negra Escola de Samba Quilombo (GRANES Quilombo). Por meio da análise de como se constituiu a agremiação, no período entre 1975 e 1978, procurei observar como se representava o Quilombo e concluí que, sob os aspectos simbólicos, construiu seus discursos por meio das relações sociais dos seus participantes, que montaram uma ampla rede de sociabilidade na cidade do Rio de Janeiro. O Quilombo estava ligado ao universo das escolas de samba e do samba e operava com discursos que entrecruzavam concepções sobre “arte negra”, “cultura brasileira”, samba, identidade nacional e tradição. ABSTRACT The aim of this study is to reflect on how the cultural initiatives can assert identities and bring new proposals and innovations to social and cultural projects. To achieve this goal I took as study object the Grêmio Recreativo Arte Negra Escola de Samba Quilombo (GRANES Quilombo). Analysing its creation, from 1975 to 1978, I observed how Quilombo represented itself, witch symbolic aspects were used in its words, what were the social relations between its participants, who built a large sociability network in Rio de Janeiro. Quilombo was connected to samba schools universe and to samba and its speeches talked about “black art”, “Brazilian culture”, samba, national identity and tradition. 6 ÍNDICE I - INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 9 II - CAPÍTULO 1 ......................................................................................................................... 15 II.1 - DA PORTELA AO QUILOMBO ..................................................................................... 15 II.1.1 - O que é que a região de Madureira tem? ...................................................................... 15 II.1.2 - Candeia em cena na Portela ..................................................................................... 20 II.1.3 - Um tiro no caminho de Candeia ............................................................................... 26 II.1.4 - Portela: entre os “tradicionalistas” e os “modernos” ............................................... 29 II.1.5 - Da Portela ao Quilombo: a ruptura .......................................................................... 40 III - CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................ 45 III.1 - NO QUILOMBO DE CANDEIA ..................................................................................... 45 III.1.1 - Da fundação e dos fundadores ................................................................................ 45 III.1..2 - “A árvore que esqueceu a raiz.” ............................................................................. 53 III.1.3 - “Arte negra” e resistência ....................................................................................... 54 III.1.4 - Samba, patrimônio, identidade nacional e tradição ................................................ 60 III.1.5 - Uma escola que sirva de teto para todos os sambistas ............................................ 65 III.1.6 - O dia a dia do Quilombo ......................................................................................... 69 III.1.7 - O Quilombo sem Candeia ....................................................................................... 71 IV - CAPÍTULO 3 ........................................................................................................................ 74 IV.1 - REINVENTANDO O QUILOMBO ................................................................................ 74 IV.1.1 - “A chama não se apagou” ....................................................................................... 74 IV.1.2 - O Quilombo e Candeia por diversos autores .......................................................... 80 IV.1.3 - Movimentos culturais ............................................................................................. 85 V - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 88 ANEXOS ....................................................................................................................................... 90 Anexo I – Composições de Antonio Candeia Filho ............................................................. 91 Dia de Graça (1969) ........................................................................................................ 91 Composição Testamento de Partideiro (1975) ................................................................ 91 Composição Nova escola (1977)...................................................................................... 92 Sou Mais o samba (1977) ................................................................................................. 92 Anexo II – Discografia de Candeia ...................................................................................... 94 Autêntico. Samba. Original. Melodia. Portela. Brasil. Poesia. (Equipe, 1970) .............. 94 Raiz (Equipe, 1971) .......................................................................................................... 94 Candeia, samba de roda (Tapecar, 1975) ........................................................................ 95 Luz da inspiração
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